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AÇÃO PENAL

Conceito: o que é a ação penal? INSTRUMENTO QUE DA INICIO AO PROCESSO PENAL através do qual o
ESTADO poderá exerceu seu ius puniendi;

Ius puniendi: PODER-DEVER de punir o infrator;


Surge ao Estado o poder-dever de punir o infrator quando ele praticar uma infração penal;
ESTADO para que possa fazer isso de forma legitima: precisa de um mecanismo: PROCESSO;

Ferramenta que da inicio a essa mecanismo/processo penal: AÇÃO PENAL


Ação penal: instrumento que da inicio ao processo penal
Processo penal: Estado necessita para aplicar a sanção penal;

Quais são as condições da ação penal?


Condições: termo resumido – usado pela jurisprudência, doutrina: condições da ação

Mais correto: condições para o legitimo exercício do direito de ação;

a) Possibilidade jurídica do pedido: CONTROVESIA


Possibilidade de o poder judiciário em uma analise abstrata poder dar o que esta sendo pedido
pelo titular da ação penal;
 Pedido abstratamente sem analisar o mérito/ contornos do fato: posso dar? Pedido
possível;
 Se não for possível: pedido juridicamente impossível
Exemplo: imputa crime de furto – 155 CP; ao final o MP faz o pedido: aplicação da pena de
morte / banimento = tais pedidos nunca poderão ocorrer; CF veda esse tipo de pena;
Pena se quer admitida em nosso ordenamento; evidentemente impossível;

Controvérsia: questão de mérito


Não de condição de ação;
CPC trata como condições de ação: a legitimidade e o interesse = NÃO TRATA DA
POSSIBILIDADE JURIDICA DO PEDIDO;
Mas há casos que não se analisa o mérito: como nesse exemplo basta eu analisar e verificar
que não se pode conceder este pedido;
Muitos consideram ainda como uma condição da ação;

b) Interesse de agir
Caracterizado pelo binômio: necessidade e adequação
Outros colocam: utilidade (trinômio);

Necessidade da tutela jurisdicional – daquele provimento jurisdicional para conseguir o que


quero;
Adequação: uso meio correto
Utilidade: analise de que o provimento/ decisão do judiciário SEJA UTIL a quem ajuíza a
demanda;

Sempre teremos necessidade no PROCESSO PENAL;


No processo civil pode-se obter o que deseja sem ajuizar uma demanda – ter a satisfaça o fora do
judiciário – comprovar a necessidade da demanda: que houve a lide – pretensão resistida;
No processo penal: entende-se que essa necessidade PRESUMIDA: o ESTADO sempre precisa do
processo para fazer valer o ius puniendi;
Estado não pode aplicar a pena sem o processo penal;
 Sempre depende-se do processo;

Adequação: utilização do meio correto para que se consiga o fim almejado;


Meio adequado;

Utilidade: demanda penal – deve poder trazer um resultado útil para quem ajuíza a demanda;
Utilidade esta traduzida na própria necessidade;
Sempre preciso do judiciário para fazer valer o ius puniendi dificilmente essa sentença não me será útil;
 Alguns elencam a prescrição em perspectiva: utilidade do processo – MAS NÃO ACEITA
PELOS TRIBUNAIS
Prazo prescricional próximo a ocorrer – o membro do MP deixaria de ajuizar a ação penal
entendendo que a ação não teria mais utilidade, pois a prescrição ocorreria
Seria inútil, sem utilidade;
Muitos alegaram que não haveria interesse = mas esse entendimento não foi acolhido: pena
hipotética: prescrição hipotética;

3 condição:
Legitimidade ad causam: passiva e ativa
Figurar como autor e réu no processo;
 Pertinência subjetiva para a demanda;
 Quem figura como autor: a quem é conferida a prerrogativa de ajuizar a demanda: MP,
vitima (representante, sucessores);
 Réu: aquele que praticou a infração penal;
Principio da pessoalidade;
Ativa: ajuíza a ação;
Passiva: infrator – intranscendencia da pena/ pessoalidade da pena: só ele pode receber a pena;

