Sei sulla pagina 1di 24

"t(*^

o ¦-#•¦

,1 M-*
s~
v-isiM'
-7 "
¦íw' '¦Oi'1..

S-.i-'/^
ÍXí'
w* kr^"r\cv^rvrYcxv''v/"v'^vjrvy"v
7^ %f TÉ"
¦ Z™^'" " v*- -\_a

7 v,- w *./ v/w w w w v/ vww'w v'C V. ¦. r-w^v^Cr^-ví^i^^ SwsãH!


1 ;i|^
.. .v -rw .. .^.«,»
3#
r 21 "ixi
XSP
Mi3-Vl
Ws .*
>v
I
<;
^^
>X
*y'

ü. *-m REVISTA M E N S A %M *><

/ v
1
X X m
f.'
;X;
fe
1
!>

)/Kl r
'-ii''
i>
,>

m <l
.v- l: \
U: II : ¦a*«...

4)
v II' I"- V y^..

' II i ll)f
JF. :¦ i À,:
II ?
II'
II ^ '"
'f&IPS:
ías&
>

II '•—•' /
'I ./' -A /.. fi.'p.<i v lV-# '

"^f***
••
i ¦
' Kw:
\0) r ;. . a i *¦*';. Wi.

í
,vXSx
w no t

f
I 1«M f
(° ) I f *l I

¦'LJf"
'J

ÍV%W'Â V

SP*
fa' I
m • i(í.-i4'i-Kinp. ir a i'ROyta^ciA«wni -mm
v.y

\''

'-v(:-
•¦¦ '
¦';¦ ¦•*¦ 'V-.

¦v#- **"-• ¦'¦¦ '¦¦•- ¦


A^- i^*'-j- /'
'
'¦¦¦''
>.<-< ¦'¦' . > .
.

