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06 DIGIZENS
Um espaço para o cidadão digital.
36 LAGOA
“Visão de futuro”.
50 46 APP_ME
Uma selecção de aplicações para o dia-a-dia.
ECONOMIA 360º
56 ENTREVISTA Carlo Ratti
Desperdiçar passou de moda e a sociedade já não pode “Os veículos autónomos prometem ter um impacto enorme
dar-se a esse luxo. Pode a economia circular afirmar-se na vida urbana”.
como a (única) alternativa a seguir?
60 FAROL URBANO Vítor Pereira
O Turismo e (algumas) cidades no caminho certo.
72 SMART TRAVEL
4 SC
Fazer Cidade - Placemaking
Para discutir smart cities terá lugar, em
OPINIÃO
“Como é que as TIC podem ser utilizadas nas cidades para ‘coser’ as
redes e infraestruturas urbanas entre si, de modo a que, estando as
pessoas no centro do processo, elas lhes sejam mais acessíveis e úteis
de um modo mais facilmente percecionado?”.
64 SC
“O direito à cidade é muito mais
do que a liberdade de cada um no
acesso aos recursos urbanos: é o direito
de mudarmo-nos, mudando a própria
cidade”.
viços municipais ou portais munici- ma eficaz. cemaking – Fazer Cidade nos devol-
pais online – e iniciativas sustentá- Tecnologia é a resposta. E qual é a ve a liberdade de nos reinventarmos
veis integradas – para gestão mais questão? Como é que as TIC podem a nós próprios e às nossas cidades.
eficiente da energia, monitorização ser utilizadas nas cidades para “co- Através do Placemaking – Fazer Cida-
e feedback dos utilizadores –, faci- ser” as redes e infraestruturas urba- de, podem construir-se espaços mais
litam a apropriação e participação nas entre si, de modo a que, estan- vibrantes e tornar as comunidades
desde o início. Os impactos econó- do as pessoas no centro do processo, mais felizes. É um processo que in-
micos, melhoria dos serviços asso- elas lhes sejam mais acessíveis e clui projetar, criar e manter espaços
ciados ao ambiente e mobilidade são úteis de um modo mais facilmente públicos, que estimula uma maior in-
vantagens deste tipo de iniciativas. percecionado? Ou seja, como resol- teração entre as pessoas e propõe a
A integração e monitorização das re- ver os problemas reais das cidades e transformação dos pontos de encon-
des e infraestruturas de forma cen- de forma eficaz, contribuindo para o tro de uma comunidade – parques,
tralizada e global num centro dedi- bem-estar e felicidade dos cidadãos? praças, ruas e calçadas – em lugares
cado, que corresponde ao cérebro da Para o sucesso de uma smart city é mais agradáveis e atrativos. Para is-
cidade digital, com uma gestão ca- essencial uma visão clara, assumida so, é essencial ouvir as ambições e
paz e tecnologicamente apetrecha- pelo “líder” da cidade que permita necessidades daqueles que vivem e
do e que assuma a visão da cidade, trilhar o caminho dos grandes obje- usufruem dos espaços a serem trans-
é uma das iniciativas essenciais nu- tivos a atingir. Esse caminho deve ser formados. Na verdade, as cidades só
ma smart city. Este centro recebe paulatinamente construído com ini- tem a capacidade de oferecer algo, se
todos os dados dos sensores e redes ciativas nos domínios em que cada esse algo for criado por todos.
e, através de ferramentas de busi- cidade se pretende afirmar, com re- O direito à cidade é muito mais do
ness intelligence, coloca à disposição curso às TIC e com o envolvimento que a liberdade de cada um no acesso
dos serviços públicos, investidores ativo dos seus cidadãos. aos recursos urbanos: é o direito de
e utilizadores da cidade informação Atualmente é difícil pensar-se em mudarmo-nos, mudando a própria
útil para a tomada de decisão. Aqui projetar um espaço que não atraia cidade. Trata-se de um direito co-
é importante garantir a privacidade as pessoas. O que é notável constatar mum e não individual, uma vez que
e a proteção da informação, por um é quantas vezes isso foi feito. Fruto essa transformação depende inevi-
lado, e, por outro, garantir padrões da sua história, património, cultura e tavelmente do exercício de um po-
abertos da informação a quem de- conhecimento, cada cidade tem a sua der coletivo.
la necessita. Desta forma, será pos- própria identidade. O futuro das ci- O conhecimento e a cultura, tornam
sível adotar soluções integradoras e dades exige A New Way of Thinking, cada cidade única apesar do conceito
alinhadas com todas as entidades e no qual a Utopia nos ajuda a cami- smart city ser global. Certo é que não
que abordem os problemas de for- nhar e a estabelecer metas e o Pla- há duas cidades iguais. SC
SC 65