Além das 3, há a justa causa: MUITA DISCUSSAO


Justa causa:
Existência de lastro probatório mínimo para o ajuizamento valido da ação penal.
O que seria esse lastro probatório mínimo?
Mínimo de elementos de convicção: prova da ocorrência do crime – materialidade delitiva/ prova de
que os fatos ocorreram;
Indícios suficientes de autoria = indícios de que esse camarada (réu) participou dessa infração penal;
 Ajuizamento valido da ação penal;
Justa causa indispensável para o recebimento da ação penal – 395 CPP;

Discussão: natureza jurídica da justa causa;


Basicamente há três correntes discutindo o tema:
a) Justa causa = 4 condição da ação;
b) Esta dentro do interesse de agir: se não há justa causa = não há interesse de agir
c) Algo autônomo; basicamente seria um requisito para recebimento da ação penal;

PREVALECE: não há entendimento pacifico;


Algumas bancam vem entendendo: 4 condição da ação penal;
Outros: entendem que são só 3 elementos;

Parcela doutrinaria: que adota o entendimento que a justa causa = requisito para recebimento mas não
se trata de 4 elemento;
395 do CPP – consta que a denuncia ou queixa será rejeitada quando:
Inepta/ faltar pressuposto ou condição de ação/ faltar justa causa;
Se há inciso próprio falando da justa causa = legislador entendeu que a justa causa não será condição da
ação – não haveria necessidade desse inciso III;
Legislador criou esse inciso – ele a desvinculou das condições da ação;
Não há entendimento pacifico;

ESPECIES DE AÇÃO PENAL:


Ação penal:
a) Publica
Aquela cuja titularidade pertence ao MINISTERIO PÚBLICO – 129, I da CF;
Pode ser:
INCONDICIONADA: MP pode ajuizar a denuncia independentemente da vontade/anuência da vitima ou
de qualquer outra pessoa;

CONDICIONADA:
Depende de anuência de alguém:
 Condição de procedibilidade = autorização para que possa processar;
A REPRESENTACAO DO OFENDIDO: não pode ajuizar a ação penal sem que haja a representação do
ofendido;
REQUISICAO DO MINISTRO DA JUSTIÇA: hipóteses excepcionais; nestes casos há necessidade de
autorização;

b) Privada
Se divide em:
EXCLUSIVA: maioria dos casos; modalidade de ação em que cabe ao ofendido a titularidade da ação
contra o infrator – processar o infrator; este direito passa aos sucessores;
PERSONALÍSSIMA: este direito no caso de morte não passa aos sucessores; EXTINGE a punibilidade se a
vitima morre;
SUBSIDIARIA DA PUBLICA: hipótese excepcional pois o crime: ação penal publica, mas o MP fica inerte,
surge a vitima a possibilidade de ajuizar uma ação penal privada no lugar da publica;
Artigo 29 do CPP;

Cespe: justa causa – 4 condição de ação penal;

AÇÃO PENAL PUBLICA:


Titularidade: MP;

Princípios:
Obrigatoriedade – dever; mitigado pela lei dos juizados = transação penal; acordo entre MP e infrator
por meio do qual o infrator se compromete a cumprir pena restritiva de direitos e em troca disso o MP
não oferece a denuncia;

Indisponibilidade – não pode abrir mão da ação penal; precisa continuar com a ação penal ajuizada;

Oficialidade – órgão oficial do Estado;

Divisibilidade – o MP pode fracionar o exercicio da ação penal; não esta obrigado a processar todos ao
mesmo tempo;

AÇÃO PENAL PUBLICA CONDICIONADA A REPRESENTACAO DO OFENDIDO:


Titularidade: oferecer a representação: quem processa: MP/ representação precisa ser dada por
alguém:
Ofendido maior de 18 anos: ofendido oferece a representação;
E se a vitima menor de 18 anos ou incapaz: legitimidade pertence ao representante legal
Vitima falecida/óbito ou ausência: sucessores (CONJUGE, ASCENDENTE, DESCENDENTE, IRMAO);

NATUREZA DA REPRESENTACAO: condição de procedibilidade da ação penal;


Formalidade: dispensa formalidades;
Qualquer manifestação inequívoca da vitima que tem interesse na persecução penal; pode inclusive ser
realizada oralmente;
Pode ser procurador = mas precisa procuração com poderes especiais;

Destinatário: representação pode ser ofertada ao MP, AUTORIDADE POLICIAL, JUIZ;

PRAZO: oferecimento da representação: 6 meses = DECADENCIAL;


A partir de quando? Momento em que a vitima tem ciência da autoria delitiva;

Abrangência da representação:
INDIVISIVEL;

E pode haver RETRATACAO?


