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A LAVOURA

A graça de ter o sustento diário, sempre, todos os dias do ano, para a família numerosa,
com pouca terra e poucos recursos, não pode ser vista apenas como um presente que desce
milagrosamente do céu. Por certo, tinha muito a ver com a fé prática de nossos pais.
Nossos antepassados já possuíam a experiência do empenho constante pela manutenção
já em seu país de origem, ao longo dos séculos e por muitas gerações.

“Diariamente, levantava de madrugada e ao despertar da aurora iniciava a


labuta diária na lavoura. Tomava café na própria roça, muitas vezes, por
ele mesmo preparado, ou levado por nós, quando íamos trabalhar no
mesmo local. Com raras exceções, o desjejum constituía-se de polenta
brostolada, fritada de ovos com salame (fortaglia) e uma garrafa de café
preto. Quando a lavoura situava-se perto, almoçava em casa, do contrário,
só regressava noite a dentro. Se o almoço acontecia na lavoura, um de nós
o levava. Dificilmente era farto, mas nunca faltava o arroz, feijão e radicci.
Ali trabalhávamos, sofríamos continuamente, mas em troca, a terra nos
devolvia alegres recompensas. Para cada estação do ano havia uma escala
de prioridades, onde se plantava as culturas de acordo a época.”

Durante todo o ano plantava-se algo, em sistema de rodízio de terra e sem nenhum adubo
adicional que não o da própria terra e sem nenhum tipo de irrigação para complementar
o da chuva. Dentre os produtos plantados, estavam o trigo, milho, feijão, arroz, mandioca,
entre outros.
O Arroz
A terra considerada apropriada para o cultivo de arroz era a de várzea. O uso da terra era
feito em partes, onde em uma se plantava e a outra parte “descansava” para o próximo
plantio, fazendo assim um revezamento para melhor aproveitamento da mesma. Enquanto
parte da terra não era usada, era utilizada para o pasto do gado.

“O preparo da terra realizava-se, primeiramente, através do arado, e


posteriormente, pelo disco. Toda a lavoura era tombada com arado de bois. Dia
após dia, seguindo o ziguezague das taipas, o serviço avançava. A tarefa de fazer
a taipa era executado de maneira braçal e com pá de corte. (...) Esta atividade
demorava meses para ser realizada. Seguia-se a discagem da terra. Duas ou mais
juntas de boi puxavam o disco para esmiuçar os torrões de terra. A semeadura era
feita com a mão e passada a grapa para soterrá-la.

A colheita era realizada de forma braçal. A ceifa prolongava-se de vinte a


trinta dias, conforme o tamanho da lavoura. O feixes eram expostos ao sol para
secar. O arroz era empilhado em lugares onde a água não pudesse chegar e, mesmo
exposto a intempéries, não estragava. É que o colono guardava com sabedoria e,
por mais que chovesse, a umidade não contaminava as espigas protegidas com a
própria palha. Uma trilhadeira era contratada, o arroz era debulhado e recolhido
ao galpão para secar.”

A comercialização era mais fácil que a dos demais produtos. Geralmente esperavam o
melhor preço para vender e, uma quantidade era reservada para o consumo da família e
para sementes da próxima safra.

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