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Booklet of the herbal medicines used in the obesity’s treatment for use by the
clinical nutritionist
INTRODUÇÃO
saudável, a população em geral, está cada vez mais motivada, para a utilização dos
denominados “produtos à base de plantas”, como tratamentos efetivos com menor
número de efeitos secundários. No entanto, a baixa incidência de efeitos
secundários nestes produtos muitas vezes não é uma realidade, pois isto apenas se
verifica quando são cumpridos os requisitos de qualidade, segurança e eficácia, o
que não se observa num elevado número situações (MONTEIRO, 2011).
Na atualidade, a maioria dos medicamentos fitoterápicos utilizados por
automedicação ou prescrição médica não apresenta perfil tóxico conhecido, mas sua
utilização inadequada, pode acarretar graves problemas à saúde. Muitos destes
possuem princípios ativos com capacidade de alterar funções orgânicas, bem como
interferir na ação de fármacos quando utilizados de forma simultânea. Considerando
a alta incidência de obesidade e suas graves consequências à saúde, identificar
propostas terapêuticas que auxiliem no seu tratamento, com reduzidos efeitos
colaterais contribuiria de maneira positiva na saúde pública de diversos países.
(SILVEIRA, 2008).
O Conselho federal de nutricionistas resolução nº 556, de 11 de abril de 2015,
alterou as Resoluções nº 416, de 2008 e nº 525, de 2013, e acrescenta disposições
à regulamentação da prática da Fitoterapia para o nutricionista como complemento
da prescrição dietética. A Resolução CFN n° 416 e a Resolução CFN n° 525 passa
a vigorar com as seguintes alterações: O exercício das competências do
nutricionista para a prática da Fitoterapia como complemento da prescrição dietética
deverá observar que: I - a prescrição de plantas medicinais e chás medicinais é
permitida a todos os nutricionistas, ainda que sem título de especialista; II - a
prescrição de medicamentos fitoterápicos, de produtos tradicionais fitoterápicos e de
preparações magistrais de fitoterápicos, como complemento de prescrição dietética,
é permitida ao nutricionista desde que seja portador do título de especialista em
Fitoterapia. Na regulamentação serão considerados, como parâmetros, os
componentes curriculares mínimos da base teórica, da teoria aplicada e da prática,
além da experiência profissional na área, que capacitem o nutricionista para o
exercício das seguintes competências: 1) identificar indicações terapêuticas da
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2. METODOLOGIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 A OBESIDADE
3.2 A FITOTERAPIA
medicinais, em nosso país, se deu por meio das plantas que trouxeram consigo, que
eram utilizadas em rituais religiosos e também por suas propriedades
farmacológicas, empiricamente descobertas. Os índios que aqui viviam, dispostos
em inúmeras tribos, utilizavam grande quantidade de plantas medicinais e, por
intermédio dos pajés, este conhecimento das ervas locais e seus usos foi transmitido
e aprimorado de geração em geração. Os primeiros europeus que chegaram ao
Brasil depararam-se com estes conhecimentos, que foram absorvidos por aqueles
que passaram a viver no país e a sentir a necessidade de viver do que a natureza
lhes tinha a oferecer, e também pelo contato com os índios que passaram a auxiliá-
los como “guias”. Tais fatos fizeram com que os europeus ampliassem seu contato
com a flora medicinal brasileira e a utilizassem para satisfazer suas necessidades
alimentares e medicamentosas.
Carvalho et al., (2007), também afirmam que a regulamentação dos
medicamentos fitoterápicos industrializados é realizada pela ANVISA, responsável
pelo registro de medicamentos e outros produtos destinados à saúde. A Vigilância
Sanitária age em um vasto campo de atuação, representando a intervenção do
Estado nas atividades de produção e consumo, sobrepondo interesses sanitários
aos econômicos em defesa da saúde da população. Todos os fitoterápicos
industrializados devem ser registrados na ANVISA antes de serem comercializados,
a fim de garantir que a população tenha acesso a medicamentos seguros, eficazes e
de qualidade comprovada. Com esse procedimento, minimiza-se a exposição a
produtos passíveis de contaminação e padroniza-se a quantidade e a forma certa
que deve ser usada, permitindo uma maior segurança de uso.
