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Edição #14

JAN/FEV/MAR NOVOS DESTINOS


2017
16 PARA VIVER
Os territórios mais
pequenos oferecem
hoje uma verdadeira
alternativa inteligente
às grandes cidades.

06 DIGIZENS
Um espaço para o cidadão digital.

08 COMO MUDAR A CIDADE?


Gil Penalosa, fundador e presidente da 8 80 Cities, responde.

10 TECNOLOGIA: O QUE ESPERAR DESTE ANO?


Especialistas apontam as principais tendências nacionais
e internacionais para 2017.

42 24 ENTREVISTA Graham Colclough


“O que as pessoas querem e aquilo de que precisam é,
muitas vezes, diferente”.
SHARING CITIES: CIDADES DE AMANHÃ
28 JASON ROBERTS NO ZOOM SMART CITIES
A Lisboa E-Nova - Agência Municipal de Energia e
Ambiente de Lisboa explica em pormenor como este 30 ÁGUEDA
Rede Inteligente de Iluminação Pública de Suporte às Smart Cities.
projecto europeu vai transformar a capital portuguesa.
34 GUIMARÃES
DREAM, o projecto smart das Capitais Europeias da Cultura.

36 LAGOA
“Visão de futuro”.

38 CRÓNICA Rui Silva


O desafio da privacidade nas cidades inteligentes.

46 TRANSPORTES URBANOS DE BRAGA


Braga Smart Mobility.

50 46 APP_ME
Uma selecção de aplicações para o dia-a-dia.
ECONOMIA 360º
56 ENTREVISTA Carlo Ratti
Desperdiçar passou de moda e a sociedade já não pode “Os veículos autónomos prometem ter um impacto enorme
dar-se a esse luxo. Pode a economia circular afirmar-se na vida urbana”.
como a (única) alternativa a seguir?
60 FAROL URBANO Vítor Pereira
O Turismo e (algumas) cidades no caminho certo.

64 OPINIÃO Ana Fragata


“Fazer Cidade - Placemaking”.

70 OPINIÃO Nuno Brito Jorge


“A transição energética centrada nos cidadãos”.

72 SMART TRAVEL

66 Precisamos mais “de governantes e cidadãos inteligentes”


do que de “cidades inteligentes”.

74 TORNAR O MUNDO UM LUGAR MAIS SEGURO


SONGDO, U-CITY O que se desenvolve no Fire Lab?
Do outro lado do mundo, a arquitecta Ana Oliveira
descreve como é viver numa cidade desenhada de raiz
para ser uma cidade inteligente.

4 SC
Fazer Cidade - Placemaking
Para discutir smart cities terá lugar, em
OPINIÃO

No FICIS, cidades, líderes de opi- com ligações inteligentes, tecnologia


Braga, de 18 a 20 de abril, o FICIS 2017 nião, decisores, especialistas com LED e sensores podem ser aplicadas
– Fórum Internacional das Comunidades ideias e empresas com meios para na maioria dos projetos em constru-
Inteligentes e Sustentáveis – e tem como transformar as ideias em realidade, ção e contextos da cidade. A redução
lema Fazer Cidade - Placemaking. A New todos a partilham o mesmo espaço dos custos energéticos a curto prazo
Way of Thinking foi o lema do FICIS 2015
onde as ideias e os projetos para as é o principal impacto.
e Utopia o do FICIS 2016. smart cities podem transformar-se O transporte urbano e a mobilida-
em realidade. de são fatores decisivos na afirma-
Uma cidade é um sistema de sis- ção das cidades, promovendo a sua
temas com redes e infraestruturas sustentabilidade e participando na
urbanas, pessoas, edifícios, comu- coesão social, desenvolvimento eco-
nidades, entidades, transportes e nómico e qualidade de vida dos cida-
serviços. Uma smart city é uma ci- dãos. Os planos cicláveis inteligen-
dade inovadora que utiliza as Tecno- tes, viagens multimodais integradas
logias da Informação e Comunicação e a gestão inteligente de tráfego com
ANA FRAGATA (TIC) para melhorar a qualidade de recurso a geo-sensores, monitoriza-
vida, a eficiência das operações urba- ção e smart cards, por exemplo, são
Diretora Executiva do FICIS -Fórum
nas e dos serviços e a sua competiti- algumas das iniciativas bem-suce-
Internacional das Comunidades
Inteligentes e Sustentáveis vidade. Uma smart city sustentável didas. A prioridade dada aos modos
assegura as necessidades das gera- ativos e transporte coletivo urbano
ções do presente sem comprometer pode ter vantagens do ponto de vis-
as do futuro, através de um equilíbrio ta da saúde e ambiente e aqui tam-
entre os fatores ambientais, econó- bém com repercussões económicas
micos e sociais. relevantes; estas soluções podem ser
Cada cidade afirma-se em diferentes aplicadas em toda a cidade e podem
domínios, entre os quais o ambiente, reduzir as emissões de gases efeito
a mobilidade e a governança são os estufa através da redução de veículos
mais relevantes, uma vez que as me- e redução da sinistralidade, podendo
tas associadas são coletiva e ampla- ser desenvolvidas nas infraestrutu-
mente partilhadas. ras existentes. Por vezes, basta “uma
Ao nível do ambiente, a melhoria das lata de tinta e um pincel”.
condições ambientas, nomeadamen- Na governança, iniciativas bottom-
te ruído e qualidade do ar e da água, -up com recurso a plataformas aber-
são fundamentais, assim como a me- tas – nas quais os município cria um
lhoria da eficiência energética ao ní- interface para disponibilizar dados
vel de equipamentos públicos, moni- e serviços a terceiros, incluindo em-
torização dos consumos e das redes presários e cidadãos, permite aos ci-
de água e resíduos. As iniciativas de dadãos participarem ativamente –, o
gestão da energia e da iluminação portal único – janela única para ser-