Quando a vitima volta atrás para retirar a representação;
 Pode
Até quando? Até o oferecimento da denuncia – 25 CPP

Se o MP já ofereceu a denuncia não cabe mais retratação;

Lei Maria da Penha: violência domestica e familiar contra a mulher  essa retratação só pode ser feita
em audiência especial perante o juiz;

Retratação da retratação:
Voltar atrás do ato de voltar atrás – oferece, se retrata, representa de novo;
PODE OCORRER – mas não pode ter havido a decadência;
 Não pode ter havido a extinção da punibilidade;

REQUISICAO DO MINISTRO DA JUSTIÇA:


Destinatário da requisição: MP = não fica vinculado ao ajuizamento, ele continua tendo liberdade para
ajuizar ou não a demanda;
 Requisição: autorização;
Passa a estar autorizado, não obrigado;

Prazo: NÃO HÁ PRAZO PREVISTO EM LEI;


Pode ser enviada enquanto não houver a extinção da punibilidade;

Cabe retratação? PREVALECE O ENTENDIMENTO QUE NÃO CABE RETRATACAO – ato administrativo;
Doutrina majoritária;
AÇÃO PENAL PRIVADA EXCLUSIVA:
Legitimidade para ajuizar a queixa-crime:
Ofendido maior de 18 anos – próprio ofendido;
Menor de 18 anos ou incapaz – representante legal;
Óbito/ ausência: sucessores: CADI

Prazo: 6 meses;
Decadencial;
Inicia quando há ciência da autoria delitiva;
 Prazo penal: conta a partir do próprio dia;
Inicia naquele dia mesmo;
No caso de óbito: começa a correr a partir do óbito – remanescente do prazo – o prazo que faltava;

Princípios:
Oportunidade – vitima ajuíza se quiser: oportunidade e conveniência;

Disponibilidade: quando ajuíza ela pode desistir da ação;


 Abre mão da ação penal;

Indivisibilidade: 48 do CPP – queixa quando qualquer dos autores do crime obriga a de todos;
Ou seja: precisa processar todos;

Ação penal exclusiva: MP atua como custos legis;


Acompanha o processo como fiscal da Lei;
 Ele pode aditar a queixa-crime mas só aspectos formais;
 Velar pela indivisibilidade – opinando;
 Fiscalizar a aplicação correta da lei;

RENUNCIA:
Causa de extinção da punibilidade;
Só cabe na ação penal privada;
Não cabe na ação penal privada subsidiaria da publica;
 Anterior ao AJUIZAMENTO DA AÇÃO PENAL – abre mão do direito de ajuizar a queixa;
 Tácita ou expressa
 Indivisível – se estende a todos;
 Unilateral – não depende de aceitação;
PERDAO DO OFENDIDO:
Causa de extinção da punibilidade;
Só cabe na ação penal privada;
Não cabe na ação penal privada subsidiaria da publica;
 POSTERIOR ao ajuizamento da ação penal – durante o processo
 Vitima já ajuizou a queixa -> mas ela pode conceder ao querelado o perdão do ofendido
 Tácito ou expresso
 Indivisível:
Se um deles recusar – o direito de aceitar/ recursar: individual;
 Bilateral = depende de aceitação;
Silencio – se em 3 dias não se manifestar: entende-se que o silencio importa anuência;

 Judicial ou extrajudicial;

PEREMPCAO:
Causa de extinção da punibilidade;
Só cabe na ação penal privada;
Não cabe na ação penal privada subsidiaria da publica;
 Punição em aspas – ao querelante negligente na condução da causa
 Perempcao -> estão no artigo 600= do CPP
Não promove o andamento do processo por 30 dias seguidos;
Falecendo o querelante – não comparece em juízo para prosseguir no processo em 60 dias;
Não comparecer SEM MOTIVO JUSTIFICADO a ato do processo;
Deixa de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
Se for pessoa jurídica = se extinguir sem deixar de sucessor;

AÇÃO PENAL PRIVADA PERSONALISSIMA:


Mesmas regras da ação penal exclusiva;
 Só o próprio ofendido pode ajuizar a ação penal;
 Mais ninguém!

