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IKÚ é uma palavra da língua iorubá que significa morte, identificado no jogo do merindilogun

pelo Odú Òyèkú Méji.

Ainda na semântica e sintaxe iorubá, encontramos os seguintes significados e palavras:

Kú - morrer

Ikú - morte

Òkú - corpo, morto

Ikuwô - morreu

Okulailai - morto para sempre, antigo (ancestral)

É o único Orixá que "pega" em todas as cabeças humanas. Segundo conta, a ele foi permitido e
abençoado por Olodumare para conduzir o ciclo da criação, designado para a função
derradeira que é a de vir todos os dias ao Aiye (a Terra, o mundo dos vivos) para escolher
homens e mulheres a serem reconduzidos ao Orum, retirando deles o seu emi (sopro da vida),
como condição imposta para a renovação da existência.

Sua celebração no ritual do Axexê comemora a volta do homem ao todo primordial,


reafirmando o grande mistério e possibilitando outras vidas. As vestes brancas neste ritual
simboliza a verdade absoluta, morte e vida.

Quando o Odú Òyèkú Méji chegou à Terra, a morte ainda não existia. O Orixá Ikú (morte)
nasce nesse caminho para cumprir sua função na Terra, que é Opirá (o FIM).

Òyèkú Méji representa essencialmente a Morte e representa também o lado esquerdo, o leste
e o princípio feminino.

É Ikú que vem buscar a pessoa no dia derradeiro, e esteja nas condições em que estiver.

Ikú cumpre rigorosamente sua função e somente aqueles que conhecem os omo-odús de
Òyèkú Méji, poderão conversar com a Morte, e ainda assim por um breve tempo. Somente
através de Exu e num determinado Odú é e que se faz oferendas a Ikú, estabelecendo pactos e
acordos com Ikú para adiar e afastar a morte, aliado aos bons ebós.

O grande pesquisador do Candomblé e de cultura afro-brasileira, Pai Agenor, dizia que: "...a
troca pela vida, através de oferendas, é o ponto central do culto aos Orixás, a vida, nada mais
é, que a mais valiosa de todas as trocas e também a mais cara...".

O odú Òyèkú Méji revela, em um de seus ìtàn, que a morte somente começou a matar depois
que sua mãe foi espancada e morta na praça do mercado de Ejìgbòmekùn.

“No dia em que a mãe da morte foi espancada

No mercado de Ejìgbòmekùn
A morte ouviu

E gritou alto, enfurecida

A morte fez do elefante a esposa de seu cavalo

Ele fez do búfalo sua corda

Fez do escorpião o seu esporão bem firme pronto para a luta”

Posteriormente, a morte foi subjugada depois que seus inimigos conseguiram que ela comesse
o que era proibido comer, segundo o conceito do èwò, visto anteriormente,só conhecido
através do Oráculo de Ifá. Neste relato, é a esposa de Ikú, Olójòngbòdú, que revela este
segredo:

“Nós consultamos Ifá para Olójòngbòdú

Mulher de Ikú

Ela foi chamada cedo, pela manhã

Eles perguntaram o que seu marido não podia comer

Que o tornasse capaz de matar outros filhos de pessoas ao redor?

Ela disse que a Morte, seu marido, não podia comer ratos

Eles perguntaram o que aconteceria se ele comesse ratos?

Ela disse que as mãos da morte tremeriam sem parar

Ela disse que a Morte, seu marido, não podia comer peixe

Eles perguntaram o que aconteceria se ele comesse o peixe?

Ela disse que os pés da Morte tremeriam sem parar

Ela disse que a morte, seu marido, não podia comer ovo de pata

Eles perguntaram o que aconteceria se ele comesse ovo de pata?

Ela disse que a morte vomitaria sem parar”.

A conclusão deste Odú é que foram dados à morte todos os alimentos proibidos, o que a fez se
acalmar e impedir a sua tarefa, que estava sendo feita sem qualquer critério, motivada pelo
ódio e pela vingança.

Verifica-se que, no processo, ocorrendo a caída deste Odú, irá revelar vitória de qualquer
pessoa sobre a morte.

Embora a morte seja inevitável e imprevisível, pode sofrer alterações através da intervenção
de Orunmilá ou de outro Orixá junto a Olodumare.
Em outro relato, quando Exu consegue subornar o filho de Ikú, que lhe revela o modo pelo
qual Ikú mata com sua clava e que sem essa clava Ikú tornava-se impotente.

Exu foi ajudado pôr Ajàpàá, a tartaruga, que conseguiu o que desejava, conforme o dito:
Ajàpàá gbé òrúkú I’owó Ikú – cuja tradução é “A tartaruga tirou a clava das mãos de Ikú”.

Posteriormente, fez um pacto com Orunmilá, com a condição dele ajudá-lo a recuperar sua
clava; e em troca, Ikú só levaria aqueles que não se colocarem sob a proteção de Orunmilá ou
aqueles que estivessem com a data já determinada para o fim de suas vidas na Terra. Isto
reflete a necessidade de um constante acompanhamento da situação de uma pessoa através
do jogo. Daí o provérbio: Arùn I’a wò, a Ki Wo Ikú – cuja tradução é “A doença pode ser curada
a morte não pode ser remediada”. E ainda o odú Irò-sùn – oso revela:

“Se Ikú não chegar, adoremos Oxum

Se Ikú não chegar, adoremos Orixá

Se Ikú realmente chegar, não adianta Ikú receber sacrifício”.

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