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Ministério Público
DO ESTADO DE SÃO PAULO
LEGISLAÇÃO
C O M P I L A D A
ANALISTA JURÍDICO
• Direito Constitucional;
• Direito Administrativo;
• Direito Penal;
• Direito Processual Penal;
• Direito Civil;
• Direito Processual Civil;
• Direito da Infância e da Juventude;
• Tutela de Interesses Difusos e Coletivos;
• Direito Comercial e Empresarial;
• Direitos Humanos;
• Direito Eleitoral.
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a p r e s e n t a Ç Ã o
Prezado(a) Aluno(a),
Em conformidade com o último Edital, este material contém legislações referentes às disciplinas
a seguir, organizadas em onze blocos distintos:
A sua opinião é muito importante para que possamos aperfeiçoar ainda mais os nossos ma-
teriais impressos. Desta forma, caso tenha dúvidas, sugestões ou elogios envie e-mail para:
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Atenciosamente,
Equipe NEAF
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sumÁrio
DIREITO CONSTITUCIONAL E MINISTÉRIO PÚBLICO ...................................... 1
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 ............................................................................................ 1
LEI Nº 8.625, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1993 .............................................................................................................................. 32
LEI COMPLEMENTAR Nº 734, DE 26 DE NOVEMBRO DE 1993 ................................................................................................. 41
SÚMULAS VINCULANTES ........................................................................................................................................................... 75
DIREITO ADMINISTRATIVO.............................................................................. 79
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 .......................................................................................... 79
LEI Nº 10.177, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1998 ........................................................................................................................... 82
DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967................................................................................................................ 82
LEI Nº 9.637, DE 15 DE MAIO DE 1998 ....................................................................................................................................... 83
LEI Nº 9.790, DE 23 DE MARÇO DE 1999.................................................................................................................................... 86
LEI Nº 13.019, DE 31 DE JULHO DE 2014.................................................................................................................................... 88
LEI Nº 9.784, DE 29 DE JANEIRO DE 1999 .................................................................................................................................. 99
LEI Nº 10.177, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1998 ......................................................................................................................... 101
LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993................................................................................................................................... 102
LEI Nº 11.079, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2004 ......................................................................................................................... 114
LEI Nº 10.261, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 ......................................................................................................................... 120
LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992..................................................................................................................................... 126
LEI Nº 8.987, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1995 ............................................................................................................................ 130
DIREITO
CONSTITUCIONAL e
MINISTÉRIO PÚBLICO
ANALISTA JURÍDICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
D I R E I TO C O N S T I T U C I O N A L
DIREITO CONSTITUCIONAL E MINISTÉRIO PÚBLICO
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ANALISTA JURÍDICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
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LEI COMPLEMENTAR Nº 734, DE 26 § 3º As decisões do Ministério Público fundadas em sua auto-
nomia funcional e administrativa, obedecidas as formalidades
DE NOVEMBRO DE 1993 legais, têm auto-executoriedade e eficácia plena, ressalvada a
competência constitucional do Poder Judiciário e do Tribunal
de Contas.
(Atualizada até a Lei Complementar nº 1.316, de 12 de
§ 4º Os atos de gestão administrativa do Ministério Público,
janeiro de 2018)
inclusive no tocante a convênios, contratações e aquisições de
bens e serviços, não podem ser condicionados à apreciação
Institui a Lei Orgânica Nacional do Ministério Público. prévia de quaisquer órgãos do Poder Executivo.
Artigo 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orça-
LIVRO I mentária dentro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes
Orçamentárias, encaminhando-a, por intermédio do Procura-
DA AUTONOMIA, DA ORGANIZAÇÃO E DAS ATRIBUI- dor-Geral de Justiça, diretamente ao Governador do Estado
ÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO para inclusão no projeto de lei orçamentária a ser submetido
TÍTULO I ao Poder Legislativo.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E DA AUTONOMIA DO MINIS- § 1º Os recursos correspondentes às suas dotações orça-
TÉRIO PÚBLICO mentárias próprias e globais, compreendidos os créditos su-
CAPÍTULO I plementares e especiais, ser-lhe-ão postos à disposição em
duodécimos, até o dia 20 (vinte) de cada mês, sem vinculação
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
a qualquer tipo de despesa, em cotas estabelecidas na progra-
Artigo 1º O Ministério Público é instituição permanente, es- mação financeira, com participação percentual nunca inferior à
sencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a de- estabelecida pelo Poder Executivo para seus próprios órgãos.
fesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interes- § 2º Os recursos próprios, não originários do Tesouro Estadual,
ses sociais e individuais indisponíveis. serão utilizados em programas vinculados aos fins da institui-
§ 1º A organização, as atribuições e o estatuto do Ministério ção, vedada outra destinação.
Público são estabelecidos por esta lei complementar. § 3º A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, opera-
§ 2º São princípios institucionais do Ministério Público a unida- cional e patrimonial do Ministério Público, quanto à legalidade,
de, a indivisibilidade e a independência funcional. legitimidade, economicidade, aplicação de dotações e recur-
§ 3º A Chefia do Ministério Público cabe ao Procurador-Geral sos próprios e renúncia de receitas, será exercida, mediante
de Justiça. controle externo, pelo Poder Legislativo e, mediante controle
interno, pela Diretoria Técnica de Fiscalização e Controle da
CAPÍTULO II
Execução Orçamentária, organizada e estruturada por ato do
DA AUTONOMIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO Procurador-Geral de Justiça.
Artigo 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia fun- TÍTULO II
cional e administrativa, cabendo-lhe, especialmente:
DA ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
I - praticar atos próprios de gestão;
CAPÍTULO I
II - praticar atos e decidir sobre a situação funcional e adminis-
trativa do pessoal, ativo e inativo, da carreira e dos serviços DA ESTRUTURA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
auxiliares, organizados em quadros próprios; SEÇÃO I
III - elaborar suas folhas de pagamentos e expedir os compe- DOS ÓRGÃOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO
tentes demonstrativos; Artigo 4º O Ministério Público compreende:
IV - adquirir bens e contratar serviços, efetuando a respectiva I - órgãos de Administração Superior;
contabilização; II - órgãos de Administração;
V - propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de seus III - órgãos de Execução;
cargos, bem como a fixação e o reajuste dos vencimentos de IV - órgãos Auxiliares.
seus membros;
SEÇÃO II
VI - propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção dos
cargos de seus serviços auxiliares, bem como a fixação e o DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR
reajuste dos vencimentos de seus servidores; Artigo 5º São órgãos da Administração Superior do Ministé-
VII - prover os cargos iniciais da carreira e dos serviços auxi- rio Público:
liares, bem como nos casos de remoção, promoção e demais I - a Procuradoria-Geral de Justiça;
formas de provimento derivado; II - o Colégio de Procuradores de Justiça;
VIII - editar atos de aposentadoria, exoneração e outros que III - o Conselho Superior do Ministério Público;
importem em vacância de cargos de carreira e dos serviços IV - a Corregedoria-Geral do Ministério Público.
auxiliares, bem como os de disponibilidade de membros do Mi- SEÇÃO III
nistério Público e de seus servidores;
DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO
IX - instituir e organizar seus órgãos de apoio administrativo,
suas secretarias e os serviços auxiliares das Procuradorias e Artigo 6º São órgãos de Administração do Ministério Público:
Promotorias de Justiça; I - as Procuradorias de Justiça;
X - compor os seus órgãos de Administração; II - as Promotorias de Justiça.
XI - elaborar seus regimentos internos; SEÇÃO IV
XII - exercer outras competências decorrentes de sua autonomia. DOS ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO
§ 1º O Ministério Público instalará seus órgãos de administra- Artigo 7º São órgãos de execução do Ministério Público:
ção, de execução e de serviços auxiliares em prédios sob sua I - o Procurador-Geral de Justiça;
administração, além de poder contar com as dependências a II - o Colégio de Procuradores de Justiça;
ele destinadas nos prédios do Poder Judiciário. III - o Conselho Superior do Ministério Público;
§ 2º Na construção dos edifícios dos fóruns, serão reservadas IV - os Procuradores de Justiça;
instalações adequadas para o Ministério Público em prédio ou V - os Promotores de Justiça;
ala própria, independentes e sob sua administração. VI - a Comissão Processante Permanente.