Induzimento de erro essencial e ocultação de impedimento 236 do CP;

AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIARIA DA PUBLICA:


Legitimidade: ofendido/vitima;

Vitima ajuíza uma ação penal privada – no local da publica;


MP precisa oferecer denuncia: 5 dias preso/ 15 dias solto;
SÓ CABE NO CASO DE INERCIA DO MP;
Não cabe se o MP: ajuíza denuncia/ requerer o arquivamento do inquérito/ requisita diligencias;
 Ele não ficou inerte;
Prazo para oferecimento da ação penal subsidiaria: 6 meses CONTADO a partir do esgotamento do
prazo para o MP;
Se consuma a inercia do MP;

 Quando surge o fato: MP tem legitimidade;


 Esgotamento do prazo MP: vitima passa a ter legitimidade para ajuizar;
Em 6 meses – nos temos legitimidade concorrente: MP e vitima
MP pode ajuizar NESTE PERIODO;
 Concorrente
Final dos 6 meses: vitima perde
MP volta a ser o único titular;

Decadência impropria: pois não gera a extinção da punibilidade em relação ao autor;


Não vai gerar extinção da punibilidade: MP CONTINUA SENDO LEGITIMIDADO;

Atuação do MP nessa ação:


MP atua de maneira mais presente – ativa:
 Parte adjunta
 Pois há interesse público muito maior – crime de origem de acp publica
MP PODE OPINAR PELA:
Rejeição
Aditar a queixa crime – aspectos formais e essenciais (incluir infrator);
Intervir em todos os termos do processo
Repudiar a queixa crime = não houve inercia, havia o prazo e apresenta a denuncia substitutiva;
Retoma o processo como parte principal: negligencia pelo querelante que ajuizou a ação;
 Vitima negligente = não há percepção
Na ação penal privada subsidiaria não cabe perempção;
MP RETOME A DEMANDA/AÇÃO COMO PARTE PRINCIPAL;
 Ação penal indireta = quando retoma como parte principal (MP);

REQUISITOS FORMAIS DA DENUNCIA OU QUEIXA:


Exposição do fato criminoso – circunstancias;
Qualificação do acusado;
Classificação do delito – tipificação do delito;
Rol de testemunhas – já indica na inicial o rol;
Endereçamento – juízo dirigido
Redação em vernáculo: bom português;
Subscrição -> datada e assinada pelo subscritor
Chamados de elementos autenticativos da denuncia ou queixa: dão autenticidade

AÇÃO CIVIL EX DELICTO:


 Reparação cível
Danos compensados e indenizados

Demanda cível com vista da reparação dos danos civis oriundos da pratica do delito;

Duas espécies:
a) Ação civil ex delicto propriamente dita/sentido estrito:
Ação de conhecimento movida no juízo cível para obtenção das reparação dos danos oriundos do crime;
Processo criminal ocorrendo; mas quer a reparação civil;
Usa essa ação buscando a reparação – ajuíza a ação e nessa ação:
Fato ocorreu/ quem praticou/ extensão do dano (...);

JUIZ PODE SUSPENDER a ação civil: para aguardar a seara criminal;


Pode optar por suspender o curso do processo;

b) Ação de execução ex delicto


Não há ação civil;
EXECUCAO DO TITULO JUDICIAL = sentença penal condenatória;
 Já sabe que tem direito, já tem titulo judicial;
Busca a satisfação do credito;
 Proferida a sentença com transito em julgado e ele condenado; pega a sentença e
executa a sentença: eu já tenho direito – um dos efeitos genéricos: reparação de
reparar os danos, quero saber o quanto eu tenho direito;
 Titulo judicial: já tenho direito;
VITIMA PODE OPTAR – por esperar; mais prudente seria esperar esse titulo e após
executar;

387, IV DO CPP – passou a estabelecer o valor mínimo para reparação do dano;


Valor mínimo;
Executando o valor liquido
Mas quero proceder a liquidação para saber o valor - ser apurado;
Valor mínimo fixado: não impede que a vitima busque a liquidação;
Executa o valor mínimo e após a diferença que por ventura vier a ser fixado posteriormente;

