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Rio Branco
2015
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Rio Branco
2015
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Banca Examinadora:
____________________________________________
Profº Esp. Rodolfo Quiroga Elias
____________________________________________
Profº Carlos Alberto Coelho Bianco
____________________________________________
Profº Bruno Barbieri Parreira
Conceito: ________________________________________________
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a um anjo sem asas que passou pela minha vida, que me
deu uma prévia do que é ser mãe, que me mostrou o significado de um amor
incondicional, que me ensinou que eu posso sim amar alguém mais do que a mim
mesmo, que amar é cuidar, é zelar e principalmente é amar tanto qualidades quanto
defeitos, esse anjo chamava-se Mitsuki e me deixou dia 13 de janeiro de 2015.
Mesmo com todos os problemas e trabalhos extra ocasionados pela doença,
ela era minha maior alegria e orgulho. Dedico a minha eterna cachorrinha, minha filha,
minha joia rara, o grande amor da minha vida, não só esse trabalho mas também a
saudade diária que a ausência dela me traz e o grande amor que senti, sinto e sempre
sentirei pela minha filha mais querida.
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AGRADECIMENTO
EPÍGRAFE
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 8
1.1. TEMA A SER DESENVOLVIDO ........................................................................................ 8
1.2. OBJETIVO DO TRABALHO ............................................................................................... 8
1.2.1. Objetivo geral .............................................................................................................. 8
1.2.2. Objetivo específico .................................................................................................... 8
1.3. Definição dos usuários............................................................................................................. 9
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................................................. 10
2.1. Conceituação completa do tema desenvolvido ................................................................. 10
2.1.1. Descrição e contextualização do tema escolhido ...................................................... 10
2.1.2. Evolução histórica dos cemitérios................................................................................. 10
2.1.3. Evolução histórica dos crematórios .............................................................................. 14
2.2. Repertório de estudo de caso de arquitetura e urbanismo do tema Cemitério Vertical e
Crematório ....................................................................................................................................... 15
2.2.1. Cemitério Vertical Yarkon em Israel ............................................................................. 15
2.2.2. Complexo Crematório Max Domini ............................................................................... 18
2.2.3. Cemitério Morada da Paz .............................................................................................. 22
3. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA ÁREA DE INTERVENÇÃO E DE PROJETO .................................................. 26
3.1. Região, município e cidade .................................................................................................. 26
3.1.1. Descrição geral sobre a cidade de Rio Branco .......................................................... 26
3.1.2. Evolução da cidade de Rio Branco............................................................................... 27
3.2. Análise do entorno da área de projeto ................................................................................ 35
3.2.1. Análise física do entorno ................................................................................................ 35
3.3. Análise do sistema viário ....................................................................................................... 36
3.4. Análise de infraestrutura urbana existente ......................................................................... 37
3.5. Análise Bioclimática ............................................................................................................... 39
3.6. Potencialidades e articulações do entorno ......................................................................... 40
3.7. Análise de terreno................................................................................................................... 40
3.8. Legislação urbanística, construtiva e outras aplicáveis ao terreno ................................ 41
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................. 46
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1. INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
mortos. Para eles a morte era um tipo de rebaixamento, apenas a sombra do que a
pessoa era quando vivo.
Nos antigos Hindus, os corpos eram cremados e as cinzas eram jogadas na
agua ou ao vento, esse ritual representava a absorção de todos os pecados que a
hinduísta havia cometido em vida.
Exatamente no contrário disso consistia o ritual funerário dos antigos
hindus: não o sepultamento, não a edificação de mausoléus ou pirâmides
mortuárias, não a representação pictória e escultural, mas a incineração
crematória. O cadáver não era conservado com as marcas de sua identidade,
personalidade e inserção social, mas completamente consumido pelo fogo,
destruído até as cinzas, que eram lançadas ao vento, ou nas aguas dos rios,
sendo o morto despojado de todos os seus traços identitários. (GIACOLA
JÚNIOR, 2005, p. 16).
Na Grécia antiga, como nos antigos Hindus, não havia grandes monumentos
funerários, os corpos também eram cremados, mas com a diferença de que as cinzas
eram cuidadosamente mantidas como memória do morto.
... entre os antigos gregos. O mesmo gesto cultural – a incineração –
com um sentido completamente diferente da cremação entre os hindus. No
caso dos gregos, as cinzas não são lançadas ao anonimato dos ventos, mas
cuidadosamente guardadas com memória dos mortos. (GIACOLA JÚNIOR,
2005, p. 16).
