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M.

Henrique

GUIA BÁSICO
ANATOMIA

Parnamirim, RN
2017
SUMÁRIO

1 Primeira Unidade

1.1 Normas e Introduções


1.2 Sistema Esquelético
1.3 Anatomia do Esqueleto Axial e Apendicular
1.4 Articulações Sinoviais
1.5 Sistema Muscular

2 Segunda Unidade

2.1 Anatomia do Sistema Cardiovascular


2.2 Anatomia do Sistema Respiratório
2.3 Anatomia do Sistema Digestório
2.4 Anatomia do Sistema Urinário
2.5 Anatomia do Sistema Genital Masculino
2.6 Anatomia do Sistema Genital Feminino

3 Terceira Unidade

3.1 Anatomia do Sistema Nervoso


3.2 Medula Espinal e Nervos Espinais
3.3 Tronco Encefálico e Nervos Cranianos
3.4 Cerebelo e Diencéfalo
3.5 Telencéfalo
3.6 Meninges e Liquor
3.7 Anatomia do Sistema Nervoso Autônomo
3.8 Anatomia do Sistema Endócrino
1 Primeira Unidade

1.1 Normas e Introduções

A anatomia estuda o nível orgânico, sistêmico e organísmico do corpo


humano.

1.1.1 Abreviaturas

A = Artéria; Aa = Artérias; V = Veia; Vv = Veias; N = Nervo;


Nn = Nervos; M = Músculo; Mm = Músculos;

1.1.2 Tipos de anatomia estudados

Regional: Cabeça, membros, pescoço, tronco, etc.

Sistêmica: Sistema digestório, muscular, etc.

Clínica: Situações aplicadas.

1.1.3 Divisão do corpo humano

Cabeça e pescoço;
Tórax, abdome, pelve e dorso;
Membros Superiores (MS): Braço, antebraço, axila, cotovelo e
mão;
Membros Inferiores (MI): Cíngulo, nádegas, quadril, coxa,
joelho, perna e pé;

1.1.4 Normalidade de indivíduo

Na medicina, normal significa sadio, hígido, mais frequente em


dada amostragem. Podendo sempre haver variações.

1.1.5 Variações anatômicas (externas ou internas)

São diferenças anatômicas que não afetam o funcionamento


do corpo. Exemplos: Cor de pele, peso corporal, formato de
órgãos, formato de ossos, etc.

1.1.6 Anomalias e Monstruosidades

Anomalias são variações que causam a perda do


funcionamento de alguma estrutura do corpo.
Monstruosidades são deformações que não são capazes de
sobreviver. Sendo incompatíveis com a vida.

1.1.7 Resumo em diagrama

1.1.8 Fatores gerais que afetam a variação

Idade, sexo, raça, biotipo e evolução.

1.1.9 Posição anatômica


1.1.10 Planos de delimitação ou tangenciais

Planos cranial, podálico, ventral, dorsal, lateral esquerdo e


lateral direito.

1.1.11 Planos anatômicos seccionais

Plano sagital ​mediano​: Planos sagitais:


Plano coronal (ântero-posterior): Plano transversal
(horizontal):

1.1.12 Eixos anatômicos (para verificar movimentos)

1.1.13 Princípios de construção corpórea

Antimeria: É o princípio de que o corpo humano é dividido em


duas partes iguais e simétricas, são os antímeros.

Paquimeria: É o princípio que diz que o corpo humano é


dividido em dois tubos axialmente. O paquímero visceral
(ventral e maior) e o neural (dorsal e menor).
Metameria: É o princípio pelo qual o corpo humano é
construído através de peças sobrepostas longitudinalmente,
separadas por planos transversais.

Estratificação: É o princípio pelo qual o corpo é construído


através de camadas sobrepostas que, da superfície corpórea
para a profundidade são: pele, tela subcutânea, tecido
adiposo, fascia muscular, músculos e ossos.

1.1.14 Termos de posição e direção

Medial, Intermédio, lateral;


Superior e Inferior;
Anterior (ventral), medial, posterior (dorsal);
Proximal e distal;
Ipsilateral e contralateral;
palmar e dorsal;
Superficial e profundo;
Externo e interno;

1.1.15 Principais termos de movimento

Flexão, extensão e hiperextensão;


Dorsiflexão e flexão plantar (pé);
Adução e abdução;
Rotação externa (lateral) e interna (medial);
Rotação (tronco);
Elevação e depressão;
Pronação e supinação;
Eversão e inversão (pé);
Oposição (polegar) e reposição (outros dedos) (podem
inverter);
Circundação;

1.2 Sistema Esquelético

1.2.1 Osteologia

Estudo de tudo relacionado aos ossos e esqueleto.

1.2.2 Esqueleto

Conjunto de osso, ligamentos e cartilagens unidos formando o


arcabouço do corpo.

1.2.3 Aparelho locomotor

O aparelho locomotor é composto pelos sistemas


esqueléticos, muscular, nervoso, articular e vascular.

1.2.4 Funções do sistema esquelético

Sustentação, proteção, morfologia, sistema de alavancas,


armazenamento de íons e minerais, produção celular.

1.2.5 Articulações ou junturas

É a união entre ossos ou ossos e cartilagens, permitindo


mobilidade e dando funcionalidade.
1.2.6 Estruturas do tecido ósseo

Osteoblastos: São as​ células​ provenientes das células


osteoprogenitoras​, são responsáveis pela síntese dos
componentes orgânicos da matriz óssea,​ colágeno​,
proteoglicanos​,​ glicoproteínas​;

Osteoclastos: Nas áreas de reabsorção de​ tecido ósseo


encontra-se porções dilatadas dos osteoclastos, colocadas em
depressões da​ matriz​ escavadas pela atividade dos
osteoclastos e conhecidas como​ lacunas de Howship​;

Osteócitos: São​ células​ maduras derivadas dos​ Osteoblastos​ ,


residentes em lacunas da​ matriz óssea​. Apesar de os
osteócitos abandonarem a função de secretar a​ matriz óssea​,
eles permanecem secretando substâncias necessárias à
manutenção do osso;

Matriz óssea calcificada

Periósteo: É uma camada externa do osso, menos nas


articulações, é responsável pela nutrição óssea.

1.2.7 Remodelamento periódico do tecido ósseo

O remodelamento ósseo é um processo contínuo de absorção


da matriz óssea e retirada de ions Ca para o sangue e
formação de uma nova matriz. Através do remodelamento, o
tecido ósseo substitui células velhas por novas e o organismo
pode dispor de elementos que são armazenados nos ossos.
Neste processo duas células estão envolvidas: os
osteoblastos e osteoclastos.

1.2.8 Cargas sobre tecido ósseo

Compressão (suporta mais) x Tração (suporta menos)

1.2.9 Capacidade do osso

4 vezes mais forte que concreto;


Resistência a carga semelhante ao alumínio e aço leve;
1.2.10 Substância óssea compacta x esponjosa

Na substância óssea compacta, as lamínulas de tecido ósseo


encontram-se fortemente unidas umas às outras pelas suas
faces, sem que haja espaço livre. Por esta razão, este tipo é
mais denso e duro.

Na substância óssea esponjosa, as lamínulas ósseas, mais


irregulares em forma e tamanho, se arranjam de
forma a deixar entre si, espaços ou lacunas que se
comunicam umas com as outras e que contém medula.
As lacunas entre as lamínulas ósseas são chamadas de
trabéculas ósseas.

1.2.11 Divisão do esqueleto ósseo

Axial: Cabeça, pescoço e tronco;


Apendicular: Ossos dos membros;
Cíngulo do MMSS: Escápula e clavícula;
Cíngulo do MMII: Sacro e ossos do quadril;

Obs: Um adulto tem, geralmente pode variar, 206 ossos. Na


infância existe ainda um espaçamento grande entre os ossos
em formação (fonticulos x sinestose).

1.2.12 Esqueleto feminino x masculino

Esqueleto masculino é mais largo e pesado; Os ossos do


crânio feminino são mais “graciosos” e com menores ângulos;

1.2.13 Classificação dos ossos

Apendiculares x Axiais;
Longo x Plano x Curto;
Ossos longos: Comprimento maior que largura; Tem epífeses
(pontas) e diáfise (“cano”); Tem metáfises (entre epífese e
diáfise); Tem a cavidade medular (onde fica a medula óssea);
Tem a cartilagem epifisária (subdivide e partes da epífise);
Tem a superficie articular (area de contato na articulação); Há
a linha epifisária ou placa epifisária calcificada (separa epifise
e metafise); Osso esponjoso e osso compacto;

Ossos planos: Comprimento e largura maiores que espessura;


Possuem diploe (formato de sanduiche);
Ossos curtos: Comprimento, largura e espessura iguais;
Formatos ligeiramente irregular; Recobertos por superficies
articulares;

Irregular; Pneumático; Sesamóide; Alongado

1.2.14 Período de ossificação completa dos ossos

1.2.15 Osteoporose

Diminuição da densidade óssea, isso enfraquece o osso e


aumenta o risco de fratura. Mais comum em mulheres. Ocorre
mais na coluna vertebral, quadril e pés.
1.2.16 Osteopenia

A osteopenia é a diminuição de massa óssea, causada pela


perda de cálcio, podendo ter, como conseqüência, a
osteoporose.