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CAPÍTULO 2
DIREITO
ADMINISTRATIVO
ANALISTA JURÍDICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
DIREITO ADMINISTRATIVO
D I R E I TO A D M I N I S T R AT I V O
cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre III, e 153, § 2º, I;
nomeação e exoneração; XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos,
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado
anos, prorrogável uma vez, por igual período; em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convo-
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
cação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de
provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais
concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; de saúde, com profissões regulamentadas;
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e fun-
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por ser-
ções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, so-
vidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão,
ciedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades
a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos,
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;
condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais
terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, pre-
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre asso-
cedência sobre os demais setores administrativos, na forma
ciação sindical;
da lei;
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
definidos em lei específica;
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públi- economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,
cos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
critérios de sua admissão;
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a cria-
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo de- ção de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso ante-
terminado para atender a necessidade temporária de excep- rior, assim como a participação de qualquer delas em empresa
cional interesse público; privada;
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as
trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou altera- obras, serviços, compras e alienações serão contratados me-
dos por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada diante processo de licitação pública que assegure igualdade
caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que es-
e sem distinção de índices; tabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permiti-
funções e empregos públicos da administração direta, autár- rá as exigências de qualificação técnica e econômica indispen-
quica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes sáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do
dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes polí- Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao fun-
ticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, cionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras
percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens específicas, terão recursos prioritários para a realização de
pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exce- suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com
der o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na
Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o forma da lei ou convênio.
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CAPÍTULO 3
DIREITO
PENAL
ANALISTA JURÍDICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
DIREITO PENAL
DECRETO-LEI Nº 2.848, DE 7 DE e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por
outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei
DEZEMBRO DE 1940 mais favorável.
§ 3º A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por
CÓDIGO PENAL estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as con-
dições previstas no parágrafo anterior:
PARTE GERAL a) não foi pedida ou foi negada a extradição;
TÍTULO I b) houve requisição do Ministro da Justiça.
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL (...)
(...)
TÍTULO II
Lei penal no tempo DO CRIME
Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior dei- Relação de causalidade
xa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução
e os efeitos penais da sentença condenatória. Art. 13. O resultado, de que depende a existência do crime,
somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se cau-
Parágrafo único. A lei posterior, que de qualquer modo favore- sa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.
cer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decidi-
dos por sentença condenatória transitada em julgado. Superveniência de causa independente
(...) § 1º A superveniência de causa relativamente independente
exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os
Territorialidade fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou.
Art. 5º Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, Relevância da omissão
tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no
§ 2º A omissão é penalmente relevante quando o omitente de-
território nacional.
via e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incum-
§ 1º Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do be a quem:
território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o
que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarca-
resultado;
ções brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se
achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrên-
em alto-mar. cia do resultado.
§ 2º É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados Art. 14. Diz-se o crime:
a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de pro- Crime consumado
priedade privada, achando-se aquelas em pouso no território I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de
nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas sua definição legal;
em porto ou mar territorial do Brasil. Tentativa
(...) II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por
Extraterritorialidade circunstâncias alheias à vontade do agente.
Art. 7º Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no Pena de tentativa
estrangeiro: Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, pune-se a
I - os crimes: tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, di-
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; minuída de um a dois terços.
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Desistência voluntária e arrependimento eficaz
Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa Art. 15. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir
pública, sociedade de economia mista, autarquia ou funda- na execução ou impede que o resultado se produza, só res-
ção instituída pelo Poder Público; ponde pelos atos já praticados.
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; Arrependimento posterior
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado Art. 16. Nos crimes cometidos sem violência ou grave ame-
no Brasil; aça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o
II - os crimes: recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; agente, a pena será reduzida de um a dois terços.
b) praticados por brasileiro; Crime impossível
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, Art. 17. Não se pune a tentativa quando, por ineficácia abso-
mercantes ou de propriedade privada, quando em território luta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impos-
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CAPÍTULO 4
DIREITO
PROCESSUAL PENAL
ANALISTA JURÍDICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
D I R E I TO P R O C E S S U A L P E N A L
DIREITO PROCESSUAL PENAL
DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 3 DE § 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender
OUTUBRO DE 1941 de representação, não poderá sem ela ser iniciado.
§ 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somen-
te poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL qualidade para intentá-la.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração
Ihe confere o art. 180 da Constituição, decreta a seguinte Lei: penal, a autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem
Art. 1º O processo penal reger-se-á, em todo o território bra- o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos
sileiro, por este Código, ressalvados: criminais;
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da Repúbli- liberados pelos peritos criminais;
ca, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento
Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal do fato e suas circunstâncias;
Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts.
86, 89, § 2º, e 100); IV - ouvir o ofendido;
III - os processos da competência da Justiça Militar; V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do
IV - os processos da competência do tribunal especial (Consti- disposto no Capítulo III do Título VII, deste Livro, devendo o
tuição, art. 122, no 17); respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe
tenham ouvido a leitura;
V - os processos por crimes de imprensa. (Vide ADPF nº 130)
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a aca-
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos
reações;
processos referidos nos nºs. IV e V, quando as leis especiais
que os regulam não dispuserem de modo diverso. VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo
de delito e a quaisquer outras perícias;
Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem
prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo dati-
anterior. loscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de
antecedentes;
Art. 3º A lei processual penal admitirá interpretação extensiva
e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de
gerais de direito. vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua
atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e duran-
LIVRO I te ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a
DO PROCESSO EM GERAL apreciação do seu temperamento e caráter.
TÍTULO II X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas
DO INQUÉRITO POLICIAL idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades po- de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado
liciais no território de suas respectivas circunscrições e terá por pela pessoa presa.
fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido
Parágrafo único. A competência definida neste artigo não praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá
excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não
cometida a mesma função. contrarie a moralidade ou a ordem pública.
Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será Art. 8o Havendo prisão em flagrante, será observado o dis-
iniciado: posto no Capítulo II do Título IX deste Livro.
I - de ofício; Art. 9o Todas as peças do inquérito policial serão, num só pro-
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Minis- cessado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso,
tério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver rubricadas pela autoridade.
qualidade para representá-lo. Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se
§ 1o O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso pre-
possível: ventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias; em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias,
quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos
e as razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor § 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apu-
da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer; rado e enviará autos ao juiz competente.
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua pro- § 2o No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que
fissão e residência. não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam
§ 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de ser encontradas.
inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia. § 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver
§ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da exis- solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos au-
tência de infração penal em que caiba ação pública poderá, tos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo
verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e marcado pelo juiz.
esta, verificada a procedência das informações, mandará ins- Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que
taurar inquérito. interessarem à prova, acompanharão os autos do inquérito.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
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LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE § 2º Nas hipóteses previstas no § 1o deste artigo, deverá ser ins-
1997 taurado inquérito policial para a investigação da infração penal.
Art. 292. A suspensão ou a proibição de se obter a permis-
são ou a habilitação para dirigir veículo automotor pode ser
Institui o Código de Trânsito Brasileiro. imposta isolada ou cumulativamente com outras penalidades.
CAPÍTULO I Art. 293. A penalidade de suspensão ou de proibição de se
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES obter a permissão ou a habilitação, para dirigir veículo automo-
tor, tem a duração de 2 meses a 5 anos.
Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres
do território nacional, abertas à circulação, rege-se por este § 1º Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será
Código. intimado a entregar à autoridade judiciária, em quarenta e oito
horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas,
§ 2º A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a
veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não,
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor não
para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de
se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condenação
carga ou descarga.
penal, estiver recolhido a estabelecimento prisional.
§ 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e
dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação pe-
de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas compe- nal, havendo necessidade para a garantia da ordem pública,
tências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito. poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a reque-
rimento do Ministério Público ou ainda mediante representa-
§ 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacio-
ção da autoridade policial, decretar, em decisão motivada, a
nal de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas compe-
suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo
tências, objetivamente, por danos causados aos cidadãos em
automotor, ou a proibição de sua obtenção.
virtude de ação, omissão ou erro na execução e manutenção
de programas, projetos e serviços que garantam o exercício do Parágrafo único. Da decisão que decretar a suspensão ou
direito do trânsito seguro. a medida cautelar, ou da que indeferir o requerimento do Mi-
nistério Público, caberá recurso em sentido estrito, sem efeito
§ 4º (VETADO)
suspensivo.