INDEPENDENCIA DAS ESFERAS:


Separação mitigada
Pois há exceções:
Regra: não interferem uma decisão na outra;
Aqui neste caso, mitigada;

Pois a decisão proferida na esfera criminal VINCULA a esfera cível:


Como no caso de condenação;

Outras hipóteses:
 Absolvição que prove INEXISTIR O FATO
 Absolvição que prove NÃO TER O AGENTE PARTICIPADO DO FATO
Faz coisa julgada no cível;
Não existe mais essa discussão; coisa julgada no cível e impede a rediscussão;

 Absolvição COM BASE EM EXCLUDENTE DE ILICITUDE;


Neste caso: ressalva -> do chamado terceiro inocente (sofre o dano sem dar causa a
situação: como no caso de Maria precisa tomar medicamento e se não tomar ela morre,
jose joga fora – Pedro desesperado vai na farmácia e rouba o medicamento – Pedro será
absolvido por estado necessidade – absolvido por excludente de ilicitude; MAS O DONO DA
FARMACIA pode ajuizar ação civil contra PEDRO);
Após: Pedro pode regressiva contra Jose;

Ajuizamento da ação ou execução civil pelo MP


Vitima pobre: execução ou ação pode ser introduzida pelo MP
 Redação anterior a CF /88
Defensoria publica aos necessitados – ajuizamento da ação civil ou execução em favor do
pobre;

Transito para inconstitucionalidade:


Locais que não existe defensoria publica = MP pode exercer essa atividade;
Em transito para inconstitucionalidade: chamada inconstitucionalidade progressiva;

PRISÃO:
Privar a liberdade, tolher o direito de ir e vir, através do recolhimento da pessoa humana ao cárcere;
(Nucci, 2018);

DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS DO PRESO:


Princípios constitucionais e convencionais no trato da prisão;
 Respeito a integridade física e moral
 Comunicação imediata da prisão;
 Direito ao silencio;
 Assistência de advogado;
 Identificação dos responsáveis pela prisão;
 Relaxamento da prisão ilegal;

Espécies:
a) Prisão extrapenal: prisão civil, militar;
Prisão civil: devedor de alimentos;
Prisão militar: transgressão disciplinar;
b) Prisão penal/sansão/ definitiva: ocorre para cumprimento de pena privatia de liberdade;
pressupõe a existência de uma sanção imposta;
Duas espécies de pena privativa de liberdade: reclusão e detenção;
Prisão simples – para as contravenções penais;

c) Prisão processual/ provisória/ cautelar: realizada antes da condenação final – durante a


investigação ou durante o processo;
Possui requisitos próprios de acordo com cada modalidade;
 Medida cautelar – com base no fumus comissi delicti + periculum libertatis;

Regra: liberdade;
As pessoas só podem ser presas POR ORDEM FUNDAMENTADA DO JUIZ;
Fora isso, só se admite o flagrante como uma excepcional forma de prisão sem ordem judicial
antecipada;

Observando o AXIOMA DA LIBERDADE e a PRESUNCAO DE INOCENCIA – assente o entendimento tanto


da doutrina quanto na jurisprudência de que nenhuma prisão cautelar pode ser decretada com a
intenção de penalizar ou punir o réu ou o investigado, por mais convicto que o juiz esteja sobre sua
autoria ou culpa;

 Fomus comissi delicti + periculum libertatis = são os pressupostos gerais das medidas
cautelares;

FUMUS COMISSI DELICTI:


Probabilidade do direito;
Plausibilidade da imputação;
Verossimilhança;

PERICULUM LIBERTATIS:
Necessidade/urgência;
Perigo de dano/ risco com a liberdade;
PRISÃO/MEDIDA CAUTELAR:
Instrumental;
Provisória;
Excepcional;
Sem representar punição;

PRISÃO EM FLAGRANTE:

 Flagrante: indica o delito atual, que está sendo perpetrado, que acabou de sê-lo ou que o foi
há tempo razoável;
 Modalidade de prisão cautelar, de natureza administrativa;

Abrange tanto os: crimes quanto as contravenções penais;

