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Planejamento
e Avaliação de
Impactos Ambientais
APRESENTAÇÃO
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Planejamento e Ava-
liação de Impactos Ambientais, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao
aprendizado dinâmico e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila
é propiciar aos(às) alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br,
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso,
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
Unisa Digital
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................................................... 5
1 IMPACTO AMBIENTAL ........................................................................................................................ 7
1.1 Aspecto Ambiental .........................................................................................................................................................7
1.2 Aspectos Legais ................................................................................................................................................................8
1.3 AIA .........................................................................................................................................................................................9
1.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................11
1.5 Atividades Propostas...................................................................................................................................................12
Caro(a) aluno(a),
Seja bem-vindo(a)!
Vamos iniciar o estudo do Planejamento e Avaliação de Impactos Ambientais, que é uma das dis-
ciplinas do curso de Engenharia Ambiental, na modalidade a distância. O estudo desta disciplina vai nos
levar a conhecer os aspectos que envolvem a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), verificando seus
aspectos desde a implementação até o seu estudo em nível internacional e nacional.
Vamos estudar os objetivos da AIA, seus principais termos e seus conceitos mais relevantes para a
elaboração de estudos ambientais que irão fornecer elementos para subsidiar a tomada de decisão no
âmbito da AIA, bem como estabelecer critérios e métodos para fazer a avaliação, identificação e interpre-
tação dos impactos ambientais. Ainda, iremos apresentar os conteúdos básicos exigidos pela legislação
para a elaboração desses estudos ambientais e, com isso, entenderemos como devem ser realizados os
Estudos de Impacto Ambiental (EIAs). Alguns exemplos de EIA serão apresentados, a fim de facilitar sua
compreensão.
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1 IMPACTO AMBIENTAL
A Revolução Industrial trouxe para a socie- citar alguns exemplos de aspectos ambientais
dade uma nova maneira de viver em sociedade. que não são os objetivos primeiros das atividades
Os anos se passaram e as formas de trabalho, bem humanas e, sim, consequências do desenvolvi-
como as demandas por bens e serviços, evoluí- mento de diversas atividades, como a geração de
ram no sentido da busca contínua de minimizar efluentes, de resíduos ou de ruídos e a emissão de
cada vez mais o impacto gerado nas atividades de poluentes atmosféricos.
produção. Note que temos que ter o cuidado para não
A definição de aspecto ambiental está asso- confundir aspectos ambientais com impactos
ciada aos elementos produzidos nas atividades, ambientais. Por exemplo, podemos achar que a
produtos ou serviços de uma organização que geração de esgoto e ruídos e a emissão de gases
podem interagir com o meio ambiente. Podemos na atmosfera são impactos quando, na verdade,
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Podemos ter também os aspectos associa- como mos espaço naturais. Tanto o patrimônio
dos à utilização dos recursos naturais, como, por natural como o cultural podem ser degradados,
exemplo, o consumo de água (recurso renovável), descaracterizados e até destruídos”. No Brasil, a
que, com o tempo, terá sua disponibilidade re- Política Nacional do Meio Ambiente define degra-
duzida para outros usos ou dificultado/limitado dação ambiental como “[...] alteração adversa das
o atendimento de todas as funções de uso desse características do meio ambiente” (BRASIL, 1981,
recurso. art. 3º, inciso II). Concluímos então que, ao ocor-
Para Sanchéz (2008, p. 27), a degradação rer uma alteração nas características do meio, que
ambiental “[...] refere-se a qualquer estado de al- após não retorna ao seu estado original, temos
teração de um ambiente e a qualquer tipo de am- a geração do impacto e é nesse momento que
biente. O ambiente construído degradasse, assim constatamos que o ecossistema foi prejudicado.
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ÓRGÃO EXECUTOR
Entidade autárquica, dotada de personalidade jurídica de direito
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio
público e autonomia administrativa, é a encarregada da execução
Ambiente e dos Recursos Naturais
da Política Nacional para o Meio Ambiente e sua fiscalização.
Renováveis
1.3 AIA
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Caro(a) aluno(a),
Aqui, apresentaremos as principais informações contidas neste capítulo, mas não se esqueça de
que todas as informações são importantes! Bons estudos!
