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Estruturas de Concreto e Fundações

Estruturas Especiais - Muros de Arrimo

Prof. M.Sc. Antonio de Faria


Julho-2015

1
Muros de Arrimo

Estruturas utilizadas
principalmente para manter
(conter) taludes em equilíbrio;
É necessário quando se efetua um
corte no terreno, conforme mostra
a figura ao lado;
É necessário também aterros,
quando se deseja nivelar um
trecho do terreno e evitar um
talude extenso na parte mais alta
do mesmo;
Muros de Arrimo

Esquema geral de um muro


de arrimo;
 a) trecho AB – muro
propriamente dito (cortina ou
tardoz);
 b) trecho CF – sapata de
fundação;
 c) trecho CD – ponta da
sapata, que é a parte que se
projeta fora da terra (talude);
 d) trecho EF – talão da sapata,
que é a parte que se projeta
do lado da terra (talude);
 e) trecho DG – dente de
ancoragem.
Muros de Arrimo – Considerações gerais

São estruturas caras, alguma vezes com custo maior que o da


própria edificação e de difícil execução;
É oportuno destacar que um dos maiores índices de acidentes com
operários em obras se deve a soterramento;
O projetista deve sempre questionar se não existem soluções
alternativas de projeto, que evitem ou minimizem o corte ou
aterro e portanto os muros de arrimo;
Antes de decidir sobre a melhor solução, deve-se:
 conhecer a natureza e características geológicas da região;
 observar o comportamento de construções similares existentes
verificar se não há ocorrência de movimentos lentos da encosta,
manifestado pela fissuração da superfície e inclinação de árvores, e
rupturas de canalização de esgotos e águas pluviais;
 importante minimizar os efeitos das águas pluviais atuando no solo
próximo à obra de contenção.
Muros de Arrimo – Considerações gerais

Maior dificuldade para se dimensionar muro de arrimo é a


definição dos parâmetros do solo, que dependem da realização de
ensaios relativamente sofisticados;
A quantidade de ensaios necessários pode ser grande se o solo for
heterogêneo;
Fatores a considerar em um projeto de muro de arrimo:
 relacionados às propriedades físicas e mecânicas do solo:

densidade, estrutura (coesivo, não coesivo), ângulo de atrito


interno, resistência, possibilidades de recalques;
 relacionados ao elemento vertical (muro), altura,

deformabilidade, rugosidade e inclinação;Em muitas situações


empregam-se valores extremos para esses parâmetros, a favor
da segurança, que pode levar a estruturas caras e que até
inviabilizam a obra;
 Relacionados ao elemento horizontal (sapata): rotação,

translação.
Muros de Arrimo – Considerações gerais

Os relacionados com as condições da região em que será


implantado o muro: umidade, chuvas, lençóis freáticos,
trepidações, cargas no terrapleno;
Muros de Arrimo – Considerações gerais

O projeto, de maneira geral, é constituído das etapas abaixo


relacionadas, admitido-se aqui que a estabilidade global do talude
está garantida, ou seja, não se discute a estabilidade do entorno
da obra, mas apenas a do muro de arrimo:
 caracterização do solo através de ensaios – (cabe ao projetista

definir até que ponto é possível, ou econômico, evitar esses


ensaios);
 estimativa das dimensões: experiência, observação, fórmulas

empíricas;
 cálculo dos esforços: empuxo, peso próprio, cargas no topo,

reações do solo;
 verificação da estabilidade (rotação e translação) aos esforços

atuantes;
 determinação das armaduras (dimensionamento);

 dimensionamento das fundações.


Muros de Arrimo – Considerações gerais

Empuxo do solo em muros de arrimo:


O empuxo exercido pela terra contra o muro pode ser:
 Ativo;
 Passivo;
 Em repouso;
O empuxo depende do tipo de solo, da existência ou não de água
no solo e da superfície de contato solo-muro;
A teoria de Coulomb;
O empuxo que está sendo aqui estudado é para solos não
coesivos, isto é, para solos arenosos.
Muros de Arrimo – Considerações gerais

Seja um muro de arrimo, representado na figura abaixo:


Na situação apresentada, a terra pressiona a parede do muro,
fazendo com que ela se deforma da direita para a esquerda;
Neste caso, surge o empuxo ativo, caracterizado pela pressão
exercida na parede pelo solo (pressão da terra contra o muro);
Muros de Arrimo – Considerações gerais

Seja agora o muro se


deforma da esquerda
para a direita (figura
4), é ele que pressiona
a terra, e o empuxo
que surge é chamado
de empuxo passivo
(pressão do muro
contra a terra). É
comum no caso de
escoramentos de valas
e galerias.
Muros de Arrimo – Considerações gerais