Na Idade Média começaram a ser utilizados cemitérios nos formatos de hoje.
Nessa época as mortes e era vista com naturalidades e os corpos eram sepultados
no interior ou nos arredores da Igreja Católica, sendo que no interior apenas pessoas
importantes perante a sociedade poderiam ser sepultadas, aqueles que eram menos
importantes eram sepultados ao lado da igreja e os socialmente indignos ao lado do
local de descanso dos menos importantes, em valas comuns que ficavam abertas até
que atingisse a completa lotação.
Na Europa, foram se proliferando ideias protestantes, a partir desse momento
as pessoas que aderiram as ideias protestantes não poderiam ter seus corpos
sepultados na Igreja Católica, por esse motivo houve a necessidade da criação de
novos locais propícios para o sepultamento. Com esse fato, foram construídos
cemitérios desligados da igreja.
Nesse contexto houve fim dos sepultamentos do interior da igreja, o que deu
início a preocupação com a saúde pública. Foi notado que os corpos quando entravam
em decomposição liberavam gases e forte odor, o que poderia afetar negativamente
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a saúde das pessoas que fossem expostas a eles, tornando assim a igreja um
ambiente impróprio para a atividade que realizava.
Existem relatos antigos, que datam da época do Brasil colonial, expondo o
incomodo por parte da população. Há relatos de um relatório que data do ano de 1876,
escrito pelo Barão de Vila da Barra, que foi apresentado a Assembleia Legislativa de
Minas Gerais, constando que enterros na Igreja são intoleráveis e uma afronta as
regras básicas de higiene.
Anos antes, em 1950, já havia sido criada a Junta Central de Higiene, que
coordenava o sistema de saúde e estabelecido que a construção dos cemitérios
deveria ser feita na área externa da cidade para que não afetasse a saúde da
população, mas esta medida demorou a atingir regiões mais distantes.
Foram instituídas novas leis para que a população fosse obrigada a aceitar que
os cemitérios deveriam ser construídos distantes da cidade, mas não foram praticadas
de imediato porque houve uma grande resistência por parte da população.
A partir desse momento os cemitérios começaram a ser deslocados para longe da
igreja, para que não fosse focos de doenças transmissíveis a população. Ainda hoje, na
maioria das cidades temos cemitérios nas áreas centrais da cidade. No entanto foram
desenvolvidas novas formas de se sepultar, e consiste em tipos de cemitérios que são
cemitérios tradicionais, cemitérios parque ou jardim, cemitério vertical e crematório, segue
abaixo, as características, vantagens e desvantagens de cada um dos tipos de cemitério.
1) Cemitérios Tradicionais: são compostos por caminhos pavimentados,
túmulos semienterrados, capelas com altar e bancos, mausoléus e monumentos
funerários revertidos com mármore, granito e azulejo, usa muitos ornamentos como
crucifixos e imagens, pode-se encontrar cemitérios arborizados ou não. Nesses
cemitérios os corpos são geralmente enterrados diretamente do solo.
Vantagens: a decomposição dos corpos é facilitada pelo seu contato com o
solo.
Desvantagens: existe a possibilidade de contaminação das aguas superficiais
e subterrâneas, devido à preocupação dos vivos com os túmulos dos mortos, há um
alto custo com a ostentação, necessita de uma grande área, o solo precisa ser
adequado para esta finalidade, existe a possibilidade de proliferação de insetos como
mosquitos transmissores da dengue e febre amarela e artrópodes, deixa o ambiente
acinzentado que afeta a estética urbana e pode gerar efeitos psicologicamente
negativos em pessoas com maior sensibilidade.
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Imagem 01: Fachada do Cemitério Vertical Yarkon em Israel. Fonte: Daily Mail
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Imagem 02: Foto da lateral que expressa a leveza através de curvas. Fonte: Daily Mail
2.2.1.4. Análise do Sistema Construtivo
O prédio possui como sistema construtivo alvenaria estrutural com concreto
armado, usa como revestimento em alguns pontos internos e da fachada, pedras em
vários tons da cor bege e em outros mantém a cor cinza para que mantenha a
seriedade que o local exige. A laja utilizada é maciça e as vigas aço com secção
variável.
