Sei sulla pagina 1di 20

Patologia - 2º ano/1º semestre

ORGÃOS DOS SENTIDOS

Docente: António Batista


Discentes: Ana Carolina Silva, nº1011612
Ana Rita Aguiar, nº1700257
Cristiana Lourenço, nº
David Miguel Morais, nº 1700316
Inês Ramos, nº1700966
Índice

Introdução ..................................................................................................................................... 2
1. Visão ...................................................................................................................................... 3
1.1. Síntese anátomo-fisiológica do olho ............................................................................. 3
1.2. Patologias mais frequentes ........................................................................................... 4
1.3. Daltonismo .................................................................................................................... 4
2. Audição.................................................................................................................................. 6
2.1. Síntese anátomo-fisiológica do ouvido: ........................................................................ 6
2.2. Patologias mais frequentes ........................................................................................... 7
2.3. Síndrome vertiginoso .................................................................................................... 8
3. Olfato..................................................................................................................................... 9
3.1. Síntese anátomo-fisiológica do olfato........................................................................... 9
3.2. Patologias mais frequentes ......................................................................................... 10
3.3. Rinite alérgica .............................................................................................................. 10
4. Tato ..................................................................................................................................... 12
4.1. Síntese anátomo-fisiológica do tato ........................................................................... 12
4.2. Patologias mais frequentes ......................................................................................... 13
4.3. Hanseníase .................................................................................................................. 13
5. Paladar................................................................................................................................. 14
5.1. Síntese anátomo-fisiológica do paladar ...................................................................... 14
5.2. Patologias mais frequentes ......................................................................................... 15
5.3. Ageusia ........................................................................................................................ 16
Conclusão .................................................................................................................................... 17
Bibliografia/Webgrafia ................................................................................................................ 18

1
Introdução

Neste trabalho realizado no âmbito da unidade curricular de Patologia, vamos


abordar e desenvolver os vários órgãos dos sentidos, sendo eles a Visão, a Audição, o
Olfato, o Tato e o Paladar.
Iremos começar por sintetizar a estrutura anátomo-fisiológica, descrever algumas
das patologias associadas a cada órgão e especificar uma destas e caracterizá-la.
Ao recebermos informação externa, esta é processada no cérebro que interpreta e
transforma os estímulos em impulsos nervosos e posteriormente nas sensações que
recebemos dos sentidos (cheiros, sons, distinção de cores, sensações de quente ou frio e
sabores). Quando existe a ausência de um dos sentidos, por norma os restantes ficam mais
apurados, assim conseguimos perceber que os sentidos estão interligados uns com os
outros.

2
1. Visão

1.1. Síntese anátomo-fisiológica do olho

Figura 1.Estrutura do olho

Corpo ciliar: O corpo ciliar pertence a um subconjunto de órgãos no globo ocular.


Localizado entre a íris e a coroide, o corpo ciliar garante que o olho recebe quantidades
adequadas de líquido humor aquoso, o qual fornece nutrição para os tecidos e ajuda a
manter a quantidade certa de pressão dentro do globo ocular.
Córnea: É a parte anterior transparente e protetora do olho.
Cristalino: Funciona como uma lente, participando nos meios refrativos do olho, sendo
capaz de aumentar o grau para focalização das imagens de perto.
Pupila: É responsável pela passagem da luz do meio exterior até aos órgãos sensoriais
da retina.
Íris: Parte mais visível (e colorida) do olho e a sua função é controlar os níveis de luz, tal
como faz um diafragma de uma câmara fotográfica.
Esclerótica: É a parte exterior branca do olho, que passa em frente da córnea.
A esclerótica protege o interior do olho e é fixada com os músculos extraoculares.
Coroide: Constitui um dos elementos essenciais da úvea posterior. É uma membrana fina
e com muitos vasos sanguíneos que abastecem a retina com nutrientes e oxigénio.
Também desempenha função imunitária, regulação térmica, trocas líquidas e metabólicas
e manutenção da aderência retiniana.
Retina: É responsável pela formação de imagens. É como uma tela onde se projetam as
imagens; retém as imagens e traduz as mesmas para o cérebro através de impulsos
elétricos enviados pelo nervo ótico.