No caso intermediário, conforme figura abaixo, em que o muro não


sofre qualquer deformação, o que inclusive é difícil de ocorrer, tem-
se o empuxo em repouso. Por esse empuxo ser muito pequeno, na
sequência admitir-se-á que ele não altere as forças em ação;
Muros de Arrimo – Considerações gerais

Empuxo Ativo

Empuxo Passivo

Repouso
Muros de Arrimo
Determinação do empuxo ativo

A pressão do solo no muro (Pa), a uma profundidade h, é dada por:

Pa = k a ⋅ γ s ⋅ h

O empuxo ativo (Ea) é obtido multiplicando-se a área da distribuição


de pressões (triangular com altura h e base Pa) pela largura do muro,
considerando-se nulo o atrito solo-muro. Para um muro de
comprimento unitário (1,0 m), resulta:

h h
E a = A∆ ⋅1,0 = Pa ⋅ ⋅1,0 = k a ⋅ γs ⋅ h ⋅
2 2
1
Ea = ⋅ ka ⋅ γs ⋅ h 2
2
Muros de Arrimo
Determinação do empuxo passivo

A pressão do solo no muro (Pp), a uma profundidade h, é dada por:

Pp = k p ⋅ γ s ⋅ h
O empuxo passivo (Ep) é determinado da mesma maneira que o
empuxo ativo, apenas com o coeficiente de empuxo correspondente.
A pressão do muro sobre o solo (Pp), a uma profundidade h, sendo
Kp o coeficiente de empuxo passivo, é dada por:
Para um muro de comprimento unitário (1,0 m), também admitindo
nulo o atrito solo-muro, o empuxo passivo fica:
h h
E p = A∆ ⋅1,0 = Pp ⋅ ⋅1,0 = k p ⋅ γs ⋅ h ⋅
2 2
1
Ep = ⋅ kp ⋅ γs ⋅ h 2
2
Muros de Arrimo – Determinação do
momento atuante na base do muro

O momento atuante na base do muro, devido ao empuxo ativo, é


encontrado multiplicando o valor do empuxo pela distância do seu
ponto de aplicação até a base, que no caso de distribuição
triangular de pressões é igual a um terço da altura h do muro;

h 1 2 h 1
M = Ea ⋅ = ⋅ K a ⋅ γs ⋅ h ⋅ = ⋅ K a ⋅ γs ⋅ h 3
3 2 3 6
Muros de Arrimo – Crescimento do
Momento Fletor, na base do muro

Mbase do muro em função da altura

M - Momento kN.m 100

80

60

40

20

0
0 1 2 3 4
h - altura (m)

h 1 2 h 1
M = E a ⋅ = ⋅ Ka ⋅ γ s ⋅ h ⋅ = ⋅ Ka ⋅ γ s ⋅ h3
3 2 3 6
Muros de Arrimo – Coeficiente de
empuxo ativo – caso geral

ϕ - ângulo de repouso ou de atrito interno do solo;


ϕ1 - ângulo de atrito entre o solo e a superfície da parede do muro (ângulo de rugosidade);
θ - ângulo de inclinação do paramento interno do muro com a vertical;
β - ângulo de inclinação do paramento interno do muro com a horizontal (β = 90 - θ);
α - ângulo de inclinação do solo acima do muro com a horizontal.

ϕ1 = 0 para muro liso (cimentado ou pintado);


ϕ1 = 0,5 ϕ para muro parcialmente rugoso;
ϕ1 = ϕ para muro rugoso.

sen 2 (β + ϕ )
Ka = 2
 sen (ϕ − α ) ⋅ sen (ϕ − ϕ1 ) 
sen 2β ⋅ sen (β − ϕ1 ) ⋅ 1 + 
 sen (β − ϕ1 ) ⋅ sen (β + α ) 
Muros de Arrimo – Coeficiente de
empuxo ativo – casos particulares

Paramento interno liso e vertical e terreno inclinado;

ϕ1 = 0
θ = ϕ1
β = 90o

cos2 ϕ ⋅ cos α
Ka =
[ ]
2
cos α + sen( ϕ − α ) ⋅ senϕ
Muros de Arrimo – Coeficiente de
empuxo ativo – casos particulares

cos2 ( θ + ϕ )
Ka = 3
cos θ K a = cos2 ϕ

cos2 ( θ + ϕ )
Ka = 2 o ϕ
2 K a = tg  45 − 
cos θ ⋅ ( cos θ + senϕ )  2
Muros de Arrimo – Coeficiente de
empuxo passivo

Para solos não coesivos, a favor da segurança, com terrapleno


horizontal e parede do muro vertical sem atrito, o coeficiente de
empuxo passivo é obtido também de acordo com a solução de
Rankine, conforme a equação seguinte;