Neste capítulo, foi possível compreender alguns conceitos e termos importantes relacionados à
AIA, à evolução da preocupação com os impactos ambientais e à geração de impactos. Vimos que, de
acordo com o art. 1º da Resolução CONAMA nº 001/1986, impacto ambiental é
qualquer alteração das propriedades físicas, químicas, biológicas do meio ambiente, causada por
qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que afetem diretamente
ou indiretamente:
x A saúde, a segurança, e o bem estar da população;
x As atividades sociais e econômicas;
x A biota;
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Foi possível perceber a diferença entre os conceitos de impacto ambiental e aspecto ambiental,
estando a definição de aspecto ambiental associada aos elementos produzidos nas atividades, produtos
ou serviços de uma organização que podem interagir com o meio ambiente.
Os aspectos legais são muito importantes; por isso, segundo Barros e Monticelli (1998), os pro-
fissionais que trabalham na área ambiental têm de estar atentos e conhecer as exigências, normas e
procedimentos legais federais, estaduais e/ou municipais para a instalação e funcionamento de um de-
terminado empreendimento.
Abordamos também o conceito de AIA, que é uma ferramenta política de planejamento ambiental
que tem como principal objetivo prevenir danos ambientais, sendo, assim, utilizada mundialmente.
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2 O PROCESSO DE AIA
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analisados não somente na área de implantação Muitas vezes, o empreendimento gera im-
direta do empreendimento; temos, então: pactos que extrapolam as fronteiras físicas de sua
localização e até os limites geográficos municipais,
Área de Influência Direta (AID): pode sendo, assim, fundamental o diagnóstico para a
ser um bairro próximo ao empreendi- proposição de medidas preventivas e mitigadoras
mento; visando à proteção ambiental, manutenção e/ou
Área de Influência Indireta (AII): pode melhoria da qualidade de vida de todos os afeta-
ser uma área onde provavelmente refle- dos pela implantação do empreendimento.
tirão os impactos indiretos decorrentes
de instalação e operação do empreen-
dimento;
Área Diretamente Afetada (ADA): são
as áreas a ser ocupadas pelo empreen-
dimento.
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Quadro 3 – Critérios para avaliar a importância de impactos ambientais por meio de um quadro sinóptico.
DURAÇÃO EXTENSÃO MAGNITUDE OU INTENSIDADE
Momentânea Pontual Fraca Fraca Fraca Média
Momentânea Local Fraca Fraca Média Média
Temporária Pontual Fraca Fraca Média Média
Temporária Local Fraca Fraca Média Forte
Momentânea Regional Fraca Média Média Forte
Permanente Pontual Fraca Média Média Forte
Temporária Regional Fraca Média Forte Forte
Permanente Local Fraca Média Forte Forte
Permanente Regional Média Forte Forte Forte
Fonte: Adaptado de Sanchéz (2008).
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Matrizes de Interação
Atenção
Atividades/empreendimentos sujeitos ao São compostas de duas listagens de contro-
licenciamento com AIA le. Nas colunas, são dispostas as ações ou ativida-
• Parques temáticos e aquáticos.
• Complexos turísticos e hoteleiros. des impactantes (causa) e, nas linhas, os fatores
• Hidroelétrica. ambientais e sociais que podem ser afetados por
• Linhas de transmissão ou subestação. essas ações (efeito). Nessas matrizes, cada célu-
• Abertura de barras e embocaduras.
la de interseção representa a relação de causa e
• Canalização, retificação ou barramento de
cursos d’água. efeito geradora do impacto. A matriz mais utiliza-
• Sistema de irrigação. da no âmbito da AIA é a de Leopold, que é uma
• Transposição de bacias hidrográficas. representação que utiliza uma listagem de 100
• Sistema de abastecimento de água.
• Aeroportos.
ações ou atividades impactantes e 88 fatores ou
• Portos. atributos ambientais, resultando em 8.800 intera-
• Terminal de cargas. ções. Veja:
• Ferrovias.
• Rodovias.
• Corredor de transporte metropolitano.
• Oleoduto.
• Gasoduto.
• Projeto agrossilvopastoril.
• Projeto de assentamento rural e de colo-
nização.
• Loteamento ou conjunto habitacional.
• Loteamento misto com uso industrial.
• Distrito ou loteamento industrial.
• Zona estritamente industrial.
• Agroindústria – destilaria de álcool e usina
de açúcar.
