Aprenda a Fazer CÁLCULO DE

HIDRANTES
RAFAEL VIANA 2 DE JANEIRO DE 2018 22 COMENTÁRIOS SEM
CATEGORIA

 3

TEMPO DE LEITURA: 3 MINUTOS

Você sabia que para elaborar um projeto e cálculo de um sistema de hidrantes é

necessário apenas uma simples calculadora, um papel e uma caneta?

Este cálculo envolve apenas conceitos simples de mecânica dos fluidos (não
necessitando de um software para tal dimensionamento) e qualquer pessoa da área de
segurança contra incêndio, ou que deseja atuar nesta área, verá que pode ELABORAR
UM PROJETO SEM MAIORES DIFICULDADES.

Quando falamos de CÁLCULO HIDRÁULICO, a maioria das pessoas já pensam em

grandes cálculos altamente complexos, mas neste artigo
iremos DESMISTIFICAR essa ideia precipitada e provaremos que VOCÊ pode ser
um projetista de combate a incêndio.

Iremos explicar os conceitos básicos necessários para realizar um projeto de hidrantes e

apresentaremos um breve exemplo prático de como calcular perda de carga nas
tubulações.

Para começar existem os conceitos

iniciais que precisamos ter em mente:
1)Pressão

Basicamente é a força exercida sobre uma determinada área. No nosso caso, é a força
que o fluido exerce por uma determinada área, nas paredes internas da tubulação.

As unidades mais usuais são: kgf/cm², psi (sistema americano) e mca. No cálculo de
hidrantes usamos mais comumente a medida mca (metro de coluna d’água) onde a
pressão de 1 mca, equivale a pressão que uma coluna de água de 1 metro de
profundidade exerceria no fundo do reservatório.

As legislações estaduais determinam as pressões mínimas exigidas para os sistemas de

hidrantes, conforme imagem abaixo.

Tipos de sistemas de proteção por hidrante ou mangotinho (Fonte: IT 22/2015 de São

Paulo)

2) Vazão

É o volume de um fluido que passa por um orifício, em uma determinada unidade de

tempo. As unidades mais utilizadas são: l/min (litro/minuto) e m³/s (metro cúbico por
segundo).

As legislações também podem regulamentar as vazões mínimas exigidas nos sistemas

de hidrantes.

Tipos de sistemas de proteção por hidrante ou mangotinho (Fonte: IT 22/2015 de São

Paulo)
3)Perda de carga

O escoamento interno da água nas tubulações acarreta em perda de energia devido o

atrito, onde a colisão entre as partículas d’água e a parede do tubo dificultam o
movimento da água, ocorrendo assim a perda de carga ou perda de pressão.

Consequentemente dependendo do material da tubulação utilizada, podemos ter uma

perda de carga maior ou menor. Por exemplo: o aço por ser mais rugoso, possui maior
perda de carga do que o cobre, que possui paredes mais lisas.

É justamente por meio do cálculo da perda de carga que dimensionamos o nosso sistema
de hidrantes.

No VÍDEO logo abaixo neste artigo iremos explicar como ocorre o cálculo e as
respectivas fórmulas utilizadas para tal.

4)Hidrantes

É um sistema utilizado para combate a incêndio nas edificações em geral. Com certeza
você já olhou vários hidrantes como os da imagem abaixo.

Este sistema possui diversos elementos como: bomba de incêndio, válvulas, conexões,
manômetro, pressostato, mangueira de incêndio, esguicho, etc.

No vídeo iremos explicar como dimensionar um sistema deste.

5)Sistema com bomba

De acordo com as tabelas anteriores que se referem à pressão e a vazão, você percebeu
que existem medidas mínimas que devem ser obedecidas pelo sistema que você irá
dimensionar, e que na maioria das vezes não será possível atingir tais metas apenas com
o uso da gravidade.

Então torna-se necessário o uso de uma bomba centrífuga para pressurizar toda a rede
de tubulações de acordo com o projeto que você calcular.

O objetivo da bomba é atender os requisitos mínimos exigidos nas legislações estaduais.

Bem pessoal, acreditamos que a melhor forma de aprender é praticando e portanto

faremos um exemplo básico no vídeo logo abaixo que lhe mostrará como ocorre um
cálculo de hidrantes com o uso dos conceitos básicos apresentados.

LEITURA FOCADA

Sobre Rafael Viana

Capitão do Corpo de Bombeiros, analista de

projetos de combate a incêndio, especialista em
prevenção contra incêndio, bel em Engenharia de
Produção.

Artigos relacionados

Sistema de chuveiros automáticos | Sprinklers, o que é?



3 Erros Mais Comuns em PPCIs Que Você Deve Evitar a

Qualquer Custo

Projeto de Proteção Contra Incêndio

Carga de Incêndio Como Calcular? – PARTE 1

NBR x Legislações Estaduais

 

Saídas de emergência: como dimensionar

ARTIGO ANTERIOR Projeto de Proteção Contra Incêndio

ARTIGO MAIS RECENTENenhum artigo posterior ×

22 Comentários

1. Rafael Viana6 meses atrás Link permanente

Em caso de dúvidas sobre o artigo ou sobre o vídeo, podem

comentar aqui que responderemos o mais breve possível.

RESPONDER

1. Jean Vieira De Souza3 semanas atrás Link permanente

Vídeo excelente. Parabéns e obrigado. Jean Carlos

Engº Agrônomo – Mossoró RN +++Brasil+++

RESPONDER

1. Wellington1 semana atrás Link permanente

Olá Jean,
 Que bom que podemos lhe ajudar.

Att,
Wellington Nadson

RESPONDER

2. Filipe6 meses atrás Link permanente

Estava vendo sua vídeo aula onde vc mostra o calculo de

perda de carga, porem você deu um exemplo onde a água
sobe contabilizando assim seu m.c.a, minha pergunta é
quando dimensionamos um sistema que a água ira sempre
descer como é feito o calculo?

RESPONDER

1. Wellington6 meses atrás Link permanente

Olá Felipe,

No exemplo demonstrado estamos interessado em

saber qual deve ser a altura manométrica do
sistema, onde esta é definida como, a energia que o
sistema vai solicitar da bomba para que esta consiga
transferir um fluido de um ponto a outro com uma
determinada vazão.

Essa energia irá variar levando-se em conta as

resistências que este sistema fornece ao fluido.
Estas resistências entre as várias existentes são: a
altura geométrica e as perdas de carga na rede.

Logo, a altura geométrica influência dependendo do

sentido do nosso cálculo, sendo assim. se ela estiver
a favor do sentido do fluxo do fluido, ou seja,
fornecendo energia, nosso valor final da altura
manométrica sofrerá uma subtração em m.c.a da por
conta da altura geométrica.
 RESPONDER

3. Bruna Lins6 meses atrás Link permanente

Muito interessante a forma que foi explicado e apresentado

sobre o assunto! Bem claro e prático.

Porém fiquei com algumas dúvidas:

– Onde entra a variação da perda de carga referente ao tipo

do material utilizado nas tubulações? A tabela apresentada
com as medidas de comprimento equivalente é referente ao
tipo que utilizaremos nos acessórios? E quanto as
tubulações retilíneas, onde entra o calculo da perda
referente ao tipo do material nelas?

– Quando tratamos de um hidrante com dupla saída

teríamos alguma variação nestes cálculos?

– Em Recife, eles exigem que tenha 3 bombas, sendo 2

principais e uma auxiliar. Neste caso teria alguma
modificação referente a vazão e pressão das bombas?

– Seriam os mesmos caso o reservatório inferior e superior?

RESPONDER

1. Wellington6 meses atrás Link permanente

Olá Bruna,

Agradeço pelo comentário e muito obrigado pelas

perguntas, são muito pertinentes.

Como são várias as indagações nada melhor que um

vídeo para respondê-las, então, estarei
providenciando um
vídeo para respondê-las ok.
 RESPONDER

4. Mohamad Moussa6 meses atrás Link permanente

Estou dimensionando um sistema com três hidrantes a

pressão e vazão no H! mais desfavoráveis eu tenho calculei
todas as perdas como faço para saber a vazão e pressão no
H2 o outro hidrante menos favorável sei calcular as perda e
preciso preencher o memorial de cálculo.

RESPONDER

1. Wellington6 meses atrás Link permanente

Olá Mohamad,

A vazão para o segundo hidrante mais desfavorável

deverá ser a mesma do primeiro hidrante mais
desfavorável.

No seu caso como não se trata de mangotinho e

levando em conta a NBR 13.714 você terá duas
possibilidades de vazões.

As vazões poderão ser de 300L/min para tipo II ou

900L/min tipo III.

Sabendo a vazão, você poderá calcular rapidamente

a pressão mínima necessária para o segundo
hidrante mais desfavorável da mesma forma que fez
para o hidrante mais desfavorável, calcula as perdas
nas tubulações e conexões até o mesmo, mais a
diferença de nível caso haja, mais as perdas na
mangueira e esguicho deste hidrante desfavorável.

Espero que você tenha entendido, caso tenha ficado

mais alguma dúvida é só mandar. Abraço!

RESPONDER
 1. Gabriel Rocha5 meses atrás Link permanente

Tenho uma dúvida semelhante,

A norma técnica estadual exige o

dimensionamento considerando os dois
hidrantes mais desfavoráveis em
funcionamento, ou seja, as vazões dobram.

Como fica o cálculo da perda de carga total

do sistema?

Por exemplo, Hidrante 1 precisa de 40 mca,

enquanto que o hidrante 2 precisa de 45
mca, então a perda de carga total seria 40 +
45 + perda de carga da tubulação e conexões
+ diferença geométrica?

Isso daria uma bomba de mais de 85 mca, é

isso mesmo?

RESPONDER

5. Marcelo Cappellari6 meses atrás Link permanente

Wellington, no caso do reservatório estar a 45m de altura

em relação as bombas, como devo proceder para incluir
esta altura no calculo?

Obrigado
Marcelo

RESPONDER

1. Wellington6 meses atrás Link permanente

Olá Marcelo,
 Muito interessante a sua dúvida \o/, obrigado por
compartilhar conosco.

Primeiramente devido a esta altura você deve ficar

atento ao diâmetro da tubulação de sucção e a
velocidade de escoamento, se esta não ultrapassa o
máximo permitido por norma você deverá adequá-la
para um diâmetro adequado.

Neste caso você terá uma boa energia potencial por

conta da altura do reservatório, a qual será usada em
seu cálculo subtraindo das perdas de cargas que
poderão ser encontradas no sistema.

Curiosidade, dependendo das perdas encontrada no

sistema, o mesmo talvez possa requerer um bomba
de baixa potência ou até mesmo ser abastecido
apenas pela ação da gravidade.

Abraços, Wellington Nadson

RESPONDER

6. Nasareno de Jesus Mesquita6 meses atrás Link permanente

CAPITÃO WELLINGTON, BOA NOTE.

MEU NOME É NASARENO . SOU DA CIDADE DE

BACABAL MARANHÃO. TRABALHO NA
CONSTRUÇÃO CIVIL E TAMBÉM SOU CADISTA,
MAS POR DIFICULDADE NA CONSTRUÇÃO,
PRATICAMENTE MIGREI PRA OUTRA ATIVIDADE.
ATUALMENTE ELABORO PEQUENOS PROJETOS DE
COMBATE A INCÊNDIO E DE SPDA, E EXECUTO AS
INSTALAÇÕES TAMBÉM.

FIZ O CURSO O COM PROFESSOR TELMO BRETANO

EM MACEIÓ AL, MAS NÃO CONSEGUIR APRENDER
ELABORAR OS CÁLCULOS. ASSISTINDO A
PRIMEIRA AULA COM O NOBRE CAPITÃO, JÁ
CONSEGUIR ENTENDER UM POUCO. MUITO
OBRIGADO POR ESTA INICIATIVA, O BRASIL
PRECISA DE HOMENS DO SEU QUILATE.
 GRATO: NASARENO DE JESUS MESQUITA

RESPONDER

7. Leonardo Oliveira5 meses atrás Link permanente

Bom dia
Preciso de um contato telefônico ou zapp.

RESPONDER

8. Daniel Augusto4 meses atrás Link permanente

Wellington primeiramente gostaria de agradecer este

espaço criado para nos ajudar, e se possível gostaria que me
ajudasse na seguinte dúvida:

O exemplo seria um reservatório elevado, ainda não foi

determinado sua altura, gostaria de saber se faz para saber
se será necessário o uso de uma bomba ou se a própria
gravidade suprirá a vazão exigida ?

Pois aprendi apenas a calcular com bomba utilizando a

tabela padrão.

Desde já obrigado pela atenção !

RESPONDER

9. Amancio Lazaro de A. Neto3 meses atrás Link permanente

Muito boa explicação. Parabéns, por compartilhar

conhecimento específico e pouco divulgado!
Realmente, sua explanação ajudará tirar essa ideia de ‘
bicho de sete cabeças’!
Sou Engenheiro de Segurança do Trabalho.
 RESPONDER

1. Wellington3 meses atrás Link permanente

Tudo bom Amancio?

Que bom que o nosso conteúdo esteja ajudando os

nossos amigos.

RESPONDER

10. Caroline3 meses atrás Link permanente

Boa tarde….gostei muito do artigo, mais ainda continuo

com uma dúvida… quando se fala em sistema de hidrantes
temos a referência sempre da bomba principal. Gostaria de
saber a bomba auxiliar é obrigatória?? Se sim… como se
faz este cálculo é da mesma forma? e quais os critérios para
regulagem da chave de fluxo??

Obrigada!!

RESPONDER

11. Cristiani Larrat3 meses atrás Link permanente

Olá, vc tem alguma planilha e ou passo a passo dos

cálculos, e onde aplicar dependendo do reservatório,
quando é caixa d’agua, cisterna, quando está elevado,
quando térreo, quando poço artesiano? Gostaria de tirar
essas duvidas. Desde já agradeço!

RESPONDER
 1. Rafael Viana4 semanas atrás Link permanente

Olá Cristiani. Temos uma planilha de cálculo para

dimensionamento de sistemas hidráulicos de
combate a incêndio e a mesma será fornecida no
curso online que estaremos lançando em breve.

RESPONDER

12. MariMaria2 meses atrás Link permanente

Obrigado por compartilhar! Eu aprecio o esforço colocado

neste site e vai visitar aqui mais vezes.

RESPONDER

1. Wellington1 semana atrás Link permanente

Olá Mari,

Ficamos felizes em poder ajudar.

Att,
Wellington Nadson

RESPONDER