1.2.17 Saliências ósseas

1.2.18 Efeito dos exercícios físicos nos ossos

Com o fortalecimento muscular, os ossos correspondentes


tornam-se mais fortes e grossos por estimulação de
osteoblastos.

1.2.19 Reparo ósseo

Somente 10% das fraturas requerem procedimentos


cirúrgicos. O reparo ósseo é uma atividade metabólica
dinâmica que sofre influência de estímulos internos e externos
os quais podem afetar a capacidade de reparo.

Fatores: Fatores tais como idade, tabagismo, imobilização e


densidade mineral óssea influenciam o reparo.
“O osso é uma estrutura que pode ser sobrecarregada por
diferentes modos de força. Se a magnitude de força não
ultrapassar os limites elásticos do osso, fratura não ocorrerá e
o osso deformado elasticamente retornará ao estado inicial.
Caso o limite seja superado, a falha ocorrerá”.

1.3 Anatomia do Esqueleto Axial e Apendicular

1.3.1 Esqueleto Axial

Ossos do crânio, da coluna vertebral, hióide, costelas e


esterno.

1.3.1.1 Cranio

Neurocrânio: Abriga o encefalo.


Ossos: Frontal, Parietal direito e esquerdo, Occipital,
Temporal direito e esquerdo, Esfenóide e Etmóide.
Suturas (coronal, sagital e lambdóide).

Viscerocrânio: Abriga órgãos do sistema digestório e


respiratório.
1.3.1.2 Coluna Vertebral

Vértebras Cervicais: Atlas e Áxis sao os primeiros.

Vértebras Torácicas:
Vértebras Lombares:

Vértebras do Sacro e Cóccix:

O Sacro e a fusão de 5 vértebras e o Cóccix e a


fusão de outras 4.
1.3.1.3 Caixa toracica

Esterno:

Costelas:
1.3.2 Esqueleto Apendicular

1.3.2.1 Ossos do Membro Superior

Cíngulo do MS: Clavicula e Escapula.

Braço: Úmero.

Antebraço: Radio e Ulna.

Punho: Ossos do carpo.

Mão: Metacarpos e Falanges.

1.3.2.2 Ossos do Membro Inferior

Cíngulo do Membro Inferior: Sacro e Osso do Quadril.

Coxa: Fêmur.

Joelho: Patela.

Perna: Tíbia e Fíbula.

Tornozelo: Ossos do Tarso.

Pé: Metatarsos e Falanges.


1.4 Articulações Sinoviais

1.4.1 Funções

Articulações ou junturas representam a união entre ossos ou


entre ossos e demais tecidos nos diferentes segmentos
corporais, permitindo mobilidade e conferindo funcionalidade a
um determinado indivíduo.

1.4.2 Classificaçao

Funcionalmente:
Sinartrose: Imóvel.
Anfiartrose: Pouco móvel.
Diartrose: Móvel.

Tipo de tecido entre as peças:


Fibrosas: Sinartroses. Subdividem-se em suturas,
sindesmoses e gonfoses.

Cartilaginosas: Anfiartroses. Subdivide-se em


sincondroses (cartilagem hialina) e sínfises
(fibrocartilagem).
Sinoviais: Diartroses. Presença de cápsula articular a
qual delimita uma cavidade articular, preenchida por
líquido sinovial. Superfícies articulares são revestidas
em toda a sua extensão por cartilagem articular hialina.

1.4.3 Detalhes Sobre Articulação Sinovial

E uma membrana de tecido conjuntivo que envolve a


articulação sinovial como um manguito. Possui uma
membrana fibrosa (externa) e a membrana sinovial (interna).
Além disso, contém ligamentos capsulares, extra-capsulares e
intracapsulares auxiliam a cápsula na importante função de
manter a estabilidade articular, limitando o movimento e
auxiliando no movimento correto.
A cavidade articular é o espaço virtual onde se localiza o
líquido sinovial, que é transparente e viscoso. Tem funções de
nutrição e lubrificação das articulações, com um mínimo de
atrito e desgaste.

Os discos articulares e meniscos sao formações


fibrocartilaginosas encontradas em várias articulações
sinoviais, interpostas as superfícies articulares. Tem como
função: Otimizar a adaptação das superfícies que se
articulam, aumentando a congruência entre elas, além de
receber cargas importantes, agindo como amortecedores.

Bursas sao sacos fechados de revestimento sinovial presentes


entre músculos, tendões, ossos e ligamentos e que visam
facilitar o deslizamento dessas estruturas. Bainha sinovial dos
tendões facilita o deslizamento destes quando passam através
de túneis fibrosos e ósseo.

Classificação funcional das articulações sinoviais:


Mono-axiais: Articulações realizam movimentos em
torno de um eixo, ou seja, possuem apenas 1 grau de
liberdade.
Bi-axiais: Articulações realizam movimentos em torno
de dois eixos de movimento. Portanto, possuem 2
graus de liberdade.
Tri-axiais: Articulações realizam movimentos em todos
os eixos de movimento, possuindo 3 graus de
liberdade.

Classificação morfológica das articulações sinoviais:


Planas ou ligeiramente curvas: Permitem discreto
deslizamento das superfícies em qualquer direção e
tem amplitude de movimento reduzida.
Gínglimo ou dobradiça: São mono-axiais e só se
movimentam em torno do eixo látero-lateral-
flexão-extensão.
Trocóide: São mono-axiais e permitem apenas a
rotação, em torno do eixo céfalo-caudal. Ex: radioulnar
proximal.
Condilares: Forma elíptica. Permitem flexão e extensão
e adução e abdução. São biaxiais, pois possuem dois
eixos de movimento: látero-lateral e ântero-posterior.
Selares: Apresentam concavidade em um sentido e
convexidade em outro e se encaixa em uma peça onde
esse sentido é inverso. São biaxiais e permitem
movimentos ao longo dos eixos ântero-posterior e
látero-lateral.
Esferóides: São tri-axiais, ou seja, permite movimentos
em torno dos três eixos.

Articulações Sinoviais Simples e Compostas:


Simples: Duas peças ósseas.
Composta: Mais de duas.

1.5 Sistema Muscular

1.5.1 Função

As células musculares são especializadas na contração e no


relaxamento. Tendo também a capacidade de irritabilidade,
condutividade, extensibilidade e elasticidade. As fibras
agrupam-se em feixes para formar os músculos, que se
encontram fixados em suas extremidades.

Produção dos diversos movimentos segmentares,


estabilização das posições corporais, movimento de
substâncias dentro do corpo e produção de calor.

1.5.2 Tipos de Músculos

Músculo Estriado Cardíaco: Contração forte, rápida, rítmica e


involuntária.
Músculo Liso: Músculos de contração fraca, lenta e
involuntária. Comumente encontrado nas vísceras.
Músculo Estriado Esquelético: Contração forte, rápida,
descontínua e voluntária.

1.5.3 Observaçoes

Linha de ação muscular: O fato do direcionamento das fibras


musculares interferir na direção do movimento.

Ponto ótimo do músculo: Não estando alongado nem


encurtado, em posição ótima mais sarcômeros conseguem se
encurtar.

Atrofia e hipertrofia: Atrofia e a diminuição do tamanho da


célula. Quando um número suficiente de células passa por
essa adaptação, todo o órgão ou tecido também diminui de
tamanho. A hipertrofia e o aumento do tamanho das células,
com consequente aumento do órgão ou tecido. Trata-se de
uma resposta adaptativa da célula a estímulos mecânicos ou
hormonais.

Organização das fibras e tecido conjuntivo:

Placa motora e junção neuromuscular: A unidade motora (UM)


é constituída por único neurônio motor e pelas fibras por ele
inervadas. O axônio de cada neurônio motor subdivide-se
várias vezes, sendo que cada fibra é dotada de placa motora
terminal.
O músculo esquelético possui receptores que detectam
alterações no comprimento muscular: Órgão tendinoso de
Golgi e fuso muscular.

Tipos de fibras:

Componentes anatômicos do músculo estriado esquelético:


Ventre muscular: Porção central do músculo que
representa a parte ativa ou contrátil do músculo.
Tendões: Estruturas cilíndricas, esbranquiçadas,
brilhantes e praticamente inextensíveis, que fixam o
músculo no esqueleto ou em outras estruturas.

Tendinopatias:
Tendinite: Inflamação de um ou mais tendões.
Tendinose: O próprio tendão já se encontra debilitado
apresentando áreas de acúmulo de líquido e pequenas
áreas de ruptura que podem levar à ruptura completa
do tendão até mesmo com pequenos esforços.
Ruptura parcial ou total: A ruptura do tendão se produz
quando o tendão se estica além das suas capacidades.

Aponeurose: Estruturas similares aos tendões, mas


morfologicamente distintas. As aponeuroses são tendões
laminares.

Fáscia muscular: É uma lâmina de tecido conjuntivo que


envolve cada músculo. Tem a função de otimizar a tração
muscular durante contrações e permitir o deslizamento dos
músculos entre si. Tambem te os septos intermusculares que
sao prolongamentos que partem de regiões espessadas da
fáscia e se fixam ao osso. Separa grupos musculares em
compartimentos.

Síndrome do compartimento: Uma pressão aumentada no


compartimento ósteo-fascial compromete a vascularização do
membro envolvido. Causando dor, parestesia, paralisia e
lesões vasculares.

Origem e inserção do músculo:


Origem: Extremidade do músculo presa à estrutura
óssea que se mantém fixa.
Inserção: Extremidade do músculo presa à estrutura
óssea que se movimenta.
1.5.4 Classificação do Músculo

Forma e disposição das fibras:

Músculos fusiformes: Fibras paralelas entre si, correm


paralelamente à linha de tração do músculo, geram
grandes encurtamentos e pouca força, secção
transversa fisiológica pequena e fibras longas.
Músculos peniformes: Fibras não estão paralelas entre
si, correm diagonal à linha de tração do músculos,
secção transversa fisiológica grande e fibras curtas.

Classificação quanto à origem e inserção: Bíceps, tríceps e


quadríceps.

Forma e disposição das fibras: Bicaudado e policaudado.

Classificação quanto à ação muscular: Depende da ação


principal resultante da contração muscular, como extensores,
flexores, flexores laterais, etc.

Classificação Funcional dos Músculos:


Agonista: Quando um músculo é o agente principal na
execução de um movimento.
Antagonista: Quando a ação de um determinado
músculo se opõe a do agonista em um determinado
movimento.
Sinergista: Estabiliza a posição, postura, auxiliando o
movimento desejado.
Tipos de contrações: Concêntrica (F > R), excêntrica (F < R) e
isométrica (F = R).
2 Segunda Unidade

2.1 Anatomia do Sistema Cardiovascular

2.1.1 Função e Divisão do Sistema Circulatório

O Sistema Circulatório é responsável pela distribuição de


nutrientes para as células e coleta de suas excretas
metabólicas para serem eliminadas por órgãos excretores.

Sistema Sanguífero: Constituído de vasos e coração.


Sistema Linfático: Constituído de vasos e órgãos linfáticos.
Orgaos Hemopoieticos: Órgão linfático primario e secundario.

2.1.2 Pericardio

Saco fibro-seroso que envolve o coração, separando-o de


outras estruturas do mediastino e limitando sua expansão
durante diástole ventricular.

Pericárdio Fibroso: Parte externa do pericárdio.


Pericárdio Seroso: Parte interna do pericárdio
Lâmina Visceral do Pericárdio Seroso ou Epicárdio: Fica
aderida a superfície do coração (miocárdio). Também reveste
a raiz dos grandes vasos.
Lâmina Parietal do Pericárdio Seroso: Fica aderida a
superfície do pericárdio fibroso.
Cavidade Pericárdica: Fica entre a lâmina parietal e o
epicárdio, útil para a movimentação da diástole e sístole.

2.1.3 Coração

Órgão muscular que funciona como uma bomba contrátil.

Miocárdio: Tecido muscular estriado cardíaco (involuntário).

Endocardio: Endotélio que reveste internamente o miocárdio e


continua com a camada íntima dos vasos.

Sístole: Contração do coração.

Diástole: Relaxamento muscular do coração.


Obs: O diafragma empurra o coração para cima durante a
expiração e o deixa descer durante a inspiração.

2.1.4 Mediastino

Espaço entre os dois pulmões e a pleura, estende-se da


abertura superior do tórax ao diafragma.

Mediastino Superior: Contém o esôfago, a traquéia,


posteriormente; e o timo, anteriormente). Além dos grandes
vasos do coração entre eles.

Mediastino Inferior: Contém anteriormente parte do timo.


Medialmente agrupa o coração e pericárdio, brônquios
principais e raízes dos pulmões. Posteriormente mantém a
aorta descendente.
2.1.5 Anatomia do Coração

Átrios: Cavidades de espessura fina que recebem o sangue o


qual deve seguir para os ventrículos. Acoplados nos átrios
ainda existem as aurículas.

Ventrículos: Cavidades espessas que devem jogar o sangue


para a circulação pulmonar e sistêmica.

Vasos da Base: Tronco pulmonar (se bifurca em artérias


pulmonares direita e esquerda), Aorta, Veias cavas (superior e
inferior) e Veias pulmonares (superior direita e esquerda,
inferior direita e esquerda).

Septos Atrioventriculares: Formados pelos Óstios


atrioventriculares direito e esquerdo.
Valvas (conjunto de válvulas) Atrioventriculares: Tricúspide
(direita) e Bicúspide ou Mitral (esquerda). Cada valva é
formada por duas ou três válvulas.

Músculos Papilares: Estão presos as cordas tendíneas, que


estão presas as valvas. No relaxamento as cordas puxam as
valvas abrindo-as na contração fecha-as.

2.1.6 Circulação Cardíaca

As veias cavas superior e inferior trazem o sangue


desoxigenado (após as trocas) para o átrio direito. Do átrio
direito o sangue segue para o ventrículo direito, o qual o joga
para a artéria pulmonar. Da artéria pulmonar o sangue vai
para os pulmões, onde ocorre a oxigenação e então segue
pelas veias pulmonares até o átrio esquerdo. Do átrio
esquerdo o sangue vai para o ventrículo esquerdo, o qual o
arremessa para a aorta e assim para o resto do corpo.

Valvas semilunares: Elas impedem o refluxo do sangue das


raízes dos vasos do coração para os ventrículos. Elas tem um
formato de bolsa com o fundo voltado para o ventrículo.

2.1.7 Irrigação do Coração

O coração é irrigado pelas artérias coronárias direita e


esquerda. A direita se bifurca em ramo interventricular anterior
e ramo circunflexo. A esquerda se bifurca em ramo marginal e
ramo interventricular posterior.

Obs: Um infarto ocorre quando alguma parte desses ramos


deixa de receber sangue oxigenado, havendo morte celular.
Mesmo no caso de sobreviver, esse coração tem a região
regenerada como tecido conjuntivo, nao fibras musculares.
Nesses casos pode-se tentar revascularizar a região.

2.1.8 Drenagem do Coração

Sistema Venoso: Se ramifica em veia cardíaca magna, média


e pequena. Ainda há o seio coronário.

2.1.9 Sistema de Condução


Sinal se inicia no nó sinoatrial, segue para o nódulo
atrioventricular e chega ao fascículo atrioventricular, se
espalhando pelo ramo direito e esquerdo.

2.1.10 Tipos de Circulação

Circulação Pulmonar: O sangue desoxigenado e bombeado


para a rede capilar dos pulmões para sofrer hematose.
Seguindo a sequência: Coração - Pulmão - Coração.

Circulação Sistêmica: O sangue é bombeado para a rede


capilar dos tecidos para promover troca de O2 e nutrientes por
CO2 e metabólitos. Seguindo a sequência: Coração - Tecidos
- Coração.

Circulação Colateral: Ocorre quando um vaso e bloqueado e


uma outra ramificação e criada no local. Ou seja, seria a fina
rede de vasos que se forma, próximo ao local da obstrução de
um vaso maior, na tentativa do organismo de manter o fluxo
sanguíneo ao leito distal comprometido.

Circulação Portal: Quando uma veia interpõe-se entre duas


redes de capilares, sem passar por órgão intermediário.

2.2 Anatomia do Sistema Respiratório

2.2.1 Funções

Condução de ar para os pulmões, protege contra variação


ambiental e desidratação, produz som, tem grande área para
difusão gasosa entre ar e sangue, ajuda a regular volume
sanguíneo e no controle de Ph de liquidos corporais.

2.2.2 Divisão e Órgãos

Porção de Condução: Órgãos que levam o ar inspirado até a


porção de respiração e expelem ar expirado. Nariz, faringe,
laringe, traqueia e bronquios.

Porção de Respiração: Onde ocorre a hematose. Pulmoes.

Sistema Nasal Superior: Nariz e cavidade nasal.

Sistema Nasal Inferior: Laringe, traqueia, brônquios e


pulmões.
Obs: A faringe apenas divide a parte superior e inferior.

2.2.3 Sistema Respiratório Superior

Nariz externo: E a parte que se projeta da face, feita de


cartilagem e um pouco de esqueleto de sustentação na raiz.
Serve para condicionar o ar respirado, umidificando,
aquecendo e filtrando. Relacionado com a olfação, recebe
lágrimas e secreções da mucosa nasal e paranasal.

Cavidade Nasal: Comunica-se com o meio externo através


das narinas anteriormente, e através das coanas
posteriormente. Sendo que o septo nasal divide as cavidades.
A cavidade nasal é dividida em vestíbulo, região respiratória e
região olfatória. E limitada pelo teto, soalho, parede medial e
parede lateral.

Aspectos Clínicos: A rinite se trata de um edema e inflamação


da mucosa nasal durante infecções respiratórias e reações
alérgicas. Já a Epistaxe se trata do sangramento nasal.

2.2.4 Seios Paranasais

Sao extensões, cheias de ar, da parte respiratória da cavidade


nasal para alguns ossos. Sendo eles os seios maxilar, frontal,
etmoidal e esfenoidal.
Aspectos Clínicos: Sinusite se trata da inflamação, dor e
edema na mucosa dos seios nasais.