£ .. 3#". -.'; ¦ *-^'*i'.'-:- ¦•


II
SI: ©
~~~ I
II " ..¦¦¦"¦
í | €} enelvehcã j I
FABRICA A 7AP0R I
_¦__________________¦______¦_______________. ^

| iiiiieiitdes e t^^^^^B :

RUA DA IMPERAM
_____________________________¦
__________________

^^^^^HI
II ~£à»- Orirott j!
"_________________ I
°^ II .
______

\
,.|e \
^^^^^^^^B
|| l^^m&âómti^^m^mmmmW ______¦ *:
r II
?;,T'—'r'""""""*" *<<* '•»»/'''- ^J^___i~ ,«>-•¦-.'
¦%*>"'

' a._xciò, faaVa,


(!f,;) |..'i.p..(,Rf,(J.j (É®

f ¦ _ ¦'.¦¦...:¦! Q

II G
SI ©
<$$
wwwW^^v^W _>ww*<_^üü
II ^-^v>v_
ANNO 2 ttêõife, Novembro e ADezembvp de ]<)Or> NÚMEROS 13 e 14

-/-!\ -a? ,-aí ' Ah*A-"^


""
H UJl o >2>
\& ,-v-y
Z7

ZEBevista Mensal tf

'C/-. a.
Redactora-(!1[iofií-.4///c//>í r/c Freitas Beviláqua / »\ 'v
Kedactora-seciíktai.ía - Ursula Gareia.
»¦'. . . rj--int- .
Redactoras -bra. Maria Augusta Freire, Edtoiges Sá Pe're/ra.
Luiza Raiiiallio e Adalgisa -Ribeiro.
^:,E atv^

Al) AMIYMÃKIO DIO LYI1I0


ggj
tu concebi vel cousa este cruel martyriò
t De revestir o inverno os tons da" primavera :
cO Temo quebrar num sopro as azas da chimera
E crestar no meu gelo as pafcalas do Lyrio.

Sonhos, sonhos d;amorquede.scen.deis do Empyreo


Afugentae de mim toda a verdade austera
;
Voltae-me ao coração, dizer-lhe que inda 'espera
Os encantos cleoutrora. o pristino delírio...
-JST " ^/-rlwô '¦ íi Mas, não ! Resuscitae, velha coragem leda,
Civismo creador da heroicidade forte,
¦ ^-.i •'• - -; W ifV'-
'
,:A'-¦•-¦__!_
Queme tornaes, librando os elytros de seda!
••"__.¦& & ,'* v; : . ': J*~

¦p.i-)-|í<-.jí:.
c E" a alma da Mulher quem deráfia a Morte
v E, da Vida no mar sem trilho nem vereda,
D. Ctmelia $è jreíttís Bemíaqua I * Qual bússola, segura, aponta a Luz e o Norte!

( Piaiünj) Recife, 28 de Outubro de 1903.

Carlos Porto Carreiro.

•*«•**- W* caJ irá rsj v m ^ps»

intü-me ufana ao fazer venia ao


çj nascente L//;7o. Innocente flor!
AÍ Confiada á débil vigilância da Mu-
lher !
Sinto-me ufana ao ser escolhida para
regar-lhe t-ímbem o seu precioso solo;
saudando-o, deposito-lhe uma gotta de
orvalho.

Theodoka Rodrh-jues.
Correspondente na Gloria do Goytá.
(Ceará)
2 O LYRIO
Mlir.tHI.Ty »«l»*Tt»tl)»f»Y "1'nnr.i,,,
V.U»T4»>T. "4" • »' « « VWWÍSnínrvw
Wy ut ! , ,|(,

O Z/yy/o deve ser principalmente


fe-
licitado pelo dia de hoje, sen
anniver-
sano natalicio, na
pessoa do illustre
br. Cintra Luiz, feu
proprietário e
tundador, esse distincto cavalheiro
nao teve durante e te tempo da que
exis-
tenciado Lyrio mãiia do
que a ephe-
mera ventura de insuflar-lhe
nos pul-
moes a graciosa faculdade
de—viver.
Aaoteve também outra
assim generosos e altruístasfloria. São
os protectores. Dão vida, os pais e
amam, as-
sistem á victoria do filho e não
mais. pedem
Saudemos, pois, a
perseverança e o
sonho que o Sr. Cintra alimenta de
glo-
nficar a terra do seu nascimento com
V. Cíbakyiza Duarte 2\tbciro
aillustração da mulher.
( Pernambuco )

Quizera que, assim como nos reuni-


mos hoje nesta congregação de ami-
SAUDAÇÃO gos, nos reuníssemos sempre.
Desejo que os annos do Lyrio se re-
produzam com a mesma constância do
sol e de todos os astros.

d I ão poderei esquivar-me e nem de- Amélia de Freitas Beviláqua.


c/r sejo mesmo deixar de apparecer á
sessão de hoje. ^s^^^jggga; ^S53S5^S53S^^Sp$
S e r i a com toda a
justiça condemnada pelo código illus-
trado de todas as civilidades. Porém,
francamente falando, é sob a
pressão
de um certo constrangimento
que eu
tomo este logar de honra e falo
peran-
te o numeroso e selecto congresso
de
letras, aqui reunido em ar festivo e
so-
lemne para cumprimentar o Lyrio.
Se o silencio reproduzisse o senti"
mento de gratidão sinceramente real
que eu nutro pelo acolhimento delicado
e gentil com que teem geralmente re-
cebido esta pequena revista, eu dei-
xaria em branco esta pagina
çar melhor o que a minha penna
para real- '^Jx '
mais conseguirá expressar. ja- f >.~-~^?
D. 3;g.ricz Sabino
*
{Bahia)
O LYRIO
» 'I , 9 V, , |t»
rTTTTrTyrrm

CHROMO

NO ÁLBUM DA EXMA. SRA.


URA. D Ma-
ria Augusta Meira pe Vascon-
cellos Freire.

oceano a liquida esmeralda,


Murcha a corolla do luar no espaço
O dia. ainda vácülárite e escasso *
Snipolao
wfer*|ÉÈ\
• liSIb@*f* ^ifá6*r^v*íSefiBa-; ¦ \
A empurpurada chlamydé «lesfralda'

A pouco e pouco, o luminoso traço


r Jjjue
as fugidias nuvens engrinalda.'
U-esceinnunclánclo a. cm-ula respalda
a o mundo abrange num fulgente
abraço

Longe, na fimbria do siclereo disco


T« (p,,; ~ i- o» -> ,>,
i0•
to
Um recortado cumulws descubro
Lembrando a forma de um solar moirisco

( Pernambuco )
E o sol, surgindo, em raclioeas tramas,
Lnche-o de um brilho amarella.lo
uando-llie o aspecto de um casfcello e rubro,
em chammas'

arthur Bahia.
0 LÍBIO PERANTE 1LITTERATUHA NACIONAL

^^^^^¦^S»6^-
^^E^MrM^^*^

o movimento intellectual do Recife,


/Y tem o Lyrio uma significação
e
um valor que o fazem excepcional-
mente sympathico aos
que dedicam
amor á vida litteraria:—constituindo-se
ponto de convergência de esfo.iços
se perdiam na dispersão, que
poz em evi-
dencia a aptidão intellectual de
um ¦ » »*' ~'^^w :'""-
:>'
grupo de senhoras, que por intermédio »T «Já'
'
delle vieram trazer o seu contingente
de luz, de meiguice, de sentimento
á • '
ré» *5*K< -«.«pi a/5r*T3<BSÍ^
crescente expansão da litteratura f ,
bra-
zileira.

Clovis Beviláqua.

^ÉÉ^5"
( Ceai á )

's,-.,
O LYRIO
"Miinumv T^ry^rrryy 'iiinimmimminiinmn»i -wn-yrsrvT-r imt , r^-r^i

MISS
§Éifêír-t«r4'- • ...,^t'*Mo-ro..oi
f-;-v '
«íí*.'í, . ;, TI 7%**ü«rv" í,.-*c./*t?
[tf

A", gra cios a Maria Chance.

r A lvacomo o ideal mais caprichoso .


A\ Que alma ingênua dè moça inventa c cria.
Tam meigo ép riso da gentil Maria
Que a gente ao vel-o se extasia em goso.

A voz, de um timbre doce e melodioso,


Algo tem do favonio que cieia...
— Olhar tam claro como a iuz do dia
!
Cabellos côr do sol vivo e radioso!

Alma de artista pensádora e crente


f- ¦'.'.,''."¦.'•' ¦ Ama o Sonho, ama a Gloria, o Grande, o Bello,
filT^Cj,;
a. i',;- -' - •.. íj E, ufana, adora eexalta a, Grã-Bretanha.

'ÍD. Sa 11 li 11 Ouvindo-a eu posso achar-me de repente


a fBotaci ua-n
d d Num condado da Escócia, num Castello
Que a agüa albente do Clyde espelha e banha.
( Pernambuco )

Edwiges SÁ Pereira,

A FATALIDADE *mtp$^^ m oP
^

A' PRIMINHA ELVIRA M. DlAS. f-^

no livro do céo mareado está


De cada qual a dita, ou desventura,
Se desta, não se foge, e nem se cura...
§e Luctar, luctar, e
que proveito lia? !
'"AA '
Da existência o batei vagando atoa, Vte t
Deixemos; chegará por certo ao
Se fôv p'ra Deus noss'alma justaporto...
e boa,
Teremos noutra, vida almo conforto !

Perseguir-se a esperança fugidia,


Vivermos a, sonhar de noite e dia.
Com o ideal dc unia felicidade...

E ser tudo isto em vão ! Pois se o destino


Propicio não nos for,
que vai o tino,
Se cumprimos a, lei : Fatalidade ?

Santiná Potyguaré.

(Correspondente em Caruaru). D. ei'raiici^ca eí-iòot a-

-•¦»-
( Pernambuco)
O LYRIO
nim T T,p
o
1 » » » T T T T T T T » » T T TT^

*",fÍ*'"''
^^E^"¦^tóíSièí
A*)L
ÊWrWÊí fe>!
«* -.

cc

VISTASUJO MECIFM
•< <$g

IMPP.ESSÃO â B©iia
Para o álbum do Dr. Cintra Luiz
com palavras tão frescas e
graciosas, mais perfumadas do que
S..L<y/v.o Vintre os simples verdores da, oampina
i um laranjal em flor, e como o sol TC Esta innocente e carinhosa flor
que dardeja seus raios circundando os G \ Desabròchá feliz e peregrina
13o ceo risonho ao mágico esplendor.
campos, o mar e as cidades, vai dar-
dejando os raios luminosos de seusbel- Não possue de uma rosa
los escriptos e dando a suas leitoras purpurina
1 orte gentil nem caprichosa cor..
maior gosto e incentivo Mas, sempre bella, a cândida boninã
tudo. para o es- Da madrugada ao deslumbrante albôr !
Quanto me sinto orgulhosa
ver que ein nosso Paiz, já temos por
Doce filha do prado ! A camponeza
es- Quando accaso te colhe na devesa
criptoras exímias, como as dignas re- E sorrindo á çabana te conduz,
dactoras do Lyrio a quem
•balirem pela civilisacão da peço que tra- Alli mesmo, singela e perf umosa,
mulher, que Iildà vaes enfeitar, ó flôrditosa.
leguem digno berço á geração
que vem.
A leitura do Lyrio me veio dar
Um dolorido quadro de Jesus !...
maior
seiva, mais vida e animo para o estu- Elisa dis Almeida (Junilv.
do, pois a pujança de seus artigos e
suas bellas composições são como hym- Outubro de 1903.
nos cheios de accorcles em domina
o puro e que couviclam para queo trabalho.
*¦-**- —
i

Eis a vol oVoiseau a impressão que


tenho do Lyrio. O X-i"5T2BIO

Diva Bacellar.
•Q anniversario
Lyrio completa hoje o primeiro
de sua existência na
(CorrespondentenoBrejo-Maranhâo).
^ SÜS de P er-
6 O LYEIO
^^-rTTTTrrr^ títt^-^j^
r* » » w ? » « I MIIK

nambuco e isso eqüivale a dizer que o todas as forças dos nossos


espirito da mulher brazileira não é bradávamos : Independência pulmões,
esse elemento embryonario que ainda te —elles, os mesquinhos, disseram ou mor-
se não tivesse fructificado, numa re- Eis a gralha com as :—
gressâo de esterilidade. Não... O es- pennas
vao ; sob esses feminis nomes do pa-
pirito da mulher brazileira é o que tem bem ve-
mos a penna masculina !
sido sempre desde o inicio desta bella Oh! que melhor prova da nossa com-
o sympathica revista :o clesabrochar
viridente de muitos lyrios, o desabo- pleta victoria ? Forçados a renderem-
se a evidencia elles teimaram em illu-
toar de flores preciosas e caras, sem a ir a si próprios; elles bradaram: Men-
um estiolamento que lhes venha im- tira, mentira, não são vossos, ó mulhe-
pedir a seiva exuberante. res, os artigos d'0 Lyrio.
Eu tenho uma adoração religiosa E com es-
sas palavras, provaram reconhecer
pela mulher de talento e sei bem o que possuímos forças para hombrear-
quanto vale uma Maria Amalia Vaz mo-n'os com elles.
de Carvalho, queé, nào ha exagero-em Como, pois, não saudar, com
dizel-o, a maior escriptora portugueza 11 alma e sorriso nos lábios, o despon-jubilo
que hei conhecido, uma mulher que, tar deste dia ! Que importa, tenhamos
por si só, tem sido capaz de elevar os de lutar com mil difficuldades,
brilhos de seu sexo. importa dilacerarmos nossos que
Aqui no Brazil temos Francisca Ju- pés e
lios cardos que encontrarmos na estra- mãos
lia da Silva, a vibrante autora dos cia si assim a victoria ha de ser mais
Mármores que, é preciso confessal-o, brilhante ? E quando a .duvida e o des-
ha tão pouco tempo eu não acreditava alento vierem, quaes lugubres
que do cérebro de uma mulher tives- phantas-
mas, se atravessar em nosso caminho,
sem sahido tão iinpeccaveis e extraor- a lembrança de 5 de Novembro
dinarios versos. novamente, aos nossos corações, atrará for-
O espirito da mulher é sobremodo
superior e elevado. Ça para alueta.
E, animadas por esta lembrança,
Eu saúdo,jubiloso,a redacção d'O Ly- nos guerreiras intrépidas, lutaremos
rio que tem a sua frente os espíritos ate vencer ou morrer. Portanto, ain-
sympathicos de D. Amélia de Freitas da uma vez salve, oh,
Beviláqua e da distincta poetisa Edwi- gloriosa data!
ges de Sá Pereira. Alice de Oliveira Cavalcanti.
Nazareth, 14 de Outubro de 1903.
Santos Netto.
^!^^m^^m^^^^^^^^0^
*
SALVE, SALVE Oi, GLORIOSA DATA ! J^ Lyrio conseguiu, nesta terra, ras-
ygar a rocha da indifferença pela
Saudemol-a todos, taes dias são arcos,
cultura da psyché feminina, fazen-
Na senda que ao templo da gloria conduz ; do, assim, jorrar uma encantadora
cente litteraria-onde se nas-
Nas eras passadas são fidgidos marcos,
"enchentes
terar assequiosas deluz. podem desal-
Que as trevas separam de de luz.
Admiro, e confesso urbi et orbi
Franco de Sá. as
plumitivas do Lyrio,—porque é muito
tazer na angustia d'um ambiente
5 de Novembro ! para nós, as bra- ciai antipoda ás lettras,como é o nossoso-
zileiras, marcas a data brilhante da —crear e manter uma
nossa independência moral. Fomos revista de Arte
maxime, quando esta tem
julgadas incapazes de qualquer com- ° por égide o
mettimento até o dia em que procura- aZaS nâ° affeitas ao«
Ho™ Pré-
mos provar o contrario nas modestas
paginas d'0 Lyrio. Então ao verem , Como sabem, e quanto, responder
aquelles que ignoram residir a
os nossos calumniadores que, desper- feminina na doçura de sua fraqueza:-força
tando d'aquelle longo somno, atirava- sol luc-et omnibus.'...
mos para longe as vis cadeias que só
nos tolhiam os movimentos e que, com
Arthur Muniz.
l" ~~í^
O—rm—~—
LYRIO
w* ;
y;

«\
Bairro de Santo Antônio—RECIFE

A'S REDACTORAS D'0 LYRIO


SAUDAÇÃO!

I íjão venho, minhas senhoras,


Saudar-vos por este dia
Em phrases meigas, sonoras
Repletas de poesia.
" A litteratura do futuro
a litteratura da piedade."

Lotti, o illustre official da não menos


será

N'esta vidinha de aldeia, yf- illustre marinha franceza, refere em um de


Tão triste e insuppórtavel, 0 cie seus brilhantes livros—Le.« derniers \ouvs
Minha linguagem se ateia JnUerre de Pekin—de par com a curiosidade e inte-
E ndo tem nada de amável. resse que lhe despertaram as inconcebíveis e tran-
scendenfcaes maravilhas viu e admirou em
En não passo de noviça «ua peregrinação pelos que templos e pagodes da
Em preceitos de etiqueta, mystenosa eaté então inaccessivel ;'Vilie Impe-
Pois iniiih'ainia insubmissa nale ou "Ville Jaune" a
tida quando transpoz o velho profunda emoção sen-
Com elles não se inquieta. templo de" Confu-
cius onde a simplicidade absoluta, o silencio, as
espessas camadas de
Si eu podesse rendilhar de morte que, clir-se-ia, pó junto ás pesadas sombras
A minha phrase grosseira ° a spsinar na ii'1'everenciapairam no ar, levaram-
De versos iria ornar !•. que commettia pro-
Esta data alviçareira; fanando aquelle recinto funereo, cheio ainda da
imponência mãgestosa dos vultos
ílluminaram com o fulgor de seu espirito. gigantes que o
Mas vou pelo pensamento Nesse templo, ou antes nessa academia onde
Em jubilosa romagem se reuniam os sábios em confabulações
Ao vosso bello talento philoso-
phicas, salientavam-se grandes placas vermelhas,
Render sincera homenagem-. com inscripções sentenciosas attestadoras de seu
alto saber. E a placa de Conf ucius, maior
De alegria no delido outras, mais longamente inscripta, occupa queas o lu-
Quero bem alto bradar: garde honra no centro do pantheon severo, pou-
Viva a Redacção do Lyrio, sada como n'um altar I
Essa revista sem par ! Entre máximas e
mento e de justiça, Confucius pensamentos de renunci;i-
legou a esse san-
