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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

INFLUÊNCIA DA CONSIDERAÇÃO DA INTERAÇÃO


SOLO-ESTRUTURA NO PROJETO ESTRUTURAL DE
EDIFÍCIOS DE MÚLTIPLOS ANDARES

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Julia Menegon

Santa Maria, RS, Brasil


2014
1

INFLUÊNCIA DA CONSIDERAÇÃO DA INTERAÇÃO SOLO-


ESTRUTURA NO PROJETO ESTRUTURAL DE EDIFÍCIOS
DE MÚLTIPLOS ANDARES

Julia Menegon

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação


em Engenharia Civil, na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM,
RS), como requisito parcial para a obtenção do grau de Engenheira
Civil

Orientador: Prof. Dr. Gerson Moacyr Sisniegas Alva

Santa Maria, RS, Brasil


2014
2

Universidade Federal de Santa Maria


Centro de Tecnologia
Curso de Graduação em Engenharia Civil

A Comissão Examinadora, abaixo assinada,


aprova o Trabalho de Conclusão de Curso

INFLUÊNCIA DA CONSIDERAÇÃO DA INTERAÇÃO SOLO-


ESTRUTURA NO PROJETO ESTRUTURAL DE EDIFÍCIOS DE
MÚLTIPLOS ANDARES

elaborado por
Julia Menegon

como requisito parcial para obtenção do grau de


Engenheira Civil

COMISSÃO EXAMINADORA:

________________________________________
Gerson Moacyr Sisniegas Alva, Prof. Dr.
(Presidente/Orientador)

_______________________________________
João Kaminski Junior, Prof. Dr.
(UFSM)

_______________________________________
Marcos Alberto Oss Vaghetti, Prof. Dr.
(UFSM)

Santa Maria, 19 de dezembro de 2014.


3

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente ao meu orientador, Prof. Dr. Gerson Alva, por todos
os ensinamentos transmitidos durante a graduação e, principalmente, pelo apoio,
dedicação e contribuição durante a execução deste trabalho, estando sempre
disponível a auxiliar e orientar da melhor maneira possível.

Aos meus pais e meu irmão, que constituem a base de tudo o que sou e
conquistei até aqui, que acompanham, mesmo que distantes, todos os passos da
minha caminhada. Obrigada por todo amor, compreensão, apoio e atenção
dedicados a mim.

Aos amigos que estiveram presentes durante os anos de graduação,


compartilhando conquistas, dificuldades, alegrias e desafios, por terem tornado este
período de convivência simplesmente inesquecível.

Aos demais familiares e todos aqueles que torcem diariamente por mim. Aos
que dedicaram seu tempo para me aconselhar, me incentivar, me acalmar nos
momentos de dificuldade e para compartilharem comigo inúmeros momentos de
descontração e alegria. Obrigada pela compreensão nos momentos em que não
pude me fazer presente e, mais ainda, naqueles em que minha presença não foi
completa.

Obrigada aos professores que se dispuseram a participar da Comissão


Examinadora e a todos os demais que contribuíram para minha formação e meu
crescimento, tanto profissional como pessoal.

Agradeço também ao Engenheiro Paulo Jorge Sarkis, pelos incontáveis


ensinamentos ao longo dos anos de estágio e por disponibilizar o programa utilizado
no desenvolvimento deste trabalho.

Enfim, agradeço profundamente àqueles que confiam no meu potencial mais


do que eu mesma. Obrigada.
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RESUMO

Trabalho de Conclusão de Curso


Curso de Graduação em Engenharia Civil
Universidade Federal de Santa Maria

INFLUÊNCIA DA CONSIDERAÇÃO DA INTERAÇÃO SOLO-


ESTRUTURA NO PROJETO ESTRUTURAL DE EDIFÍCIOS DE
MÚLTIPLOS ANDARES
AUTORA: JULIA MENEGON
ORIENTADOR: GERSON MOACYR SISNIEGAS ALVA
Santa Maria, 19 de dezembro de 2014.

A interação solo-estrutura está presente em toda obra em contato com o solo,


porém, tem seus efeitos negligenciados pelos métodos convencionalmente utilizados
para o dimensionamento dos elementos estruturais. Sabe-se, entretanto, que tal
interação pode alterar de forma significativa a distribuição de esforços nos elementos
da estrutura, bem como a deformada de recalques dos apoios.
Neste trabalho, foi elaborado um estudo comparativo entre modelos
simplificados de edifícios distintos (com quatro, oito e doze pavimentos), assentados,
através de fundações rasas, sobre três tipos de solo com tensões admissíveis
distintas, além dos modelos com apoios indeslocáveis, a fim de avaliar os efeitos da
consideração da interação solo-estrutura nas edificações.
Os modelos, de maneira geral, confirmaram os efeitos de redistribuição de
esforços entre os pilares, já estudados por outros autores, tendendo a carregar mais
os de periferia e aliviar os internos. Também foi elaborado um comparativo entre os
deslocamentos horizontais obtidos nos níveis dos pavimentos quando a estrutura
está submetida a ação de vento. Notou-se uma tendência das estruturas de
sofrerem maiores deslocamentos horizontais quando assentadas em solos menos
resistentes, além da consideração da interação solo-estrutura induzir a
deslocamentos superiores em relação ao modelo indeslocável.
Após o dimensionamento dos elementos estruturais, feito com o auxílio de
software para cálculo de estruturas de concreto, concluiu-se que a consideração da
interação solo-estrutura não ocasionou alterações significativas no consumo de
material e, consequentemente não afetou o custo total da obra. Deve-se, porém, dar
mais atenção aos casos de edificações mais esbeltas e com fundações em solos
com menor capacidade de suporte, pois estas apresentaram alterações mais
significativas após a consideração da interação com o solo.

Palavras-chave: Interação solo-estrutura. Quantitativos. Análise comparativa.


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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .....................................................................................6
1.1 Generalidades ...................................................................................................... 6

1.2 Objetivos .............................................................................................................. 6

1.3 Justificativa.......................................................................................................... 7

1.4 Divisão do Trabalho ............................................................................................ 7

2 INTERAÇÃO SOLO-ESTRUTURA EM EDIFÍCIOS .............................8

3 EXEMPLOS NUMÉRICOS .................................................................20


3.1 Modelos .............................................................................................................. 20

3.1.1 – Quatro Pavimentos ........................................................................................ 21


3.1.2 – Oito Pavimentos ............................................................................................ 23
3.1.3 – Doze Pavimentos .......................................................................................... 25

3.2 Solos................................................................................................................... 28

3.2.1 – Solo A ............................................................................................................ 30


3.2.2 – Solo B ............................................................................................................ 31
3.2.3 – Solo C............................................................................................................ 31

3.3 Resultados ......................................................................................................... 32

3.3.1 – Cargas Verticais ............................................................................................ 32


3.3.2 – Deslocamentos Horizontais ........................................................................... 33
3.3.3 – Quantitativos ................................................................................................. 37

4 CONCLUSÃO .................................................................................... 49

Referências Bibliográficas..................................................................52

Anexos .................................................................................................54
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1 INTRODUÇÃO

1.1 Generalidades

Qualquer estrutura que esteja em contato com o solo exerce interação com o
mesmo, independentemente do tipo de construção. É muito comum, porém, que no
momento da concepção da estrutura essa interação seja negligenciada para fins de
simplificação de cálculo. Em diversas ocasiões, esta simplificação tem um resultado
aceitável, porém não reflete a realidade a que as estruturas estão submetidas.

Segundo Gusmão (1994), o desempenho das edificações depende da


interação entre a superestrutura, a infraestrutura e o terreno de fundação em que
está assentada, portanto, ao desconsiderar tal interação a estrutura passa a ser
submetida a esforços para os quais não havia sido dimensionada. Isto pode
acarretar no surgimento de patologias e danos aos elementos estruturais, que
podem afetar a edificação tanto visualmente quanto em questões de segurança
estrutural.

Alguns estudos já foram e ainda vem sendo realizados para que os efeitos da
não consideração da interação-solo estrutura possam ser avaliados e mensurados,
bem como têm buscado facilitar a inclusão desta interação nos cálculos estruturais,
por meio de ferramentas computacionais. Sabe-se, por exemplo, que há uma
tendência de redistribuição das cargas dos pavimentos entre os pilares, fazendo com
que os inicialmente mais carregados transfiram suas cargas para aqueles que
estavam menos solicitados.

1.2 Objetivos

Este trabalho tem por objetivo principal a análise e comparação do consumo


de material em situações onde o modelo é dimensionado de maneira convencional,
sem a consideração da interação da estrutura com o solo, com modelos que incluem
essa consideração. Para isso, foram analisados doze casos diferentes: de quatro,
oito e doze pavimentos, com apoios indeslocáveis e assentados sobre três
diferentes tipos de solo.
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1.3 Justificativa

A motivação do trabalho surge da necessidade de comparação entre os


quantitativos de edificações de mesma configuração, porém com alturas distintas e
assentadas em solos com características e capacidade de suporte diferentes, a fim
de visualizar em quais ocasiões a interação solo-estrutura causa efeitos mais
significativos.

1.4 Divisão do Trabalho

A divisão do trabalho foi feita em quatro capítulos, de modo a seguir uma linha
lógica de apresentação das informações, para melhor entendimento do tema
abordado.

O primeiro capítulo tem como objetivo introduzir o tema que será discutido,
apresentando as justificativas e objetivos do desenvolvimento do estudo e demais
informações relevantes ao leitor.

O segundo capítulo traz uma breve revisão bibliográfica, onde são abordados
alguns trabalhos e pesquisas recentes realizados nesta área, de modo a explicar de
maneira geral a importância da consideração da interação solo-estrutura, bem como
mencionar seus principais efeitos e os fatores que a influenciam.

O capítulo três, por sua vez, apresenta as análises comparativas que foram
desenvolvidas através dos diferentes modelos considerados. Trata-se de uma
explicação dos métodos de concepção dos modelos, das principais considerações e
simplificações utilizadas e uma explanação dos resultados obtidos através de tal
estudo.

Por fim, no capítulo quatro são apresentadas as conclusões do trabalho


desenvolvido e as considerações finais pertinentes ao estudo de caso, retomando a
importância do tema abordado para a segurança das edificações.
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2 INTERAÇÃO SOLO-ESTRUTURA EM EDIFÍCIOS

A interação entre os elementos estruturais e o solo ocorre em toda obra de


engenharia que esteja em contato com o solo, seja ela um edifício, uma casa, uma
barragem, uma estrutura de contenção, entre outras. Dessa maneira, ambos os
elementos contribuem para o comportamento do outro, ou seja, o tipo de solo
influencia na resposta da estrutura, bem como o tipo de estrutura exerce influência
direta na resposta do solo.

Na concepção de projetos estruturais e de fundações é habitual, para fins de


simplificação de cálculo, a consideração de apoios rígidos nas bases dos pilares.
Dessa maneira, a interação da edificação com o solo e o comportamento efetivo da
estrutura diante dos recalques sofridos é desconsiderado.

Ao dimensionar uma estrutura utilizando esse tipo de simplificação se está


assumindo que a estrutura possui comportamento independente da fundação, e o
projeto estrutural e de fundações são elaborados à parte, conforme ilustrado na
Figura 2.1. Com isso são ignorados os esforços originados pela rigidez da estrutura
e pela deformação do solo e, apesar deste procedimento ter um desempenho
considerado aceitável, ele se distancia do comportamento real da estrutura.

Figura 2.1 - Projeto convencional: dimensionamento da estrutura e fundação


realizados de forma independente (GUSMÃO, 1994)
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Muitos estudos já vêm sendo elaborados em cima do comportamento das


estruturas considerando sua interação com o solo. Com a ascensão de softwares
voltados ao cálculo estrutural e através da união de conhecimentos de estruturas e
geotecnia, essa prática tornou-se mais acessível e difundida, e faz-se possível
avaliar as consequências da utilização de simplificações nos dimensionamentos.

Gusmão (1994) diz que é a interação entre a superestrutura, a infraestrutura e


o terreno de fundação que governa o desempenho de uma edificação, e que a não
consideração desta interação pode ocasionar fissuras em lajes e vigas e
esmagamento de pilares, devido à diferença entre a distribuição real de esforços nos
elementos estruturais e a idealizada através de modelos simplificados.

Segundo Antoniazzi (2011), a redistribuição dos esforços ao longo dos


elementos estruturais, gerada pela consideração da deformabilidade do solo, pode
causar alterações significativas no dimensionamento das peças estruturais, já que,
em certos pontos de vigas analisadas, e dependendo do tipo de solo, pode haver a
inversão de momentos fletores em relação ao modelo simplificado, o que ocasionaria
um dimensionamento equivocado.

Portanto, as alterações observadas no comportamento estrutural quando


considerada a interação solo-estrutura (ISE) podem ser de grande importância em
se tratando da segurança estrutural das edificações, mesmo que não resultem em
economia de material - apenas realocação dos mesmos. Ainda deve-se ressaltar
que os gastos e transtornos oriundos de uma futura intervenção estrutural, para
reforços ou reparos, constitui mais uma desvantagem da utilização dos modelos
tradicionais de análise e dimensionamento, visto que estes sujeitam a estrutura a
danos e patologias que poderiam ter sido previstas e evitadas.