Em se tratando de infrações de menor potencial ofensivo: poderá não ser necessária a formalização do
auto de prisão em flagrante. Desde que o individuo se comprometa a comparecer ao Juizado Especial
Criminal;

Natureza jurídica: controvérsia na doutrina; mas o entendimento QUE PREVALECE: é o de que a prisão
em flagrante se trata de prisão cautelar ao lado da prisão preventiva e temporária;

SUJEITO ATIVO: individuo que efetua a prisão de outro que se encontra em estado de flagrância;
 Qualquer pessoa pode figurar como sujeito ativo – 301 CPP;

Flagrante facultativo: particulares tem a faculdade de efetuar a prisão de quem esteja em flagrante
delito;
Flagrante obrigatório: as autoridades policiais e seus agentes estão obrigados a realizar a prisão;

Sujeito passivo: aquele que sofre a captura; qualquer pessoa – mas há exceções;
Presidente da republica: apenas poderá ser preso após transito em julgado por infrações comuns;
Diplomatas estrangeiros: em decorrência de tratados ou convenções internacionais;
Membros do Congresso: após expedição do diploma apenas poderão ser presos em flagrante por
crimes inafiançáveis;
Magistrados: apenas podem ser presos por crime inafiançável;
Membros MP: prerrogativa simetria a dos magistrados;
Advogados: podem ser presos mas se for motivo ligado a profissão só em caso de crime inafiançável e
necessário a presença de representante da OAB;
Menores de 18 anos: são inimputáveis;
Motorista que presta pronto e integral socorro a vitima: o condutor do veiculo automotor envolvido em
acidente de transito com vitima não será preso em flagrante caso preste pronto e integral socorro a ela;

Espécies de flagrante:
Quem esta cometendo a infração penal;
Acaba de comete-la;
Perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou qualquer pessoa, situação que se faca
presumir ser autor da infração;
Encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papeis que facam presumir ser ele autor
da infração;

Doutrinariamente:
Flagrante próprio: que esta cometendo a infração ou acaba de cometer;
Flagrante improprio ou quase flagrante: perseguido, logo após, em situação que se faca presumir ser
autor da infração;
Flagrante presumido ou ficto: encontrado com instrumentos, armas, objetos, papeis que façam
presumir ser autor;

Flagrante preparado, provocado, crime de ensaio, delito de experiência ou delito putativo por obra do
agente provocador:
Agente insidiosamente levado a praticar uma infração penal;
Não admitido no ordenamento jurídico brasileiro;
 Crime impossível;

Flagrante esperado: autoridade policial ou particular simplesmente aguarda o momento do


cometimento da infração penal;
 Há mera vigilância até a configuração do estado de flagrância;
 Admitido no ordenamento jurídico;

Flagrante prorrogado, retardado, diferido: também denominado de ação controlada – prorrogação da


intervenção policial em uma determinada situação de flagrância até o momento de sua máxima
oportunidade e eficiência;

Flagrante forjado, fabricado, maquinado, urdido: particulares ou policiais arquitetam artificialmente


uma situação de suposto flagrante de um crime falso ou inexistente, imputando-o a terceiro
sabidamente inocente, a fim de legitimar a sua arbitraria prisão em flagrate por tal fato;

REALIZADA a infração delito, deve ser formalizada e documentada nos moldes da Lei. LAVRATURA DO
AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE;
Observar:
 Autoridade competente – circunscrição onde tenha ocorrido a captura mesmo que o crime
tenha sido praticado em localidade diversa.
 Ouvir condutor e as testemunhas: ouvido condutor será entregue copia do termo e recibo
de entrega do preso. Testemunhas que acompanharam e presenciaram os fatos;
 Interrogatório do preso;
 Remessa do auto de prisão em flagrante a autoridade judiciaria;
 Nota de culpa – entregue ao preso em 24 horas a ser contado da captura;

JUIZ:
Recebe o auto de prisão em flagrante pode:
Relaxar a prisão;
Converter a prisão em preventiva;
Conceder liberdade provisória;

PRISÃO PREVENTIVA:
Cabível em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal;
Medida cautelar de natureza pessoal;

Pressupostos: prova da existência do crime e indicio suficiente de autoria;

