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EDITORIAL
Maio’16
CM

Smart Cities?
ara discutir Smart Cities terá lugar em Braga, no Theatro Circo, a 24 e 25 de

P maio, o FICIS 2016 - Fórum Internacional das Comunidades Inteligentes e


Sustentáveis. Terá como lema a “UTOPIA” celebrando os 500 anos da edição
desta obra de Thomas More. A ‘New Way of Thinking’ foi o lema do FICIS 2015 que
contou com 1096 visitantes, 51 expositores, 35 oradores e moderadores, vindos de
11 países que partilharam as mais recentes tendências e inovações.
O FICIS 2016 dirige-se a cidadãos, líderes de opinião, decisores, especialistas
com ideias e empresas com meios para transformarem as ideias em realidade. To-
dos partilham o mesmo espaço onde as ideias e os projetos para as Smart Cities
se transformam em realidade, para o bem-estar e felicidade das comunidades.
Para o sucesso de uma smart city é essencial uma visão clara assumida pelo
“líder” da cidade que permita trilhar o caminho dos grandes objetivos a atingir. Es-
se caminho deve ser paulatinamente construído com iniciativas nos domínios em
que cada cidade se pretende afirmar, com recurso às TIC e com o envolvimento
ativo dos seus cidadãos. A afirmação das cidades enquanto smart cities só é pos-
sível se elas próprias dinamizarem essa imagem através de redes de smart cities.
A visão apresenta a estratégia da cidade e da inovação e descreve as priorida-
des e a forma como implementar as TIC para alcançar os objetivos. A mobilidade,
o ambiente e a governança são os domínios mais relevantes, uma vez que as me-
Ana Fragata tas associadas são coletiva e amplamente partilhadas.
Diretora Executiva do FICIS É essencial que as soluções tecnológicas implementadas gerem impactos positi-
vos significativos. A façanha tecnológica, só por si, nem sempre leva aos resulta-
dos pretendidos mas ela é muito induzida pelos circuitos de decisão existentes. Há
maus investimentos em cidades que implantaram soluções que representaram
custos sem as contrapartidas esperadas para a cidade.
Soluções com uma abordagem participativa ‘bottom-up’ facilitam a sua apropria-
ção pelos cidadãos e com ‘quick wins’ atingem mais rapidamente os objetivos e
metas. As iniciativas bem-sucedidas atraem um amplo apoio, têm objetivos claros
e alinhados com as metas, as políticas e os problemas reais, produzindo resulta-
dos com impactos concretos na qualidade de vida das comunidades.
Em Amesterdão a conversão para projetos de energia verde ‘ship-to-grid’ e siste-
mas de iluminação mais eficiente, com tecnologia LED e sensores, resultaram na
redução imediata das emissões de CO2 e do consumo energético. Já em Barcelo-
na sistemas de iluminação LED com sensores de movimento, que recebem infor-
mação do ambiente (temperatura, humidade, poluição e ruído), é uma das iniciati-
vas bem-sucedidas. Toda a informação é enviada para um centro de controlo que
a monitoriza e gere. Em Manchester o projeto DEHEMS mede o consumo energéti-
co nas habitações em tempo real através de smart meters, fornece feedback aos
utilizadores e permitiu reduzir em 20% o consumo energético.

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Maio’16
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SMART CITIES FÓRUM INTERNACIONAL DAS COMUNIDADES INTELIGENTES E SUSTENTÁVEIS

Não há duas cidades iguais


Helsínquia, exemplo de sucesso de iniciativas ‘open data’, é pioneira na criação
de uma plataforma aberta de dados municipais, premiada com o ‘European Prize
for Innovation in Public Administration’ em 2013, que permite o envolvimento dos
cidadãos na tomada de decisão. A participação dos stakeholders locais é um fator
de sucesso para a aceitação pública desta iniciativa. Com a iniciativa ‘Open Data
website’ Florença tornou-se a única cidade em Itália com cinco estrelas relativa-
mente à qualidade e acessibilidade da informação.
Copenhaga tem uma extensa rede de ciclovias, com soluções de ‘bike sharing’
e transporte intermodal integrado, para além de ‘smart cards’. Em 2011, 35% dos
habitantes utilizaram a bicicleta nas suas deslocações para o trabalho e tem como
meta para 2025 que 75% dos habitantes utilizem modos ativos e transportes públi-
cos nas suas deslocações do quotidiano. Viena tem um plano de mobilidade inte-
grada com recurso a aplicativos e interfaces físicos que facilitam a utilização dos
diferentes modos de transporte.
O investimento determinante para o sucesso de uma Smart City é o centro de
gestão de rede de redes que corresponde ao cérebro da cidade digital. Este cen-
tro recebe todos os dados de sensores e redes e, através de ferramentas de bussi-
ness inteligence, coloca à disposição dos serviços públicos, investidores e utiliza-
dores da cidade informação útil para as suas tomadas de decisão, contribuindo
para a competitividade da cidade e qualidade de vida dos seus cidadãos.
As cidades reconhecidas como Smart Cities são as que apostam em programas
muito concretos que lhes dão visibilidade internacional nas redes a que perten-
cem.
Há vários rankings internacionais que cruzam diferentes áreas e domínios como o
‘European Smart City Model’ que inclui cidades europeias de média dimensão e
que esteve na definição dos domínios das Smart Cities definidos pelo Parlamento
Europeu, ou o ‘Smart Cities Wheel’ de Boyd Cohen, o ‘European common indica-
tors’ da União Europeia, o ‘Smarter City Assessment’ da IBM, o ‘Cities of Opportu-
nities Index’ da PwC, o “ICT Development Index” da ITU, entre outros. Cada ran-
king mede cidades de diferentes dimensões e envolventes. Ou seja, o ranking para
uma cidade como Braga é diferente do aplicável a Lisboa, mas também diferente
do de Vila Nova de Gaia, uma vez que esta última é fortemente influenciada pela
centralidade da cidade do Porto. A nível nacional só Coimbra está avaliada no ‘Eu-
ropean Smart City Model’.
As cidades bem-sucedidas apresentam uma visão clara, o comprometimento do
‘líder’ da cidade, investimentos no “centro de gestão da rede de redes” e com
‘quick wins’ percebidos pelos cidadãos porque, tal como diz o Presidente Ricardo
Rio, ‘não há Smart Cities sem Smart Citizens’.
Certo é que não há duas cidades iguais.

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Maio’16
CM

TELESSAÚDE novas tecnologias de saúde


mais próximas e mais inteligentes
envelhecimento da população euro- cipativa. A tecnologia usada na promoção

O peia é uma realidade crescente,


com ameaças e desafios, geradora
de um novo contexto e novas oportunida-
da saúde, no controlo das medidas e na vi-
gilância do doente deve ser uma prioridade
para que o acompanhamento e a monotori-
des. É um processo gradual, no entanto, zação da população envelhecida, isolada
objetivamente concreto. A média etária na ou doente possa ser feita em tempo real,
Europa, ou seja, a idade que separa a po- proporcionando uma intervenção mais rápi-
pulação em duas metades, aumentou de da, mais eficaz e com melhores condições
35,7 anos em 1992 para 41,5 anos em 2012 de promoção e de salvamento de vidas.
e poderá chegar aos 52,3 anos em 2050. Hoje é perfeitamente possível aproximar
Até 2050 a população com mais de 65 anos os cuidados médicos do doente, de forma
deverá duplicar. virtual e segura, sem a necessidade cons-
O envelhecimento constitui uma forte rela- tante de deslocação do profissional de saú-
ção com a fragilidade do indivíduo e com de ao domicílio ou do doente ao consultório
um conjunto de doenças crónicas e dege- ou hospital.
nerativas com grande impacto na socieda- O conceito de Rede, onde estão incluídos
de e na economia. Como tal, a aposta cada sociedade, prestadores, doentes, cuidado-
vez maior na prevenção e no diagnóstico res e familiares, deve transformar a Teles-
precoce de doenças, assente numa medi- saúde num conceito mais lato e mais inte-
cina personalizada, de proximidade e em grado.
rede, deve ser o grande investimento na Os benefícios destas medidas represen-
saúde, indissociável da tecnologia e da ino- tam um impacto económico e social muito
vação. notável, pelo que se trata de um investi-
O conceito da cidade inteligente baseia- mento iminente e inteligente.
se no conjunto de mecanismos necessários
para tornar o cidadão parte de uma cidade Manuel Azevedo Portela
mais habitável, mais confortável, mais hu- maior eficiência dos serviços oferecidos pe- vida saudáveis, centradas numa melhor Responsável pela área de Empreendedorismo na
mana, com mais recursos e com serviços la cidade, também na área da saúde. saúde física, mental e social. CESPU – Cooperativa de Ensino Superior, Politécni-
mais eficientes e capazes de responder de A componente social, não esqueçamos, é As novas tecnologias estabelecem uma li- co e Universitário
acordo com as necessidades impostas pelo a que engloba um conjunto de preocupa- gação mais próxima com o cidadão, pro- Membro do Grupo de Base Tecnológica da Rede
próprio cidadão. É por isso necessária uma ções na promoção de hábitos e estilos de movendo uma sociedade mais ativa e parti- do Empreendedorismo de Famalicão

Os TÊXTEIS! Quem diria?


Mobilidade, e em particular a mobili- trains mais convencionais.

A dade sustentável, tornou-se um ver-


dadeiro ponto de cruzamento das li-
nhas de pensamento sobre as cidades do
Se é certo que na mobilidade náutica se
usam compósitos desde há muito em pe-
quenas embarcações, nos últimos anos es-
futuro, a sustentabilidade do planeta, a ses materiais chegaram a embarcações de
economia circular e tantas outras. muito maior porte.
De facto, a mobilidade de pessoas e de Até o caminho de ferro, geralmente carac-
bens, mesmo num cenário de digitalização terizado como pouco preocupado com o
dos contactos entre pessoas e da presta- peso das suas composições, vem integran-
ção de serviços, tem uma dimensão cres- do mais e mais estes materiais.
cente à escala global, o que a coloca siste- Ora, este movimento encerra um crescen-
maticamente no pódio dos desafios para o te desafio uma vez que estes materiais são
futuro. baseados em estruturas têxteis, cada vez
Embora em modo quase silencioso e mais complexas, mais eficientes, mais sus-
sempre cauteloso, a verdade é que anda cetíveis de serem recicladas.
meio mundo a estudar soluções para uma Pois eu vejo uma oportunidade enorme
mobilidade mais sustentável, especialmen- para a indústria portuguesa, já que o nível
te no que toca à construção dos próprios dos desafios, não estando ao alcance de
meios de transporte: consumos energéti- riais leves, com o objetivo de diminuir o seu com a ultrapassagem do grande constran- todos, está ao nível das capacidades po-
cos, emissões poluentes e reciclabilidade. peso, e consequentemente os seus consu- gimento da baixa autonomia através da uti- tenciais da indústria nacional.
Em termos práticos, e sem desprimor de mos, passaram a incorporar, hoje em dia, lização de materiais mais leves, nomeada- Os têxteis! Quem diria?
outros, o grande desafio coloca-se nos ma- mais de 50% de materiais têxteis e de com- mente de compósitos. Estes desenvolvi-
teriais. pósitos. mentos levaram mesmo algumas marcas António Braz Costa
Os aviões comerciais, que há vinte anos Em pouco mais de uma década, a conso- premium a adotar este tipo de materiais Diretor-Geral do CITEVE – Centro Tecnológico das
continham apenas cerca de 10% de mate- lidação da ideia de ‘carro elétrico’ ocorreu também em viaturas dotadas de power- Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal
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SMART CITIES FÓRUM INTERNACIONAL DAS COMUNIDADES INTELIGENTES E SUSTENTÁVEIS

MOBILIDADE SUSTENTÁVEL
Cidade Internacional
odos nós sabemos que nunca a mão região do Minho no seu processo de inter- Uma cidade internacional é resultado de

T do homem se fez sentir tanto no mun-


do onde vivemos. 
Que muitos de nós continuamos a ignorar
nacionalização pode e deve continuar a dar
esse exemplo. 
É mandatório a implementação de políti-
um povo consciente, esclarecido, capaz de
compreender e interiorizar hábitos susten-
táveis no seu dia-a-dia.  
esse problema também já não é novidade cas de mobilidade sustentável, mas não Porque nunca uma cidade se orgulha do
muito menos alternativa. menos importante e porque estas mesmas seu trânsito e os postais são feitos de
Numa época onde Portugal busca inten- políticas de nada valem sem a mudança de trams, bicicletas, autocarros, comboios… e
samente o reconhecimento além fronteiras, mentalidades de todos nós.  com eles grande parte das nossas boas
poderá estar na implementação de políti- A internacionalização de uma cidade ou memórias.
cas mais verdes grande parte da solução e de uma região não se deverá medir apenas
diferenciação.  pelas infraestruturas de que dispõe para Rui Dias
Nesse sentido a cidade de Braga e toda a quem nos deseja visitar.  Get Bus

REGRESSO AO FUTURO 4
– Uma indústria de oportunidades
uando há cerca de dois anos um informações de forma única, constituem

Q grupo de jovens empreendedores


me veio apresentar um projeto na
área da Indústria 4.0 fiquei um pouco sur-
uma excelente oportunidade para o em-
preendedorismo, nomeadamente para o
empreendedorismo de base tecnológica.
preendido. Olhando agora para trás no Reduções de custos, economia de energia,
tempo, considero que não estávamos as- aumento da segurança, conservação am-
sim tão longe do ‘Regresso ao Futuro 4’. biental, redução de erros, fim do desperdí-
Aliás, neste momento, já faz parte do pre- cio, transparência nos negócios, aumento
sente! da qualidade de vida, são algumas das
É, pois, com enorme satisfação que cons- áreas possíveis para novos projetos e no-
tato que o projeto em causa, o Kortex, é ho- vos desenvolvimentos.
je uma realidade e está a dar as suas car- Conjugar as oportunidades que esta nova
tas na Incubadora Famalicão Made IN revolução industrial está a gerar com a di-
Indústria, nas instalações da empresa Rio- nâmica e onda de empreendedorismo que
pele, desafiando e mostrando oportunida- o país está a assistir é, assim, uma excelen-
des às empresas e à própria Riopele, com te oportunidade para consolidar aquilo
quem está inclusivamente a desenvolver que a Revista Forbes apelidou de ‘os novos
uma outra iniciativa conjunta. descobrimentos’, caraterizando o país co-
Não restam dúvidas que os conceitos In- mo famoso pelos descobrimentos maríti- de Famalicão, uma das principais econo- ra e a vocação exportadora que o caracte-
dústria 4.0 e Internet das Coisas, que no mos, pela riqueza histórica e cultural e, mias industriais do país e que, apesar de rizam, como é o exemplo da Incubadora
seio produtivo significam um ambiente on- agora, pelo seu investimento no empreen- ser já o terceiro município mais exportador Famalicão Made IN Indústria.
de todos os equipamentos e máquinas es- dedorismo. do país e o primeiro do Norte, quer conti- Augusto Lima
tão conectados em redes disponibilizando Nesta linha está o concelho de Vila Nova nuar a potenciar a genética empreendedo- Coordenador do projeto Famalicão Made IN