Thomaz (2003) traz uma coletânea de fissuras observadas em construções


de concreto armado e protendido, listando suas prováveis causas. Muitas delas são
originadas a partir da não consideração das acomodações que a estrutura sofrerá
por estar em contato com o solo. O autor atribui como principal causa dessas
patologias ao fato de serem verificadas, usualmente, apenas as fissuras originadas
por flexão no momento da elaboração do projeto estrutural, negligenciando a
possibilidade de fissuração de outras naturezas.
10

O caso 10 de sua coletânea, por exemplo, trata de um tipo de fissuração


muito comumente encontrado em edificações - principalmente quando não há
estudo adequado do solo - que são aquelas fissuras originadas devido aos
recalques sofridos pelas fundações quando em contato com um solo deformável não
identificado previamente. A movimentação causa esforços nas alvenarias, que
apresentam fissuras a 45°.

Figura 2.2 - Caso 10: fissuras a 45° nas alvenarias. (THOMAZ, 2003)

Outros exemplos trazidos por Thomaz (2003) em que o recalque de


fundações origina patologias são apresentados nos casos 46, 47, 48 e 55.

O caso 46 representa uma estrutura formada por pilares vigas e lajes em


concreto armado, que quando tem a fundação de um de seus pilares submetida a
um recalque excessivo apresenta fissuras no bordo inferior das vigas junto ao apoio
recalcado, além das fissuras nas alvenarias. Essa fissuração das vigas se dá devido
ao fato de que, com a movimentação sofrida, seu momento fletor será modificado,
originando esforços para os quais a viga não havia sido dimensionada. Ocorre
intensa fissuração nos vãos adjacentes ao pilar, conforme Figura 2.3.
11

Figura 2.3 - Caso 46: fissuras nas vigas e nas alvenarias. (THOMAZ, 2003)

A situação correspondente ao caso 47, trata-se de uma estrutura em pórticos


de concreto armado onde, por consequência dos recalques diferenciais, a alvenaria
sofre distorção excessiva. Essa distorção ocasiona um alongamento de tração (Ԑ1) a
45°, que ao atingir um determinado limite causa as fissurações descritas na Figura
2.4. Além das alvenarias, as vigas também apresentam o surgimento de fissuras
devido aos esforços adicionais.

Figura 2.4 - Caso 47: fissuras devido a recalques diferenciais. (THOMAZ,


2003)
12

No caso 48, também é apresentada uma estrutura em pórticos de concreto


armado que, além das fissuras nos painéis de alvenaria e nas vigas adjacentes ao
pilar que sofreu recalque, apresenta fissura transversal no pilar, indicando que o
atrito negativo sobre as estacas de fundação - originado pelo adensamento do aterro
sobre solo mole - gerou esforços de tração no pilar, que ocasionaram fissuras. Neste
caso, o pilar precisaria ser macaqueado para que as cargas de compressão
calculadas fossem reestabelecidas.

Figura 2.5 - Caso 48: fissura de tração em pilar recalcado. (THOMAZ, 2003)

Por fim, o caso 55 traz um edifício com fundação em Radier que apresentou
fissuras de flexão no centro e inclinadas nas extremidades da fundação, resultantes
da má avaliação dos esforços internos originados pela interação da estrutura com o
solo e, consequentemente, armaduras subdimensionadas.
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Figura 2.6 - Caso 55: fissuras em Radier. (THOMAZ, 2003)

Além dos efeitos causados na superestrutura pela consideração da ISE,


Antoniazzi (2011), bem como Désir e Crespo (2008), verificou, como consequência
da redistribuição de esforços, que a suavização na deformada de recalques também
se torna perceptível quando se integra a estrutura ao solo, como ilustrado na Figura
2.7, havendo, portanto, a redução dos recalques diferenciais obtidos.

Figura 2.7 – Efeito da interação solo-estrutura nos recalques e reações de


apoio de edificações. (GUSMÃO, 1994)

Désir e Crespo (2008) observaram também que esta redistribuição de carga


entre os pilares se dá de modo a transferir parte dos esforços daqueles que
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sofreriam recalques maiores para pilares próximos com recalques menores, daí a
justificativa para a redução dos recalques diferenciais.

Em se tratando dos possíveis danos que podem ser originados pela


redistribuição dos carregamentos na estrutura, Désir e Crespo (2008) salientam que
“a magnitude do problema depende da sensibilidade da estrutura em relação ao
solo”, o que significa que as particularidades de cada edificação influem diretamente
sobre os efeitos causados pela ISE. Também constataram que a consideração dos
painéis de vedação em alvenaria no modelo analisado, por exemplo, representa um
parâmetro importante para o comportamento global da estrutura, pois sua
contribuição para a rigidez relativa estrutura-solo ocasiona redução ainda maior nos
recalques diferenciais das fundações.

Colares (2006) elaborou uma ferramenta para análise dos efeitos da interação
solo-estrutura, que permite avaliar os campos de deslocamento e tensões que
surgem, a partir dos carregamentos aplicados pela estrutura, no solo, nos elementos
estruturais e nas fundações. Tal ferramenta permite a previsão e prevenção de
possíveis danos e patologias nas edificações.

Além disso, Colares (2006) considerou o solo como um meio estratificado,


conforme Figura 2.8, devido à variabilidade das camadas do solo, aproximando-se
mais da realidade. Este é um ponto que Holanda Jr. (1998) também julgou de
grande importância para a análise do comportamento da estrutura. Ele considerou
em uma de suas análises, uma superfície indeslocável a 15m de profundidade, e
comparou com os resultados obtidos quando o solo foi considerado semi-infinito.
Como conclusão, observou que ao considerar tal superfície indeslocável a 15m de
profundidade, ocorre uma redução em todos os recalques e alterações consideráveis
nos momentos fletores dos pilares e vigas.
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Figura 2.8 – Elementos estruturais de fundação direta sobre solo estratificado.


(COLARES, 2006)

Dentre os modelos já conhecidos para consideração dos efeitos da ISE nos


projetos estruturais, os mais difundidos são aqueles que associam a deformabilidade
do solo a um sistema de molas elásticas, considerando as propriedades mecânicas
do maciço e a compatibilização dos recalques, ou aqueles que impõem
deslocamentos estimados. (ANTONIAZZI, 2011)

A Hipótese de Winkler, por exemplo, apesar de suas limitações, gera


resultados bastante aceitáveis. Ela representa o solo como um meio elástico, um
sistema de molas lineares e independentes entre si. Esta hipótese admite que os
deslocamentos do solo são proporcionais às tensões aplicadas sobre ele e ocorrem
apenas na região delimitada pela fundação. É um modelo bastante simples e
largamente utilizado, porém os erros tendem a serem maiores para solos pouco
rígidos, pois, como pode-se observar na Figura 2.9, não é considerada a interação
com as molas adjacentes àquelas em que a fundação atua. (ALVA, 2007)

Figura 2.9 – Hipótese de Winkler: meio elástico de molas independentes.


(ALVA, 2007)
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Chamecki (1954 apud GONÇALVES, 2004) propôs um sistema de cálculo


para a análise da interação solo-estrutura, onde, a partir das reações obtidas pelo
modelo indeslocável da estrutura e das reações verticais originadas pela aplicação
de recalques unitários em cada apoio separadamente, é possível obter os recalques
dos elementos de fundação. A partir de então, inicia-se um processo de interações
que, considerando a rigidez da estrutura, obtém novas reações e novos recalques,
repetindo o processo até que os resultados convirjam entre si. Os valores de
recalques diferenciais obtidos com esse procedimento mostraram-se menos
acentuados do que quando considerada a estrutura com apoios indeslocáveis, além
de se aproximarem mais dos recalques medidos em estruturas reais.

Além das características do solo, outros fatores influenciam a interação solo-


estrutura, como as edificações vizinhas, a relação entre a rigidez do solo e a rigidez
da superestrutura, o número de pavimentos, o processo construtivo, entre outros.

O estudo realizado por Reis (2000) analisou a interação solo-estrutura de um


grupo de três edifícios construídos simultaneamente na cidade de Santos/SP, com
fundações superficiais em solos estratificados de argila mole e demonstrou a
influência da rigidez da estrutura, do efeito de grupo entre as fundações, do
processo construtivo e das construções vizinhas nos recalques finais.

Ao comparar modelos analisados de maneira convencional, sem a


consideração do efeito de grupo, com modelos analisados em conjunto, com
construção simultânea a distâncias pré-determinadas, Reis (2000) identificou um
acréscimo de até 60% nos recalques dos pilares periféricos adjacentes ao prédio
vizinho e reduções significativas nos demais, para uma distância de 5m entre eles.
Já para distâncias superiores a 15m, o acréscimo é menos acentuado e se identifica
apenas nos pilares periféricos adjacentes à edificação vizinha. Nos pilares do lado
oposto há, inclusive, redução dos recalques. Esta análise deixa clara a influência
das construções vizinhas nas estruturas, que na grande maioria dos casos são
negligenciados pelos projetistas, e está representada na Figura 2.10.
17

Figura 2.10 – Curva isorecalques calculados considerando o efeito de grupo e


isolados. (REIS, 2000)

Para avaliar os efeitos da rigidez estrutura-solo, Reis (2000) comparou


modelos com vigas de diferentes seções transversais e notou que a rigidez da
superestrutura provoca rearranjo das cargas, transferindo esforços dos pilares mais
carregados para os menos carregados, como já foi citado. Sendo assim, o aumento
da rigidez uniformiza o estado de tensões e os recalques da estrutura. Foi observado
que “a média dos recalques absolutos permanece aproximadamente constante, no
entanto, o desvio padrão diminui drasticamente com o aumento da rigidez”.

A influência das etapas construtivas foi abordada por Reis (2000) através de
uma análise de carregamento sequencial do pórtico, que levou em consideração os
recalques ocorridos ao longo do tempo. A análise mostrou que os recalques foram
acelerados durante o período de carregamento e começaram a se estabilizar após
esse período, como mostra a Figura 2.11. Isto indica que o processo construtivo tem
maior importância para previsões de recalques a curto prazo, e a longo prazo estes
18

ficam muito próximos dos recalques obtidos com a consideração de carregamento


instantâneo.

Figura 2.11 – Curva recalque-tempo no pilar mais carregado considerando a


sequência de carregamento. (REIS, 2000)

Neste mesmo sentido, Gonçalves (2004) fez um estudo comparativo em um


edifício para o qual analisou modelos computacionais e os relacionou com valores
de recalques e deformações reais medidos na estrutura durante certo período de
tempo. Como foram realizadas leituras dos recalques e deformações em cinco
etapas diferentes da construção, foram elaborados também cinco modelos
tridimensionais discretizados em elementos finitos, cada um representando o estágio
de carregamento correspondente a uma leitura realizada in loco. Além disso,
também foi realizada uma comparação entre a estrutura com apoios considerados
indeslocáveis e a estrutura submetida aos recalques medidos. Desta maneira, foi
possível avaliar a distribuição das cargas na estrutura pela ação dos recalques das
fundações.

Com sua análise comparativa entre as previsões e o comportamento real da


estrutura, foi possível notar que os valores de coeficientes de variação fictícios dos
recalques medidos na estrutura real são significativamente menores do que os
estimados através dos métodos descritos por diversos autores, o que indica a
manifestação dos efeitos da interação solo-estrutura que ocorre no caso real, que
tende a uniformizar os recalques sofridos.
19

Quanto ao carregamento dos pilares, Gonçalves (2004) verificou que a


tendência foi de que no início da obra, quando o primeiro teto ainda estava
escorado, as leituras realizadas mostrassem cargas maiores do que aquelas obtidas
pelo modelo computacional de elementos finitos, e, com o decorrer da obra, foi-se
verificando o contrário. Gonçalves (2004) destacou ainda que a diferença entre as
cargas obtidas através das medições no local e as obtidas pelos modelos foi maior
do que quando comparado o modelo indeslocável com o submetido aos recalques, o
que indica que, mesmo utilizando métodos para consideração da interação solo-
estrutura, os resultados ainda não representam a situação real com exatidão.
20

3 EXEMPLOS NUMÉRICOS

Com o intuito de avaliar os efeitos da consideração da interação solo-


estrutura nas edificações, principalmente no que diz respeito ao consumo de
material, foi elaborado um comparativo entre modelos distintos, considerando
edifícios com alturas diferentes e assentados em solos com tensões admissíveis
também distintas.

Para os edifícios dos exemplos foram utilizados modelos simplificados para


análise exclusivamente dos efeitos da interação solo-estrutura. Foram concebidos
para uso comercial, destinados a escritórios, com quatro, oito e doze pavimentos,
assentados sobre três tipos de solo diferentes através de fundações rasas. Foram
analisados, portanto, um total de doze modelos, incluindo aqueles cujos apoios
foram considerados rígidos, para fins de comparação dos resultados. Para todos
eles foram utilizados os mesmos carregamentos verticais.