Requisitos: garantia da ordem publica, ordem econômica, conveniência da instrução criminal e


asseguramento de aplicação da lei penal;

 Atenção a subsidiariedade: a prisão preventiva será decretada em ultimo caso – e que não
for cabível a sua substituição por outra medida cautelar;
 Só pode ser decretada em ultima circunstancia quando nenhuma outra medida cautelar
atender a finalidade legal que se busca com a sua decretação;

ADMISSIBILIDADE DA PRISÃO PREVENTIVA:

1) Crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 anos;
Deve-se avaliar as causas de aumento e diminuição de pena;

2) Condenados por outro crime doloso;


Indiciado ou réu de crime doloso (independentemente da pena) que já tenha sido condenado
definitivamente por outro crime doloso;

3) Crimes que envolvam violência domestica e familiar como forma de garantir a execução das
medidas protetivas de urgência;
Além da mulher: criança, adolescente, idoso, enfermo, pessoa com deficiência;
4) Duvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer os elementos suficientes
para esclarece-la;
 Devendo ser colocado em liberdade após a identificação;
Salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da prisa;

Urgência x contraditório:

Toda prisão é em sua essência URGENTE; e o perigo da ineficácia da medida também vai sempre estar
presente nos casos de preventiva; DISPENSANDO O CONTRADITORIO PREVIO;

 Cerceamento de uns dos bens mais caros do cidadão: liberdade;


 O contraditório sempre será posterior ou diferido;

PRISÃO DOMICILIAR:

Substitutiva da prisão preventiva;


Sujeito submetido a prisão preventiva que, em determinadas e especificas circunstancias poderá ficar
confinado na sua residência – EM PERIODO INTEGRAL, só podendo se ausentar com autorização judicial;
Cabimento:
a) Agente maior de 80 anos;
b) Extremamente debilitado por doença grave;
c) Imprescindível aos cuidados de pessoa menor de 6 anos de idade ou com deficiência
d) Gestante
e) Mulher com filho de até 12 anos de idade incompletos;
f) Homem: caso seja o único responsável pelos cuidados de filgo de até 12 anos de idade
incompletos;

Diversa do recolhimento domiciliar: medida cautelar mais branda; sujeita o individuo a permanecer em
casa durante o período noturno e nos dias de folga, quando o investigado ou acusado tenha residência e
trabalhos fixos;

LIBERDADE PROVISÓRIA:

Se não estiverem presentes os requisitos que autorizem a decretação da prisão preventiva, o juiz deve
conceder liberdade provisória, impondo se for o caso medidas cautelares;

Ela pode ser:

1) Quanto a fiança:
Liberdade provisória sem fiança: nas hipóteses de discriminantes do inciso I a III do artigo 23 do
CP;
Em razão da situação financeira ou miserabilidade jurídica do agente (todavia, o agente fica
sujeito as obrigações impostas quando há a sua prestação: como o comparecimento perante a
autoridade, previa comunicação de mudança de endereço);

Liberdade provisória com fiança:


 Garantia real – que consiste no pagamento em dinheiro ou na entrega de valores ao Estado;
 Servem ao pagamento das custas, indenização do dano, prestação pecuniária e multa – se o
réu for condenado.
 Valor será fixado nos termos do artigo 325 e seguintes do CPP;

2) Possibilidade de concessão:
Liberdade provisória obrigatória: hipóteses em contrario sensu em que a fiança não é vedada;
Em se tratando de crimes que não seja aplicada pena restritiva de liberdade e de infrações de
menor potencial ofensivo (se o agente assumir o compromisso de comparecer ao ajuizado)
deve ficar em liberdade provisória.

