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2° Mandamento

A Adoração que Deus Requer Na Era do Evangelho Light

Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de

escultura, nem semelhança alguma que já em cima nos céus, nem em baixo na

terra, nem nas águas debaixo da terra (Êxodos 20: 4-6).

Ao longo da história, o povo de Deus tem lutado contra a tendência a

idolatria, demonstrando a relevância do segundo mandamento. Dois exemplos de

fidelidade com resultados radicalmente opostos ilustram este fato. O primeiro

exemplo vem da Babilônia, aproximadamente por volta do ano 580 A.C. No

capitulo três da sua profecia, Daniel registra que o rei da Babilônia,

Nabucodonosor, faz uma imagem de ouro de trinta metros de altura e três metros

de largura, dando ordem a todos os habitantes da terra (Babilônia era potencia

mundial de seus dias): “No momento em que ouvirdes o som da trombeta, do

pífaro, da harpa, da citara, do saltério, da gaita de foles e de toda sorte de

música, vos prostrareis e adorareis a imagem de outro que o rei Nabucodonosor

levantou. Qualquer que se não prostrar e não a adorar será, no mesmo instante,

lançado na fornalha de fogo ardente” (Daniel 3:5-6).

Três jovens judeus influentes no império babilônico se recusaram a adorar a

imagem se curvando ante ela (Daniel 3:12). Recusaram-se a adotar a via

politicamente correta e, ante ameaça de Nabucodonosor, os jovens responderam:

“Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de

fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não

serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste”

(Daniel 3:17-18). A continuidade do texto declara que Deus interveio,

preservando-os sobrenaturalmente das chamas, e causando um grande impacto

sobre Nabucodonosor e seu reino.


O segundo exemplo vem da Escócia por volta de 1540 com George Wishart 1,

cujo compromisso com Deus teve um impacto decisivo sobre John Knox,

responsável direto pelo êxito da Reforma Protestante naquela nação. John Knox

registra em sua História da Reforma da Religião no Reino da Escócia como

aconteceu a morte de Wishart por lutar contra a idolatria nos seus dias:

“Quando ele [Wishart] veio para o fogo, ele se sentou sobre seus joelhos, e
se levantou novamente; e três vezes ele disse estas palavras: ‘Oh, tu,
Salvador do Mundo, tem misericórdia de mim! Pai Celeste, eu entrego meu
espírito em tuas santas mãos.’ Então se voltou para as pessoas e disse: ‘Eu
vos imploro, irmãos e irmãs cristãos, que não vos escadalizeis com a Palavra
de Deus, pela aflição e tormentos que vos vedes preparados para mim. Mas
eu vos exorto, amai a Palavra de Deus e sofrei pacientemente com coração
confortado por causa da Palavra, que é vossa indubitável salvação e
perpetuo conforto.” 2

Ambos exemplos demonstram a mesma fidelidade, embora diferenciados

radicalmente em seus resultados. Os amigos de Daniel são fieis não se submetendo

á idolatria e são preservados. George Wishart é fiel não se submetendo à idolatria

e Deus permite que ele morra queimado. No primeiro caso, Deus é glorificado

através do livramento extraordinário. No segundo, Ele é glorificado através do

martírio de Wishart. Concluímos dessas experiências que a aprovação de Deus em

relação às nossas vidas deve ser medida apenas pela nossa fidelidade e obediência

e nunca por quaisquer resultados oriundos delas.

Os exemplos acima citados oferecem um quadro da situação bíblica e

histórica em relação à luta contra a idolatria. No entanto, ainda nos falta uma

identificação do escopo do segundo mandamento. Os versículos de Êxodo 20:4-6

nos ajudam a determinação do escopo do segundo mandamento: “Não farás para ti

imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem

embaixo na terra, nem na águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes

darás culto; porque eu sou o Senhor, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade

1
Knox, John. History of the Reformation of Religion within the Realm of Scotland, London: Adam and
Charles black, 1898, p. 64
2
dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem

[odeiam]” (Êxodo 20:4-6). Cristãos evangélicos poderão, por uma perspectiva

limitada dos mandamentos, entender que este mandamento não tem qualquer

relevância, já que eles não possuem imagens em seus templos. Entretanto, uma

visão correta do escopo e das forças positiva e negativa os levarão a perceber que

outras coisas além de imagens podem consistir na quebra do segundo mandamento.