2.2.5 Faringe

Se trata de um tubo muscular que serve como canal comum


para a passagem de ar e de alimento. Situa-se posteriormente
à cavidade nasal, oral e à laringe. E tem certa conexão com a
cavidade timpânica pelo óstio faríngeo da tuba auditiva.

Além disso, a faringe pode ser subdividida:


Parte nasal: Comunica-se com as coanas, óstios
faríngeos das tubas auditivas e orofaringe.
Parte oral: Situa-se atrás da cavidade oral e
estende-se do palato mole até o nível do osso hióideo.
Parte laríngea: Estende-se para baixo a partir do osso
hióideo e conecta-se com o esôfago e posteriormente,
com a laringe.
Aspectos Clínicos: A otite se trata de pus ou líquido na orelha
que podem causar dor de ouvido e uma membrana timpânica
vermelha. Frequentemente secundária a infecções
respiratórias altas.

2.2.6 Laringe

Tubo curto situado no plano mediano e anterior do pescoço e,


além de servir como via aerífera, é responsável pela produção
do som. Situa-se anteriormente à faringe e continua-se com a
traquéia. E também tem a função de impedir que alimento e
estruturas estranhas entrem em estruturas respiratórias.

O esqueleto da laringe e subdividido em cartilagem tireoidea,


cricoidea, aritenoidea e epiglótica.
Cavidade da laringe: É composta pelo ventrículo da laringe,
prega vestibular, prega vocal, glote, rima glótica e cavidade
infraglótica.
Aspectos Clínicos: A aspiração de corpos estranhos se trata
da aspiração acidental de corpo estranho, do ádito para o
vestíbulo da laringe, sendo aprisionado pelas pregas
vestibulares. Um espasmo muscular também pode fechar a
rima da glote. Nesses casos se torna necessário o uso da
manobra Heimlich.

2.2.7 Traqueia

Estrutura cartilaginosa tubular de 12 cm constituída por anéis


cartilaginosos em forma de C, posicionada anterior ao
esôfago.
Os ligamentos anulares mantém os anéis cartilaginosos
unidos. Ainda tem internamente duas camadas de músculo
liso além de sua membrana mucosa.
2.2.8 Bronquios

Após a bifurcação traqueal (carina), surgem 2 brônquios


principais que se dirigem para os pulmões. Apresentam
estrutura semelhante à da traquéia.
2.2.9 Pleura e Pulmão

Os pulmões estão contidos na cavidade torácica e são os


órgãos principais da respiração-hematose. Entre os pulmões
situa-se o mediastino. E os pulmões sao revestidos pelas
pleuras. A pleura mantém o pulmão aberto, se danificada,
murcha e com isso colapsa o pulmão também.
Cada pulmão está envolto por um saco seroso de dupla
parede e completamente fechado denominado pleura. A
pleura visceral reveste o pulmão e penetra nas fissuras
pulmonares. A pleura parietal fica mais externa. E a cavidade
da pleura (entre a visceral e a parietal) permite o “inflar e
murchar” dos pulmões.

Nas situações normais, a cavidade pleural ou espaço pleural é


ocupado por uma pequena quantidade de líquido para a
lubrificação das pleuras denominado de líquido pleural. Serve
para a lubrificação e facilitação dos movimentos dos pulmões
durante a mecânica da ventilação pulmonar.

As pressões que agem sobre o pulmão nas diversas fases do


ciclo necessário à ventilação pulmonar são também
transmitidas à cavidade pleural.

Aspectos Clínicos: Pneumotórax ocorre quando há o acúmulo


anormal de ar entre o pulmão e a pleura, ou seja, na cavidade
da pleura.
2.2.10 Anatomia dos Pulmões
Aspectos Clínicos: O câncer de pulmão representa 13% do
total de cânceres e 28% das mortes por câncer, onde 90% dos
casos têm relação direta com o tabagismo.
Já a embolia pulmonar se trata da obstrução de uma artéria
pulmonar por coágulo sanguíneo, gordura ou bolha de ar. O
pulmão é ventilado mas a perfusão sanguínea é insuficiente,
causando angústia respiratória aguda.
2.3 Anatomia do Sistema Digestório

2.3.1 Funções

Conjunto de órgãos que mantêm os suprimentos constantes


de material nutritivo para o organismo. A palavra digestão já
tem um significado de “quebra em partes menores.”

2.3.2 Divisão

Canal Alimentar ou Trato Gastrointestinal: Composto pela


cavidade da boca, fauces, faringe, esofago, estomago,
intestinos e o reto.

Órgãos Anexos ou Acessórios: Composto por glândulas


salivares, dentes, língua, fígado e pâncreas.

2.3.3 Função do Trato Digestório e seus Anexos

Ingestão, processamento mecânico, digestão, secreção,


absorção, excreção, compactação e algumas funções de
defesa.

2.3.4 Movimento do Trato Digestório

Composto basicamente por musculatura lisa visceral. A


contração aqui se propaga como ondas, que chamamos de
peristalse. Mas também há a segmentação, que sao
contrações que não produzem movimento em nenhuma
direção específica, mas segmentam o bolo alimentar.
2.3.5 Cavidade da Boca

Responsável pela análise do alimento, processamento


mecânico, lubrificação e digestão limitada (saliva). A digestão
já se inicia aqui devido a salivação. Delimitada anteriormente
pelos lábios e posteriormente pelas fauces.

2.3.6 Faringe

Na deglutição, o palato mole e elevado e vai mais para trás,


bloqueando a continuidade da faringe com a parte nasal. A
cartilagem epiglote fecha o ádito da laringe. A faringe
continua-se com o esofago.
Obs: A úvula palatina tem receptores que podem ser usados
para regurgitar (vomito) e tem importância no impedimento de
entrada de muita comida ao mesmo tempo.

2.3.7 Esofago

Órgão oco muscular que continua até o estômago. Fica atrás


da traquéia e a frente da coluna vertebral e aorta. Divide-se
em porção cervical, torácica e abdominal. Aqui já ocorrem os
movimentos peristálticos de diferentes formas dependendo do
alimento sólido ou líquido.
2.3.8 Tórax e Abdome

Os dois sao separados pelo diafragma, no diafragma ainda se


encontram o hiato aórtico (por onde a aorta passa), o forame
da veia cava (por onde a veia cava passa) e o hiato esofagico
(por onde o esofago passa).

2.3.9 Peritônio

Em maior ou menor extensão, os órgãos abdominais sao


revestidos por essa membrana serosa. O peritônio também
tem duas lâminas, a visceral e a parietal, além da cavidade
peritoneal que contém o líquido peritoneal o qual lubrifica a
superfície visceral e também contém leucócitos e anticorpos
resistentes a infecção. Também é útil por dar estabilidade para
os órgãos ao mesmo tempo que confere serta mobilidade.

Também há as estruturas retroperitoneais, as quais se


localizam mais atrás do corpo humano e não ficam revestidas
pelo peritônio.
O mesentério e o ligamento que segura o intestino delgado,
evitando que se “embolem” em si mesmo.

Também há o omento, que sao pregas peritoneais duplas


entre os órgãos. O omento maior serve como “avental” do
intestino e o omento menor fica entre o fígado e o estômago.

2.3.10 Estomago

Órgão oco de paredes estratificadas e enrugadas (aumenta


área de contato com a comida). O óstio cárdico e o orifício que
comunica estomago e esofago, enquanto que o óstio pilórico
comunica estômago com início do intestino delgado
(duodeno).

O estômago atua como misturador (com os movimentos


peristálticos) enzimático, reservatório de alimento, digere as
proteínas, mata bactérias devido ao pH ácido e faz a digestão
enzimática com suco gástrico, onde o alimento se torna o
líquido quimo, que passa para o duodeno.  
 
 
2.3.11 Intestino Delgado 
 
O intestino delgado é composto de três partes: o duodeno, o
jejuno ou parte central e o íleo. O jejuno e o íleo são difíceis
de diferenciar, pelo que podemos chamar jejuno-íleo ao seu
conjunto. A camada mucosa que reveste o seu interior
apresenta invaginações, as vilosidades intestinais, pelas quais
são absorvidas as substâncias digeridas. O duodeno recebe a
bile, produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar, e
também recebe o suco pancreático, produzido pelo pâncreas.
É nas paredes do intestino delgado que se produz o suco
intestinal. A bile lançada no duodeno divide as gorduras em
pequenas gotas, ajudando a ação do suco pancreático e do
suco intestinal.
 
Com os movimentos do intestino delgado e com a ação dos
sucos (pancreático e intestinal), o quimo é transformado em
quilo, que é o produto final da digestão. Uma vez o alimento
transformado em quilo, os produtos úteis ao nosso organismo
são absorvidos pelas vilosidades intestinais, passando para os
vasos sanguíneos.

2.3.12 Intestino Grosso

E mais curto e mais calibroso que o intestino delgado, absorve


agua e eletrolitos, armazena e elimina os resíduos da
digestão. E responsável pela manutenção da continência fecal
e possui uma rica flora bacteriana. Em 14 horas o material
alimentar já toma consistência típica de bolo fecal.