• Depósito ou comércio atacadista de pro-
dutos químicos ou inflamáveis.
• Complexo industrial.
• Aterro industrial e de codisposição.
• Aterro sanitário.
• Sistemas de tratamento de resíduos sóli-
dos urbanos.
• Sistemas de tratamento de resíduos sóli-
dos industriais, associados ou não a insta-
lações industriais.
• Sistemas de tratamento e disposição final
de resíduos de serviços de saúde.
• Transbordo de resíduos sólidos.
• Atividade minerária.
• Sistema de tratamento e disposição de es-
goto sanitário.
• Centrais termoelétricas.
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Temos, também, outros tipos de matriz. São Veja um exemplo de matriz cromática:
elas:
matriz de correlação;
matriz cromática.
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Legenda
IMPACTO COR
POSITIVO BAIXO
MÉDIO
ALTO
NEGATIVO BAIXO
MÉDIO
ALTO
INDIFERENTE
Caro(a) aluno(a),
Aqui, apresentaremos as principais informações contidas neste capítulo, mas não se esqueça de
que todas as informações são importantes! Bons estudos!
Vimos que o processo de AIA segue uma sequência ordenada de atividades. Com isso, podemos
fazer uma análise crítica sobre os possíveis impactos ambientais que um determinado empreendimento
ou atividade poderá causar ao meio ambiente. Vale a pena ressaltar que existem três etapas básicas que
devem ser realizadas:
etapa inicial;
etapa de análise detalhada;
etapa pós-aprovação.
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A AIA deve ser realizada pensando nos impactos não apenas sobre os meios bióticos e físicos, mas
também sobre o meio socioeconômico. Os impactos devem ser analisados não somente na área de
implantação direta do empreendimento.
Fazer a classificação e interpretação dos impactos tem como finalidade a identificação das ações de
prevenção e/ou de mitigação que são prioritárias. Feita a identificação dos possíveis impactos em todas
as fases do empreendimento (quando no caso do licenciamento ambiental), podemos utilizar os seguin-
tes aspectos para classificá-los:
magnitude;
ocorrência;
fonte;
valor ou sentido;
ordem ou origem;
extensão espacial;
desencadeamento;
frequência (em função da forma);
frequência (em função da intensidade);
estado evolutivo;
distribuição;
duração;
acumulação;
sinergia;
importância;
temporalidade;
reversibilidade (em função da intensidade);
reversibilidade (em função da forma).
Para realizar a AIA, não há um único e melhor método a ser adotado. Devemos considerar:
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LEGISLAÇÃO AMBIENTAL – AIA/
3 LICENCIAMENTO
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sárias para o desenvolvimento dos estudos, que roteiro básico estabelecido pela Resolu-
envolvem: ção CONAMA nº 001/1986;
roteiros detalhados dos fatores ambien-
coleta e aquisição dos dados e informa- tais definidos pelos órgãos ambientais
ções; estaduais;
inspeções e trabalhos de campo; TR aprovado pelo órgão ambiental es-
todas as análises de laboratório; tadual (plano de trabalho);
acompanhamento e monitoramento planejamento do conteúdo com a equi-
dos impactos; pe técnica em função da natureza e ca-
estudos técnicos e científicos dos im- racterísticas básicas do empreendimen-
pactos; to;
Atenção
A Resolução CONAMA nº 001/1986 (art. 9º) determina que o RIMA, no mínimo, deve apresentar o seguinte con-
teúdo:
• os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as políticas setoriais, planos e pro-
gramas governamentais;
• a descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando para cada um deles, nas
fases de construção e operação, a área de influência, as matérias-primas, a mão de obra, as fontes de energia,
os processos e técnicas operacionais, os prováveis efluentes, emissões e resíduos de energia, os empregos
diretos e indiretos a ser gerados;
• a síntese dos resultados dos estudos de diagnóstico ambiental da área de influência do projeto;
• a descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação da atividade, considerando o pro-
jeto, suas alternativas e os horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando os métodos, técnicas
e critérios adotados para sua identificação, quantificação e interpretação;
• a caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando as diferentes situações da
adoção do projeto e suas alternativas, bem como a hipótese de sua não realização;
• a descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos impactos negativos, men-
cionando aqueles que não puderam ser evitados e o grau de alteração esperado;
• o programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;
• a recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de ordem geral).
