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1 – não se trata de uma relação privada, mas civil; 2- dá direitos sexuais aos
homens sobre as mulheres, praticamente sem restrição. [...] 3 - configura
um tipo hierárquico de relação, que invade todos os espaços da sociedade;
4 – tem uma base material; 5 – corporifica-se; 6 – representa uma estrutura
de poder baseada tanto na ideologia quanto na violência. (SAFFIOTI, 2004,
p. 57e 58)
Esse modo de definir esse conceito deixa totalmente claro e real o poder do
homem e a submissão dos que não pertencem ao mesmo sexo. Existe uma
desvalorização da mulher até mesmo pela forma física, que é sempre dita quase
poeticamente como o sexo frágil, o que já mostra um caráter de desvalorização do
sexo feminino, o que acaba por querer castrar a mulher em suas potencialidades
desenvolvidas ou a serem desenvolvidas. Essa expressão de que o corpo feminino
é frágil tem por finalidade incutir um mecanismo de que ela deve ser protegida por
outro ser, inviabilizando o conceito de mudança e superação seja física, mental ou
emocional.
Mas isso tornava a prejudicar as mulheres uma vez que os empregos eram
concedidos fora da lei, o que acabava por desprotegê-la totalmente, visto que a
maioria necessitava trabalhar para sobreviver. E depois chegou uma fase de
proteção para o publico trabalhador feminino em relação aos horários, boas
recomendações dos trabalhos anteriores sem proteção, essas transições marcadas
por profundas mudanças tecnológicas e sociais. Portanto, vale ressaltar que
somente na Constituição Federal de 1988, a igualdade entre homens e mulheres em
todos os níveis foi promulgada e divulgada. (GAUDÊNCIO, 2005)
A violência de gênero é uma questão que se faz presente nas variadas relações
sociais, na sociedade ocidental, e que por muito tempo foi invisibilizada e tolerada. A
desigualdade entre os sexos é intrínseca ao sistema patriarcal, o que demonstra
fortemente a hierarquia nas relações de gênero.
É na década de 1970, que surge o termo violência contra mulher fruto dos
movimentos feministas, ao despertar a sociedade e divulgar que as mulheres eram
alvo principal da violência praticada pelos homens. Começa a ser objeto de
denúncia em 1980, a partir das manifestações feministas, até então as mulheres
sofriam a violência em silêncio. Com as lutas feministas o tema violência se tornar
público.
1
Termo utilizado para qualificar o assassinato de mulher justificado pelo gênero.
1.2 IMBRICAÇÕES ENTRE A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E A “QUESTÃO
SOCIAL”
Tratar à violência como um fenômeno das relações sociais não implica dizer
que toda a mulher sofrerá com a mesma intensidade da mesma agressão,
considerando que cada uma tem sua singularidade. Concordamos com a autora ao
dizer que:
2
Disponível em <
http://www.senado.gov.br/comissoes/documentos/SSCEPI/DOC%20VCM%20034.pdf> . Acesso em:
04. Junho. 2014.
3 A Campanha Violência Contra a Mulher é Coisa de Outra Cultura é coordenada pela Secretaria
Especial da Mulher e integra as ações do Plano Estadual para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência
Contra as Mulheres e do Pacto pela Vida. Ver site: <http://www2.secmulher.pe.gov.br/web/secretaria-
da-mulher/campanhas>
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SITE: