Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
COMENTÁRIOS
COMENTÁRIO BEACON
O homem sem Deus é um vazio dolorido, porque seu coração foi feito para Deus.
a) A verdadeira satisfação versus a falsa (55.1-2). Nesses dois versículos, o imperativo divino é:
vinde vós (1). 1) Em primeiro lugar, a provisão de Deus é livre. Os paradoxos apresentados aqui
descrevem alguém que compra sem ter dinheiro, ou compra sem preço. Aquele que busca
humildemente vem com auto-renúncia, dizendo: “Nada em minhas mãos trago, simplesmente
em tua cruz me agarro”. Através de uma renúncia simples ele aceita as bênçãos. Os melhores
presentes da vida não podem ser herdados pelo trabalho nem comprados com dinheiro. A
simples condição é uma fome e sede por justiça (Mt 5.6). O convite diz: “Venham, todos,
mesmo vocês que não têm nenhum dinheiro! Comprem trigo e comam!”28 Ou, como Moffat
traduz: “Venham, comam, ó almas desfalecidas!”
2) Ela é universal. O convite gracioso diz: O vós todos. São iguais às palavras “todo aquele”,
anunciadas séculos mais tarde pelo Salvador do mundo (Jo 3.16).
4) Ela é genuína, quando comparada como aquilo que não é pão (2). Tantos hoje buscam
satisfazer sua fome com “o pão do engano” em vez do “pão da vida”. Tantos trabalham naquilo
que não pode satisfazer. “Sempre gastando, mas não tendo pão para comer; sempre
trabalhando, e nunca tendo um estômago cheio” (Knox). Smart expressou esse texto para os
nossos dias da seguinte forma:
Os homens sempre estarão dispostos a gastar tempo e dinheiro em religião se acreditam que
por meio dessas coisas podem obter aquilo que desejam. Mas a água da vida e o pão da vida
não podem ser comprados ou adquiridos por nenhum tipo de esforço humano. Essas coisas
precisam ser aceitas como presentes, o que sempre nos coloca em dívida com Deus —
presentes que nunca merecíamos, porque ao dá-los, Deus se dá a si mesmo, e ao recebê- los, o
homem recebe o próprio Deus, o Deus soberano, para que seja o centro de sua vida.29
O que George Adam Smith diz acerca do judeu é verdadeiro para muitos cristãos modernos:
“Nascidos para serem sacerdotes, os judeus desenvolveram seus esplêndidos poderes de
atenção, pertinácia e imaginação de Deus sobre o mundo, até que no final parecem também
ter nascido negociantes”.30 Ao vendermos nossas almas por ganhos materiais, acabamos nos
tornando, com freqüência, “negociantes de trivialidades”, esquecendo que há coisas que o
dinheiro nunca pode comprar.
2) As misericórdias messiânicas de Deus envolvem a bondade infalível que foi concedida a Davi
(3c-4; cf. 2 Sm 7.4-7 e SI 89.34-35). Aqui o imperativo divino é simples: Eis (4; “Vejam”, NVI).
Assim como Davi foi comissionado como testemunha e príncipe (“líder”, NVI), assim o Davi
Ideal foi Profeta e Rei, Mártir e governador, estando seguro das misericórdias de Deus sobre ele
e suas obras. Semelhantemente, os membros do povo de Deus se tornam os missionários do
Senhor. Eles deverão anunciar o chamado aos estrangeiros, e eles virão correndo ao encontro
deles por causa do seu Deus (5). O Israel verdadeiro (espiritual) de Deus também inclui os
convertidos entre os gentios. O povo de Deus se torna atraente quando o Santo os glorifica
com sua presença e bênção. “Povos que nunca ouviram falar de ti se apressarão ao ouvir o teu
chamado” (Knox).
Adam Clarke interpreta essa passagem de uma forma um pouco diferente. Ele traduz: “Buscai
ao Senhor, porque ele pode ser encontrado: invocai-o, porque ele está perto. Arrependam-se
antes que morram, porque depois da morte não há conversão para a alma”.33 Plumptre
observa que “o apelo mostra que as bênçãos prometidas não são incondicionais. Pode chegar
um tempo (como em Mt 25.11) em que será escrito ‘tarde demais’ em todos os esforços para
obter a herança que foi perdida por negligência (2 Co 6.2)”.34
A transformação da natureza humana é uma tarefa de Deus baseada no ideal divino. Essa
também é uma necessidade imperativa para que haja uma comunhão divino-humana.
a) A superioridade do ideal divino (55.8-9). O povo de Deus deve ser habitado pela mente dele
em toda santidade e plenitude. E isso que o torna povo dele — “zeloso de boas obras” (veja Tt
2.14). 1) Caminhos divinos versus caminhos humanos (8). Aqui há um grande abismo que
separa os dois. Isso foi reconhecido por Isaías em sua visão do Templo no capítulo 6. Isso
reaparece aqui em seu pensamento a respeito da mera maneira humana de viver em contraste
com aquilo que é divinamente ordenado. 2) Caminhos celestiais versus caminhos terrenos (9).
Os caminhos e pensamentos celestiais estão cheios de piedade e graça. Como Smart observa:
“Os céus vêm à terra quando um povo na terra responde verdadeiramente à palavra que Deus
fala dos céus”.35
Plumptre observa: “Os homens acham que os dons de Deus podem ser comprados com
dinheiro (At 8.20). Eles acreditam que o mercado no qual são vendidos está sempre aberto, e
que podem tê-los quando e como lhes apraz (Mt 25.9-13)”.36
Os caminhos do homem são suas práticas estabelecidas. Os pensamentos do homem são seus
conceitos e idéias — seus padrões de pensamento. Os pensamentos de Deus não são tão
baixos, comuns e triviais como os dos homens.
b) A certeza da promessa divina (55.10-11). Nada cresce na terra sem a chuva (10) do alto. Esse
versículo inclui quase todos os elementos das parábolas de Jesus acerca da agricultura
(especialmente a dos solos). A observação de Plumptre é mais uma vez pertinente: “A ‘chuva’ e
o ‘orvalho’ são as influências benevolentes que preparam o coração; a ‘semente’ é a Palavra
Divina; o ‘semeador’ é o Servo do Senhor, i.e., o Filho do Homem (Mt 13.37); o ‘pão’, os frutos
de santidade, que por sua vez sustentam a vida dos outros”.37
A palavra divina (11) alcança seu propósito. Não há palavra que o homem possa transmitir que
derreta um coração endurecido. Portanto, que o pregador da Palavra busque estar na mesma
comunhão dos profetas e que a sua mensagem seja: “Assim diz o Senhor”. Que a palavra que
ele pronuncia seja a própria palavra de Deus. Ela própria controla o futuro. O seu cumprimento
não se questiona, porque o que Deus diz produz uma energia doadora de vida e fertilizante.
“Ela não voltará como um eco vazio” (Knox).
c) Os sinais da revelação divina (55.12-13). São eles: 1) O alegre êxodo espiritual da terra do
cativeiro e escravidão espiritual (12a). 2) A alegria pacífica da orientação divina (12b). 3) Toda
natureza se unindo no hino de louvor (12c). A alegria da salvação é sentida pela humanidade
remida, mas a criação aprisionada também espera sua libertação como o ambiente
transformado de uma raça salva e alegre. Toda criação compartilhará da liberdade e glória dos
filhos de Deus. O espinheiro e a sarça serão transformados em árvores que permanecem
verdes o ano inteiro, como a faia (“pinheiro”, NVI; “ciprestes”, NTLH) e a murta (13), Uma terra,
uma comunidade e uma humanidade transformada servirão de testemunho da realidade de
Deus. Espiritualmente, isso significa: Em lugar do beberrão, o santo, e em lugar do cafajeste, o
justo. Esse é o monumento (nome) vivo do Senhor; o memorial perpétuo para a glória do Deus
eterno é nada menos do que uma humanidade transformada em um ambiente transformado.
Louvado seja Deus!
55.1-13 — Os capítulos 40—55 concluem com dois convites relacionados entre si: (1) para
(v. 5).
Hb 2.10; 12.2).
14.7,8; 44.23).
todas as promessas.
j) O desafio p a ra g u a rd a r as p ro m essas
(55.1-13)
à Babilônia.
(v. 12).
INTRODUCTION TO ISAIAH 55
As the two preceding chapters are prophecies of Christ and his church, this
treats of his word and ordinances, and of the nature, use, and efficacy of
the word of Christ, atend on his ordinances; to which they are encouraged
foretold, (<235504>Isaiah 55:4,5), men are called upon to seek the Lord, where
and while he might be found; and both wicked and unrighteous persons,
forsaking their ways and thoughts, are encouraged to turn to the Lord, in
hopes of pardon, and in consideration of his ways and thoughts not being
like theirs, (<235506>Isaiah 55:6-9), the nature and efficacy of the word of God
are expressed and illustrated by the similes of rain and snow, (<235510>Isaiah
word being made effectual, is predicted, the issue of which is the glory of
Ver. 1. Ho, everyone that thirsteth, come ye to the waters, &c.] These are
the words not of the prophet, but of the Lord, as what follows throughout
the chapter shows; and are directed to the Gentiles, as Aben Ezra thinks:
and indeed their conversion is manifestly spoken of in it; and who, Kimchi
says, after the war of Gog and Magog, shall know that the Lord reigns, and
shall come and be desirous of learning his judgments and laws. The word
of the case of the persons called and it is delivered in indefinite terms, and
very openly and publicly; and has in it the nature of a Gospel call or
sinful sense, but in a spiritual one; thirsting after forgiveness of sin by the
appetite, and a desire after spiritual things. Such as these are persons made
alive; are in distress, and sensible of it; and have desires formed in them
after divine things: and these are invited and encouraged to “come to the
and sensible sinners are directed to come to him, and that as in a starving
and famishing condition, and having nothing to help themselves with; and
such things are to be had of him, which like water are refreshing and
reviving, as his grace, and the blessings of it; and which serve to extinguish
thirst, and free from it; yet not he, nor the grace of the spirit, are intended,
the Gospel, which are the means of conveying grace, and of refreshing and
comforting distressed minds; in order to which, such may come and hear
the word, come and partake of all ordinances. The allusion seems to be to
such places by the waterside, where ships, laden with provisions, come and
unlade; and where persons, by a public crier, are informed of it, and are
called to come and buy. So water means the water side, (<070704>Judges 7:4).
Aben Ezra, Jarchi, and Kimchi, interpret them of the law, and the doctrines
“ho, everyone that would learn, let him come and learn;”
but the Gospel, and the doctrines and ordinances of that, seem rather
designed:
debts with, though they fancy they have, and that they are rich, and stand in
need of nothing; but sensible souls know they have none, and that they are
poor and needy; yet these are invited to come where provisions are to be
come ye, buy and eat; come to the ordinances, partake of them freely, and
milk are meant the Gospel and its doctrines, compared to good old
generous wine, for the antiquity of them, and for their being of a reviving
and refreshing nature; and to “milk”, for its purity and sweetness, and for
its cooling and nourishing nature, and because easy of digestion; these are to be bought, and
not to be sold. (<202323>Proverbs 23:23), but not in a proper
sense; no valuable consideration can be given for them, for they are of
more worth than thousands of gold and silver; nor have we anything to
give to God for them, and the blessings of grace conveyed by them, which
is not his own, or can be profitable to him; but in an improper sense, when
something thought valuable is parted with for them, as sinful and righteous
self, and even everything in life, when called for, and that itself; these are
bought without any money or price on our part; they are freely given and
received; and on this basis may men expect them, and have them. The
Targum is,
“he that hath no silver, come, hear and learn; come, hear and learn,
without price and money, doctrine beter than wine and milk.”
Ver. 2. Wherefore do ye spend money for that which is not bread? &c.]
Lavish away time, opportunities, and strength, in reading and hearing false
doctrine, which is not bread, but chaff; is not wholesome, does not nourish,
but is harmful and destructive; eats as does a canker, instead of feeding and
refreshing; such as the vain philosophy of the Gentiles, the traditions of the
and your labour for that which satisfieth not? labouring to seek for
way; all such labour is in vain, no satisfaction is enjoyed, nor peace and
comfort had, nor any solid food; these are husks which swine eat:
hearken diligently unto me; not the prophet, but the Lord himself. The
“my Word;”
the essential Word, Christ Jesus, hearken to his doctrine, which is bread,
and of a satisfying nature:
and eat ye that which is good; not the law, as the Jewish commentators;
but the good word of God, the Gospel, which being found and eaten by
faith, or mixed with faith by them that hear it, and so digested, is the joy
and let your soul delight itself in fatness; in the goodness and fatness of the Lord’s house,
atending on the word and ordinances with spiritual pleasure and delight; and which is the way
to become fat and flourishing in
Ver. 3. Incline your ear, and come unto me, &c.] The exhortations are
were to the Lord, and to his house, and his earnest and tender care and
hear, and your soul shall live; or, “that your soul may livef1096”; spiritually
and eternally. There must be life before hearing; men must be made alive
before they can come to Christ spiritually, or hear his word so as to have a
spiritual understanding of it, or savingly believe it; but the meaning is, that
by coming and hearing the word of the Lord, they should have something
to live upon, good, solid, substantial food; and that they should live
comfortably and plentifully, and that for ever. It was reckoned a great
had three ears, one different from the two that are seen; it is true in a
spiritual sense.
Mediator of it, who as such was set up from everlasting, and the promises
and blessings of it were so early put into his hands; and it will continue to
speaking, was made with Christ from all eternity, and his people in him; it
is made manifest to them at conversion, when they are shown it, and their
interest in it; when God makes himself known to them as their covenant
God, and Christ as the Mediator of it is revealed to them; when the Lord
puts his Spirit into them, and makes them partakers of the grace of it;
shows them their interest in the blessings of it, and opens and applies the
promises of it unto them; and these are made manifest in the ministration of
the Gospel, and in the administration of ordinances: even “the sure mercies
of David”; that is, the Messiah, the son of David, and his antitype, whence
3:5), and so Aben Ezra, Kimchi, and othersf1098, interpret it. The blessings
of the covenant are called “mercies”, because they spring from the mercy
of God, as redemption, pardon of sin, regeneration, salvation, and eternal life; and they are the
mercies of David, or of Christ, for the promises of
them were made to him, and the things themselves put into his hands, and
are ratified and confirmed by his blood, and through him come to his
people: and these are “sure”, firm, and steadfast, through the faithfulness
and holiness of God, who has given them to Christ; through being in a
covenant ordered in all things and sure; and also being in the hands of
Christ, in whom the promises are yea and amen, and the blessings sure to
Ver. 4. Behold, I have given him for a witness to the people, &c.] That is,
the Messiah, as Aben Ezra, Kimchi, and Ben Melech rightly interpret it.
This respects an act past in eternity, in God’s eternal purposes and decrees,
when he appointed Christ to the office of a Mediator; and this was an act
of his grace, a free gift of his, flowing from his love to his people, both
Jews and Gentiles, even all his elect, to whom Christ is a “witness”, both of
his father and of himself: of his father, of his good will to men, in forming
the scheme of their salvation; of his love to sinners, in the mission of him;
of his justice and holiness, which appear in his being the propitiation for
sin; of his truth in his promises; of his whole mind and will, with respect to
perfections; of his divine and eternal sonship; of his existence before his
incarnation; of his Messiahship; of the end of his coming into the world; of
his sufferings, death, and resurrection; of his second coming; and of the
the surety, Mediator, and messenger of it, and of truth in general; to which
he has bore witness by his word and doctrines; by his works and miracles;
by his sufferings and death; by the Scriptures of truth; by his Gospel, and
the ministers of it; and by his spirit, and a faithful witness he is:
of his people, who teaches them to profit, and leads them in the way they
should go; as a king that guides his subjects with the skilfulness of his
hands, as David the type of him did; as a general leads out and on his
to those that know not the way; and as one that goes before others by way
of example: Christ leads his people out of their own ways into his ways;
and he leads them in a right way to the city of their habitation, to heaven at
last; and he leads them on gradually and gently, as they are able to bear. He
courageous one, and always victorious; and in a political sense, as a King commands his
subjects, whose commands are to be obeyed; and indeed
they are writen on the hearts of his people; they are not grievous, though
they cannot be performed in their own strength; nor is it designed that life
and salvation should be obtained by the observance of them, but are done
Ver. 5. Behold, thou shalt call a nation that thou knowest not, &c.] And
even nations, as in the next clause; not all the individuals of them, though
the Gospel is sent to all nations; and in the later day the kingdoms of this
world shall be the Lord’s, and all nations shall serve him. It denotes a great
knows all mankind as he is the omniscient God, and especially them that
are his, these he has a special and peculiar knowledge of; he knows them as
his beloved, chosen, and redeemed ones, even before conversion; and yet,
in a sense, they are unknown to him before calling; they are not taken
notice of by him in an open way; they are not owned and acknowledged to
foreign people, and so properly describes the Gentiles, who were without
Christ, and aliens from the commonwealth of Israel. These, Jehovah the
Father says, for these are his words to his Son, he shall “call”; not merely
with an external call, by the ministry of the word, though this is Christ’s
call, and is the means of bringing souls to him; but sometimes this is a call
of persons who are not chosen and saved, and is of no effect; but with the
internal call, by his Spirit and grace, which is according to the purpose of
God, and is peculiar to his elect; is the fruit of love, and by special grace,
and nations that knew not thee shall run unto thee; knew not even God
himself, as the Gentiles did not, much less the Messiah; they knew neither
his person nor his offices, nor the way of peace, life, and salvation by him;
were in a state of gross darkness; and to whom the Gospel was not known,
promise is, that, upon the above call, such persons should “run” unto
Christ; light goes along with that call, directing to the object, where all
grace and salvation be; life is infused, by which they are quickened, and run; efficacious grace,
then exerted, draws them; and under a sense of
danger, and in a view of safety in Christ, they run with all readiness and
cheerfulness to him, and lay hold on him the hope set before them. The
Targum adds,
Because of the Lord thy God; because of the love of God, with which they
are drawn; and because of his power, which is put forth upon them;
declaration of his will, that whoever believes in him shall have everlasting
life; and because he has appointed Christ, and him only, to be their Saviour
for the Holy One of Israel; or, “and” or “even to the Holy One of
Israel”f1099; that is, Christ, who is holy in his natures and offices, and the
sanctifier of his people; to him shall they run, for the cleansing of their
filthy souls in the fountain of his blood; and for the expiation of their sin
and guilt, by his atoning sacrifice; and for righteousness and strength; for
grace, and all the supplies of it; for peace, pardon, and eternal life:
for he hath glorified thee; that is, God the Father has glorified his Son,
supporting him, as man, in his work, and under all his sufferings; and by
raising him from the dead, and at his ascension to heaven; and by
bestowing on him the gifts of the Spirit without measure, to give to others;
which, with the reasons before suggested, induce, engage, and encourage
sons to run to Christ, when called by his grace. Some understand all this of
the first Christian church, consisting of believing Jews, who should call the
which she would be glorified. These nations are those the apostles were
sent and preached unto, after the resurrection of Christ, all the nations of
the world, even most distant and remote; and particularly those the Apostle
Paul preached unto from Jerusalem, round about to Illyricum; and which
the ministers of the word preached unto, in the first ages of the Gospel;
Dacians, Germans, and Sythians; besides many other nations, provinces, and isles unknown,
too many to enumerate, who professed the name of
Christ; and yet more, when the whole Roman empire became Christian, in
Europe, which cast off the Romish yoke at the Reformation; together with
many of the American nations, or new found world, who now embrace and
profess the Christian religion.
Ver. 6. Seek ye the Lord while he may be found, &c.] The Lord is to be
sought unto at all times, whenever the people of God meet together,
especially on sabbath days, and while the external ministry of the word
Aben Ezra and others, generally interpret it before the sealing of the
as well as time, and be rendered, “seek the Lord in the place where he may
at all times; under the Old Testament there was a particular place
appointed for the worship of God, the tabernacle and temple, where he was
to be sought unto, and might be found; under the New Testament, all
places are alike, and wherever the church and people of God meet
call ye upon him while he is near; the same thing designed by different
words: seeking and calling design not only prayer, but the whole of public
worship, and the time and place when and where the Lord is to be found,
and is near. Aben Ezra thinks it refers to the Shechinah in the sanctuary.
Perhaps it may have some respect to the time of Christ’s incarnation, and
his being in the land of Judea; and to the destruction of the temple by the
Romans, when the Lord could be no more sought unto, and found in that
because of the siege of it; and when the Jews had no more an opportunity
interprets the words, ``whilst the Shechinah is found in the sanctuary; before he hides his face,
and causes his Shechinah to
remove from you.”
Ver. 7. Let the wicked forsake his way, &c.] His evil way, as the Targum
paraphrases it, his wicked course of life; and which is his own way, of his
own choosing, and in which he delights, and a very dangerous one it is; and
yet he is bent upon it, and nothing can turn him from it but efficacious
grace; nor will he ever forsake it till he sees the evil, danger, and
loathsomeness of it; and when he does forsake it, it is so as not to make sin
the course of his life, though he does not and cannot live without sin. The
expressive of the pollution and guilt of sin all are under. Some are
notoriously wicked, and all men are wicked in the account of God, though
they may think otherwise themselves; and they become so their own
and of the evil of their ways, and are enabled to forsake them: though this
men by Jesus Christ; which way of his own must be relinquished, and
Christ alone must be applied unto, and laid hold on, for salvation:
and the unrighteous man his thoughts: not his natural thoughts, but his
sinners; and as all men are unrighteous, are destitute of righteousness, and
and let him return unto the Lord; from whom he has departed, against
whom he has sinned, and who only can save him; and this he does when he
comes and acknowledges his sin before the Lord, implores his grace and
mercy, and atends his word and worship; all which is the fruit and effect of
powerful and efficacious grace, in turning and drawing. The Targum is,
and he will have mercy upon him; which shows that the returning of the
sinner to God is not meritorious, it is mercy still to receive him; and which is here mentioned as
the motive to return; there is an abundance of it with
the Lord, and he has resolved and promised to show it, and he takes
and to our God, for he will abundantly pardon; God is to be applied unto,
not as an absolute God, or out of Christ; but as our God in Christ, in whom
he has proclaimed his name, a God gracious and merciful, and so he does
and is here observed as the motive to forsake sin, and not that as the
condition of pardon; the design is to comfort those that are distressed with
sin; God does and will pardon, and none but he can, and he has declared
that he will; forgiveness is with him, and it is published in the Gospel, and
all sorts of sinners, and all sorts of sins; original sin, actual sins and
transgressions; all backslidings and revoltings; all but the sin against the
Holy Ghost.
Ver. 8. For my thoughts are not your thoughts, &c.] In some things there
may be a likeness between the thoughts of God and the thoughts of men, as
to the nature of them: thoughts are natural and essential to them both; they
are within them, are internal acts, and unknown to others, till made known;
but then the thoughts of men are finite and limited, whereas the thoughts of
the Lord are infinite and boundless; men’s thoughts have a beginning, but
the Lord’s have none; though not so much the nature as the quality of them
is here intended: the thoughts of men are evil, even the imagination of their
thoughts, yea, every imagination is, and that always and only so; but the
thoughts of God are holy, as appears from his purposes and covenant, and
all his acts of grace, in redemption, calling, and preparing his people for
glory: the thoughts of men, as to the object of them, are vain, and nothing
worth; their thoughts and sentiments of things are very different from the
Lord’s, as about sin, concerning Christ, the truths of the Gospel, the
people of God, religion, holiness, and a future state, and in reference to the
business of salvation; they think they can save themselves; that their own
profession such, that they shall be saved; their wisdom, riches, and honour,
with repentance for what is amiss, will entitle them to happiness: but the
thoughts of God are the reverse of all this; particularly with respect to pardoning mercy their
thoughts are different; carnal men think of mercy,
but not of justice, and of having pardoning mercy in an absolute way, and
not through Christ, and without conversion and repentance; and so this is a
proving that God does abundantly pardon all returning sinners; since he is
not like men, backward to forgive, especially great and aggravated crimes,
but is ready, free, and willing to forgive, even those of the most aggravated
circumstances.
