LEIS ESQUEMATIZADAS

LEI N. 4.898/1965
SUMÁRIO
Lei de Abuso de Autoridade – Lei n. 4.898/1965.....................................3
1. Objetivos.......................................................................................3
Conceito de Autoridade (Art. 5º)...........................................................4
Exemplos de autoridades para efeitos da Lei n. 4.898/ 1965:....................5
Capacidade Postulatória e Lei n. 4.898/1965..........................................6
Esferas de Responsabilização (Art. 1º)..................................................6
Destinatários da representação (Art. 2º)................................................7
Elementos da Representação (Art. 2º, Parágrafo Único)...........................7
Fatos constitutivos de abuso de autoridade (Arts. 3º e 4º).......................8
Sanções previstas na Lei n. 4.898/1965.............................................. 10
Sanções Penais................................................................................ 10
Sanções Civis................................................................................... 11
Sanções Administrativas.................................................................... 11
Competência e Lei n. 4.898/1965....................................................... 12
Regra geral...................................................................................... 12
Situações Excepcionais...................................................................... 12
Súmula n. 172/STJ........................................................................... 13
Disposições Finais............................................................................. 13
Processo Penal por Abuso de Autoridade.............................................. 13
Particularidades procedimentais da Lei n. 4.898/ 1965.......................... 14
Observações Finais - Procedimento esquematizado (Arts. 13 em diante).. 15
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Lei n. 4.898/1965

LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE – LEI N. 4.898/1965

1. Objetivos

Lei n. 4.898/1965

Inibir abusos praticados por autoridades públicas no uso de suas

atribuições

Regular o direito de representação contra abusos de autoridade

praticados por tais autoridades

Regular o processo de responsabilização, nas esferas

administrativa, civil e penal, nos casos de abuso de autoridade.

Ponto-chave n. 1:

Esferas

• A lei de abuso de autoridade não se limita à responsabilização PENAL

das autoridades públicas que praticam tais abusos.

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Conceito de Autoridade (Art. 5º)

Ponto-chave n. 2:

Conceito de autoridade

• Não são apenas autoridades policiais que são capazes de praticar

abusos. Se o indivíduo ocupa cargo, emprego ou função pública,
seja civil ou militar, remunerado ou não e de forma transitória ou
não, poderá praticar o delito de abuso de autoridade, se incorrer nas
condutas previstas na Lei n. 4.898/1965.

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Exemplos de autoridades para efeitos da Lei n. 4.898/

1965:

Ponto-chave n. 3:

Particular e Abuso de autoridade

• Particular, em regra, não pratica crime abuso de autoridade.

• Excepcionalmente, o particular poderá responder por abuso de
autoridade quando agir em concurso com um funcionário público e
tiver ciência dessa condição.

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Capacidade Postulatória e Lei n. 4.898/1965

Capacidade de praticar atos processuais.

Regra geral

• Só pode ser exercida por advogado.

Exceção

• O cidadão comum pode praticar o ato processual por conta própria,

mesmo que não seja advogado.
• Exemplo: Ato de impetrar Habeas Corpus em defesa de sua própria
liberdade.

Lei de abuso de autoridade

• É outra exceção à regra da capacidade postulatória!

• Por esse motivo, é possível a qualquer pessoa exercer o direito
de representação contra abusos de autoridade, mesmo que
não se faça representar por advogado!

Esferas de Responsabilização (Art. 1º)

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Destinatários da representação (Art. 2º)

Ponto-chave n. 4:

Direito de representação

• As normas não impedem que a denúncia seja realizada em uma

delegacia de polícia, como se faz com qualquer outra infração penal.
• Embora o legislador trate do direito de representação, o crime de
abuso de autoridade é de ação penal pública incondicionada.

Elementos da Representação (Art. 2º, Parágrafo Único)

Do Fato Da Qualificação Das testemunhas

• Fato constitutivo do abu- • Qualificação do acu- • Rol de testemunhas.

so de autoridade. sado de praticar o • No máximo três (se
•
Circunstâncias do fato abuso de autoridade. houver).
em questão.

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Ponto-chave n. 5:

Número de vias

• A Lei n. 4.898/1965 prevê que a representação deve ser feita em

duas vias.

Fatos constitutivos de abuso de autoridade (Arts.

3º e 4º)

O que exatamente é considerado um ato de abuso de autoridade?

Art. 3º:

Atentados contra a liberdade:

• De locomoção;
• De consciência e de crença;
• De associação.

Atentados contra direitos em geral:

• Direitos e garantias legais assegurados ao exercício do voto;

• De reunião;
• Direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional.

Outras Condutas

• Inviolabilidade de domicílio;
• Sigilo de correspondência;
• Livre exercício do culto religioso;
• Incolumidade física do indivíduo.

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Art. 4º:

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Ponto-chave n. 5:

Fatos constitutivos de abuso de autoridade

• Conhecer o rol dos artigos 3º e 4º são essenciais para fins de prova.

• Não existe abuso de autoridade CULPOSO!

Sanções previstas na Lei n. 4.898/1965

Sanções Penais

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Sanções Civis

Se não for possível fixar o valor do dano:

Pagamento de indenização de quinhentos a dez
mil cruzeiros.

Sanções Administrativas

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Ponto-chave n. 6:

Processo administrativo

• Não deve ser sobrestado para aguardar processo penal ou cível que
estiver tramitando de forma simultânea.

Competência e Lei n. 4.898/1965

Regra geral

Situações Excepcionais

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Súmula n. 172/STJ

Compete a justiça comum processar e julgar militar por crime de

abuso de autoridade, ainda que praticado em serviço.

Ponto-chave n. 7:

Abuso de autoridade praticado por militar

• Segundo a súmula 172/STJ, é caso que compete à Justiça

Comum.
• Com a alteração realizada em 2017 no CPM (posterior à súmula),
surgiu a possibilidade de que tais abusos sejam julgados pela Justiça
Militar.
• Ainda não há posicionamento doutrinário ou jurisprudencial que
solucione esse impasse.

Disposições Finais

Processo Penal por Abuso de Autoridade

Regra geral

• Aplicação do rito sumaríssimo (previsto na Lei n. 9.099/1995),

respeitadas as peculiaridades da Lei n. 4.898/1965.
• Logo, nos casos em que o rito sumaríssimo não for aplicável,
aplicam-se as disposições próprias (procedimento próprio) contidas
na Lei n. 4.898/1965.

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Particularidades procedimentais da Lei n. 4.898/

1965

Oferecimento da representação ao MP

• Uma vez que a vítima oferece a representação contra um abuso de

autoridade ao Ministério Público, este tem 48 horas para denunciar
o réu!
• Esse prazo despenca em provas, então muita atenção!

Providências a serem tomadas pelo MP

• Uma vez que o órgão ministerial entenda que realmente houve abuso
de autoridade, deve, além de oferecer a denúncia em 48 horas,
providenciar as seguintes medidas:

• Denúncia em DUAS vias!

• Requerer ao juiz a citação do réu;
• Requerer a designação de audiência de instrução e julgamento.

• Lembre-se de que CITAR é dar ciência ao indivíduo de que

está sendo acusado de um crime!

Negligência do MP

• Vencidas as 48 horas, a vítima passa a ter direito à ação penal

privada contra o abuso sofrido.

Ponto-chave n. 8:

IP e Abuso de Autoridade

• O início da ação penal NÃO DEPENDE de justificação ou de

inquérito policial correlato (art. 12).

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Observações Finais - Procedimento esquematizado

(Arts. 13 em diante)

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