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RSCO
L u I-, -1 - '

' sumÁrio N."S ISFEV 1989

2 Nota de abertura 3 1 Decisões administrativas


3 Luis M. S. Oliveira
O IRS e as empresas bancárias
H Livro de registo de serviços prestados (modelo 8)
H Livro de registo de despesas gerais e de operações
ligadas a bens de investimento (modelo 9)
IRC: Retenção na fonte. Entidades isentas
H Imposto de compensação
14 Jorge Costa Santos
Pagamento e garantia da dívida
H Sisa: Isenções de habitação prápria
H Sisa: Actualização dos rendimentos colectáveis
H IVA: Alterações ao CMigo
aduaneira H IVA: Utilidade social. Isenção

Maria Eduarda Azevedo


22 As privatizações no quadro legislativo- 39 Documentos H J. Xavier de Basto: A aplicação do IVAa jurisconsuloç,
-tributário advogados e solicitadores: uma crítica ao Decreto-

25 Diagramas
16
fiscais
- Abatimentos
-Lei n.Q290188

45 Consultório
H Trespasse do estabelecimento de comerciante em
27 Jurisprudência
H ~&buiçáo industrial - Apuramento de resulados
nome individual

.obra por obram -Principio da especialização de


exercícios -Custos de exercícios anteriores Legislação (destacável)

H D N C T O R : Jaime Antunes H COORDENAÇAO EDITORIALE~~CNICA:


. FISCO .
0 0 U I A l l A JUAISIRUOtlClA ltGIS1AlAO

J. L. SaldanhaSanches, J. Magalhães Correia, Rui Barreira


COLABORADORES: António Borges (econ.-ROC-ISCTE), António Simões Mateus (econ.-ICF), Carlos M. Bernardes (econ.-Coopers
& Lybrands). Carlos Loureiro (gest.-Arthur Andersen & Co.), Domingos P. de Sousa (adv.-FDL), Eduardo Cabrita (jur.-ICF-FDL), Eduardo
Paz Ferreira (adv.-FDL), I. Gonçalves Pinto (jur.-ICF), Joaquim S. Mateus (jur.-DGCI), I. Costa Oliveira (adv./FDL), J. Costa Santos (jur.-
-FDL), J. L. Saldanha Sanches (jur.-CEF-FDL), J. Magalhães Correia (jur.-ICF-FDL), Leonor Cunha Torres (jur.-FDL), Luís Chaves de
Almeida (ewn.-APOTEC). Luís Máximo (jur.-FDL). Luís Oliveira (adv.), Manuel António Pita (jur.-ISCTE), Margarida Mesquita Palha
(jur.-CEF-UCP (L)),M. Eduarda Azevedo (jur.-CEF-FDL), Maria dos Prazeres Lousa (econ.-CEF), M. Teresa Barbot de Faria (econ.-CEF).
Pedro Leandro (ewn.-ROC-ISCE). Ricardo Sá Fernandcs (adv.-FDL), Rogério Pcreira Rodrigues (econ.-IGF-ISCTE), Rui Barreira (adv.-
-FDL), Rui Duarte Morais (adv.-UCP (P)). Rui Pinto Duarte (adv.-FDL), Teresa Venda (econ.), Vasw Valdez Matias (jur.-ICF-ISCAL).

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DISTRIBUIÇAO: Sodilivros, Trav. Estêvão Pinto. 6-A, 1000 Lisboa. Telefs. 658902f3