Neither are your ways my ways, saith the Lord; the ways which God
prescribes and directs men to walk in are different from theirs; his are holy,
theirs unholy; his are plain, theirs crooked; his are ways of light, theirs
ways of darkness; his are pleasant, theirs not so, at least in the issue; his
lead to life, theirs to death; and therefore there is good reason why they
should leave their evil ways, and walk in his. Moreover, the ways which he
takes in the salvation of men are different from those which they, naturally
pursue, and especially in the pardon of sin; he pardons freely, fully, without
Ver. 9. For as the heavens, are higher than the earth, &c.] Than which
so are my ways higher than your ways, and my thoughts than your
thoughts; which may denote the heavenliness of the ways and thoughts of
God, the eternity and unsearchableness of them, and their excellency and
preciousness; as well as the very great distance between his ways and
Ver. 10. For as the rain cometh down, and the snow from heaven, and
returneth not thither, &c.] Rain and snow come down from the clouds in
the heavens, and do not return again until they have done what they are
sent to do, or have produced the following effects; otherwise they may be
exhaled into vapours, as they often are, and drawn up again by the sun:
but watereth the earth, and maketh it bring forth and bud; or, “inebriateth
the earth”f1103; soaks into it, and reaches the seed that is sown in it, and
causes that to spring up, and rise into stalk and ear:
that it may give seed to the sower and bread to the eater; produce a
sufficiency for food both for man and beast, and enough for seed to sow
Ver. 11. So shall my word be that goeth forth out of my mouth, &c.] My
good word, as the Targum; this may either be understood of Christ, the
eternal Word, who is called the Word of God, and may be said to go forth
out of his mouth, being spoken of by all his holy prophets, since the world
began, whose coming was like the rain or snow, (<280603>Hosea 6:3), he came
from heaven, from his Father there, and as a free gift of his, and in
consequence of a decree, as the rain does; the manner of his coming, like
that, was suddenly, gratefully, and with great efficacy, watering his people
with his grace, through the ministry of the word, and making them fruitful;
and though he returned to heaven again, yet not empty, without fruit and
grace for them, and accomplished the whole will and pleasure of God, in
effecting the salvation of his people; and the pleasure of the Lord
promise; the promises are made in heaven, and come from thence as the
rain and snow do; are the gifts of God’s grace; are very refreshing and
reviving, as rain to the earth; and are always effectual, being yea and amen
in Christ Jesus; and being made good, fulfil purposes, or the good will and
pleasure of God; particularly promises concerning Christ, pardon and peace
through him; such as are given forth in this chapter: or rather it may be
meant of the word of the Gospel, which is of God; comes from heaven; is a
blessing grace; falls according to divine direction here and there; tarries not
for the expectations, desires, or deserts of men; falls in great plenty; and is
men; of cooling the conscience set on fire by the law, and allaying the heat
disconsolate, and weary souls: it is the means of the first buddings of grace
in the Lord’s people, and of the larger exercises and flourishings of it, and
sower, and fruit to his ministers who labour under him, and of bread to the
eater, the believer, whom it furnishes with the bread of life to feed upon by
faith:
and comfort of saints: and it shall prosper in the thing whereto I sent it: whether it be the
savour
of life unto life, or the savour of death unto death; whether for the
of men, and leaving them without excuse to perish in their sins, both in the
Ver. 12. For ye shall go out with joy, and be led forth with peace, &c.]
Though these words may literally respect the Jews’ return from captivity to
their own land, atended with joy and peace; as the preceding verse may
Targum,
“for with joy shall ye go out from among the people, and with
bondage to sin, Satan, and the law; out of a state of darkness and
ignorance; out of the pit of nature’s misery and distress; out of themselves
and their own righteousness; out of their own sinful ways, and from among
the men of the world: and though here is a divine power exerted in all this,
yet they go out freely, being led by the Spirit of God; who takes them by
the hand as it were, and leads them in ways before unknown to them; he
leads them to Christ, his person, fulness, blood, and righteousness; to the
house of God, and to the ordinances of it; and from one degree of grace to
another, till he brings them to glory: all which is atended with “joy and
of light and comfort, out of the horrible pit, and on a rock; brought to
Christ, and clothed with his righteousness; to the angels in heaven, who
rejoice over every sinner that repenteth; to the ministers of the Gospel,
who are the instruments of their conversion; and to all the saints into
whose fellowship they are brought; which joy is further illustrated by the
the mountains and the hills shall break forth before you into singing; or
the people that dwell upon them: and all the trees of the field shall clap
their hands; or clap with their branches; as the Targum, the tops of them,
being moved with gentle breezes of wind, bow themselves, and the
branches intertwining and clasping each other like hands and arms. Kimchi
observes, that “mountains and hills” may signify the kings of the nations; and “the trees of the
field” the people rejoicing at the deliverance of the
Jews, as they pass along: it may be as well applied to the ministers of the
Vitringa interprets this of the apostles and ministers of the word going
forth into the Gentile world, atended with joy in themselves, and among
Ver. 13. Instead of the thorn shall come up the fir tree, and instead of the
brier shall come up the myrtle tree, &c.] The meaning of which either is,
that instead of wicked men, comparable to briers and thorns for their being
fruitless and useless, harmful and pernicious, under a curse, and their end
shall be; which was eminently true when the Gospel was preached in the
or else the sense is, that such who are like briers and thorns in their nature
state, being no beter than others, but children of wrath, even as others,
shall by the grace of God be made like fir and myrtle trees; as great a
change shall be wrought in them as if briers and thorns were changed into
fir and myrtle trees; to which the saints are sometimes compared,
at, of a sweet smell, ever green, flourish in watery places, and bring forth
fruit:
and it shall be to the Lord for a name, for an everlasting sign that shall
not be cut off; that is, these persons, who are become and made like to fir
and myrtle trees, shall be called by the name of the Lord, shall bear his
name, support his Gospel and interest, and be for his praise, and to the
glory of his grace, who has done such great and wonderful things for them;
and shall be for an everlasting sign and monument of the love, grace,
power, and faithfulness of God, and for a sure token that the church and
people of God shall not be cut off, but that God will have a people to serve
Isaías 55
Vv. 1-13. A Chamada à Fé Feita ao Mundo Gentílico É o Resultado da Graça de Deus, Outorgada
Primeiro aos Judeus.
1. Todos vós — A seguir dos especiais privilégios de Israel, segue como consequência o convite
universal aos gentios (Lc_24:47; Rm_11:12, Rm_11:15). Todos vós reclama a mais séria
atenção.
os que tendes sede — expressão que encerra um profundo sentido de necessidade (Mt_5:6)
águas … vinho … leite — é uma gradação. Não água meramente, tão necessária para manter a
vida absolutamente, mas sim vinho e leite para fortalecer, alegrar e nutrir; alude-se às bênçãos
espirituais do evangelho (Is_25:6; Ct_5:1; Jo_7:37). “Águas” no plural, para denotar abundância
(Is_43:20; 44:3).
comprai, sem dinheiro — outro paradoxo. Nós fomos comprados, mas não por preço pago por
nós mesmos (1Co_6:20; 1Pe_1:18-19). Em certo sentido, nós temos que “comprar” a salvação,
isto é, nos desprender de tudo o que se interponha entre nós e Cristo, quem a comprou para
nós, a fim de que fosse nossa (Mt_13:44, Mt_13:46; Lc_12:33; Ap_3:18).
2. naquilo que não é pão — (Hc_2:13). “O pão do engano” (Pv_20:17). Contraste-se isto com “o
pão da vida” (Jo_6:32, Jo_6:35; também, Lc_14:16-20).
3. a mim … a vossa alma viverá — por vir para mim, viverão; pois “Eu sou a vida” (Jo_14:6).
convosco farei uma aliança perpétua — (Jr_32:40; 2Sm_23:5). A aliança de Deus com o
antitípico Davi, o Messias (Ez_34:23), e assim conosco, por nossa identificação com Ele.
fiéis — o que responde a “eterno”, irrevogável, que não falta, em que se pode confiar (Sl_89:2-
4, Sl_89:28, Sl_89:34-36; Jr_33:20-21; 2Sm_7:15-16; 2Co_1:18-20).
testemunho — Ele deu testemunho a favor de Deus, de Sua lei, de Suas reivindicações e do
plano de redimir, até a morte (Jo_18:37; Ap_1:5). O Apocalipse é um “testemunho”; porque
tem por objetivo ser aceito sob a autoridade de quem o deu, e não meramente porque se
possa provar com argumentos.
uma nação que não conheces — agora como Seu povo (assim em Mt_7:23).
uma nação que nunca te conheceu — Gradação de Israel, uma nação, o evangelho se estende a
muitas nações; isso mesmo acontecerá mais amplamente quando Israel se converter.
por amor do SENHOR, teu Deus … porque este te glorificou — (Is_60:5, 9; Zc_8:23); onde em
linguagem similar dirige-se a Israel; por causa da identificação deste com o Messias, o Israel
ideal (Mt_2:15; cf. com Os_11:1; veja-se At_3:13).
6. As condições para obter benefícios espirituais, e suas limitações (vv. 1-3): (1) Buscar ao
Senhor. (2) Buscá-Lo enquanto pode ser achado (Is_65:1; Sl_32:6; Mt_25:1-13; Jo_7:34;
Jo_8:21; 2Co_6:2; Hb_2:3; 3:13, 15).
rico em perdoar — Lit., grande para perdoar, que ainda é mais que “ter misericórdia”. Quanto
mais conhecemos a Deus, quanto mais conhecemos Sua clemência (Sl_130:7).
8. Porque — alude ao v. 7. Não têm por que duvidar de Sua boa vontade para outorgar um
“amplo perdão” (cf. v. 12); porque embora os caminhos do “ímpio” e os pensamentos do
“injusto” sejam tão graves que pareçam imperdoáveis, contudo, os “pensamentos” de Deus e
Seus “caminhos” (ou métodos) para perdoar não estão regrados pela proporção daqueles,
como faria um homem que tivesse que perdoar a um próximo que lhe tivesse ofendido (cf.
referente a “porque” (Sl_25:11; Rm_5:19).
10. Os corações dos homens outrora estéreis quanto à espiritualidade, os fará com que,
mediante o derramamento do Espírito pelo Messias, produzam os frutos de justiça (Is_5:6;
Dt_32:2; 2Sm_23:4; Sl_72:6).
e a neve — a qual protege as plantas da geada no inverno, e uma vez derretida na primavera,
rega a terra.
e para lá não tornam — vazia, como no v. 11; não volta na mesma forma, ou sem “cumprir” o
fim desejado.
11. (Mt_24:35). A chuva pode nos parecer perdida quando cai num deserto, mas cumpre
algum propósito de Deus. Assim a palavra evangélica, caindo num coração duro, no final
produz alguma mudança; e embora não o produzir, deixa o homem sem desculpa. O total
cumprimento deste versículo e dos vv. 12 e 13, deve efetuar-se no final da restauração dos
judeus e da conversão do mundo (Is_11:9-12; 60:1-5, 21).