Dividido em ceco, o cólon e o reto. O ceco é onde desemboca


o intestino delgado, e onde se localiza um prolongamento em
forma de tubo, o apêndice vermiforme. O cólon subdivide-se
em quatro partes: cólon ascendente ou direito; cólon
transverso que atravessa a cavidade abdominal da direita para
a esquerda; o cólon descendente ou esquerdo; e o cólon
sigmóide. O reto, que faz comunicar o cólon com o exterior
através do orifício anal (ânus), apresenta uma dilatação
chamada ampola retal, cujo alargamento (pelas fezes)
desencadeia o ato de defecação. O ânus encontra-se fechado
por um músculo chamado esfíncter anal, situado à sua volta,
em forma de anel.

Aspectos Clínicos: A inflamação aguda do apêndice em jovens


ocorre por hiperplasia de folículos linfáticos, já em idosos
ocorre por fecalitos.
Outro problema que pode ocorrer e o edema do apêndice,
quando este se distende do peritônio visceral.

2.3.13 Fígado

Participa no metabolismo de carboidratos, gordura e


proteínas. Secreta a bile e participa do mecanismo de defesa.

Vesícula Biliar: Órgão oco e piriforme, armazena e concentra a


bile. Pode acabar acumulando cálculos biliares (cristais de
colesterol no ducto cístico ou colédoco), que sao silenciosos
até que cresçam e lesionem o órgão.

Aspectos Clínicos: Cirrose hepática ocorre quando o tecido do


fígado se torna fibroso devido a um processo habitualmente
chamado fibrose ou esclerose. Geralmente o termo ​cirrose​ é
utilizado para designar a fibrose no fígado.
2.3.14 Pancreas

E a segunda glândula mais volumosa, sendo ela exócrina


(suco pancreático) e endócrina (insulina e glucagon).

2.4 Anatomia do Sistema Urinário

2.4.1 Divisão

Órgãos responsáveis pela formação da urina.


Órgãos responsáveis pela eliminação da urina.

2.4.2 Urina

E um dos veículos de excreção que o organismo tem para a


manutenção da homeostase, que é a condição de relativa
estabilidade da qual o organismo necessita para realizar suas
funções adequadamente para o equilíbrio do corpo.

2.4.3 Rins

Órgão retroperitoneal que retira o excesso da água, sais e


resíduos do metabolismo proteico do sangue, enquanto
devolvem nutrientes e substâncias químicas ao sangue.
Produz e libera a urina. Regula o volume e composição do
sangue e pressão arterial. Produz eritropoietina, contribui para
o metabolismo, as glândulas supra renais produzem a
noradrenalina e corticosteróides. Tem ainda os néfrons, que
sao as menores unidades renais responsáveis pela filtração e
formação da urina. Cada néfron é dividido em corpúsculo renal
e túbulo renal.

A cada 180 litros de sangue filtrado sao gerados 2 litros de


urina (todos os dias). O rim e repleto de vasos sanguíneos.

Aspecto clínico: Em casos de insuficiência renal crônica acaba


por ser necessário o transplante renal.

2.4.4 Ureteres

Sao ductos musculares retroperitoneais que conduzem a urina


para a bexiga. O movimento ocorre por contrações
peristálticas, pressão hidrostática e gravidade. E dividido em
parte abdominal, pélvica e intramural, além de óstios ureterais.
Aspecto clínico: Cálculo renal é uma massa ou agregado
cristalino sólido que se forma nos rins a partir de sais minerais
presentes na urina. Os cálculos do sistema urinário
(urolitíases) são geralmente classificados em função da sua
localização nos rins (nefrolitíase), ureter (ureterolitíase), uretra
(uretrolitíase) ou bexiga (cistolitíase), ou em função da sua
composição química (constituídos por cálcio, estruvite, ácido
úrico ou outros minerais). Cerca de 80% dos cálculos renais
ocorrem em homens.

2.4.5 Bexiga

Víscera oca com paredes musculares distensíveis que


armazena fluxo contínuo de urina que chega pelos ureteres. O
posicionamento no corpo varia de homem para mulher. O
formato varia, dependendo do volume contido de urina. A
capacidade vesical máxima é o volume de enchimento
máximo suportado, momento em que há uma necessidade
imperiosa de urinar (micção) ou chamado urinar involuntário.

Aspectos clínicos: Cistocele e um prolapso da bexiga para a


parede da vagina (a bexiga desce), geralmente ocorre por
enfraquecimento dos músculos do períneo. Também pode
ocorrer em homens, porém descendo até o escroto.

2.4.6 Uretra

Tubo muscular mediano que estabelece a comunicação entre


bexiga urinária e meio exterior. Tem o óstio interno da uretra e
o óstio externo da uretra. A uretra do homem e mais
prolongada do que a das mulheres devido ao prolongamento
extra do pênis.

2.4.7 Envelhecimento

Causa a diminuição do fluxo sanguíneo renal e da filtração do


sangue. Diminuição da massa renal. Diminuição da
capacidade de armazenamento da bexiga por
enfraquecimento muscular. Mais infecções no trato urinário,
poliúria, noctúria, disúria…
2.5 Anatomia do Sistema Genital Masculino

2.5.1 Função

O sistema genital masculino representa o conjunto de órgãos


que formam, emitem e introduzem o sêmen nas vias do
sistema genital feminino, além de produzir hormônios sexuais.

A atividade reprodutora é limitada, iniciando-se ao final da


puberdade, atingindo seu clímax na vida adulta e decrescendo
durante o envelhecimento.

A fase de indiferenciação (sexual) vai até 2º mês de vida


intra-uterina.

2.5.2 Órgãos Genitais Masculinos

Gônadas: Testículos
Vias condutoras de gametas: Vias espermáticas, túbulos e
dúctulos dos testículos, epidídimo, ducto deferente, ducto
ejaculatório, uretra.
Glândulas anexas: Vesículas seminais, próstata, glândulas
bulbo uretrais.
Estruturas eréteis: Corpos cavernosos, corpo esponjoso do
pênis.
Órgãos genitais externos: Pênis, escroto.

2.5.3 Testículos

São órgãos produtores de espermatozóide e de testosterona


que encontram-se no saco escrotal.

A bolsa (saco escrotal) fica situada posteriormente ao pênis e


abaixo da sínfise púbica.

Aspecto clínico: Criptorquidismo é a condição médica na qual


não houve uma descida correcta do testículo da cavidade
abdominal (onde se desenvolve na vida intrauterina) para o
escroto. Linfedema escrotal deixa o saco escrotal cheio de
líquido. É uma doença que é causada pela obstrução, aplasia
ou hipoplasia dos vasos linfáticos que drenam o escroto.
2.5.4 Vias Espermáticas

Epidídimo: Estrutura alongada, em forma de C, situada contra


a margem posterior do testículo. Os espermatozóides são aí
armazenados até o momento da ejaculação.

Ducto Deferente: Continuação da cauda do epidídimo de 30


cm que conduz os espermatozóides até o ducto ejaculatório.
Ducto Ejaculatorio: Formado pela junção do ducto deferente
com o ducto da glândula seminal. Via de pequeno calibre que
atravessa o parênquima da próstata e desemboca na parte
prostática da uretra, junto do colículo seminal.

Uretra: Canal de 20 cm comum para a micção e ejaculação,


iniciada no óstio interno da uretra da bexiga e terminando no
óstio externo da uretra.
2.5.5 Glândulas Anexas

Vesículas Seminais: Bolsas sacciformes, situadas na parte


póstero-inferior da bexiga, secreta o líquido seminal, que é
Líquido viscoso, alcalino, contém frutose, PGS e proteínas de
coagulação.

Próstata: Órgão pélvico, ímpar, situado inferiormente à bexiga


e atravessado em toda sua extensão pela parte prostática da
uretra. A secreção das glândulas prostáticas é lançada na
porção prostática da uretra através de dúctulos prostáticos.
Produz um líquido leitoso ligeiramente ácido, ácido cítrico,
enzimas proteolíticas (PSA).
Glândulas Bulbo-uretrais: 2 formações arredondadas,
pequenas, situadas na parte membranácea da uretra.
Produzem uma substância alcalina para lubrificação e
proteção dos espermatozóides. Seus ductos desembocam na
uretra esponjosa e sua secreção é mucosa.

Pênis: Órgão masculino de cópula, erétil, podendo transitar


entre os estados flácido e túrgido.
2.6 Anatomia do Sistema Genital Feminino

2.6.1 Função

Conjunto de órgãos encarregados da reprodução na mulher,


compõe-se de órgãos gametógenos e gametóforos e útero.
Produzir gametas funcionais, cópula, proteger e sustentar um
embrião em desenvolvimento, além de propiciar a
amamentação ao recém-nascido.

2.6.2 Órgãos Genitais Femininos

Gônadas: Ovários.
Vias condutoras de gameta: Tubas uterinas.
Útero
Órgão de cópula: Vagina.
Estruturas eréteis: Clitóris e Bulbo do vestíbulo.
Glândulas anexas: Glândulas vestibulares maiores e menores.
Órgãos genitais externos: Monte do púbis, lábios maiores e
menores, clitóris, bulbo do vestíbulo e glândulas vestibulares.

2.6.3 Peritônio e Cavidade Pélvica

Na cavidade pélvica, entre a bexiga e o reto, encontram-se as


tubas, útero e ovários. O peritônio envolve o útero e as tubas
uterinas: ligamento largo do útero. E ainda existe a escavação
vesicouterina e a escavação retouterina.
2.6.4 Ovarios

Órgãos pares com função gametogênica e de produção de


hormônios. Situam-se posteriormente ao ligamento largo do
útero e logo abaixo da tuba uterina, Não são revestidos pelo
peritônio.

Hilo do Ovário: A artéria ovárica, veia ovárica, nervos e


linfáticos
penetram no ovário através do hilo do ovário.

Quando a mulher envelhece o ovário diminui de tamanho.

2.6.5 Tuba Uterina

Tubo muscular oco por onde passam os óvulos e, em direção


contrária, os espermatozóides, propiciando assim fecundação.

2.6.6 Utero

Órgão pequeno e piriforme que recebe os óvulos e, em caso


de gravidez, aloja o embrião que se desenvolve até o
nascimento. Fica entre a bexiga e o reto. Também é o canal
do parto: cavidade uterina e cavidade da vagina.

2.6.7 Vagina
É o órgão feminino da cópula, recebe o sêmen, escoa o
sangue menstrual e as secreções uterinas e, no parto, dá
passagem ao produto conceptual. A vagina é um tubo cujas
paredes se tocam normalmente.

2.6.8 Órgãos Genitais Externos

Monte do Púbis: Elevação mediana, anterior à sínfise púbica,


constituída principalmente por tecido adiposo. Continua com
os lábios maiores. Após a puberdade, apresenta pêlos
espessos.

Lábios Maiores: Duas pregas cutâneas, alongadas


ântero-posteriormente, que se estendem do monte do púbis
ao períneo.

Lábios Menores: Duas pregas cutâneas úmidas e


avermelhadas localizadas medialmente aos lábios maiores.
Ficam encobertos pelos lábios maiores. Tecido erétil.

Estruturas Eréteis: Clitoris e Bulbo do vestíbulo, estruturas


homólogas das do sexo masculino, dilatam-se por
ingurgitamento de sangue.

Glândulas Vestibulares Maiores: São 2 glândulas situadas


profundamente e nas proximidades do vestíbulo da vagina.
Responsáveis pela lubrificação da porção inferior da vagina.
Ainda há também as glândulas vestibulares menores.
2.6.9 Mamas

Proeminência bilateral da parede anterior do tórax, formada


por uma porção glandular, por tecido conjuntivo e por variável
quantidade de tecido adiposo. O tamanho varia de acordo com
puberdade, fim da gestação e no período de parto.

As mamas situam-se ventralmente aos músculos da região


peitoral e são separadas entre si pelo sulco intermamário. O
parênquima glandular mamário é constituído por entre 15 e
20 lobos. Cada lobo é formado por vários lóbulos e ductos,
que se unem para constituir os ductos principais.

O estroma e a camada de tecido conjuntivo que envolve cada


lobo e o corpo mamário como um todo. Predomina o tecido
adiposo. A pele das mamas e dotada de glândulas sebáceas e
sudoríparas.

3 Terceira Unidade

3.1 Anatomia do Sistema Nervoso

3.1.1 Divisão Básica

Sistema Nervoso Central: Encéfalo (“cérebro”) e medula


espinal.

Sistema Nervoso Periférico: Se trata de todo tecido nervoso


que fica fora do encefalo e da medula espinal.

3.1.2 Funções

O SN recebe, conduz e processa informações provenientes do


meio externo e dos órgãos internos. Além disso, deve
responder aos estímulos (alterações) de forma adequada. Ou
seja, ele atua na sensação, interpretação, orientação,
assimilação e comunicação.

3.1.3 Células do Sistema Nervoso

Astrócitos: Controle do espaço intersticial, manutenção da


barreira hemato-encefálica, sustentação para neurônios,
realização de reparos no tecido nervoso danificado,
direcionamento do desenvolvimento do neurônio.
Oligodendrócitos: Participam na formação da bainha de
mielina.

Microglia: Fagocitam patógenos e produtos residuais.

Células Ependimais: Formam uma camada celular


denominada epêndima responsável pela formação e
circulação do líquor.

3.1.4 Neuronios

E a unidade morfo-funcional do SN, sendo células excitáveis


que comunicam-se entre si e entre células efetoras.

Em organismos diferenciados, o neurônio fica entre as células


sensoriais e a célula alvo, formando uma rede nervosa. No
entanto, também podem formar uma rede neural difusa (Ex:
Sistema nervoso autônomo - SNA).

Célula Sensorial -> Neurônio -> Célula alvo

3.1.5 Partes de um Neurônio

Neuroglia: são células não neuronais do sistema nervoso


central que proporcionam suporte e nutrição aos neurônios. As
células da glia são 10 vezes mais frequentes que os neurônios
no corpo humano e nas células gliais ocorre a mitose. As
células gliais se comunicam com os neurônios e umas com as
outras. As células gliais são capazes de modificar esses sinais
nas fendas sinápticas entre os neurônios e podem até mesmo
influenciar o local da formação das sinapses. Devido a essa
proeza, as células gliais podem ser essenciais para o
aprendizado e para a construção de lembranças, além de
importantes na recuperação de lesões neurológicas.

O neurônio ainda é composto por corpo celular, dendritos,


axônio, terminal sináptico, cone de implantação e bainha de
mielina (no SNC as fibras nervosas sao mielínicas, já no SNP
as fibras nervosas sao mielinicas).
Sinapse: São zonas ativas de contato entre uma terminação
nervosa e outros neurônios, células musculares ou células
glandulares.

Junção Neuromuscular: E a junção entre a parte terminal de


um axônio motor com uma placa motora (ou sinapse
neuromuscular), que é a região da membrana plasmática de
uma fibra muscular (o sarcolema) onde se dá o encontro entre
o nervo e o músculo permitindo desencadear a contração
muscular.

3.1.6 Classificação de Neurônios

Classificação Estrutural: Anaxônicos, bipolares, unipolares ou


pseudounipolares (neurônios sensoriais do SNP) e
multipolares (mais comuns no SNC).
Classificação Funcional: Aferentes (sensoriais) - Somático,
visceral e receptores. Eferentes (motores) - Somático e
visceral. Neurônio de Associação (interneurônios) - Apenas
conecta neurônios aferentes e eferentes. O neurônio aferente
carrega o sinal do receptor sensorial para o SNC. Já o
diferente carrega do SNC para fora. Lembrando que o sistema
nervoso somático se divide em voluntário e involuntário. Em
vertebrados, os neurônios aferentes têm seus corpos situados
em gânglios sensitivos próximos ao SNC.

3.1.7 Substâncias Branca e Cinzenta

A substância branca é composta de fibras nervosas mielínicas


e neuróglia. Já a substância cinzenta é composta de corpos
de neurônios e fibras amielínicas, além de neuróglia.
3.1.8 Divisões do Sistema Nervoso

Sistema Nervoso Central: Porção de recepção de estímulos,


de comando e desencadeadora de respostas. Constituído pelo
tecido nervoso situado internamente ao esqueleto axial, ou
seja, o encéfalo (crânio) e medula espinal (coluna vertebral).

Obs: Núcleos sao grupos de corpos celulares com função


comum e limites definidos. Já na substância branca do SNC
contém feixes que organizam-se em tratos. Na medula, os
tratos constituem grupos maiores, denominados colunas.

Sistema Nervoso Periférico: Constituido por vías que


conduzem estímulos ao SNC ou que levam até aos órgãos
efetuadores as ordens do SNC. É constituído por nervos
cranianos e espinhais, os gânglios e as terminações nervosas.

Obs: Nervos sao Cordões esbranquiçados formados por


centenas de milhares de axônios que unem SNC aos órgãos
periféricos. Já os gânglios sao corpos celulares de neurônios
sensitivos e neurônios motores viscerais encontrados fora do
SNC.

Sistema Nervoso Autônomo: E a parte do sistema nervoso


que está relacionada ao controle da ​vida vegetativa​, ou seja,
controla funções como a respiração, circulação do sangue,
controle de temperatura e digestão. Além de fazer frente a
modificações do ambiente. E subdividido em SN simpático e
SN parassimpático.
3.2 Medula Espinal e Nervos Espinais

3.2.1 Funçao

Basicamente, a medula funciona para a propagação do


impulso nervoso (substância branca) e integração/ recepção
da informação (substância cinzenta).

A medula espinal (ME) é a parte do SNC situada no canal


vertebral. Os circuitos neurais na medula espinal e nos nervos
espinais proporcionam reações rápidas em resposta à
alterações ambientais.
Também fazem Integração dos neurônios de excitação ou de
inibição e sao via de impulsos nervosos sensitivos (encéfalo) e
motores (nervos espinais).

O encéfalo e a medula espinal fazem parte do SNC e


precisam de proteção. O que protege a medula espinal e a
coluna vertebral, os forames vertebrais de todas as vértebras
empilhadas formam o canal vertebral (onde a medula se
localiza). O tamanho do canal vertebral varia em diferentes
regiões da coluna vertebral
Sendo a medula espinal menor que a coluna vertebral, os
nervos que se originam na medula não deixam a coluna
vertebral no mesmo nível em que deixam a medula.

Aspectos clínicos: A transecção da medula causa a perda de


sensibilidade e movimentos voluntários abaixo da lesão.

3.2.2 Estruturas de Proteção

Meninges: Três revestimentos de tecido conjuntivo que


envolvem a medula espinal e o encéfalo.

Líquor (líquido cérebroespinal): Fluido aquoso e incolor que


funciona como meio de proteção medula.

3.2.3 Nervos Espinais

Nervos espinais sao vias de comunicação entre a medula


espinal e os nervos que suprem regiões específicas do corpo.
É composto por duas raízes que trespassam o forame
intervertebral, sendo a posterior ou dorsal (sensitiva, possui
gânglio) e a anterior ou ventral (motora).

Dermátomo: Um dermátomo é uma área da pele que é


inervada por fibras nervosas que se originam de um único
gânglio nervoso dorsal - pele.

Miótomo: Refere-se a uma coleção de fibras nervosas


inervadas pelo axônio motor que está dentro de cada nervo
segmentar (raíz nervosa) - músculo.
Aspectos clínicos: Lesão à Raiz dos nervos espinais e
causado mais comumente por lesão de um disco intervertebral
herniado quando essa estrutura passa o forame intervertebral.
Podendo acarretar em osteoporose, câncer, ferimentos,
osteoartrite.

3.2.4 Substância Branca e Cinzenta na ME

Substância cinzenta tem forma de H, e a massa de tecido


onde predominam corpos celulares de neurônios e células da
glia. Envolve o canal central da medula e as projeções dela
para a superfície externa são denominadas colunas.

Substância branca fica localizada na periferia, contém grande


número de axônios mielínicos e amielínicos e é organizada em
funículos e tratos.

3.2.5 Tratos Ascendentes e Descendentes

Tratos ascendentes consistem em fibras sensoriais que


carregam a informação da ME ao encéfalo.

Tratos descendentes são compostos por fibras motoras que


levam a informação do encéfalo até à ME

3.2.6 Reflexo

“Reflexos são respostas estereotipadas e involuntárias a um


determinado estímulo”.

O reflexo propicia ao corpo responder rapidamente à


estímulos internos e externos do ambiente. O arco reflexo
consiste em um ramo aferente e um ramo eferente.
Arco reflexo monossináptico (ex: reflexo patelar).
Arco reflexo polissináptico (ex: retirada à dor).
3.2.7 Organização dos Nervos Espinais

Os nn espinais e os nn que se ramificam a partir deles são


parte do SNP. Essas estruturas conectam o SNC a receptores
sensitivos, mm e glândulas.
Plexos: Sao os ramos anteriores dos nervos espinais que
controlam a musculatura esquelética do pescoço e dos
membros superiores e membros inferiores.

3.3 Tronco Encefálico e Nervos Cranianos

3.3.1 Tronco Encefálico

Com cerca de 4,5% do volume do encéfalo, representa a parte


do SNC que situa-se entre a medula espinal e o diencéfalo, à
frente do cerebelo. Dividido em mesencéfalo, ponte e bulbo.
Sua estrutura é constituída por núcleos (corpos de neurônios)
de nervos cranianos e próprios do tronco encefálico, feixes
nervosos que passam pelo tronco encefálico e pela formação
reticular.

Recebe informações sensitivas de estruturas cranianas e


controla os mm da cabeça. Participa da transmissão de
informações entre a medula espinal e encéfalo e do encéfalo
para medula espinal. Regula a atenção através da formação
reticular do tronco encefálico.

Centros autonômicos localizados no tronco encefálico regulam


função cardiovascular, respiratório e comportamento alimentar
assim como possui núcleos acústico e vestibular.

Bulbo: Contribui para formar o 4º ventrículo.

Ponte: Possui núcleos que controlam a respiração e


retransmitem sinais para o cerebelo.

4º ventrículo: Comunica-se com o espaço subaracnóide por


aberturas laterais e mediana (dorsal).

Mesencéfalo: Controla muitas funções sensoriais e motoras,


incluindo os movimentos dos olhos e a coordenação dos
reflexos visual e auditivo.
Aspectos clínicos: Doença de Parkinson é uma doença
degenerativa do SNC, progressiva, acometendo ambos os
sexos, iniciando-se por volta dos 50 anos. Causa perda de
neurônios dopaminérgicos da substância negra, assim como
rigidez muscular, tremor de repouso, hipocinesia, instabilidade
postural.

3.3.2 Nervos Cranianos

São 12 os pares de nervos cranianos, fazem conexão com


encéfalo. As fibras eferentes dos nervos cranianos
originam-se de grupos de neurônios no encéfalo, que são
seus núcleos de origem. Os sensitivos originam-se de
neurônios em gânglios, situados na periferia de órgãos dos
sentidos.

3.4 Cerebelo e Diencéfalo

3.4.1 Cerebelo

É a segunda maior parte do encéfalo e contém quase que


metade dos neurônios deste. Derivado do metencéfalo,
situa-se posteriormente ao bulbo e à ponte, e inferior à parte
posterior do cérebro; contribui para a formação do 4º
ventrículo.
Ao contrário do cérebro, o cerebelo trabalha
inconscientemente. Responsável pela coordenação motora,
aprendizado motor, controle do tônus muscular e equilíbrio. O
cerebelo não inicia os movimentos, mas compara e harmoniza
a sua execução.

Tenda (tentório) do Cerebelo: Prega de dura-máter que está


presa aos ossos temporal e occipital, separa o cérebro do
cerebelo.

Pedúnculos Cerebelares: Pedúnculo cerebelar superior


(mesencéfalo), pedúnculo cerebelar médio (ponte) e
pedúnculo cerebelar inferior (bulbo e medula).

Verme e Hemisférios do Cerebelo: Verme e a porção ímpar e


mediana do cerebelo. Os hemisférios cerebelares sao
divididos pelo verme.

Divisão Ontogênica do Cerebelo: Lobo anterior do cerebelo,


lobo posterior do cerebelo e lobo flóculo-nodular do cerebelo.

Lobo anterior do cerebelo e posterior do cerebelo: Controle de


aspectos subconscientes dos movimentos dos músculos
esqueléticos. Lobo flóculo-nodular do cerebelo contribui para
equilíbrio e estabilização.

SB X SC no Cerebelo: Substância branca (corpo medular do


cerebelo) e substância cinzenta (córtex cerebelar e núcleos
centrais).

Divisão Filogênica do Cerebelo:


Arquicerebelo (lobo floco-nodular): Equilíbrio e
posicionamento em ciclóstomos.
Paleocerebelo (lobo anterior, pirâmide e úvula do lobo
posterior):Proprioceptores, em peixes.
Neocerebelo (restante do lobo posterior): movimentos
complexos em mamíferos.

Aspectos Clínicos: Síndromes do arquicerebelo (perda de


equilíbrio sem comprometimento do tônus muscular),
síndromes do paleocerebelo (perda de equilíbrio, com
aparecimento de marcha atáxica, aumento da base de
sustentação) e síndromes do neocerebelo (incoordenação
motora - dismetria, decomposição, disdiadococinesia, rechaço,
tremor e nistagmo).

3.4.2 Diencefalo

Diencéfalo e a porção ímpar e mediana, estende-se do TE ao


cérebro e circunda o 3°ventrículo. É constituído por várias
estruturas relacionadas ao 3º ventrículo. O 3º ventrículo e a
cavidade mediana do diencéfalo que se comunica com 4º
ventrículo pelo aqueduto do mesencéfalo e com os ventrículos
laterais pelos respectivos forames interventriculares.

Tálamo: O tálamo situa-se profundamente no cérebro, no topo


do TE. Pode ser considerado um portão de acesso ao córtex
cerebral, já que a maioria dos sinais sensoriais passam
através deste antes de chegarem a níveis cerebrais
superiores.
Sensibilidade, motricidade, comportamento emocional,
ativação do córtex, desempenha algum papel no mecanismo
de vigília, ou estado de alerta.

Hipotálamo: Área pequena situada abaixo do tálamo onde são


desempenhadas importantes funções relacionadas ao controle
da atividade visceral e emoções.
Controle do SNA, regulação da temperatura corporal,
regulação do comportamento emocional, regulação do sono e
da vigília, regulação da ingestão de alimentos, de água,
regulação da diurese, regulação do sistema endócrino e
geração e regulação de ritmos circadianos.

Epitálamo: O epitálamo é o teto e o limite posterior do 3º


ventrículo e situa-se na transição com o mesencéfalo.

3.5 Telencéfalo

3.5.1 Funções e Partes

O telencéfalo compreende os dois hemisférios cerebrais e


uma pequena parte mediana, situada na porção anterior do 3º
ventrículo e constituída pela lâmina terminal e comissura
anterior.

Hemisférios: Os hemisférios cerebrais são separados pela


foice do cérebro, prolongamento mediano da duramáter, e sua
base posterior prolonga-se para formar a tenda do cerebelo.