tuano alguns conceitos sobre a litteratura, e eis
FUANCISCA ClOTILDE.
um, que d'entre muitos destacou e tramsereveu o
illustre narrador visitante—A litteratura do fu-
Correspondente em Baturité). turo será a litteratura da.
Foi, pois, este vaticinio,piedade. em si encerra
'• uma resposta que
veneravel e mais de duas vezes
millenar a uma das perguntas favoritas dos in-
vestigadores do futuro"
que de preferencia es-
8 O LYRIO
""»- ry »rm'Mt.i T-,.
,.,TT,^ 'Mmiimt.iiim' nm.iiiiiniimiiniutTi

colhi para, do alto desta colutnna onde rabisco Porque vagueia assim'?
insultas linhas rudes e ohans, render o mais bello Terá da
preito de homenagem qne possa eu destinar á vida perdido a ultima illusão ? Por-
mulher pernambucana por occâsião do primeiro ventura conhecia elle o composto deste
anniversíirio da mimosa revista feminillitterávia, mundo hypocrita cheio de lisonjas e
que concrètisa e 6 syhthese de seu esforço, de seu vaidades, de vaidades e de intrigas V
amor. de sua perseverança I
Sim, minhas senhoras, si tem razão o velho Porventura será algum proscripto da
pensador chiheV,, si a, litteratura do futuro fôr a fée
litteratura da. piedade, só pode ellanaseer, fruc- Sim. Elle é tudo. Amou. mas com
ti ficar e viver com o incentivo da. mulher ; por-
um amor puro e santo.
quenão?da mulher que como ninguém sabe
amar. abençoar, perdoar; da mulherque, só como A virgem dos seus sonhos, o seu
os anjos sabe abrir a alma a todas as desgraças, a Ideial supremo, foi ceifada pela trai-
todos os soffnmentos, a todos cs abandonos.'para
dasdorés. das descrenças e das lagrimas tecera çoeira e cruel morte !
coroa immarcessi vel de glorias com que cinge os Eis alii porque vagueia atravez dos
heroes que se dignificam e os martyres quedes- campos, onde julga vera sua sempre
apparecem, os que praticam o bem e até mesmo amada, em cada flor embalada
o.s que praticam o mal. porque a estes ella leva brisa amena, em cada gorgeio solto, pela
também Ò arrependimentoe o consolo pela doçura.
de suas palavras, pelo balsamo de seu amor. pelo pelo pássaro que aconchega o ninho,
riso de seus lábios que aprenderam a ser divinos adorando a sua divindade, erecta em
beijando a face do filho, e aprenderam a ser sacro altar no mais recôndito do co-
grandes quando oscul aram o.s pés do Redemptor ! ração.
Adilia de Ltjna Freire. f Respeitemos lhe a dor, porque elle
e um morto no mundo dos vivos,
por-
Fortaleza—Ceará. que elle é um vivo na santa mansão
dos mortos.
Lizinia Santos.
(Correspondente em S. Luiz — Ma-
Ij&Sllíl ranhão).

A Cintra Luiz. EPOCHAS D'ÜMA EXISTÊNCIA


o sábio, do philosoplio e guerreiro
Gravado sobre pedras de gratiito, -m livro antigo
<**¦*$/* Ou seja em pergaminho todo escripto, achei, qual se perdido
Devasta a mão do tempo o nome inteiro. N'alguma antiga e abandonada igreja
^ Precioso missal fosse esque-ido ;
O teu, Jesus, santíssimo Luzeiro, J Nelle parece que um mysterio adeja.
Partindo das plahüras do infinito 1 enso que foi um livro mui
querido,
Mas cujo dono a morte arrebatasse.
Intermino percorre n'um só grito
O mundo, oh. grande sábio verdadeiro ! E o triste á solidão do pó, no olvido,
Annos inteiros por alli ficasse.
Oh Força, oh Magestade, oh tu Conforto!
Ao mudo deste voz,, ao cego luz, Era este livro um álbum envelhecido.
E vida deste a, Lázaro já morto ! Um simples álbum de photographias':
O perpassar do tempo já volvido
Veio tornar-lhe as cores mais sombrias.
Por fora das tormentas nos conduz. Ninguém se importa mais
Oh bússola que leva-nos a porto Folheado, revisto... Quantosque o livro seia
Seguro, augusto nome. oh tu Jesus ! dias
Essas folhas a luz do sol não beija ¦
Pobres folhas colladas ! Eu abrí-as.
Henriques Lima .
Recife- -100;}. D'uma oreança eis o retrato. A face
Risonha, rechonchuda, petulante...
- Se uma esperança viva se encarnasse
linha esse rosto alegre e irradiante
Como é feliz ! Que sonho indefinido
Enche de luz o viso que roréjà
Seu lábio em flor... seu lábio'que o
xNao pressente, e só júbilos gemido
il-o que vem desses campos de além poreja.
°Piailtl° 8em ye1', vivendo sem sen- Eil-a crescida ; o seu sorrir fugace
ffiSi tir, sempre
taciturno e triste, in- Reflecte o goso que o viver festeja
De quem venturas e
differente a tudo o que o cerca ! prazer sonliasse,
Na rosea idade que a illusão corteja

•.,**.
"»V«7

umu
O LYRIO 9
¦* "»"¦¦""¦ '"'Vmi ,, -,-jrf-."" i
i.rW^
Confiante, animosa, qual se erguido
Altar de offrendas .seu porvir
E de flores viçosas um tecido pensasse,
COKAÇÃO AMADO
.Julgasse o trilho em que garbosa andasse.

Outro retrato. E" moça : o olhar


perdido
sorrideilte e perfumada.
N'um sonho apaixonado inda sorri, lÍanlAT
No alto do espaço aves ruflaiido
(«orno ella crê no seu porvir H
Como ella espera ser feliz aquiquerido!
! toavam threnos á manhã Pennas en-
tnn„oaSííZaSesac:udindoa's
(Aqui, na terra ?!) Neste mundo, almeja
Achar um ninho para o seu amor ?... calma e serena.que surgia s
Dil-o seu rosto e seu olhai-. Deseja O sol scindindo as nuvens no
Viver ditosa, triumphar da dor í e transparente Céo, derramava azuleo
raios de ouro sobre a terra emquanto os seus
Volto a folha. E' a mesma,: enternecido a
Seu olhar diz viver n'um paraíso; co"«ta„te fazia
Nilo é formosa, emtanto. embellecido mi«.nnUm fMlar
amistosamente o perfume das myste-
Pela ventura, encanta o seu sorriso. riosas folhagens dos arvoredos frón-
Como é gentil ! Quanta illusão volteja ciosos.
No azul do céo das suas phahfcasias !
Será verdade que possível seja .Além, na curva da estrada, a cam-
Haver um tini a tantas alegrias ? ! pina bordada de flores clava a este
dro uma belieza sublime ! Tudo qua-
Outra folha. Que rosto estarrecido encantose alegria.--somente eu trazia
De angustia, de terror, de dorsem nome ! sentia
Que feições cadavericas ! Sumido que a esperança do Amor fugia-me
O olhar sem luz ! Parece morta á fome ! lentamente do peito, deixando
nho atroz do dissabor, cavando o espi-
Que triste véo sinistro alli negreja!
E' possível que assim se transformasse? rumas do meu passado. as
De dor pressinto (pie seu peito arqueja
E um pranto amargo desbotou-lhe a face. Sentia que um estylete me
as fibras mais tênues do coração quebrava
e al-
Porque passar além ? Não lieis já lido guem levava-o n'uma melodia terna e
De sua historia o acerbo desenlace ? suave acompanhado do
Se inda existe o retrato presumido BUüARIS e dos LYRIOS perfume dos
E; como o de um cadaverqueesfrias.se... BRANCOS, ás
Não volto a folha ! Pouco mais sobeja... mãos daquella que
queria possuil-o
Depois do desespero, ha desconforto, para sempre.
Depois do mar sinistro que esbraveja. E assim no perpassar desta lethargia
Escuro lago. estagnado e morto !
protunda eu pude ver um rosto pallido
d uma palhdez poética e serena
contrastava singularmente com a ver- que
Se'um busto em fino mármore esculpido de esmeralda de seus rasgados e ex-
Súbito golpe rude esmigalhasse. pressivos olhos e reconhecer as mãos
Mesmo no lodo ha tempos escondido
Onde a sorte maldita o mergulhasse, pequeninas de Laura que me rasgava
Pode as vezes brilhar, se algum fugido o peito e n'uma apotheose de beijos le-
Raio de soi sobre elle inda lampeja, vava-me o coração ao calor virgineo de
