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A autora do livro, Maria Graça da Costa Val, possui graduação em Letras pela UFMG -
Universidade Federal de Minas Gerais (1976), mestrado em Língua Portuguesa pela UFMG (1987)
e doutorado em Educação pela UFMG (1996). Foi professora de Língua Portuguesa na Faculdade
de Letras da UFMG de 1978 a 2003. Atualmente, aposentada, é professora pesquisadora na mesma
universidade, trabalhando na coordenação de projetos desenvolvidos pelo Ceale (Centro de
Alfabetização, Leitura e Escrita) da FaE (Faculdade de Educação) da UFMG. Tem publicações e
experiência profissional nas áreas de Educação e Ensino de Língua Materna, incluindo o livro
“Redação e Textualidade”, de 1991.
O livro procura discutir algumas das noções mais relevantes da teoria de
linguística textual, que estuda a natureza do texto e os fatores envolvidos em sua produção
e recepção; para assim, relacioná-las com os resultados de uma análise de cem redações
elaboradas por candidatos ao curso de Letras na UFMG em 1983, na tentativa de
estabelecer um diagnóstico e levantar algumas sugestões para o ensino escolar de redação.
A primeira parte traz pressupostos. A autora define a textualidade como o
conjunto de características que fazem com que um texto seja um texto, e não apenas uma
sequência de frases. Para Val, o texto ou discurso é a ocorrência linguística falada ou
escrita, de qualquer extensão, dotada de unidade sociocomunicativa, semântica e formal,
e, estas três unidades, são discutidas como propriedades básicas do texto. O contexto
sociocultural delimita os conhecimentos compartilhados pelos interlocutores, inclusive
quanto às regras sociais de interação comunicativa; a unidade semântica precisa ser
percebida pelo recebedor como um todo significativo, e, a unidade formal, que traz
constituintes lingüísticos integrados, permite que o texto seja um todo coeso. Isso mostra-
se importante quando a autora avalia as redações e percebe que tais aspectos não são
encontrados.
Val peca um pouco ao tratar destas três unidades, pois acaba trazendo mais
conceitos que acabam tratando da mesma ocorrência. Novamente ela exemplifica que um
texto será bem compreendido quando avaliado sob os aspectos Pragmático, Semântico-
conceitual e Formal. Trazendo agora a pragmática como diferença.
A autora cita Beaugrande e Dressler (1983), que apresentam sete fatores
responsáveis pela textualidade de um discurso qualquer: coerência, coesão (material
Bibliografia