12. Saireis — dos vários países em que vocês (os judeus) estão espalhados, para sua terra
(Ez_11:17).
cipreste — os piedosos (Is_60:13; Sl_92:12). Cf. quanto à mudança que terá que efetuar-se,
com Rm_6:19.
murta — em hebraico, hedés, do qual procede Hadassa, nome original de Ester; tipo da igreja
cristã, por ser uma planta baixa, embora seja um arbusto belo, fragrante e sempre verde
(Sl_92:13-14).
por nome, por sinal eterno (RC) — para glória de Jeová (Jr_13:11; Jr_33:9).
2 Por que pesam prata por aquilo que não é pão, e seu labor por aquilo que não satisfaz?
472. É incorreto traduzir aqui nepes como “apetite” (com faz Skinner com base em 56.11 ),
como mostra uma comparação com seu uso no versículo 3.
473. Heb. deSen é primariamente usado em passagens poéticas para falar de abimdância.
Nimia sociedade onde o alimento era às vezes limitado e sem variedade, azeites e gorduras
eram uma bênção particular.
474. MT út^hi éuma forma jussiva. IQIs" tem um indicativo imperfeito, IQIs'’endossa MT
475. MT tem uma forma cohortativa (ou intensiva), w^'ekr^tâ. IQIs* tem um indicativo
imperfeito, w'krwt. IQIs'’ endossa MT.
4 Eis que*^^fiz dele uma testemunha aos povos, um líder e um comandante aos povos.
5 Eis que chamará*^"' uma nação que você não conhece, e uma nação que não o conhece
correrá para você/’’ por causa do Senhor seu Deus,
11). A celebração termina com uma promessa (vs. 12,13), utilizando a linguagem de
restauração do exílio, mas também a linguagem da natureza se regozijando, que tem
tipicamente acompanhado passagens acerca do Servo e sua obra (42.10; 44.23; 49.13).
O capítulo pode ser dividido em dois (ou três) segmentos: versículos 1-5,6-13 (ou 6-11,12-
13).“'*® A primeira seção convoca o povo a
476. MT e 1 Qls*' tem hSn, “eis” ou “se”; I Qls* tem hlnnih, “eis”. Assim também o versículo 5.
477. A LXX e o Targum tentam resolver a aparente descontinuidade neste par de fonnas
opostas. A LXX tem “o invocará” para o MT “o chamará", enquanto o Taigum tem “nâo o
conhece” para o MT “você nâo sabe".
478. O verbo aqui é segundo masculino singular, como sào os outros verbos e pronomes na
segunda pessoa neste versículo.
479. MT tem terceiro masculino plural, yani^ú; IQIs* tem terceiro masculino singular, j'ru)í (em
concordância com singular “naçâo"). IQIs'’ é interrompido.
480. Muitos estudiosos recentes vêem o versículos 6-13 como o “epílogo” dos capítulos 40- 55,
em paralelo com o suposto prólogo de 40.1-11 (ver, p.ex., Whybray; Melugin, Formaüon, pp.
86-87,174; Spykerboer, Stmcture, pp. 182-85). Sem dúvida há algumas semelhanças amplas
entre os dois, sem diminuir a aUnosfera de jubilosa promessa e encorajamento. Além disso,
conmdo, é dificil encontrar similaridades detalhadas, quer na estrutura ou no tema. Parece
mais provável, como supra-afirmado sobre o capítulo 40, que todo o capítulo é introdutório
aos capítulos 41 -55 em geral, e aos capítulos 41-48 em particular, com o capítulo 41
começando o material especifico dos capítulos 41-48. O capítulo 55 funciona da mesma forma.
Como o capímlo 40, todo o capítulo fiinciona como uma unidade; é dificil separar os versiculos
6-13 dos versículos 1 -5. Ambos os segmentos estâo fazendo um enfoque único: corresponder
às promessas divinas. Com esse ponto, o capitulo 55 conclui os capitulos 49-54 em particular,
mas também os capitulos 40-54 em geral. Em toda a divisão. Deus tem cbamado seu povo a
ouvir e a crer nas espantosas promessas que lhes tem feito. Aqui as promessas são reiteradas
de forma breve e apresentada a exortação final.
ouvir e a receber a maravilhosa promessa de Deus de uma nova aliança com base na antiga
feita a Davi. Parte do prodígio dessa aliança é que ela é gratuita. Enquanto os deuses deste
mundo requerem um elevado preço pelo que, finalmente, não passa de pó e cinza, o Senhor
oferece gratuitamente uma relação que jamais terminará e que tem implicações universais.“**'
A segunda seção é vinculada à primeira pela continuação do modo imperativo, porém se move
para uma relação causal (note a repetição do ki causal no início dos versículos 8,9,10 e 12).
Pode parecer que Deus seria incapaz de oferecer restauração ao povo perverso, e que seria
fütil buscar o Senhor como o profeta está usando, porém ele diz que devemos prosseguir (vs.
6,7), porque: (1) nossa compreensão não é a medida do que Deus pode fazer (vs. 8,9);“**^ (2)
a palavra de Deus é fidedigna (vs. 10,11); e (3) Deus promete resultados maravilhosos (vs.
12,13).
482. Sobre este ponto, ver J. Sanders, “Isaiah 55:1-9”, Jní 32 (1978) 291-95.
1. Oh! é a mesma palavra traduzida em outro lugar por “Ai!” ou “ah!” Alguns comentaristas
(p.ex., Delitzsch) sugerem que ela retém algo daquele tom de tristeza aqui, visto que Israel tem
buscado tantas opções insatisfatórias. Mas a maioria crê que a conotação tem sido diminuída
numa chamada de atenção mais geral.“*^ Mas, mesmo como tal, sua presença aqui,
juntamente com os cinco imperativos neste versículo, dá um forte sentido de urgência e
importância ao que segue. O leitor sabe que o que está sendo dito aqui não é simplesmente
uma continuação prosaica de um discurso prévio.
Falando, respectivamente, por Deus e como Deus, o profeta emite um perplexivo convite: toda
pessoa sedenta é convidada a vir às águas. Em outros lugares deste livro, água é associada ao
dom do Espírito de Deus, derramada sobre o solo que foi ressequido pelo pecado e
desobediência (32.15; 44.3).“*“ Nesses lugares, esta água espiritual é uma promessa. Agora,
quem for convidado deve vir e recebê-la.“®’ O convite traz à mente os comentários de Jesus á
mulher samaritana (Jo 4.10- 14) e seu convite altissonante no templo (Jo 7.37,38). Westermann
sugere que 0 clamor aqui, e sua reiteração, refletem os vendedores orientais de jarro de
água.“** Mas o argumento de Begrich, seguido por outros, é que a idéia está exemplificada no
clamor de Sabedoria, quando ela convida seus ouvintes ao seu banquete (Pv 9.5,6).“*’
Nenhuma destas sugestões afeta muito a interpretação desta passagem. O ponto é que um
convite geral se estende a pessoas que não têm nenhum recurso para receber graciosamente
as coisas que desesperadamente necessitam.
comprem traduz Sibrü, que é especificamente associado à aquisição de grãos (Gn 41.57;
42.2,5), e Cheyne diz que sua associação aqui com vinho e leite é prova, caso seja necessário,
que não está em pauta
484. Note também a associação do Espírito com o Messias davidico (11.2) e o Servo (42.1;
61.1).
485. Schoors (IAm Cod, pp. 146-50) equipara esta sede com a sede de Deus (SI 42.3 [Eng. 2];
63.2 [Eng. I]), e sugere que o contraste é com os deuses pagãos que não podem salvar.
486. Westermann aprova este ponto em apoio ao MT (ver n. 470 supra), mas R. Clifford nega
qualquer evidência em apoio de tal comportamento na antigüidade (“Isaiah 55: Invitation to a
Feast”, in The Word of the Lord Shall Go Forth, Fest. D. N. Freedman, ofg. C. Meyers e M.
O’Connor [Winona Lake, Ind.: Eisenbrauns, 1983], pp. 27-35).
487. Begrich, Studien zu Deuterojesaja (Munique: Kaiser, 1963), pp. 59-60. Clifford (“Isaiah 55”)
levou Begrich um passo a mais argumentando que ela reflete um convite divino a uma festa de
vida, e que aqui temos um apelo aos israelitas a regressarem ao santuário de Deus, onde
acharão vida. Mas sua argumentação depende questionáveis paralelos ugaríticos.
o alimento literal. Em qualquer caso, seu uso aqui é paradoxal, pois como é possível comprar
algo sem dinheiro? Mas esse é quase certamente 0 foco de seu uso aqui. Qualquer coisa de
valor tem seu preço. Daí, visto que esta substância espiritual tem valor, deve ser recebida por
algo de igual valor. De maneira chocante, Isaías diz que ela pode ser adquirida, comprada, sem
preço. Qual mercador pensaria em vender seus utensílios isentos de encargos? Deus, porém, o
faz! Como ele pode fazer isso? Seria o caso de algum outro ter pago o preço? Em qualquer
caso, podemos ter algo necessário à vida - de graça. Por que esperar para aceitar o convite?***
488. Há uma relação paradoxal semelhante no convite dc Jesus em Mateus 11.28,29. Ele nos
chama a ir a ele e achar descanso pondo um jugo (que é leve).
489. Para uma hipótese ainda mais envolvida, ver J. Morgenstem. "Two Prophecies from 520-
516 B.C.”, HUCA 22 (19949) 365-431.
sua imagem, ele está falando da condição perene do coração humano em todos os cenários
históricos.
Este ponto é confirmado pelo paralelo de ouçam, comam e deleitem-se, bem como ao uso de
alma {nepeS). Como alguém come deste alimento e se deleita em sua riqueza? Ouvindo
atentamente (o verbo é enfatizado pelo infinitivo absoluto imediatamente seguinte) as palavras
que Deus fala ao profeta. Este não é alimento israelita como oposto ao alimento babilônico,
mas a vitalidade espiritual que flui da obediência a Deus como oposta aos mimos de um
mundo edificado sobre a rebelião contra ele. O comentário de Whybray de que uma distinção
entre o espiritual e o material teria sido sem sentido para os hebreus é tão incorreto quanto
seria dizer que os hebreus não podiam pensar em termos abstratos. Por certo que eles não
preferiam separar o abstrato do concreto, ou o espiritual do material, a separar categorias
lingüísticas, mas evidentemente entendiam que havia certa diferença entre elas, como mostra
seu uso de imagens materiais para as realidades espirituais.'**
O ponto recém-enfatizado é bem ilustrado no uso hebraico de nepeS. Embora não contemos
com evidência para crer que os hebreus pensavam acerca de “a alma” como uma entidade
separada, quando usam a palavra estão pensando na realidade espiritual particular da vida,
seja ela traduzida “ego”, “ser” ou “pessoa”. Ela não é a “carne” nem o “coração” nem o
“espírito”. De alguma forma, ela é a soma de todos estes. E assim, quando o profeta diz que
aquele que ouve ao que ele diz, sua alma se deleitará em gorduras, eie está dizendo que a
pessoa como um todo, em vez de ser palha ao vento, será uma árvore plantada junto à água (SI
1), se simplesmente “buscar o Senhor” (v. 6).
3. O profeta sublinha o ponto recém-enfatizado e o expande para falar dos benefícios que
sobrevirão aos que o ouvem. Além disso, os ingredientes essenciais para a vida de uma pessoa
{sua [plural] alma) estão ouvindo a Deus e vindo para ele. Isso nada tem a ver com o regresso
de Israel e o alimentar-se ali. Tem a ver com a renúncia da incredulidade e rebelião e a
aceitação das provisões divinas para a vida com Deus através do sacrifício do Servo. Além disso,
o uso de “alma” aqui não é em contraste com o corpo ou o espírito. Está falando da
490. Jesus, que certamente nâo fora educado na filosofia grega, nâo tinha dificuldade em
distinguir entre as duas esferas (Jo 4.10-14,31 -34).
mais plena realidade da vida humana. Se não ouvirmos a Deus, não podemos ser plenamente
humanos (Rm 3.23).