§ 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sistema
Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações à defesa da Art. 295. A suspensão para dirigir veículo automotor ou a
vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio-ambiente. proibição de se obter a permissão ou a habilitação será sempre
comunicada pela autoridade judiciária ao Conselho Nacional
Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as aveni- de Trânsito - CONTRAN, e ao órgão de trânsito do Estado em
das, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas que o indiciado ou réu for domiciliado ou residente.
e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão
ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime previsto
peculiaridades locais e as circunstâncias especiais. neste Código, o juiz aplicará a penalidade de suspensão da
permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem
Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são conside- prejuízo das demais sanções penais cabíveis.
radas vias terrestres as praias abertas à circulação pública, as
vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por Art. 297. A penalidade de multa reparatória consiste no paga-
unidades autônomas e as vias e áreas de estacionamento de mento, mediante depósito judicial em favor da vítima, ou seus
estabelecimentos privados de uso coletivo. sucessores, de quantia calculada com base no disposto no §
1º do art. 49 do Código Penal, sempre que houver prejuízo
Art. 3º As disposições deste Código são aplicáveis a qualquer material resultante do crime.
veículo, bem como aos proprietários, condutores dos veículos
§ 1º A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do
nacionais ou estrangeiros e às pessoas nele expressamente
prejuízo demonstrado no processo.
mencionadas.
§ 2º Aplica-se à multa reparatória o disposto nos arts. 50 a 52
Art. 4º Os conceitos e definições estabelecidos para os efei- do Código Penal.
tos deste Código são os constantes do Anexo I.
§ 3º Na indenização civil do dano, o valor da multa reparatória
(...)
será descontado.
CAPÍTULO XIX
DOS CRIMES DE TRÂNSITO Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as pena-
lidades dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo come-
SEÇÃO I tido a infração:
DISPOSIÇÕES GERAIS I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com
Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos auto- grande risco de grave dano patrimonial a terceiros;
motores, previstos neste Código, aplicam-se as normas gerais II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adul-
do Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Ca- teradas;
pítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habili-
de 26 de setembro de 1995, no que couber. tação;
§ 1º Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de
o disposto nos arts.74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de 26 de setem- categoria diferente da do veículo;
bro de 1995, exceto se o agente estiver. V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados espe-
I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psi- ciais com o transporte de passageiros ou de carga;
coativa que determine dependência; VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados equi-
II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou compe- pamentos ou características que afetem a sua segurança ou
tição automobilística, de exibição ou demonstração de perícia o seu funcionamento de acordo com os limites de velocidade
em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autori- prescritos nas especificações do fabricante;
dade competente; VII - sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente
III - transitando em velocidade superior à máxima permitida destinada a pedestres.
para a via em 50 km/h (cinquenta quilômetros por hora). Art. 299. (VETADO)
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CAPÍTULO 5
DIREITO
CIVIL
ANALISTA JURÍDICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
DIREITO CIVIL
DECRETO-LEI Nº 4.657, DE 4 DE § 5º O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode,
SETEMBRO DE 1942 mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz,
no ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao
mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, res-
Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro peitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao com-
petente registro.
Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em § 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os
todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente pu- cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil de-
blicada. pois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido
antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que
§ 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasi- a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as con-
leira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficial- dições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangei-
mente publicada. (Vide Lei nº 2.807, de 1956) ras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu
§ 2o (Revogado pela Lei nº 12.036, de 2009). regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do inte-
§ 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação ressado, decisões já proferidas em pedidos de homologação
de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de
parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação. que passem a produzir todos os efeitos legais.
§ 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei § 7o Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família
nova. estende-se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o
do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda.
Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá
vigor até que outra a modifique ou revogue. (Vide Lei nº 3.991, § 8o Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á do-
de 1961) miciliada no lugar de sua residência ou naquele em que se
encontre.
§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o
declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relações a eles
inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem si-
D I R E I TO C I V I L
tuados.
§ 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais
a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. § 1o Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprie-
tário, quanto aos bens moveis que ele trouxer ou se destina-
§ 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se res-
rem a transporte para outros lugares.
taura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
§ 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pes-
Art. 3º Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não
soa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada.
a conhece.
Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei
Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acor-
do país em que se constituírem.
do com a analogia, os costumes e os princípios gerais de di-
reito. § 1o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e
dependendo de forma essencial, será esta observada, admiti-
Art. 5º Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a
das as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos
que ela se dirige e às exigências do bem comum.
extrínsecos do ato.
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados
§ 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída
o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
no lugar em que residir o proponente.
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a
Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à
lei vigente ao tempo em que se efetuou.
lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido,
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.
titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País,
começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-
será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou
-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.
dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.
de que já não caiba recurso.
§ 2o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capaci-
Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina dade para suceder.
as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a
Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse co-
capacidade e os direitos de família.
letivo, como as sociedades e as fundações, obedecem à lei do
§ 1o Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei Estado em que se constituírem.
brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalida- § 1o Não poderão, entretanto ter no Brasil filiais, agências ou
des da celebração. estabelecimentos antes de serem os atos constitutivos apro-
§ 2o O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante vados pelo Governo brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira.
autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os § 2o Os Governos estrangeiros, bem como as organizações
nubentes. de qualquer natureza, que eles tenham constituído, dirijam ou
§ 3o Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de hajam investido de funções públicas, não poderão adquirir no
invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal. Brasil bens imóveis ou susceptíveis de desapropriação.
§ 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei § 3o Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade
do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for dos prédios necessários à sede dos representantes diplomáti-
diverso, a do primeiro domicílio conjugal. cos ou dos agentes consulares.
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VI – participação na vida política, na forma da lei;
III – destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas re- VII – faculdade de buscar refúgio, auxílio e orientação.
lacionadas com a proteção ao idoso;
§ 2º O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da inte-
IV – viabilização de formas alternativas de participação, ocupa- gridade física, psíquica e moral, abrangendo a preservação
ção e convívio do idoso com as demais gerações; da imagem, da identidade, da autonomia, de valores, ideias e
V – priorização do atendimento do idoso por sua própria famí- crenças, dos espaços e dos objetos pessoais.
lia, em detrimento do atendimento asilar, exceto dos que não a § 3º É dever de todos zelar pela dignidade do idoso, colocan-
possuam ou careçam de condições de manutenção da própria do-o a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, ater-
sobrevivência; rorizante, vexatório ou constrangedor.
VI – capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áre- CAPÍTULO III
as de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços aos DOS ALIMENTOS
idosos;
Art. 11. Os alimentos serão prestados ao idoso na forma da
VII – estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divul- lei civil.
gação de informações de caráter educativo sobre os aspectos
Art. 12. A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso
biopsicossociais de envelhecimento;
optar entre os prestadores.
VIII – garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de
assistência social locais. Art. 13. As transações relativas a alimentos poderão ser ce-
lebradas perante o Promotor de Justiça ou Defensor Público,
IX – prioridade no recebimento da restituição do Imposto de que as referendará, e passarão a ter efeito de título executivo
Renda. extrajudicial nos termos da lei processual civil.
§ 2º Dentre os idosos, é assegurada prioridade especial aos Art. 14. Se o idoso ou seus familiares não possuírem condi-
maiores de oitenta anos, atendendo-se suas necessidades ções econômicas de prover o seu sustento, impõe-se ao Poder
sempre preferencialmente em relação aos demais idosos. Público esse provimento, no âmbito da assistência social.
Art. 4º Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de ne- CAPÍTULO IV
gligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e DO DIREITO À SAÚDE
todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será
Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso,
punido na forma da lei.
por intermédio do Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo-
§ 1º É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos di- -lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e
reitos do idoso. contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção,
§ 2º As obrigações previstas nesta Lei não excluem da preven- proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial
ção outras decorrentes dos princípios por ela adotados. às doenças que afetam preferencialmente os idosos.
Art. 5º A inobservância das normas de prevenção importará em § 1º A prevenção e a manutenção da saúde do idoso serão
responsabilidade à pessoa física ou jurídica nos termos da lei. efetivadas por meio de:
Art. 6º Todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade I – cadastramento da população idosa em base territorial;
competente qualquer forma de violação a esta Lei que tenha II – atendimento geriátrico e gerontológico em ambulatórios;
testemunhado ou de que tenha conhecimento. III – unidades geriátricas de referência, com pessoal especiali-
Art. 7º Os Conselhos Nacional, Estaduais, do Distrito Federal zado nas áreas de geriatria e gerontologia social;
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CAPÍTULO 6
DIREITO
PROCESSUAL CIVIL
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LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser
2015 autorizada a presença somente das partes, de seus advoga-
dos, de defensores públicos ou do Ministério Público.
Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmen-
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL te, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença
ou acórdão.