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O PRAD foi definido pelo Decreto Federal a recuperação visando ao retorno do sítio degra-
nº 97.632/1989, que determina a apresentação e dado a uma forma de utilização.
aprovação pelo órgão ambiental competente de O PRAD também se aplica a outras ativida-
um plano de recuperação de área degradada no des potencialmente degradadoras do meio am-
caso de empreendimentos voltados à exploração biente, incluindo o desmatamento de matas cilia-
mineral e institui como objetivo do PRAD garantir res e áreas de reserva legal para práticas agrícolas
e pecuárias.
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Aqui, apresentaremos as principais informações contidas neste capítulo, mas não se esqueça de
que todas as informações são importantes! Bons estudos!
Abordamos, neste capítulo, a legislação ambiental referente à AIA, ao licenciamento e à prevenção
contra a poluição no estado de São Paulo e em nível federal. Vimos que o Conselho Nacional do Meio Am-
biente (CONAMA) é o órgão consultivo e deliberativo do SISNAMA e foi instituído pela Lei nº 6.938/1981,
que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto nº 99.274/1990. O
CONAMA é composto por Plenário, Comitê de Integração de Políticas Ambientais (CIPAM), grupos asses-
sores, câmaras técnicas e grupos de trabalho, é presidido pelo ministro do Meio Ambiente e sua secreta-
ria executiva é exercida pelo secretário executivo do mesmo ministério.
De maneira resumida, podemos caracterizar o EIA/RIMA da seguinte forma:
Já o PRAD é o plano que qualifica os impactos ambientais causados pelo empreendimento e indica
quais atividades devem ser implementadas para a recuperação da área, identificando as medidas mitiga-
doras que devem ser desenvolvidas para a diminuição desses impactos.
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O LICENCIAMENTO AMBIENTAL NO
4 ESTADO DE SÃO PAULO – ESTUDO DE
CASO
4.1 EAS
parques temáticos;
obras hidráulicas;
pequenas centrais hidroelétricas;
rodovia;
terminal portuário;
linha de transmissão e subestações;
pistas de pouso.
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Para protocolização dos pedidos de Licença Prévia, instruídos com EAS, RAP ou EIA deverão ser
apresentados:
1- Formulário SD preenchido (a ficha com o formulário encontra-se logo abaixo)
2- Apresentação dos Estudos Ambientais, ou seja:
a) 03 vias em papel e uma via digital, quando o licenciamento for realizado com EAS
b) 04 (quatro) vias em papel e uma via digital, quando o licenciamento for realizado com Relatório
Ambiental Preliminar – RAP;
c) 06 (seis) vias em papel e uma via digital, quando o licenciamento for realizado com EIA/Rima.
3- ART - Anotação de Responsabilidade Técnica - Referente à elaboração do estudo ambiental (EAS,
RAP ou EIA).
4- Declaração da Prefeitura Municipal quanto a sua posição em relação à questão ambiental do
empreendimento, e sua impossibilidade técnica para efetivar o licenciamento.
5- Certidão da prefeitura municipal relativa ao uso do solo, nos termos da Res. Conama 237/97, ar-
tigo 10,§1º. Certidões sem prazo de validade só serão aceitas até 180 dias após sua emissão.
6- Comprovante de pagamento do preço de análise de EAS, exceto quando o interessado for isento
do pagamento (Decreto Est. 48.919/2004). Neste caso apresentar a Solicitação de Dispensa de Pagamen-
to do Preço de Análise.
7- Cópia do protocolo de entrega ao IPHAN dos estudos arqueológicos solicitados, no caso do li-
cenciamento realizado com base em EIA/Rima.
Para a protocolização do Plano de Trabalho, deverão ser encaminhadas duas vias em papel e uma
via digital do referido Plano.
Para protocolização das informações complementares na CETESB, deverão ser:
a) 3 vias em papel e uma copia digital, caso o licenciamento seja conduzido por EAS;
b) 4 vias em papel e uma via digital, se o licenciamento estiver sendo realizado com RAP;
c) 6 vias em papel e uma via digital, para os licenciamentos realizados com base em EIA/Rima.
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Saiba mais
“A Imprensa Oficial é o órgão responsável pela publicação dos atos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciá-
rio do Estado de São Paulo. O Diário Oficial publica diariamente os atos oficiais no âmbito do governo estadual.