Deus oferece dois benefícios específicos aos que vierem a ele e receberem o que ele
graciosamente oferece. O primeiro é uma aliança eterna. eterna aqui talvez aponte para o
contraste com a aliança condicional do Sinai; a ligação com a aliança davídica incondicional
poderia corroborar esse ponto de vista. Mas é provável que não esteja em pauta nenhum
contraste; talvez a afirmação seja simplesmente, como em 54.8, que o amor de Deus, e seu
compromisso, não são mutáveis. O povo poderia sentir que a destruição de sua pátria e o exílio
fossem sinais de que Deus se esqueceu de sua aliança, mas aqui ele afirma que jamais fará
isso.“”' Todos necessitam de experimentar aquele amor pactuai imutável e de responder
positivamente ao convite.
E significativo que neste ponto apareça “aliança”. Como Isaías, Jeremias entendia que, se a
aliança entre Deus e Israel, que era central na aüto-interpretação de Israel, estava para ser
mantida depois do exílio, teria que ter uma nova base. Ela fora quebrada, e por isso, num
sentido real, anulada. Jeremias proclamou uma “nova aliança”, diferente da antiga no sentido
de ser internalizada (Jr 31.31). Isaías, de uma forma muito interessante, fala em termos da
aliança com Davi. E como se ele intencionalmente evitasse a aliança mosaica com suas
questões não resolvidas, e passa para a davídica, a qual, embora tivesse suas próprias
questões, não obstante oferecia algumas novas opções. Uma dessas opções era messiânica.
Como a nação iria continuar em aliança com Deus? Mediante a vida e obra do Messias
davídico. Deus fizera promessas irrevogáveis a Davi.“’^ Como ele manteve essas promessas,
Israel podia participar das bênçãos. Como Davi experimentou as infalíveis misericórdias de
Deus (atos plenamente fidedignos do amor pactuai - hesed), assim Israel podia igualmente
participar delas.“”
491. W. Brueggemann tem afirmado que todo o capitulo está estruturado em harmonia com a
forma pactuai: a graça de Deus (vs. 1-5); apelo a concordar com a aliança (vs. 6-9); fidelidade
da palavra de Deus (vs. 10,11 ); bênçãos pactuais (vs. 12,13) (“Isaiah 55 and Deteronomic
Theology”, Z/IH'SO [1968] 191-203). Se o argumento pode ou não ser mantido com detalhes,
ele sublinha a importância da aliança para o pensamento do capítulo.
492. Cf. 1 Samuel 25.28; 2 Samuel 7.12,16; 1 Reis 8.23-26 (paralelo 2Cr 6.14-17); 1 Crônicas
17.23-26; 2 Crônicas 1.9; Salmo 89.35-38 (Eng. 34.37).
493. H. G M. Williamson (“‘The Sure Mercies of David’: Subjective or Objective Genitive”, JSS 23
[1978] 31-49) provavelmente esteja certo quando afirma que o contexto nâo apoia a polêmica
de A. Caquot (“Les grâces de David: A propos d’Is. 55,3b”, Sem 15 [1965] 45-59; cf também
Bonnard) de que as misericórdias sâo as que o Messias davidico dá a seu povo. Como
supramencionado em 54.6-8, liesed é de particular importância para a teologia israelita. Ela
expressa o favor imerecido de Deus para com seu povo. Dá-se proeminência com respeito a
Davi (IRs 8.23 [paralelo 2Cr 6.14); SI 89.50 [Eng. 49]).
E assim para Isaias a nova aliança parece estar inseparavelmente vinculada às esperanças
messiânicas. Isso não surpreende quando se examina a primeira parte do livro. Pois ali a
questão da casa de Davi é de central importância. De um lado, mostra-se quão corruptos e
assustados (7.2,13) se destinavam a terminar seus dias na servidão de um rei babilônio (39.7).
Não obstante, ao mesmo tempo a casa de Davi é descrita como o filho, o renovo de Jessé,
através de quem o reino de Deus será estabelecido (8.8-10; 9.1-6 [Eng. 2-7]; II. 1-16; 16.5; 32.1-
5; 33.17- 22). E assim somos deixados no fim do capítulo 39 com uma tensão não solucionada:
como podem ambos estes pontos ser verdadeiros? Então vêm os capítulos 40-55, os quais
culminam no ministério do Servo que fará exatamente o que o Messias davídico estava para
fazer ao trazer justiça à terra (9.6 [Eng. 7]; 11.4,5,10; 16.5; 42.1-4; 49.5-9). Quando, pois, somos
informados que a aliança que há de seguir a obra do Servo é uma renovação da aliança
davídica, a qual é descrita como estando radicada no eterno h^sed de Deus, parece claro que o
escritor (ou editores) do livro tencionam colocar as passagens sobre o Servo num cenário
messiânico, e radicar a nova aliança no contexto da obra do Messias davídico.“*“
4,5. Estes dois versículos, os quais começam com uma chamada de atenção, Eis, descrevem
dois ministérios. O primeiro, no versículo 4, parece ser o do Davi histórico.“’’ O referente do
segundo é menos definido. Comentaristas mais recentes (p.ex., Muilenburg, Whybray) o têm
494. Em um influente ensaio, O. Eissfeldt argumentou que a ênfase aqui é que a aliança dc
Davi, na destruição da linhagem davidica, foi transferida para Israel, e que Israel receberá o que
Deus anteriormente disse a Israel (“The Promise of Grace to David in Isaiah 55:1-5”, in Israel’s
Prophetic Heritage, Fest. J. Muilenburg, org. B. Andrson e W. Harrelson [Nova York: Harper
Bros., 1962], pp. 196-207). Este ponto de vista presume uma divisão dos capitulos 1-39, onde
certamente isso nâo foi dito, dos capitulos 40-66. A presente interpretação da unidade literária
do livro (à parte da questão sobre autoria) poria este ponto de vista em dúvida. Ver mais sobre
os versiculos 4 e 5 abaixo. Entre os escritores mais recentes, Kissane também situa a nova
aliança no contexto do Messias messiânico. Sobre o reino davidico nos profetas, ver K. Seybold,
Das davidische Königtum im Zeugnis der Propheten, FRLANT 107 (Göttingen: Vandenhoeck &
Ruprecht, 1972).
495.0 pretérito dos verbos, no versiculo 4, e o tempo futuro, no versiculo 5, toma bem defmido
que o versiculo 4 se destina como uma descrição do Davi histórico. A afirmação de Muilenburg,
de que a estrutura da estrofe (vs. 4,5) demanda que a referência seja a Israel no versículo (por
ter concluído que o v. 5 se refere a Israel?) nâo é um exemplo de boa argumentação.
tomado como uma referência a Israel.“”* Isso é certamente possível, visto que em alguns casos
a glória do Israel redimido atrai as nações a (p.ex., 60.1-3; ainda que nenhum texto diga que
Israel chama as nações). Mas este ponto de vista atenua facilmente demais a mudança no
número dos versículos 1 -3 para o versículo 5 (supra-observado). Nos versículos anteriores,
onde a referência a Israel parece inequívoca, o número é plural. Mas, no versículo 5, ele é
singular em toda parte. Este fato dificilmente é evidência conclusiva de que uma mudança de
referente tenha ocorrido, mas que a possibilidade merece mais consideração do que tem
recebido. A possibilidade de que Deus esteja falando ao Servo como o Messias davídico se
ajusta bem a passagens tais como
50.10, onde os justos são chamados para ouvir a voz do Servo. Ela também se ajusta às
passagens que falam do Servo trazendo luz às nações e atraindo as nações a Deus.“’’ Por certo
que até onde Israel aceita
o Servo e se identifica com ele, as afirmações do versículo 5 também se aplicam a ele, mas o
referente primário seria o Servo/Messias, que torna possível tal chamado.
Como já se observou, o uso de Eis no início de cada um dos versículos convida o leitor a
comparar os dois. Mas os termos também servem para chamar a atenção para as ênfases
particulares. Com respeito a Davi, o enfoque é surpreendente, pois o autor usa um termo que
nunca se aplica a ele nos livros históricos; uma testemunha. Ao agir assim, o escritor então
adapta, como o entendemos, as duas descrições mais esperadas que seguem; líder e
comandante.“’* Parece provável que “testemunha” foi particularmente escolhido aqui por
causa de sua importância nesta parte do livro. A função de Israel como servo do Senhor fora
identificada várias vezes como sendo uma testemunha às nações do poder e glória de Deus
(43.10,12; 44.6). Daí, ao preparar-se para falar do ministério do Messias davídico, o profeta
enfatizou este aspecto da vida e obra de Davi. Ao exercer as funções de líder e comandante,
Davi finalmente deu testemunho do poder de Deus. Ao conquistar a hegemo-
496. Isso está em direto contraste com os primeiros comentaristas, entre os quais a posição
aceita era que a referência era ao Messias.
497. Ver Isaías 11.10; 42.4; 49.6,7; 51.4,5; 66.18. Para uma resposta ao argumento de que as
passagens sobre o Servo são também referência a Israel, ver o comentário sobre essas
passagens.
498. Heb. nogtd. “líder”, poderia ter sido usado por causa das desagradáveis conotações de
“rei” depois do fracasso da casa de Davi anterior ao exílio. Mas é também um termo que
evidentemente tinha conotações messiânicas (ver Dn 9.25).
nia sobre as nações vizinhas, havia razão para crer que seu Deus era de fato Deus. Nem se deve
ignorar que em seus salmos também deu testemunho das verdades concernentes ao caráter e
natureza de Deus. Razão por que Isaias dá uma nova coloração ao ministério de Davi. Ele não
estava propriamente edificando um reino ao declarar o caráter do único que pode ser chamado
Rei de toda a terra.“”
5. Se estamos certos entendendo a significação do uso singular aqui como apontando para o
Messias davídico, este versículo recebe significação adicional. É quando Deus mantém sua
promessa feita a Davi, de que nunca faltaria um descendente no trono de Israel, que o mundo
experimenta as “misericórdias infalíveis” de Deus. Esse descendente se toma aquele por meio
de quem o ministério de Israel vem a ser possível. Quando ele chama a si todas as nações,
estas vêm correndo ao encontro de Israel a fim de aprender os caminhos do Deus de Davi (2.3;
42.4; 66.18,21). Quando ele der testemunho do poder de Deus em libertar todo o povo, de
todos os lugares, do poder de seu pecado, então Israel terá algo de que testificar e será
capacitada a participar do poder do Messias. Quando Deus glorificar (p’r) a si mesmo através
do Servo (49.3; 61.3; cf 4.2; e também Jo 17.4), Israel será glorificado.’“ Aquele que promete
tudo isso nada mais é que o Santo de Israel, aquele que deve ser obedecido, uma vez que ele
tem em suas mãos todo o poder (5.24; 37.24; 45.11,12), e aquele que deve ser amado porque
ele está para ser, na extensão mais plena, o Redentor de seu povo (12.6; 43.3;
49.7).
499. Para mais discussão, ver J. Eaton, “The King as God’s Witness”, ASH 7 (1970) 25-40.
500. Ver Isaias 46.13; 60.7; 60.19; 62.3; etc.; cf. também João 17.22. Em Isaias 4.2, o Messias é
chamado o “Renovo” (femah), como também em Jeremias 23.5; 33.15; Zacarias 3.8; 6.12.
501. A LXX e a Siríaca têm “e quando vocês o acharem”; o Tatgum, “enquanto vocês ainda
viverem”; a Vulgata e IQIs* endossam MT.
502. A LXX tem “e quando ele estiver pertoo Targum, “enquanto ainda viverem”; Siríaca,
Vulgata e IQIs* endossam MT.