2 ϕ o 2ϕ
K p = tg  45 +  K a = tg  45 −  o
 2  2

1
Kp =
Ka
Muros de Arrimo – Sobrecarga sobre o
terrapleno

Geralmente, as sobrecargas que são consideradas provêm de máquinas,


construções, multidões, etc., e devem ser admitidas como uniformemente
distribuídas.
Foi visto que o empuxo é função, entre outras grandezas, do quadrado da
altura do muro. Já as sobrecargas distribuídas (q) sobre o terrapleno
causam um empuxo ativo, por unidade de comprimento, de distribuição
uniforme, que é proporcional apenas à altura h, ou seja, causando um
empuxo muito menor que o produzido pelo terrapleno (Ka é o coeficiente
de empuxo ativo).
Observa-se que as sobrecargas são importantes apenas nos muros com
pequena altura, pois o empuxo devido ao terrapleno pode ser da mesma
ordem de grandeza que o produzido pela sobrecarga. Para muros de
grande altura, o empuxo devido ao terrapleno é muito grande, e o
empuxo causado por sobrecargas pode ser desprezado.

E a,sobr = k a ⋅ q ⋅ h
Muros de Arrimo – Sobrecarga sobre o
terrapleno

GUERRIN [ ] faz algumas considerações importantes a respeito das


sobrecargas:
uma sobrecarga de 5,0 kN/m2 é usualmente considerada para levar em
conta uma eventual ocupação do terrapleno
sobrecargas da ordem de 10 kN/m2 a 15 kN/m2 correspondem a veículos
de 200 kN a 300 kN;
mesmo sobrecargas maiores, de 20 kN/m2 a 30 kN/m2, só devem ser
consideradas em muros de altura menor que 10 m;
para muros muito pequenos, com altura menor que 2,0 m, a influência
das sobrecargas não deve ser desprezada; elas podem até ser
responsáveis pelos maiores efeitos sobre o muro;
em muros muito grandes, acima de 15,0 m de altura, é possível desprezar
completamente o efeito das sobrecargas, mesmo aquelas extremamente
importantes.
Nas situações em que as sobrecargas não podem ser desprezadas, é
possível considerá-las como uma altura suplementar equivalente h0 de
terra do terrapleno para o cálculo do empuxo total sobre o muro;
Muros de Arrimo – Sobrecarga sobre o
terrapleno

 kN 2 
q m = m
h 0 ⋅ γt = q → h0 =  
γt  kN 3 
 m 
Muros de Arrimo – Sobrecargas

Para uma sobrecarga 1 e solo do terrapleno com peso específico γs,


resulta para a altura suplementar h0:
 kN 2 
q m 
h0 ⋅ γt = q → h0 =  = m
γt  kN 3 
 m 
A altura total H a ser empregada na determinação do empuxo será a
altura h real do muro mais a altura suplementar equivalente h0, ou seja:

H = h + h0
O empuxo final Ea sobre a parede será o calculado com a altura total H
menos o empuxo do trecho de altura h0, pois esse último não atua sobre
a parece, resultando:

1 1 1
2 2
2

2
(
Ea = ⋅ ka ⋅ γs ⋅ H − ⋅ ka ⋅ γs ⋅ h0 = ⋅ ka ⋅ γs ⋅ H 2 − ho 2
2
)
Muros de Arrimo – Perfis para muros
de arrimo por gravidade

a) perfil retangular b) perfil trapezoidal c) perfil escalonado

FIGURA 14. Perfis possíveis para muros de arrimo por gravidade


Muros de Arrimo – Muros de arrimo de
concreto armado

Formas gerais de muro de arrimo em concreto armado:


Muros de Arrimo – Muros de arrimo de
concreto armado

Muros de arrimo mistos;


Muros de arrimo com gigantes
(contrafortes) ou vigas intermediárias

a) gigantes do lado da terra b) gigantes/ vigas do lado da terra c) gigantes do lado externo
Muros de arrimo atirantados
Muros de arrimo com fundação
profundas
Dimensionamento de muros de arrimo

O dimensionamento de muros de arrimo, consiste em:


 Verificar a estabilidade contra o tombamento e
translação;
 Verificar as tensões no solo;

 Executar a fundação;

 Dimensionar os diversos elementos contituíntes do

muro;
Muros de Arrimo – Verificação do
tombamento

A ação do empuxo de terra


Ea sobre a parede vertical
do muro causa, em relação
ao ponto A, o momento de
tombamento do muro e
vale:

h 1 2 h 1
Mtomb = Ea = ⋅ ka ⋅ γs ⋅ h ⋅ = ⋅ ka ⋅ γs ⋅ h 3
3 2 3 6
Muros de Arrimo – Verificação do
tombamento