São mais de duas mil páginas diárias, divididas em nove cadernos: Executivos I e II, Legislativo, Empresarial com
Junta Comercial, Judiciário do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, além do Diário Oficial do Município
de São Paulo” (SÃO PAULO, 2010).
“Todos os dias, o conteúdo do Diário Oficial do Estado de São Paulo é publicado integralmente no DO.online”
(SÃO PAULO, 2010).
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Planejamento e Avaliação de Impactos Ambientais
4.2 RAP
Este tipo de documento é necessário para A seguir, temos um modelo para a elabora-
todas as atividades que podem gerar ou geram ção do texto para publicação:
impactos efetivamente, sendo causadoras de de-
gradação ambiental. Para solicitar a LAP, é preci-
so encaminhar o RAP com toda a documentação
para o órgão licenciador e, em seguida, realizar a
publicação do pedido em Diário Oficial, em jor-
nais e em revistas de grande circulação na região,
devendo-se apresentar o comprovante após a
publicação.
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Atenção
Observe o significado de cada sigla:
• TR: deverá conter um sumário do plano de elaboração do EIA/RIMA a ser previamente aprovado pelo órgão
ambiental estadual;
• LAP: fase preliminar do planejamento da atividade, contendo requisitos básicos a ser atendidos nas fases
de localização, instalação e operação, observados os planos municipais, estaduais ou federais de uso do
solo. É nesta fase que deve ser solicitado, quando for o caso, o EIA;
• LAI: autoriza o início da implantação, de acordo com as especificações constantes no projeto executivo
aprovado;
• LAO: autoriza, após as verificações necessárias, o início da operação da atividade licenciada e o funciona-
mento de seus equipamentos, de acordo com o estabelecido na LAP e LAI.
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Atenção
“Poderão utilizar o SILIS, os empreendimentos que:
• Desenvolvam atividades passíveis de municipalização do licenciamento, conforme previsto no Anexo 9 do
Regulamento da Lei Estadual N° 997, de 31 de maio de 1.976, aprovado pelo Decreto Estadual N° 8.468, de 8
de outubro de 1.976, e suas alterações;
• Para sua implantação não realizem intervenções que obriguem consulta ao Departamento Estadual de Pro-
teção dos Recursos Naturais – DEPRN;
• No seu processamento industrial não realizem operações de tratamento térmico, tratamento superficial e
fundição de metais;
• No seu processamento industrial não realizem operações de lavagem e/ou desinfecção de material plástico
para recuperação;
• Tenham capacidade de armazenamento de Gás Liqüefeito de Petróleo – GLP inferior a 4.000 kg; e
• Atendam aos critérios de porte
• Além dos critérios acima, na Região Metropolitana de São Paulo – RMSP, somente poderão utilizar o SILIS
empreendimentos que:
• Estejam localizados fora de Área de Proteção de Mananciais – APM;
• Desenvolvam atividades classificadas como Categoria ID, conforme estabelecido na Lei Estadual Nº 1.817/78,
de 27 de outubro de 1.978, seu regulamento e alterações; e
• Não realizem queima de combustíveis” (CETESB, 2010).
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“Alternativas Locacionais
Considerando que a área destinada à implantação da ETE, localiza-se em zona 18 (área a ser protegida
devido a interesse ambiental e/ou sócio-cultural), porém esta classificação foi devido à respectiva área
pertencer à área de praça do loteamento industrial do Pólo de Alta Tecnologia da CIATEC, caracterizado
por uma área no entorno bem mais ampla e que pertence à zona 16 (área estritamente industrial com
características específicas de distritos industriais), como pode-se observar mais adiante, através das
Ilustrações 2.4 com cadastramento de indústrias na área de contribuição do sistema Boa Vista e 5.51 -
Uso do Solo que a ocupação no entorno é estritamente industrial podendo ser identificadas algumas
indústrias mais próximas à área como a Air Liquide Brasil Ltda, Instituto Nacional da Tecnologia da
Informação, Ceralit S.A Indústria e Comércio, APW Brasil Ltda, Ashland Resinas Ltda. A área prevista
para a ETE Boa Vista apresenta, portanto, compatibilidade com o zoneamento urbano, sendo que a
SANASA já possui uma ETE na mesma área, a qual deverá ser desativada após implantação da ETE Boa
Vista. Outro fator determinante para implantação da ETE no local pretendido é que SANASA através
do Decreto Municipal nº 14.057 de 03 de setembro de 2002, que permite o uso de para aquisição da
mesma, além do que os impactos causados pela atual ETE CIATEC serão minimizados ou potencializados
com a instalação de uma nova ETE que deverá aumentar a capacidade de tratamento de esgoto para
a mesma bacia de contribuição, partindo dos atuais 25 l/s para 384 l/s, no ano 2020. A área da ETE
localiza-se ainda no setor de menor cota dentro da bacia de contribuição o que reduz a necessidade
de energia para recalque de esgoto para tratamento. Outro fator a se considerar é a facilidade de
acesso à ETE existente, já conhecidos pela SANASA, sendo os acessos os mesmo para a Futura ETE, a
ser instalada em área contígua à existente. Portanto considerando todos estes fatores, a SANASA não
estudou outras alternativas locacionais para instalação da futura ETE, sendo que sua localização pode
ser observada nas Ilustrações 1.1 e 1.2” (SANASA, 2003, p. 17).