503. Heb. mahs^bst, “pensamentos”, amiúde tem uma conotação negativa, por exemplo,
“tramas” ou “esquemas” (cf. 59.7; 65.2; Jr 11.9). Mas o paralelo com os “pensamentos” do
Senhor, no versículo 8, a menos que seja irônico, pressupõe que o sentido mais neutro está em
pauta aqui.
que se converta ao Senhor que pode ter compaixão dele,^ e a nosso Deus, pois ele perdoará
ricamente.^^
8 Porque meus pensamentos não são os seus pensamentos, e seus caminhos não são os meus
caminhos, diz o Senhor.
assim meus caminhos são mais altos que os seus caminhos, meus pensamentos, que os seus
pensamentos.
antes de haver regado a terra, e a façam produtiva e a façam brotar, e tenha produzido
semente para o semeador e pão para o que come,^^^
11 assim é minha palavra que sai de minha boca: não voltará para mim vazia,
mas só depois de haver feito aquilo que eu desejo, e tenha concretizado aquilo para o quê a
enviei para fazer.^'^
8, a menos que seja irônico, pressupõe que o sentido mais neutro está em pauta aqui.
504. A LXX tem “e ele achará misericórdia”; IQIs* e as demais versões endossam MT.
505. Sobre a construção yoíi&e/i Uslõafi, lit. “ele multiplicará perdoar”, e a tradução “ele
perdoará abundantemente” (com o verbo principal fiincionando adverbialmente), ver GKC,
§ll4n n. 2.
506. MT não tem uma preposição comparativa (k- ou ka'°Ser; cf. v. 10) emgbkw. Mas todas as
versões a expressam, e IQIs* tem kgwbh (IQIs^ é idêntico ao MT). Mas, como GKC, §l61b,
indica, não se sabe por que esta preposição é omitida no início de uma composição (cf. 62.5; Jó
7.9; Sl 48.6 [Eng. 5]; Jr 3.20; Os 11.2). E assim a presença da preposição nas versões pode nâo
refletir uma variante textual real, mas meramente o requisito do alvo da linguagem a fim de
expressar o pensamento. Cf Kutscher, Language, pp. 320-21, para a prioridade do MT.
507. IQIs* tem Vkwl, aparentemente o constructo infinitivo, li. “para comer”, em lugar da
preposição no MT mais particípio, l’kl, “para o que come” (a menos que o waw no IQIs* tenha
sido mal colocado depois do ’, em cujo caso a forma também seria um participio). A LXX tem
“para alimento” (pressupondo o heb. la’Okel, as mesmas consoantes do MT). IQIs'’ e as demais
versões endossam MT,
508. A LXX tem “farei prosperar seu caminho e meus mandamentos”. Todas as demais
autoridades endossam MT,
509. Para MT túòtlün, IQIs* tem llkw, “você irá”; a LXX, “você será ensinado”; o Targum, “você
será conduzido á sua terra.” IQIs\ Siríaca e Vulgata endossam MT, que é a redação mais difícil.
Cf. Kutscher, Language, p. 229. Diversos comentaristas (p.ex., North) declaram que ybl.
Os montes e as colinas irromperão diante de vocês com grito; e todas as árvores do campo
baterão^'" palmas.
E ele se tornará um nome^'* para o Senhor, e um sinal eterno que jamais será extinto.
Depois das promessas dos versículos 3-5, o escritor retoma ao método de convite (cf. vs. 1-3). A
continuação do modo imperativo e jussivo, nos versículos 6 e 7, bem como o tom largo do
convite, são argumentos de que este segmento (vs. 6-13) se destinava a ftincionar como uma
unidade com os versículos 1-5. Alguns estudiosos desmembram os versículos 12 e 13 dos
versículos 6-11, mas as promessas ali são em certo sentido uma continuação da promessa do
versículo 7 depois da substanciação dos versículos 8-11.’” Os que buscam o Senhor e recebem
seu abundante perdão de fato sairão com júbilo, e seu livramento será um nome para o
Senhor.
6. O Senhor tem se aproximado de seu povo, não só na obra do Servo que já foi predita, mas
também na proclamação do profeta em todo o livro, especialmente do capítulo 40 em diante. É
evidente que ele está mais que pronto a deixar-se encontrar (cf. também 65.1). Ele quer
confortar o desesperado, perdoar o pecador e libertar o preso. O que resta a ser feito por essas
bênçãos a serem experimentadas? Uma única
7. Qualquer dúvida acerca do conteúdo do versículo anterior é solucionada por este versículo.
Quando abandonarem a perversidade e voltarem para o Senhor, então estarão realmente
buscando-o e invocando-
516. Ver Deuteronômio 4.29; Salmos 14.2; 77.3 (Eng. 2); 78.34; Jeremias 29.13; Lamentações
3.25; Oséias 10.12; Amós 5.4-6.
518. Ver também Spykerboer, Síructure, p. 184. Infelizmente, em virtude de sua insistência de
todos nós) é muito mais que mera escravidão e opressão físicas.’” Não importa quão reais estas
questões sejam, e quão carentes de solução sejam, elas não constituem a palavra final. A
questão máxima é como seres humanos pecaminosos podem viver com um Deus santo.
Resolver as questões anteriores sem resolver esta eqüivale a nenhuma solução. Mas, uma vez
solucionada esta, as demais podem ser superadas. Se nos é possível encontrar paz com Deus,
então temos acesso ao seu poder e à sua eternidade. E assim nada pode, finalmente, derrotar
os que assim procedem.
que o regresso do exílio é tudo o que a passagem expressa, a resposta desses estudiosos é que
se deve eliminar o versiculo, a despeito da ausência de qualquer evidência textual em apoio de
tal açâo.
519. Cf. a estrutura do livro de Êxodo, a qual leva do livramento da escravidão pela
promulgação da aliança ao clímax, ou seja, a habitação do Senhor entre o povo (40.3S). O foco
do êxodo não era o escape do Egito, mas a consciência da presença de Deus.
Servo, podem ter algo infinitamente melhor que mera restauração a Judá: restauração a Deus
(54.8; cf. Jo 3.16).
8,9, Provavelmente seja correto, como afirmam muitos comentaristas (p.ex., Alexander, Young,
Knight e Westermann), a saber, que o paralelismo de caminhos e pensamentos é significativo.
Juntos formam um todo, de sorte que um sozinho não pode ser compreendido. Os caminhos
de uma pessoa constituem os padrões de comportamento de alguém, e eles devem ser
mudados se porventura alguém pretende viver com o Deus da Bíblia. Ele deixa claro que fé
nele sem uma vida que se assemelhe à sua nào é fé de forma alguma. Isso é evidente ao
menos à luz de Êxodo 19-24 percorrendo o livro de Tiago. Ao mesmo tempo, é impossível
mudança genuína de comportamento sem uma mudança acompanhante dos valores e
percepções. Pecado em última análise é uma questão de atitude. Por mais superficialmente
uma pessoa seja “justa”, se ela persiste em crer que pode viver independentemente de Deus,
então tal pessoa se revela profimdamente injusta.
Estes versículos afirmam uma de duas razões por que os humanos devem buscar o Senhor e
converter-se de sua perversidade. Como Alexander salienta, é possível entender o versículo 8
(e 9) de três maneiras. A primeira é que, embora os pensamentos humanos diriam que o
perdão é impossível, os pensamentos de Deus não são humanos. A segunda é que, embora os
pensamentos humanos diriam que as promessas pactuais de Deus a Israel tenham sido
anuladas pelo pecado de Israel, Deus manterá essas promessas a despeito de tudo. A terceira é
que os humanos devem converter-se de seus caminhos e pensamentos pecaminosos
porquanto esses não são os caminhos e os pensamentos de Deus. Cada uma dessas pode
formar paralelo com outras passagens na Bíblia, e assim não é uma questão do que está em
harmonia com a teologia bíblica. Aliás, deve ser uma questão do que está em harmonia com o
contexto. Nesse caso, como concluem Alexander e outros, a terceira opção seria a correta. A
repetição de caminhos e pensamentos, desde o versículo 7, pressupõe que o que está errado
com os caminhos e pensamentos humanos e requer que se desvie deles é que não são os
caminhos e os pensamentos de Deus.’^® Este mesmo foco se faz em Provérbios 16.1-3
520. Note o quiasma duplo no arranjo dos dois termos nos versiculos 7-9; (7) caminhos,
pensamentos; (8) pensamentos, caminhos; (9) caminhos, pensamentos.
(cf. também Pv 3.5,6; 21.2), usando os mesmos termos (d^rãkim, “caminhos”, V. 2; mahs^bôt,
“pensamentos”, v. 3). Nossos caminhos e pensamentos foram pervertidos pelo pecado original,
e somente quando nos convertemos deles a Deus e sua misericórdia é que podemos de fato
ter paz com ele e viver vidas verdadeiramente produtivas.
Muitos comentaristas recentes (p.ex., Duhum), preferindo negar que esta passagem tenha algo
a ver com pecado e arrependimento, e asseverando antes que ela tem a ver com restauração e
a terra, insistem que os versículos falam da suposta impossibilidade de restauração; ignoram os
assinaladores contextuais, ou eliminam o versículo 7 ou atenuam a conexão. Westermann vai
mais longe afirmando que um elemento de evidência em prol da autenticidade do versículo 7 é
que sua presença leva o versículo 8 a ser lido na forma que já foi indicada, forma essa
evidentemente incorreta.
Por certo que o reconhecimento de que o ponto primário dos versículos 7-9 é declarar que os
caminhos da iniqüidade e perversidade devem ser rejeitados precisamente porque não são os
caminhos de Deus não exclui o reconhecimento de que o perdão e absolvição também não são
normalmente pensamentos e caminhos humanos (cf Ez 18.25-29). Isso parece ser confirmado
pelos versículos 10 e 11, o qual extrai do céu o tema do versículo 9.’^‘ Não obstante, não se
deve esquecer que a presente forma do texto evidentemente assevera que o perdão do
pecado é o resultado da ação divina em quebrar a barreira do pecado e em aproximar-se, e a
ação humana em afastar-se do pecado e da perversidade e converter-se aos caminhos e
pensamentos de Deus.
10,11. Estes versículos fornecem a segunda razão por que devemos buscar o Senhor e
abandonar nossa perversidade. Como já se afirmou, a figura usada parece buscar no céu o
tema do versículo 9. Aqui a razão para converter-se a Deus é a fídedignidade absoluta de sua
palavra. O que Deus disse sobre a certeza do perdão em estar disponível é absolutamente
confiável. Mas, ainda mais que isso, tudo o que Deus disse é confiável, quer sobre si mesmo ou
sobre seu amor, ou sobre a natureza da realidade e a loucura da idolatria, ou sobre a situação
humana e sua necessidade de arrependimento.
521. Para uma relação ainda mais forte entre os versículos 8-11, ver M. Golebiewski, “Die
Wirksamkeit des Wortes Gotes nach Is 55:8-11”, Sudia Theologica Varsaviensia 20 (1982) 47-
67.
Isso é enfatizado por meio de uma extensa comparação entre a chuva e a palavra.’^^ No antigo
Oriente Próximo a chuva determinava a diferença entre vida e morte. Se as chuvas vinham no
momento apropriado, podia-se ter esperança de boas colheitas, o que significava alimento
(pão) farto para o ano vindouro; e, ao menos de igual importância, semente para a colheita do
ano vindouro. Se as chuvas não vinham, não só se perdia a colheita, mas também a semente, e
a fome olhava todos bem no rosto. Numa comparação poderosa, Isaías diz que a palavra de
Deus é precisamente como a chuva. Particularmente, ele compara a eficácia de ambas. Cada
uma concretiza os propósitos de abençoar e manter a vida para o que se destinava.”^ A
gramática endossa a idéia tanto de chuva quanto da palavra voltando ao céu depois de cumprir
seus respectivos propósitos.”'* Isso tem levado os comentaristas (p.ex., Hitzig) a indagar se os
israelitas entendiam os princípios da evaporação. Mas, a idéia de voltar não é o ponto
importante. O foco é a concretização dos propósitos divinos.”’
Por todo o livro, esta idéia de propósito preexistente de Deus e a infalibilidade de sua
concretização têm sido a idéia central.’^* Acoplado a isso está a idéia de haver Deus falado em
termos inteligíveis.”’ Postos juntos, estes constituem a base da doutrina bíblica da revelação
especial.’^* Deus falou que revelaria seus planos e propósitos no contexto da história humana,
e o que ele disse se concretizará (cf 53.10). Acima de tudo mais, esses planos e propósitos são
para o bem (Jr 29.11). Deus tenciona abençoar a raça humana, perdoar seus pecados, redimir
seus fracassos e dar permanência á sua obra. Tudo isso será realizado por
522. Para a afirmação de que a proveniência desta comparação é babilónica, ver E. Lipinski,
“On the Comaparison in Isaiah 55.10”, fT23 (1973)246-47.
523. Note um tratamento semelhante da palavra do Senhor em 40.8. Ali sua infalibilidade é
contrastada com a came humana, que é comparada à relva.
524. De conformidade com GKC, §163b, o perfeito seguindo depois do imperfeito anterior, tem
a conotação de “exceto que previamente”.
525. Ver 2 Samuel 1.22 para a frase “nào voltará vazio” quando aplicada à eficiência da espada
de Saul; sobre a significação da frase, ver B. Couroyer, “Note sur II Sam., 1,22 et Isa. LV.IO-l I”,
«5 88(1981)505-14.
526. Ver Isaias 10.5-7; 14.14-26; 19.12; 23.9 (que em todas as referências anteriores o verbo
traduzido “propor" é o heb. hSSab, a fomia verbal de “pensamentos” aqui); 22.11; 37.26;
44.28; 46.10; 48.14; 53.10.
527. Ver Isaías 1.10; 2.3; 28.13,14; 38.4; 39.5,8; 40.8; 45.19,23; 50.4; 59.21; 66.5.
meio de sua palavra revelatória.’^’ De conformidade com Muilenburg, a fonte da vida não é a
chuva, mas a palavra de Deus. Algumas dessas idéias com certeza estavam na mente de João
quando identificou Jesus Cristo com Palavra (Jo 1.1). Aqui estavam os primórdios da revelação
dos bons propósitos e planos de Deus (1.7-9,17,18). Mas aqui estava também o meio eficiente
de se realizar esses bons propósitos. Os que se convertessem de sua perversidade e iniqüidade
poderiam experimentar o perdão divino, vezes sem fim, por meio dele (1.29).”®
12,13. A ftinção do kt inicial é matéria de disputa. Poderia ser a substanciação final do apelo
para buscar o Senhor (v. 6) e traduzido “Porque” ou “Pois” (NRSV, AV). Poderia ser uma
afirmativa traduzida “Certamente”, introduzindo o resultado da infalível promessa de perdão
(NEB, Wats). Poderia estar introduzindo uma frase objetiva identificando o conteúdo da
palavra divina e traduzido assim: “isto é, que”. É possível formular uma boa tese com qualquer
um desses elementos, ainda que o terceiro talvez não seja tão óbvio quanto os outros dois. Dc
resto, um juízo subjetivo sobre a função dos versículos 12 e 13 exerceria um importante papel
na decisão. Tudo indica que os dois versículos funcionam como uma conclusão lírica a toda a
divisão constituída pelos capítulos 40-55. A linguagem elevada lembra passagens tais como
41.18- 20; 43.19-21; 44.1-5; 48.20,21; 49.9-11; e 52.11,12, bem como cânticos à natureza em
42.10,11; 44.23; e 49.13. Além do mais, a imagem do regresso tem unido esta subdivisão (caps.
49-55) com a anterior (caps. 40-48). Mas uma conexão causal direta com o versículo 6 teria o
efeito de estreitar o escopo dos versículos para uma função limitada a este segmento (vs. 6-
13). Ao mesmo tempo, ela não é apropriada para desmembrar os versículos 12 e 13 dos
versículos 6-11. Sem o apelo ao arrependimento e a certeza do perdão (vs. 6-9), e a certeza de
que os bons propósitos de Deus prevalecerão (vs. 10,11), o aspecto lírico dos versículos 12 e 13
pende no vazio. E assim parece mais provável que o sentido asseverativo de kíé que está em
pauta, permitindo que os versí-
542 ISAIAS 55.12,13
529. Embora Westermann esteja certo em dizer que a palavra em si é o agente eficaz para a
realização da vontade de Deus, declarar a matéria nesta forma pressupõe que o conteúdo de
sua palavra é de relativamente pouca importância. Mas o poder da palavra e seu conteúdo são
inseparáveis. Porque o que Deus diz é a verdade é que a palavra realizará exatamente o que ele
pretende.
530. Sobre este ponto, ver J. Dahms. “Is. 55.11 and the Gospel of John", EvQ 53 (1981) 78-88.
Para uma discussão destes versículos, ver G Ravasl, “La Paola viva (Is. 55:10-11)", Parola, Spiriio
e rna 5 (1982) 61-84.
culos funcionem tanto como conclusão dos versículos 6-13 quanto como conclusão dos
capítulos 40-55.
A maioria dos comentaristas recentes (p.ex., Muilenburg) limita a referência destes versículos
ao regresso do exílio. Sem dúvida, como salientado por todos os capítulos 49-55, o regresso do
exílio fomece ao poeta a imagem central. Além disso, é evidente que a idéia de livramento do
pecado que provocou o exílio, e a restauração dos efeitos do pecado (o exílio), não são tratados
em compartimentos separados. Mas ainda se mantém por toda parte, como é especialmente
evidente nos capítulos 54 e 55 e novamente neste segmento fínal, que a principal preocupação
nesta subdivisão (caps. 55 e 55) é a restauração à comunhão com Deus.
Esta preocupação explica a linguagem de uma imagem inusitada- mente carregada nestes
versículos. Nem ainda a imaginação profética mais entusiasta esperava que os montes
literalmente se prorrompessem em gritos ou que as árvores literalmente batessem palmas
quando os exilados fossem guiados de volta ao lar. Tampouco esperava ele que a sarça
magicamente se convertesse em cipreste quando os exilados passassem. O profeta não está
falando do regresso literal. Com certeza nem mesmo fala de alguma era escatológica. Esta é
uma imagem de começo e fím e se destina a expressar a alegria de toda a criação na
possibilidade de os pecadores se tomarem santos por intermédio da Palavra de Deus. Por certo
que o regresso do exílio é uma parte dessa obra da Palavra, mas o regresso só faz algum
sentido à luz da obra mais profunda e maior. Se o livramento da culpa e do poder do pecado
não é uma possibilidade real, então o regresso não passa de zombaria da futilidade humana.
Mas se essa gloriosa possibilidade realmente existe, então a redenção de todo tipo, físico,
emocional e espiritual, é uma maravilhosa realidade.
Este é 0 significado do bicolon final, o bicolon que conduz toda a subdivisão a um término
excitante e satisfatório. Os que limitam a referência do profeta nestes dois versículos ao
regresso de Babilônia são levadas a uma suposição que quase chega às raias do ridículo. São
forçados a dizer que evidentemente o profeta (Deutero-lsaías, cuja visão se limitava a seu
próprio e tacanho tempo, duração) visualizava o regresso sendo marcado por uma natureza
miraculosamente transformada que seria mantida em perpetuidade como um tipo de
memorial do livramento de Deus. Se isso é correto, entâo o Deutero-Isaias era o mais falso
dentre os falsos profetas, porquanto não houve milagres e eles não foram mantidos invioláveis
por toda a eternidade.
Mas isso não era de forma alguma o que Isaias tinha em mente, e a comunidade judaica nunca
o entendeu como que dizendo isso. O que ele está dizendo é que a obra da redenção, o
antecedente de ele no segundo bicolon do versículo 13, do qual o regresso do exílio era uma
pequena parte, permanecendo o tempo todo como um testemunho do nome do Santo de
Israel, o Criador e Redentor, aquele que formou e aquele que salvou sua criação. Esta é a forma
de Paulo usar o termo “nome” quando diz que, em virtude do auto-sacrifício de Cristo, Deus
“lhe deu um nome que está acima de todo nome” (Fp 2.9).”’
O sinal eterno é o terceiro elemento que tem recebido esta distinção ('ôlãm) nos capítulos 54 e
55.”^ O primeiro é o termo h£sed, amor, misericórdia, graça, bondade de Deus (54.8); o
segundo é a aliança etema (55.3), que é a expressão da graça de Deus; e o terceiro é este sinal,
a redenção do mundo, que é a expressão dos outros dois. Este sinal é a parte correspondente
daquele outro sinal de que falou Isaias, o sinal de Emanuel (7.14). Acaz não creria naquele sinal
e no que ele ensinava, e como resultado seu povo seria dizimado. Deus, porém, não
abandonou os que pudessem fracassar em confiar nele. Ele achará uma forma de libertá-los
das conseqüências de sua rebelião, se simplesmente o recebessem. E esta obra de redenção
estará por toda a eternidade como testemunha da natureza de nosso Deus (cf também 66.19).
531. Sobre "nome” como um memorial, ver 2 Samuel 18.18; cf. Isaias 56.5.
532. Note a proeminência de ’6í, “sinal”, no livro: 7.11,14; 8.18; 19.20; 20.3; 37.30; 38.7,22;
44.25; 54.13; 66.19.
(CAP. 55)
a salvação oferecida.
55.1. O Senhor está falando (cf. v. 3). A exortação começa forma metafórica. Uma figura
familiar no dia-a-dia em Jerusalém é o
vendedor de água, que carrega um pote nas costas e oferece em voz alta
claro que de fato a intenção é outra. O orador não é mercador que oferece
as pessoas para um banquete de salvação, que pode ser obtido por nada.
Água, pão , vinho, etc., são figuras inclusivas3 7 da salvação que o Senhor
37. Uma opinião interpreta a água, pão e vinho literalmente, como indicadores das
do texto. Por que, então, falar antes de tudo em água? Havia escassez
entendido literalmente. Seria o pão de Babilônia tão mau que não alimentava
uma pessoa? Esta é uma idéia improvável. Finalmente, o fato de que é o Se449
lhe dará. Daqui a um momento ela será descritiva como “aliança perpétua...
terrenos. Contudo, há muito mais que isso: todas essas bênçãos terrenas
Senhor, que novamente são demonstradas para com Israel (cf, 54.5—10).
que está para ser mencionada. Assim, é a soma destas bênçãos temporais
e eternas que é comparada com a água que refrigera o sedento (cf. 41.17)
será forte demais. E de fato foi isso que aconteceu. O discurso aos
sentir (cf. v. 2). Não está inteiramente claro até que ponto esta “sede”
bem possível que o apelo do profeta fosse para todos os que necessitam
dessa salvação, quer a conhecessem, quer não; o apelo podia ser, ele
nessa direção é o fato de ele não se dirigir, como é seu costume, a Israel
nhor quem está falando, e chamando Israel para Si próprio, é umaa indicação
como povo, mas a indivíduos; “vós os que tendes sede”. Sim, pois é a
ninguém é excluído, visto que o convite aos que têm sede também pode
da miséria total dos que são convidados. Os pobres, que não têm dinheiro
para comprar trigo, a fim de assar o seu pão, sofrem necessidade. Esta
mesma situação descreve os que estão sendo convidados; eles estão sedentos
que se tornara abastada no país estrangeiro e se sentia rica, não era receptiva
à bênção da redenção.
para a pobreza da vida sem a salvação oferecida pelo Senhor. Essa vida
“aquilo que não é pão” deve referir-se a uma substância que passa por pão
mas de fato não o é. De acordo com o versículo anterior, isto deve ser entendido
divino. De fato, tudo o que eles ganham ali pelo seu trabalho e seu
assim são feitos basicamente em troca de nada. É claro que esta afirmação
38. A palavra hebraica pode referir-se ao trabalho ou ao seu ganho: a renda. Aqui
451
Dando azo a uma peculiaridade do estilo hebraico, pode-se ler esta frase
que não é pão” oferece-se “o que é bom” para comer, uma experiência
alegria.
54.10). que Ele fará com eles. Pode-se também dizer que é uma aliança
que Ele lhes dará, pois esse pacto é descrito inteiramente como uma
55.4. Agora segue-se o desvendamento do conteúdo da promessa outrora feita. “Eis que eu o
dei por testemunho aos povos, como príncipe
através dos objetivos finais desta profecia, é o Messias. É dEle que o profeta
está falando quando diz que o Senhor fará dEle “testemunho aos povos”
com a adição de que o seu reinado se estenderá aos povos (cf. 9.7;
11.10). E o que é ainda mais importante, além de ser Rei, ele será “testemunho
estabelecido, não pelo poder das armas, mas por meios espirituais (cf.
Zc 6.13).
grande Filho de Davi, feita na primeira parte deste livro, enfatiza especialmente
bênção através dEle: “Eis que chamarás a uma nação que não conheces”.
que esta promessa significa que Israel chamará os gentios como um senhor
com Isiael e assim, com as bênçãos às quais o próprio Israel fora convidado
em primeiro lugar pelo Senhor (w. lss.). E o convite será efetivo: essas
entre eles cairá (cf. Ef. 2.13ss.). Este movimento rápido dos gentios
Senhor, teu Deus, e do Santo de Israel” (cf. 1.4; 10.17); pois através do
na direção do Senhor - por um lado, para tê-10 como Deus, para gozar
e por outro, par ser devotado a Ele como Deus, para honrá-lo e servi-
10, e para confiar nEle (cf. 9.13; Dt 4.29; SI 9.10; Am 5.4—6; et al.).39
sentença anterior e por causa dos Seus caminhos, a fim de andar neles.
apenas nEle.
dirigindo. Ele agora está à porta com os Seus benefícios; Ele lhes oferece
I Cr 21.30).
454
ISAIÂS55. 7-11
55.7. O chamado para buscar o Senhor provém do pressuposto que o povo O perdera de vista
(cf. Dt. 4.29; Am 5.4). Assim, a conclamação
o estilo de vida que ela escolheu para si, em vez de andar nos caminhos do
Senhor, para quem havia dado as costas. Significa voltar-se “para o Senhor”,
“caminhos” ao longo dos quais Ele Se move para levar esse propósito
coração incrédulo, é muito grande, tão grande (v. 9) como a distância entre
céu e terra — isto é, tão grande que não se pode concebê-la. Entre dois
vez - que ela “permanece eternamente” (40.8). A sua infalibilidadeexpressa de maneira ainda
mais enfática descrevendo essa palavra de Deus
como uma força eficaz que procede dEle. Ela é comparada à chuva e à
neve que descem do céu e retornam a ele (como vapor), mas não antes
de causarem o seu efeito, a saber, regando a terra, de forma que ela produz
assim que acontece com a palavra que Ele dirigiu ao Seu povo no exílio;
ela é u’a “mensageira” de Deus que não volta “vazia” (sem que sua mensagem
Esta descrição da palavra de Deus como força eficaz ocorrera antes (9.9), a
uma metáfora que serve para indicar uma força que procede de Deus, semelhante
palavra de profecia. Todavia, isto não deve ser entendido como se a predição
e portanto confere-lhe o poder que faz com que ela seja levada
a cabo. Em última análise, Ele continua sendo Aquele que cumpre a Sua
palavra (J1 2.11) e que também pode tomá-la de volta (Jn 3.10).
sue pastor (cf. 40.11; 49.9b), e isso acontecerá “em paz” — isto é, sem.
áridas que Israel precisaria atravessar. Pois em lugar dos espinheiros e sarças,
uma realidade mais elevada que virá, não quando Israel retornar da Babi456
vista a Sua majestade. E isso acontecerá não apenas durante certo tempo;
da grande era de salvação que raiará nos últimos dias. Nessa época
o clímax eterno é o tema “Só o Senhor será exaltado naquele dia” (2.1 lb).
Yahweh's gracious invitation ch. 55
This chapter is part two of Isaiah's celebration of the Servant's work of redemption. In
view of what God would do for humankind (ch. 54), people would need to appropriate
"All things are ready; the guests are invited; and nothing is required of
As in the preceding sections (52:13—54:17), the people of God in view are primarily
Israel but not exclusively Israel. As the Lord's salvation extends to all people, so do the
benefits of that salvation—for as many as take advantage of it. This chapter contains one
of the warmest gospel invitations in the whole Bible. It forms a fitting climax to this
section of Isaiah that deals with God's provision of salvation (chs. 49—55).
conclusion of the fourth servant passage it was predicted that the heathen
would belong to the servant [52:15; 53:11-12]. The Blessings the servant
has obtained for his people have been set forth abundantly (chap. 54), and
now the invitation is extended to all that are in need to come and to
The people would need to listen to and rely on God's unconditional promise, but their
After getting their atention, Isaiah, speaking as God and for God, called
the thirsty to come and drink freely, and to the hungry to enjoy a free meal
(cf. Prov. 9:5-6; Mat. 5:6; John 4:13-14; 6:32-35; Rev. 22:17). Water, that
formerly represented the Holy Spirit (cf. 32:15; 44:3), was now available
eternal life through the Spirit; John 4:10-14; 7:37-38). The Lord's offer
was to buy what was free. The only way to do this is to use someone else's
money to purchase it. It was the Servant's payment for sin that made
657Young, 3:374.
658Ibid.
verses 3-5)."659
55:2 It is ridiculous to spend one's hard-earned money for what does not satisfy,
yet that is what multitudes of people do when they pursue things of only
temporal value. The Lord urged the hearers to listen carefully to Him.
They should choose what was satisfying and what would yield true
abundance (cf. Mat. 6:19-21). People can either work for nothing or
55:3 Again the Lord urged the hearers (everyone) to come to Him. He pressed
them to listen to what He was saying, twice. God Himself is the feast. The
result for them would be life, real life as opposed to the vain life described
above (v. 2). Real life would involve living under an everlasting covenant
that God would make with His people. This is probably a reference to the
New Covenant, since the implication is that God would make it in the
While Jeremiah 31:31 says that Yahweh would make a new covenant
"with the house of Israel and with the house of Judah," that covenant is the
one under which all the people of God have lived since Jesus ratified it
(2 Cor. 3:6; Heb. 8:8-12). Its benefits are not all exclusively for Israel,
though some of its benefits are exclusively for Israel and these benefits
will only come into Israel's possession in the Millennium. Jesus terminated
the Mosaic Covenant (Mark 7:19; Rom. 10:4; 14:14; Heb. 8:6—9:22; et
al.) and ratified the New Covenant (Luke 22:20; 1 Cor. 11:25) with His
eternal (cf. 2 Sam. 7:16).660 This new covenant would be in full harmony
descendant who would rule over his house forever (2 Sam. 7:12-16;
1 Chron. 17:23-26; Ps. 89:35-38; cf. Isa. 9:6; Luke 1:32-33; Acts 13:34).
55:4 "Behold" introduces this verse and the next, and suggests comparison of
them. The readers are not only to listen to what the Lord says but to look
at what He presents. God is the speaker, but who is the "him" that is a
witness to the nations and a leader and commander for the peoples? It
could be David (v. 3), who witnessed to the character of Yahweh in his
nations and lead them. It is probably not Israel, since "him" is an unusual
659Motyer, p. 453.
way of referring to Israel in this context. Nor is it the people of God more
mercies of David" (v. 3) point beyond David; they are the faithful mercies
promised to David.
its royal aspects, but now Isaiah brings the values of the
reference for what the verse describes. It could be the people of God
generally, since what the verse describes could apply—to some extent—to
all the redeemed. It could be the Servant, in which case the verse means
that the whole world would be flocking to David's Great Son. It could also
nations (a collective singular goi) that would run to her because of her
God. It is clear that more than one nation is in view, because the verbs
translated "knows" and "run" are plural in the Hebrew text. The last
would do (cf. 2:3; 35:2; 42:4; 46:13; 49:3; 60:9, 21; 61:3; 62:3; 66:18, 21).
Perhaps the Servant as the leader of Israel, which also would call the
This pericope repeats and refocuses the invitation just extended (vv. 1-3). The offer
continues to be to come to God, but the focus shifts from receiving satisfaction to resting
55:6 The Lord had reached out to humanity by promising free salvation through
663Motyer, p. 456.
12:35."664
Seeking and calling on the Lord represent reaching out to Him in faith (cf.
Acts 2:21; 15:17; 17:27; 22:16; Rom. 3:11; 10:14; 2 Tim. 2:22). This is
55:7 The way was open for anyone to return to the Lord who may have
in act and the unrighteous in thought—in other words: to any sinner (cf.
Repentance is not something a person must do before God will accept him
God. The person who genuinely seeks the Lord and calls on His name has
come to grips with his or her sin and is willing to turn it over to the Lord.
After all, an unsaved person cannot forsake sin—or even desire to do so—
God can pardon sinners because of the Servant's work in paying the debt
of their sins in their place. Clearly, a way back from Babylonian exile is
55:8-9 Sinners need to forsake their ways and thoughts (actions and attitudes,
v. 7) because they are not God's ways and thoughts. God's way is
forgiveness and His thoughts are compassionate (v. 7), as far different
from those of sinners as the heavens are higher than the earth. Sinners
must make a break with their thoughts and ways to have fellowship with a
holy God. The Servant's work makes relationship with a holy God
possible, but our work, having appropriated the Servant's work by faith,
55:10-11 There is a second reason sinners need to change their ways and thoughts,
with the Lord's help, and that is because the Word of the Lord is
absolutely dependable. All that God has said is reliable, including His
promise of pardon and compassion (v. 7; cf. 53:10). God's Word is like the
rain and snow, the gifts of God from heaven to earth (cf. v. 9). Rain and
snow are water in its two forms as it normally comes from heaven to
Palestine. Isaiah's use of both rain and snow may indicate the totality of
His blessing; every time God sends water from heaven, in whatever form,
664Young, 3:380.
it brings blessing because it nourishes the earth. Both rain and snow
humanity (cf. Jer. 29:11; Mark 4:1-20; Heb. 6:7-8). Therefore, since God
has promised compassion and forgiveness for those who seek Him, people
can count on the fact that if they seek Him, this will be His response.
"As the rain furnishes both seed and bread, so the word of
God plants the seed of repentance in the heart and feeds the
produces."665
55:12 The "For" (Heb. ki) that begins this verse serves to introduce the
conclusion to this pericope (vv. 6-13), and the entire section dealing with
redemption from sin, that the Servant would make possible. In view of that
redemption, sinners need to seek the Lord, to come to Him for it (vv. 6-
11). Now the prophet concluded, by describing the redeemed, led forth
from their "Egypt," going out on their journey to their "Promised Land."
They would do so with joy and peace because of the redemption that the
Lamb of God would provide. As they would do so, all creation would
rejoice because sin had been dealt with for all eternity. This description
also fits the return of God's people to the Promised Land, in the
55:13 The replanting of productive, desirable trees and shrubs (representing all
creation), in place of plants bearing the marks of the Fall and its curse,
symbolizes the rejuvenation of creation. This transformation, and behind it
55: His lovingkindness (Heb. hesed, 54:8), His covenant with His people
(55:3), and this sign. This sign recalls the sign of the child to come (7:14).
would come, so this sign would be the same kind of proof that the Servant
had come.
The transformation of the world following the lifting of the curse will be
shout for joy, and trees do not clap their hands literally—it represents a
real change in nature, not just the joy that will pervade all creation. This is
returns to the earth to rule and reign (cf. 35:1-2; 41:18-19; 44:3). If it were
not so, there would be no everlasting sign. As the Passover was a sign to
the transformed earth and people will be a sign to all God's people of His