2.2.1.5. Análise Funcional
O cemitério dispõe de três entradas principais, acompanhando as ruas
pavimentadas do cemitério tradicional ao qual ele está inserido, ou seja, as pessoas
que visitam o cemitério podem escolher a entrada que é mais interessante para ela.
O acesso para as pessoas com necessidades especiais é feito através de uma
rampa circular que localiza-se próxima na entrada do lado direito da construção e
percorre os 7 andares dando acesso a todo o prédio inclusive as gavetas utilizadas
para os sepultamentos. No interior da rampa existem também elevadores de maca
possibilitando que o caixão possa ser transportado por eles.
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Imagem 03: Foto que deixa evidente a entrada de luz no interior do cemitério. Fonte: Daily
Mail
2.2.1.6. Análise Bioclimática
O clima em Israel possui um clima tropical, sua temperatura média durante o
ano é de 27.9ºC e conta com um verão com o índice de pluviosidade maior que o do
inverno. Seu verão é longo, quente e seco e perdura entre os meses abril e outubro e
seus invernos são suaves do mês de novembro ao mês de março.
O cemitério vertical Yarkon, aproveita toda a luminosidade oferecida pelo sol
para iluminar suas gavetas e seus corredores, dando a impressão que o sol esteja
iluminando a passagem do espírito do falecido ao paraíso, o que passa conforto aos
familiares, com essa medida o cemitério alcança também a impressão de que as
pessoas estão ao ar livre, já que as aberturas que possibilitam a entrada dos raios
solares também permitem a entrada de ar fresco, quando vão a uma cerimônia de
sepultamento ou mesmo visitar seu ente querido, tornando o novo tipo de cemitério
mais aceito pela população, que é tão tradicional.
2.2.1.7. Conclusões e estratégias do projeto decorrentes do estudo de caso
O projeto aqui apresentado como um dos estudos de caso mostra que a
estratégia de usar pedras como revestimento na fachada causa a impressão de um
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abrigo seguro, onde as pessoas deixam seus entes queridos e podem voltar para fazer
visitas, sendo acolhidas por um ambiente propicio a introspecção, para esses
momentos que são tão tristes e pessoais, já que cada um tem sua dor.
O fato de o cemitério possuir dutos cheios de terra, dentro de suas colunas, de
modo que essa terra esteja conectada ao solo, também é interessante pois visa
remeter, tanto quanto as pedras da fachada, as práticas funerárias da antiga Terra
Santa, que envolvida sepultamentos em cavernas e catacumbas.
Todos esses fatores deixam claro que além do cemitério precisar ser um
ambiente rígido e cheio de seriedade, precisa oferecer ao visitante a impressão de
segurança e acolhimento.
2.2.2. Complexo Crematório Max Domini
2.2.2.1. Análise do Partido Adotado
O Complexo Crematório Max Domini em Belém – PA, possui um projeto com
uma área construída de 504 m². O partido arquitetônico constitui-se em formas
geométricas e existe a evidente preocupação com o distanciamento do restante do
espaço que consiste em um cemitério parque, pois quando foi inaugurado em 2003,
ainda existia muita rejeição por parte da população, principalmente por causas
religiosas, como mostra a imagem abaixo.
Imagem 04: Imagem de satélite que mostra a distância entre o complexo crematório e o
cemitério parque. Fonte: GoogleEarth
A imagem deixa evidente que até mesmo o acesso ao crematório é diferenciado
para que houvesse uma divisão entre a área de sepultamento e a área destinada a
cremação.
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Imagem 06: Foto que mostra o acesso ao crematório Max Domini. Fonte:
www.maxdomini.com.br
O crematório conta com janelas em vidro, para que a iluminação natural seja
utilizada em grande escala nos ambientes internos, tornando o local mais harmônico
e aconchegante para o momento das últimas homenagens prestada ao ente querido.
Imagem 07: Foto da capela ecumênica fortemente iluminada pela luz do sol. Fonte:
www.maxdomini.com.br
Imagem 08: Foto da capela ecumênica mostrando a iluminação natura em outro ângulo.
Fonte: www.maxdomini.com.br
O ambiente iluminado pelo sol, passa a impressão de que está sendo
abençoado, e que o ente querido está sendo recebido no paraíso.