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Caro(a) aluno(a),
Aqui, apresentaremos as principais informações contidas neste capítulo, mas não se esqueça de
que todas as informações são importantes! Bons estudos!
Tivemos a oportunidade de estudar conceitos relacionados aos procedimentos do licenciamento
ambiental, enfatizando definições e as fases do licenciamento. Vimos também um estudo de caso basea-
do no exemplo do licenciamento ambiental no estado de São Paulo.
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RESPOSTAS COMENTADAS DAS
ATIVIDADES PROPOSTAS
CAPÍTULO 1
1. Devemos ter cuidado para não confundir aspectos ambientais com impactos ambientais. De
acordo com o art. 1º da Resolução CONAMA nº 001/1986, impacto ambiental é
qualquer alteração das propriedades físicas, químicas, biológicas do meio ambiente, causada por
qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que afetem diretamente
ou indiretamente:
x A saúde, a segurança, e o bem estar da população;
x As atividades sociais e econômicas;
x A biota;
x As condições estéticas e sanitárias ambientais;
x A qualidade dos recursos ambientais.
Essa definição está atrelada a qualquer alteração significativa causada por um empreendimen-
to, podendo ser negativa ou positiva. Já a definição de aspecto ambiental está associada aos
elementos produzidos nas atividades, produtos ou serviços de uma organização que podem
interagir com o meio ambiente. Podemos citar alguns exemplos de aspectos ambientais que
não são os objetivos primeiros das atividades humanas e, sim, consequências do desenvol-
vimento de diversas atividades, como a geração de efluentes, de resíduos ou de ruídos e a
emissão de poluentes atmosféricos. Podemos achar que a geração de esgoto e de ruídos e a
emissão de gases na atmosfera são impactos, quando, na verdade, não são. Estes são exemplos
de aspectos ambientais que podem desencadear os impactos caso não seja tomada nenhuma
atitude, tanto para evitar ou reduzir a geração/emissão quanto para minimizar os impactos
prováveis.
2. Os profissionais que trabalham na área ambiental têm de estar atentos e conhecer as exigências,
normas e procedimentos legais federais, estaduais e/ou municipais estabelecidos para a insta-
lação e funcionamento de um determinado empreendimento (BARROS; MONTICELLI, 1998). Os
órgãos são divididos em:
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ORGÃOS FINALIDADE
ÓRGÃO EXECUTOR
Entidade autárquica, dotada de personalidade jurídica de direito
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio
público e autonomia administrativa, é a encarregada da execução
Ambiente e dos Recursos Naturais
da Política Nacional para o Meio Ambiente e sua fiscalização.
Renováveis
3. A AIA é uma ferramenta política de planejamento ambiental que tem como principal objetivo
prevenir danos ambientais, sendo, assim, utilizada mundialmente. Para Sanchéz (2004), uma
AIA pode ter como objetivos:
prever os impactos potenciais que um projeto de engenharia poderá ocasionar após sua
implantação;
estudar as alterações ambientais ocorridas em um local ou região, em decorrência de uma
atividade individual ou de uma série de atividades humanas, passadas ou presentes;
identificar ou interpretar os “efeitos e impactos ambientais” decorrentes das atividades de
uma organização, nos termos das normas técnicas da série ISO 14000;
analisar os impactos ambientais decorrentes do processo de produção, utilização e descar-
te de um determinado produto, sendo também denominada análise de ciclo de vida.