A RDC nº 48/04 prevê diferentes formas de se comprovar a segurança e
eficácia dos medicamentos fitoterápicos. Entre elas, há a possibilidade de se utilizar
as informações disponíveis sobre a tradição de uso da planta para as indicações
propostas. Neste caso, a empresa solicitante deve apresentar um aprofundado
levantamento bibliográfico (etnofarmacológico e de utilização, documentações
técnico-científicas ou publicações), que é avaliado consoante aos seguintes critérios:
indicação de uso episódico ou para curtos períodos de tempo; coerência com
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ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica com ampliação das
categorias profissionais, por meio do NASF, vem ao encontro às ações em plantas
medicinais e fitoterapia, que demandam equipe multidisciplinar nas diversas áreas
de conhecimento da cadeia produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos. A
fitoterapia pode ser trabalhada pelos diferentes profissionais com enfoques variados,
onde os olhares se somam, multiplicando suas aplicações e benefícios em uma
prática que incentiva o desenvolvimento comunitário, a solidariedade e a
participação social. Cabe destacar também o papel do nutricionista nas ações de
alimentação e nutrição, requisitos básicos para a promoção e a proteção da saúde,
possibilitando a afirmação plena do potencial de crescimento e desenvolvimento
humano, com qualidade de vida e cidadania. Considerando as ferramentas
tecnológicas de trabalho no NASF, o nutricionista deve organizar a atenção
alimentar e nutricional construindo em conjunto com as equipes de Saúde da Família
um planejamento com base nas necessidades locais. Em relação às Práticas
Integrativas e Complementares, em especial a fitoterapia, cabe, entre outros,
implementar ações de alimentação e nutrição, inclusive aquelas relacionadas ao uso
de plantas medicinais e suas preparações, considerando a realidade e singularidade
sociocultural e epidemiológica das populações; atuar junto a equipe multiprofissional
na promoção do uso correto e racional de plantas medicinais e fitoterápicos; difundir
a implantação de hortas com plantas medicinais e hortaliças usuais associadas a
alimentação sustentável, com base em produção agroecológica, além de promover
educação continuada dos ACS contemplando temas de alimentação, nutrição e
plantas medicinais. (BRASIL, 2012)
Segundo Kalluf (2007), a pertinência e a importância do uso da fitoterapia por
esse profissional se dá pela grande interface com a nutrição, comprovada pelos
crescentes estudos das propriedades funcionais tanto na área das espécies vegetais
como na de alimentos. O reconhecimento de como a interação dietética com os
fitoterápicos é capaz de modificar a expressão genética de um indivíduo, estimular
seu desenvolvimento físico e mental, aumentar seu bem-estar e diminuir a
susceptibilidade frente às doenças crônicas e outras comorbidades tem grandes
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É uma fruta nativa do sul da Ásia, utilizada pelos nativos da Índia como
inibidor natural do apetite. Sua principal função na capacidade de
queimar gorduras armazenadas no organismo, reduzindo assim o
desejo de comer doces. O extrato seco é obtido da casca do fruto,
Garcínia cambogia
sendo seu principal constituinte o ácido hidroxicítrico, que tem a função
de bloquear a síntese de ácidos graxos por competir com a enzima
Citratoliase pelo substrato citrato, impedindo a formação de AcetilCoa, o
que acelera a queima de gordura pela capacidade de bloquear a síntese
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Plantago psyllium infecções e tratar dores de dente, além de ser usada para abscessos,
irritação na pele, panarício (infecção nas pontas dos dedos) e máscara
facial para a pele. As sementes e as cascas das sementes são as
partes mais utilizadas, vez que são ricas em componentes químicos
como mucilagem (arabinoxilano, que absorvem grande quantidade de
água e auxiliam o intestino), aucubina, proteínas, enzimas, xilose,
galactose, óleo essencial (linoleico, oleico, palmítico) e gomas. Na
culinária, as folhas jovens podem ser consumidas em saladas. As
sementes podem ser acrescentadas a cereais e iogurtes.
3.4.3 Termogênicos
3.4.4 Lipolíticos
O excesso de peso aumenta o risco para a saúde; seja por razões biológicas,
psicológicas ou comportamentais, alguns indivíduos parecem destinados a enfrentar
uma batalha para emagrecer. Este processo de luta pode produzir excessiva
preocupação com a alimentação, peso, autocondenação e depressão, bem como
repetidos ciclos de perda e recuperação de peso. Estudos têm mostrado que
crianças obesas possuem grande risco de desenvolver problemas psicológicos e de
saúde. Observações clínicas postulam a associação entre a obesidade e depressão.
Estas observações têm recebido suporte de estudos epidemiológicos, sugerindo
relação entre excesso de peso e sintomas psicológicos e psiquiátricos. A depressão
pode ser também sintoma de patologias orgânicas, como os distúrbios
endocrinológicos e neurológicos. Pode ainda, ser mais frequente em alguns grupos
de crianças, como as portadoras de problemas crônicos de saúde. Entre tais grupos
vulneráveis para o desenvolvimento da depressão infantil, encontra-se também o
das crianças obesas. A obesidade muitas vezes acarreta dificuldades
comportamentais, interferindo, assim, no relacionamento social, familiar e acadêmico
da criança (LUIZ, 2005).
É uma planta herbácea perene, encontra-se largamente distribuída pela
Valeriana officinalis
Europa e Ásia, mas devido a seu uso medicinal está difundida por todo o
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7 A CARTILHA
Inibidor Diarreia,
Emagrecim
enzimático 250mg a Diabetes
Phaseolus Faseola ento,
que reduz a 1000mg. dependen-
Pó Cápsula redução de
vulgaris -mina absorção 2x ou 3x tes de
calórias
de ao dia. insulina e
(amido)
açúcares Gestantes.
Dose
Inibidor de
elevada
apetite,
Mucila- pode
laxante,
gem causar
Gelidium Ágar Redutor de estimulador 0,5 a
purifica- diarreia
absorção Pó do 1,0g.
corneum Ágar da e intensa.
calórica metabolis-- 2x ao dia
desseca Obstrução
mo,
-da intestinal e
emoliente e
gestante e
purgante
diabéticos.
Dietas
restritas
Folhas,
para
Semen- caules, 10 a 20 g
diabetes, Doses altas
Mucila- tes, Redutor de sementes ao dia
Mucilagem hipercoles- podem
caules, absoção em nas
gem terolemia, causar
folhas e calórica fervura ou principais
Laxativo, diarreia.
raízes compres- refeições
lubrificante,
sa
antidiarrei-
co
membros sistema
inferiores linfático
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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40
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Nov./Dez. 2014. ISSN 1981-9927
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EDUCAÇÃO NUTRICIONAL: DO JECA TATU À OBESIDADE. Interfaces Científicas-
Humanas e Sociais, v. 4, n. 1, p. 10-21, 2015.
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APÊNDICE 1
Legislação do Conselho Federal de Nutrição
RESOLUÇÃO CFN N° 525/2013
Regulamenta a prática da fitoterapia pelo nutricionista, atribuindo-lhe
competência para, nas modalidades que especifica, prescrever plantas
medicinais, drogas vegetais e fitoterápicos como complemento da prescrição
dietética e, dá outras providências.
O Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), no exercício das competências
previstas na Lei n° 6.583, de 20 de outubro de 1978, no Decreto n° 84.444, de
30 de janeiro de 1980 e no Regimento Interno aprovado pela Resolução CFN
n° 320, de 2 de dezembro de 2003, ouvidos os Conselhos Regionais de
Nutricionistas, e, tendo em vista o que foi deliberado na 252ª Reunião
Plenária, Ordinária do CFN, realizada no dia 19 de maio de 2013 e,
Considerando:
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS que,
aprovada pela Portaria do Ministério da Saúde nº 971, de 03/05/2006, inclui o
uso de plantas medicinais e da fitoterapia como prática da assistência em
saúde;
O Decreto Presidencial nº 5.813, de 22/06/2006, que aprovou a Política
Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos com o objetivo de garantir à
população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e
fitoterápicos, em consonância com sugestão da Organização Mundial da
Saúde para incentivar a “adoção de práticas tradicionais, com comprovada
eficiência, como ferramenta para manutenção de condições de saúde”;
A Portaria Interministerial nº 2960, de 9/12/2008, que aprovou o Programa
Nacional de PlantasMedicinais e Fitoterápicos com o objetivo de, entre outros,
construir um marco regulatório sobre plantas medicinais e fitoterápicos e
estabelecer critérios de inclusão e exclusão de espécies nas Relações
Nacionais e Regionais de Plantas Medicinais, e que devem ser utilizados
pelos prescritores como guia ou memento;
A Resolução RDC nº 10 de 9/03/2010, da ANVISA, que lista as drogas
vegetais notificadas junto aesse órgão, assim como atualizações pertinentes
ao assunto;
O Código de Ética do Nutricionista, aprovado pela Resolução CFN nº
334/2004, que no seu artigo 1º
estabelece o Princípio Fundamental de atender aos “princípios da ciência da
Nutrição para contribuir
para a saúde dos indivíduos e da coletividade” e determina, no inciso IV do
artigo 5º, o dever do
nutricionista de “utilizar todos os recursos disponíveis de diagnóstico e
tratamento nutricionais ao seu alcance, em favor de indivíduos e coletividade
sob sua responsabilidade profissional”;
O reconhecimento de evidências científicas sobre a efetividade da fitoterapia
assim como da existência de reações adversas, efeitos colaterais,
contraindicações, toxicidade e interações com outras plantas e drogas
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APÊNDICE 2
Cartilha dos fitoterápicos utilizados no tratamento da obesidade para uso do
nutricionista clínico