Quando a chuva o lavar, assim partido, seus virgineos seios. °
O que foi, semelhar que ainda seja. Depois... deixando transparecer os
Mas se algum curioso irrerlectido alvissimos dentes brancos como
Fôr perscrutar no fundo a vasa escura. Ias engastadas entre gengivas de pero- car-
Verá despedaçado e ennegrecido mim, abriu os lábios trêmulos de medo
Esse resto de marmor que fülgüra.
Deixai ! Daixai-o em paz alíi no olvido. para que não o acordasse en'um mur-
Contentai-vos do pouco que se veja... murio de phrases intimas disse:—eu te
Assim, á dor que dorme, o rir trazido amo—e fugindo subtilmente levou-o
N'um sonho passageiro, é que a bafeja. entre as flores de seu riso para o san-
tuario branco de seus seios
—- Assim, meu coração, puros.
tu que ou-
Eis a historiado livro envelhecido : tr'ora eras eternamente só, tens hoje
Quem seria o seu dono ? Se fa liasse como abrigo, as palavras de amor
Diria o quanto fora estremecido.,. somente ella conhece e o bouquet sym- que
Talvez até thesouros encerrasse ! bolico dos beijos puros de seus lábios
Porém tudo acabou ! Nem mais viceja.
Florido ramo em tronco carcomido... roseos.
E o sol se manda um raio á velha igreja Maria Olindina Leal.
E' um raio frio. pallido. perdido !

Uksula gauci A.
10 O LYRIO
rMM IMTT ' ¦'¦¦""»»inTtiniminmmt»ií"iiM»iiimm
iiiiiiiiniiimiiiiim

Só a Virtude
Singela e pura
Vem com doçura
Nos afagar :
— Divo Santelmo
Irradiante,
Firme, constante,
Nos vem guiar.

E';varia a Sorte..
Na, vida, triste
Constante existe
Somente a dôr :
Pois a alegria
E' transitória,
Mendaz da gloria
O áureo fulgor.

Neste Sahara
Pobres viajei ros,
Tristes romeiros
Buscando a Luz,
Vva. mana. augusta IU. V. freire — Felicidade
Ridente imagem,
E's a miragem
Que nos seduz !
^^«s*^3^^-^
Fugaz na vida
Tudo arrefece,
Tudo fenece
1 1K1I111w De inagua atroz,
Se da Virtude
Não sente os laços.
Não segue os passos,
Não ouve a voz !
fp i i\, Virtude
Do vergel d'alma E" a Virtude
Doirada palma, Pura e divina
1 Mimosa llor Que nos ensina
;
E seu aroma O amor da Fé !
De doce encanto. ~ Segue serena
Acalma o pranto, Por entre abrolhos,
Mitiga a dôr... Partindo escolhos
Sorrindo até !

Quando á nossalma Moteja sempre


Fere a desdita Da sorte dura
E ella se agita E a desventura
Triste a gemer, Vem adoçar...
Quando no calix Da fera morte
Das desventuras, Despe os negrores,
Cruéis agruras Entre esplendores
Vamos beber, Pura a brilhar !

Vem a Virtude Uruguayanna, 1*3 de Setembro de 190!L


Casta e formosa
Tão carinhosa
Al vim.
Nos consolar, (v,te Anna
correspondente).
Do Céo trazendo
Balsamo puro,
Panhor seguro
P'ra confortar.
A7S LEITOMAS
Fallaz é a sorte...
A mais fulgente,
Na mão; treméntè, o ramalhete de Lyrios, que teii-
Espinhos tem ; filtre
des em vossas bellas e eburneas
Nos fita agora 1St®r
Meigaa sorrir-nos, mãos, collocai, leitora complacen-
Logo ferir-nos te, mais este tenro botãosinho que siri-
Cruenta vem. gela e modestamente com memorando
O LYRIO
nmrr_~ , ,-,777--, 11

C«te« cT^a tftt Companhia ão Bebevibe

seu primeiro anniversario, vem a sor-


rir agradecer-vos o meigo e animador A© _'.®._
acolhimento que lhe tendes dispen-
sado com o calor benéfico de vosso
olhar!...
(COMMEMORANDO O SEU anniversario)
Neste momento, uma verdadeira es-
cala de emoções—do doce ao amargo
do risonho ao sombrio, sôa-me n'alma' n'esta senda dignamente.
reflecte-se nítida, claramente no co- Por toda parte recebendo flores
Prosegue
—Idéas, saudações, !
ração fazendo reviver as loucas hesi- doces louvores...
taçoes, os vividos temores Nossa alma revelando fielmente
que, incons- !—
cientemente talvez, tendes vencido
animando-nos com o vosso divinal sor-
Symbolisas a flor mimosa e olente,
riso !...
Mas pairas n'o.utra esphera entre
Um anno de existência;—um anno fulgores
E nas a_as, que em
decorrido entre mil agitações diversas, prestam-te os Condores
Te elevas ao porvir n'um vôo ingente
o Lyrio continua sua vida calma e cer- !
tamente f uturosa, graças a, vós,
gentis
leitoras, e, é justo conf essal-o, também Tudo o que affine do coração á
aos esforços desinteressados e mente,
grandes Crenças e fé-a voz da consciência- '
do illústre Dr. Cintra Luiz, digno Synthetisando o pensamento ardente...
pro-
prietano do Lyrio, assim como aos da
distineta e incansável D. Amélia Be-
vilaqua, cujos trabalhos docemente Has de levar além d'esta existência,
attrahentes teem indubitavelmente Recordando essa quadra eternamente
concorrido para a acceitação do nosso Porque revive ao sol da intelligencia
.''
querido jornalzinho...
Uma longa e venturosa vida ao Lyrio.
FltANCrSOA IZIDOKA.

AdalgisaD. Eibeiro. (Correspondente na Victoria).

.A£Lttw
12 O LYRIO
innmufumiiimiHHfnininnTi
T * *> *«f ^V» VTTTTVTTTTff V *» TTT<

PHANTASIA Nos lembra a côr da innocencia :


E pelo aroma que exhalas
Parece, mesmo, quefallas
Uma linguagem celeste !
Para o LYRIO.
il-a! de vela panda e luminosa a ga- Branco lirio, eu te confesso,
E\s minha flor preferida,
lera azul da Phantasia em deman- Teu perfume me convida
da do porto da brazilea Veneza! A' doce meditação,
Flora é a timoneira. O' flor gentil e mimosa !
Vem espalhando lyrios, lyrios, mar E é pena que passe breve
Tua brancura. de neve,
em fora. Qual notas d'uma canção.
Que bellos passageiros!
A Rima, a Estrophe, o Rythmo, a Se no ceu ba flores puras
[Ilusão, o Sonho, o Amor, dentro vêm De perfumes delicados,
cantando! Cantando e sorrindo n'uma Dos anjos peios cuidados
Sempre serás escolhida ;
eonfabulação de Musas ao som de bei- De tua essência, philtrada
jos! Em preciosos crystaes,
Na proa, a Estrellad'Alva rutila se- Será pelos immortaes
ductora. A face de Deus ungida.
Na popa, um pedaço de arrebol em Na, terra a Deusa dos campos.
forma de toldo. Te amparando, se desvela,
No bojo, escripta a soes, esta pala- Para tornar-te mais bella
vra—Saudações . Do prado furta os encantos ;
Da garça a brancura imita,
Que esplendida bagagem! —¦ Lyrios, Das fontes pede a. frescura,
lyrios, muitos lyrios, somente lyrios... Do passarinho a ternura,
velados por uma gaze de aurora. Maviosa de seus cantos.
No topo do mastro uma avesinha can-
ta, sacudindo as azas d'ourò pejadas de Quando garbosa te o-tentas.
Prendendo trancas sedosas.
brilho, de scintillações—é a Inspiração. Ou entre rendas custosas
E vem de longe a galera azul! Vem No alvo seio de donzella,
da plaga ideal da eterna primavera, Onde se occultam amores
trazer a Rima, a Estrophe, a Inspira- Depois dos brincos da infância ;
Coíbes mais brilho e fragrancia,
ção, o Amor, o Sonho, tudo o que con- Ficas mais viva e mais bella !
stitue essa caravana cio Ideal para sau-
dar O Lyrio que, na taboa chronologica Tu tens a côr da candura,
das lettras, grava hoje o seu primeiro Sendo signal de pureza :
anniversario. Tens a palma da belleza,
Dentre as flores sem rival !
Salve! Se as outras têm mais perfume.
ROSALIA SaNDOYAL. Mais olôrou mais frescura,
Maceió. Tu tens a côr tia candura,
Bella côr, angelical !

1 M»M Agora quatro palavras


An lirio da nossa imprensa.
Filho dilecto da. crença,
Hoje o mimo dos salões:
A' eximia escriptora D. Amélia de Que vae haurir seu perfume,
Freitas Beviláqua Sua essência tão activa.
Na sei vaque nos captiva