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Marta, 47 - 2.9 Dto.. 1100 Lisboa H Pessoa colectiva n.P 9707753261 H Depósito legal n.9 23939188 H Registo na DGCS n.9 112897
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.,
Trespasse do estabelecimento -valia, ao contrário das demais, não
goza nem de taxas especiais nem de
de comerciante em nome individual qualquer metodo de cálculo que minore
o seu valor. A primeira vista teríamos,
por conseguinte, um rendimento que
Um comerciante em nome individual que liquida o seu estabelecimento, iria estar sujeito à taxa máxima do IRS
pondo fim à sua actividade comercial, irá pagar IRS sobre o rendimento assim desde que ultrapassasse 0s escalks
adquirido? E a taxa que se aplica a todos os rendimentos recebidos naquele ano, previstos na lei. O tradicional efeito de
uma vez que náo está integrado no regime especial criado para a alienaçáo de bunching~sem qmlquertcmperamento,
quotas ou partes sociais? susceptível apenas de ser minorado por
um qualquer contrato que substituísseo
Um leitor identificado pagamento de uma SÓ vez por um con-
junto de prestaçdes escalonadas no
tempo.
No domínio do antigo sistema de teoria da fonte (com os impostos cedu- Mas uma lcitura mais atenta dc lei
tributaçãodorendimento,orendimento lares recortados sobre cada uma delas) permite afastar esta conclusão. Uma
proveniente, quer da alienação de um para uma recepção parcial do princípio remissão ~ontidano IRS dispóe que as
estabelecimento quer da venda de par- do acréscimo patrimonial: passando a mais-valias tributadas 0 serão nos ter-
tes sociais escapava completamente ao ser tributados, por exemplo, os ganhos mos do IRC. T ~ m n d oPor isso d e -
imposto sobre o rendimento. E esca- obtidos na transmissiío onerosa de par- vante a definição de ~~~ais-valias por
pava a esta tributação uma vez que os tes sociais (artigo 10.Q),da cessão one- este operada.
impostos sobre o rendimento eram rosa de arrendamentode bens afcctos a Ora. para 0btcrm0s O conceito de
moldados na totalidade pela chamada actividades profissionais independcn- mais-valias do IRC teremos de consul-
teoria da fonte: as mais-valias só eram tes e de dircitos reais sobre bens imó- tar O artigo 42? do mesmo Código: que
tributadas em sede de imposto de mais- veis. começa por considerar mais-valias os
-valias, o seu rendimento não integrado Mas tambem aqui se evitou qual- ganhos rcsuhntes da transmissão dos
no rendimento geral do sujeito passivo quer possibilidade de empurrar o con- e ~ ~ m e n tdo
o s activo imobilizado. Se 0
e suportavam por isso uma taxa não tribuinte para as taxas mais elevadas: estabelecimento tiver um balcão-frigo-
progressiva: era o caso dos trespasses os ganhos provenientes da alicnação de rifico. pagará imposto de mais-valia
dos locais ocupados por escritórios ou partes sociais são tributados apenas a calculado pela diferença entre o valor
consultórios ea transmissãoonerosa de 10 por cento e por uma taxa substitutiva de realização líquido dos encargos que
bens do activo imobilizadoe de bens ou (liberatória, na terminologia do Códi- lhe sejam inerentes e o valor de aquisi-
valores mantidos como reserva ou frui- go) com englobamento optativo (artigo Çáo deduzido das reintegraçdes ou
çáo. 75.Qdo IRS). E os dcmais rcndimentos amortizaçks praticadas.
Só que esta tributação estava isenta são consideradosapenas por metade do l'0deremos então ~oncluir com
de alguns dos problemas que nor- seu valor. segurança que a mais-valia resultante
malmente afectam a tributação dos Podc discutir-se o tratamento mais da venda do activo imobilizado paga
capilal-gains: sujeita a uma taxa pro- favorável concedido aos ganhos pro- IRS. E a cessão Onerosa do direito a
porcional de 12 por cento, evitava lar- duzidos pclo aumento de cotação de arrendamento, a venda do estabeleci-
gamente o fenómeno do bunchingl: o uma acção do que aqucle atribuído ao m n t o com 0 good-will que lhe é ine-
acumular de ganhos num só ano (o da aumento do valor dc trespasse de um rente?
alienação), que empurra inexoravcl- consultório. A primeira questão que deve ser
mente o contribuinte para as taxas mais Mas aqui prevalcceu o princípio, colocada 6 a de saber se esta alienação
elevadas do imposto progressivo ape- exposto por Miguel Cadilhe na sua de estabelecimento Com todos os valo-
sar de se tratar de um rendimento even- «Defesa da Rcforma Fiscal», de não res a ele inerentes pode ser considerada
tua1 a que não corresponde necessaria- prejudicar a rccuperação do mercado como um rendimento ou uma mais-
mente uma elevada capacidade con- de capitais2. -valia3: porque embora o IRS adopte
tributiva: ao contrário do que sucedc Mas o ganho provenicntc da venda ~arcialmcnteuman~ãoderendimento
com um rendimento elevado proveniente de um estabelecimento comercial, no que inclui as mais-valias, a distinção
de uma fonte que continuará produtiva caso dc se tratar dc um comerciante em não C destituída de relevância: basla
- em princípio - no próximo ano nome individual, C classificado pelo pensar no difcrcnte uatamcnto das mais-
fiscal. IRS com um ganho proveniente da valias para efcitos de cálculo do seu
Mas com a aprovação do Código do actividadc industrial e comercial [alínea valor ou de taxas.
IRS passou-se da vigência plena da 4 n? 2 do artigo 4.Q].Mas esta mais- E, tal como acontecia antes da re-
DOCUMENTOS

forma, nem todas as mais-valias sáo princípios definidos pelo artigo 42.Q náo tributável em IRS: seria este o
tributadas. para proceder h mediação das mais- sentido a tirar da redacção da alínea 4,
Ora, a venda de um esiabelecimento, -valias e que envolvem uma diferença n.Q2, do artigo 4.P do IRS ao declarar
na medida em que extingue uma fonte entre custos de aquisição e custos de mbutáveis neste imposto as mais-valias,
de possíveis rendimentos, C concep- alienaçáo: no caso de um estabe- «definidas nos temos do Código do
tualmente equivalente h venda de um lecimento criado de raiz pela activi- IRC». Criar implicitamente uma cate-
imóvel ou das partes sociais de uma dade de um comerciante, a completa goria de mais-valias, não tributáveis
empresa: e nesse sentidoconfigurauma ausência de um valor de aquisição em IRS, mesmo quando constituíssem
mais-valia. Que, se eventualmente (cômputo das despesas explícitas e acréscimo patrimonial de uma pessoa
poderia dar lugar h tributaçáo enquanto implícitas feitas para constituir o es- singular.
parte do activo imobilizado (imobili- tabelecimento parece indiciar que nos
zado incorpóreo), escapa totalmente aos encontramos perante uma mais-valia J. L. Saldanha Sanches

Sobre o bunching e os seus problemas. tanto maiores quanto maior for o período de retenção. o udeclive~da taxa de progressão
e a dimensão do ganho. cf. Jarnes W. Wetzler uCapital Gains and L o s s e s ~in Joseph A. Pechman. ed. Compreensivo Income T a ,
Washington, 1977. p. 130.
Fisco n.O 3. p. 34.
' Alguns ordenarnentos jurídiws tratam a alienação do good will w m o um ganho de capital. enquanto outros o tratam w m o um
rendimento normal. Yaakov Neeman, Cahiers de Droir FLFcal Internutionul, General Report, 1976, p. 31.

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