PARTE GERAL § 1o A lista de processos aptos a julgamento deverá estar per-
LIVRO I manentemente à disposição para consulta pública em cartório
DAS NORMAS PROCESSUAIS CIVIS e na rede mundial de computadores.
§ 2o Estão excluídos da regra do caput:
TÍTULO ÚNICO
I - as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de
DAS NORMAS FUNDAMENTAIS E DA APLICAÇÃO DAS acordo ou de improcedência liminar do pedido;
NORMAS PROCESSUAIS
II - o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese
CAPÍTULO I jurídica firmada em julgamento de casos repetitivos;
DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL III - o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de
Art. 1o O processo civil será ordenado, disciplinado e inter- resolução de demandas repetitivas;
pretado conforme os valores e as normas fundamentais esta- IV - as decisões proferidas com base nos arts. 485 e 932;
belecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, V - o julgamento de embargos de declaração;
observando-se as disposições deste Código.
VI - o julgamento de agravo interno;
Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desen- VII - as preferências legais e as metas estabelecidas pelo Con-
volve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. selho Nacional de Justiça;
Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou VIII - os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que te-
lesão a direito. nham competência penal;
§ 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei. IX - a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhe-
§ 2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução con- cida por decisão fundamentada.
sensual dos conflitos. § 3o Após elaboração de lista própria, respeitar-se-á a ordem
§ 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução cronológica das conclusões entre as preferências legais.
consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, § 4o Após a inclusão do processo na lista de que trata o § 1o, o
advogados, defensores públicos e membros do Ministério Pú- requerimento formulado pela parte não altera a ordem crono-
blico, inclusive no curso do processo judicial. lógica para a decisão, exceto quando implicar a reabertura da
Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a instrução ou a conversão do julgamento em diligência.
solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa. § 5o Decidido o requerimento previsto no § 4o, o processo re-
Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo tornará à mesma posição em que anteriormente se encontrava
deve comportar-se de acordo com a boa-fé. na lista.
Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre § 6o Ocupará o primeiro lugar na lista prevista no § 1o ou, con-
si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito forme o caso, no § 3o, o processo que:
justa e efetiva. I - tiver sua sentença ou acórdão anulado, salvo quando hou-
ver necessidade de realização de diligência ou de complemen-
Art. 7o É assegurada às partes paridade de tratamento em rela-
tação da instrução;
ção ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios
de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções pro- II - se enquadrar na hipótese do art. 1.040, inciso II.
cessuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório. CAPÍTULO II
Art. 8o Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS
fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e Art. 13. A jurisdição civil será regida pelas normas processu-
promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a ais brasileiras, ressalvadas as disposições específicas previs-
proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade tas em tratados, convenções ou acordos internacionais de que
e a eficiência. o Brasil seja parte.
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Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável
que ela seja previamente ouvida. imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica: processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas
sob a vigência da norma revogada.
I - à tutela provisória de urgência;
II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos elei-
incisos II e III; torais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste
Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente.
III - à decisão prevista no art. 701.
LIVRO II
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdi-
DA FUNÇÃO JURISDICIONAL
ção, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha
dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se TÍTULO I
trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. DA JURISDIÇÃO E DA AÇÃO
Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tri-
serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena bunais em todo o território nacional, conforme as disposições
de nulidade. deste Código.
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LEI Nº 5.478, DE 25 DE JULHO DE 1968 § 2º A comunicação, que será feita mediante registro postal
isento de taxas e com aviso de recebimento, importa em cita-
ção, para todos os efeitos legais.
Dispõe sobre ação de alimentos e dá outras providências.
§ 3º Se o réu criar embarações ao recebimento da citação, ou
não for encontrado, repetir-se-á a diligência por intermédio do
Art. 1º A ação de alimentos é de rito especial, independente oficial de justiça, servindo de mandado a terceira via da petição
de prévia distribuição e de anterior concessão do benefício de ou do termo.
gratuidade. § 4º Impossibilitada a citação do réu por qualquer dos modos
§ 1º A distribuição será determinada posteriormente por ofício acima previstos, será ele citado por edital afixado na sede do
do juízo, inclusive para o fim de registro do feito. juízo e publicado 3 (três) vezes consecutivas no órgão oficial
§ 2º A parte que não estiver em condições de pagar as custas do Estado, correndo a despesa por conta do vencido, a final,
do processo, sem prejuízo do sustento próprio ou de sua famí- sendo previamente a conta juntada aos autos.
lia, gozará do benefício da gratuidade, por simples afirmativa § 5º O edital deverá conter um resumo do pedido inicial, a ín-
dessas condições perante o juiz, sob pena de pagamento até o tegra do despacho nele exarado, a data e a hora da audiência.
décuplo das custas judiciais. § 6º O autor será notificado da data e hora da audiência no ato
§ 3º Presume-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar de recebimento da petição, ou da lavratura do termo.
essa condição, nos termos desta lei. § 7º O juiz, ao marcar a audiência, oficiará ao empregador do
§ 4º A impugnação do direito à gratuidade não suspende o cur- réu, ou, se o mesmo for funcionário público, ao responsável por
so do processo de alimentos e será feita em autos apartados. sua repartição, solicitando o envio, no máximo até a data marca-
Art. 2º O credor, pessoalmente, ou por intermédio de advo- da para a audiência, de informações sobre o salário ou os venci-
gado, dirigir-se-á ao juiz competente, qualificando-se, e exporá mentos do devedor, sob as penas previstas no art. 22 desta lei.
suas necessidades, provando, apenas o parentesco ou a obri- § 8º A citação do réu, mesmo no caso dos artigos 200 e 201 do
gação de alimentar do devedor, indicando seu nome e sobre- Código de Processo Civil, far-se-á na forma do § 2º do artigo
nome, residência ou local de trabalho, profissão e naturalidade, 5º desta lei.
quanto ganha aproximadamente ou os recursos de que dispõe. Art. 6º Na audiência de conciliação e julgamento deverão es-
§ 1º Dispensar-se-á a produção inicial de documentos proba- tar presentes autor e réu, independentemente de intimação e
tórios; de comparecimento de seus representantes.
I - quando existente em notas, registros, repartições ou esta- Art. 7º O não comparecimento do autor determina o arquiva-
belecimentos públicos e ocorrer impedimento ou demora em mento do pedido, e a ausência do réu importa em revelia, além
extrair certidões. de confissão quanto à matéria de fato.
II - quando estiverem em poder do obrigado, as prestações Art. 8º Autor e Réu comparecerão à audiência acompanha-
alimentícias ou de terceiro residente em lugar incerto ou não dos de suas testemunhas, 3 (três no máximo, apresentando,
sabido. nessa ocasião, as demais provas.
§ 2º Os documentos públicos ficam isentos de reconhecimento Art. 9º Aberta a audiência, lida a petição ou o termo, e a res-
de firma. posta, se houver, ou dispensada a leitura, o juiz ouvirá as par-
§ 3º Se o credor comparecer pessoalmente e não indicar pro- tes litigantes e o representante do Ministério Público, propondo
fissional que haja concordado em assisti-lo, o juiz designará conciliação.
desde logo quem o deva fazer. § 1º Se houver acordo, lavrar-se-á o respectivo termo, que será
Art. 3º O pedido será apresentado por escrito, em 3 (três) assinado pelo juiz, escrivão, partes e representantes do Minis-
vias, e deverá conter a indicação do juiz a quem for dirigido, os tério Público.
elementos referidos no artigo anterior e um histórico sumário § 2º Não havendo acordo, o juiz tomará o depoimento pessoal
dos fatos. das partes e das testemunhas, ouvidos os peritos se houver,
§ 1º Se houver sido designado pelo juiz defensor para assistir o podendo julgar o feito sem a mencionada produção de provas,
solicitante, na forma prevista no art. 2º, formulará o designado, se as partes concordarem.
dentro de 24 (vinte e quatro) horas da nomeação, o pedido, por Art. 10. A audiência de julgamento será contínua; mas, se
escrito, podendo, se achar conveniente, indicar seja a solicita- não for possível, por motivo de força maior, concluí-la no mes-
ção verbal reduzida a termo. mo dia, o juiz marcará a sua continuação para o primeiro dia
§ 2º O termo previsto no parágrafo anterior será em 3 (três) desimpedido, independentemente de novas intimações.
vias, datadas e assinadas pelo escrivão, observado, no que Art. 11. Terminada a instrução, poderão as partes e o Minis-
couber, o disposto no “caput” do presente artigo. tério Público aduzir alegações finais, em prazo não excedente
Art. 4º As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimen- de 10 (dez) minutos para cada um.
