Sei sulla pagina 1di 11

FIS 111 - Lista 1

Vitor Prestes Luzio


09 de outubro de 2018

11.2 - Mostrar explicitamente que duas transformações de Lorentz sucessivas, na mesma direção, são
equivalentes a uma única transformação de Lorentz com a velocidade,
v1 + v2
v= (1)
1 + (v1 v2 /c2 )
Resolução
Temos as transformações de Lorentz, dadas por:

X00 = γ(X0 − βX1 )


X10 = γ(X1 − βX0 )
X20 = X2
X30 = X3

sendo β~ = ~v /c e γ = (1 − β 2 )−1/2 .

Supondo que apenas existam velocidades na componente ẑ e que a velocidade da primeira trans-
formação seja v1 , no referencial K 0 e v2 seja a velocidade da segunda transformação num referencial
K 00 , temos, para a primeira transformação:

X00 = γ1 (X0 − β1 X1 ) (2)


X10 = γ1 (X1 − β1 X0 ) (3)

com β1 = v1 /c e γ1 = (1 − β12 )−1/2 .


Aplicando novamente a transformação em (2) e (3),

X000 = γ2 (X00 − β2 X10 ) (4)


X100 = γ2 (X10 − β2 X00 ) (5)

com β2 = v2 /c e γ2 = (1 − β22 )−1/2 .


Substituindo (2) e (3), em (4) e (5), temos:

X000 = γ2 [γ1 (X0 − β1 X1 ) − β2 γ1 (X1 − β1 X0 )]


X100 = γ2 [γ1 (X1 − β1 X0 ) − β2 γ1 (X0 − β1 X1 )]

Rearranjando, temos:

X000 = γ1 γ2 [X0 − β1 X1 − β2 X1 + β1 β2 X0 ]
X100 = γ1 γ2 [X1 − β1 X0 − β2 X0 + β1 β2 X1 ]

1
Isolando X0 e X1 nas equações,

X000 = γ1 γ2 [(1 + β1 β2 )X0 − (β1 + β2 )X1 ]


X100 = γ1 γ2 [(1 + β1 β2 )X1 − (β1 + β2 )X0 ]

Manipulando um pouco mais,

   
β1 + β2
X000 = γ1 γ2 (1 + β1 β2 ) X0 − X1 (6)
1 + β1 β2
   
β1 + β2
X100 = γ1 γ2 (1 + β1 β2 ) X1 − X0 (7)
1 + β1 β2
β1 +β2
Assim, olhando as equações (6) e (7), temos que γ = γ1 γ2 (1 + β1 β2 ) e β = 1+β1 β2 .
Como β = v/c, temos:

v1 /c + v2 /c
v/c =
1 + (v1 /c)(v2 /c)

1 (v1 + v2 )
v/c = × v1 v2
c 1+ 2
c

(v1 + v2 )
v= (8)
1 + v1 v2 /c2

2
11.4 - Imagine que uma nave espacial deixa a Terra no ano 2000. Um do membros de um par de
gêmeos, nascidos em 1980, fina n Terra, enquanto o outro embarca na nave. A nave tem, em virtude
dos seus motores, uma aceleração igual a g no seu referencial de repouso (o que faz seus ocupantes
sentirem-se em casa). A nave é acelerada em uma trajetória retilı́nea durante 5 anos (contados nos
seus relógios e calendários), depois é desacelerada na mesma taxa durante outros 5 anos, muda de
rumo ao revés, acelera durante 5 anos mais, desacelera durante outros 5, e chega à Terra. O gêmeo
viajor tem a idade de 40 anos.

(a) Que ano é na Terra?


(b) A que distância da Terra a nave se deslocou?

Resolução

Parte (a)
Inicialmente, vamos supor que existem dois referenciais, um fixo na Terra (K) e outro fixo na nave
(K 0 ) e alinhado seu eixo z 0 com o vetor aceleração da nave. Dessa forma, no referencial K 0 , a nave
está em repouso e possui velocidade nula também.
Para calcular o tempo que se passa na Terra, podemos usar a transformação de Lorentz inversa, tal
que:

X0 = γ(X00 + βX10 ) (9)

Como X0 = ct e a nave não se movimenta no referencial K 0 , X10 = 0 e ficamos com:

ct = γ(ct0 + β · 0) (10)
0
t = γt (11)

Porém, sabemos que γ depende a velocidade v e o problema apenas nos fornece a aceleração cujo valor
é ~g . Do problema 11.3, sabemos que as acelerações se transformam da seguinte forma:

(1 − v 2 /c2 )3/2
~ak = 3 ·~ a0k (12)
(1 + ~v · ~u0 /c2 )
(1 − v 2 /c2 )
~a⊥ = · (~a0⊥ + ~v /c2 × (~a0 × ~u0 )) (13)
(1 + ~v · ~u0 /c2 )
onde ~u0 = 0, pois a nave não possui velocidade em seu próprio referencial, ~v é a velocidade do referencial
K 0 em relação a K e ~a0 = ~g . Supondo que o referencial K 0 está alinhado com ~g , apenas teremos a
componente paralela da aceleração, dada pela equação (12). Assim,
3/2
v2

~ak = 1− 2 · ~g
c
3/2
v(t)2

dv(t)
ak = = 1− g
dt c2
Rearranjando a equação diferencial, temos:
−3/2
v(t)2

1− dv(t) = gdt
c2
Integrando o tempo de zero a t e v(0) = 0 a v(t) = v, temos:
v −3/2 Z t
v 02
Z 
1− 2 dv 0 (t) = gdt0
0 c 0
Z v
−3/2 0
gt = 1 − v 02 /c2 dv (t)
0

3
Vamos considerar v = c. sin(u) e dv = c. cos(u).du. Assim, a integral fica:
Z v
dv 0 (t)
Z
c. cos(u)
3/2
= 3/2 .du
0 (1 − v 02 /c2 ) 1 − c2 sin2 (u)/c2
Z
c. cos(u)
= 3/2 .du
1 − sin2 (u)
Z
c. cos(u)
= .du
(cos2 (u))3/2
Z
1
=c .du
(cos2 (u))
Z
= c sec2 (u).du

Olhando uma tabela de integrais:


Z
sec2 (u).du = tan(u) + K

Assim, temos
Olhando uma tabela de integrais:
u f
gt = c. tan(u) (14)

ui

Entretanto, como sabemos que sin(u) = v/c, podemos representar v como um cateto e c como
hipotenusa do triângulo abaixo, onde o segundo cateto pode ser encontrado por Pitágoras:

c
v
u

c2 − v 2

Assim, fica fácil observar que tan(u) = v/ c2 − v 2 . Voltando à equação (14), temos:

v0 v
gt = c. √

02
2

c −v 0
v
= c. p
c (1 − v 2 /c2 )
2

cv
= p
c (1 − v 2 /c2 )
v
gt = p
(1 − v 2 /c2 )

4
Podemos isolar a velocidade da equação acima,

v2
(gt)2 =
(1 − v 2 /c2 )
v 2 = (gt)2 (1 − v 2 /c2 )
v2
v 2 = (gt)2 − (gt)2 2
 2
 c
(gt)
v2 1 + 2 = (gt)2
c
(gt)2
v2 =  2
 (15)
1 + (gt)
c2

Agora que temos a velocidade, podemos voltar ao cálculo de γ:


1
γ=p
1 − v 2 /c2
1
=q
g 2 t2
1 − c2 (1+g 2 t2 /c2 )

1
=q
g 2 t2
1− c2 +g 2 t2
1
=q
c2 +g 2 t2 −g 2 t2
c2 +g 2 t2
1
=q
c2
c2 +g 2 t2
r
c2 + g 2 t 2
=
c2
p
γ(t) = 1 + g 2 t2 /c2 (16)

Assim, podemos calcular,

dt = γ(t)dt0
1
dt0 = dt
γ(t)
1
dt0 = p dt
1 + g 2 t2 /c2

Consultando uma tabela de integral (e o Wolfram Alpha), temos:


 
0 c −1 gt
t = sinh
g c

5
Isolando t,

t0 g
 
gt
= sinh−1
c c
 0
gt gt
= sinh
c c
 0
c gt
t = sinh
g c

Substituindo os valores c = 3 × 108 m/s, g = 9, 8 m/s2 , t0 = 5 anos em segundos, temos para a primeira
etapa de aceleração:

3 × 108 9, 8 × 5 × 3, 1536 × 107


 
t= sin
9, 8 3 × 108
t = 2, 641 × 109 s = 83, 67 anos

Por simetria, o tempo total será de 4 × 84 anos = 336 anos. Como a nave partiu no ano 2000, o anos
de regresso será 2336.