De feminis corações.
(f^em a flor o seu perfume.
Como a mulher a belleza-.
Pois a sabia natureza Num jubiloso transporte
1 E' severa em seu juizo ; Eu vos saúdosenhoras,
Deu ao céo o azul sereno, Dessa flor as creadôras,
Deu ao mar o seu rugido, Heróicas, valentes almas !
Ao campo o trevo florido Neste dia, alviçareiro.
Da primavera o sorriso. Mais brilhante o sol desponte,
E vos caiam sobre a fronte
De loiros brilhantes palmas.
Dentre as llores perfumosas
E's, ó lirio, a seductora
De mil graças traductora ! Recife—Novembro de 908.
0 branco que te reveste Affoxso COSTA.
O LYRIO 13
r i» » vw'v* r «r<f t vvw wy w^ i......»»..^i. ¦ ¦¦ i i i i i i T-r-r-T-n-i » u » u \ . .TvTi J,"

faatii 0 LYRIO

III Ao Cintra Luiz.


THEOTONIO FREIRE manhã, ao despontar da aurora,
Desdobra o lyrio as pétalas nevadas;
PelaDe seu perfume as ondas delicadas
Se desprendem subtis, espaço em fóra...
;*/'ão sei o que cle novo possa dizer a seu
AVMl resPeito. Mais tarde,
Arthur Muniz, no Alnianach deste quando em sonhos encantados
Estado para 1904, estudou detida- O occidénte de rubro se colora
menteainclividüâlidade de Theotonio Freire. Desfaz-se o lyrio em pétalas mirradas
Amélia Beviláqua, também nas paginas desta Vem-lhe da vida a derradeira hora.
revista occupQu-.se delle.
O (pie poderá sahir da minha, penna que possa Mas este Lyrio, perfumado e bello,
adiantar mais do que já se acha dito a seu res- Zomba do tempo, da algidez da noite
peito? Nada absolutamente, lim todo caso é E cada vez mais viço e aroma ostenta.
preciso escrevei- sobre o poeta. Náo o posso dis-
pensar de figurar na, minha, galeria. Que me Tem a doçura de um viver singelo
perdoe o illustre littèrato o tosco esboço tpie vou li não teme da morte o duro açoite
fazer do seu perfil e seja bondoso para com a ira- Porque o Sorriso da Mulher o alenta...
ca artista, que não medindo a sua nihilida.de,
ousa se oecupar cio primas inter pare».
O talento de Theotonio Freire se tem maniles- Domício Rangel'.
tado por muitas formas.
Romancista, poeta, conteur, chromsta, pole- <#> ,v -,a/ -V -.;,• ¦%sJ
jp ,/,V í/,*-* Wj. ./..>- s-a>j
mista, tudo elle o é, e com vantagem ! ^y

Attestam-no as suas obras, que constituem a,


maior bagagem litteraria dos nossos homens de MINHAS FELICITAÇÕES
lettras.
Enumerar as suas obras, é desnecessário, ila-
verá alguém, que apreciando a litteratura., por
acaso não as conheça ? ! 'cánho-me, confesso, acanho-me so-
Nâomefurto ao desejo de declarar que Theo-
tonio Freire tem um tra balho,que no gênero nada ';11 bremodo reitero, de ver o meu ob-
tem cle superior que eu conheça.e não posso admit- scii.ro nome firmado nas cândidas
tir que alguém o tivesse ultrapassado. Quero me
referir ao Salve Regina .' oração consagrada á sua paginas do travesso Lyrio, onde só di-
companheira. Não mecanço de ler este trabalho, viso nomes de insignes escriptoras e
elle fala áminha alma, repercute no meu intimo mimo vis poetisas, como o são as illus-
com uma suavidade balsamica. Não pense ai- tradas collaboradoras desta brilhante
guemque em mim actua o sexo. não ! Do sexo revista, que hoje faz o seu primeiro
chamado forte, tenho visto alguns representam
tes idolatras do trabalho citado, o qual não está anniversario.
eivado de lyrismo piegas, como muitos que cor- 0 enthusiasmo, porém, de que estou
rem inundo. possuída, por ver 0 Lyrio contar hoje
Tem o poeta outro trabalho, que tem passado um anno de existência só com o au-
despercebido aos que têm escripto a seu respeito-
Ódio ás flores, em que elle descreve com o cora- xilio de hábeis mãos femininas, faz
ção apunhalado pela, dor a ornamentação com com que eu rompa este véo,—o aca-
que a sua idolatrada mãi fazia ao cadáver de um nhamento—e trace estas toscas linhas
seu irmãosinho !
Como dóe, ver o poeta descrever o enfeite do para saudar as gentis collaboradoras
ataúcle, que na bella phrase é—o cofre do pas- desta elegante e graciosa revista, pri-
sado ! morde gosto e sentimento.
Tão imponente, tão sentimental, só conheço a Ao fundador d'0 Lyrio, ao distineto
— Maier Dolorosa — de Luiz Guimarães Júnior.
Dizer mais do poeta, o tpie ? Que elie e um
engenheiro Cintra Luiz, pela intuição
incançavel, que nos delicia aos domingos coma a que obedece, trazendo á litteratura o
sua Chronica n'A Provincia ?.'... precioso concurso feminino, faço ex-
Que;0 pontífice da, litteratura pernambucana tensivas as minhas felicitações e á
releve estas rabiscas.
pleiade de escriptoras e poetisas que
gentilmente corresponderam ao seu
Maria Augusta M. V. Freire. ap pello.
Isabel O. Gonübi.
W1^ (Correspondente em Sobral—Ceará).
14 O LYRIO
9 v v t ¦»"<» » » a nmrnnM . . i . • «s-trwv » v » »h»»i iw»v v vwvixr kt» » » » mi>. i » » i g i i » i i a u i i r i i i un i 1 i » ü m yte V

0 LYRIO oiifi iBiia


Illustradas eedactoras n'0 LYRIO
yrio... feliz imagem, titulo feliz, o
deste jornal feminino:—pétalas mi- TTa dias (pie mais parecem
<>>
r mosas, pendentes de hastes delga- jj Um século cheio de glorias,
,_J Ha factos qui1 symbolisam
das e cortantes, similhando cortantes e Historias da própria historia.
delgadas lâminas de flexiveis espadins,
revoluteando nos combates... Suspendendo na dextra a sua lyra
Santos combates, onde se derrama o afinada, assim cantou um poeta de
sangue do talento, sob o labaro ver- minha terra, desta terra abençoada do
melho da lucta em busca da verdade... norte, saudando o sol de um grande
Suave, serena e convincente verda- dia para a pátria parahybana.
de, essa que serenamente abrocha, e Pois bem : Gemo elle, como o illus-
suavemente canta,, e convictamente tre trovador nortista, assim canto eu
ensina as theorias da sciencia, os ar- tambem no dia do anniversario d'0
tigos do direito, os postulados das let- Lyrio, do gentil periódico de quem te-
trás, os a.xiomas eternos da Arte... nho a honra de ser correspondente.
E quem melhor ensinará, com pro- Melhor não poderia saudal-o, tão
fundo amor e desvelado carinho, do bem não me expressaria eu, a não ser
que a mulher ? Dahi, o considerar, fazendo minhas as estrophes maviosas
eu, a missão d'0 Lyrio altamente no- do inspirado cantor das Algas.
bre e nobremente gloriosa. Que toda
a nobreza cio seu ensinamento se trans- Ha dias que mais parecem
funda em luz puríssima a cercar de Um século cheio de glorias. .
refulgentes chammas a fronte gloriosa
das almas femininas que nelle conser- Perfeitamente. Quem poderia ne-
vam perennemente acceso, —Vestaes gar que o dia em que o vosso Lyrio
do pensamento, — o fogo divino do es- faz annos, não é por vós glorificado ?
pi rito. Deixará por ventura de ser como que
Theotonio Freire. um século de glorias repleto ? !
Ha factos qne symbolisam
Historias da própria historia...

SAUDADES! De certo. Ninguém duvidará jamais


que a alvorada do 5 de Novembro dei-
xe de symbolisar um facto superior nos
i a labastrina imagem dos meus sonhos, arinaes da historia de vossa vida lit-
cf\ Casta diva, adorada, ó
poesia ! teraria!
/ Ai ! não vibres na corda da saudade
Doces notas de infhida melodia ! Associando-me, pois, do intimo de
minlralma, ao júbilo que ora vos cio-
Que um débil coração guarda em sigillo mina o espirito, eu, constituo mensa-
De um tempo venturoso, era remota,. geiras minhas, as brisas de minha ter-
Recordações de amor, viva, lembrança. ra, e que ellas, melhor ainda que estas
Ai ! não pulses, 6 lyra, a triste nota !
pallidas linhas, vencendo a distancia
K, das tuas meiguices, doces threnos. longínqua que nos separa,atravessando
Um sentido aljofar me enflora a fronte. as cimas verdejantes da Borborema
Que essa languida flor mimosa e bella altiva, atirem no regaço singelo e pu-
Entre espinhos fataés se mostra insonte ! rissimo das il lustres" pernambucanas a
Paru ahyba—Piauhy. quem me dirijo, um punhado de pe-
talas de rosas—symbolo de minhas cor-
deaes saudações ao festivo anni versa-
Francisca Montenegro rio d'O Lyrio.
( !orrespondent().
Bananeiras—Parahyba—1003.
Maria Clementina B. Dantas.
^p*3h
(Correspondente).
O LYRIO lo
T-y-yg-y '»winmun..B» ryrrryTi mu . » > v > > » ,"." , , j j vy v-,
*"'¦ .**. v .....>. v-ir*» iiiiimut fTTTW TTt

SALVE! Apenas contando um anno de exis-


tencia, comtudo já tem sido sufíicien-
temente animada pelos seus bondosos
asga-se o horisonte n'uma télad'oi- leitores e tido um bom acolhimento,
* r9 e pnrpura, para aformosear o não só em sua terra natal, como em
n dia de hoje, que deverá ser vestido diversos Estados do Brazil.
de sol, afim de entrar na tenda do Ly- Amante do bello e do verdadeiro,
rio, enfeitando-a com a alegria da na- não podia deixar de fazer hoje, do
tureza. meu humilde retiro, mil votos para
Por isso, quem me dera ter uma pen- que auras suavíssimas acariciem as
na com bico de pérola, palavras, com mimosas pétalas d'esta flor O Lyrio, e
o brilho do diamante, phantazia, como conservei 11-n'a sempre em seu viço e
a mulher do oriente, afim de, através- na sua louçania afim. de impregnar os
sando_ o oceano, chegará Veneza Sul ares de nossa atmosphera social com o
Americana e depor na redaccão do ele- seu suave perfume.
gante jornal, as minhas congratula- Cheia de sincero enthusiasmo pelas
ções pelo seu primeiro anniversario. illustres e intrépidas brazileiras que
No batei da publicidade, mar á fora, arrojaram-se a essa campanha litte-
as prosadoras e poetisas cobrem de fio- raria, onde as settas da inveja tentam
res a sua banca de trabalho, afim de debalde attingil-as, saúdo-as hoje.
que este simples botão de lyrio trans- Salve o de Novembro.
forme-se n'um grande rarníihete, que
estendendo seus galhos do sul ao nor- Maria"" Cavalcante.
te,^ do oeste á leste, as pétalas das suas
idéas sirvam de incentivo a que a pa- (Correspendente em Nazareth.)
tricia estude, trabalhe, convença e pro-
grida. ^¦g-óei.."-. ->ç.-.<g,„<y7v' ,-..-(-; .r-r-y .¦.,.-.- , .<-"-. ,c,g5,:T,g?,: .<,, ,.-,. • c'Pr6'?^5"c'^/cõ'<S/5''
Assim pois, eu espero, que em pro- g

veito da familia e da Pátria, as syrn-


pathicas collegas, na aristocracia do PL1CTBM
trabalho, consigam apurar mais e mais
outra aristocracia.. a do talento—para
gloria sua. cantam
"òi':Oima daspassarinhos
/skf.oaao
líl ramarias
Ignez Sabino. $)z Cantenaos nós tambem cantes
De celestes harmonias.

(Correspondente na Capital Federal). Cantemos as prinaaveras,


O céo de azul aaiarchetado,
£^SA:^-! ?0&&BB&&$%&&&mw^g?im Cantenaos o verde prado
Engrinaldado de heras.

5 DE NOVSMBRO Cantenaos a braaaca vela


Que tremula sobre o aaiar,
Coaiduziaido ao seu impulso
O batei á navegar.
Aos ventos do Progresso, uaaa dia a Pátria,
Abrindo as azas partio ligeira... Caaitemos da poesia
Para o paiz da luz e da liberdade,
Seja a íaaulher a nossa mensageira. Essa veiga toda em flor,
Onde adormece o amor
No regaço da magia.
Sylvio Roiiiero.
Cantemos da natureza

I aurora de 5 de Novembro marca o


^anniversario da gloriosa apparição
"ou
do desabrochar d'0 Lyrio, re-
vista exclusivamente escripta pela Maranhão.
A sublime magestade,
Dos céos a immeiasicla.de,
De Deus a infinda grandeza.

mulher brazileira. Papillon bleu.


O seu nome bastante singelo e poe-
tico, indica todavia, como o aroma da
mesma flor, a sua innocencia.
16 O LYRIO
».»it»». ryrm ..tvv..r.vwj...rrvvvt*r »¦» ».»»»» » ¦» T ry »»».»» " t » t * f » v TTrvri^T tu. mt. r. >vn . . , . T T,

(D tf IM Morrer vendo-o e enchendo-o de


caricias era o desejo que ia-lhe ao co-
ração no momento de extinguir-se-lhe
titulo acima indicado,é publica- a luz da existência..
do, na cidade do Recife, unia revis- Mas o adeus sentido e repassado de
Sol)o
Te ta, de que é Redactora-chefe a in- amargura,, o ultimo olhar doce, magoa-
teiligente e illustrada escriptora 1). do daquella alma, piedosa e crente,
Amélia de Freitas Beviláqua. E' re- abrangeu somente como a enviar-lhe o
digido com admirável habilidade e ni- beijo final o mudo retrato do que fora
tidamente impresso com dez paginas objecto de seus mais àcrysolados af-
de texto, onde se lêem beUissimos es- féctos.
criptos em prosa e verso.
Approximãiido-se a data. gloriosa do Luiza Ramalho.
primeiro aniiiversario de sua fundação,
cuja. solemnidadc* terá logar no dia 5 mí ip^g-s^i $_£5§_jg-p_ç-3
de Novembro, desde já, como aprecia-
dora d'0 Lyrio, antecipo-me em sau-
dar pi a* este meio a sua digna Redac- âfâitii
ção, felicitanclo-a por este auspicioso
acontecimentOjaugurando-llie umalon-
ga e feliz existência e penlioradissinia isse um grande pensador que "o
^¦~" que é verdade
agradeço a visita, para mim tão hon- para um, pode e deve
rosa de tão importante órgão de publi- ser patrimônio de todos."
cidade. Tão razoável é este asserto quão il-
lógico é excluir alguém, sem motivo
Rosário, 20 de Outubro de 1903. plausível, do banquete das idéas, mo-
nopolisando assim a verdade.
Joanna de Mello. isto me oceorre a propósito da. co-
nlieeida divergência de opiniões sobre
(Correspondente). a educação da mulher.
. Si as lettras ennobrecem o espirito,
si a arte o eleva, desprendendo-o da
matéria e alcandorando-o aos paramos
0 ULTIMO OLHAR luminosos do Ideal, si a sciencia, guian-
do-o pela mão, o conduz aos deslum-
brantes^ pórticos cia Luz, o ingresso no
uantas vezes extenuado seu espiri- Capitólio, onde magestosas se erguem
Q to vaeillou na duvida e até mes-
mo descreu da fé que se lhe arrai-
as azas do Verdadeiro, Bom e Bello,
eleve ser franco a todos que se queiram
gara n'alma como sustentaculo ao iniciar em qualquer desses cultos.
seu coração puramente sentimental ! Eis porque, com o mesmo eiithusias-
Doia-lhea realidade daquella prolon- mo com que ha um anno applaudi a
gada ausência e seu sofirimento torna- idéa das talentosas senhoras que "rom-
va-se, enorme indescriptivel; havia pendo com todos os preconceitos, ar-
comtudo uma esperança que após a dor cando com todas as difficuftádés" fim-
vinha acariciar-lhe os sentidos. Eram : ciaram o Lyrio, venho felicital-as por
as promessas contidas em umas pe- haverem transposto brilhantemente o
queiias Cartas que encerradas em pre- pri mei ro estádio de tão afanosa jor-
cioso escriiiio jaziam sempre juntas nada.
a si como um talisman. Então renas- Tivesse o meu voto algum mérito,
cia-lhe a. confiança no futuro e o amor pequeno que fora, e nem um óbice in-
réco nquista va se u i in perio. terceptaria a marcha das denodadas
Um dia. porém, veioderrair suas es- Viajoras que certo penetrarão no Tem-