Houve uma grande preocupação com a arborização ao redor do prédio
destinado ao crematório e a mesma se estende por todo o cemitério, a vegetação
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Imagem 09: Foto que mostra parte das sepulturas do cemitério e ao fundo o prédio do
crematório. Fonte: www.maxdomini.com.br
O columbário oferece vagas para 500 nichos, para os familiares que preferirem
deixar as cinzas dos entes queridos no próprio crematório, esse espaço conta com
poltronas para que os visitantes sentassem e relaxassem, conta também com
bancadas, para que o familiar possa tirar as cinzas do seu ente querido para bancada
e fazerem orações. Esse espaço também recebe luz do sol, mas em menor escala
que os demais cômodos do crematório.
2.2.2.3. Análise dos conceitos simbólicos
O projeto foi executado em um terreno amplo e plano, o que possibilitou a
comunicação visual entre o cemitério e o crematório, por não ter tumbas nem
elementos funerários que remetem aquela antiga visão tenebrosa do cemitério, a vista
do crematório é agradável aos olhos, já que as pequenas lápides sempre estão
ornamentadas com flores levadas pelos familiares do falecido.
2.2.2.4. Análise do sistema construtivo
O prédio foi concebido em alvenaria, utiliza discretamente o elemento vidro,
que apesar de ser pouco utilizado, foi bem aplicado e chegou com sucesso ao objetivo,
que é proporcionar iluminação natural ao interior do prédio, a laje utilizada é a maciça
e o forro de gesso usam detalhes para enriquecer o ambiente, tornando-o cada vez
mais acolhedor.
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Imagem 11: Foto da fachada frontal do prédio do Cemitério Morada da Paz. Autor: Larissa
Magalhães Figueiredo
2.2.3.3. Análise do conceito simbólico
Esse projeto trata-se de um típico cemitério jardim, onde o prédio em si é
pequeno e a área das sepulturas roubam toda a cena, apesar desse fato existe uma
grande preocupação com a iluminação natural, o que foi notado em todos os estudos
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de caso, esse elemento é relacionado com o conforto emocional dos familiares que
acompanham ao velório do seu ente querido, já que a luz remete a uma ligação com
o paraíso.
2.2.3.4. Análise do sistema construtivo
O sistema estrutural utilizado na construção do cemitério é composto por
concreto armado, alvenaria, na fachada temos uma parte revestida em azulejo as
demais paredes são pintadas com tinta acrílica.
A pavimentação do estacionamento e entre as sepulturas é feita com blocos
feitos de concreto e brita, o que exige uma maior manutenção, já que devido as
abundantes chuvas em alguns meses do ano na cidade de Rio Branco, esse tipo de
pavimentação cria uma crosta popularmente chamada de lodo e pode causar
acidentes. Devido a irregularidade do terreno, o cemitério conta com uma ampla
escadaria.
Imagem 12: Imagem que possibilita a visão da irregularidade do terreno. Autor: Larissa
Magalhães Figueiredo
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Imagem 13: Foto que possibilita a visão da escadaria. Autor: Larissa Magalhães Figueiredo
2.2.3.5. Análise funcional
O cemitério possui dois acessos que servem tanto para veículos quanto para
pedestres, um deles é a entrada e o outro a saída, do estacionamento a pessoa tem
acesso direto ao prédio e a áreas das sepulturas. Ao entrar no prédio a pessoa já se
depara com as capelas mortuárias, não existe uma recepção que destine cada pessoa
ao local onde deve ir, o que em dias de pico, como no dia dos finados, causa
aglomeração nos corredores do prédio.
A área atrás do prédio é destinada ao uso da prefeitura, ou seja, são sepultadas
nesse espaço pessoas que a manutenção é custeada pela prefeitura, as demais áreas
do cemitério são particulares e adquiridas pelos cidadãos, o mesmo deve custear o
enterro e a manutenção que será feita no decorrer do tempo. Para chegar a essa ala,
as pessoas devem usar a escadaria, tanto nas visitas quanto no momento do
sepultamento, o que dificulta a transferência do caixão do prédio para sua sepultura.
Todas as alas do cemitério são descobertas o que também dificulta o momento
do último adeus em dias chuvosos ou muito quentes, para esses momentos são
usadas tentas, que são colocadas em meio as sepulturas para que os familiares
possam prestar suas homenagens.
2.2.3.6. Análise Bioclimática
O Cemitério Morada da Paz localiza-se na capital do Acre, Rio Branco, uma
cidade que possui um clima equatorial, quente e chuvoso, sua temperatura mínima é
cerca de 20ºC e a máxima é por volta de 38ºC.
