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Capítulo 2 VARIAÇÕES NA METODOLOGIA DE ENSINO DE FILOSOFIA
CONTEXTUALIZAÇÃO
No primeiro capítulo, relatamos um pouco da história da Filosofia no
Brasil, seus entraves, presença e ausência no currículo, decisões e indecisões
políticas, e a metodologia proposta em todo o período histórico do Ensino
Médio ou Secundário como foi chamado em alguns períodos.
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Formar as novas É por meio de uma educação reflexiva que se pode efetivar uma luta
gerações por meio de assídua contra tais falhas educacionais, entendendo tal ação como prática de
um ensino reflexivo é intervenção social destinada a fazer ligações concretas da nossa vida e auxiliar
inserir os educandos na instauração de forças construtivas e emancipatórias. Estas ligações devem
no mundo do ser as que levam em conta a historicidade e a solidariedade do processo que
trabalho, da cultura, instaura a humanidade no tempo. Formar as novas gerações por meio de um
da participação ensino reflexivo é inserir os educandos no mundo do trabalho, da cultura, da
social através do participação social através do conhecimento, pelo pensar per se (por si mesmo
conhecimento, pelo – emancipação) a partir de uma visão critica, criativa e criteriosa, abandonando
pensar per se.
o formato ingênuo, mecânico e dogmático, até então, dominante na educação.
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Aprender Filosofia na escola foi por muito tempo artigo de luxo, privilégio
de alguns senhores ricos e ilustrados ou de alguns filhos de colonos brancos, Aprender Filosofia na
cujos pais chegaram aqui degredados e, aos poucos, tornaram-se classe escola foi por muito
dominante na Colônia. Esta classe reproduzia os hábitos aristocráticos da tempo artigo de luxo,
Europa. O ensino filosófico a eles proporcionado era estritamente livresco, privilégio de alguns
já pronto. Saber reproduzir as ideias da moda era sinal de “intelectualidade senhores ricos e
filosófica”. O saber era erudição livresca, e a Filosofia, um discurso teológico ilustrados ou de
centrado na escolástica aristotélica ensinada pelo pensamento jesuítico. alguns filhos de
colonos brancos.
Houve um clima de renovação humanística e universalista no pensamento
pedagógico durante o processo de emancipação política do Brasil. No ensino
da Filosofia, os conteúdos foram influenciados pelas ideias iluministas da
época, houve uma libertação do ensino e da cultura da “autoridade” e do
aristotelismo medieval. Sua organização seguiu os moldes de aulas régias,
com disciplinas avulsas e isoladas.
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No Brasil, houve dezoito reformas e em cada uma delas tivemos uma grade
curricular nova. Foi omitido o ensino da Filosofia da grade curricular em cinco
delas. Assim, entre 1856 e 1926, estava prevista a presença da “Philosophia”
em duas séries, dentro do período da segunda à sétima, de maneira livre. Com
a indefinição programática, e a não obrigatoriedade da presença, a Filosofia
era oferecida como curso livre.
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foi organizado em um Projeto de Lei, pois havia uma brecha para sua não
efetivação nos currículos do ensino médio.
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uma dada realidade geral. A partir disto, temos que o conhecimento a ser
desenvolvido na escola deve percorrer o caminho oposto ao do conhecimento
espontâneo, próprio do homem.
Atividade de Estudo
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natural, mas que para a filosofia não passa de crença ingênua, a ser superada
para a obtenção do verdadeiro conhecimento”. (HOUAISS, 2009).
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O que torna complexa esta busca pela verdade é a cultura pelo pensar
que encontramos nas classes escolares. Raciocinar é um problema difícil e
complicado, que faz parte de uma grande realidade atual educacional. Muito
além de construir conceitos, ser filósofo é ter amor, sede pelo saber, e procurar
respostas para as muitas perguntas lançadas no mundo, sendo que vivemos
uma realidade complexa, em que a informação e a tecnologia buscam o
domínio desta realidade e o profissional que não se adequar a mesma estará
excluso do mercado de trabalho.
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Há uma característica forte nos alunos que é a de perguntar: por que Há uma característica
isso?, por que aquilo?, o que irei fazer com isso?. Este é um ótimo momento forte nos alunos que
para aproveitar e fazer uma reflexão filosófica com eles, aproveitando de suas é a de perguntar: por
curiosidades e espantos. Pois, com o passar do tempo, percebemos que esta que isso?, por que
curiosidade vai tornando-se normal, esquecida, apagada e o que lhe causava aquilo?, o que irei
dúvida, assombro e espanto não lhe faz mais sentido em buscar o seu porquê, fazer com isso?. Este
perdendo a oportunidade de buscar o verdadeiro sentido da vida. é um ótimo momento
para aproveitar e fazer
A busca por métodos apropriados para este resgate do ser enquanto uma reflexão filosófica
com eles, aproveitando
ser, ainda é uma incógnita para muitos educadores. Não que não exista bons
de suas curiosidades e
métodos, bons conteúdos ou ainda bons materiais didáticos, o que acontece
espantos.
ainda dentro da realidade do ensino filosófico é que há grande preconceito
no preparar os futuros docentes quanto ao ensino da disciplina para jovens
iniciantes, levando ao fato que os conteúdos práticos, didática e dinâmica
ficam em segundo plano.
Atividade de estudo
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Para estes é necessário ter o domínio sobre o saber. Lembrando que esta é
uma forma de compreender a Filosofia, não sendo esta a única e nem a mais
válida ou ‘verdadeira’. Outra metodologia é a de questionar a possibilidade
de que no ensino de Filosofia, em qualquer nível, tenha algo próprio ao
filosófico, que possa fazer uma ligação entre o iniciante e o filósofo experiente.
A questão, então, passa a ser: sem importar a quantia de conhecimento,
em que medida poderia ser um pouco filósofo?
Qualquer pessoa pode filosofar o que não garante que qualquer pessoa
queira filosofar. Entra neste momento o papel do professor, de fazer com que o
estudante desperte seu interesse pelo conhecimento filosófico e de demonstrar
aos educandos o porquê do filosofar.
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Mais que realizar uma aula de Filosofia, o melhor seria construir uma aula
filosófica, fixada em olhares subjetivos, questionadores e problematizadores
sobre o mundo. A isto chamamos de educação reflexiva, em que há um respeito
pelo pensar do outro, que tão importante quanto falar sobre o assunto é saber
escutar o que o outro pensa e tem a dizer a respeito do assunto. Que a aula
reflexiva não seja local de respostas prontas a perguntas que não contemplam
o interesse dos educandos.
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Sócrates nos ensina que o que mais importa é a virtude: Arete. Esta não
pode ser ensinada, porque deve ser descoberta a partir de cada um. O papel
do filósofo é o de despertar em cada um, aquilo que já traz dentro de si, o
ímpeto, a curiosidade, a capacidade que permitirá com que empreenda ele
próprio, essa busca. A Filosofia consiste em um processo de reflexão que
nos leva a buscar as respostas às indagações que encontramos em nossas
experiências próprias.
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A história da Filosofia deve ser vista, assim, como história dos conceitos
que inicialmente formulados por filósofos acabaram por ir além do âmbito da
discussão filosófica e se incorporaram à nossa forma de pensar, à nossa visão
de mundo. Deve ser vista também, como a história dos argumentos filosóficos,
ou seja, do modo como os filósofos procuraram justificar uma determinada
concepção, ou defender racionalmente uma determinada posição. Podemos
concluir, assim, que as duas metodologias não se excluem e ainda podem
servir de ponto de partida para o ensino da Filosofia.
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A reflexão crítica se elabora a partir das questões de cada um, sendo elas
existenciais, profissionais, científicas ou teóricas. Não sendo a reflexão crítica
espontânea, devemos através dos métodos e argumentos que a tradição
filosófica nos legou, de alguma maneira, convertê-la em nossa.
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Nosso filosofar se Já que a reflexão crítica não é espontânea, e sim, provocada por contato
tornará possível a com a Filosofia; e, se o nosso objetivo último é chegar em níveis mais ou
partir de uma interação menos elaborados, então, nosso filosofar se tornará possível a partir de uma
direta com os textos interação direta com os textos mais significativos da tradição filosófica. Nesta
mais significativos da concepção o instrumento fundamental deve ser, ao menos de início, a leitura e
tradição filosófica. interpretação dos textos mais relevantes para o interesse do estudante.
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Atividade de Estudo
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Atividade de Estudo
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2) É necessário ser habilitado em música para poder trabalhar com seus temas
e conceitos?
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www.portalser.net
www.filonet.pro.br
• Filosofia e Ideias
www.geocities.com/Athens/4539/
• Arte de Pensar
www.didacticaeditora.pt/arte_de_pensar/index.html
• Sobre Sites
www.sobresites.com/filosofia/revistas.htm
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www.cbfc.org.br/
• Crítica na Rede
www.criticanarede.com/ensino.html
Esta secção não inclui materiais introdutórios, mas antes materiais sobre
o ensino da Filosofia e sobre o ensino em geral. Estes materiais dirigem-se a
professores.
www.defnarede.com/
www.philosletera.org.br/praticas.htm
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a) Avaliar o Quê?
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Atividade de Estudo
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a) Problemas Filosóficos
Percebendo o cunho do
problema, por exemplo: ‘o problema
do sentido da vida, o problema
• Saber identificar problemas
da indução, o problema do
filosóficos, assim como
ceticismo’, iremos ao encontro da
as disciplinas filosóficas
área da Filosofia que pertencem
que deles se ocupam.
tais problemas, neste caso a
metafísica, a epistemologia, a
Filosofia da Linguagem...
O problema do sentido da
vida consiste em saber...
• Saber formular problemas
filosóficos.
O problema do mal consiste
em responder tais questões...
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b) Teorias Filosóficas
c) Argumentos Filosóficos
A partir da fala do
• Saber identificar argumentos. professor, são expressos os
seguintes argumentos...
• Fazer comparações do
Existe uma versão mais
argumento com outros
forte neste argumento que
argumentos sobre o mesmo
encontra-se no pensamento
problema e se pertencem
da escola de Frankfurt...
à tradição filosófica.
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Atividade de Estudo
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• Descobrir a coerência.
• Descobrir a capacidade de oferecer razões para as crenças.
• Descobrir a globalidade.
• Descobrir situações.
• Descobrir as relações parte-todo.
• Desenvolver a pesquisa, a investigação.
• Desenvolver a observação.
• Respeitar o outro.
• Respeitar as regras estabelecidas.
• Formar com os colegas a Comunidade de Aprendizagem Investigativa.
Para obter mais informações sobre este programa de Filosofia acesse o site:
http://www.portalser.net/
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b) Testes Escritos
c) Ensaios Filosóficos
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Como foi dito, sobre os títulos dos ensaios, estes devem aparecer em
forma de perguntas como:
• Será que nossas ações são boas ou más apenas em função das suas
consequências práticas?
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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
A Filosofia possui extrema importância não somente na grade curricular
escolar, assim como é uma proposta de vida em que oportuniza nova postura
reflexiva. A Filosofia ainda é vista como ferramenta, instrumento facilitador em
nossas reflexões, ao oferecer questões como “o quê?”, “como?”, “Pra quem?”,
“por quê?”, e “para quê?”.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares
Nacionais: Ensino Médio. Brasília: MEC, 2000. Disponível em: <http://portal.
mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/blegais.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2008.
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