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(3/4 aulas)
Última revisão 15/11/2012
Índice
1 Introdução ...................................................................................................................... 2
2 Torção de secções de parede fina fechada ....................................................................... 3
3 Torção pura .................................................................................................................... 4
3.1 Secções cheias .......................................................................................................... 4
3.2 Secções ocas ............................................................................................................. 6
3.3 Secções de parede fina aberta com torção de empenamento empenamento
desprezável .............................................................................................................. 6
1
1 Intro
odução
• Começa--se por distinguir enttre torção de equilíbrrio e torção
o de compaatibilidadee. Observe--
se a Figu
ura:
Na estru utura 1, os
o momen ntos torsorres na vig ga AB têm m sempre os mesmo os valores,,
independ dentemente da rigidez à torçãão GJ . Ma as se se reeduzir a riigidez de torção
t GJ
para umm valor prróximo de zero, a eestrutura torna-set in
nstável, ouu perde o equilíbrio..
Verifica--se assim que a rig gidez de ttorção na barra AB B é essenccial para garantir
g o
equilíbriio da peça. Diz-se porr isso que sse trata dee uma torçãão de equillíbrio.
Já na esstrutura 2, os momen ntos torsorees que apaarecem na viga
v AB deependem do d valor doo
momento MC , quee por sua vez v depend de da rigiddez de torçção da vigaa AB. Se se s anular a
rigidez d
de torção GJ desta viga, o m momento MC anula-se, e o meesmo suced de com oss
momentos torsoress que nela actuam, m mas a estrutura perma anece estávvel. Verificca-se assim
m
que a toorção na viga
v AB, que resulta de uma deformação
d o imposta ppela viga CD, não é
essenciall para o eq
quilíbrio. Diz-se
D por issso que se trata de uma torção de compatibilidade.
• Em resu
umo: torçãoo de equilíb brio é aqueela que é essencial
e pa
ara garantiir o equilíb
brio, isto é,,
se a riggidez de torção for anuladaa, a estru utura perd de a estabbilidade. Torção
T dee
compatibilidade é aquela qu ue pode seer anulada (fazendo GJ → 0 ) sem que daí d resultee
uma perrda de equiilíbrio da estrutura.
e
• De acordo com o EC2 Cl. 6.3.1 6 (1) e (2), a to orção de co ompatibiliddade não precisa
p serr
considerrada na verificação
v da segurrança aos EL últim mos, mas apenas ao os EL dee
utilizaçãão. Assim, na prática
a, para efeiitos de verrificação da
a segurançaa aos estad
dos limitess
últimos, os esforçoos poderão ser calculaados considerando in nércias de ttorção muito baixas,,
de modoo a tornar os momenttos torsorees desprezá áveis. Esta orientaçãoo está de acordo
a com
m
a experiiência, quee mostra que a rigiidez de to orção decreesce de foorma sensív vel com a
2
fissuraçãão (REBAP, 1983, Artigo
A 49.ºº comentárrio), tendo
o por isso pouca exp pressão em
m
EL últimmos (que see caracterizzam pela p
presença dee fendilhação significaativa).
• Sabemoss da Mecâânica dos Sólidos
S quee a torção induz um m estado dee corte pu uro (torçãoo
uniformee), o que implica que
q as dirrecções priincipais dee tracção//compressãão formamm
ângulos de 45º com m o eixo da peça. A fissuração provocada a pela torçção tende assim
a a serr
helicoidaal, formand
do com a peça
p um ânngulo de 455º, como see mostra naa Figura:
O comp portamentoo de uma viga de B BA à torçãão, à semeelhança doo que suceede para o
esforço transverso, pode serr analisadaa por meioo de um modelo
m dee treliça, tratando-see
neste caso de uma treliça esp
pacial tubu
ular (Figura acima).
• [Descrev
ver aqui su umariamente a torçãoo de Saint Venant versus
v torçãão de emp penamento,,
para facilitar a exp guinte. Usaar talvez a equação TRd = TRd,s + TRd,w ]
posição seg
3
Demonsttra-se que o fluxo dado
d pela expressão acima, co onhecida ccomo 1.ª fórmula
f dee
Bredt, é constantee ao longo da
d linha m
média da paarede da seecção.
• Por exem
mplo, considere-se a seguinte
s u momennto torsor T :
viiga-caixão sujeita a um
3 Torção pura
a
3.1 Secç
ções cheias
• De acord do com o método
m preeconizado no EC2, dada
d uma secção
s cheiia qualquer, começa--
se por d determinarr a chama
ada secçãoo oca efica
az, conform
me se esqu
quematiza na Figuraa
seguintee:
Em que tef design na-se por espessura eficaz da parede e é calculadaa de acord
do com ass
seguintees regras:
4
– tef = A / u , onde u é o perímetro do contorno exterior da secção e A é a área
delimitada por esse perímetro, calculada sem descontar eventuais partes ocas.
– tef ≥ 2c , onde c é a distância do eixo das armaduras longitudinais à face exterior e.
– tef ≤ t , onde t representa a espessura real no caso da secção ser efectivamente oca.
• Em seguida determina-se o fluxo de corte que equilibra o momento torsor, usando a
primeira fórmula de Bredt:
TEd
vEd = ,
2Ak
onde Ak é a área limitada pelas linhas médias das paredes, incluindo eventuais áreas ocas
interiores.
• A verificação da segurança de uma secção à torção consiste em:
1. Determinação das armaduras transversais necessárias:
Ast vEd
= (1)
s fyd cotg θ
5
Determinação das armadurass transverssais necessá
árias:
Ast 149.33
= = 2.5
5 cm2 /m
s 34.8 × cotg 30
Verificaçção do esm
magamento das bielass de betão:
3.2 Secç
ções ocas
s
• O dimen nsionamen nto de secçções ocas é inteirammente sem melhante aoo que se viu acimaa
relativammente a seecções cheiaas, com a diferença de
d que, commo a secçãão já é oca
a, é precisoo
verificarr que tef ≤ t , em que t represen
nta a espesssura das paredes
p reaais.
• [Prever u
um exemplo de uma secção em
m caixão]
3.3 Secç
ções de parede
p fina
a aberta co
om torção
o de empe
enamento desprezáv
vel
• A formu ulação acim ma também m se aplicaa a secçõess de pared
de fina abeerta constituídas porr
apenas u um banzo ou por apenas umaa alma, co omo as seccções em T ou secções em L..
Nestas ssecções a toorção de Saint Venan nt é dominnante face á torção de empenam mento, istoo
é, o moomento toorsor actuante é reesistido esssencialmen nte por um m fluxo ded tensõess
tangenciiais circulaatórias, com
mo se esquuematiza nan Figura seguinte. O Observe-see que estass
secções ttêm uma rigidez e um ma resistên
ncia à torçã
ão muito liimitada.
6
secção d
de paredes finas equivvalente, seendo a resistência à torção
t do cconjunto co
onsiderada
a
como igu
ual à somaa das resisttências de cada elemeento»
«A disttribuição dos
d momen ntos torsorres actuan
ntes nas seecções elem
mentares deverá serr
proporciional à rigiidez de torrção destas no estado não fendillhado»
«Cada ssecção elem
mentar pod paradamente»
derá ser callculada sep
i A Figura seguinte ilustra esttas consideerações pa
ara o caso de uma seecção T sujjeita a um
m
momento torsor TEd . Com mo indicad do, o T é dividido o em doiss rectângu ulos. Cadaa
rectângu
ulo possui a sua esp pessura efficaz e é dimensiona
d ado para resistir á respectivaa
parcela d
do momento.
• [Preparaar um exem
mplo de um
ma secção T aplicando as orienttações acim
ma]
3. Deterrminação das
d armadu
uras transvversais
7
Asw VEd
= ; z = 0.9d
s z fyd cot θ
−b ± b 2 − 4ac ⎧ 1.23 ⎪
2974.1 ± 2974.12 − 4 × 2249.5 × 260 ⎪ ⎫
⇔ x= = =⎪
⎨
⎪ = 0.094
⎬
2a 2 × 2249.5 ⎪
⎪0.094 ⎪
⎪
⎩ ⎭
εc ε d −x 0.55 − 0.094
= s ⇔ εs = εc = 3.5‰ = 17.0‰ .
x d −x x 0.094
5407.5 × 0.094
Fs = fyd As ⇔ As = = 14.6 cm2
34.8
Determinação das características da secção oca eficaz (= exemplo anterior):
tef = 0.12 ; Ak = 0.134 m2 ; uk = 1.52 m ;
8
αcw ν fcd bw z 1.00 × 0.54 × 16.7 × 103 × 0.40 × 0.495
VRd ,max = = = 773.2 KN ;
tg θ + cotg θ tan 30 + cot 30
9
6 Disposições
s constru
utivas re
elevante
es do EC
C2 relatiivamente à
torçã
ão
i As dispoosições con
nstrutivas contam
c da CL. 9.2.3 p. 176 «Armaduras dde torção»
».
i Em resu
umo, as reggras de porrmenorizaçãão a respeiitar para a torção sãoo as seguin
ntes:
1) Relattivamente às cintas, o espaçam ento máxim
mo a respeeitar é:
⎧⎪u / 8
⎪⎪
s ≤ ⎪⎨0.75d
⎪⎪
⎪⎪menor dim
mensão da secção traansversal
⎩
2) Relattivamente aos varõess longitudin
nais, deverrão ser disp
postos de m
modo que haja
h pelo
menoos um em cada canto o, sendo oss restantes uniformem mente distrribuídos ao
o longo doo
contoorno intern
no das cintas, com umm espaçammento máxim mo de 350 mm.
i Exemploo: Pormenorizemos asa armadu
uras calculadas no último
ú exem
mplo. As armadurass
das foram as
calculad a seguintess:
As = 14..6 cm2 ; Asl / uk = 7.4 cm2 /m
m ; Asw / s = 5.4 cm
m2 /m ; Ast / s = 2.5
5 cm2 /m ;
ura longitud
Armadu dinal:
A armaddura longittudinal a dispor
d or é igual a 14.6 + 7..4 × 0.28 = 16.7 cm2 .
na fface superio
Uma poossibilidade é adoptarmos 6φ 20 (18.84 4 cm2). SóS temos que verifficar se o
mento mínim
espaçam mo entre varões
v é resspeitado. Tem-se:
T
e ≈ (0.40 − 2 × 0.055 − 5 × 0.02
2) / 5 = 0.004 m , que verifica o espaçamennto mínimo
o.
A madura
arm longitudin
nal a d
dispor nas
n resta
antes faaces é igual a
7.4 × (0.228 + 2 × 0.488) = 9.2 cm2 .
Esta arm madura deeve ser disstribuída u
uniformemmente ao lo ongo do coontorno in nterno dass
cintas (vvarões igu
ualmente espaçados). Ora se colocarmos
c 7 varões nas faces inferior e
laterais cumpre-se esse requisito. Temoos agora qu
ue escolherr o diâmetrro desses varões
v paraa
que tenhham uma área
á 2
de 9.2 cm . Adopptam-se vaarões 7φ16 (14.07 cm ).
22
10
Armadu
ura transversal:
O espaççamento trransversal máximo é st,max = 0.75 1 m . Adop
0 d = 0.41 ptando estrribos de 2
ramos cumpre-se este
e espaça
amento. AAssim a arm
madura a armadura transversa
al a disporr
2
(por ram
mo) é de 5.4/2 + 2.5 = 5.2 cm //m.
Relativaamente ao espaçamen
nto máximoo longitudiinal permittido pela E
EC2, tem-see
⎧⎪u / 8 ⎧⎪2 / 8 = 0.25 ⎫⎪
⎪⎪ ⎪⎪ ⎪⎪
⎪
s ≤ ⎨0.775d ⎪0.75 ⎪ = 0 .25
⎨ 5 × 0.55 = 0.41
0 ⎬
⎪⎪ ⎪⎪ ⎪⎪
nsão da seccção transvversal ⎪⎪0.40
⎪⎪meenor dimen 0 ⎪⎪
⎩ ⎩ ⎭
Adoptan paçamento de 0.10, oobtém-se φ10//0.10
ndo um esp 1 7.9 cm2/m)).
(7
a) Veriffique a segu
urança ao EL último de esforço
o transverso com torçção.
b) Pormmenorize as
a armadu
uras resulltantes reespeitando as dispoosições co
onstrutivass
relevantes do EC2.
E
Resoluçãão:
a) Deterrminação das
d caracteerísticas daa secção occa eficaz:
A 0.452
tef = = = 0.113 m ; > 2 × 0.005 = 0.10 ; Verifica.
u 4 × 0.45
Ak = ((0.45 − 0.113)2 = 0.114 m2 ;
uk = 4 × 0.337 = 1.348 m ;
11
2 αcw ν fcd Ak tef 2 × 1.00 × 0.54 × 16.7 × 103 × 0.114 × 0.113
TRd ,max = = = 116.2 KNm
tg θ + cotg θ 1+1
⎛ Asw ⎞⎟ fck 25
⎜⎜ ⎟ = 0.08 bw = 0.08 0.45 = 3.6 cm2 /m ;
⎜⎝ s ⎟⎟⎠ fyk 500
min
TEd 70
vEd ,T = = = 307.0 KN/m;
2Ak 2 × 0.114
Ast vEd ,T 307.0
= = = 7.1 cm2 /m
s fyd cot θ 43.5 × 1.00
12
i Problem
ma propossto (adap ptado do exame 19/01/201 10): Conssidere a estruturaa
esquemaaticamente representa
ada na Figgura, com os
o dados aíí indicadoss:
a) Deterrmine os valores
v de cálculo doos esforçoss actuantess ( M Ed , VEd , TEd ) na secção A..
Conssidere a com
mbinação de
d acções qque provocca o máxim mo M.
b) Conssiderando os
o esforços que deterrminou na alínea anterior, veriffique a seg
gurança aoo
do limite úlltimo de fleexão na se cção A.
estad
c) Veriffique a seggurança ao
o estado liimite últim
mo de esfo
orço transvverso com torção naa
mesm
ma secção
d) Pormmenorize ass armaduraas que detterminou nasn alíneas anterioress, demonsttrando quee
essa p
pormenorizzação respeeita as disp
posições co
onstrutivass relevantess do EC2.
e) A torrção da barra ABC é de equilíb
brio ou de compatibil
c lidade. Justtifique.
Resoluçãão (apenas alíneas a) e b))
a) A com
mbinação que
q provocca o máxim
mo momentto é: 1.35 gk + 1.5Q2 + 1.5 ψ0 Q1 . Tem-se:
17.5 KNm ;
M Ed = (1.35 × 400)32 / 2 + (1.5 × 55)3 + ((1.5 × 0.60 × 20)1.5 = 51
m;
VEd = (1.35 × 40))3 + (1.5 × 55) + (1.5 × 00.60 × 20) = 262.5 KNm
4.5 KNm ;
TEd = 0 + (1.5 × 55)1.00 − (1.5 × 0.60 × 220)1.00 = 64
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> εyd ⇒ σs = fyd ;
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