Liberdade provisória proibida:


Não será concedida fiança nos crimes de racismo, tortura, trafico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, terrorismo, crimes hediondos, crimes cometidos por grupos armados, civis ou
militares, contra a ordem constitucional e o Estado democrático;
 Embora não se admita a concessão de fiança – não significa dizer que será inadmissível a
concessão de liberdade provisória nesses crimes – sem fiança;
 Não será concedida fiança: quem tiver quebrado fiança anteriormente concedida ou
infringido as obrigações dela decorrentes/ em caso de prisão civil ou militar/ quando
presente os requisitos para decretação da prisão preventiva;

Não será concedida fiança: crimes contra o sistema financeiro nacional;

3) Quanto ao cumprimento de obrigações:


Liberdade provisória com vinculação: acusado será colocado em liberdade – mas fica vincylado
a uma serie de obrigações de cunho processual.
 Liberdade provisória sem fiança em razão da situação financeira do agente: fica obrigado
as mesmas obrigações inerentes aos casos em que haja concessão de fiança;
 Liberdade provisória sem fiança na redação do artigo 310, p. único do CPP: a pratica de
crime amparado em causa excludente de ilicitude – gera a concessão de liberdade provisória
sem fiança – mas condicionada ao comparecimento a todos os atos processuais.

Da decisão que concede liberdade provisória: CABE RESE;

PRISÃO TEMPORARIA:

Prisão cautelar que tem como finalidade e primordial AUXILIAR a investigação de infrações penais
graves;

 Acautelar o inquérito policial;


 Esta disciplinada na LEI 7.960/89;

Momento e legitimidade:

 Somente pode ser decretada durante o inquérito policial ou até mesmo antes dele;
 Somente pode ser decretada pelo juiz em face da representação da autoridade policial ou
de requerimento do MP;

Cabível somente em alguns crimes – previstos no ROL da Lei:


Homicídio doloso;
Sequestro ou cárcere privado;
Roubo;
Extorsão;
Extorsão mediante sequestro;
Estupro;
Atentado violento ao pudor;
Rapto violento;
Epidemia com resultado morte;
Envenenamento de agua potável ou substancia alimentícia ou medicinal qualificado pela morte;
Associação criminosa;
Genocídio;
Trafico de drogas;
Crimes contra o sistema financeiro;
Crimes previstos na lei de terrorismo;

Crimes hediondos e equiparados, que são:

Homicídio quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio;


Homicídio qualificado;
Lesão corporal dolosa de natureza gravíssima;
Lesão corporal seguida de morte quando praticada contra autoridade ou agente descrito nos artigos 142
e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da forca nacional de segurança publica
– NO EXERCICIO DA FUNCAO OU EM DECORRENCIA DELA, ou contra seu: cônjuge, companheiro, parente
consanguíneo até o terceiro grau, em razão dessa condição;
Latrocínio;
Extorsão qualificada pela morte;
Extorsão mediante sequestro e na forma qualificada;
Estupro;
Estupro de vulnerável;
Epidemia com resultado morte;
Falsificação, corrupção, adulteração, alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais;
Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de
vulnerável;
Crime de genocídio;
Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito;
Crimes equiparados a hediondos: tortura, trafico ilícito de entorpecentes e drogas afins e terrorismo;

Pressupostos/requisitos:

Genéricos: fumus comissi delicti e periculum libertatis;


Se traduzem nos requisitos específicos elencados na lei:
a) Imprescindível para as investigações do inquérito policial;
b) Indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de
sua identidade;
c) Houver fundadas razoes de acordo com qualquer prova admitida de autorização ou participacao
do indiciado nos crimes elencados na lei;

Entendimento amplamente majoritário: existe necessidade da presença do inciso III – que traz o FOMUS
COMISSI DELICTI e pelo menos um dos outros dois incisos (a ou b) que representam o PERICULUM
LIBERTATIS;

PROCEDIMENTO:

 Decretada pelo juiz em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do


MP;
 Prazo: até 05 dias prorrogáveis por igual período em caso de extrema e comprovada
necessidade;
 Crimes hediondos e equiparados: prazo será de 30 dias, prorrogável por igual período em
caso de extrema e comprovada urgência.
 Medida urgente: o despacho deve ser fundamentado e prolatado dentro de 24 horas a
partir do recebimento;
Regras gerais atinentes a prisão:

A prisão pode ser efetuada em qualquer dia e qualquer hora - respeitadas as restrições relatovas a
inviolabilidade do domicilio;

A prisão (quando não for em flagrante)  depende de determinação judicial. A ORDEM DO JUIZ É
FORMALIZADA num mandado de prisão que pode ser cumprido em qualquer dia e hora.

O ingresso na residência – sem autorização do morador – só poderá acontecer por determinação judicial
e somente durante o dia. Chamada cláusula de reserva de jurisdição.

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