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tos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor Parágrafo único. Em seguida, o juiz renovará a proposta de
expressamente declarar que deles não necessita. conciliação e, não sendo aceita, ditará sua sentença, que con-
Parágrafo único. Se se tratar de alimentos provisórios pedi- terá sucinto relatório do ocorrido na audiência.
dos pelo cônjuge, casado pelo regime da comunhão universal Art. 12. Da sentença serão as partes intimadas, pessoalmente
de bens, o juiz determinará igualmente que seja entregue ao ou através de seus representantes, na própria audiência, ainda
credor, mensalmente, parte da renda líquida dos bens comuns, quando ausentes, desde que intimadas de sua realização.
administrados pelo devedor.
Art. 13. O disposto nesta lei aplica-se igualmente, no que
Art. 5º O escrivão, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, reme- couber, às ações ordinárias de desquite, nulidade e anulação
terá ao devedor a segunda via da petição ou do termo, junta- de casamento, à revisão de sentenças proferidas em pedidos
mente com a cópia do despacho do juiz, e a comunicação do dia de alimentos e respectivas execuções.
e hora da realização da audiência de conciliação e julgamento. § 1º Os alimentos provisórios fixados na inicial poderão ser
§ 1º Na designação da audiência, o juiz fixará o prazo razoá- revistos a qualquer tempo, se houver modificação na situação
vel que possibilite ao réu a contestação da ação proposta e a financeira das partes, mas o pedido será sempre processado
eventualidade de citação por edital. em apartado.
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CAPÍTULO 7
DIREITO
DA INFÂNCIA E
DA JUVENTUDE
D I R E I TO D A I N F Â N C I A E D A J U V E N T U D E
ANALISTA JURÍDICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE Art. 8º É assegurado a todas as mulheres o acesso aos pro-
1990 gramas e às políticas de saúde da mulher e de planejamento
reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, atenção hu-
manizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema
outras providências. Único de Saúde.
§ 1º O atendimento pré-natal será realizado por profissionais
TÍTULO I
da atenção primária.
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
§ 2º Os profissionais de saúde de referência da gestante ga-
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e
rantirão sua vinculação, no último trimestre da gestação, ao
ao adolescente.
estabelecimento em que será realizado o parto, garantido o
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pes- direito de opção da mulher.
soa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela
§ 3º Os serviços de saúde onde o parto for realizado assegu-
entre doze e dezoito anos de idade.
rarão às mulheres e aos seus filhos recém-nascidos alta hos-
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se ex- pitalar responsável e contrarreferência na atenção primária,
cepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte bem como o acesso a outros serviços e a grupos de apoio à
e um anos de idade. amamentação.
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos § 4º Incumbe ao poder público proporcionar assistência psico-
fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da pro- lógica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal, inclusive
teção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei como forma de prevenir ou minorar as consequências do es-
ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim tado puerperal.
de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritu-
al e social, em condições de liberdade e de dignidade. § 5º A assistência referida no § 4º deste artigo deverá ser pres-
tada também a gestantes e mães que manifestem interesse
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-
em entregar seus filhos para adoção, bem como a gestantes e
-se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de
mães que se encontrem em situação de privação de liberdade.
nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor,
religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvol- § 6º A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompa-
vimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente so- nhante de sua preferência durante o período do pré-natal, do
cial, região e local de moradia ou outra condição que diferencie trabalho de parto e do pós-parto imediato.
as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem. § 7º A gestante deverá receber orientação sobre aleitamento
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em materno, alimentação complementar saudável e crescimento e
geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a desenvolvimento infantil, bem como sobre formas de favorecer
efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimenta- a criação de vínculos afetivos e de estimular o desenvolvimen-
ção, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à to integral da criança.
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência § 8º A gestante tem direito a acompanhamento saudável duran-
familiar e comunitária. te toda a gestação e a parto natural cuidadoso, estabelecendo-
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: -se a aplicação de cesariana e outras intervenções cirúrgicas
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer cir- por motivos médicos.
cunstâncias; § 9º A atenção primária à saúde fará a busca ativa da gestante
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de que não iniciar ou que abandonar as consultas de pré-natal,
relevância pública; bem como da puérpera que não comparecer às consultas pós-
c) preferência na formulação e na execução das políticas so- -parto.
ciais públicas; § 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à mulher
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas re- com filho na primeira infância que se encontrem sob custódia
lacionadas com a proteção à infância e à juventude. em unidade de privação de liberdade, ambiência que atenda
às normas sanitárias e assistenciais do Sistema Único de Saú-
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qual-
de para o acolhimento do filho, em articulação com o sistema
quer forma de negligência, discriminação, exploração, violência,
de ensino competente, visando ao desenvolvimento integral da
crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado,
criança.
por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores
sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os di- propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, in-
reitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da clusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de
criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. liberdade.
TÍTULO II § 1º Os profissionais das unidades primárias de saúde desen-
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS volverão ações sistemáticas, individuais ou coletivas, visando
CAPÍTULO I ao planejamento, à implementação e à avaliação de ações de
DO DIREITO À VIDA E À SAÚDE promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e à ali-
mentação complementar saudável, de forma contínua.
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida
e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas § 2º Os serviços de unidades de terapia intensiva neonatal de-
que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e har- verão dispor de banco de leite humano ou unidade de coleta
monioso, em condições dignas de existência. de leite humano.
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CAPÍTULO 8
TUTELA DE
INTERESSES DIFUSOS
E COLETIVOS
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TUTELA DE INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS
LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981 interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, do Terri-
tórios e dos Municípios;
III - ao estabelecimento de critérios e padrões da qualidade
Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos
mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. ambientais;
Art. 1º Esta lei, com fundamento nos incisos VI e VII do art. IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologia s na-
23 e no art. 235 da Constituição, estabelece a Política Nacional cionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais;
do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à di-
aplicação, constitui o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sis- vulgação de dados e informações ambientais e à formação de
nama) e institui o Cadastro de Defesa Ambiental. uma consciência pública sobre a necessidade de preservação
DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;
Art. 2º A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com
a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental vistas á sua utilização racional e disponibilidade permanente,
propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao de- concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propí-
senvolvimento sócioeconômico, aos interesses da segurança cio à vida;
nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de
os seguintes princípios: recuperar e/ou indenizar os danos causados, e ao usuário, de
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins
considerando o meio ambiente como um patrimônio público a econômicos.
ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista Art. 5º As diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente
o uso coletivo; serão formuladas em normas e planos, destinados a orientar a
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; ação dos Governos da União, dos Estados, do Distrito Federal,
III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; dos Territórios e dos Municípios no que se relaciona com a pre-
INTERESSES DIFUSOS E COLETIVOS
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas servação da qualidade ambiental e manutenção do equilíbrio
representativas; ecológico, observados os princípios estabelecidos no art. 2º
desta Lei.
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetiva-
mente poluidoras; Parágrafo único. As atividades empresariais públicas ou pri-
vadas serão exercidas em consonância com as diretrizes da
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orienta-
Política Nacional do Meio Ambiente.
das para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais;
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental; DO SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
VIII - recuperação de áreas degradadas; Art. 6º Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distri-
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação; to Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as funda-
ções instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção
X - educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive
e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Na-
a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para parti-
cional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
cipação ativa na defesa do meio ambiente.
I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de
Art. 3º Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
assessorar o Presidente da República na formulação da polí-
I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e tica nacional e nas diretrizes governamentais para o meio am-
interações de ordem física, química e biológica, que permite, biente e os recursos ambientais;
abriga e rege a vida em todas as suas formas;
II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do
II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa
Meio Ambiente (CONAMA), com a finalidade de assessorar,
das características do meio ambiente;
estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políti-
III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante cas governamentais para o meio ambiente e os recursos natu-
de atividades que direta ou indiretamente: rais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da po- e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente
pulação; equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econô- III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidên-
micas; cia da República, com a finalidade de planejar, coordenar, su-
c) afetem desfavoravelmente a biota; pervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio am- e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente;
biente; IV - órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambien-
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões te e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e o Instituto
ambientais estabelecidos; Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto
IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou Chico Mendes, com a finalidade de executar e fazer executar
privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade a política e as diretrizes governamentais fixadas para o meio
causadora de degradação ambiental; ambiente, de acordo com as respectivas competências;
V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, su- V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais res-
perficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, ponsáveis pela execução de programas, projetos e pelo con-
o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora. trole e fiscalização de atividades capazes de provocar a degra-
DOS OBJETIVOS DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AM- dação ambiental;
BIENTE VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, res-
Art. 4º A Política Nacional do Meio Ambiente visará: ponsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas
I - à compatibilização do desenvolvimento econômico social suas respectivas jurisdições;
com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equi- § 1º Os Estados, na esfera de suas competências e nas áreas
líbrio ecológico; de sua jurisdição, elaborarão normas supletivas e complemen-
II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental tares e padrões relacionados com o meio ambiente, observa-
relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos dos os que forem estabelecidos pelo CONAMA.