3
Mácula Lútea: Ponto ovalado de cor amarela junto ao centro da retina do olho humano.
É na mácula que se encontra a maior densidade de células cone do olho, responsáveis pela
visão de cores.
Fóvea: Região central da retina onde se concentram os cones e onde se forma
a imagem que será transmitida ao cérebro. A fóvea está no eixo ótico do olho, em que se
projeta a imagem do objeto focalizado, e a imagem que nela se forma tem grande nitidez.
É a região da retina mais altamente especializada para a visão de alta resolução.
Nervo ótico: É o segundo dos doze pares cranianos presentes no cérebro humano. este
nervo capta as informações através dos cones e bastonetes presentes na retina que são
estimulados pela luz projetada em objetos. As informações visuais são captadas e
enviadas ao lóbulo occipital do cérebro para as áreas 17, 18 e 19 que são responsáveis por
processar esta informação, gerando resultados de cor, forma, tamanho, distância e noções
de espaço.
Ponto cego: Pequena área da retina que não contém recetores de luz. Corresponde à
porção da retina onde se insere o nervo ótico, que transmite os estímulos nervosos da
camada plexiforme interna ao córtex cerebral.
Humor vítreo: Substância gelatinosa e viscosa, formada por uma substância
amorfa semilíquida, fibras e células, que se encontra no segmento posterior, entre
o cristalino e a retina, sob pressão, de modo a manter a forma esférica do olho.

1.2. Patologias mais frequentes

As patologias mais frequentes são:


✓ Cataratas;
✓ Conjuntivite;
✓ Glaucoma;
✓ Miopia;
✓ Hipermetropia;
✓ Daltonismo;
✓ Astigmatismo;
✓ DMRI (doença macular relacionada à idade)

1.3. Daltonismo
O daltonismo (ou discromatopsia) é a dificuldade de distinguir as cores. A
capacidade da retina de codificar a cor dos objetos deve-se à presença de células nervosas
muito especializadas, capazes de captar a luz nos mais variados comprimentos de onda.
Estas células, chamadas cones, têm pigmentos que são impressionados pela luz e desta
forma reconhecem e transmitem ao cérebro a cor dos objetos visualizados.

4
Quais são as causas?
Os defeitos de visão cromática (relativos às cores) podem ser hereditários ou
adquiridos. As causas hereditárias são muito mais frequentes e afetam principalmente a
distinção das cores do espetro vermelho-verde. Já os problemas adquiridos, mais raros,
refletem-se predominantemente no espetro azul-amarelo.

Tipos de daltonismo
Protanopia: Caracteriza-se pela ausência ou pela diminuição do pigmento vermelho,
responsável por emitir ondas de comprimento longo. Com isso, a visão é composta por
tons de bege, castanho, verde e cinza, sendo que o verde se torna semelhante ao vermelho.
Deuteranopia: Devido à ausência dos cones sensíveis às ondas de comprimento médio,
todos os tons vistos são variações do castanho, sendo que as cores verde e vermelho são
as mais prejudicadas.
Trinatopia: Esta é a condição mais rara de daltonismo, que prejudica a visão das cores
azul e amarelo. As tonalidades de azul se veem são diferentes e o amarelo é percebido
como um rosa claro.

Como pode ser detetado?


O teste mais usado é o de Ishihara que consiste numa série de cartões com
múltiplas tonalidades cromáticas, nas quais estão números que os daltónicos têm
dificuldade de distinguir.

Figura 2. Teste de Ishihara

Tratamento
O daltonismo é uma condição que não oferece nenhum tipo de tratamento ou cura,
mas existem lentes de óculos com filtros de cor que podem auxiliar no contraste e
influenciar positivamente a visão.

5
2. Audição

2.1. Síntese anátomo-fisiológica do ouvido:


O ouvido humano é constituído por três partes:
• Ouvido externo
• Ouvido médio
• Ouvido interno

Ouvido Externo
O ouvido externo é composto por:
✓ Pavilhão auricular (Orelha):
O pavilhão auricular coleta e encaminha o som para dentro
do canal auditivo.
✓ Canal auditivo (Canal auditivo externo):
O canal auditivo é o que direciona o som para o ouvido.

Figura 3.Estrutura do ouvido externo

Ouvido Médio
O ouvido médio é constituído por:
✓ Tímpano (membrana timpânica):
Transforma os sons em vibrações.
✓ Martelo, Bigorna e Estribo:
Estes três pequenos ossos (ossículos) transferem as
vibrações para o ouvido interno.

Figura 4.Estrutura do ouvido médio

6
Ouvido Interno
O ouvido interno é composto por:
✓ Ouvido interno (Cóclea):
Contém líquido e “células ciliadas” extremamente sensíveis. Esses
cílios das células são semelhantes a pelos e movem-se quando são
estimulados por vibrações sonoras.
✓ Sistema ou aparelho vestibular:
É o que contém as células que controlam o equilíbrio.
✓ Nervo auditivo:
Figura 5.Estrutura do ouvido interno
É o que envia os sinais da cóclea ao cérebro.

2.2. Patologias mais frequentes

Tipos de Perda Auditiva:


✓ Perda Auditiva Condutiva
✓ Perda Auditiva Sensorioneural
✓ Perda Auditiva Mista
✓ Perda Auditiva Neural
✓ Síndrome vertiginoso

Perda Auditiva Condutiva


✓ É qualquer problema no ouvido externo ou médio que impeça que o som seja
conduzido de forma adequada. São geralmente de grau leve ou moderado,
variando de 25 a 65 decibel.

Perda Auditiva Sensorioneural


✓ É a falta ou dano de células sensoriais (células ciliadas) na cóclea e geralmente é
permanente.
✓ Pode ser de grau leve, moderada, severa ou profunda.

Perda Auditiva Mista


✓ A perda auditiva mista é uma combinação de uma perda auditiva sensorioneural
e condutiva. É o resultado de problemas em ambos os ouvidos: interno e externo
ou médio.

7
Perda Auditiva Neural
✓ É um problema que resulta da ausência ou dano ao nervo auditivo pode causar
uma perda auditiva neural. A perda auditiva neural é geralmente profunda e
permanente.

2.3. Síndrome vertiginoso

É uma doença cronica, que não tem cura. Pode surgir em qualquer idade, mas é
mais frequente em pessoas entres os 40 e os 60 anos.
Consiste numa sensação de vertigem prolongada que faz perder o equilíbrio e que
pode causar até insegurança e pânico pela incapacidade de controlar o que se está a passar.

Causas e fatores de risco


Os motivos pelo qual o síndrome vertiginoso se desenvolve podem ser divididos
em: centrais ou periféricos.
As centrais relacionam-se com o cérebro e com a medula espinhal e as periféricas
resulta de um problema no ouvido interno.

Sintomas
Os sintomas do síndrome vertiginoso podem provocar várias sensações
desconfortáveis e desagradáveis, tais como:
✓ Tonturas ou sensação de estar em movimento mesmo quando se está
parado;
✓ Sensação de incapacidade e insegurança;
✓ Enxaqueca;
✓ Cansaço;
✓ Náuseas;
✓ Zumbido nos ouvidos;
✓ Desequilíbrio;
✓ Falta de coordenação do corpo;
✓ Nistagmo (movimentos anormais dos olhos).

8
3. Olfato

3.1. Síntese anátomo-fisiológica do olfato

Figura 6. Estrutura do ouvido

Bulbo Olfatório: Capta um cheiro, em que as células recetoras enviam sinais elétricos
para os glomérulos, localizados no bulbo olfatório.
Nervo olfativo: É um nervo exclusivamente sensitivo que conduz impulsos olfatórios,
classificado como fibras aferentes viscerais especiais, ou seja, levam o estímulo do nariz
para o SNC (sistema nervoso central). Esse estímulo entra pela narina, nas terminações
nervosas existentes, ativa o bulbo olfatório e dele segue para o sistema olfatório via trato
olfatório.
Vestíbulo nasal: No vestíbulo nasal, há uma série de pelos, chamados de vibrissas, que
possuem uma função de proteger a cavidade nasal contra corpos estranhos.
Seio esfenoidal: O seio esfenoidal pertence aos seios paranasais. Este abre para a
passagem nasal superior e existe ainda uma conexão com as órbitas oculares e o nervo
ótico. O seio esfenoidal é como a mucosa nasal, é revestido por um epitélio ciliado.
Corneto superior e inferior – são responsáveis por humidificar e aquecer o ar inspirado
pelas narinas para que chegue quente e húmido aos pulmões.

9
3.2. Patologias mais frequentes

Anosmia: Perda do olfato. Pode ser um problema por si só ou um sintoma de outra


complicação na saúde. Pode durar pouco tempo, quando a pessoa tem o nariz entupido
ou podendo ser permanente.
Pólipos nasais: São formações carnosas da membrana mucosa nasal que se formam ao
redor das entradas das cavidades dos seios paranasais. Podem-se desenvolver durante
infeções nasais e dos seios paranasais e desaparecer depois da infeção ser combatida, ou
podem começar lentamente e a persistir.
Hipertrofia de cornetos: Quando apresentam um maior tamanho, que se torna quase
impossível de haver um bom funcionamento nasal. Nestes casos, o tamanho do corneto
inferior é o que mais afeta a respiração do paciente, podendo sentir a sua função
respiratória obstruída.

Desvio de septo: É uma "parede" que separa as duas fossas nasais. Com isso, pode levar
à obstrução nasal (nariz entupido) e pode ter causas genéticas ou traumáticas.
Curiosidade: cerca de 85% das pessoas possuem algum grau de desvio do septo nasal.

Rinofima: É uma doença que é caracterizada pela presença de massas ou caroços no


nariz, que crescem lentamente, mas que quando em grande quantidade, podem causar
obstrução nasal. Esta é mais frequente em homens acima dos 40 anos de idade e
normalmente é uma consequência da hiperplasia das glândulas sebáceas.

Sinusite: É uma inflamação dos seios nasais que tem como sintomas: dor de cabeça,
corrimento nasal e uma sensação de peso no rosto e é nestes locais onde se localizam os
seios nasais. Esta é provocada pelo vírus influenza, sendo por isso, muito comum durante
crises de gripe, mas também quando surge um desenvolvimento de bactérias nas
secreções nasais.

Tipos de sinusite
✓ Sinusite unilateral: quando afeta apenas um dos lados dos seios perinasais.
✓ Sinusite bilateral: quando afeta ambos os lados dos seios perinasais.
✓ Sinusite aguda: quando os sintomas duram muito tempo (menos de quatro
semanas) e quando é provocada por vírus.
✓ Sinusite crónica: quando dura mais de quatro semanas e é produzida por bactérias

3.3. Rinite alérgica

É uma reação imunológica do corpo a partículas inaladas que são


consideradas estranhas. Essas substâncias são chamadas de alérgenos.
O nariz é o local de entrada para o ar e as substâncias nele transportadas, tem
a função de filtrar as impurezas bem como humidificar e aquecer o ar que chega aos
pulmões.

10
Causas da rinite alérgica
São várias as substâncias presentes no meio ambiente que são consideradas
alergénicas, mais frequentemente a poeira, o pólen e alguns alimentos.
Os ácaros são microrganismos que se adaptam facilmente ao ambiente
domiciliar e penetram com enorme facilidade em temperatura ambiente e em locais
húmidos. O ácaro que tem mais incidência na rinite alérgica é o Dermatophagoides spp.
O nome deriva do fato de se alimentar de material orgânico da pele do homem, de animais
e fungos. Por esta razão, os ácaros acumulam-se em colchões.
O contato com o pólen é outra causa de rinite, que ocorre geralmente na
primavera e no início do outono, quando o pólen transportado pelo ar se encontra em
níveis com maior intensidade.
Relativamente à alergia alimentar, é menos frequente e geralmente, dá outros
sintomas além da rinite, como na pele e no sistema gastrointestinal. Embora qualquer
alimento possa causar uma reação alérgica, como por exemplo, leite de vaca, ovo, soja,
trigo, peixe e crustáceos, são considerados alimentos com maior inclinação para ter
qualquer reação alérgica.

Podemos classificar a rinite alérgica em quatro partes distintas:


✓ Rinite Intermitente Ligeira: Dura menos de quatro semanas. Não interfere nas
atividades diárias nem no desempenho profissional. Os seus sintomas são
toleráveis.
✓ Rinite Intermitente Moderada/Grave: Dura menos de quatro semanas. Pode
causar distúrbios do sono e interfere nas atividades diárias e no desempeno
profissional. Os sintomas deixam de ser toleráveis.
✓ Rinite Persistente Ligeira: Dura mais de quatro semanas. Não interfere no dia-
a-dia de cada pessoa e os seus sintomas são toleráveis.
✓ Rinite Persistente Moderada/Grave: Dura mais de quatro semanas. Causa
distúrbios do sono e interfere nas atividades diárias, tendo sintomas intoleráveis.

Sintomas da rinite alérgica


✓ Irritação no nariz, na boca, nos olhos, na garganta, na pele ou em qualquer
outra região;
✓ Problemas com odores;
✓ Espirros;
✓ Lacrimejar dos olhos;
✓ Congestão nasal;
✓ Tosse;
✓ Diminuição da audição e diminuição do olfato;
✓ Dor de garganta;
✓ Olheiras;
✓ Olhos inchados;
✓ Fadiga e irritabilidade;
✓ Cefaleia.

11
4. Tato

4.1. Síntese anátomo-fisiológica do tato

Figura 7.Estrutura da pele

O órgão responsável pelo sentido do tato é a pele, sendo este o maior do corpo
humano. Esta subdivide-se em Hipoderme, Derme e Epiderme.

Derme: É a camada localizada entre a Epiderme e a Hipoderme, é responsável pela


resistência e elasticidade da pele. É constituída pelo tecido conjuntivo, vasos sanguíneos
e linfáticos, nervos e terminações nervosas.
Epiderme: Aumenta a superfície de contacto entre as duas camadas (Derme e
Hipoderme), facilitando a nutrição das células epidérmicas pelos vasos sanguíneos da
Derme.
Hipoderme: É também chamada por tecido celular subcutâneo e é a porção mais
profunda da pele. É composta por feixes do tecido conjuntivo que envolvem células
gordurosas (adipócitos) e formam lobos de gordura. Tem como função a proteção contra
traumas físicos e funciona como depósito de calorias.
Corpúsculo de Ruffini: Também chamado de recetor de Ruffini, é estimulado quando a
pele é distendida.
Corpúsculo de Pacini ou Vater-Pacini: Recetor especializado em captar estímulos
vibráteis e táteis.
Corpúsculo de Meissner: Recetor localizado nas zonas da pele que não têm pelo e têm
função de captar estímulos táteis.

12
Discos de Merkel: São especializados na captação de estímulos táteis e também de
pressão.
Bulbos terminais de Krause: Encontram-se em zonas desprovidas de pelos e são
recetores térmicos de frio. Podem ser encontrados nas partes limítrofes da pele, como nas
zonas genitais e lábios.
Terminações nervosas livres: Funcionam como recetores de Dor bem como de
estímulos mecânicos, térmicos e químicos.

4.2. Patologias mais frequentes

✓ Micose: Infeção causada por fungos;


✓ Frieira: Infeção provocada por fungos que pode espalhar-se pelo corpo por
contacto direto;
✓ Acne: Provocada por alterações hormonais e pelo aumento da secreção produzida
pelas glândulas sebáceas;
✓ Verrugas: Tumor benigno causado por infeções;
✓ Cancro: Causado por mutações das células;
✓ Hanseníase: Doença que provoca uma diminuição da sensibilidade de pele ao
calor, à dor e ao tato. A Hanseníase é transmitida por meio do bacilo de Hansen,
por vias respiratórias.

4.3. Hanseníase

A Hanseníase é uma doença crónica e infectocontagiosa, sendo o principal agente


causador desta patologia o Mycobacterium leprae (M. Leprae).

Principais sintomas
✓ Aparecimento de manchas esbranquiçadas e/ou avermelhadas, com perda ou
alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que
podem estar principalmente nas extremidades das mãos, mas também dos pés, na
face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas;
✓ Secura da pele, ausência de suor, queda de pelos e sensação de formigueiro;
✓ Sensação de choque e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas,
inchaço das mãos e perda da força dos músculos das mãos devido à inflamação
de nervos.

Diagnóstico: É um diagnóstico epidemiológico e clínico realizado através de exames


gerais e exames dermatológicos.
Transmissão: A hanseníase é transmitida principalmente pelas vias aéreas
superiores, por meio de contacto próximo e prolongado de pessoa suscetível com
uma pessoa doente sem tratamento. A hanseníase demora de 2 a 7 anos a manifestar-
se desde o princípio da causa até manifestação dos seus efeitos.

13
Tratamento: O tratamento desta patologia é disponibilizado pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) através de Antibióticos e deve ser logo iniciado quando
surgem os primeiros sintomas, porque é um tratamento prolongado feito nos
Hospitais/Centros de Saúde, 1x/mês, durante um ano.

5. Paladar

5.1. Síntese anátomo-fisiológica do paladar

Figura 8. Estrutura da língua

Papilas Gustativas: Pequenas elevações existentes na superfície dorsal da língua. Estas


podem ser classificadas em quatro tipos que se diferenciam pela forma e função. (Papilas
Gustativas, s.d.)
Papilas Filiformes: Estas papilas estão na forma de filamentos. Têm a função de auxiliar
a língua para que esta capture e conduza a ingestão até ao interior da cavidade oral. Esse
processo e possível pela posição destas papilas, sendo que todas elas apontam para a
faringe. (Papilas Gustativas, s.d.)

Papilas Fungiformes: Estas papilas tem uma forma semelhante a um cogumelo com uma
base estreita. Estas papilas estão distribuídas aleatoriamente entre as papilas filiformes.
(Papilas Gustativas, s.d.)

Papilas Foliadas: Estas papilas também podem ser conhecidas como Papilas Folhadas.
Estas são as papilas menos desenvolvidas pelos humanos. Elas representam apenas duas
ou mais rugas situadas paralelamente e divididas pelos sucos na língua na região
dorsalatera. (Papilas Gustativas, s.d.)

14
Papilas Circunvaladas: Estas papilas são estruturas circuladas de grandes dimensões e
achatadas. Elas estendem-se sobre as restantes papilas gustativas. Elas estão situadas na
parte posterior da língua na zona do V da língua. Existem diversas glândulas serosas a
rodear este tipo de papila. As partículas de alimentos extraídos pelas papilas e graças ao
fluido as glândulas. (Papilas Gustativas, s.d.)

Nervo Facial (VII): Nervo que transposta a sensação dos dois terços anteriores da língua,
exceto das papilas circunvaladas, para a corda do tímpano. Depois dirigido até ao tálamo.
(Seeley, Stephens, & Tate, 2003)

Nervo Glossofaríngeo (IX): Nervo que transporta a sensação do terço posterior da


língua, papilas circunvaladas e faringe superior, até ao tálamo. (Seeley, Stephens, & Tate,
2003)

Nervo Vago (X): Transporta algumas fibras da sensação de gosto do epiglote até ao
tálamo. (Seeley, Stephens, & Tate, 2003)

Tálamo: Os nervos do tálamo levam a informação dos nervos para a área do paladar do
córtex. (Seeley, Stephens, & Tate, 2003)

5.2. Patologias mais frequentes

Há várias doenças que afetam o paladar de um indivíduo, visto estas terem origem
devido a problemas com o olfato, podem ter causas externas ou genéticas, estas são:
✓ A afta;
✓ O cancro da boca; (Miranda, s.d.)
✓ A hipogeusia;
✓ A ageusia;
✓ A disgeusia;
✓ A anosmia;
✓ A paralisia de Bell. (MeiaLua, 2011)
Por outro lado, temos as doenças que estão relacionadas com a falta de uma boa
higiene oral, como por exemplo:
✓ A gengivite;
✓ A cárie;
✓ Os tumores. (Miranda, s.d.)

15
5.3. Ageusia
Na ageusia temos uma perda total do paladar,
isto é a perda das funções gustativas da língua. Isto
provoca a incapacidade de sentir o gosto e o sabor dos
alimentos.
Existem várias causas para o surto desta
patologia. Exemplos disso são:
✓ Boca muito seca;
✓ Uso intensivo de tabaco ou de bebidas
alcoólicas;
✓ A radioterapia na zona do crânio ou pescoço
(provoca boca seca);
✓ O uso de drogas, como a ingestão de pericillamine, cisplatina e inibidor de enzima
de conversão da angiotensina;
✓ Falta de vitamina B3 e de zinco;
✓ Transtornos de ansiedade;
✓ Danificação do nervo glossofaríngeo, causado pela esclerose múltipla ou pela
paralisia de Bell. (Ageusia, s.d.)

Tratamento
Existem vários tipos de tratamentos que dependem do que está a provocar a
ageusia. Para isso tem de se recorrer a um médico para este realizar testes de sabor, usando
para este fim um kit. Por outro lado, o médico terá de ver o historial do seu paciente para
averiguar as causas que levaram a esta doença para poder prescrever um tratamento
adequado.
No caso da boca seca, pode-se tratar fazendo uma hidratação com saliva artificial.
(Ageusia, s.d.)
No caso de um fumador ou de um alcoólico, estes terão de evitar ou mesmo parar
de fumar ou de beber, respetivamente. (Ageusia, s.d.)
Se a causa são as drogas, pode demorar semanas ou meses, pois só quando estas
forem descontinuadas é que há retorno do paladar.
No caso desta doença ser provocada por bactérias, esta pode ser tratada com um
antibiótico. Se por outro lado esta foi causada por um fungo podemos atacar com um
antifúngico.
Se o problema for neurológico ou endócrino esta patologia pode ser resolvida com
medicação, dieta, mudanças de rotinas ou mesmo com uma cirurgia.
No caso da ageusia permanente, não existe qualquer tratamento, mas o médico
pode ensinar estratégias para o paciente enfrentar melhor este problema. (Ageusia-
Causas, Sintomas, Tratamento, Diagnóstico, s.d.)

16
Conclusão

Com este trabalho, podemos concluir que os sentidos e os seus órgãos adjacentes
são imprescindíveis para o nosso dia-a-dia. Conseguimos viver sem um dos sentidos, mas
por outro lado limita as atividades do quotidiano, tendo assim que nos adaptar a essas
condições conseguindo o melhor estilo de vida possível.

17
Bibliografia/Webgrafia

Visão:
https://www.alensa.pt/dicionario/corpo-ciliar.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3rnea
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cristalino
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pupila
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dris
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esclera
https://pt.wikipedia.org/wiki/Coroide
https://pt.wikipedia.org/wiki/Retina
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1cula_l%C3%BAtea
https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%B3vea
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nervo_%C3%B3ptico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ponto_cego
https://pt.wikipedia.org/wiki/Humor_v%C3%ADtreo
https://www.ativosaude.com/saude-dos-olhos/doencas-dos-olhos-comuns/
https://rotasaude.lusiadas.pt/doencas-dos-olhos-mais-comuns/
https://rotasaude.lusiadas.pt/daltonismo-precisa-saber/
http://www.fabricadeoculosdocacem.pt/2018/01/04/tipos-de-daltonismo/
Audição:
https://www.vidaativa.pt/a/sindrome-vertiginoso/
https://www.medel.com/br/anatomy-of-the-ear/
Olfato:
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-
garganta/doen%C3%A7as-do-nariz-e-dos-seios-paranasais/p%C3%B3lipos-nasais
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/anosmia
https://www.tuasaude.com/rinofima/
https://www.tuasaude.com/sinusite/
https://medicoresponde.com.br/o-que-e-desvio-do-septo-nasal/

18
Tato:
http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/hanseniase
https://www.tuasaude.com/tratamento-para-lepra/
www.grupoescolar.com
www.isodoraenicole603.blogspot.com/2011/11/doenças-relacionadas-aos-sentidos.html

Paladar:
Ageusia. (s.d.). Obtido de São Francisco Portal:
https://www.portalsaofrancisco.com.br/saude/ageusia
Ageusia. (s.d.). Obtido de The-Health Site.com: https://pt.the-health-site.com/ageusia-2550
Ageusia-Causas, Sintomas, Tratamento, Diagnóstico. (s.d.). Obtido de Leonalegre:
http://leonalegre.site/saude/ageusia-causas-sintomas-tratamento-diagnostico.php
MeiaLua. (2011). 3 Doenças do paladar? Obtido de YAHOO!:
https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20111015134135AAOcMwM
Miranda, J. (s.d.). doeças que afetam o paladar. Obtido de grupoescolar:
https://www.grupoescolar.com/pesquisa/doencas-que-afetam-o-paladar.html
Papilas Gustaivas. (s.d.). Obtido de emforma: https://www.emforma.net/33539-papila-
gustativa
Seeley, R. R., Stephens, T. D., & Tate, P. (2003). Anatomia e Fisiologia. Estúdio Lusociência.

19

Potrebbero piacerti anche