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Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Instituto de Filosofia e Ciências Humanas


Departamento de Filosofia

INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO FILOSÓFICO B – 2007/2

Prof. Jônadas Techio

DICAS PARA O ESTUDO DE TEXTOS DE FILOSOFIA1

1. LENDO TEXTOS FILOSÓFICOS

As tarefas em seu curso de filosofia exigem que você se dedique a uma leitura atenta de
textos significativos escritos pelos principais filósofos da tradição Ocidental. Considerando
que você pode ter tido pouca experiência lidando com material desse tipo, você poderá
ficar um pouco receoso em princípio. A prosa filosófica é elaborada para alcançar seus
próprios propósitos cuidadosa e paulatinamente, e para bem lê-la é exigido um grau
similar de cuidado. Seguem algumas sugestões:

1.1 FAÇA UMA LEITURA DIRECIONADA


Os textos filosóficos simplesmente são o conteúdo do curso; se você não ler, você não
aprenderá. Apenas classificar os textos sem ter lido e escutar o discurso dos professores
não representa um substituto ao ato de ler o texto e de “lutar” por conta própria com o
material. Você não pode desenvolver independência intelectual se você confia
unicamente na informação e nas opiniões formuladas por outras pessoas, até mesmo
quando as colocações destas outras pessoas estão corretas.

1.2 CONSIDERE O CONTEXTO


A escrita filosófica, assim como a literatura de qualquer gênero, surge de uma colocação
histórica concreta. Chegando diante de cada texto, você deveria se lembrar de quem
escreveu isto, quando e onde foi publicado, para que audiência era originalmente
planejado, que propósitos supunha que alcançaria, e como foi recebido pelas
comunidades filosóficas e gerais desde o seu aparecimento. Temas introdutórios em seus
livros e os recursos de Internet lhe auxiliarão a ter um bom começo.

1.3 TOME O TEMPO NECESSÁRIO


Leitura cuidadosa não pode ser apressada. Os processos de aprendizagem são
individuais: algumas pessoas rendem mais lendo as mesmas partes do texto várias vezes
com atenção progressivamente mais detalhada; outros preferem trabalhar pacientemente
e diligentemente durante o texto em um único tempo. Em qualquer caso, encoraje-se a
reduzir a velocidade e a assimilar o texto em um nível pessoal.

1.4 IDENTIFIQUE TESES CENTRAIS


É esperado que cada texto filosófico nos convença da verdade de proposições
particulares. Embora estas teses centrais às vezes sejam claras e explícitas, os autores
escolhem freqüentemente apresentá-las mais sutilmente no contexto da linha de
argumentação por eles estabelecida. Lembre-se que a tese ou pode ser positiva ou pode
negar, aceitar ou o rejeitar uma posição filosófica.

1.5 LOCALIZE ARGUMENTOS QUE DÃO SUPORTE ÀS TESES

1Tradução livre do texto de KEMERLING, G. Guide to the Study of Philosophy. In : Philosophy Pages. Disponível online em:
<http://www.philosophypages.com/sy.htm>.

http://www.pensamentofilosofico.blogspot.com/
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Departamento de Filosofia

Os filósofos não apenas declaram opiniões mas também visam estabelecer a verdade de
suas declarações. Os métodos empregados para apoiar teses filosóficas podem diferir
amplamente, mas a maioria deles serão expressadas em uma das formas de
argumentação lógica. Quer dizer, o filósofo vai (explicitamente ou implicitamente) oferecer
premissas que são verdades claras (reconhecíveis) e então reivindicar que uma
conclusão decorrente destas premissas caminhe inexoravelmente para uma finalização
desejada. Embora um estudo disciplinado das formas de raciocínio lógico seja útil, é
provável que você aprenda a reconhecer rapidamente, em suas leituras, os padrões mais
comuns de exemplos dessas formas de raciocínio.

1.6 AVALIE OS ARGUMENTOS


Os argumentos não têm todos a mesma força de convicção; somente nos obrigam aceitar
a conclusão se são sustentados por uma conclusão correta que é necessariamente
antecedida de premissas verdadeiras. Assim, há dois modos diferentes de questionar a
legitimidade de um argumento particular:

1º Pergunte a si mesmo se as premissas são verdadeiras. (Lembre-se que uma ou


mais premissas do argumento podem conter suposições não declaradas).
2° Pergunte a si mesmo se a conclusão das premissas está correta. (Aqui será útil
aplicar sempre o mesmo padrão de argumentação para um caso mais familiar).

Se as sugestões anteriores falharem, você pode questionar a verdade da conclusão


diretamente, propondo um contra-exemplo que possa contradizer, de fato, a conclusão do
autor.

1.7 BUSQUE CONEXÕES


Considerando que estes textos foram criados dentro de uma tradição, eles estão
freqüentemente relacionados de forma direta a um ou a outro texto. Quando da leitura de
um filósofo em particular, procure perceber o modo pelo qual uma passagem do texto se
relaciona com o conteúdo de outro texto do mesmo autor e/ou de outro autor. Com o
avanço do semestre, considere os modos nos quais cada filósofo incorpora, destina,
rejeita, ou responde ao trabalho daqueles que o precederram. Finalmente, faça todo o
esforço possível para relacionar o texto filosófico em questão ao que você já conhece de
outras disciplinas e de suas próprias experiências de vida.

Acima de tudo, não se preocupe! Você provavelmente gastará a maior parte de seu
tempo dedicando-se a leituras específicas e freqüentemente detalhadas. Você deverá
criar para si mesmo oportunidades para aprender o que outros leitores acharam de
determinado texto, fazer perguntas [a si mesmo e ao seus colegas de estudo] para
clarificar passagens enigmáticas, e compartilhar suas próprias percepções e insigths com
outros. Com o passar do semestre, você certamente crescerá mais confiante em sua
própria capacidade para interpretar textos filosóficos.

http://www.pensamentofilosofico.blogspot.com/
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