Para efeitos de simplificação, foi desconsiderada a existência de escadas e


poços de elevadores, bem como de rebaixos nas lajes, assim como foram
considerados todos os pavimentos com as mesmas cargas verticais.

Foi utilizado o sistema CAD/TQS, versão 18.8 para a modelagem das


estruturas, seguindo os critérios estipulados pela norma NBR 6118:2014, com
esforços e dimensionamentos respeitando o Estado Limite Último (ELU) da
estrutura, com verificação para o Estado Limite de Serviço (ELS).

Para os elementos de infra e superestrutura, foi considerado concreto C25 e


aço CA-50 para as armaduras longitudinais. A classe de agressividade ambiental
considerada foi CAA II, que indica agressividade moderada, recomendada para
ambientes urbanos.

Como ações verticais, foi considerado, além do peso próprio da estrutura, o


peso próprio de revestimentos e pisos e uma sobrecarga, de 1,0 e 2,0kN por metro
quadrado de laje, respectivamente.

Para cálculo do peso próprio, considerou-se o peso específico de 25kN/m³


para as estruturas de concreto, e para as alvenarias 2,5kN por metro quadrado de
parede.
21

As ações horizontais do vento foram calculadas para uma velocidade básica


de 45m/s, que se refere às condições encontradas na cidade de Porto Alegre, Rio
Grande do Sul.

O cálculo dos coeficientes de arrasto do vento foi realizado pelo próprio


programa TQS, através dos dados fornecidos.

Para cada caso considerado, foi realizado um pré-dimensionamento dos


pilares através de uma tabela elaborada no Excel pelo professor orientador deste
trabalho, conforme Anexo A, levando em consideração a área de influência dos
pilares, a taxa de armadura estimada e uma estimativa da carga vertical por
pavimento, bem como o número total de pavimentos das edificações. Foram
utilizados somente pilares de seção quadrada, para efeitos de simplificação.

3.1 Modelos.

3.1.1 – Quatro Pavimentos

O primeiro modelo analisado trata-se de uma edificação constituída de


pavimento térreo, três pavimentos tipo e um pavimento de cobertura, com pé direito
de 2,80m, conforme esquema apresentado na Figura 3.1, totalizando uma altura de
11,20m.

A planta de formas estruturais dos pavimentos pode ser visualizada na Figura


3.2. A estrutura é constituída por quatro pilares de canto, oito pilares de extremidade
e três pilares internos, tendo portanto, um total de quinze pilares. As lajes foram
concebidas como lajes maciças de concreto armado de espessura 13cm. As
dimensões das vigas foram pré-dimensionadas de acordo com a carga vertical
estimada, e mantendo-as constantes em todos os pavimentos.

Para esta configuração, os pilares dos cantos foram pré-dimensionados com


25x25cm, os das extremidades com 30x30cm e os pilares internos com 35x35cm.

Para cálculo dos coeficientes de arrasto do vento, foram informadas as


dimensões da edificação. Os fatores S1, S2 e S3 foram determinados para obtenção
22

da velocidade característica do vento, conforme Figura 3.3. O próprio programa TQS


determinou, através do ábaco para vento de baixa turbulência, os coeficientes de
arrasto para tal estrutura.

Figura 3.1 – Corte esquemático do edifício - caso de 4 pavimentos.

Figura 3.2 – Planta de formas estruturais dos pavimentos - caso de 4 pavimentos.


23

Figura 3.3 – Dados utilizados para cálculo da ação do vento - caso de 4


pavimentos

3.1.2 – Oito Pavimentos

O modelo de altura intermediária analisado trata-se de uma edificação com


um pavimento térreo, sete pavimentos tipo e um pavimento de cobertura, com pé
direito de 2,80m, conforme esquema apresentado na Figura 3.4, totalizando uma
altura de 22,40m.

A planta de formas estruturais dos pavimentos pode ser visualizada na Figura


3.5. A estrutura também é constituída por quatro pilares de canto, oito pilares de
extremidade e três pilares internos, totalizando quinze pilares. Assim como no
modelo de quatro pavimentos, as lajes foram concebidas como lajes maciças de
concreto armado de espessura 13cm. Como as dimensões das vigas foram pré-
dimensionadas de acordo com a carga vertical estimada por pavimento, estas
mantêm-se com as mesmas dimensões dos demais modelos.

Para os modelos com oito pavimentos, os pilares de canto foram pré-


dimensionados com 30x30cm, os das extremidades com 40x40cm e os pilares
internos com 50x50cm.
24

Para cálculo dos coeficientes de arrasto do vento, foram informadas as


dimensões da edificação. Os fatores S1, S2 e S3 foram determinados para obtenção
da velocidade característica do vento, conforme Figura 3.6. O próprio programa TQS
determinou, através do ábaco para vento de baixa turbulência, os coeficientes de
arrasto para tal estrutura.

Cob

280
7° Tipo

280
6° Tipo

280
5° Tipo

280
4° Tipo

280
3° Tipo

280
2° Tipo

280
1° Tipo

280
Térreo

Figura 3.4 – Corte esquemático do edifício - caso de 8 pavimentos.

Figura 3.5 – Planta de formas estruturais dos pavimentos - caso de 8 pavimentos.


25

Figura 3.6 – Dados utilizados para cálculo da ação do vento - caso de 8


pavimentos

3.1.3 – Doze Pavimentos

Os modelos de doze pavimentos tratam-se dos mais esbeltos entre os


demais, com um pavimento térreo, onze pavimentos tipo e um pavimento de
cobertura, com pé direito de 2,80m, conforme esquema apresentado na Figura 3.7, e
altura total de 33,60m.

A planta de formas estruturais dos pavimentos pode ser visualizada na Figura


3.8. A estrutura, da mesma maneira que as demais, é constituída por quinze pilares,
sendo quatro de canto, oito de extremidade e três pilares internos. As lajes também
foram concebidas como lajes maciças de concreto armado de espessura 13cm e as
vigas foram pré-dimensionadas conforme comentado anteriormente, de acordo com
a carga vertical estimada por pavimento.

Nestes modelos de doze pavimentos, os pilares dos cantos foram pré-


dimensionados com 40x40cm, os das extremidades com 50x50cm e os pilares
internos com 60x60cm.
26

Para cálculo dos coeficientes de arrasto do vento, foram informadas as


dimensões da edificação. Os fatores S1, S2 e S3 foram determinados para obtenção
da velocidade característica do vento, conforme Figura 3.9. O próprio programa TQS
determinou, através do ábaco para vento de baixa turbulência, os coeficientes de
arrasto para tal estrutura.

Figura 3.7 – Corte esquemático do edifício - caso de 12 pavimentos.


27

Figura 3.8 – Planta de formas estruturais dos pavimentos - caso de 12 pavimentos.

Figura 3.9 – Dados utilizados para cálculo da ação do vento - caso de 12


pavimentos
28

3.2 Solos.

Para representar os diferentes tipos de solo como suporte das estruturas,


foram considerados coeficientes de mola nas bases dos pilares, simulando o
comportamento elástico do solo. Para isso, obteve-se inicialmente as reações do
modelo indeslocável, que permitiram um pré-dimensionamento das bases das
sapatas, conforme Anexo B. Com essa informação, aliada às características dos
solos, foi possível encontrar um coeficiente de reação vertical para cada tipo de solo-
sapata, supondo-se hipoteticamente o solo como homogêneo e semi-infinito.

E
Kv  (3.1)
(1   ²) B.I

Sendo:

Kv – coeficiente de reação vertical

E – módulo de elasticidade do solo

 - coeficiente de Poisson do solo

B – menor dimensão da sapata

I – fator de forma da sapata

A partir dos coeficientes de reação vertical, calcularam-se os coeficientes de


mola, que foram inseridos nos modelos estruturais, conforme Figura 3.10. Após o
reprocessamento de cada modelo, já considerando as molas, foram recalculadas as
bases das sapatas, reiniciando o processo anterior, até que o dimensionamento das
mesmas não sofresse mais alterações. As dimensões obtidas e seus respectivos
coeficientes de mola podem ser visualizados no Anexo C.
29

Figura 3.10 – Janela para inserção dos coeficientes de mola no modelo


estrutural.

As equações 3.2, 3.3 e 3.4 foram utilizadas para o cálculo dos coeficientes de
mola junto às sapatas. Foram considerados coeficientes de mola à translação em Z
e à rotação em X e Y, segundo convenção representada na Figura 3.11.

Figura 3.11 – Representação da convenção dos eixos para coeficientes de


mola.

Kz  Kv. Abase (3.2)

K RX  Kv.Ix (3.3)
30

K RY  Kv.Iy (3.4)

Sendo:

Kz – coeficiente de mola à translação em Z

KRX – coeficiente de mola à rotação em X

KRY – coeficiente de mola à rotação em Y

Abase – área da base da sapata

Ix – momento de inércia à flexão da base da sapata, em torno de X

Iy – momento de inércia à flexão da base da sapata, em torno de Y

Para obter as tensões admissíveis dos solos (  adm ) foi utilizada a expressão

semi-empírica 3.5.

SPTmédio
 adm  (3.5)
50

Foram utilizados três tipos diferentes de solo, que serão descritos na


sequência.

3.2.1 - Solo A.

O solo A trata-se do solo com maior capacidade de suporte entre os três


considerados. É formado por areia pouco siltosa com as características descritas a
seguir.

- SPT médio = 20

- Módulo de elasticidade: E=100000 kN/m2

- Coeficiente de Poisson:  = 0,35


31

- Tensão admissível: adm = 0,40 MPa

3.2.2 - Solo B.

O solo B é um solo com resistência intermediária, com capacidade de suporte


menor do que a do solo A. Constituído por areia média argilosa, possui as
características abaixo:

- SPT médio = 15

- Módulo de elasticidade: E=50000 kN/m2

- Coeficiente de Poisson:  = 0,35

- Tensão admissível: adm = 0,30 MPa

3.2.3 - Solo C

O solo C é o solo menos resistente entre os três analisados, possui reduzida


capacidade de suporte em comparação com os demais. É constituído por Argila
arenosa pouco siltosa e possui as características a seguir.

- SPT médio = 10

- Módulo de elasticidade: E=20000 kN/m2

- Coeficiente de Poisson:  = 0,30

- Tensão admissível: adm = 0,20 MPa


32

3.3 Resultados.

Este trabalho tem como objetivo central a comparação entre o consumo de


concreto e aço em situações sem consideração da interação da estrutura com o solo
e incluindo tal consideração. Porém, alguns outros parâmetros também foram
analisados, para que o entendimento a respeito da influência da interação solo-
estrutura fosse mais completo.

3.3.1 – Cargas Verticais.

Em se tratando das cargas (reações) verticais obtidas nas bases dos pilares,
observou-se, de maneira geral, uma confirmação dos efeitos de redistribuição de
esforços entre os pilares, tendendo a carregar mais os de periferia e aliviar os
internos, como Antoniazzi (2011), Désir e Crespo (2008), Reis (2000) e outros tantos
autores que já haviam constatado tal fato em suas análises.

Esta tendência de transferência das cargas dos pilares mais carregados para
os que apresentavam menor carregamento pode ser observada nas tabelas 3.1, 3.2
e 3.3 e torna-se mais evidente nos prédios mais altos (doze pavimentos) e
assentados no solo com menor capacidade de suporte (solo C), onde o acréscimo
de cargas nos pilares de canto e a redução nos internos podem ficar próximos de
20% em relação ao modelo indeslocável.

CARGA VERTICAL PARA QUATRO PAVIMENTOS


INDESLOCÁVEL BASE COM MOLAS

Nk (kN) Nk (kN) % em relação


ao indeslocável
CANTO 320 332 3,75%
SOLO A EXTREMIDADE 704 702 -0,28%
INTERNOS 1425 1380 -3,16%
CANTO 320 341 6,56%
SOLO B EXTREMIDADE 704 699 -0,71%
INTERNOS 1425 1354 -4,98%
CANTO 320 362 13,13%
SOLO C EXTREMIDADE 704 701 -0,43%
INTERNOS 1425 1293 -9,26%
Tabela 3.1 –Carga vertical nos pilares - caso de 4 pavimentos.
33

CARGA VERTICAL PARA OITO PAVIMENTOS


INDESLOCÁVEL BASE COM MOLAS
% em relação
Nk (kN) Nk (kN)
ao indeslocável
CANTO 769 810 5,33%
SOLO A EXTREM 1572 1590 1,15%
INTERNOS 2822 2688 -4,75%
CANTO 769 841 9,36%
SOLO B EXTREM 1572 1602 1,91%
INTERNOS 2822 2607 -7,62%
CANTO 769 911 18,47%
SOLO C EXTREM 1572 1625 3,37%
INTERNOS 2822 2431 -13,86%
Tabela 3.2 – Carga vertical nos pilares - caso de 8 pavimentos.

CARGA VERTICAL PARA DOZE PAVIMENTOS


INDESL BASE COM MOLAS
% em relação
Nk (kN) Nk (kN)
ao indeslocável
CANTO 1414 1522 7,64%
SOLO A EXTREMIDADE 2582 2643 2,36%
INTERNOS 4235 3970 -6,26%
CANTO 1414 1578 11,60%
SOLO B EXTREMIDADE 2582 2670 3,41%
INTERNOS 4235 3813 -9,96%
CANTO 1414 1702 20,37%
SOLO C EXTREMIDADE 2582 2719 5,31%
INTERNOS 4235 3537 -16,48%
Tabela 3.3 – Carga vertical nos pilares - caso de 12 pavimentos.

3.3.2 – Deslocamentos Horizontais

Além das cargas nos pilares, foi elaborado também um comparativo entre os
deslocamentos horizontais obtidos nos níveis dos pavimentos quando a estrutura
está submetida a ação de vento a 90°, por ser este o sentido de sua menor rigidez.
34

Os resultados estão dispostos nas tabelas 3.4, 3.5 e 3.6 e em suas


respectivas Figuras 3.12, 3.13 e 3.14, onde os valores são dispostos em forma de
gráfico, de modo a facilitar a visualização das alterações sofridas nos deslocamentos
quando a estrutura tem sua interação com o solo considerada.

Nota-se facilmente a tendência das estruturas a sofrerem maiores


deslocamentos horizontais quando assentadas em solos menos resistentes, além de
a consideração da interação solo-estrutura induzir a deslocamentos superiores ao
modelo indeslocável, assumindo valor maior do que 2cm de diferença no caso mais
extremo.

Porém, para edificações mais baixas, esta discrepância torna-se bastante


pequena, chegando a menos de 3mm de diferença entre o modelo indeslocável e o
com consideração da interação solo-estrutura assentado sobre o solo C, que seria o
caso mais suscetível a maiores deslocamentos

DESLOCAMENTO HORIZONTAL - 4 PAVIMENTOS (cm)


PAVIMENTO INDESLOCÁVEL SOLO A SOLO B SOLO C
0 0 0 0 0
1 0,35 0,42 0,45 0,51
2 0,69 0,77 0,81 0,88
3 0,92 1,0 1,05 1,14
4 1,01 1,11 1,15 1,25
Tabela 3.4 – Deslocamento horizontal nos pavimentos - caso de 4
pavimentos.
35

Deslocamento Horizontal - 4 Pavimentos


4,5
4
3,5
Pavimentos 3
2,5 INDESLOCÁVEL
2 SOLO A
1,5 SOLO B

1 SOLO C

0,5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Deslocamento Horizontal (cm)

Figura 3.12 – Gráfico comparativo do deslocamento horizontal nos


pavimentos para cada modelo – caso de 4 pavimentos.

DESLOCAMENTO HORIZONTAL - 8 PAVIMENTOS (cm)


PAVIMENTO INDESLOCÁVEL SOLO A SOLO B SOLO C
0 0 0 0 0
1 0,43 0,55 0,60 0,69
2 1,11 1,27 1,33 1,48
3 1,75 1,94 2,03 2,22
4 2,31 2,52 2,63 2,87
5 2,76 2,99 3,12 3,41
6 3,09 3,35 3,49 3,83
7 3,30 3,59 3,75 4,14
8 3,41 3,72 3,89 4,32
Tabela 3.5 – Deslocamento horizontal nos pavimentos - caso de 8
pavimentos.
36

Deslocamento Horizontal - 8 Pavimentos


9

Pavimentos 6

5 INDESLOCÁVEL
4 SOLO A

3 SOLO B

2 SOLO C

1
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5
Deslocamento Horizontal (cm)

Figura 3.13 – Gráfico comparativo do deslocamento horizontal nos


pavimentos para cada modelo – caso de 8 pavimentos.

DESLOCAMENTO HORIZONTAL - 12 PAVIMENTOS (cm)


PAVIMENTO INDESLOCÁVEL SOLO A SOLO B SOLO C
0 0 0 0 0
1 0,48 0,64 0,70 0,81
2 1,37 1,61 1,71 1,93
3 2,35 2,65 2,79 3,10
4 3,29 3,64 3,81 4,22
5 4,15 4,55 4,76 5,27
6 4,92 5,37 5,62 6,21
7 5,59 6,09 6,37 7,06
8 6,15 6,70 7,02 7,80
9 6,61 7,20 7,55 8,43
10 6,95 7,59 7,98 8,94
11 7,18 7,87 8,30 9,36
12 7,31 8,05 8,51 9,66
Tabela 3.6 – Deslocamento horizontal nos pavimentos - caso de 12
pavimentos.
37

Deslocamento Horizontal - 12 Pavimentos


14

12

10
Pavimentos

8 INDESLOCÁVEL

6 SOLO A
SOLO B
4
SOLO C

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Deslocamento Horizontal (cm)

Figura 3.14 – Gráfico comparativo do deslocamento horizontal nos


pavimentos para cada modelo – caso de 12 pavimentos.

3.3.3 – Quantitativos.

Estes resultados constituem o foco principal do trabalho. Foram, inicialmente


separados os valores de consumo de material pela superestrutura do consumo
referente aos elementos de fundação, e ao final é apresentado um comparativo total,
englobando ambos os elementos da estrutura.

Primeiramente, foram analisados os quantitativos referentes à superestrutura


dos modelos estudados. Os valores foram obtidos por meio de relatórios gerados
pelo próprio programa TQS a partir dos dimensionamentos dos elementos
estruturais.

Nota-se, de maneira geral, uma tendência de aumento no consumo de aço


com a consideração da interação solo-estrutura. Nos modelos de quatro pavimentos,
este aumento do consumo tem grande expressividade nos pilares, onde a diferença
atinge quase 50% a mais no total de aço do modelo assentado sobre o solo C
quando comparado ao modelo indeslocável, aliado a uma pequena redução no
consumo de aço pelas vigas, o que pode ser visualizado na tabela 3.7.
38

Já nos modelos com oito pavimentos, o aumento é menos expressivo e


ocorre tanto nas vigas como nos pilares, como mostra a tabela 3.8, alcançando
cerca de 10% em cada um para o Solo C. Para os modelos sobre solos mais
resistentes essa diferença foi bastante reduzida.

E para os casos de doze pavimentos, observou-se um aumento de pouco


mais de 20% para os pilares e 26% para as vigas quando comparados os
quantitativos do solo C com o indeslocável. Para os demais tipos de solo, houve um
aumento mais expressivo na quantidade de armadura das vigas do que dos pilares,
conforme tabela 3.9.

Quando comparado o total de armadura consumido pela superestrutura,


incluindo aço das lajes, vigas e pilares, o aumento só foi significativo no modelo com
12 pavimentos assentado sobre o solo C, onde chegou a mais de 12% em relação
ao indeslocável. Para o mesmo número de pavimentos, porém em solos com maior
capacidade de suporte, o aumento ficou em torno de 6 a 8%. Nos demais casos, o
aumento não ultrapassou a faixa de 5%.

Vale salientar que o volume de concreto não sofre variações entre os modelos
indeslocáveis e os com consideração da interação solo-estrutura, já que as
dimensões das peças da superestrutura são mantidas as mesmas em todos os
modelos, variando apenas entre os casos de diferentes números de pavimentos.

4 PAVIMENTOS
VIGAS LAJES PILARES TOTAL
CONCRETO 50,1m³ CONCRETO 139,9m³ CONCRETO 15,0m³ CONCRETO 205m³
AÇO % em rel % em rel AÇO % em rel % em rel
AÇO (kg) AÇO (kg)
(kg) ao indesl ao indesl (kg) ao indesl ao indesl
INDESLOCÁVEL 3541,1 - 8735,5 - 1724,1 - 14000,7 -
SOLO A 3621,7 2,28% 8735,5 0,00% 1953,2 13,29% 14310,4 2,21%
SOLO B 3714,4 4,89% 8735,5 0,00% 2269,3 31,62% 14719,2 5,13%
SOLO C 3450,6 -2,56% 8735,5 0,00% 2557,4 48,33% 14743,5 5,31%
Tabela 3.7 – Consumo de material da superestrutura - caso de 4 pavimentos.
39

8 PAVIMENTOS
VIGAS LAJES PILARES TOTAL
CONCRETO 98,4 m³ CONCRETO 279,4 CONCRETO 53,5m³ CONCRETO
m³ 431,30m³
AÇO % em rel AÇO % em rel AÇO % em rel AÇO % em
(kg) ao indesl (kg) ao indesl (kg) ao indesl (kg) rel ao
indesl
INDESLOCÁVEL 10815,1 - 20556,4 - 5507,1 - 36878,6 -
SOLO A 10882 0,62% 20556,4 0,00% 5708,1 3,65% 37146,5 0,73%
SOLO B 11458,5 5,95% 20556,4 0,00% 5664,5 2,86% 37679,4 2,17%
SOLO C 11812,8 9,23% 20556,4 0,00% 6071,3 10,24% 38440,5 4,24%
Tabela 3.8 – Consumo de material da superestrutura - caso de 8 pavimentos.

12 PAVIMENTOS
VIGAS LAJES PILARES TOTAL
CONCRETO 144,9m³ CONCRETO CONCRETO 125m³ CONCRETO
418,5m³ 688,40m³
AÇO % em rel AÇO % em AÇO (kg) % em AÇO (kg) % em
(kg) ao indesl (kg) rel ao rel ao rel ao
indesl indesl indesl
INDESLOCÁVEL 22131,6 - 32582,6 - 10597,5 - 65311,7 -
SOLO A 25776,8 16,47% 32582,6 0,00% 11371,1 7,30% 69730,5 6,77%
SOLO B 25987,3 17,42% 32582,6 0,00% 11477,3 8,30% 70047,2 7,25%
SOLO C 27958,1 26,33% 32582,6 0,00% 12880,5 21,54% 73421,2 12,42%
Tabela 3.9 – Consumo de material da superestrutura - caso de 12
pavimentos.

Como considerar os apoios com base indeslocável e com base em meio


elástico ocasiona diferenças significativas no dimensionamento dos elementos de
fundação, torna-se relevante considerar também o consumo de material desses
elementos no comparativo entre os modelos, pois há variação não só na quantidade
de aço consumida, como também na de concreto.

Para isso, foi necessário, além das dimensões das bases das sapatas,
estabelecer as alturas das mesmas, para que posteriormente fosse possível calcular
o volume total de concreto consumido e a armadura longitudinal necessária.

Visando determinar as dimensões em planta das sapatas, ou seja, sua base,


foram utilizadas combinações de ações cujos coeficientes de majoração e minoração
fossem unitários, conforme descrito abaixo, e, a partir destas combinações,
40

dimensionaram-se as sapatas conforme a situação que se mostrou mais


desfavorável.

1,0G  1,0QSOB  1,0QVENTO

Foram estabelecidos previamente alguns condicionantes para o cálculo das


alturas das sapatas. Quanto à sua rigidez, a altura h foi determinada através da
equação 3.6, de modo a garantir um comportamento rígido das sapatas, além de
garantir a ancoragem das armaduras dos pilares, conforme equação 3.7. A altura ho
foi calculada para que representasse cerca de um terço da altura total, de acordo
com a equação 3.8. Tais alturas estão representadas na Figura 3.15.

Figura 3.15 – Representação esquemática das dimensões das sapatas.


(ALVA, 2007)

(a  a p )
h (3.6)
3
ou

h  Lb,nec  c (3.7)

h
ho (3.8)
3
41

Onde Lb,nec é o comprimento de ancoragem necessário para as armaduras


do pilar e é dado segundo a Tabela 3.10, retirada de Alva (2007). A referida tabela
assume condição de boa aderência e área de armadura necessária ao equilíbrio
igual à área de armadura efetiva empregada no pilar.

Tabela 3.10 – Tabela de comprimentos de ancoragem das armaduras dos


pilares. (ALVA, 2007)

O comprimento de ancoragem necessário foi calculado considerando o


concreto da sapata com resistência de 25MPa (C25) e as armaduras dos pilares
com ferros de diâmetro 16mm. O cobrimento considerado para os elementos de
fundação foi de 4,5cm, por estar em contato direto com o solo. Portanto temos que:

h  38 x1,6  4,5  65,3cm

Sendo assim, a altura mínima h considerada para as sapatas foi de 65cm.

O volume de concreto das sapatas foi calculado com o auxílio de um


aplicativo elaborado e disponibilizado pelo escritório Dácio Carvalho Soluções
Estruturais, cuja interface pode ser visualizada na Figura 3.16.
42

Figura 3.16 – Aplicativo utilizado para cálculo do volume de concreto das


sapatas. (em: <http://www.daciocarvalho.com.br/downloads.html>. Acesso em: 14
nov. 2014)

As dimensões das sapatas para cada caso analisado, bem como o volume de
concreto calculado para as mesmas encontram-se nas tabelas 3.11, 3.12 e 3.13.

Nota-se que, por serem mais solicitados, os pilares internos necessitam


sapatas com maiores dimensões do que os demais, principalmente nos casos com
apoios indeslocáveis. Ao considerar-se a interação solo-estrutura, há uma redução
nas dimensões dessas sapatas, devido à redistribuição das cargas entre os pilares
da estrutura.

Além disso, fica evidente a necessidade de sapatas maiores para as


fundações em solos com menor capacidade de suporte.
43

4 PAVIMENTOS - INDESLOCÁVEL
Posição dos A B Dim. h(m) ho (m) CONCRETO
pilares (m) (m) Pilar (m) (m³)
SOLO A Canto 1,15 1,15 0,25 0,65 0,25 0,67
Extremidade 1,55 1,55 0,30 0,65 0,25 1,21
Internos 2,10 2,10 0,35 0,65 0,25 2,20
SOLO B Canto 1,30 1,30 0,25 0,65 0,25 0,85
Extremidade 1,80 1,80 0,30 0,65 0,25 1,62
Internos 2,40 2,40 0,35 0,70 0,25 2,45
SOLO C Canto 1,55 1,55 0,25 0,65 0,25 1,20
Extremidade 2,15 2,15 0,30 0,65 0,25 2,30
Internos 2,95 2,95 0,35 0,90 0,30 4,58
4 PAVIMENTOS - BASE MOLAS
Posição dos A B Dim. h (m) ho (m) CONCRETO
pilares (m) (m) Pilar (m) (m³)
SOLO A Canto 1,10 1,10 0,25 0,65 0,25 0,61
Extremidade 1,55 1,55 0,30 0,65 0,25 1,21
Internos 2,05 2,05 0,35 0,65 0,25 2,10
SOLO B Canto 1,25 1,25 0,25 0,65 0,25 0,79
Extremidade 1,75 1,75 0,30 0,65 0,25 1,53
Internos 2,35 2,35 0,35 0,75 0,25 3,3
SOLO C Canto 1,55 1,55 0,25 0,65 0,25 1,20
Extremidade 2,10 2,10 0,30 0,65 0,25 2,19
Internos 2,80 2,80 0,35 0,80 0,30 4,67
Tabela 3.11 – Dimensões das sapatas - caso de 4 pavimentos.

8 PAVIMENTOS - INDESLOCÁVEL
Posição dos A B Dim. h (m) ho CONCRETO
pilares (m) (m) Pilar (m) (m³)
SOLO A Canto 1,65 1,65 0,30 0,65 0,25 1,36
Extremidade 2,30 2,30 0,40 0,65 0,25 2,65
Internos 3,00 3,00 0,50 0,85 0,30 4,67
SOLO B Canto 1,85 1,85 0,30 0,65 0,25 1,71
Extremidade 2,60 2,60 0,40 0,75 0,25 3,02
Internos 3,45 3,45 0,50 1,00 0,35 7,17
SOLO C Canto 2,25 2,25 0,30 0,65 0,25 2,51
Extremidade 3,15 3,15 0,40 0,95 0,35 7,28
Internos 4,15 4,15 0,50 1,25 0,45 16,71
8 PAVIMENTOS - BASE MOLAS
Posição dos A B Dim. h (m) ho CONCRETO
pilares (m) (m) Pilar (m) (m³)
SOLO A Canto 1,65 1,65 0,30 0,65 0,25 1,36
Extremidade 2,25 2,25 0,40 0,65 0,25 2,54
Internos 2,90 2,90 0,50 0,80 0,30 5,22
SOLO B Canto 1,90 1,90 0,30 0,65 0,20 1,91
44

Extremidade 2,60 2,60 0,40 0,75 0,25 3,02


Internos 3,30 3,30 0,50 0,95 0,35 7,51
SOLO C Canto 2,40 2,40 0,30 0,70 0,25 2,43
Extremidade 3,15 3,15 0,40 0,95 0,30 5,43
Internos 3,85 3,85 0,50 1,15 0,40 10,18
Tabela 3.12 – Dimensões das sapatas - caso de 8 pavimentos.

12 PAVIMENTOS - INDESLOCÁVEL
Posição dos A B Dim. h (m) ho CONCRETO
pilares (m) (m) Pilar (m) (m³)
SOLO A Canto 2,20 2,20 0,40 0,65 0,25 2,43
Extremidade 3,00 3,00 0,50 0,90 0,30 6,47
Internos 3,70 3,70 0,60 1,10 0,40 11,75
SOLO B Canto 2,50 2,50 0,40 0,70 0,25 2,67
Extremidade 3,30 3,30 0,50 1,00 0,35 8,57
Internos 4,20 4,20 0,60 1,25 0,45 17,19
SOLO C Canto 3,00 3,00 0,40 0,90 0,30 4,77
Extremidade 4,00 4,00 0,50 1,20 0,40 11,27
Internos 5,10 5,10 0,60 1,55 0,55 31,41
12 PAVIMENTOS - BASE MOLAS
Posição dos A B Dim. h (m) ho CONCRETO
pilares (m) (m) Pilar (m) (m³)
SOLO A Canto 2,25 2,25 0,40 0,65 0,25 2,54
Extremidade 2,90 2,90 0,50 0,85 0,30 5,64
Internos 3,55 3,55 0,60 1,05 0,35 10,58
SOLO B Canto 2,60 2,60 0,40 0,75 0,25 3,02
Extremidade 3,35 3,35 0,50 1,00 0,35 8,83
Internos 4,00 4,00 0,60 1,20 0,40 15,3
SOLO C Canto 3,25 3,25 0,40 0,95 0,35 7,74
Extremidade 4,10 4,10 0,50 1,25 0,45 16,31
Internos 4,70 4,70 0,60 1,40 0,50 24,09
Tabela 3.13 – Dimensões das sapatas - caso de 12 pavimentos.

Para o cálculo das armaduras de flexão das sapatas, foram utilizados as


cargas verticais e os momentos na direção x e y da combinação mais desfavorável,
majoradas em 1,4. A tabela do Anexo D mostra as alturas e armaduras calculadas
para cada caso de sapata.

Após os dimensionamentos, tanto das armaduras quanto das seções das


sapatas, foi possível elaborar uma tabela comparativa entre o consumo de material
nos elementos de fundação, nos modelos com apoios indeslocáveis e com
45

consideração dos coeficientes de mola, de modo a observar a influência destes


elementos no consumo global da edificação.

As tabelas 3.14, 3.15 e 3.16 mostram o consumo exclusivamente dos


elementos de fundação, com a diferença em percentual dos casos em que há
consideração da ISE em relação àqueles com apoios indeslocáveis, assentados
sobre o mesmo tipo de solo.

Nota-se uma tendência de redução do volume de concreto e a quantidade de


armadura com a consideração da interação-solo estrutura, devido à redução do
tamanho das sapatas após a redistribuição das cargas. A redução do consumo de
concreto fica em torno de 6 a 10% na maioria dos casos, com exceção dos modelos
de quatro pavimentos assentados sobre solo A e B.

4 PAVIMENTOS

CONCRETO % em rel. ao AÇO % em rel. ao


(m³) indeslocável (kg) indeslocável
INDESLOCÁVEL A 3,34 - 124,59 -
INDESLOCÁVEL B 4,48 - 168,29 -
INDESLOCÁVEL C 7,43 - 249,20 -
SOLO A 3,22 -3,59% 118,11 -5,20%
SOLO B 4,37 -2,46% 158,35 -5,91%
SOLO C 6,61 -11,04% 258,68 3,81%
Tabela 3.14 – Consumo de material nas sapatas - caso de 4 pavimentos.

8 PAVIMENTOS
CONCRETO % em rel. ao AÇO % em rel. ao
(m³) indeslocável (kg) indeslocável
INDESLOCÁVEL A 7,96 - 335,67 -
INDESLOCÁVEL B 11,59 - 444,67 -
INDESLOCÁVEL C 20,74 - 792,57 -
SOLO A 7,41 -6,91% 300,44 -10,49%
SOLO B 10,75 -7,25% 412,49 -7,24%
SOLO C 18,04 -13,02% 709,05 -10,54%
Tabela 3.15 – Consumo de material nas sapatas - caso de 8 pavimentos.
46

12 PAVIMENTOS
CONCRETO % em rel. ao AÇO % em rel. ao
(m³) indeslocável (kg) indeslocável
INDESLOCÁVEL A 16,11 - 646,68 -
INDESLOCÁVEL B 22,66 - 878,60 -
INDESLOCÁVEL C 40,16 - 1383,78 -
SOLO A 14,39 -10,68% 614,39 -4,99%
SOLO B 21,20 -6,44% 820,28 -6,64%
SOLO C 37,39 -6,90% 1460,38 5,54%
Tabela 3.16– Consumo de material nas sapatas - caso de 12 pavimentos.

Por fim, ao somarmos o consumo de material da superestrutura com o


consumo das fundações, obtemos o consumo total da edificação, conforme Tabelas
3.17 a 3.19. Dessa maneira torna-se possível avaliar, em termos de quantitativos, se
há alterações significativas quando consideramos a interação da estrutura com o
solo em relação aos modelos usuais, que ignoram tal interação e consideram os
apoios com bases indeslocáveis.

4 PAVIMENTOS
% em relação % em relação
CONCRETO
AÇO (kg) ao ao
(m³)
indeslocável indeslocável
INDESLOCÁVEL A 14125,29 - 208,34 -
INDESLOCÁVEL B 14168,99 - 209,48 -
INDESLOCÁVEL C 14249,9 - 212,43 -
SOLO A 14428,51 2,15% 208,22 -0,06%
SOLO B 14877,55 5,00% 209,37 -0,05%
SOLO C 15002,18 5,28% 211,61 -0,39%
Tabela 3.17 – Consumo total de material - caso de 4 pavimentos.

8 PAVIMENTOS

% em relação % em relação
CONCRETO
AÇO (kg) ao ao
(m³)
indeslocável indeslocável

INDESLOCÁVEL A 37214,27 - 439,26 -


INDESLOCÁVEL B 37323,27 - 442,89 -
INDESLOCÁVEL C 37671,17 - 452,04 -
SOLO A 37446,94 0,63% 438,71 -0,13%
SOLO B 38091,89 2,06% 442,05 -0,19%
SOLO C 39149,55 3,92% 449,34 -0,60%
Tabela 3.18 – Consumo total de material - caso de 8 pavimentos.
47

12PAVIMENTOS

% em relação % em relação
CONCRETO
AÇO (kg) ao ao
(m³)
indeslocável indeslocável

INDESLOCÁVEL A 65958,38 - 704,51 -


INDESLOCÁVEL B 66190,3 - 711,06 -
INDESLOCÁVEL C 66695,48 - 728,56 -
SOLO A 70344,89 6,65% 702,79 -0,24%
SOLO B 70867,48 7,07% 709,60 -0,21%
SOLO C 74881,58 12,27% 725,79 -0,38%
Tabela 3.19 – Consumo total de material - caso de 12 pavimentos.

Com a inclusão do consumo de material das fundações no cálculo dos


quantitativos totais, é possível notar que não houveram alterações significativas no
aumento ou redução do consumo em comparação com os quantitativos apenas da
superestrutura.

O consumo de concreto, antes constante em todos os modelos, sofre agora


certo decréscimo, porém com valores muito pequenos em relação ao total, sendo
sempre inferior a 1%, o que significa que o volume total de concreto não é
influenciado significativamente pela consideração da interação solo-estrutura.

Quanto ao consumo de aço, este também ao final das considerações não


sofre alterações muito expressivas, girando em torno de 5% do total de armadura
dos casos indeslocáveis, excetuando no modelo de 12 pavimentos assentado sobre
o solo C, em que o consumo permanece sofrendo um acréscimo de pouco mais de
12%.

O que se conclui, portanto, é que em uma visão global, analisando apenas


quantitativamente, a consideração da interação solo-estrutura não ocasiona
alterações significativas no consumo de material e, como consequência, não afeta o
custo total da obra. Deve-se, porém, dar mais atenção a casos de edificações mais
esbeltas e com fundações em solos com menor capacidade de suporte, pois estas
apresentaram as diferenças mais significativas após a consideração da interação
com o solo.
48

Em todos os casos, entretanto, observa-se que, apesar de não alterar


significativamente o total de aço utilizado no dimensionamento, há uma grande e
significativa alteração da localização das armaduras, que são transferidas de uns
pilares para outros, bem como de pilares para vigas e vice-versa.

Deste modo, ao utilizar os métodos usuais de dimensionamento, as peças


das superestruturas podem, em alguns casos, ser subdimensionadas, enquanto
outras apresentam-se superarmadas. Este erro de locação das armaduras induz,
como já foi apresentado no Capítulo 2, a ocorrência de sérios problemas e danos à
estrutura, que ao necessitarem de reparos e manutenção geram custos e
transtornos que poderiam ter sido evitados no momento da concepção estrutural,
além de comprometerem a segurança estrutural e dos ocupantes das edificações.
49

4 CONCLUSÃO

Os modelos utilizados usualmente para dimensionamento de estruturas de


concreto armado, em sua maioria, ignoram a interação que ocorre entre a estrutura e
o solo de fundação em que ela estará assentada. Para simplificação dos cálculos, as
fundações são calculadas separadamente, a partir das reações obtidas nos apoios
da superestrutura. Desta maneira, os efeitos do comportamento da estrutura frente
às acomodações do solo, e vice-versa, são desconsiderados.

Sendo assim, a estrutura em situação real está submetida a diversos esforços


que não foram considerados no momento de seu dimensionamento, tornando-a
suscetível ao surgimento de diversos tipos de patologias, sendo as fissuras a 45° as
manifestações mais observadas.

Alguns autores verificaram que devido à interação com o solo, os


carregamentos dos pilares tendem a sofrer uma redistribuição, com transferência de
carga dos mais carregados para os menos solicitados. Esta redistribuição causa
uma suavização na deformada de recalques, reduzindo, portanto, os recalques
diferenciais previstos por métodos convencionais.

Todos os efeitos causados na superestrutura pela interação da edificação


com o solo podem ocasionar diversas alterações no dimensionamento e consumo de
material pelos elementos estruturais. Visando quantificar essas alterações de
consumo é que foi realizado este trabalho, levando em consideração também o
comportamento das edificações frente aos esforços causados pela interação com o
solo.

Deste modo, através do estudo comparativo elaborado, observou-se que a


alteração das reações verticais nas fundações apresentou um comportamento
equivalente ao que era esperado após a consideração da interação solo-estrutura.
De maneira geral, ocorreu uma redução do carregamento nos pilares internos,
transferindo-os para os de periferia, principalmente os de canto. Tal tendência foi
observada com mais clareza nos modelos mais esbeltos e assentados sobre solos
de fundação com menor capacidade de suporte.

Também foram observados os deslocamentos horizontais devido à ação do


vento à 90° nas edificações e verificou-se, como também já era esperado, que há
50

um aumento em tais deslocamentos, quando considerada a interação-solo estrutura,


em relação aos modelos indeslocáveis. Essa diferença, porém, foi pequena nos
modelos de quatro pavimentos e um pouco mais significativa nos de doze.

Em se tratando de quantitativos de materiais, foi analisado primeiramente o


consumo de aço e concreto pela superestrutura. Considerando que o concreto tem
volume constante entre os modelos com mesmo número de pavimentos, já que não
houveram variações das seções das peças, o estudo comparativo se deu apenas
entre a quantidade de aço utilizada nos modelos indeslocáveis e nos modelos com
consideração da ISE.

Pôde-se perceber um aumento no consumo de aço nos modelos em que


deformabilidade do solo foi considerada, independentemente do tipo de solo.
Entretanto, esse aumento foi mais expressivo nos edifícios de maior altura e com
solos menos rígidos, chegando a até 12,27% a mais na quantidade de armadura, em
relação ao modelo indeslocável.

Observou-se também um aumento bastante significativo na armadura dos


pilares, principalmente nos modelos de quatro pavimentos, com consideração da
interação solo-estrutura, em que o valor do modelo indeslocável sofreu um
acréscimo de quase 50% quando considerado o solo com menor capacidade de
suporte. Nos modelos mais altos esse aumento também ocorre nas armaduras das
vigas, girando em torno de 20% em relação ao indeslocável.

Após a inclusão das armaduras e do volume de concreto das sapatas no


cálculo dos quantitativos dos edifícios analisados, verificou-se que as fundações não
influenciaram significativamente no aumento do consumo global de material após a
consideração da interação solo-estrutura. Tal aumento manteve-se semelhante
àquele obtido no comparativo da superestrutura, com exceção do volume de
concreto, que sofreu uma pequena variação devido às diferenças nas dimensões
das sapatas para os diferentes tipos de solo, não atingindo, porém, nem 1% do total
do consumo.

De uma maneira geral, pode-se concluir que não há uma grande diferença
entre o consumo de material quando a estrutura tem seus apoios considerados
indeslocáveis e quando a estes são aplicados coeficientes de mola correspondentes
ao solo de fundação. Este fato é um indício que a consideração da interação solo-
51

estrutura não impacta no orçamento global da obra e consequentemente não a torna


inviável. Em contrapartida ficou evidente a maior suscetibilidade das estruturas mais
esbeltas, ou seja, com maior número de pavimentos, frente à deformabilidade do
solo, especialmente em casos onde o solo de fundação possui menor capacidade de
suporte, o que destaca a necessidade de redobrar a atenção para esses casos.

Além disso, há uma grande realocação das armaduras entre os elementos


estruturais com a consideração da interação solo-estrutura, devido às transferências
das solicitações entre pilares, bem como de pilares para vigas e vice-versa. Esta
alteração na localização das armaduras pode comprometer o dimensionamento da
estrutura, ocasionando o subdimensionamento de algumas peças, ao passo que
outras acabarão sendo superarmadas. Como consequência, existe o risco de
diversas patologias e danos acometerem a estrutura, gerando, posteriormente,
custos e transtornos elevados para sua recuperação.
52

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVA, G. M. S. Interação solo-estrutura (ISE). Notas de aula disciplina ECC 840 –


Análise Estrutural I – Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil, UFSM,
Santa Maria, 2007.

ANTONIAZZI, J. P. Interação solo-estrutura de edifícios com fundações


superficiais. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-graduação em Engenharia
Civil, UFSM, Santa Maria, 2011.

COLARES, G. M. Programa para análise da interação solo-estrutura no projeto


de edifícios. Dissertação (Mestrado) – Escola de Engenharia de São Carlos,
Universidade de São Paulo, São Carlos, 2006.

DÁCIO CARVALHO SOLUÇÕES ESTRUTURAIS. Volume de sapatas. Disponível


em: <http://www.daciocarvalho.com.br/downloads.html>. Acesso em: 14 nov. 2014.

DÉSIR, J. M.; CRESPO, V. A.S. Efeito da sensibilidade da estrutura em relação


ao solo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO, 50., 2008, Salvador.
Anais...Instituto Brasileiro do Concreto, 2008.

GONÇALVES, J.C. Avaliação da influência dos recalques das fundações na


variação de cargas dos pilares de um edifício. Dissertação (Mestrado) - Programa
de Pós-graduação de Engenharia, UFRJ, Rio de Janeiro, 2004.

GUSMÃO, A. D. Aspectos relevantes da interação solo-estrutura em


edificações. São Paulo: Revista Solos e Rochas, v.17 (1), p.47-55, 1994.

HOLANDA JR., O. G. Interação solo-estrutura para edifícios de concreto


armado sobre fundações diretas. Dissertação (Mestrado) – Escola de Engenharia
de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 1998.

REIS, J. H. C. Interação solo-estrutura de grupo de edifícios com fundações


superficiais em argila mole. Dissertação (Mestrado) – Escola de Engenharia de
São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2000.
53

THOMAZ, E. C. S. Fissuração – 168 Casos Reais. Rio de Janeiro, RJ, 2003.


Disponível em: < http://aquarius.ime.eb.br/~webde2/prof/ethomaz/>. Acesso em: 21
out. 2014.
54

ANEXOS
55

Anexo A – Pré-dimensionamento dos pilares

A força Normal estimada para os pilares é dada pela expressão:

Nk = (g+q) x Ai x n

Onde Ai é a área de influência do pilar e n é o número de pavimentos acima


da seção dimensionada.

As solicitações de flexão são consideradas multiplicando-se a força normal Nk


por coeficientes ( adotados em função da posição dos pilares, que levam em conta
o coeficiente de segurança. (ALVA, 2007)

Tais coeficientes são adotados conforme a tabela abaixo.

Assim, obtém-se uma força normal de dimensionamento Nd*, equivalente à


situação real.

A área da base das sapatas, então, foi calculada segundo a expressão:

Nd *
Ac 
0,85 fcd   s 0.002

Adotando 
56

Desta maneira temos:

4 Pavimentos
Dimensão
 Nk Nd* Adotada
Pilar Ai  Ac (cm²) do pilar
adotado) (kN) (kN) (cm)
(m²) (cm)
P1 9,00 0,02 2,5 432 1080 458,04 21,40 25
P2 18,00 0,02 2,2 864 1901 806,16 28,39 30
P3 18,00 0,02 2,2 864 1901 806,16 28,39 30
P4 18,00 0,02 2,2 864 1901 806,16 28,39 30
P5 9,00 0,02 2,5 432 1080 458,04 21,40 25
P6 18,00 0,02 2,2 864 1901 806,16 28,39 30
P7 36,00 0,02 1,8 1728 3110 1319,16 36,32 35
P8 36,00 0,02 1,8 1728 3110 1319,16 36,32 35
P9 36,00 0,02 1,8 1728 3110 1319,16 36,32 35
P10 18,00 0,02 2,2 864 1901 806,16 28,39 30
P11 9,00 0,02 2,5 432 1080 458,04 21,40 25
P12 18,00 0,02 2,2 864 1901 806,16 28,39 30
P13 18,00 0,02 2,2 864 1901 806,16 28,39 30
P14 18,00 0,02 2,2 864 1901 806,16 28,39 30
P15 9,00 0,02 2,5 432 1080 458,04 21,40 25

8 Pavimentos
Ai Nk Nd* Dimensão do Adotada
Pilar   Ac (cm²)
(m²) (kN) (kN) pilar (cm) (cm)
P1 9,00 0,02 2,5 864 2160 916,09 30,27 30
P2 18,00 0,02 2,2 1728 3802 1612,31 40,15 40
P3 18,00 0,02 2,2 1728 3802 1612,31 40,15 40
P4 18,00 0,02 2,2 1728 3802 1612,31 40,15 40
P5 9,00 0,02 2,5 864 2160 916,09 30,27 30
P6 18,00 0,02 2,2 1728 3802 1612,31 40,15 40
P7 36,00 0,02 1,8 3456 6221 2638,33 51,36 50
P8 36,00 0,02 1,8 3456 6221 2638,33 51,36 50
P9 36,00 0,02 1,8 3456 6221 2638,33 51,36 50
P10 18,00 0,02 2,2 1728 3802 1612,31 40,15 40
P11 9,00 0,02 2,5 864 2160 916,09 30,27 30
P12 18,00 0,02 2,2 1728 3802 1612,31 40,15 40
P13 18,00 0,02 2,2 1728 3802 1612,31 40,15 40
P14 18,00 0,02 2,2 1728 3802 1612,31 40,15 40
P15 9,00 0,02 2,5 864 2160 916,09 30,27 30
57

12 Pavimentos
Ai Nk Nd* Dimensão do Adotada
Pilar   Ac (cm²)
(m²) (kN) (kN) pilar (cm) (cm)
P1 9,00 0,02 2,5 1296 3240 1374,13 37,07 40
P2 18,00 0,02 2,2 2592 5702 2418,47 49,18 50
P3 18,00 0,02 2,2 2592 5702 2418,47 49,18 50
P4 18,00 0,02 2,2 2592 5702 2418,47 49,18 50
P5 9,00 0,02 2,5 1296 3240 1374,13 37,07 40
P6 18,00 0,02 2,2 2592 5702 2418,47 49,18 50
P7 36,00 0,02 1,8 5184 9331 3957,49 62,91 60
P8 36,00 0,02 1,8 5184 9331 3957,49 62,91 60
P9 36,00 0,02 1,8 5184 9331 3957,49 62,91 60
P10 18,00 0,02 2,2 2592 5702 2418,47 49,18 50
P11 9,00 0,02 2,5 1296 3240 1374,13 37,07 40
P12 18,00 0,02 2,2 2592 5702 2418,47 49,18 50
P13 18,00 0,02 2,2 2592 5702 2418,47 49,18 50
P14 18,00 0,02 2,2 2592 5702 2418,47 49,18 50
P15 9,00 0,02 2,5 1296 3240 1374,13 37,07 40

Considerando-se:

fck = 2,50 kN/cm²


fyk = 50 kN/cm²
Es = 21000 kN/cm²
(g+q)k = 12,0 kN/m²
Pé-direito estrutural = 2,80 m
fcd = 1,786
fyd = 43,478
s/0,002 = 42 kN/cm²

Onde:

fck = resistência à compressão característica do concreto


fyk = resistência ao escoamento característica do aço da armadura longitudinal
Es = módulo de elasticidade do aço
(g+q)k = carga média por m2 admitida para fins de pré-dimensionamento
pé-direito estrutural = distância entre andares
fcd = resistência de cálculo à compressão do concreto
58

fyd = resistência de cálculo ao escoamento do aço da armadura longitudinal


s/0,002= tensão no aço da armadura longitudinal referente a deformação 0,002
59

Anexo B – Dimensionamento da base das sapatas para apoios indeslocáveis

Pilares de Canto - Solo A

SOLO
pressão admissível = 400 kN/m2

SAPATA
majorador para peso próprio: 1,10

ESFORÇOS CARACTERÍSTICOS DO PILAR JUNTO À


FUNDAÇÃO
Força normal de compressão (kN) = 320
Momento My (kN.m) = 6,00
Momento Mx (kN.m) = 20,00

DIMENÕES DO PILAR
dimensão na direção x (ap) = 25 cm
dimensão na direção y (bp) = 25 cm

DETERMINAÇÃO DAS DIMENSÕES DA BASE DA SAPATA

Estimativa da área da base (carga centrada) = 0,88 m2

Critério econômico para carga centrada (balanços iguais):


dimensão na direção x (a) = 0,938 m
dimensão na direção y (b) = 0,938 m

Valores adotados
a= 1,15 m Área da base (A) = 1,3225 m2
b= 1,15 m balanço // a = 0,45 m
balanço // b = 0,45 m

Módulo de resistência elástico W para My = 0,253 m3


Módulo de resistência elástico W para Mx = 0,253 m3

máx (kN/m2) = 368,735 ok! Respeita tensão admissível do solo


mín (kN/m2) = 163,590 ok! Não há tensões de tração no solo
60

Pilares de Extr. - Solo A

SOLO
pressão admissível = 400 kN/m2

SAPATA
majorador para peso próprio: 1,10

ESFORÇOS CARACTERÍSTICOS DO PILAR JUNTO À


FUNDAÇÃO
Força normal de compressão (kN) = 704
Momento My (kN.m) = 14,00
Momento Mx (kN.m) = 31,00

DIMENÕES DO PILAR
dimensão na direção x (ap) = 30 cm
dimensão na direção y (bp) = 30 cm

DETERMINAÇÃO DAS DIMENSÕES DA BASE DA SAPATA

Estimativa da área da base (carga centrada) = 1,936 m2

Critério econômico para carga centrada (balanços iguais):


dimensão na direção x (a) = 1,391 m
dimensão na direção y (b) = 1,391 m

Valores adotados
a= 1,55 m Área da base (A) = 2,4025 m2
b= 1,55 m balanço // a = 0,63 m
1 balanço // b = 0,63 m

Módulo de resistência elástico W para My = 0,621 m3


Módulo de resistência elástico W para Mx = 0,621 m3

máx (kN/m2) = 394,836 ok! Respeita tensão admissível do solo


mín (kN/m2) = 249,826 ok! Não há tensões de tração no solo
61

Pilares Internos - Solo A

SOLO
pressão admissível = 400 kN/m2

SAPATA
majorador para peso próprio: 1,10

ESFORÇOS CARACTERÍSTICOS DO PILAR JUNTO À


FUNDAÇÃO
Força normal de compressão (kN) = 1425
Momento My (kN.m) = 3,00
Momento Mx (kN.m) = 55,00

DIMENÕES DO PILAR
dimensão na direção x (ap) = 35 cm
dimensão na direção y (bp) = 35 cm

DETERMINAÇÃO DAS DIMENSÕES DA BASE DA SAPATA

Estimativa da área da base (carga centrada) = 3,91875 m2

Critério econômico para carga centrada (balanços iguais):


dimensão na direção x (a) = 1,980 m
dimensão na direção y (b) = 1,980 m

Valores adotados
a= 2,10 m Área da base (A) = 4,41 m2
b= 2,10 m balanço // a = 0,88 m
balanço // b = 0,88 m

Módulo de resistência elástico W para My = 1,544 m3


Módulo de resistência elástico W para Mx = 1,544 m3

máx (kN/m2) = 393,019 ok! Respeita tensão admissível do solo


mín (kN/m2) = 317,865 ok! Não há tensões de tração no solo
62

Pilares de Canto - Solo B

SOLO
pressão admissível = 300 kN/m2

SAPATA
majorador para peso próprio: 1,10

ESFORÇOS CARACTERÍSTICOS DO PILAR JUNTO À


FUNDAÇÃO
Força normal de compressão (kN) = 320
Momento My (kN.m) = 6,00
Momento Mx (kN.m) = 20,00

DIMENÕES DO PILAR
dimensão na direção x (ap) = 25 cm
dimensão na direção y (bp) = 25 cm

DETERMINAÇÃO DAS DIMENSÕES DA BASE DA SAPATA

Estimativa da área da base (carga centrada) = 1,1733333 m2

Critério econômico para carga centrada (balanços iguais):


dimensão na direção x (a) = 1,083 m
dimensão na direção y (b) = 1,083 m

Valores adotados
a= 1,30 m Área da base (A) = 1,69 m2
b= 1,30 m balanço // a = 0,53 m
balanço // b = 0,53 m

Módulo de resistência elástico W para My = 0,366 m3


Módulo de resistência elástico W para Mx = 0,366 m3

máx (kN/m2) = 279,290 ok! Respeita tensão admissível do solo


mín (kN/m2) = 137,278 ok! Não há tensões de tração no solo
63

Pilares de Extr. - Solo B

SOLO
pressão admissível = 300 kN/m2

SAPATA
majorador para peso próprio: 1,10

ESFORÇOS CARACTERÍSTICOS DO PILAR JUNTO À


FUNDAÇÃO
Força normal de compressão (kN) = 704
Momento My (kN.m) = 14,00
Momento Mx (kN.m) = 31,00

DIMENÕES DO PILAR
dimensão na direção x (ap) = 30 cm
dimensão na direção y (bp) = 30 cm

DETERMINAÇÃO DAS DIMENSÕES DA BASE DA SAPATA

Estimativa da área da base (carga centrada) = 2,5813333 m2

Critério econômico para carga centrada (balanços iguais):


dimensão na direção x (a) = 1,607 m
dimensão na direção y (b) = 1,607 m

Valores adotados
a= 1,80 m Área da base (A) = 3,24 m2
b= 1,80 m balanço // a = 0,75 m
balanço // b = 0,75 m

Módulo de resistência elástico W para My = 0,972 m3


Módulo de resistência elástico W para Mx = 0,972 m3

máx (kN/m2) = 285,309 ok! Respeita tensão admissível do solo


mín (kN/m2) = 192,716 ok! Não há tensões de tração no solo
64

Pilares Internos - Solo B

SOLO
pressão admissível = 300 kN/m2

SAPATA
majorador para peso próprio: 1,10

ESFORÇOS CARACTERÍSTICOS DO PILAR JUNTO À


FUNDAÇÃO
Força normal de compressão (kN) = 1425
Momento My (kN.m) = 3,00
Momento Mx (kN.m) = 55,00

DIMENÕES DO PILAR
dimensão na direção x (ap) = 35 cm
dimensão na direção y (bp) = 35 cm

DETERMINAÇÃO DAS DIMENSÕES DA BASE DA SAPATA

Estimativa da área da base (carga centrada) = 5,225 m2

Critério econômico para carga centrada (balanços iguais):


dimensão na direção x (a) = 2,286 m
dimensão na direção y (b) = 2,286 m

Valores adotados
a= 2,40 m Área da base (A) = 5,76 m2
b= 2,40 m balanço // a = 1,03 m
balanço // b = 1,03 m

Módulo de resistência elástico W para My = 2,304 m3


Módulo de resistência elástico W para Mx = 2,304 m3

máx (kN/m2) = 297,309 ok! Respeita tensão admissível do solo


mín (kN/m2) = 246,962 ok! Não há tensões de tração no solo
65

Pilares de Canto - Solo C

SOLO
pressão admissível = 200 kN/m2

SAPATA
majorador para peso próprio: 1,10

ESFORÇOS CARACTERÍSTICOS DO PILAR JUNTO À


FUNDAÇÃO
Força normal de compressão (kN) = 320
Momento My (kN.m) = 6,00
Momento Mx (kN.m) = 20,00

DIMENÕES DO PILAR
dimensão na direção x (ap) = 25 cm
dimensão na direção y (bp) = 25 cm

DETERMINAÇÃO DAS DIMENSÕES DA BASE DA SAPATA

Estimativa da área da base (carga centrada) = 1,76 m2

Critério econômico para carga centrada (balanços iguais):


dimensão na direção x (a) = 1,327 m
dimensão na direção y (b) = 1,327 m

Valores adotados
a= 1,55 m Área da base (A) = 2,4025 m2
b= 1,55 m balanço // a = 0,65 m
balanço // b = 0,65 m

Módulo de resistência elástico W para My = 0,621 m3


Módulo de resistência elástico W para Mx = 0,621 m3

máx (kN/m2) = 188,406 ok! Respeita tensão admissível do solo


mín (kN/m2) = 104,622 ok! Não há tensões de tração no solo
66

Pilares de Extr. - Solo C

SOLO
pressão admissível = 200 kN/m2

SAPATA
majorador para peso próprio: 1,10

ESFORÇOS CARACTERÍSTICOS DO PILAR JUNTO À


FUNDAÇÃO
Força normal de compressão (kN) = 704
Momento My (kN.m) = 14,00
Momento Mx (kN.m) = 31,00

DIMENÕES DO PILAR
dimensão na direção x (ap) = 30 cm
dimensão na direção y (bp) = 30 cm

DETERMINAÇÃO DAS DIMENSÕES DA BASE DA SAPATA

Estimativa da área da base (carga centrada) = 3,872 m2

Critério econômico para carga centrada (balanços iguais):


dimensão na direção x (a) = 1,968 m
dimensão na direção y (b) = 1,968 m

Valores adotados
a= 2,15 m Área da base (A) = 4,6225 m2
b= 2,15 m balanço // a = 0,93 m
balanço // b = 0,93 m

Módulo de resistência elástico W para My = 1,656 m3


Módulo de resistência elástico W para Mx = 1,656 m3

máx (kN/m2) = 194,696 ok! Respeita tensão admissível do solo


mín (kN/m2) = 140,361 ok! Não há tensões de tração no solo
67

Anexo C – Dimensionamento da base das sapatas para apoios elásticos

Pilares de Canto - Solo A

SOLO
pressão admissível = 400 kN/m2
módulo de elasticidade = 100000 kN/m2
Coeficiente de Poisson = 0,35

SAPATA
majorador para peso próprio = 1,10
Fator de forma = 0,95

ESFORÇOS CARACTERÍSTICOS DO PILAR JUNTO À FUNDAÇÃO


Força normal de compressão (kN) = 332
Momento My (kN.m) = -4,00
Momento Mx (kN.m) = -14,00

DIMENÕES DO PILAR
dimensão na direção x (ap) = 25 cm
dimensão na direção y (bp) = 25 cm

DETERMINAÇÃO DAS DIMENSÕES DA BASE DA SAPATA

Estimativa da área da base (carga centrada) = 0,913 m2

Critério econômico para carga centrada (balanços iguais):


dimensão na direção x (a) = 0,956 m
dimensão na direção y (b) = 0,956 m

Valores adotados
a= 1,10 m Área da base (A) = 1,21 m2
b= 1,10 m balanço // a = 0,43 m
balanço // b = 0,43 m

Módulo de resistência elástico W para My = 0,222 m3


Módulo de resistência elástico W para Mx = 0,222 m3

máx (kN/m2) = 382,960 ok! Respeita tensão admissível do solo


mín (kN/m2) = 220,676 ok! Não há tensões de tração no solo

Coeficiente de reação vertical do solo

Kv = 109053 kN/m3

Coeficiente de mola à translação vertical

Kz = 131954 kN/m

Coeficientes de mola à rotação

Krx = 13305 kN.m/rad


Kry= 13305 kN.m/rad
68

Pilares de Extr. - Solo A

SOLO
pressão admissível = 400 kN/m2
módulo de elasticidade = 100000 kN/m2
Coeficiente de Poisson = 0,35

SAPATA
majorador para peso próprio = 1,10
Fator de forma = 0,95

ESFORÇOS CARACTERÍSTICOS DO PILAR JUNTO À


FUNDAÇÃO
Força normal de compressão (kN) = 702
Momento My (kN.m) = 11,00
Momento Mx (kN.m) = 25,00

DIMENÕES DO PILAR

dimensão na direção x (ap) = 30 cm


dimensão na direção y (bp) = 30 cm

DETERMINAÇÃO DAS DIMENSÕES DA BASE DA SAPATA

Estimativa da área da base (carga centrada) = 1,9305 m2

Critério econômico para carga centrada (balanços iguais):


dimensão na direção x (a) = 1,389 m
dimensão na direção y (b) = 1,389 m

Valores adotados
a= 1,55 m Área da base (A) = 2,4025 m2
b= 1,55 m balanço // a = 0,63 m
balanço // b = 0,63 m

Módulo de resistência elástico W para My = 0,621 m3


Módulo de resistência elástico W para Mx = 0,621 m3

máx (kN/m2) = 379,419 ok! Respeita tensão admissível do solo


mín (kN/m2) = 263,411 ok! Não há tensões de tração no solo

Coeficiente de reação vertical do solo

Kv = 77392 kN/m3

Coeficiente de mola à translação


vertical

Kz = 185935 kN/m

Coeficientes de mola à rotação

Krx = 37226 kN.m/rad


Kry= 37226 kN.m/rad
69

Pilares Internos - Solo A

SOLO
pressão admissível = 400 kN/m2
módulo de elasticidade = 100000 kN/m2
Coeficiente de Poisson = 0,35

SAPATA
majorador para peso próprio = 1,10
Fator de forma = 0,95

ESFORÇOS CARACTERÍSTICOS DO PILAR JUNTO À


FUNDAÇÃO
Força normal de compressão (kN) = 1380
Momento My (kN.m) = 2,00
Momento Mx (kN.m) = 47,00

DIMENÕES DO PILAR
dimensão na direção x (ap) = 35 cm
dimensão na direção y (bp) = 35 cm

DETERMINAÇÃO DAS DIMENSÕES DA BASE DA SAPATA

Estimativa da área da base (carga centrada) = 3,795 m2

Critério econômico para carga centrada (balanços iguais):


dimensão na direção x (a) = 1,948 m
dimensão na direção y (b) = 1,948 m

Valores adotados
a= 2,05 m Área da base (A) = 4,2025 m2
b= 2,05 m balanço // a = 0,85 m
balanço // b = 0,85 m

Módulo de resistência elástico W para My = 1,436 m3


Módulo de resistência elástico W para Mx = 1,436 m3

máx (kN/m2) = 395,340 ok! Respeita tensão admissível do solo


mín (kN/m2) = 327,088 ok! Não há tensões de tração no solo

Coeficiente de reação vertical do solo

Kv = 58516 kN/m3

Coeficiente de mola à translação vertical

Kz = 245914 kN/m

Coeficientes de mola à rotação

Krx = 86121 kN.m/rad


Kry= 86121 kN.m/rad
70

Pilares de Canto - Solo B

SOLO
pressão admissível = 300 kN/m2
módulo de elasticidade = 50000 kN/m2
Coeficiente de Poisson = 0,35

SAPATA
majorador para peso próprio = 1,10
Fator de forma = 0,95

ESFORÇOS CARACTERÍSTICOS DO PILAR JUNTO À FUNDAÇÃO


Força normal de compressão (kN) = 341
Momento My (kN.m) = -3,00
Momento Mx (kN.m) = -14,00

DIMENÕES DO PILAR
dimensão na direção x (ap) = 25 cm
dimensão na direção y (bp) = 25 cm

DETERMINAÇÃO DAS DIMENSÕES DA BASE DA SAPATA

Estimativa da área da base (carga centrada) = 1,2503333 m2

Critério econômico para carga centrada (balanços iguais):


dimensão na direção x (a) = 1,118 m
dimensão na direção y (b) = 1,118 m

Valores adotados
a= 1,25 m Área da base (A) = 1,5625 m2
b= 1,25 m balanço // a = 0,50 m
balanço // b = 0,50 m

Módulo de resistência elástico W para My = 0,326 m3


Módulo de resistência elástico W para Mx = 0,326 m3

máx (kN/m2) = 292,288 ok! Respeita tensão admissível do solo


mín (kN/m2) = 187,840 ok! Não há tensões de tração no solo

Coeficiente de reação vertical do solo

Kv = 47983 kN/m3

Coeficiente de mola à translação vertical

Kz = 74974 kN/m

Coeficientes de mola à rotação

Krx = 9762 kN.m/rad


Kry= 9762 kN.m/rad
71

Pilares de Extr. - Solo B

SOLO
pressão admissível = 300 kN/m2
módulo de elasticidade = 50000 kN/m2
Coeficiente de Poisson = 0,35

SAPATA
majorador para peso próprio = 1,10
Fator de forma = 0,95

ESFORÇOS CARACTERÍSTICOS DO PILAR JUNTO À


FUNDAÇÃO
Força normal de compressão (kN) = 699
Momento My (kN.m) = 10,00
Momento Mx (kN.m) = 24,00

DIMENÕES DO PILAR
dimensão na direção x (ap) = 30 cm
dimensão na direção y (bp) = 30 cm

DETERMINAÇÃO DAS DIMENSÕES DA BASE DA SAPATA

Estimativa da área da base (carga centrada) = 2,563 m2

Critério econômico para carga centrada (balanços iguais):


dimensão na direção x (a) = 1,601 m
dimensão na direção y (b) = 1,601 m

Valores adotados
a= 1,75 m Área da base (A) = 3,0625 m2
b= 1,75 m balanço // a = 0,73 m
balanço // b = 0,73 m

Módulo de resistência elástico W para My = 0,893 m3


Módulo de resistência elástico W para Mx = 0,893 m3

máx (kN/m2) = 289,134 ok! Respeita tensão admissível do solo


mín (kN/m2) = 213,005 ok! Não há tensões de tração no solo

Coeficiente de reação vertical do solo

Kv = 34274 kN/m3

Coeficiente de mola à translação vertical

Kz = 104963 kN/m

Coeficientes de mola à rotação

Krx = 26787 kN.m/rad


Kry= 26787 kN.m/rad
72

Pilares de Canto - Solo C

SOLO
pressão admissível = 200 kN/m2
módulo de elasticidade = 20000 kN/m2
Coeficiente de Poisson = 0,3

SAPATA
majorador para peso próprio = 1,10
Fator de forma = 0,95

ESFORÇOS CARACTERÍSTICOS DO PILAR JUNTO À


FUNDAÇÃO
Força normal de compressão (kN) = 362
Momento My (kN.m) = 4,00
Momento Mx (kN.m) = 13,00

DIMENÕES DO PILAR
dimensão na direção x (ap) = 25 cm
dimensão na direção y (bp) = 25 cm

DETERMINAÇÃO DAS DIMENSÕES DA BASE DA SAPATA

Estimativa da área da base (carga centrada) = 1,991 m2

Critério econômico para carga centrada (balanços iguais):


dimensão na direção x (a) = 1,411 m
dimensão na direção y (b) = 1,411 m

Valores adotados
a= 1,55 m Área da base (A) = 2,4025 m2
b= 1,55 m balanço // a = 0,65 m
balanço // b = 0,65 m

Módulo de resistência elástico W para My = 0,621 m3


Módulo de resistência elástico W para Mx = 0,621 m3

máx (kN/m2) = 193,135 ok! Respeita tensão admissível do solo


mín (kN/m2) = 138,353 ok! Não há tensões de tração no solo

Coeficiente de reação vertical do solo

Kv = 14926 kN/m3

Coeficiente de mola à translação vertical

Kz = 35859 kN/m

Coeficientes de mola à rotação

Krx = 7179 kN.m/rad


Kry= 7179 kN.m/rad
73

Pilares de Extr. - Solo C

SOLO
pressão admissível = 200 kN/m2
módulo de elasticidade = 20000 kN/m2
Coeficiente de Poisson = 0,3

SAPATA
majorador para peso próprio = 1,10
Fator de forma = 0,95

ESFORÇOS CARACTERÍSTICOS DO PILAR JUNTO À


FUNDAÇÃO
Força normal de compressão (kN) = 701
Momento My (kN.m) = 0,00
Momento Mx (kN.m) = 30,00

DIMENÕES DO PILAR
dimensão na direção x (ap) = 30 cm
dimensão na direção y (bp) = 30 cm

DETERMINAÇÃO DAS DIMENSÕES DA BASE DA SAPATA

Estimativa da área da base (carga centrada) = 3,8555 m2

Critério econômico para carga centrada (balanços iguais):


dimensão na direção x (a) = 1,964 m
dimensão na direção y (b) = 1,964 m

Valores adotados
a= 2,10 m Área da base (A) = 4,41 m2
b= 2,10 m balanço // a = 0,90 m
balanço // b = 0,90 m

Módulo de resistência elástico W para My = 1,544 m3


Módulo de resistência elástico W para Mx = 1,544 m3

máx (kN/m2) = 194,289 ok! Respeita tensão admissível do solo


mín (kN/m2) = 155,416 ok! Não há tensões de tração no solo

Coeficiente de reação vertical do solo

Kv = 11017 kN/m3

Coeficiente de mola à translação vertical

Kz = 48583 kN/m

Coeficientes de mola à rotação

Krx = 17854 kN.m/rad


Kry= 17854 kN.m/rad
74

Pilares Internos - Solo C

SOLO
pressão admissível = 200 kN/m2
módulo de elasticidade = 20000 kN/m2
Coeficiente de Poisson = 0,3

SAPATA
majorador para peso próprio = 1,10
Fator de forma = 0,95

ESFORÇOS CARACTERÍSTICOS DO PILAR JUNTO À


FUNDAÇÃO
Força normal de compressão (kN) = 1293
Momento My (kN.m) = 0,00
Momento Mx (kN.m) = 44,00

DIMENÕES DO PILAR
dimensão na direção x (ap) = 35 cm
dimensão na direção y (bp) = 35 cm

DETERMINAÇÃO DAS DIMENSÕES DA BASE DA SAPATA

Estimativa da área da base (carga centrada) = 7,1115 m2

Critério econômico para carga centrada (balanços iguais):


dimensão na direção x (a) = 2,667 m
dimensão na direção y (b) = 2,667 m

Valores adotados
a= 2,80 m Área da base (A) = 7,84 m2
b= 2,80 m balanço // a = 1,23 m
balanço // b = 1,23 m

Módulo de resistência elástico W para My = 3,659 m3


Módulo de resistência elástico W para Mx = 3,659 m3

máx (kN/m2) = 193,442 ok! Respeita tensão admissível do solo


mín (kN/m2) = 169,390 ok! Não há tensões de tração no solo

Coeficiente de reação vertical do solo

Kv = 8262 kN/m3

Coeficiente de mola à translação vertical

Kz = 64777 kN/m

Coeficientes de mola à rotação

Krx = 42321 kN.m/rad


Kry= 42321 kN.m/rad
75

Anexo D – Dimensionamento das armaduras das sapatas

CASO h h0 Armadura Armadura flexão


(m) (m) flexão x y
4 andares – Indeslocável –
Solo A
Pilares de Canto 0,65 0,25 1012,5 1012,5
Pilares de Extremidade 0,65 0,25 1312,5 1312,5
Pilares Internos 0,65 0,25 1712,5 1812,5
4 andares – Indeslocável –
Solo B
Pilares de Canto 0,65 0,25 1112,5 1112,5
Pilares de Extremidade 0,65 0,25 1512,5 1512,5
Pilares Internos 0,70 0,25 2112,5 2112,5
4 andares – Indeslocável –
Solo C
Pilares de Canto 0,65 0,25 1112,5 1112,5
Pilares de Extremidade 0,65 0,25 1812,5 1812,5
Pilares Internos 0,90 0,30 3312,5 3312,5
4 andares – Solo A
Pilares de Canto 0,65 0,25 912,5 912,5
Pilares de Extremidade 0,65 0,25 1312,5 1312,5
Pilares Internos 0,65 0,25 1712,5 1712,5
4 andares – Solo B
Pilares de Canto 0,65 0,25 1012,5 1012,5
Pilares de Extremidade 0,65 0,25 1412,5 1412,5
Pilares Internos 0,70 0,25 2112,5 2112,5
4 andares – Solo C
Pilares de Canto 0,65 0,25 1312,5 1312,5
Pilares de Extremidade 0,65 0,25 1712,5 1712,5
Pilares Internos 0,80 0,30 3012,5 3012,5
76

8 andares – Indeslocável –
Solo A
Pilares de Canto 0,65 0,25 1412,5 1412,5
Pilares de Extremidade 0,65 0,25 2012,5 2212,5
Pilares Internos 0,85 0,30 3512,5 3812,5
8 andares – Indeslocável –
Solo B
Pilares de Canto 0,65 0,25 1512,5 1512,5
Pilares de Extremidade 0,75 0,25 2412,5 2412,5
Pilares Internos 1,00 0,35 4312,5 4312,5
8 andares – Indeslocável –
Solo C
Pilares de Canto 0,65 0,25 1812,5 1812,5
Pilares de Extremidade 0,95 0,35 3712,5 3712,5
Pilares Internos 1,25 0,45 6412,5 6412,5
8 andares – Solo A
Pilares de Canto 0,65 0,25 1412,5 1412,5
Pilares de Extremidade 0,65 0,25 2012,5 2212,5
Pilares Internos 0,80 0,30 3412,5 3712,5
8 andares – Solo B
Pilares de Canto 0,65 0,25 1612,5 1612,5
Pilares de Extremidade 0,75 0,25 2412,5 2412,5
Pilares Internos 0,95 0,35 3912,5 3912,5
8 andares – Solo C
Pilares de Canto 0,70 0,25 2112,5 2112,5
Pilares de Extremidade 0,95 0,35 3712,5 3712,5
Pilares Internos 1,15 0,40 5512,5 5512,5

12 andares – Indeslocável –
Solo A
77

Pilares de Canto 0,65 0,25 1116,0 1216,0


Pilares de Extremidade 0,90 0,30 2116,0 2216,0
Pilares Internos 1,10 0,40 3116,0 3516,0
12 andares – Indeslocável –
Solo B
Pilares de Canto 0,70 0,25 1416,0 1416,0
Pilares de Extremidade 1,00 0,35 2516,0 2516,0
Pilares Internos 1,25 0,45 4016,0 4016,0
12 andares – Indeslocável –
Solo C
Pilares de Canto 0,90 0,30 2116,0 2116,0
Pilares de Extremidade 1,20 0,40 3616,0 3616,0
Pilares Internos 1,55 0,55 5916,0 5916,0
12 andares – Solo A
Pilares de Canto 0,65 0,25 1216,0 1316,0
Pilares de Extremidade 0,85 0,30 2016,0 2316,0
Pilares Internos 1,05 0,35 2916,0 3316,0
12 andares – Solo B
Pilares de Canto 0,75 0,25 1516,0 1516,0
Pilares de Extremidade 1,00 0,35 2516,0 2516,0
Pilares Internos 1,20 0,40 3616,0 3616,0
12 andares – Solo C
Pilares de Canto 0,95 0,35 2416,0 2416,0
Pilares de Extremidade 1,25 0,45 3916,0 3916,0
Pilares Internos 1,40 0,50 5016,0 5016,0

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