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CAPÍTULO 9
DIREITO
EMPRESARIAL
ANALISTA JURÍDICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
DIREITO EMPRESARIAL
LEI Nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE Art. 969. O empresário que instituir sucursal, filial ou agên-
cia, em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Público de
2002 Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a
prova da inscrição originária.
Institui o Código Civil. Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição do estabe-
(...) lecimento secundário deverá ser averbada no Registro Público
LIVRO II de Empresas Mercantis da respectiva sede.
DO DIREITO DE EMPRESA Art. 970. A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado
e simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário,
TÍTULO I
quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes.
DO EMPRESÁRIO
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua
CAPÍTULO I principal profissão, pode, observadas as formalidades de que
DA CARACTERIZAÇÃO E DA INSCRIÇÃO tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissional- Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede,
mente atividade econômica organizada para a produção ou a caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos
circulação de bens ou de serviços. os efeitos, ao empresário sujeito a registro.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce CAPÍTULO II
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artísti- DA CAPACIDADE
ca, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, sal- Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que
vo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem le-
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro galmente impedidos.
Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade
início de sua atividade. própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obriga-
Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante reque- ções contraídas.
rimento que contenha: Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou de-
I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se ca- vidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por
sado, o regime de bens; ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança.
II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa que poderá § 1o Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial,
ser substituída pela assinatura autenticada com certificação di- após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem
gital ou meio equivalente que comprove a sua autenticidade, como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização
ressalvado o disposto no inciso I do § 1º do art. 4º da Lei Com- ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou represen-
plementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006; tantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direi-
tos adquiridos por terceiros.
III - o capital;
§ 2o Não ficam sujeitos ao resultado da empresa os bens que
IV - o objeto e a sede da empresa.
o incapaz já possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição,
§ 1o Com as indicações estabelecidas neste artigo, a inscrição desde que estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos
será tomada por termo no livro próprio do Registro Público de constar do alvará que conceder a autorização.
Empresas Mercantis, e obedecerá a número de ordem contí- § 3o O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das
nuo para todos os empresários inscritos. Juntas Comerciais deverá registrar contratos ou alterações
§ 2o À margem da inscrição, e com as mesmas formalidades, contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, desde
serão averbadas quaisquer modificações nela ocorrentes. que atendidos, de forma conjunta, os seguintes pressupostos:
§ 3º Caso venha a admitir sócios, o empresário individual po- I - o sócio incapaz não pode exercer a administração da so-
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DIREITO COMERCIAL E EMPRESARIAL
Disciplina o mercado de capitais e estabelece medidas para o Regulamenta a Resolução nº 3.568, de 29 de maio de 2008, que
seu desenvolvimento. dispõe sobre o mercado de câmbio e dá outras providências.
(...) A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão
realizada em 12 de dezembro de 2013, com base no disposto
SEÇÃO XIV no art. 23 da Lei nº 4.131, de 3 de setembro de 1962, nos arts.
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA NO ÂMBITO DO 10, inciso VII, e 11, inciso III, da Lei nº 4.595, de 31 de dezem-
MERCADO FINANCEIRO E DE CAPITAIS bro de 1964, no art. 6º da Resolução nº 3.312, de 31 de agosto
Art. 66-B. O contrato de alienação fiduciária celebrado no de 2005, no art. 38 da Resolução nº 3.568, de 29 de maio de
âmbito do mercado financeiro e de capitais, bem como em ga- 2008, no art. 21 da Resolução nº 3.954, de 24 de fevereiro de
rantia de créditos fiscais e previdenciários, deverá conter, além 2011, no art. 4º da Resolução nº 4.033, de 30 de novembro
dos requisitos definidos na Lei no 10.406, de 10 de janeiro de de 2011, no art. 2º da Resolução nº 4.198, de 15 de março de
2002 - Código Civil, a taxa de juros, a cláusula penal, o índice 2013, e tendo em vista o art. 12 da Lei nº 7.738, de 9 de março
de atualização monetária, se houver, e as demais comissões de 1989, e o art. 1º da Resolução nº 3.222, de 29 de julho de
e encargos. 2004, RESOLVE:
§ 1º Se a coisa objeto de propriedade fiduciária não se iden- (...)
tifica por números, marcas e sinais no contrato de alienação
TÍTULO III
fiduciária, cabe ao proprietário fiduciário o ônus da prova, con-
tra terceiros, da identificação dos bens do seu domínio que se OPERAÇÕES DE CÂMBIO
encontram em poder do devedor. CAPÍTULO I
§ 2º O devedor que alienar, ou der em garantia a terceiros, CONTRATO DE CÂMBIO
coisa que já alienara fiduciariamente em garantia, ficará sujeito Art. 40. Contrato de câmbio é o instrumento específico firma-
à pena prevista no art. 171, § 2º, I, do Código Penal. do entre o vendedor e o comprador de moeda estrangeira, no
§ 3º É admitida a alienação fiduciária de coisa fungível e a qual são estabelecidas as características e as condições sob
cessão fiduciária de direitos sobre coisas móveis, bem como as quais se realiza a operação de câmbio.
de títulos de crédito, hipóteses em que, salvo disposição em Art. 41. As operações de câmbio são formalizadas por meio
contrário, a posse direta e indireta do bem objeto da proprie- de contrato de câmbio, conforme o modelo do Anexo I a esta
dade fiduciária ou do título representativo do direito ou do cré- Circular, e seus dados devem ser registrados no Sistema Câm-
dito é atribuída ao credor, que, em caso de inadimplemento bio, consoante o disposto no capítulo II deste título, devendo
ou mora da obrigação garantida, poderá vender a terceiros o a data de registro do contrato de câmbio no Sistema Câmbio
bem objeto da propriedade fiduciária independente de leilão, corresponder ao dia da celebração de referido contrato.
hasta pública ou qualquer outra medida judicial ou extrajudi-
cial, devendo aplicar o preço da venda no pagamento do seu Parágrafo único. As características de impressão do contrato
crédito e das despesas decorrentes da realização da garantia, de câmbio podem ser adaptadas pela instituição autorizada,
entregando ao devedor o saldo, se houver, acompanhado do sem necessidade de prévia anuência do Banco Central do Bra-
demonstrativo da operação realizada. sil, observada a integridade das informações requeridas.
§ 4º No tocante à cessão fiduciária de direitos sobre coisas mó- Art. 42. Relativamente à assinatura dos contratos de câmbio:
veis ou sobre títulos de crédito aplica-se, também, o disposto I - o Banco Central do Brasil somente reconhece como válida a
nos arts. 18 a 20 da Lei no 9.514, de 20 de novembro de 1997. assinatura digital dos contratos de câmbio por meio de utiliza-
§ 5º Aplicam-se à alienação fiduciária e à cessão fiduciária de ção de certificados digitais emitidos no âmbito da Infraestrutura
que trata esta Lei os arts. 1.421, 1.425, 1.426, 1.435 e 1.436 da de Chaves Públicas (ICP-Brasil), sendo responsabilidade da
Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. instituição interveniente a verificação da utilização adequada
da certificação digital por parte do cliente na operação, incluin-
§ 6º Não se aplica à alienação fiduciária e à cessão fiduciária do-se a alçada dos demais signatários e a validade dos certifi-
de que trata esta Lei o disposto no art. 644 da Lei nº 10.406, de cados digitais envolvidos;
10 de janeiro de 2002.
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CAPÍTULO 10
DIREITOS
HUMANOS
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DIREITOS HUMANOS
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ANALISTA JURÍDICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
D I R E I TO S H U M A N O S
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade
DIREITOS HUMANOS e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir
em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.