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Infraestruturas inteligentes não


reagem apenas, antecipam!
Pensar na mobilidade do futuro de forma integrada.
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CM

SMART CITIES: Ideias para o futuro


squeçamos tudo o que julgamos sa- ‘big brother’ hiper sensorizado, uma Babiló- Competitiva e colaborativa. Será a cidade Foi assim, que um dia, um sofá amarelo

E ber sobre ‘cidades inteligentes’. Liste-


mos tudo o que uma cidade inteligen-
te não pode ser. Manifestemos a nossa
nia de jardins suspensos em cada canto,
energeticamente auto-suficiente, com um
veículo móvel de zero emissões imediata-
que galvaniza as suas marcas, suas auten-
ticidades como forças mobilizadoras para
coletivamente ser melhor.
saiu à rua interpelando os famalicenses:
“Como gostaria que fosse Famalicão daqui
a 10 anos?”
aversão à versão estereotipada, massifica- mente ao nosso dispor. E para essa cidade, esse concelho, Vila Talvez afinal, inteligente, inteligente é a ci-
da: Abaixo as ‘smart cities’! Ponto. E então A nossa cidade inteligente não é um pro- Nova de Famalicão pôs-se a caminho. Ris- dade que sabe o que quer.
agora criemos uma nova utopia para a ci- duto, um resultado, um paraíso. Será uma cou no horizonte uma linha: 2025. Nesse Famalicão quer ser feliz.
dade: a nossa. cidade ativadora de valores. Será de todos: ‘sky line’ estabeleceu uma visão recriada a
A nossa cidade inteligente não será uma partilhada, discutida, inventada, vivida, partir da participação dos que vivem, estu- Francisco Jorge
‘app’ à distância de um toque, uma perfei- amada. A cidade que procura ser bairro. A dam e criam aqui. E para esse futuro ambi- Chefe de Divisão de Planeamento Estratégico e de
ção arquitetónica de design límpido, um cidade de vizinhos. A cidade tolerante. cionado chama a participação de todos. Empreendedorismo do Município de V.N. Famalicão

INTERFACES funcionais
em transportes públicos
existência de interfaces de transpor- de fluxo de trânsito e estacionamento. rísticas de espaço público em harmonia pera onde os passageiros aguardam con-

A tes públicos funcionais é uma preo-


cupação crescente nas sociedades,
por serem parte de uma solução global de
Para resolver o problema, as autoridades
procuram criar redes de transporte público
eficientes, capazes de constituírem alterna-
com o meio urbano envolvente. Devem pri-
vilegiar a segurança das pessoas, propor-
cionar boas condições de iluminação e cor-
fortavelmente, beneficiando até de serviços
como o acesso à internet sem fios gratuito.
Em Braga tem havido uma preocupação
construção de cidades sustentáveis que tiva ao uso do automóvel. redores de acesso que permitam grandes crescente em termos de modernização e
oferecem altos padrões de qualidade de vi- Mas não basta! É também fundamental fluxos de passageiros, livres de obstáculos aumento da qualidade e eficiência dos
da. Atualmente, mais de metade da popula- criar espaços atrativos onde os cidadãos para pessoas com mobilidade reduzida. transportes públicos. Mas ainda há um lon-
ção mundial vive em cidades e nas áreas acedem às redes de transportes, as deno- A tendência europeia é a construção de go caminho a percorrer no que toca a dotar
envolventes. minadas interfaces. Hoje em dia, as esta- edifícios com estética arquitetónica, locali- a cidade de interfaces de transporte funcio-
A utilização massiva do automóvel é um ções e terminais de transporte não podem zados em pontos estratégicos de confluên- nais.
problema transversal a todas as cidades, ser meros locais de embarque/de- sembar- cia das redes de transporte, onde existem Ricardo Jorge
provocando situações caóticas em termos que. Deverão também apresentar caracte- zonas comerciais atrativas e zonas de es- Urge - Serviços

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Maio’16

ENTREVISTA
CM

RICARDO RIO
“AS UTOPIAS DO PASSADO
SÃO AS REALIDADES
DO PRESENTE”

raga acolhe, pelo segundo ano consecutivo, o Fórum Internacional das

B Comunidades Inteligentes e Sustentáveis. Um evento que “deixou marca”


lançando o debate em torno da construção da ‘Braga cidade inteligente’.
Em entrevista, o presidente da Câmara Municipal, Ricardo Rio, traça o
raio-x daquilo que está a acontecer no concelho, nas diversas áreas de actuação,
e na forma como a autarquia está a trabalhar para o futuro. O trabalho “em rede”
das empresas municipais e o apelo à sociedade são dois pólos vitais.
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Maio’16 Maio’16

ENTREVISTA RICARDO RIO


CM CM

“TEMOS QUE
“SÓ É POSSÍVEL OLHAR PARA
A CIDADE COMO
CONSTRUIR UM TRABALHO
EM REDE”
UMA CIDADE As empresas municipais de Braga também seguem esse
modelo e esse trabalho rede?
Absolutamente. Esse é um mote que queremos concre-

INTELIGENTE
tizar, isto é, que se deixe de olhar para cada uma das es-
truturas municipais como uma área estanque, que não
tem nada a ver com as demais. Obviamente se há uma
visão de conjunto, as ações do dia-à-dia também têm
que ser concertadas. Não é por acaso que os Transpor-

COM A
tes Urbanos de Braga têm criado pacotes específicos
para as várias iniciativas que o município desenvolve,
que a AGERE tem um envolvimento fortíssimo em todas
áreas e, no caso da inclusão social, nomeadamente no
caso dos novos projetos que foram candidatados a fun-

PARTICIPAÇÃO dos comunitários, temos muitas intervenções que con-


tendem com todas estas questões. Por exemplo, a ne-
cessidade de reabilitar um edifício, tornando-o mais
eficiente sob o ponto de vista energético ou com as ne-
cessidades de arranjar um espaço público para os tornar

ACTIVA mais acessíveis, esteticamente mais agradáveis e obvia-


mente mais fruíveis pela população residente ou não,
portanto isto necessita da articulação de todas estas
componentes. Assim, o trabalho que temos desenvolvido
vai nessa lógica, de modo a que cada uma da área pos-

DOS CIDADÃOS sa aportar o melhor contributo possível, com o simples


objetivo de melhorar a qualidade de vida e ao mesmo
tempo utilizando soluções que possam ser aproveitadas
de umas áreas para outras.

BRACARENSES” Quer dar exemplos…


Essa é uma das áreas que nós, numa lógica de Braga
‘cidade inteligente’ vamos começar a aprofundar, que
tem a ver com a interligação destes projetos. Temos um
sistema de telemetria para a medição de contadores, te-
mos a informação de tráfego das paragens dos autocar-
ros e é preciso, cada vez mais integrar todos estes siste-
mas com questões como trânsito, iluminação, sensores
ambientes, medições de ruído, ou seja, com todas as di-
mensões que obrigam a fazer a gestão dos recursos no
Braga recebe o evento FICIS pela segunda vez. O que ficou tegralmente os objetivos, deixou uma marca muito positiva, Disse um dia que não há cidades inteligentes, sem cidadãos Contudo o município tem um papel importante na criação des- sua autonomia em benefício dos cidadãos e deixar enriquecer contexto municipal.
do ano passado e o que leva o município a apoiar este Fórum teve um eco nacional que ainda hoje é sentido e, por isso, te- inteligentes. Isso é um apelo à sociedade civil para uma parti- ses novos comportamentos. A criação de um Orçamento Parti- a sua atividade graças a esses contributos. Todavia, para mim,
Internacional? mos grandes expectativas para a segunda edição. cipação ativa neste tipo de projetos? cipativo é um exemplo. Podemos dar outros… parece-me fundamental, porque aquele conceito que o poder E com a própria Invest Braga na geração de um cluster
Quando fomos desafiados pela primeira vez a colaborar Tenho dito desde início, aliás está muito no meu código ge- Sim essa lógica de estímulo à cidadania é muito importante. é legitimado nas urnas e que, a partir daí, tem total autonomia tecnológico?
com este projeto, ele pareceu-nos extremamente interessante Perspetivando esta segunda edição, as expectativas são de nético enquanto responsável político e na minha forma de Desde a mais tenra idade, porque devemos criar sementes para fazer o que entender está claramente ultrapassado. A Invest Braga tem aqui um papel fundamental, porque
por dois motivos fundamentais. Primeiro, internamente, numa superação? atuar, que todos os projetos só podem ter sucesso se conse- para o futuro, ou seja, estimular nos mais jovens o gosto pela estes projectos não podem partir apenas da iniciativa
ótica de concelho, parece-nos premente trazer estes temas Todas as iniciativas têm o seu processo de maturação e os guirem envolver as pessoas. Não acredito em modelos impos- participação pública, e também na gente mais madura. A cria- Então qual é o formato que Ricardo Rio e a sua equipa ideali- municipal. Não podem por uma questão de princípio, de
para a discussão, no sentido de sensibilizar os agentes locais agentes envolvidos pressupõe um Fórum ainda mais ambicio- tos, em visões exclusivas e, portanto, tudo aquilo que temos ção de iniciativas como o Orçamento Participativo, a rede de zam como ‘smart city’? envolvimento, mas também por uma questão pragmáti-
para as várias dimensões que estas realidades vão tendo à so, contudo gostaria de destacar desde logo o mote da inicia- feito em todas as áreas, tenta sempre reunir a colaboração de conselhos consultivos nas áreas cultural, económica e social, Tenho dito também muitas vezes que, para lá da componente ca, já que não há recursos suficientes na esfera pública,
escala internacional, dando eco daquilo que são as dinâmi- tiva – a Utopia -, porque de facto construir as cidades passa todos os parceiros e de todos os cidadãos. Neste caso con- na revitalização que houve na rede social, no conselho munici- dos serviços corretos e das várias valências da construção de seja a nível local, seja a nível nacional. Mesmo com os fi-
cas ao nível mundial da construção das chamadas ‘cidades por um processo de utopia, por vezes ambicionamos aquilo creto, acho que só é possível construir um modelo de ‘cidade pal de educação no sentido de, precisamente, em cada uma ‘cidades inteligentes’, tenho posto muito o foco na questão da nanciamentos comunitários. A questão que se coloca é,
inteligentes’, das várias aplicações, do tipo de projetos que que pode parecer impossível, mas que vai ser concretizável. inteligente’ se os próprios cidadãos conseguirem escrutinar das áreas de ação, termos os diferentes parceiros alinhados, governança, ou seja, da interação entre administração e cida- muitas destas iniciativas que aportam benefício para os
podem ser desenvolvidos, das iniciativas que cabem a cada As utopias do passado são hoje dados adquiridos do presente aquilo que está ser feito e quais os benefícios a tirar destes envolvidos e responsabilizados. Voltando à questão da juven- dãos nesta lógica de envolvimento que falávamos á pouco, cidadãos e para os municípios têm um valor quantificável
um. O segundo motivo prende-se com um alinhamento com a e, por aquilo que já deslumbrei do programa, vamos ter mais projetos. A principal prioridade tem que ser servir melhor as tude, o Orçamento Participativo Tu Decides, em que foram as mas também na lógica de total transparência e integração e mensurável e, portanto, as estruturas privadas podem
estratégia de promover a cidade de Braga, de mostrar o seu uma vez um leque de oradores muito interessante, de várias pessoas, conseguir propiciar-lhes algo que não têm, tornar as próprias associações a submeterem os projetos e a concreti- com a administração. Saber o que a administração faz, que re- tentar aproveitar esse mesmo benefício investindo e reti-
pioneirismo, a sua capacidade de inovação, de produzir co- instituições nacionais e internacionais, daquelas que estão na coisas mais acessíveis, a administração mais transparente, os zá-los após a votação dos alunos nas escolas. sultados é que pretende atingir, para que é que serve uma de- rando depois o retorno dos investimentos que vão ser
nhecimento, isto é, associar a construção de ‘cidades inteli- vanguarda em termos de desenvolvimento de projetos de serviços mais eficientes e, portanto, quando se fala dos cida- terminada iniciativa, quanto é que custa. Uma coisa tão sim- realizados. É nesse sentido que nós temos desafiado ao
gentes’ a um novo modelo de cidade a Braga parecia-nos construção de ‘cidades inteligentes’ e isso é, no fundo, um re- dãos inteligentes é também nesse sentido, não só de envolvi- Esse é um modelo novo em Braga? ples quanto dizer quanto custaram as Festas de S. João ou envolvimento de parceiros privados nestes projectos e a
que encaixava perfeitamente, portanto estes foram os dois quisito fundamental para que esta segunda edição venha a mento, mas também na criação de uma cultura de exigência. Esse é um modelo de gestão da cidade, porventura inovador, uma Noite Branca pode parecer um pormenor, mas é um sinal Invest Braga pode ter um papel importante.
principais motivos para nos termos associado à primeira ini- ser um sucesso. Isso é fundamental. já que não é muito comum assistirmos a essa predisposição, claro de uma cultura de gestão que é diferente e que, no fun-
ciativa. Olhando para o primeiro Fórum, julgo que cumpriu in- neste caso do governo municipal, para alienar uma parte da do, também materializa esse objetivo.
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RICARDO RIO
“FALTA LIGAR
O INL E A UMINHO
AO CONTEXTO
EMPRESARIAL LOCAL”
Abordou a questão dos fundos comunitá- de Gualtar da Universidade do Minho re-
rios. Há mudanças nesse recurso… presenta um dos principais focos de po-
O modelo que foi construído de gestão luição e ruído no concelho. À imagem do
neste novo quadro comunitário penaliza que foi alcançado com o Hospital de Bra-
muito as autarquias locais. Quase que as ga no que diz respeito aos Transportes
excluí enquanto parceiro relevante na Públicos, para quando o mesmo trabalho
concretização dos projetos. Atribui mui- na Universidade do Minho?
tas linhas de financiamento para o tecido Temos estado em contactos com a reito-
empresarial e, portanto, muitas vezes ria da Universidade do Minho. Está ga-
projetos que são do interesse público po- rantida a entrada no campus de Gualtar,
derão ter muito mais facilmente enqua- faltando limar algumas arestas para ga-
dramento numa linha de financiamento se rantir também o atravessamento do espa-
forem desenvolvidos por privados do que ço. Percebemos também da Universida-
se forem desenvolvidos pelas próprias de que não haja disponibilidade e isso é
autarquias. perfeitamente compreensível, porque a
última coisa que queremos é que qual-
Há duas estruturas em Braga que têm quer iniciativa deste género possa servir
um papel fundamental na construção do de foco de perturbação acrescida para a
futuro. INL e Universidade do Minho. É da própria Universidade, portanto temos que
mesma opinião e que contributos é que garantir que uma solução deste género
poderão oferecer ao concelho? seja totalmente integrada com a vida no
A inovação assenta desde logo na pro- campus. Isto está a ser trabalhado e tem
dução de conhecimento e esses são dois a ver com o objetivo que todos partilha-
dos principais focos de produção de co- mos, de tornar os transportes públicos
nhecimento existentes no nosso conce- cada vez mais atrativos, cada vez mais
lho. São os principais em Braga e tam- utilizados e, felizmente, ao longo dos últi-
bém dos melhores ao nível internacional. mos anos têm vindo a registar um cresci-
O INL é reconhecidamente, ou tem poten- mento ao nível de utilizadores, ao nível de
cial para ser, uma das melhores estrutu- viagens e julgamos que hoje é sensível
ras ao nível europeu. A Universidade do na cidade que estão a assumir-se como
Minho tem estado na liderança de ran- uma alternativa de transporte fiável, con-
kings internacionais de produção científi- fortável e ambientalmente cada vez mais
ca. Falta agora essa ligação à aplicação responsável no contexto da cidade. Há
do contexto empresarial e ao contexto de muitos projetos a fazer, há muita ambição
fruição com a sociedade. Estamos em ao nível dos transportes e isso é fantásti-
contatos contínuos com as duas estrutu- co. Braga tem um objetivo muito ambicio-
ras para desenvolver projetos de interes- so ao nível das vias cicláveis, é uma das
se concelhio. Braga, como se sabe, é in- grandes áreas de investimento que va-
felizmente uma das cidades tem maiores mos materializar ao nível do novo quadro
níveis de poluição nos rácios nacionais, comunitário, com cerca de oitenta quiló-
algo que está relacionado com o seu de- metros de vias cicláveis, queremos ter 10
senvolvimento ao nível urbanístico e nós, por cento da população como utilizado-
não só queremos ir paulatinamente ir cor- res regulares destas mesmas vias, quere-
rigindo essa situação, o que obriga a mos reduzir no horizonte de doze anos a
grandes investimentos ao nível ambiental, utilização do tráfego automóvel, quere-
mas também no imediato queremos me- mos criar interfaces externos para reduzir
dir essa realidade e perceber quais são a atratividade dos automóveis para o
os níveis de risco que se registam em to- centro, queremos introduzir o BRT na ci-
dos os momentos. Neste momento esta- dade, entre outros. Obviamente que es-
mos a desenvolver um projeto com o INL, tes projetos articulados com outras inicia-
que tem a ver com a criação de um siste- tivas, como por exemplo o resgate do
ma de medição por sensores dos níveis contrato com a ESSE vai também dar-nos
de poluição e que, posteriormente pode- outro poder para gerir as políticas de es-
rá ser replicado em outros contextos na- tacionamento e mobilidade no centro da
cionais e internacionais. cidade são ferramentas fundamentais pa-
ra atingir esses objetivos, dando passos
No relatório e contas dos TUB do último firmes para a criação de uma Braga ‘ci-
ano, refere que a entrada para o campus dade inteligente’.
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CM

