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Alergia Alimentar

Vanessa C. Gallo, Graduanda em Nutrição na FMRP-USP

Estagiária curricular da Nutrociência –

Assistência em Nutrologia

Muitas pessoas confundem alergia com intolerância alimentar por ambas

apresentarem sintomas muito parecidos. No entanto, a alergia é causada por uma

resposta do sistema imune do nosso corpo, principalmente mediada por IgE (uma

Imunoglobulina responsável pela resposta alérgica), contra algum componente

específico do alimento. Por outro lado, a intolerância alimentar é causada por

diversos fatores, como: contaminação do alimento por microorganismos ou

toxinas, intolerância a lactose (causada por uma deficiência da enzima lactase,

que faz a degradação da lactose presente no leite), reações devido a aditivos

químicos no alimento (como os corantes, por exemplo), entre outras causas não

ligadas ao sistema imune.

Ao contrário do que se imagina, a alergia alimentar acomete apenas cerca

de 7% das crianças menores que quatro anos e cerca de 4% dos adultos. Ela

pode ter um componente hereditário uma vez que pessoas com parentes alérgicos

são mais susceptíveis ao seu aparecimento. Normalmente nos adultos esse tipo

de alergia persiste pela vida toda, enquanto nas crianças, pode se manifestar

apenas na infância se resolvendo espontaneamente com o tempo e o

crescimento. Independente desse fato, é importante que seja feito o adequado


diagnóstico da alergia alimentar, pois os sintomas podem variar de simples

manifestações cutâneas até reação anafilática e morte.

As crianças são mais susceptíveis às alergias por ainda não terem seu

sistema imune e digestivo completamente formados. Para evitar o aparecimento

das mesmas, é importante que a criança seja exclusivamente amamentada pelo

leite materno até os 6 meses, o que confere maior proteção ao lactente; outros

tipos de leites ou seus derivados devem ser oferecidos somente após o primeiro

ano de vida; não oferecer ovos antes dos 2 anos; não permitir o consumo de

amendoim, castanhas e peixes antes dos 3 anos. Na impossibilidade de

amamentar a criança até os seis meses ou mais, é imprescindível a cautela na

substituição, já que muitas vezes opta-se por substitutos a base de soja, os quais

podem não suprir as necessidades diárias de cálcio para essa faixa etária. Nesse

caso é importante o acompanhamento adequado de um pediatra ou nutricionista.

Uma reação alérgica se dá por conta de determinadas proteínas presentes

nos alimentos. Além de predisposição, o indivíduo já deve ter sido exposto

previamanente ao alérgeno (substância capaz de ativar a reação alérgica) para

apresentar os sintomas. Quando em contato com o alimento, suas proteínas são

digeridas e, atingindo os tecidos, promovem a produção de imunoglobulinas,

especificamente IgE. Dependendo do tecido ou órgão atingidos, diversos sintomas

podem surgir: gastroenterites (trato gastrintestinal), vermelhidão e/ou prurido (pele,

via aérea superior, olhos).

Quando se suspeita de um alimento como causador de alergia, o mesmo

deve ser retirado da alimentação, sendo então observado se os sintomas

desaparecem. Não existe um tratamento específico para tal acometimento,


havendo apenas a possibilidade de controle dos sintomas. O melhor a ser feito é

se evitar o consumo de alimentos potencialmente causadores desse tipo de

reação. Por exemplo, um indivíduo alérgico à proteína do leite deve evitar o

consumo tanto de leite como de derivados. Deve-se lembrar ainda que submeter o

alimento a altas ou baixas temperaturas não evita o surgimento de alergias. Sendo

assim, antes de consumir, o ideal é ler os rótulos dos alimentos para se obter

informações a respeito de sua composição.

Existem mais de 100 tipos de alimentos considerados alergênicos. No

entanto, oito deles (e seus derivados) são responsáveis por 90% dos casos de

alergias alimentares. São eles: leite, ovos, peixes, crustáceos e frutos do mar,

amendoins, os vários tipos de castanhas, trigo e soja.

Referências Bibliográficas:

- Cortez APB, Medeiros LCS, Speridião PGL, Mattar RHGM, Neto UF, Morais

MB. Conhecimento de pediatras e nutricionistas sobre o tratamento da alergia ao

leite de vaca no lactente. Revista Paulista de Pediatria, 2007; 25(2): 106-113.

- M. Hunter, B. Alergias alimentarias. Gastr. Latinoam., 2007; 18(2): 144-151.

- Sampson, HA. Update on food allergy. Journal of allergy clin. Immunol. 2004;

113(5): 805-819.

- Food alergies and reactions. The american academy of allergy, asthma e

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http://www.aaaai.org/patients/resources/easy_reader/food.pdf (acessado em

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National institute of allergy and infectious diseases. Disponível no site:

http://www3.niaid.nih.gov/topics/foodAllergy/PDF/foodallergy.pdf (acessado em

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- Food allergy – what you need to know. Food facts. 2007; Disponível no site:

http://www.cfsan.fda.gov/~dms/ffalrgn.html (acessado em 04/06/08).

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