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Planejamento e Avaliação de Impactos Ambientais
CAPÍTULO 2
1. O processo de AIA segue uma sequência ordenada de atividades. Com isso, é possível fazer
uma análise crítica sobre os possíveis impactos ambientais que um determinado empreendi-
mento ou atividade poderá causar ao meio ambiente. Todo esse processo é regulamentado
pelos órgãos estaduais, que irão definir os procedimentos a ser executados. As peculiaridades
de cada jurisdição são respeitadas, priorizando um ou outro procedimento. Vale a pena ressal-
tar que existem três etapas básicas que devem ser realizadas:
etapa inicial: determina a necessidade de realizar um estudo minucioso que possui como
finalidade antever os possíveis impactos ambientais de uma futura ação;
etapa de análise detalhada: sua aplicação se faz necessária quando temos casos em que
as atividades possuem potencial de causar impactos significativos;
etapa pós-aprovação: após a aprovação do empreendimento, faz-se necessária a conti-
nuidade da AIA, com a aplicação de medidas de gestão para monitorar os impactos reais
causados pela atividade.
2. Fazer a classificação e interpretação dos impactos tem como finalidade a identificação das
ações de prevenção e/ou mitigação que são prioritárias. A equipe deve considerar os impactos
adotando critérios científicos que avaliem o prejuízo à qualidade de vida da população afetada.
Não devemos buscar um padrão para as AIAs, visto que existem metodologias para cada caso,
o que nos permite uma melhor avaliação do contexto analisado. Os critérios para a classificação
dos impactos irão variar de acordo com a equipe envolvida com a AIA, mas sempre se deve
deixar clara a justificativa das escolhas feitas.
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Cristiano Alves de Carvalho
CAPÍTULO 3
2. O RIMA deve conter todas as conclusões do EIA e ser elaborado em linguagem simples, com o
objetivo de facilitar a comunicação dos resultados entre a equipe técnica do proponente e a
comunidade interessada em participar da tomada de decisão quanto à viabilidade ambiental
do empreendimento, que terá a oportunidade de analisar o estudo antes de sua participação
na audiência pública.
3. Por definição, mitigar o impacto é uma tentativa de evitar o impacto negativo e, sendo impos-
sível evitá-lo, procurar corrigi-lo, recuperando o ambiente. Entre as medidas mitigadoras previs-
tas, prevê-se a compensação dos possíveis danos como forma de indenização. De acordo com
a Resolução nº 10/1987, para todo licenciamento de empreendimentos que possam causar a
destruição de quaisquer ecossistemas, devemos prever alguma medida compensatória, como,
por exemplo, a construção de um parque ecológico.
CAPÍTULO 4
1. Para solicitar a LAP, é preciso encaminhar o RAP com toda a documentação para o órgão licen-
ciador e, em seguida, realizar a publicação do pedido em Diário Oficial, em jornais e em revistas
de grande circulação na região. Esse tipo de documento é necessário para todas as atividades
que podem gerar ou geram impactos efetivamente, sendo causadoras de degradação ambien-
tal.
2. É um sistema que foi criado para facilitar a obtenção de licenças para os empreendimentos que
são classificados como baixos poluidores. Também pode ser utilizado para pedidos de reno-
vação da LAO. O SILIS é um sistema inovador do estado de São Paulo, que utiliza a certificação
digital, ou seja, os documentos e relatórios são enviados on-line, dentro do sistema desenvolvi-
do e instalado no sítio eletrônico da CETESB. Além desse diferencial, outras vantagens são apre-
sentadas, como a emissão de LAP, LAI e LAO em um único documento, simplificando e dando
maior agilidade para as atividades que têm baixo potencial de causar impacto ambiental e que
não são fontes de poluição.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº
001, de 23 de janeiro de 1986. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 fev. 1986. Disponível em: <http://
www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html>. Acesso em: 5 jan. 2010.
______. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução n. 237, de 19
de dezembro de 1997. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 22 dez. 1997. Disponível em: <http://www.
mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html>. Acesso em: 5 jan. 2010.
______. Avaliação de impacto ambiental: conceitos e métodos. São Paulo: Oficina de Textos, 2008.
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