SMART CITIES FÓRUM INTERNACIONAL DAS COMUNIDADES INTELIGENTES E SUSTENTÁVEIS

Os SOFTWARES
ao serviço do terceiro setor
uso de soluções informáticas nas Uma tão variada gama de serviços impli-

O instituições de solidariedade social,


o chamado terceiro setor, pode pare-
cer, para quem não conhece esta realidade,
ca também um elevado número de profis-
sionais, com tarefas e funções muito diver-
sas, além de obrigar a uma gestão de
um paradoxo e pouco aproximado da reali- compras e de stocks exigente.
dade. No entanto, acontece precisamente o A economia social tem vindo a ganhar im-
oposto. São muitas as entidades que utili- portância no desenvolvimento do país e na
zam, diariamente, softwares que lhes permi- dinamização da economia. Sabe-se que
tem um efetivo controlo de gestão. esta área tem um contributo fundamental
Podem, entre outras, apontar-se duas prin- para o PIB português e que são, frequente-
cipais razões para este facto. Por um lado, mente, os maiores empregadores de deter-
em termos de gestão contabilística e finan- minadas regiões, destacando-se ainda a
ceira, as entidades do setor não lucrativo importância do trabalho social e de proximi-
têm de responder a um conjunto alargado dade que realizam junto, principalmente,
de normativos específicos, que obrigam a das populações mais desfavorecidas.
um nível de informatização avançado. É, por isso, fundamental que possam ter
Por outro lado, mais do que entidades uma solução tecnológica que se adeque às
sem preocupações ao nível económico e fi- suas especificidades, dando resposta a ne-
nanceiro, as entidades do terceiro setor são cessidades que as empresas de outros se-
instituições que exigem uma gestão profis- tores não exigem e contribuindo para a efi-
sional e de rigor. Atente-se, por exemplo, cácia e eficiência de um setor que é um
ao facto de muitas destas entidades darem dos pilares estruturantes do país.
respostas sociais que vão desde a infância Pedro Fraga
até à terceira idade, apoio domiciliário, re- Administrador e CEO
feições, respostas ao nível dos cuidados de F3M Information Systems, S.A.
saúde e apoio social. www.f3m.pt

TECNOLOGIAS: um universo por explorar


odemos afirmar que o conceito de ci- objetivo tornarem-se cidades inteligentes e negócio. zador alugue o seu espaço de estaciona-

P dade inteligente se traduz no uso das


tecnologias de informação para me-
lhorar serviços públicos e vida das pes-
introduzir mecanismos que permitam estu-
dar a população e conhecer os seus hábi-
tos para assim criar políticas e definir obje-
Barcelona reformulou o seu sistema de
transportes baseado em informações de
passageiros, rotas, bem como o trânsito
mento quando não está e os dados recolhi-
dos permitem perceber a procura de esta-
cionamento e o fluxo de trânsito na cidade.
soas. Os sectores da energia e dos trans- tivos que satisfaçam as necessidades existente. Estes dados atualmente conti- Temos muito por explorar e apenas temos
portes são geralmente aqueles onde se das pessoas. nuam a ser medidos e usados por outras a ganhar se tivermos ao nosso dispor infor-
aplicam mais esforços através de soluções Estes dados depois de tratados, devem entidades como a polícia, serviços de mação para analisar e ideias para propor.
inovadoras para se conseguir uma melhor ser disponibilizados para empresas pode- emergência médica, entre outros.
mobilidade urbana, menos  poluição e rem desenvolver e apresentar soluções ino- Amsterdão incentiva a criação de aplica- Nicholas Pinto
uma maior eficiência energética. vadoras que ajudem a melhorar a qualida- ções promovendo um concurso. Uma das Capsula
As autarquias podem e devem ter como de de vida e criar novas oportunidades de aplicações vencedoras permite que o utili- www.capsula.com.pt/