Aspectos clínicos: Lesões cerebrais, concussão e contusão


cerebral, perda da consciência, edema hemorragia
secundária, lesão axonal difusa, aumento pressão
intracraniana por compressão.

Lobos: O córtex cerebral dobra-se em giros ou circunvoluções,


separados uns dos outros por sulcos. O cérebro é dividido em
lobos (frontal, parietal, occipital, temporal, insular (oculto) e
límbico).

Ventrículos Laterais: Os ventrículos laterais correspondem à


luz do telencéfalo e comunicam-se com o 3º ventrículo através
de forames interventriculares. Sua parede é revestida de
epêndima e contém líquor.

Núcleos da Base: São acúmulos de neurônios subcorticais


com a mesma estrutura e função no SN.

Aspectos clínicos: Lesões Núcleos da Base (NB). Em geral,


disfunção cerebelar possui inaptidão de movimentos
intencionais. Transtornos nos NB caracterizam-se mais por
movimentos não intencionais, inesperados. Atetose, coreia,
“parkinsonismo”, hemibalismo.

Substância Branca dos Hemisférios: Entre o córtex cerebral e


os núcleos da base e do tálamo, situa-se a substância branca
dos hemisférios cerebrais: Contendo fibras de associação une
áreas corticais situadas e pontos diferentes do cérebro. Além
de fibras de projeção que estabelecem conexões ascendentes
ou descendentes entre o córtex e estruturas subcorticais
(fórnice e cápsula interna).

Córtex: Camada de substância cinzenta que cobre os


hemisférios cerebrais e corresponde ~40% do peso do
encéfalo. Maior parte do córtex encontra-se oculta na
profundidade dos sulcos. Células dispostas em 6 camadas
(fibras aferentes/ eferentes/ intercorticais).

Sistema Límbico: Área do cérebro que regula emoção e


memória. Está conectado diretamente funções cerebrais
inferiores e superiores. Instituição de estados emocionais e
impulsos comportamentais a ele relacionados. Ligação das
funções intelectuais conscientes do córtex com funções
inconscientes e autônomas de outras partes. Facilitação de
armazenamento e recuperação da memória.

3.6 Meninges e Liquor

3.6.1 Meninges

Protegem o encéfalo e medula espinal. Formam a estrutura de


sustentação para artérias, vasos e seios venosos. Encerram o
espaço subaracnóide, fundamental para a função correta do
encéfalo.

As meninges sao:
Dura-máter: mais externa, espessa e resistente,
envolvendo a medula como se fosse uma luva. As
pregas da dura-máter formam-se a partir do folheto
interno da dura-máter para dividir a cavidade craniana
em compartimentos intercomunicantes (foice do
cérebro, tenda do cerebelo, foice do cerebelo).
Aracnóide-máter: situada entre a dura-máter e a
pia-máter, possui trabéculas e está justaposta à
dura-máter.
Pia-máter: membrana delicada mais interna que
adere-se ao tecido nervoso da medula.

Espaços entre meninges:


Espaço epidural (extradural): Fica entre a dura-máter e
o periósteo do canal vertebral.
Espaço subdural: Espaço virtual entre dura-máter e
aracnóide-máter, contém pequena quantidade de
líquido (geralmente é criado em condições
patológicas).
Espaço sub-aracnóide: Situa-se entre aracnóide e
pia-máter, contém o líquor ou líquido cérebroespinal.

Aspectos Clínicos: Traumatismo craniano ocorre após um


trauma forte na cabeça, causando hemorragia epidural que
leva à formação de um hematoma nessa região e,
possivelmente, à perda de consciência. Também pode ocorrer
um hematoma subdural.

3.6.2 Liquor

Fluido aquoso, claro e incolor, semelhante ao sangue, que


ocupa espaço sub-aracnóide e cavidades ventriculares cuja
função é a proteção mecânica do SNC. É produzido pelos
plexos corióides dos ventrículos e, pequena porção, pelo
epêndima das paredes ventriculares. (Ventrículos laterais -> 3º
ventrículo -> 4º ventrículo). O espaço subaracnóideo
comunica-se com os ventrículos através da abertura mediana
e duas aberturas laterais.

Aspectos clínicos: A hidrocefalia e a obstrução do fluxo ou


produção excessiva de líquor que resulta em excesso de seu
conteúdo nos ventrículos, aumentando o volume da cabeça.
Geralmente, a obstrução ocorre no aqueduto do mesencéfalo
ou num forame interventricular.

3.7 Anatomia do Sistema Nervoso Autônomo

3.7.1 Função

O sistema nervoso autônomo se encontra apenas no SN


visceral, ou seja, nas vísceras. Tanto sua divisão simpática
quanto a parassimpática.

As fibras viscerais aferentes conduzem sinais de


visceroceptores, que na maioria das vezes sao impulsos
inconscientes. Antes de penetrarem no SNC esses impulsos
passam por gânglios sensitivos.

Obs: Sinais como fome, sede e dor se tornam conscientes


sim.

3.7.2 Sensibilidade Visceral e Somática

A sensibilidade somática e mais exata, pode-se saber de onde


vem a sensação. Já a visceral e bastante desencontrada,
como dores difusas mal localizadas, dores referidas e dor a
distensão.

3.7.3 SN Somático Eferente e Visceral Eferente (SNA)

O SN somático, que é voluntário, e composto por músculo


estriado esquelético. Tem seu neurônio motor somático
(localizado no corno anterior da medula).

Já o SNA por ser involuntário e composto por músculo


estriado cardíaco, liso ou glândula. Os neurônios situados no
SNC (medula ou tronco encefálico) sao pré-ganglionares e os
situados no SNP (gânglios) sao pós-ganglionares.
Os corpos dos neurônios pré-ganglionares localizam-se na
medula e TE (SNC).
3.8 Anatomia do Sistema Endócrino

3.8.1 Funções

Sabemos que glândulas endócrinas não tem ductos e


secretam seus produtos direto na corrente sanguínea. O
sistema endócrino e o conjunto de glândulas que secretam
“mensageiros” químicos, os hormônios. Esses hormônios têm
diversas funções que atuam no crescimento, desenvolvimento,
metabolismo, funções teciduais, homeostase, etc. Também
ajudam a enviar informações para outras células de forma
lenta, mas constante, pelos líquidos corporais.

3.8.2 Glândulas do Sistema Endócrino

Glândula Pineal: Fica no encéfalo e produz melatonina, está


relacionada com a regulação do biorritmo e tem ação inibidora
sobre as gônadas (testículos e ovários). Também está
relacionada com a calcificação.

Órgão Subcomissural: Fica no encéfalo e secreta direto no


líquor, interferindo na homeostase hídrica e no equilíbrio
salino-regulador da sede.
Glândula Hipófise Pituitária: Fica no encéfalo e pode ser
subdividida em adenohipofise (produz hormônios tereotroficos
(TSH), gonadotroficos (HCG) - estrogeno e progesterona,
adrenocorticotroficos (ACTH) - cortisol, prolactina (LTH) -
crescimento das glândulas mamarias e leite, somatotroficos
(GH) - crescimento e metabolismo) e neurohipofise (produz
oxitocina - age sobre músculos lisos, interfere na lactação e
causa contração dos músculos uterinos e vasopressina - ADH
que atua sobre túbulos renais e ajuda na reabsorção de água).
Obs: O hipotálamo controla a hipófise pelas conexões neurais
e desencadeadores, ou seja, o SN controla o comportamento
sexual pelo sistema endócrino.

Glândula Tireóide: Fica no pescoço e produz o TSH hipofisário


que influencia na ligação de iodo. Regula o metabolismo basal
e está associado aos fenômenos de crescimento. Secreta
triiodotironina, tiroxina e calcitonina.
Obs: O cretinismo é uma deficiência mental causada pelo
hipotireoidismo congênito, durante o desenvolvimento do
recém-nascido. Nesse período, a ausência do hormônio
tiroxina atrapalha o amadurecimento cerebral. A mixedemia é
causado por um hipotireoidismo prolongado, o mixedema é
um edema duro e com aspecto de pele opaca. Indivíduos com
mixedema apresentam edemas na face e nas pálpebras
formando "bolsas" sob os olhos. Também ocorre o acúmulo de
proteínas produzidas no hipotireoidismo.

Glândulas Paratireoides: Ficam perto da tireoide e regulam o


metabolismo de cálcio com calcitonina e paratormônios.

Timo: Responsável pela diferenciação de linfócitos T, além de


produzir timosina e timina. É um órgão linfóide.

Glândulas Suprarrenais: Secretam cortisol, corticoesteroides e


aldosterona que sao hormônios esteroides. Além de
hormônios androgenos como testosterona.

Ilhotas Pancreáticas: Liberam glucagon (aumenta a glicemia


sanguínea) e insulina.

Ovários: A partir da puberdade, hormônios gonadotróficos


(HCG) da hipófise (estrogênio e progesterona) estimulam o
ovário e endométrio uterino, além de caracteres sexuais
secundários.
Testículos: Produzem espermatozóides e testosterona.
Mantém órgãos genitais acessórios e possui efeito sobre
caracteres sexuais secundários.

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