Estes são os direitos de: Artigo II
Atribuídos em: 1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as
Enunciados pela Organização das Nações Unidas na Declara- liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de
ção Universal dos Direitos Humanos qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opi-
nião política ou de outra natureza, origem nacional ou social,
No dia 10 de dezembro de 1948, a Assembleia Geral das Na-
riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
ções Unidas adotou e proclamou a Declaração Universal dos
Direitos Humanos cujo texto, na íntegra, pode ser lido a seguir. 2. Não será também feita nenhuma distinção fundada na con-
Logo após a Assembleia Geral solicitou a todos os Países - dição política, jurídica ou internacional do país ou território a
Membros que publicassem o texto da Declaração “para que que pertença uma pessoa, quer se trate de um território in-
ele fosse divulgado, mostrado, lido e explicado, principalmente dependente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a
nas escolas e em outras instituições educacionais, sem distin- qualquer outra limitação de soberania.
ção nenhuma baseada na situação política ou econômica dos Artigo III
Países ou Estados.” Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança
pessoal.
PREÂMBULO
Artigo IV
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravi-
todos os membros da família humana e de seus direitos iguais dão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas
e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz formas.
no mundo,
Artigo V
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento ou castigo
humanos resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a cons- cruel, desumano ou degradante.
ciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que Artigo VI
todos gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade Todo ser humano tem o direito de ser, em todos os lugares,
de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado reconhecido como pessoa perante a lei.
como a mais alta aspiração do ser humano comum, Artigo VII
Considerando ser essencial que os direitos humanos sejam Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer dis-
protegidos pelo império da lei, para que o ser humano não seja tinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual prote-
compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a ção contra qualquer discriminação que viole a presente Decla-
opressão, ração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.
Considerando ser essencial promover o desenvolvimento de Artigo VIII
relações amistosas entre as nações, Todo ser humano tem direito a receber dos tribunais nacionais
competentes remédio efetivo para os atos que violem os direi-
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram,
tos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constitui-
na Carta da ONU, sua fé nos direitos humanos fundamentais,
ção ou pela lei.
na dignidade e no valor do ser humano e na igualdade de di-
reitos entre homens e mulheres, e que decidiram promover o Artigo IX
progresso social e melhores condições de vida em uma liber- Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
dade mais ampla, Artigo X
Todo ser humano tem direito, em plena igualdade, a uma justa
Considerando que os Estados-Membros se comprometeram
e pública audiência por parte de um tribunal independente e
a promover, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito imparcial, para decidir sobre seus direitos e deveres ou do fun-
universal aos direitos e liberdades humanas fundamentais e a damento de qualquer acusação criminal contra ele.
observância desses direitos e liberdades,
Artigo XI
Considerando que uma compreensão comum desses direitos 1. Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito
e liberdades é da mais alta importância para o pleno cumpri- de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha
mento desse compromisso, agora portanto sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no
qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias neces-
A ASSEMBLÉIA GERAL sárias à sua defesa.
2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão
que, no momento, não constituíam delito perante o direito na-
proclama cional ou internacional. Também não será imposta pena mais
forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável
A PRESENTE DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS ao ato delituoso.
HUMANOS Artigo XII
como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas Ninguém será sujeito à interferência em sua vida privada, em
as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão sua família, em seu lar ou em sua correspondência, nem a
da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se ataque à sua honra e reputação. Todo ser humano tem direito
esforce, através do ensino e da educação, por promover o res- à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.
peito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas Artigo XIII
progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar 1. Todo ser humano tem direito à liberdade de locomoção e
o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, residência dentro das fronteiras de cada Estado.
tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto 2. Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país, inclu-
entre os povos dos territórios sob sua jurisdição. sive o próprio, e a este regressar.
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DIREITOS HUMANOS
LEI Nº 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001 Art. 6o A internação psiquiátrica somente será realizada me-
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CAPÍTULO 11
DIREITO
ELEITORAL
ANALISTA JURÍDICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
DIREITO ELEITORAL
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(...) § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibi-
TÍTULO II lidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probi-
dade administrativa, a moralidade para exercício de mandato
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e
CAPÍTULO IV legitimidade das eleições contra a influência do poder econô-
DOS DIREITOS POLÍTICOS mico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio uni- administração direta ou indireta.
versal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, § 10 O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justi-
e, nos termos da lei, mediante: ça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação,
I - plebiscito; instruída a ação com provas de abuso do poder econômico,
II - referendo; corrupção ou fraude.
III - iniciativa popular. § 11 A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo
de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são: ou de manifesta má-fé.
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda
II - facultativos para: ou suspensão só se dará nos casos de:
a) os analfabetos; I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em
b) os maiores de setenta anos; julgado;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. II - incapacidade civil absoluta;
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto du-
durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. rarem seus efeitos;
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação
I - a nacionalidade brasileira; alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
II - o pleno exercício dos direitos políticos; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
III - o alistamento eleitoral; Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que
ocorra até um ano da data de sua vigência.
V - a filiação partidária;
(...)
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da FONTE:
República e Senador; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado
e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadu-
al ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
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DIREITO ELEITORAL
IV - as Juntas Eleitorais.
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no míni-
mo, de sete membros, escolhidos: LEI Nº 4.737, DE 15 DE JULHO DE 1965
I - mediante eleição, pelo voto secreto: Institui o Código Eleitoral.
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Fe-
deral;
PARTE SEGUNDA
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Jus-
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ANALISTA JURÍDICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
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§ 10. No caso de indeferimento do pedido, o Cartório devolverá
IV - instrumento público do qual se infira, por direito ter o reque- ao requerente, mediante recibo, as fotografias e o documento
rente idade superior a dezoito anos e do qual conste, também, com que houver instruído o seu requerimento.
os demais elementos necessários à sua qualificação; § 11. O título eleitoral e a folha individual de votação somente
V - documento do qual se infira a nacionalidade brasileira, ori- serão assinados pelo juiz eleitoral depois de preenchidos pelo
ginária ou adquirida, do requerente. cartório e de deferido o pedido, sob as penas do artigo 293.
Parágrafo único. Será devolvido o requerimento que não con- § 12. É obrigatória a remessa ao Tribunal Regional da ficha do
tenta os dados constantes do modelo oficial, na mesma ordem, eleitor, após a expedição do seu título.
e em caracteres inequívocos. Art. 46. As folhas individuais de votação e os títulos serão
Art. 45. O escrivão, o funcionário ou o preparador recebendo confeccionados de acordo com o modelo aprovado pelo Tribu-
a fórmula e documentos determinará que o alistando date e as- nal, Superior Eleitoral.
sine a petição e em ato contínuo atestará terem sido a data e a § 1º Da folha individual de votação e do título eleitoral constará
assinatura lançados na sua presença; em seguida, tomará a as- a indicação da seção em que o eleitor tiver sido inscrito a qual
sinatura do requerente na folha individual de votação” e nas duas será localizada dentro do distrito judiciário ou administrativo de
vias do título eleitoral, dando recibo da petição e do documento. sua residência e o mais próximo dela, considerados a distância
• Lei nº 10.842/2004, art. 4º, caput: as atribuições e os meios de transporte.
da escrivania eleitoral passaram a ser exercidas pri- § 2º As folhas individuais de votação serão conservadas em
vativamente pelo chefe de cartório eleitoral. pastas, uma para cada seção eleitoral; às mesas receptoras
• Lei nº 7.444/1985, art. 5º, § 1º: no caso de analfabeto, serão por estas encaminhadas com a urna e os demais do-
será feita a impressão digital do polegar direito. cumentos da eleição às juntas eleitorais, que as devolverão,
• Lei nº 6.996/1982, art. 12, caput: a folha individual foi findos os trabalhos da apuração, ao respectivo cartório, onde
substituída por listas de eleitores emitidas no proces- ficarão guardadas.
samento eletrônico de dados. § 3º O eleitor ficará vinculado permanentemente à seção elei-
§ 1º O requerimento será submetido ao despacho do juiz nas toral indicada no seu título, salvo:
48 (quarenta e oito), horas seguintes. I - se se transferir de zona ou Município hipótese em que deve-
§ 2º Poderá o juiz se tiver dúvida quanto a identidade do re- rá requerer transferência.
querente ou sobre qualquer outro requisito para o alistamento, II - se, até 100 (cem) dias antes da eleição, provar, perante o
converter o julgamento em diligência para que o alistando es- Juiz Eleitoral, que mudou de residência dentro do mesmo Mu-
clareça ou complete a prova ou, se for necessário, compareça nicípio, de um distrito para outro ou para lugar muito distante
pessoalmente à sua presença. da seção em que se acha inscrito, caso em que serão feitas na
§ 3º Se se tratar de qualquer omissão ou irregularidade que pos- folha de votação e no título eleitoral, para esse fim exibido as
sa ser sanada, fixará o juiz para isso prazo razoável. alterações correspondentes, devidamente autenticadas pela
autoridade judiciária.
§ 4º Deferido o pedido, no prazo de cinco dias, o título e o
documento que instruiu o pedido serão entregues pelo juiz, es- § 4º O eleitor poderá, a qualquer tempo requerer ao juiz eleito-
crivão, funcionário ou preparador. A entrega far-se-á ao próprio ral a retificação de seu título eleitoral ou de sua folha individual
eleitor, mediante recibo, ou a quem o eleitor autorizar por es- de votação, quando neles constar erro evidente, ou indicação
crito o recebimento, cancelando-se o título cuja assinatura não de seção diferente daquela a que devesse corresponder a resi-
for idêntica à do requerimento de inscrição e à do recibo. dência indicada no pedido de inscrição ou transferência.
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DIREITO ELEITORAL
AÇÕES JUDICIAIS ELEITORAIS Art. 17. É facultado ao partido político ou coligação que requerer
o registro de candidato considerado inelegível dar-lhe substituto,
mesmo que a decisão passada em julgado tenha sido proferida
após o termo final do prazo de registro, caso em que a respectiva
AIRC - AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE REGISTRO DE comissão executiva do partido fará a escolha do candidato.
CANDIDATURA (...)
FONTE:
LEI DE INELEGIBILIDADE – LEI COMPLEMENTAR Nº 64, http://www.tse.jus.br/legislacao/codigo-eleitoral/lei-de-inelegibilidade/lei-de-ine-
DE 18 DE MAIO DE 1990 legibilidade-lei-complementar-nb0-64-de-18-de-maio-de-1990
Art. 3º Caberá a qualquer candidato, a partido político, co-
ligação ou ao Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) dias,
contados da publicação do pedido de registro de candidato,
AIJE – AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEI-
impugná-lo em petição fundamentada.
TORAL POR ABUSO DE PODER
• Res.-TSE nº 21634/2004 e Ac.-TSE, de 14.2.2006,
no REspe nº 25443: o rito ordinário previsto nesta lei
LEI DE INELEGIBILIDADE – LEI COMPLEMENTAR Nº 64,
para registro de candidatura é aplicado, até a senten-
DE 18 DE MAIO DE 1990
ça, à ação de impugnação de mandato eletivo.
• Ac.-TSE, de 19.12.2016, no AgR-REspe nº 26234 e, Art. 22. Qualquer partido político, coligação, candidato ou Mi-
de 16.11.2016, no AgR-REspe nº 28954: eleitor não nistério Público Eleitoral poderá representar à Justiça Eleitoral,
possui legitimidade para recorrer de decisão que de- diretamente ao corregedor-geral ou regional, relatando fatos e
fere registro de candidatura, mas pode apresentar no- indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de
tícia de inelegibilidade ao juiz competente. investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso
do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização in-
• Ilegitimidade de partido político coligado isoladamen-
devida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício
te para impugnar registro de candidatura: Ac.-TSE, de
de candidato ou de partido político, obedecido o seguinte rito:
30.9.2016, no REspe nº 18774 e, de 26.9.2013, no REs-
pe nº 41662; de diretório municipal, em eleições federal • Ac.-TSE, de 19.8.2010, no AgR-REspe nº 36020: de-
e estadual: Ac.-TSE, de 20.9.2006, no REspe nº 26861; claração de inelegibilidade e cassação do registro de
de partido político ou coligação partidária em virtude de candidatura refogem à competência da Justiça Comum.
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irregularidade em convenção de agremiação adversá- • O rito a que se refere este artigo aplica-se às ações por
ria: Ac.-TSE, de 13.10.2008, no AgR-REspe nº 31162. doação acima do limite legal: Ac.-TSE, de 21.3.2017, no
• Ac.-TSE, de 10.10.2013, no REspe nº 26418: “A im- AgR-AI nº 2580; por representação prevista no art. 30-A
pugnação ajuizada antes da publicação do edital alu- da Lei das Eleições: Ac.-TSE, de 1º.2.2011, no AgR-
sivo ao registro é tempestiva, quando evidenciada a -REspe nº 28315; por captação ilícita de sufrágio: Ac.-
ciência prévia da candidatura pelo impugnante”. -TSE, de 4.4.2017, no AgR-AI nº 10339; por condutas
vedadas: Ac.-TSE, de 14.5.2013, no REspe nº 66230.
• Legitimidade para impugnar registro de candidatura:
Ac.-TSE, de 18.10.2012, no REspe nº 21978 (terceiro • Ac.-TSE, de 1º.8.2017, no AgR-RO nº 98090: “Confi-
juridicamente interessado); Ac.-TSE, de 31.8.2010, gura abuso do poder econômico a utilização de recur-
no RO nº 161660 (qualquer candidato, independente- sos patrimoniais em excesso, públicos ou privados,
mente do cargo por ele disputado). sob poder ou gestão do candidato, em seu benefício
eleitoral”.
• Ac.-TSE, de 17.12.2008, no REspe nº 34532: a duplici-
dade de filiação partidária pode ser conhecida de ofício • Ac.-TSE, de 5.4.2017, no RO nº 265041: abuso do
no curso do processo de registro de candidatura, não poder político qualifica-se quando a estrutura da ad-
se impondo que seja aferida em processo próprio. ministração pública é utilizada em benefício de de-
terminada candidatura, para prejudicar a campanha
§ 1º A impugnação, por parte do candidato, partido político ou
de eventuais adversários ou para coagir servidores a
coligação, não impede a ação do Ministério Público no mesmo
aderirem a esta ou àquela candidatura.
sentido.
• Ac.-TSE, de 7.3.2017, no RO nº 265308: possibilidade
§ 2º Não poderá impugnar o registro de candidato o represen-
de caracterização como abuso de poder da prática de
tante do Ministério Público que, nos 4 (quatro) anos anteriores,
atos de propaganda por entidade religiosa; caracteriza-
tenha disputado cargo eletivo, integrado diretório de partido ou
ção como uso indevido, previsto no caput deste artigo,
exercido atividade político-partidária.
da utilização dos meios de comunicação social para a
§ 3º O impugnante especificará, desde logo, os meios de prova difusão dos atos de promoção de candidaturas.
com que pretende demonstrar a veracidade do alegado, arro- • Ac.-TSE, de 7.2.2017, no RO nº 138069: inexistência
lando testemunhas, se for o caso, no máximo de 6 (seis). de impedimento para o julgamento da AIJE pelo fato
• Ac.-TSE, de 4.10.2016, no REspe nº 253: apesar do de os representados não terem sido eleitos.
disposto neste parágrafo, não se declara a nulida- • Legitimidade ativa: Ac.-TSE, de 3.11.2016, no AgR-
de, ante a não demonstração do prejuízo; Ac.-TSE, -REspe nº 958 (partido político coligado, isoladamen-
de 5.9.2013, no RMS nº 71926: inadmissibilidade de te, após realização do pleito); Ac.-TSE, de 11.11.2014,
apresentação, em AIME, do rol de testemunhas em no AgR-REspe nº 27733: (legitimidade concorrente
momento posterior à petição inicial. coligação/partidos, isoladamente, após as eleições);
(...) Ac.-TSE, de 5.8.2014, no REspe nº 1429: (legitimida-
Art. 16. Os prazos a que se referem os arts. 3º e seguintes de do partido político para prosseguir, isoladamente,
desta lei complementar são peremptórios e contínuos e correm em feito que ajuizou antes de se coligar); Ac.-TSE,
em Secretaria ou cartório e, a partir da data do encerramento de 25.11.2008, no RO nº 1537: (candidato registrado
do prazo para registro de candidatos, não se suspendem aos que pertença à circunscrição do réu e os fatos da pre-
sábados, domingos e feriados. tensão se relacionem à mesma eleição); Ac.-TSE, de
• Res.-TSE nº 23478/2016, art. 7º e seguintes, sobre 29.6.2006, no REspe nº 26012: partido político, ainda
a aplicação dos prazos desta lei aos feitos eleitorais. que não tenha indicado candidatos para as eleições.
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MPSP
Ministério Público
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