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A influência
do OLFACTO
na dinâmica
das cidades
á muito tempo que se tem dado /mente, um ser racional/ emocional (HEE- Quando sentimos um cheiro, a informação com diversos locais olfactivamente assina-

H maior ênfase aos aspectos visíveis


no ordenamento das cidades, porém
os aspectos invisíveis, capturados pelos
MANN, 1998) o que conduz a novas refle-
xões quanto às possibilidades de construir
cidades inteligentes, cidades sensoriais
passa pelas narinas e é processada no sis-
tema límbico, parte do cérebro responsável
pela memória, sentimentos, reacções ins-
lados. Como por exemplo o aroma floral do
Jardim de Santa Bárbara, o cheiro do in-
cesso das igrejas, a pura fragrância da flo-
sentidos de maior intensidade emocional, que possam ser vivenciadas no seu todo. tintivas e reflexos. Pensando neste potente resta do Bom Jesus, da gastronomia…
também devem ser considerados. O cheiro de um determinado local é a par- sentido, um grupo de cientistas resolveu Uma cidade inteligente pode-se ver, ouvir
Desta forma, tornam-se questões emer- ticularidade mais retida na nossa memória. criar uma espécie de ‘mapa olfativo’. A mas acima de tudo cheirar. 
gentes no planeamento das cidades aque- Todas as cidades têm um cheiro caracterís- ideia é captar o perfume de diversas cida- Daniel Vilaça
las ligadas à concepção de que o ser hu- tico que é retido na nossa memória para des e colocá-los num mapa. Em Braga por Airquality – Marketing Olfativo
mano deva ser visto como unidade corpo/ sempre. exemplo, poderemos no futuro ter um mapa www.ydentik.pt

SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
– tecnologias inteligentes de medição
crescimento económico sustentável Conceitos como a ecoeficiência, produ- quando se trata de empresas com focos de agora do ponto de vista do fornecedor de

O não se pode fazer hoje dissociado


das valências da gestão dos recur-
sos naturais e da preservação do Ambien-
ção limpa e marketing verde aparecem
agora intimamente associados aos de cida-
dania e responsabilidade ambiental. O de-
interesse ao nível da gestão e monitoriza-
ção de recursos tão fundamentais como a
água e a energia. Nestas empresas, a sus-
recursos, estas tecnologias inteligentes
permitem aumentar o desempenho das re-
des de distribuição e a leitura em tempo
te. A sustentabilidade ambiental, conceito senvolvimento sustentável, nas suas múlti- tentabilidade ambiental pode perseguir-se, real, com vista à optimização dos recursos
por vezes ambíguo e genérico, é usada pa- plas facetas, passa pelo envolvimento desde logo, pelo desenvolvimento e aplica- naturais e humanos.
ra expressar a necessidade de não com- crescente das pequenas e médias empre- ção de tecnologias inteligentes de medição A consolidação desta estratégia deverá
prometer o futuro das próximas gerações sas nos temas da preservação do Ambien- que apoiam a gestão destes recursos natu- complementar-se com a consciência de
no processo de suprimento das necessida- te e da gestão de recursos escassos e/ou rais. Concretamente, uma medição inteli- que o debate ecológico tem de ser alarga-
des das sociedades actuais. Por definição, finitos. Cada vez mais a relação das empre- gente de consumos de água ou energia do no sentido de gerar conhecimento sus-
a sustentabilidade ambiental assenta nos sas com as comunidades locais, nomeada- proporciona informação sobre o perfil es- tentado cada vez mais abrangente, promo-
pilares do desenvolvimento económico, so- mente ao nível da administração publica lo- pecífico de cada consumidor, permitindo- vendo a cidadania e a responsabilidade
cial e ambiental e deve ser também encara- cal e regional, deve assentar neste lhe ajustar os seus comportamentos, com ambiental empresarial.
da como uma responsabilidade empresa- conceito emergente de cidadania ambien- consequentes vantagens económicas e de Manuel Machado
rial. tal. Esta responsabilidade é ainda maior preservação do recurso. Igualmente, mas Enermeter

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SMART CITIES FÓRUM INTERNACIONAL DAS COMUNIDADES INTELIGENTES E SUSTENTÁVEIS

raga cidade capital de distrito neste pontos emblemáticos de Braga sejam

A CIDADE B nosso Minho montanhoso e tam-


bém plano á beira mar plantado se-
rá sempre sugestiva a ser explorada de
eles o Bom Jesus e Sameiro ou o renova-
do Monte Picoto que oferece um circuito
‘seguro’ dos automobilistas , certamente
forma ecológica ou mesmo ate saudável o ideal seria uma plataforma (aplicação)

EM DUAS RODAS pelas duas rodas sejam elas as chama-


das rodas ‘finas’ ou ‘todo o terreno’ sem
esquecer as clássicas, citadinas ou híbri-
das....
online de vários circuitos com as mais va-
riadas informações desde dificuldade,
quilometragem e tempo/média a percorrer
o mesmo de forma a incentivar o Braca-
O importante será mesmo percorrer a ci- rense a sair de casa em duas rodas.
dade em duas rodas seja em forma de la- O uso partilhado das duas rodas seria
zer e turismo ou mesmo por questões de também uma opção válida e as ‘Augus-
mobilização de casa trabalho, neste últi- tas’ vamos assim chamar teriam sucesso
mo ponto o cidadão bracarense ainda entre nós pois chegaríamos á cidade de
não se interiorizou-se de forma a pegar na forma cómoda e dentro dela circular livre-
sua bicicleta diariamente e realizar a sua mente sem o constrangimento e atenção
vida quotidiana. No entanto é de louvar o de deixar a bicicleta solta e propícia ao
crescente volume de ciclistas que percor- Sr. Alheio… Vamos sonhar pois “Viver é
rem o centro urbano no qual não faltam como andar de bicicleta: é preciso estar
acessos para a sua entrada e saída. Em- em constante movimento pata manter o
bora o relevo não seja o mais perfeito pla- equilíbrio” (Albert Einstein).
no á quem seja um perfeito ‘trepador’ e Nelson Sousa & Tiago Sousa 
ascenda de forma gloriosa aos mais altos Bike Brothers Lda  

LOGÍSTICA URBANA
um instrumento fundamental
mobilidade e acessibilidade de pes- de espaços urbanos específicos para pe-

A soas e bens é nos dias de hoje um


tema central nas políticas urbanas na
medida em que visa quer a qualificação ur-
quenas plataformas logísticas (que vão per-
mitir a diminuição do número de quilómetros
percorridos pelas viaturas em distribuição e
banística e ambiental, quer a própria com- a aproximação aos consumidores finais), a
petitividade das cidades. criação de um sistema de cargas e descar-
O desafio está assim na capacidade de gas juntos dos destinatários similar ao que
aumentar a atratividade das áreas urbanas hoje se encontra implementado por exem-
por via de uma melhoria do padrão de mo- plo nos centros comerciais, que podemos
bilidade de pessoas e mercadorias. A logís- apelidar de corredores técnicos urbanos, ou
tica urbana, em particular a micro logística, a restrição à utilização de veículos mais po-
é um instrumento fundamental para levar a luentes são algumas das medidas que po-
cabo essa missão, tendo em conta os fortes derão permitir uma melhor e maior racionali-
impactos económicos, ambientais e sociais zação da distribuição de mercadorias em
que o transporte urbano apresenta. meio urbano. Esta racionalização permitirá
É assim de fulcral importância a definição eliminar a agressão ambiental e a devolu-
de políticas municipais, em parceria com ção da cidade aos seus habitantes de for-
os representantes dos transportadores e ma sustentável e saudável, tornando-a si-
dos comerciantes, que vão ao encontro multaneamente mais competitiva.
dessa realidade. Luís Torres
Medidas como a definição e preparação Torrestir,S.A. www.torrrestir.com

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Luminária a luminária.
A conectividade muda tudo.
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Guimarães, cidade
amiga do AMBIENTE
A otimização de recursos na gestão isso, na otimização de recursos em to-
de resíduos e no estacionamento públi- das as suas áreas de atividade, sendo
co são exemplos de apostas vimara- o exemplo mais recente a aquisição de
nenses na defesa e proteção do Am- uma nova e moderna viatura de recolha
biente, com recurso a procedimentos de resíduos ou na implementação de
diferenciadores numa cidade que se um sistema de monitorização dos con-
pretende, cada vez mais, inteligente. tentores de resíduos, sinalizando os
O projeto mais recente e inovador que seus níveis de carga, para que se evi-
a Vitrus Ambiente, em conjunto com a tem deslocações desnecessárias e
Câmara Municipal, está a implementar desperdício de recursos.

CONSTRUÇÃO no Centro Histórico de Guimarães, o


PAYT (pay-as-you-throw), tendo como
objetivo diminuir a produção de resí-
Na vertente do estacionamento, a Vi-
trus Ambiente pretende apresentar, ain-
da este ano, uma aplicação móvel ca-

sustentável
duos e promover a sua separação e re- paz de integrar todo o estacionamento,
ciclagem, está a ter um impacto muito facilitando a vida ao utilizador e atrain-
positivo após três meses de funciona- do mais automobilistas para o uso dos
mento. parques públicos.
Este projeto é apenas um exemplo Acreditamos que as soluções tecnoló-
preocupação crescente com a Cons- Isto é feito para todas as alternativas do es- das várias ações que a Vitrus Ambiente gicas podem ser a chave para as cida-

A trução Sustentável preservando a


qualidade de vida e ambiental, faz
com que se desenvolvam metodologias de
tudo devendo fazer-se um resumo com to-
dos os resultados em que se comparam to-
dos os custos no ciclo de vida. A solução
pretende realizar para ajudar Guima-
rães a tornar-se exemplo nacional,
transformando-a numa cidades mais
des que se querem inteligentes e com-
petitivas, sendo fulcral a participação e
envolvimento dos cidadãos, desafio
apoio à decisão, como o estudo geral da com o custo do ciclo de vida total mais bai- amiga do ambiente, prestando um ser- que a Vitrus Ambiente tem assumido
Análise de Custo de Ciclo de Vida, ACCV, xo deverá ser a preferida. viço de qualidade aos munícipes, e re- com muito entusiasmo, e cujos resulta-
de obras de construção mais eficientes. O FELIZ congratula-se em informar que é correndo ao uso da tecnologia para rea- dos são já hoje visíveis.
A ACCV, funciona como ferramenta de parceira no desenvolvimento e execução lizar esse caminho.
gestão que permite a comparação de solu- da primeira casa conceito WISHBOX. A A Vitrus Ambiente tem apostado, por www.vitrusambiente.pt
ções alternativas de construção em termos convite da WISHBOX, autora do conceito,
de custos globais. Estes englobam os cus- O FELIZ pôde contribuir para o desenvolvi-
tos iniciais e futuros associados à constru- mento do seu primeiro protótipo. Este pro-
ção e operação durante o período de vida
considerado. O ciclo de vida da construção
integra várias fases nomeadamente: extra-
tótipo estará concluído em Junho de 2016,
e estará disponível em Matosinhos a todos
os que o pretendam explorar.
SUSTENTABILIDADE
ção de recursos, fabrico, transporte, cons-
trução, ocupação, manutenção, demolição
e reciclagem/ reutilização/ depósito.
Trata-se de um conceito de arquitectura e
construção sustentável de características
inovadoras que reflete uma preocupação
e ambiente
Esta análise pode ser aplicada a qualquer constante em relação ao aperfeiçoamento
estrutura tendo por objetivo ajudar na deci- da qualidade de vida, à defesa do ambien- Nunca antes se debateu tanto sobre o procurando meios produtivos inovado-
são pela melhor alternativa em vez de se te e sustentabilidade energética; assenta ambiente, sustentabilidade, utilização res e promovendo ações que priorizem
optar pela solução que apresenta o menor num elevado grau de flexibilidade e quali- racional de recursos e eficiência ener- e protejam a sociedade, o ambiente e
custo inicial. Pode ser implementada a dade técnica; respeita as exigências de er- gética. os recursos endógenos.
qualquer nível do processo de construção gonomia, mobilidade e as mais exigentes As graves alterações climáticas e os Assente em 3 pilares: Social, económi-
e também pode ser usada como ferramen- leis, regras e normas internacionais; inter- fenómenos meteorológicos extremos le- co e, ambiental, a sustentabilidade é
ta de avaliação de construções existentes. preta a tendência de desconstrução na ar- vam-nos a constatar que se nada for fei- um caminho trilhado diariamente, com
É inclusivamente possível aplicá-la a toda a quitectura, antecipando uma realidade fu- to para mudar, o planeta será alterado respeito mútuo e consciência de que to-
obra ou a um sistema construtivo específi- tura; e possui um elevado potencial de de tal forma que a vida como a conhe- das as empresas, comunidades, pes-
co. É necessário proceder à identificação internacionalização. cemos deixará de existir. soas e demais seres são partes inte-
das várias fases envolvidas no processo. O O FELIZ envolveu os seus colaboradores A implementação de políticas de con- grantes de um único ecossistema.
cálculo do custo de ciclo de vida indicará, altamente qualificados, com provas dadas servação do meio ambiente e da sus- Neste contexto o trabalho das agên-
de forma isenta, a solução que apresenta no mercado nacional e internacional, con- tentabilidade dos recursos deve ser cias de energia é verdadeiramente fun-
menor custo global. As principais fases são tribuindo com o seu know-how nos respeti- parte integrante de qualquer programa damental, uma vez que o caminho da
as seguintes: Estudos de projeto; Constru- vos domínios de atividade, para a otimiza- de governo, nacional ou local. Paralela- sustentabilidade global passa primeira-
ção (matéria-prima, fabrico, transporte, ção do referido conceito do ponto de vista mente às ações governamentais, a mente pela sustentabilidade individual.
montagem); Manutenção; Reparação e técnico. Esperamos que com este envolvi- consciencialização dos cidadãos para Esta tomada de consciência e a conse-
Substituição; Desconstrução e Demolição e mento de facto em projetos pioneiros, con- as boas práticas ambientais e energéti- quente adoção de comportamentos
Reciclagem e Depósito. sigamos alcançar mais um patamar de ex- cas são fundamentais para garantir um sustentáveis propiciará, a médio e lon-
O autor do estudo é responsável pela in- celência no sector da metalomecânica, desenvolvimento sustentável. go prazo, a garantia de um planeta com
clusão dos custos pertinentes que irão as- contribuindo assim para a solidificação do Também no setor privado, o cresci- boas condições para a existência e o
sim resultar numa comparação de CCV rea- Grupo O FELIZ na vanguarda da inovação mento económico não pode contrapor- desenvolvimento das mais diversas for-
lista das alternativas de projetos. Uma vez e construção sustentável. se aos pilares da sustentabilidade, de mas de vida, inclusive da humana.
que todos os custos pertinentes tenham si- modo que as organizações necessitam
do estabelecidos e atualizados ao seu valor Alexandra Feliz adotar práticas sustentáveis, mantendo AEdoAVE – Agência de Energia do Ave
presente, os custos podem ser somados O FELIZ-Metalomecânica, S.A. políticas administrativas responsáveis, www.aeave.pt
para gerar o “Custo do Ciclo de Vida” total. www.ofeliz.com
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SMART CITIES FÓRUM INTERNACIONAL DAS COMUNIDADES INTELIGENTES E SUSTENTÁVEIS