“Como é que as TIC podem ser utilizadas nas cidades para ‘coser’ as
redes e infraestruturas urbanas entre si, de modo a que, estando as
pessoas no centro do processo, elas lhes sejam mais acessíveis e úteis
de um modo mais facilmente percecionado?”.
64 SC
“O direito à cidade é muito mais
do que a liberdade de cada um no
acesso aos recursos urbanos: é o direito
de mudarmo-nos, mudando a própria
cidade”.

viços municipais ou portais munici- ma eficaz. cemaking – Fazer Cidade nos devol-
pais online – e iniciativas sustentá- Tecnologia é a resposta. E qual é a ve a liberdade de nos reinventarmos
veis integradas – para gestão mais questão? Como é que as TIC podem a nós próprios e às nossas cidades.
eficiente da energia, monitorização ser utilizadas nas cidades para “co- Através do Placemaking – Fazer Cida-
e feedback dos utilizadores –, faci- ser” as redes e infraestruturas urba- de, podem construir-se espaços mais
litam a apropriação e participação nas entre si, de modo a que, estan- vibrantes e tornar as comunidades
desde o início. Os impactos econó- do as pessoas no centro do processo, mais felizes. É um processo que in-
micos, melhoria dos serviços asso- elas lhes sejam mais acessíveis e clui projetar, criar e manter espaços
ciados ao ambiente e mobilidade são úteis de um modo mais facilmente públicos, que estimula uma maior in-
vantagens deste tipo de iniciativas. percecionado? Ou seja, como resol- teração entre as pessoas e propõe a
A integração e monitorização das re- ver os problemas reais das cidades e transformação dos pontos de encon-
des e infraestruturas de forma cen- de forma eficaz, contribuindo para o tro de uma comunidade – parques,
tralizada e global num centro dedi- bem-estar e felicidade dos cidadãos? praças, ruas e calçadas – em lugares
cado, que corresponde ao cérebro da Para o sucesso de uma smart city é mais agradáveis e atrativos. Para is-
cidade digital, com uma gestão ca- essencial uma visão clara, assumida so, é essencial ouvir as ambições e
paz e tecnologicamente apetrecha- pelo “líder” da cidade que permita necessidades daqueles que vivem e
do e que assuma a visão da cidade, trilhar o caminho dos grandes obje- usufruem dos espaços a serem trans-
é uma das iniciativas essenciais nu- tivos a atingir. Esse caminho deve ser formados. Na verdade, as cidades só
ma smart city. Este centro recebe paulatinamente construído com ini- tem a capacidade de oferecer algo, se
todos os dados dos sensores e redes ciativas nos domínios em que cada esse algo for criado por todos.
e, através de ferramentas de busi- cidade se pretende afirmar, com re- O direito à cidade é muito mais do
ness intelligence, coloca à disposição curso às TIC e com o envolvimento que a liberdade de cada um no acesso
dos serviços públicos, investidores ativo dos seus cidadãos. aos recursos urbanos: é o direito de
e utilizadores da cidade informação Atualmente é difícil pensar-se em mudarmo-nos, mudando a própria
útil para a tomada de decisão. Aqui projetar um espaço que não atraia cidade. Trata-se de um direito co-
é importante garantir a privacidade as pessoas. O que é notável constatar mum e não individual, uma vez que
e a proteção da informação, por um é quantas vezes isso foi feito. Fruto essa transformação depende inevi-
lado, e, por outro, garantir padrões da sua história, património, cultura e tavelmente do exercício de um po-
abertos da informação a quem de- conhecimento, cada cidade tem a sua der coletivo.
la necessita. Desta forma, será pos- própria identidade. O futuro das ci- O conhecimento e a cultura, tornam
sível adotar soluções integradoras e dades exige A New Way of Thinking, cada cidade única apesar do conceito
alinhadas com todas as entidades e no qual a Utopia nos ajuda a cami- smart city ser global. Certo é que não
que abordem os problemas de for- nhar e a estabelecer metas e o Pla- há duas cidades iguais. SC

SC 65

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