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amáx = θa ⋅ H
• …
• A ABNT NBR 6118:2014 determina explicitamente que o desaprumo
devido à imperfeição geométrica global não precisa ser considerada para
os Estados Limites de Serviço;
• Portanto, as eventuais combinações de carregamentos geradas
considerando a influência da imperfeição geométrica global onde a ação
do vento é majorada, ou nas combinações onde a ação do vento é
desprezada e apenas a imperfeição geométrica global é aplicada a
estrutura, não devem fazer parte do conjunto de combinações para as
verificações dos Estados Limites de Serviço;
Legenda
• θ1 – valor do ângulo de inclinação da edificação sem considerar o efeito de pórtico;
• θ1mín – valor mínimo do ângulo de inclinação da edificação para estruturas reticulares;
• θa – valor do ângulo de inclinação da edificação considerando o efeito de pórtico;
• θa,ef – valor do ângulo de inclinação da edificação para considerar os efeitos da
imperfeição geométrica quando o momento devido ao vento é menor que 30% do
momento devido a imperfeição global;
• qw – pressão média horizontal devido ao efeito do vento na lateral do edifício (kPa);
• qwf – pressão média final devido ao efeito do vento já com o efeito da imperfeição
geométrica (kPa);
• Mvt – momento fletor na base do edifício devido à ação do vento numa determinada
direção e sentido (kN.m);
• Mig – momento fletor na base do edifício devido à imperfeição geométrica global (kN.m);
• Fh – força horizontal em cada piso da edificação equivalente a imperfeição geométrica
(kN);
• p – carga média total vertical no piso da edificação incluindo as cargas de peso próprio,
permanente e variável, combinação última normal (kPa);
• H – altura da edificação analisada (m);
Legenda
• Ptot – carga vertical total atuando na edificação (kN);
• Ppiso – carga vertical total atuando no piso (kN);
• Apt – área do piso tipo (m2);
• a – dimensão do lado da edificação paralelo ao eixo X (m);
• b – dimensão do lado da edificação paralelo ao eixo Y (cm)
• Np – número de pisos da edificação;
• etp – excentricidade devido à imperfeição geométrica no topo da edificação (m);
• emd – excentricidade devido à imperfeição geométrica no ponto de altura média da
edificação (m);
• epi – excentricidade devido à imperfeição geométrica no piso I da edificação (m);
• n – número de filas de pilares do pórtico;
• αvt,ig – coeficiente de amplificação das ações devido ao vento par a considerar o efeito da
imperfeição geométrica;
Resumo esquemático
• Esquematicamente, o texto sobre imperfeição geometríca global da ABNT NBR
6118:2014 pode ser representado pela forma suscinta por meio da tabela abaixo:
Condições de
Análise
0 0,30 1,00 3,33 ∞
Considerar
Mig e Mvt Não Sim Sim Não
concomitantes?
Mig é
Não Não Sim Sim
preponderante?
Ângulo para cálculo
do Mig para fins θa θa θa θa
comparativos
θ
Cálculo de θa,ef - - - θ , θ í
αvt,g M M M M Não
1,000
M M Aplicável
Caso I II III IV
Hipóteses adotadas para a ação do vento
• Como o objetivo destes exemplos é enfatizar os diversos casos de comparação
entre a ação de vento e a imperfeição geométrica global, não será realizado o
cálculo detalhado da ação do vento em cada piso da edificação em função de sua
cota com relação a cota do terreno;
• Será adotada, apenas para efeitos didáticos, uma pressão média e constante da
ação do vento incidente em toda a face externa da edificação, perpendicular a
direção do vento;
• Os principais parâmetros adotados para o cálculo da pressão do vento são:
• Fator topográfico – S1 = 1,0;
• Categoria do terreno – III;
• Classe da edificação – A, B ou C – tratada em cada exemplo;
• Fator de rugorisade – S2 – tratado em cada exemplo;
• Fator estatístico – S3 = 1,0;
• Coeficiente de arrasto – tratado em cada exemplo;
• Velocidade básica do vento V0 – tratado em cada exemplo;
Exemplo – Caso 01
• É o caso onde o momento devido à imperfeição geométrica global é inferior a
30% do momento devido a ação do vento:
Dados do edifício:
H = 99,0 m
Np = 33
A = 22,0 m
B = 22,0 m
1+ 1 1 1+ 1
θ a = θ1 ⋅ n = ⋅ 25 = 0,000725 rad
2 994,987 2
etp = θa ⋅ H = 0,000725 ⋅ 99,0 ≅ 0,0717 m
Como a edificação é regular, cargas idênticas em todos os pisos, é possível calcular o
momento devido à imperfeição geométrica global a partir do deslocamento horizontal do
ponto médio do edifício, conforme abaixo:
etp 0,0717
emd = = ≅ 0,0359 m
2 2
Mig = Ptot ⋅ emd = 191644,0 ⋅ 0,0359 = 6875,19 kN ⋅ m
Exemplo – Caso 01
Mig 6875,19
= = 0,0476
Mvt 144466,74
Portanto:
Mig
0≤ ≤ 0,30 → Caso I
Mvt
Assim:
αvt, ig = 1,00
Finalmente, a pressão média de vento final, na direção X, a ser aplicada no edifício será:
Este valor de qwf é válido para as direções X e Y, pois a estrutura é totalmente simétrica.