Parte (b)
A distância da nave à Terra é igual à integral da velocidade da nave, que é a velocidade v do referencial
K 0 (eq. (15)) no referencial K, nas duas primeiras etapas da viagem (t = 10 anos no ref K 0 , 168 anos
em K), assim:

Z 84 anos
S =2· v(t) · dt
0
Z 84 anos
gt
S =2· · dt
0 (1 + g 2 t2 /c2 )1/2

Substituindo 1 + g 2 t2 /c2 = u, temos du = 2g 2 t/c2 · dt,

u=1+g 2 t2 /c2
c2
Z
1
S =2· · √ · du
u=1 2g u
2 Zu=1+g 2 t2 /c2
c
= u−1/2 du
g u=1
2 2 2
2c2 1/2 1+g t /c
= (u )
g 1
2 hp
2c i
= 1 + g 2 t2 /c2 − 1
g
S = 1.571 × 1018 m = 166 anos − luz

6
11.18 - Um sistema de massa M decai ou se transforma em repouso em várias partı́culas cujas massas
têm soma menor que M , por uma diferença ∆M .

(a) Mostrar que a energia cinética máxima da i-ésima partı́cula (massa mi ) é


 
mi ∆M
(Ti )max = ∆M 1 − −
M 2M

(b) Determinar as energias cinéticas máximas, em MeV, e também as razões, em relação à ∆M , para
cada uma das partı́culas nos seguintes decaimentos, ou transformações, de partı́culas em repouso:

µ → e + ν + ν̄
K +
→ π+ + π− + π+
K ± → e± + π 0 + ν
K ± → µ± + π 0 + ν
p + p̄ → 2π + + 2π − + π 0
p + p̄ → K + + K − + 3π 0

Resolução

Parte (a)
Temos que provar que:
 
mi ∆M
(Ti )max = ∆M 1− −
M 2M
PN
onde, para N partı́culas, ∆M = M − j=1 mj , assim:

   PN 
N
X mi M− j=1 mj
(Ti )max = M − mj  1 − − 
j=1
M 2M
  PN !
N
X 2M − 2mi − M + j=1 mj
= M − mj 
j=1
2M
  PN !
N
X M − 2mi + j=1 mj
= M − mj  (17)
j=1
2M

PN PN
Vamos chamar de K = j=1,j6=i mj , onde K + mi = j=1 mj . Substituindo na equação (17), temos:

7
 
M − 2mi + mi + K
(Ti )max = (M − mi − K)
2M
 
M − mi + K
= (M − mi − K)
2M
(M − mi − K)(M − mi + K)
=
2M
(M 2 + m2i − K 2 ) − M.mi + M.K − M.mi − M.K
=
2M
(M 2 + m2i − K 2 ) − 2M.mi
=
2M
(M 2 + m2i − K 2 ) 2M.mi
= −
2M 2M
(M 2 + m2i − K 2 )
(Ti )max = − mi (18)
2M
Porém, olhando a equação (18), percebemos que K é como se fosse uma partı́cula cuja massa é a
soma de todas as partı́culas restantes, com exceção de mi , então podemos aproximar esse problema
ao problema de decaimento de duas partı́culas. Dessa forma, podemos olhar o exercı́cio 11.16, onde
vemos que:

(M 2 + m2i − m2j )
Ei = (19)
2M
Então, com c = 1, temos:

(M 2 + m2i − K 2 )
(Ti )max = − mi
2M
(Ti )max = Ei − mi (20)

Parte (b)
Para resolver esta parte, inicialmente vamos buscar o valor das massas das partı́culas em questão. Um
bom local para pesquisa é o Particle Data Group1 . As massas são:

me/pm = 0, 511M eV
mµ/pm = 105, 658M eV
mp = mp̄ = 938, 272M eV
mπ/pm = 139, 570M eV
mπ0 = 134, 977M eV
mK /pm = 493, 677M eV
mν < 2eV

1 http://pdg.lbl.gov/2018/html/computer read.html

8
Assim, substituindo as massas na expressão dos decaimentos, temos:
µ → e + ν + ν̄:
 
me ∆M
(Te )max = ∆M 1 − −
M 2M
 
0, 511 105, 147
= 105, 147 1 − − = 52, 319M eV
105, 658 2 × 105, 658
(Te )max 52, 319
= = 0, 498
∆M 105, 147
 
mν ∆M
(Tν )max = ∆M 1 − −
M 2M
2 × 10−6
 
105, 147
= 105, 147 1 − − = 52, 828M eV
105, 658 2 × 105, 658
(Tν )max 52, 828
= = 0, 502
∆M 105, 147

K + → π+ + π− + π+ :
 
mπ± ∆M
(Tπ± )max = ∆M 1 − −
M 2M
 
139, 570 74, 967
= 74, 967 1 − − = 48, 081M eV
493, 677 2 × 493, 677
(Tπ± )max 48, 081
= = 0, 641
∆M 105, 147

K ± → e± + π 0 + ν:
 
m e± ∆M
(Te± )max = ∆M 1 − −
M 2M
 
0, 511 358, 189
= 358, 189 1 − − = 227, 876M eV
493, 677 2 × 493, 677
(Te± )max 227, 876
= = 0, 636
∆M 358, 189
 
m 0 ∆M
(Tπ0 )max = ∆M 1− π −
M 2M
 
134, 977 358, 189
= 358, 189 1 − − = 130, 313M eV
493, 677 2 × 493, 677
(Tπ0 )max 130, 313
= = 0, 364
∆M 358, 189
 
mν ∆M
(Tν )max = ∆M 1− −
M 2M
2 × 10−6
 
358, 189
= 358, 189 1 − − = 228, 246M eV
493, 677 2 × 493, 677
(Tν )max 228, 246
= = 0, 637
∆M 358, 189

9
K ± → µ± + π 0 + ν:
 
mµ± ∆M
(Tµ± )max = ∆M 1− −
M 2M
 
105, 658 253, 042
= 253, 042 1 − − = 134, 035M eV
493, 677 2 × 493, 677
(Tµ± )max 134, 035
= = 0, 530
∆M 253, 042
 
mπ0 ∆M
(Tπ0 )max = ∆M 1 − −
M 2M
 
134, 977 253, 042
= 253, 042 1 − − = 119, 007M eV
493, 677 2 × 493, 677
(Tπ0 )max 119, 007
= = 0, 470
∆M 253, 042
 
mν ∆M
(Tν )max = ∆M 1− −
M 2M
2 × 10−6
 
253, 042
= 253, 042 1 − − = 188, 192M eV
493, 677 2 × 493, 677
(Tν )max 188, 192
= = 0, 744
∆M 253, 042

p + p̄ → 2π + + 2π − + π 0 :
 
mπ± ∆M
(Tπ± )max = ∆M 1− −
M 2M
 
139, 570 1183, 287
= 1183, 287 1 − − = 722, 208M eV
1876, 544 2 × 1876, 544
(Tπ± )max 722, 208
= = 0, 610
∆M 1183, 287
 
mπ0 ∆M
(T )max
π0 = ∆M 1 − −
M 2M
 
134, 977 1183, 287
= 1183, 287 1 − − = 725, 104M eV
1876, 544 2 × 1876, 544
(Tπ0 )max 725, 104
= = 0, 613
∆M 1183, 287

p + p̄ → K + + K − + 3π 0 :
 
mK± ∆M
(TK ± )max = ∆M 1− −
M 2M
 
493, 677 484, 259
= 484, 259 1 − − = 294, 378M eV
1876, 544 2 × 1876, 544
(TK ± )max 294, 378
= = 0, 608
∆M 484, 259

10
 
m 0 ∆M
(Tπ0 )max = ∆M 1− π −
M 2M
 
134, 977 484, 259
= 484, 259 1 − − = 386, 943M eV
1876, 544 2 × 1876, 544
(Tπ0 )max 386, 943
= = 0, 799
∆M 484, 259

11

Potrebbero piacerti anche