Portanto, essa é a área, escopo, que o mandamento regulamenta: adoração.

Não são nossas preferências pessoais que determinam como Deus deve ser

adorado. Os textos de Êxodo 39 e 40 contêm ordens detalhadas de Deus para a

construção do tabernáculo, aonde ele deveria ser buscado e adorado. Nestes

textos uma expressão se repete e é fundamental para que identifiquemos a força

positiva do mandamento: “Segundo (ou como) o Senhor ordenara a Moisés.”

Percebemos que Deus não apenas rejeita à idolatria como forma de adoração,

como escrito no mandamento, bem como ele ordena positivamente como ser

adorado.

Com essa expressão em mente, é possível prosseguir analisando dois

episódios estranhos na história de Israel em que atos de culto e adoração,

aparentemente marcados por boa intenção, acabam em tragédia. A primeira

história está registrada em Levítico 8, 9 e 10. Deus consagra Arão e seus filhos

para seu serviço através de Moisés (Levítico 8:4, 5, 9, 13, 17, 21, 29, 35-36). No

capítulo 9 de Levítico, Arão e seus filhos oferecem sacrifícios diante do Senhor em

favor do povo, cumprindo exatamente o que Deus ordenara (9:5-6). O resultado

disso é a aprovação de Deus: fogo sai diante do Senhor e consome o holocausto e a

gordura. O povo se alegra e se prostra diante do Senhor. Temos aqui elementos do

culto ou da adoração aceitável: 1. Obediência rigorosa às prescrições de Deus, 2.

Aceitação do sacrifício pelo Senhor, 3. Manifestação da Sua Glória, e 4. Alegria do

povo por reconhecer-se aceito por Deus.


O capítulo 10, entretanto, nos fala da experiência dos filhos de Arão:

Nadabe e Abiu. Eles tomam cada um seu incensário e trazem fogo estranho

perante a face do Senhor, em discordância as prescrições estabelecidas por Deus.

O paralelismo é claro: nesse contexto também sai fogo diante do Senhor e também

consome, mas não a oferta e sim os ofertantes. Deus revela sua santidade e

glorifica o seu nome diante de todo o povo, resultando em ofertantes mortos

perante o Senhor, oferta rejeitada, e tragédia familiar. O que distingue o sacrifício

aceito de Arão e dos próprios Nadabe e Abiu é explícito em Levítico 10:1: “Nadabe

e Abiu, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e

sobre este, incenso, e trouxeram fogo estranho perante a face do Senhor, que lhes

não ordenara.”

Baseando-nos nessas experiências, identificamos as forças positiva e

negativa do mandamento. Força positiva: sempre adore a Deus conforme ele

requer. Essa é a garantia de aceitação do nosso culto. Força Negativa: nunca

cultue a Deus conforme suas preferências pessoais.

A experiência de Nadabe e Abiu não é um caso isolado. Um segundo

exemplo demonstra que o culto ao Senhor, quando não observando o seu designo,

pode levar a tragédia. A arca da aliança, localizada na parta mais interior do

tabernáculo, simbolizava a presença de Deus no meio do povo de Israel. A

descrição em Êxodo 25:10-16 inclui a presença de varais de madeira cobertos de

ouro. Esses varais não deveriam ser retirados da arca que continha os

mandamentos do Senhor pois serviam para o transporte, evitando que alguém

viesse a tocar a arca. A idéia por traz disso é que Deus Javé, diferentemente de

todos os demais deuses, não pode ser manipulado ou controlado.

Ao contrário, Deus está no controle. Ele determina como ser buscado e

adorado. 1 Samuel 4 indica que Deus permitiu que até um povo inimigo, o filisteu,

vencesse os israelitas e que tomasse a simbólica arca. A razão por tão radical
acontecimento é que na adoração do Senhor, Eli era conivente com aquilo que seus

filhos faziam: desobediência, desprezo ao Senhor, apropriação indébita do que era

dele, e imoralidade (1 Samuel 2:12-17, 22). O resultado de tal conivência é

tragédia familiar. Hofni e Finéias, filhos de Eli, são mortos. Eli, por sua vez,

morre ao receber a notícia de que seus filhos haviam morrido e que a arca havia

sido tomada (1 Samuel 4:18).

Anos mais tarde, já no reinado de Davi, os filisteus são derrotados e a arca é

reavida. Davi toma as necessárias providências para trazer a arca de volta para

Jerusalém (2 Samuel 6). O cenário é de celebração, adoração, e culto pela vitória

que o Senhor concedera diante os inimigos (2 Samuel 6:15). De repente, um

incidente aparentemente irrelevante acontece: os bois tropeçam no caminho e a

arca se desequilibra de cima do carro que a transportava. Uzá estende a mão para

segurá-la. A ira do Senhor se acende contra Uzá, e Deus o fere pela sua

irreverência. Uzá morre junto à arca.

O que Deus ensina com essa inesquecível lição é que, diferentemente de

qualquer outro deus, ele não é tangível ou manipulável. Diferentemente de

qualquer outro deus, em relação a quem pessoas determinam os meios e a forma

da adoração, Javé é quem prescreve como quer ser adorado. E o que cabe a nós,

ao povo, é obedecer.

Esse segundo mandamento nos ensina que o culto que Deus requer deve

evitar quaisquer imagens, ou mais genericamente, quaisquer materializações, ritos

ou elementos simbólicos que possam desviar a atenção do próprio Deus para outras

cousas ou circunstâncias, exceto os que ele mesmo ordenou (batismo e santa ceia).

Esses desvios são a tendência natural do ser humano. Imagens podem ser

controladas e manipuladas. Esse não é o caso do Deus invisível, criador e

soberano.
Quando oferecemos a Deus uma adoração não espiritual, quando nos

concentramos em aspectos secundários no culto que lhe prestamos, quando nos

irritamos porque nossas preferências pessoais não são satisfeitas no culto público,

quando impomos nossas preferências pessoais no modelo de culto que oferecemos,

estamos quebrando o segundo mandamento (assim como se fabricássemos e

adorássemos uma imagem de escultura).

Essa noção é perfeitamente compatível com o ensino do Senhor Jesus no

Novo Testamento. No diálogo com a mulher samaritana, registrado em João 4,

Jesus declara que a adoração não estava vinculada a um local, mas ao fato de ser

espiritual e verdadeira (João 4:20-4). Adoração espiritual e verdadeira é o que o

Pai espera e requer dos seus adoradores. Adoração verdadeira significa não apenas

uma adoração sincera, como também, de acordo com as prescrições impostas por

Deus. Portanto, a garantia de que a nossa adoração será aceita reside na nossa

obediência ao que o Senhor ordena para o seu culto. Graças a Deus, se

confessarmos nossas transgressões do segundo mandamento, lembrando-nos que

quem encobre as transgressões jamais prosperará, mas quem as confessa e as deixa

alcançará misericórdia (Pv 28:13).


Possível conseqüência da Adoração Desobediente

Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em

cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as

adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor teu Deus; Deus zeloso, que

visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta gerações daqueles

que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e

guardam os meus mandamentos (Êxodo 20:4-6).

Convém pensar sobre uma difícil questão relacionada ao segundo

mandamento, ou mais precisamente, com a sanção conectada com o mandamento.

O que significa afirmar que o Senhor é Deus zeloso que visita a iniqüidade dos pais

nos filhos até a terceira e quarta gerações daqueles que o aborrecem? O que

significa afirmar que o Senhor faz misericórdia até mil gerações em relação àqueles

que o amam e guardam seus mandamentos?

Antes de responder essas questões é preciso identificar um princípio mais

geral ensinado por essas declarações. E depois, tendo entendido o princípio geral,

fazer as qualificações necessárias e discutir alguns princípios secundários.

Baseando-nos nas declarações feitas em Êxodo 20:4-6, podemos afirmar que

nossa vida de adoração traz conseqüências para a vida dos nossos descendentes.

Uma vida de adoração caracterizada por desobediência não traz juízo apenas sobre

o adorador desobediente. O texto bíblico nos assegura que até a terceira e quarta

gerações sofrem as conseqüências da iniqüidade cometida (v. 5b). Em

contrapartida, a palavra de Deus assegura que as misericórdias d’Ele serão

derramadas até mil gerações em relação àqueles que o amam e guardam seus

mandamentos.

A reação imediata de muitos de nós ao sermos confrontados por esta

informação é clamar: INJUSTIÇA. Como pode Deus visitar a iniqüidade dos pais nos

filhos que, a princípio, não cometeram qualquer falta? Em textos complexos como
este, boa hermenêutica recomenda uma regra fundamental: a Bíblia explica a

Bíblia. Textos mais claros lançam luz sobre textos mais obscuros. Esse também é o

procedimento adotado pelo reformador João Calvino em seu comentário de Êxodo

20, aonde ele apela para Ezequiel 18 como contendo subsídios para interpretação

de Êxodo 20:4-6.3

Ezequiel 18, como um texto mais claro, afirma que no contexto do exílio

havia um ditado popular: os pais haviam comido uvas verdes e os dentes dos filhos

é que haviam se embotado4. Não obstante, Deus nitidamente rejeita esse ditado e

o princípio que ele encerrava, a saber, que o juízo espiritual imediato

correspondente ao pecado individual era transferido às gerações posteriores. “Tão

certo como eu vivo, diz o Senhor, jamais direis este provérbio em Israel” (Ezequiel

18:3). Ao contrário, o juízo espiritual direto de Deus, quer para punição ou para

benção, é pessoal. O texto de Ezequiel, portanto, sugere que a punição de Deus

não deveria ser entendida como intervenção direta mas como decorrências naturais

das decisões dos pais.

As conseqüências de Deus sobre a terceira e quarta gerações (no caso de

desobediência) não decorrem de um juízo espiritual direto mas são asseguradas

pela ordem da criação. Como parte da ordem da criação existe alguma lei,

semelhante a uma lei física como a lei da gravidade, que faz com que nossas vidas

de adoração tragam conseqüências sobre a vida dos nossos descendentes.

Esta conclusão parece confirmada por diversos exemplos da Escritura.

Primeiro, a rebeldia da geração de israelitas no deserto, que se recusaram a

adentrar à terra de Canaã, traz conseqüências naturais sobre os seus descendentes,

crianças nascidas no deserto da rebeldia israelense, que são obrigados a andar

errante por até 40 anos pelo deserto.

3
Evitaremos nos aprofundarmos no desenvolvimento de João Calvino, apresentando uma interpretação
alternativa.
4
Engrossar, tirar o corte; tornar insensível; enfraquecer-se; entibiar-se (Fernandes, Francisco, Celso
Pedro Luft e F. Marques Guimarães, Dicionário Brasileiro, São Paulo: Editora Globo, 1952.)
Segundo, os pecados de Judá que culminaram no cativeiro do reino do sul na

Babilônia também trazem conseqüências não apenas àqueles que foram exilados

num primeiro momento, mas também sobre todos aqueles que nasceram em

Babilônia durante os 70 anos de cativeiro.

Tendo determinado que nossas ações espirituais trazem conseqüências sob

nossos descendentes, façamos as qualificações necessárias. Já adicionamos ao

princípio que as conseqüências referentes não devem ser compreendidas num

sentido determinista. Existem pelo menos duas implicações importantes disso que

são delineadas no texto de Ezequiel 18. Desde que a responsabilidade é pessoal,

existe a abençoada possibilidade de viver como um homem justo ou como uma

mulher justa, mesmo quando nossos antecedentes diretos ou remotos trouxeram

conseqüências morais adversas sobre nossas vidas. Então, ao invés de lamentar a

sorte, a saída é apegar-se a Deus, aquele que é capaz de transformar todo mal em

bem.

Em contrapartida, existe a triste possibilidade de que os descendentes de

homens e mulheres justos exerçam mal sua própria responsabilidade,

independentemente de qualquer negligência espiritual dos pais, e se exponham a

um juízo espiritual direto de Deus. Resta aos pais a responsabilidade de ensinar e

disciplinar no tempo oportuno, orando e confiando na misericórdia de Deus.

Ainda que tenhamos exercitado mal nossa responsabilidade espiritual,

trazendo conseqüências naturais e espirituais para a vida dos nossos descendentes,

confiemos no perdão de Deus e na sua capacidade de curar as feridas abertas pelo

nosso pecado.

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