Exemplo – Caso 02
• É o caso onde ocorre, na direção X, a necessidade de majoração da ação do vento
devido ao efeito da ação da imperfeição geométrica global, embora esta não seja
preponderante.
Dados do edifício:
H = 30,0 m
Np = 10
A = 40,0 m
B = 10,0 m
Elevação esquemática do edifício e as dimensões da planta de formas
Exemplo – Caso 02
Ação vertical:
Apt = a ⋅ b = 40,0 ⋅10,0 = 400 m 2
p = 12,0 kPa
Ptot = p ⋅ Apt ⋅ Np = 12,0 ⋅ 400,0 ⋅10 = 48000,0 kN
Ação lateral de vento:
Velocidade básica do vento, V0 = 38,0 m/s;
Classe da edificação (S2): B – (maior dimensão horizontal ou vertical entre 20 m e 50 m);
Coeficiente de
Direção qw (kPa)
Arrasto
X 0,75 0,60
Y 1,29 1,03
Momento fletor na base devido à ação do vento – Direção X
qw = 0,60 kPa
qw ⋅ a ⋅ H 2 0,60 ⋅10,0 ⋅ 30,0 2
Mvt = = = 2700,0 kN ⋅ m
2 2
Exemplo – Caso 02
Momento na base devido à imperfeição geométrica global – Direção X
1 1 1
θ1 = = = = 0,001826 rad
100 ⋅ H 100 ⋅ 30,0 547,723
N = 10 – Número de pilares colaborantes
1+ 1 1 1+ 1
θa = θ1 ⋅ n = ⋅ 10 = 0,001354 rad
2 547,723 2
etp = θa ⋅ H = 0,001354 ⋅ 30 ≅ 0,041 m
Como a edificação é regular, cargas idênticas em todos os pisos, é possível calcular o momento
devido à imperfeição geométrica global a partir do deslocamento horizontal do ponto médio
do edifício, conforme abaixo:
etp 0,041
emd = = ≅ 0,021 m
2 2
Mig = Ptot ⋅ emd = 48000,0 ⋅ 0,021 = 1008,0 kN ⋅ m
Exemplo – Caso 02
Mig 1008,0
= = 0,373
Mvt 2700,0
Portanto:
Mig
0,30 ≤ ≤ 1 → Caso II
Mvt
Assim:
Coeficiente de
Direção qw (kPa)
Arrasto
X 0,75 0,47
Y 1,25 0,78
Momento fletor na base devido à ação do vento – Direção X
qw = 0,47 kPa
qw ⋅ a ⋅ H 2 0,47 ⋅10,0 ⋅ 9,0 2
Mvt = = = 190,35 kN ⋅ m
2 2
Exemplo – Caso 03
Momento na base devido à imperfeição geométrica global – Direção X
1 1 1
θ1 = = = = 0,003333 rad
100 ⋅ H 100 ⋅ 9,0 300,0
N = 10 – Número de pilares colaborantes
1+ 1 1 1+ 1
θa = θ1 ⋅ n = ⋅ 10 = 0,002472 rad
2 300,0 2
etp = θa ⋅ H = 0,002472 ⋅ 9 ≅ 0,022 m
Como a edificação é regular, cargas idênticas em poucos pisos, é possível calcular o
momento devido à imperfeição geométrica global considerando o deslocamento horizontal
de cada piso do edifício como sendo uma boa aproximação, conforme a seguir:
Exemplo – Caso 03
Mig = ∑ Ppiso ⋅ epi
Mig = 6000,0 ⋅ (0,022 + 0,015 + 0,007 )
Mig = 264,0 kN ⋅ m
Mig 264,0
= = 1,387
Mvt 190,35
Portanto:
Mig
1,0 ≤ ≤ 3,33 → Caso III
Mvt
Assim:
Mig + Mvt 264,0 + 190,35
αvt, ig = = = 2,387
Mvt 190,35
Finalmente, a pressão média de vento final, na direção X, a ser aplicada no edifício será:
qwf = qw ⋅ αvt, ig = 0,47 ⋅ 2,387 = 1,12 kPa
Exemplo – Caso 04
• É o caso onde ocorre, na direção X, a necessidade de majoração da ação do
vento devido ao efeito da ação da imperfeição geométrica global. Neste caso a
ação da imperfeição é maior do que 3,333 da ação do vento,
consequentemente é preciso também realizar a verificação do valor do θ1mín.
1+ 1 1 1+ 1
θa = θ1 ⋅ n = ⋅ 8 = 0,003062 rad
2 244,949 2
etp = θa ⋅ H = 0,003062 ⋅ 6 ≅ 0,018 m
Como a edificação é regular, cargas idênticas em poucos pisos, é possível calcular o momento
devido à imperfeição geométrica global considerando o deslocamento horizontal de cada
piso do edifício como sendo uma boa aproximação, conforme a seguir: