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ESCOLA POLITÉCNICA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
ADRIAN CARVALHO
ALEXANDRE DANTAS
BRUNO MEDAUAR
DANIEL BORGES
DEYVISON ALVES
LEANDRO SALES
MOISÉS LÔBO
RAMON PEREIRA
Salvador
2018
ADRIAN CARVALHO
ALEXANDRE DANTAS
BRUNO MEDAUAR
DANIEL BORGES
DEYVISON ALVES
LEANDRO SALES
MOISÉS LÔBO
RAMON PEREIRA
Salvador
2018
1. INTRODUÇÃO
O projeto em questão visa analisar e descrever os procedimentos utilizados na construção de um
torno paralelo, tendo como enfoque maior a sua estrutura e seus mecanismos de acionamento.
Para o desenvolvimento do projeto, será levado em conta a metodologia, os procedimentos e as
variáveis fundamentais para análise e construção do torno, como por exemplo, a capacidade de
forma, a rigidez estrutural, os acionamentos e guias, além dos mecanismos de acionamento do
mandril, do fuso e do carro.
Para isso, será preciso explicar primeiramente o que é o processo de torneamento, em que se
aplica a peças de revolução, onde a peça executa o movimento rotativo e ferramenta o
movimento de avanço. No processo de torneamento, haverá o aparecimento de forças decorrentes
da ação da ferramenta sobre a peça e,consequentemente, a deformação plástica do material com a
formação do cavaco. Por se tratar de uma máquina versátil, visto que, pode ser utilizado tanto na
confecção de novas peças a partir de um material bruto, como também para acabamento
superficial, além do fato de poder trabalhar com uma variedade de peças e de serviços que podem
ser executados, é um dos tornos mais utilizados, apesar da dificuldade de troca de ferramentas.
Sendo assim, também será preciso levar em conta os requisitos fundamentais para o bom
funcionamento da máquina em específico, em que, seja possível fixar peças com eficiência,
considerando a ergonomia, seu comportamento geométricoe cinemático,além da sua
confiabilidade, assegurando assim, uma boa qualidade para o torno em estudo.
Os tornos paralelos são subdivididos em algumas partes, cada uma com sua função específica,
para o bom funcionamento do maquinário. A figura abaixo identifica algumas partes de um torno
mecânico horizontal,como o cabeçote motor, carro, contraponta e alguns acessórios.
O barramento é uma base compacta, normalmente de ferro gusa fundido, com grande
rigidez (reforços treliçados), além de receberem tratamentos térmicos, com intuito de
alívio das tensões internas. Além disso, suas guias podem ser aplicadas ou já pertencerem
diretamente à base, o que irá depender da aplicação e necessidade do tipo de guia a se
aplicar, levando em conta qual fator será preponderante, se a vida útil, custo-benefício ou
precisão da usinagem, por exemplo.
O cabeçote motor é fixado sobre o barramento, contendo o mandril ou o fuso que
sustentará a peça a qual virá a ser trabalhada, presos por mancal ou rolamentos de esfera,
imprimindo à peça o movimento de corte (rotação). Podem conter diversos pares de
engrenagens, os quais possibilitam mudanças na velocidade por meio de alavancas
externas ou caixa de mudança externa.
O carro principal do torno é a parte responsável pelo movimento de avanço da ferramenta
de corte para realizar as operações necessárias na peça, sendo que o avanço pode ser
automático ou manual. O material usado para sua fabricação é ferro fundido. O carro é
acoplado ao torno através de rasgos trapezoidais em sua parte inferior, que se adaptam em
guias prismáticas (relacionadas a precisão da usinagem). Além disso, a guia prismática
interna e o ressalto achatado auxiliam no deslocamento do cabeçote móvel. O carro
principal contém os seguintes componentes:
o Mesa: parte que suporta o carro transversal, a mesa contém o fuso e o volante com
anel graduado, responsáveis por controlar o movimento do carro transversal. A sua
movimentação se dá através do deslizamento sobre as guias prismáticas do
barramento;
o Avental: responsável pelo avanço da ferramenta, transforma os movimentos
giratórios do fuso ou da vara em movimento transversal ou longitudinal;
o Carro transversal: responsável pelo movimento na direção perpendicular ao eixo.
O movimento se dá através do deslizamento sobre a mesa e também pode ser
automático ou manual;
o Carro superior: possibilita o torneamento em ângulo através de sua base giratória.
Suporta o porta-ferramentas, o fuso e o volante com anel graduado;
o Porta-ferramentas: parte unida aos suportes de ferramenta através de parafusos de
aperto.
A contraponta tem como função sustentar as peças em rotação, deslocando-se pelo
barramento. Além disso, devem estar alinhadas sobre as guias do barramento.
Os acessórios do torno são a placa autocentrante de três castanhas (voltado para fixação
de peças cilíndricas, as quais podem ser comandadas por dispositivos de ar comprimido
ou hidraulicamente, em que se pode obter resultados satisfatórios na redução de tempos
ociosos da máquina), placa de castanha independente (voltado para fixação de peças com
formatos irregulares, geralmente fabricadas com quatro castanhas, sendo estas
comandadas independentemente por parafusos que atua na luva correspondente), luneta
(voltada para sustentação de peças muito compridas durante o processo de torneamento,
eliminando vibrações, podendo ser fixas ou móveis) e placas de arrasto (trata-se de um
mordente específico, situado na extremidade de peças cilíndricas, para fixação e a rotação
adequada da peça durante o processo de usinagem em questão)
3. PROCEDIMENTO
O procedimento de remoção de cavaco dos tornos paralelos se dá da seguinte maneira: a peça a
ser usinada é fixada no mandril ou placa (parte rotativa da máquina), enquanto a ferramenta é
fixada na parte móvel de translação (carros), podendo ser uma translação tanto longitudinal
quanto transversal, a depender da geometria de interesse na peça a ser usinada. O cabeçote motor
fornece ao mandril o movimento principal de rotação, o qual será responsável pelo movimento de
corte, enquanto os carros assumem movimentos de avanço.
4. METODOLOGIA
Em referência à forma de movimentação através das guias, foi decidido utilizar uma guia de
elementos rolantes, devido a sua simplicidade de instalação e manutenção e superioridade
evidente com relação às guias de deslizamento. As guias de elementos rolantes fornecem uma
melhor velocidade de avanço (o que implicaria aumento da produtividade), permitem
movimentos suaves e asseguram uma ótima precisão de posicionamento, por não se valerem do
inconstante sistema de stick-Slip, mantendo sua exatidão por longos períodos. Apesar de seu
baixo amortecimento a ser obtida, o sistema de formato já assegura uma mitigação desses efeitos.
Os elementos seriam restritivos externos, visando impossibilitar os graus de liberdade
indesejáveis ao projeto, no caso apenas o deslocamento linear em um eixo é interessante, rotações
são extremamente nocivas ao pleno funcionamento da máquina.
Apesar de não caber aqui a função de dimensionamento dos elementos rolante, ressalta-se nesse
ponto a existência de etapas base para a definição destes, segundo fabricantes NSK e THK. São
essas: Seleção do grau de exatidão (importante verificação da relação custo x benefício), Número
de sapatas do rolamento, Carregamento por sapata, Previsão do cálculo de vida (Estimativa),
Tamanho e tipo de sapata, Tipo de lubrificação (há a relevância do tratamento contra a corrosão),
Novo Cálculo de vida, Especificação final.
É relevante salientar que essa associação de guias prismáticas com elementos rolantes externos
restritivos é extremamente atraente, já que este possui baixo custo, garante uma rigidez média,
uma boa capacidade de carga, apresenta uma linearidade satisfatória e uma fabricação
extremamente simples e resoluta. Além disso, há a certeza de boa repetibilidade, em
consequência da suavidade do seu movimento. Apesar dessa guia sofrer com o desgaste, esse
levaria apenas ao rebaixamento, e para diminuir ainda mais a periculosidade deste, sua
manutenção é de fácil acesso.
ftp://ftp.sm.ifes.edu.br/professores/JoaoPaulo/PRONATEC/PROCESSOS%20DE%20USINAGEM/TORNO.p
df
http://mmborges.com/processos/USINAGEM/TORNEAMENTO.htm
https://files.comunidades.net/mutcom/Projetos_de_maq._ferramentas.pdf
http://www.ufjf.br/mecanica/files/2016/07/Patrick-Croko-Caputo-TCC-II.pdf
http://sites.poli.usp.br/d/pmr2202/arquivos/aulas/PMR2202-AULA%20RS2.pdf
http://www2.pelotas.ifsul.edu.br/gladimir/Apostida%20de%20torneamento.pdf