Por ser uma cidade quente as capelas mortuárias do cemitério são
climatizadas, como alguns outros ambientes na área administrativa. A temperatura
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Imagem 14: Localização da cidade de Rio Branco nos mapas nacional e estadual. Fonte:
Google Mapas
3.1.1. Descrição geral sobre a cidade de Rio Branco
A cidade de Rio Branco possui os seguintes dados econômico, geográficos,
sociais, turísticos e culturais e climáticos:
Estado pertencente: Acre
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Acre o que levou Rio Branco, a ser a capital. Nesse período o povoado Vila Rio Branco
era apenas uma pequena faixa de terra as margens do Rio Acre.
chamada Penápolis, mas em pouco tempo devido ao sucesso comercial da Villa Rio
Branco, as duas cidades se unificaram, e passou a se chamar cidade de Rio Branco.
Imagem 17: Margem esquerda do Rio Acre na década de 10. Fonte: www.riobranco.ac.gov.br
Imagem 21: Construção da Ponte Metálica nos anos 60. Fonte: www.riobranco.ac.gov.br
Em 1943 existiam apenas duas novas colônias, São Francisco e Apolônio
Sales, pois os recursos estavam direcionados firmemente para os seringueiros. Mas
em 1946, houve a implantação de diversas colônias agrícolas, nessa mesma época
uma área do Seringal Empreza foi loteada para o crescimento da cidade e
denominada Zona Amliada.
Logo após houve o fim do chamado Ciclo da Borracha e os trabalhadores
vieram para as colônias, como tentativa de estancar a partida dos trabalhadores, as
colônias receberam uma infraestrutura mínima, que serviria como suporte a família
dos colonos.
Imagem 22: Colônia agrícola localizada onde hoje é o bairro Estação Experimental. Fonte:
www.riobranco.ac.gov.br
Na gestão de Guiomard Santos, Rio Branco recebeu obras públicas, algumas
ainda perduram até os dias de hoje, como a Maternidade Bárbara Heliodora, Colégio
Eurico Dutra, entre outras.
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Imagem 23: Foto do centro comercial nos anos 70. Fonte: www.riobranco.ac.gov.br
Foi também na gestão de Guiomard Santos que foi erguida a Fonte Luminosa
e o Ipase, que foi o primeiro conjunto residencial da cidade. Esse período foi o detentor
das principais características que se desenvolveriam em décadas posteriores.
4º Período: Explosão da cidade (1970 – 1988)
Esse período marcou a falência dos seringalistas e a venda das terras de
seringal por um baixo preço, o que levou a muitos territórios do Acre a mudarem de
proprietário. Os novos donos das terras previam entre outras coisas, a abertura de
BR-364, que serviria para escoar produtos.
Houve grande êxodo das famílias que viviam na floresta para a cidade, por
conta de que estava havendo muito desmatamento e transformações nos seringais.
Devido a esse fluxo de pessoas migrando para a cidade, a mesma se viu em processo
de explosão, com isso deu-se inícios a prática de invasões, onde terrenos públicos ou
privados foram invadidos por esses trabalhadores que lá se estabeleceram, dando
origem a novos bairros.
As características urbanísticas desse período foram duas, a primeira foi que
essas invasões construíram novos bairros espontaneamente e desordenadamente,
mas apesar disso os bairros anteriormente criados ainda atraiam moradores. A
segunda é a incidência de fenômenos sociais acontecendo, como por exemplo,
confronto entre grileiros e líderes populares que levaram a morte de algumas figuras
famosas como Wilson Pinheiro e Chico Mendes.
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Imagem 27: Residência de alvenaria e madeira localizada no ramal que localiza-se por trás
do terreno. Autor: Larissa Magalhães Figueiredo
Imagem 28: Mapa de cheios e vazios do entorno do terreno. Autor: Larissa Magalhães
Figueiredo
3.3. Análise do sistema viário
O entorno do terreno, a um raio de 350 metros do mesmo, o sistema viário
possui apenas dois tipos de via, a via arterial, que é a Rodovia AC-040 e as vias locais,
que são os ramais, não pavimentados, localizados perpendiculares a Rodovia.
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Imagem 29: Mapa do sistema viário do entorno do terreno. Autor: Larissa Magalhães
Figueiredo
3.4. Análise de infraestrutura urbana existente
Quanto a infraestrutura viária, o entorno conta com 1 rodovia e 4 ramais, onde
pelo menos 60% deles não possui pavimentação, iluminação pública ou rede de
esgoto, muitas das casas possuem fossas sépticas, feitas pelos moradores, esse
levantamento foi feito através da visita in loco.
Imagem 30: Mapa que ilustras as vias pavimentadas e não pavimentadas; Autor: Larissa
Magalhães Figueiredo
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Imagem 31: Foto que mostra um dos ramais sem pavimentação. Autor: Larissa Magalhães
Figueiredo
O entorno conta com pouco mobiliário urbano, sendo registrados apenas as
paradas e ônibus e os postes de iluminação pública.
Imagem 32: Mapa que mostra a incidência de mobiliário urbano. Autor: Larissa Magalhães
Figueiredo
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Imagem 33: Imagem que mostra alguns dos mobiliários existentes. Autor: Larissa Magalhães
Figueiredo
3.5. Análise Bioclimática
Por tratar-se de uma fazenda o terreno apresenta vegetação rasteira, como
capim e algumas árvores nativas de médio porte. Não existe edificações de altas
próximas ao limite do terreno, o que o deixa banhado pelo sol e possibilita a larga
utilização dos ventos predominantes.
Imagem 34: Orientação solar e ventos predominantes. Autor: Larissa Magalhães Figueiredo
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Imagem 35: Foto que mostra a vegetação rasteira existente no terreno. Autor: Larissa
Magalhães Figueiredo
Imagem 36: Vegetação rasteira do entorno do terreno. Autor: Larissa Magalhães Figueiredo
3.6. Potencialidades e articulações do entorno
O entorno é pouco explorado para áreas habitacionais, comércio e serviço, mas
possui grande potencial de que nos próximos anos seja largamente explorado para
esses fins, já que a cidade tende a crescer cada vez mais e essa área será um dos
pontos para onde a cidade deve se expandir.
3.7. Análise de terreno
O terreno possui 239,00 m de frente, 251,50 m de fundo, 150,00 m no lado
direito e 174,00 do lado esquerdo, totalizando a área de 42.900,30 m². A topografia
do terreno é pouco acidentada, apresentando apenas duas curvas de nível, que
totalizam 2 metros de desnível em relação a rua.
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Imagem 44: Quadro de usos. Fonte: Lei nº 1.611 de outubro de 2006 – Plana Diretor
Tendo esses dados a construção de um Cemitério Vertical com Crematório,
além de viável é permitida pelas leis da cidade de Rio Branco.
Setor de visitantes:
Setor de Serviço:
Setor Administrativo:
Setor de visitantes:
Setor de serviço:
Setor Administrativo:
Setor externo:
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei Federal Nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973. Disponível em: <http://
http://www.funerariapadrao24h.com.br/index.php/cremacao>. Acesso em: 03 fev.
2015.
BRASIL. Resolução CONAMA n. 335, de 3 de abril de 2003. Dispõe sobre
licenciamento ambiental de cemitérios. Diário Oficial [da República Federativa do
Brasil], Brasília, 28 de maio de 2003, Seção 1.
CARNEIRO, V. S. Impactos causados por necrochorume de cemitério: meio
ambiente e saúde pública. Disponível em: <http://aguassubterraneas.abas.org>.
Acesso em: 02 fev. 2015.
Código de Obras da cidade de Rio Branco.
GIACOIA JÚNIOR, O. A visão da morte ao longo do tempo. Medicina: Ribeirão
Preto, v. 38, n. 1, p. 13 – 19, 2005.
HELLER, A. Israel inova com a construção de cemitérios verticais. Disponível em:
<http//:http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2014/10/1538979-israel-inova-com-
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MAX DOMINI. Complexo Crematório Max Domini. Disponível em:
<http//:www.maxdomini.com.br/conteúdo_15_complexo-crematório.html>. Acesso
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PALMA, S.R.; SILVEIRA, D. D. A saudade ecologicamente correta: a educação e
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Maria, Santa Maria – RS, 2010. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-
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RIO BRANCO. Lei Nº 1.611, de 27 outubro de 2006 – Plano Diretor do Município de
Rio Branco.
RIO BRANCO. Lei Nº 1.721, de 18 de dezembro de 2008.