É imperativo mudar
SMART CITIES o paradigma da MOBILIDADE
Ideias para o futuro Tendo em conta as maiores problemá-
ticas que a sociedade enfrenta nos dias
De acordo com as indicações da Co-
missão Europeia, Direção Geral do Am-
de hoje, como a poluição, a crise eco- biente, Cidades de bicicletas, cidades
nómica, o sedentarismo e a percenta- para o futuro, 11% das medidas toma-
conceito de ‘Smart City’ é hoje vasto Dos projetos inovadores de monitorização gem de obesidade entre os jovens, e das para o incentivo da utilização da bi-

O e, para além de toda a componente


tecnológica que encerra, empurra-
nos cada vez mais para a lógica da susten-
das suas linhas de água, passando pela
construção de soluções que sejam capazes
de adaptar a cidade às alterações climáti-
ainda as imposições da União Europeia
para a redução de CO2, é imperativo
mudar o paradigma da mobilidade, e
cicleta, passam por campanhas de for-
mação e sensibilização.
Portanto, não basta entregar uma bici-
tabilidade, não só da sustentabilidade am- cas (Bacias de Retenção), à criação de tornar cada vez mais as cidades para cleta a alguém e dizer-lhe que a partir
biental, mas também urbana. O objetivo mais espaços verdes e de lazer, sublinhan- cidadãos, estimulando a socialização e daquele momento passe a usá-la como
último será sempre produzir recomenda- do a importância da biodiversidade e dos a democratização da mobilidade. meio de transporte. É necessário mos-
ções e boas práticas que contribuam para a planos que visem evitar a sua degradação Estudo revela que 50% dos percursos trar-lhe todos os benefícios que isso irá
melhoria dos territórios, nomeadamente (plano de controlo de espécies invasoras), realizados diariamente pelos cidadãos oferecer, ensinar-lhe as regras de uma
através da utilização de tecnologias de in- passando pela construção de soluções ar- são de menos de 3Km, porém, são condução segura, mecânica na ótica
formação e comunicação que contribuam rojadas que visam contribuir para a redução maioritariamente realizados de carro. do utilizador e ainda praticar o que
para a competitividade económica, para a e valorização de resíduos (EcoPontas e Pa- Porquê? É uma distância perfeitamente aprenderam. Em Guimarães, o projeto
preservação ambiental e acima de tudo pa- paChicletes), ou até ao desenvolvimento de realizável de bicicleta. O que nos falta EducaBicla atua precisamente com es-
ra contrariar os fenómenos de desigualdade ações que procuram integrar melhor a ciên- para que isso aconteça? Infraestrutu- se objetivo. Vai às escolas e de forma
e de exclusão social. cia e a arte (Guimarães LandArt) e resultar ras, é certo. Combate de mitos e cons- lúdica, motiva e ensina a pedalar com
A integração de todos estes fatores exige num melhor conhecimento da sua paisagem trangimentos, também. O clima, por segurança e com responsabilidade.
decisão, esforço e determinação. E essa através da integração de todos os seus exemplo, é um dos principais fatores Assim, os jovens tornam-se cidadãos
cultura de exigência, faz-se com o delinear componentes naturais e culturais (Plano de apontados pelos cidadãos para que re- despertos e conscientes para a cons-
de estratégias que possam contribuir de for- Paisagem) ou até na procura de soluções jeitem desde logo este meio de trans- trução de um mundo para o cidadão,
ma decisiva para apontar soluções para al- tecnológicas inovadoras (app MyCity) que porte. No entanto, vemos países como um local agradável para se viver: um
guns dos problemas ambientais imediatos. visam contribuir para um maior envolvimento Bélgica ou Holanda onde a pluviosida- mundo sustentável!
Nesse sentido, Guimarães procura também da população na resolução dos seus proble- de existe em mais abundância e lá a
responder a esses desafios, reforçando o mas e dos problemas do seu território. bicicleta é rainha no que toca à mobili- Get Green – Mobilidade Elétrica, Lda.
foco na investigação, desenvolvimento e dade. www.getgreen.pt
inovação. www.labpaisagem.pt

revitalização dos espaços reabilitados ape- excelentes exemplos de regeneração urbana,


REGENERAÇÃO Urbana nas será realidade com o envolvimento, para
além das populações locais, dos agentes do
sendo prova disso a intenção de a integrar na
área classificada pela UNESCO, como Patri-
tecido empresarial, desde o início dos proces- mónio da Humanidade. A antiga área de in-
sos, porque a eles se reconhecem as valên- dústria de curtumes começou a ser requalifi-
regeneração urbana é cada vez mais cada em 2003, com a abertura do Cyber-

A
meta de compromisso social, cultural e eco- cias capazes de transformar oportunidades
um assunto que merece a atenção das nómico inadiável, entre as estruturas políticas em atividade económica, atraindo novos con- Centro, um polo de divulgação de novas
cidades. Esta é uma forma de interven- e as comunidades locais de modo a fomentar sumidores e habitantes e dessa forma dar no- tecnologias. Desde aí, o processo não mais
ção territorial integrada que combina ações a integração de novos vizinhos, empresas e va vida aos espaços intervencionados. parou, assistindo-se à requalificação da
de reabilitação, nomeadamente obras de de- dinâmicas consertadas entre todas as partes. Para ser eficaz, a definição de uma estraté- Pousada da Juventude, à criação do Cam-
molição e construção nova, com medidas A regeneração urbana é uma atividade com gia de regeneração urbana deve apoiar-se no pus de Couros da Universidade do Minho,
ajustadas de revitalização social, cultural e impacto transversal em toda a economia, per- desenvolvimento de visões ligadas às realida- onde foi recentemente instalada a Universi-
económica e de reforço da coesão e do po- mitindo dinamizar desde o investimento para des regionais, que a enquadrem e que facili- dade das Nações Unidas, ou à abertura do
tencial territorial. arrendamento ao comércio, restauração, ho- tem a conjugação dos agentes e das institui- Curtir Ciência - Centro de Ciência de Gui-
O conceito é muito mais amplo do que so- telaria e turismo, da cultura à indústria criati- ções. Será possível a identificação e imple- marães. Estas são áreas de saber que ge-
mente a reabilitação, acrescentando uma va, sendo estas áreas que devem merecer a mentação de soluções que tenham em conta ram valor e se enquadram nos pressupos-
preocupação de revitalização económica e atenção da sociedade. a diversidade de situações, circunstâncias, tos estipulados pelas Smart Cities.
de sustentabilidade dos espaços reabilitados. Se aos municípios são reconhecidas as necessidades, oportunidades e prioridades.
Esta reforma deve ser entendida como uma competências para fomentar a reabilitação, a Em Guimarães, a Zona de Couros é um dos www.guimaraes-cybercentro.com

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