O momento das forças que


tendem a impedir que o
muro tombe (peso da terra
e peso do próprio muro), é
denominado de momento
de restituição, e em relação
ao mesmo ponto A, vale:

Mrest = Ps ⋅ xs + Pg ⋅ xg

sendo:
Ps  peso da solo;
Pg  peso próprio do muro;
xs  distância entre o ponto A e a linha de ação de Ps;
xg  distância entre o ponto A e a linha de ação de Pg;
Muros de Arrimo – Verificação do
tombamento

É fácil perceber que a parcela do solo é bastante importante, pois o


braço de alavanca é grande, e quando não for possível utilizar a
aba do lado direito do muro (atrás, ou seja, do lado da terra a ser
contida), fica difícil seu equilíbrio;
Para que seja garantida a estabilidade quanto à rotação em relação
ao ponto A, da figura anterior, com uma adequada segurança, é
necessário que:

M rest ≥ 1,5 ⋅ Mtomb


Muros de Arrimo – Translação

Ainda quanto à estabilidade do muro:


 Verificar a possibilidade dele transladar;
 Para não ocorrer, a força de atrito estático máxima possível
deve ser, pelo menos, 1,5 vezes maior que a força horizontal
atuante que é, geralmente, igual ao empuxo ativo;
 Não sendo atendida, utiliza-se o empuxo passivo desenvolvido
pelo “dente”do muro.

Fa ≥ 1,5 ⋅ Ea
ou
Fa + Ep ≥ 1,5 ⋅ Ea
Muros de Arrimo – Translação

Fa ≥ 1,5 ⋅ Ea
ou
Fa + Ep ≥ 1,5 ⋅ Ea

Fa = µ ⋅ N = µ ⋅ (Ps + Pg ) → máxima força de atrito estático possível;


Ps e Pg → são os pesos do solo e do muro, respectivamente;

E a → empuxo ativo;
Ep → empuxo passivo devido ao " dente" do muro;

µ coeficiente de atrito entre o solo e a base do muro, que pode ser tomado entre
0,50 a 0,55 para solo seco e igual a 0,30 no caso de solo saturado;
Muros de Arrimo – Verificação das
tensões no solo

N M
σmáx = + ≤ σs, adm
A w
N M
σmín = − ≥ 0
A w

sendo:
N = Ps + Pg;
M  Momento fletor atuante, calculado em relação à linha de ação de N;
A e W  Área da sapata e módulo de resistência da seção transversal, considerando que
a sapata tenha largura b e comprimento unitário;
Muros de Arrimo – Verificação das
tensões no solo

Se a tensão mínima do solo for negativa , isso indica tensões de


tração no solo;

d b b  σA ⋅ d 2⋅ N
e+ = → d = 3⋅ − e R= σA' = ≤ σs, adm
3 2 2  2 d
Muros de Arrimo – Determinação das
armaduras
h 1 h 1
MA = Ea ⋅ = ⋅ K a ⋅ γs ⋅ h 2 ⋅ = ⋅ K a ⋅ γs ⋅ h 3
3 2 3 6

s s s s s2  σ 
M B = σ1 ⋅ s ⋅ + σ 2 ⋅ ⋅ − γ s ⋅ h ⋅ s ⋅ = ⋅ σ1 + 2 − γ s ⋅ h 
2 2 3 2 2  3 

2 1 2 ⋅ hd 1
M C = E p ⋅ ⋅ h d = ⋅ K p ⋅ γ s ⋅ h d2 ⋅ = ⋅ K p ⋅ γ s ⋅ h 3d
3 2 3 3

r r 2⋅r r2 r2
M D = σ3 ⋅ r ⋅ + σ 4 ⋅ ⋅ = σ3 ⋅ + σ 4 ⋅
2 2 3 2 3
Muros de Arrimo – Disposições
Construtivas e Recomendações

Drenagem nos muros de arrimo no lado do terrapleno

a) Dreno e barbacãs [GUERRIN] b) Saída na parte inferior [MOLITERNO]


Muros de Arrimo – Disposições
Construtivas e Recomendações

Drenagem nos muros de arrimo no lado do terrapleno

FIGURA 27. Drenagem com areia [MOLITERNO]


Muros de Arrimo – Disposições
Construtivas e Recomendações

Drenagem nos muros de arrimo no lado do terrapleno

a) Saída na parte da frente b) Saída no lado do terrapleno


FIGURA 28. Drenagem com tapete drenante e manta impermeável [GUERRIN]
Muros de Arrimo – Disposições
Construtivas e Recomendações
Muros de Arrimo – Compactação do
aterro

FIGURA 30. Compactação do aterro [MOLITERNO]

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