peranças,aos primeiros symptomas da pio da Immortalidade.
agonia, dos seus olhos negros correm Avante !
sentidas lagrimas e suas mãos dum
branco virginal, tremulas compri-
miam-se em o esvaecer lento de su1 Rita de Souza.
alma.. (Correspondente em Maceió).
O LYRIO 1.7iy
rTTTfTTTVT vnvwviwwv-jww rutmmm yv www yvw v* y v vv **' f » » r w*-<rv~\ . i rm

0 LYRIO iSTATOÁltíA E POEMA 1)0 OLHAR

Completa hoje um anno que surgio ! >r. Faria Neves Sobrinho reuniu
com toda, a simplicidade e candu-
ra esta interessante revista O Ly-
i 0Dr
vem um mimoso volumesito, duas
rio,para apresentar-se ao publico como bellas producções poéticas a que
os demais jornaes. deu'Poema
os titulos suggestivos de Estatuaria
Elle é simples, completamente neu- e do olhai-.
tro em politica, não encerra um só ar- Eni ambas, a concepção revela um
tigo que possa desgostar aos nossos espirito a um tempo imaginoso e ob-
patricios. servaclor, e a forma édeum mestre que
As suas paginas contem apenas pe- sabe fundir na harmonia do verso todo
quenos contos que distraírem a joven, o vigor da idéa que pretende exprimir.
que, cançada de fazer os seus mimosos Ha, porém, no Poema do olhar, não
dedos correrem no teclado do piano, sabemos si um mais sentido accento de
senta-se á sua secretaria para ler ai- verdade, si urna transparência maior
grima cousa. na phrase que faz resaltar o pensa-
O Ly rio,alem de ser uma distracção, monto, e que nos deixa uma impressão
é também um grande elemento para mais viva.
cultivar e aperfeiçoar o intellectual do Leiamos estes primorosos versos:
sexo frágil que deseja dedicar-se áslet-
trás. Amor. «pie é travo o mel ! Amor—martyrioe goso!
Immaculado amor ! ó santo amor materno!
Portanto acho justo que as distinctas Como vos espelhaes nesse olhar luminoso,
brazileiras cumprimentem e felicitem Doce. ridente olhar, suavíssimo e terno.
ao digníssimo proprietário desta re- Que se crava írimi berço, onde, jardim de rendas,
vista, Dr. Cintra Luiz, pela feliz idéa Viceja a flor—um fiUio. a flor maravilhosa,
Flor de myfcho e de lendas.
de crear um jornal escripto somente Alma.—lyrio em botão, ooipo— botão de rosa !
pelas senhoras, pois é mais um passo
dado para a educação da mulher, ou-
tr'ora tão opprimida.
Faço votos para que O Lyrio progri- A CANÇÃO DAS ÁGUAS
da e continue a perfumar os salões
hrazileiros.
Celeste Assis Brasil. (F. Ferrari.)
(Correspondente—Pará). guit corrente, fresca e crysiallina,
Entre avelleiras, juncos verde/antes
i. jn>_;x^.-n.j-*ajOMt*fc*-;*.*n»^*w ^ma-ai <L. j,t*uXduu\^^jk-^
Ao bosque vem eo atar, eom. eloce accento,
O: velhos fastos clasnações distantes.
INTIMO E de bellas auroras e de occasos
Vivos e loiros, em, longínquas plagas,
r^enso em ti, meu amor. eem tua vinda Narra. : e de amor as celebres historias
Fico pensando alegre e deslumbrada, Dusmorenas creanças que. entre as algas,
P Crendo afinal a, tua ausência finda Pelo beijo da morte adormeceram :
E a minha dor sem trégòãs acabada. Dos poetas rememora os tristes fados,
De estupendos delidos os horrores,
Penso que hade fugir amagua infinda Iusou ias narra aos verde/antes prados.
Que traz-me assim vencida e aiiniquilada ;
Sonho comtigo desfructar ainda E agora. entre avelleiras verde/antes,
Doce vida risonha e socegada. F\ água cio rio. ern crysiallina sendo.
Forre, contando aos enjiorndos campos
Ha. tantos dias que te espero! e anciosa De nutras paragens a sentida lenda.
Vejo apenas nas sombras erradias
Da saudade pungente e dolorosa Rita Cintra Costa
Mei.t>a luz da esperança doce e calma. 'orrcsponclente em Gravata).
Que as vezes surge a aurora, dos meus dias (>
E á noite doura as trevas de mihlvalma.

Anna Lima. vF-díiiy

(Correspondente no Natal.
18 O LYRIO
¦,-»t'»»»»i>»»T,,,ttrT;
"¦» «TTTTTVr» I » Mt?»>HI HHTII I I I H t H 1 m » i

il mm enviado pelo seu autor—Jansen Capis-


trano, a quem felicitamos e agrade-
cemos.
(Singrando o verde mar, qual esp^ança,
La parte a frágil náo, aligera egarbosa. 0 Commeniario: — Revista mensal
;P As brancas velas soltas ao vento da bonança para divulgação dos acontecimentos
-Uipellnun-se gracis na onda murmurosa.
que interessem á historia da civilisa-
E segue. De repente o ríspido oceano ção no Brazil e que acceita como col-
Indomito procura fcragal-a impiedosa, laboraclores "todos os homens honestos
E emquanto elle se estorce e.n
paroxismo insano que não tenham medo de dizer a Ver-
A nao parece rir do Prometheu raivoso. dade"—é uma interessante
publicação
Mas eis. que contem artigos cheios de fina ver-
cresce uma vaga; o velho mar saniiudo ve
aos/nautas escancara a fauce enorme, horrível,
e cujo 0.° numero recebemos.
ii« alem, sobre um rochedo alcatifado e mudo.
Atira-os doidamente o temporal terrível ! A via láctea.— Esta revista illustra-
da de S. Paulo, muito bem redigida e
E fica horrorisadaa inarinheiragem forte.
Mas logo recobrando esp'rança tão çollaborada, visitou-nos agora com o
querida
JJe escameo lança, um riso á traiçoeira seu :L° numero.
«qjuequiz trocar-lhe em crepe os morte
gosos d'esta vida.
Temos continuado a receber regular-
E sobre a mesma vaga,, ha pouco encapelladá, mente O Rosai; Oásis, A Tribuna, O
.kspetham-.se gracis as e.nfunadas velas
rudemarinhagem, tornando-se animada
Astro, A Semana (de Angra de He-
ga
Lntoa alegremente umas canções singelas. roísmo) apreciáveis revistas litterarias
e ainda outros jornaes, cuja visita re-
Makianna Luz. tnbuimos. A todos, nossos sinceros
agradecimentos.
("Correspondente em Itapiciuii-hiirim — Mara-
nhao).
NO JAPÃO
O Dr. Oliveira Lima acaba de
publi-
car um livros interessantíssimo sobre o
0 LYRIO NOS SALÕES Japão, seus costumes, a Índole de seu
povo, seus aspectos physicos e mo-
-3+C-
raes, sua cultura e suas condições de
'poi victoria no contacto
o dia 19 de Outubro anniversario com os outros
natalicio
y mancista da illustre poetisa e ro- paizes.
cearense, D. Francisca O Dr. Oliveira Lima é um fino obser-
Uotilde, nossa apreciada collaborado- vador que sabe apanhar a linha dos
ra, a quem cordialmente felicitamos acontecimentos e a directriz -psycholo-
gica closj3pyxis^-on5é1^íos quaes o le-
_mm-aírsuas funeções diplomáticas.
•Dos Estados-TJnidcs havia-nos dado
'anrbéín fez annos no dia 13 uma descripção em que vibrava a nota
do mes-
mo mez a gentil Naycle Ribeiro cio enthusiasmo.
presada irmã de D. Âdalgisa Ri- Do Japão nos offerece agora uma
beiro, nossa distincta collega de re- outra em que a perspicácia do analysta
dacção. e as mducções do sociólogo constituem
Nossos cumprimentos. o maior encanto.
ggggSDE-a « Eaaax

Publicações recebidas PREC0 DAS assignaturas


Trimestre 2$OOG
——— Semesti >e
4$OOG
de faturas, acompa-
DmalZra- vffl^d • ,0s, »ed}ãos
dai;esPe^^ importância, em
mosó Hvr nho dT vèrsol irimor'!? T ^
t^raphica, ^S=nS
^^j^.^
-mmimm w-r-r
O LYRIO 19
' ' i . * , ¦ , . . u . ^j^^^~
TVr**** ¦ t ¦ * * v +~nnry^^^,
Paysandú n. 3, Magdalena ou ao Dr "O Lyrio"
Cintra Luiz, rua do Capitão Lima n.
58. E nos Estados : Santos Netto.
Salve, oh gloriosa data !
Alice de O. Cavalcante.
A'. NOSSAS CORRESPONDENTES *
#
*
Arthur Muniz.
A's redactoras d"<0 Lyrio"
Francisca Cloihilde. (soneto)
Bahia-Ituassú-Mllè. Othilia Ferreira Saudação !
Feira cieSanMma._Mlle. Maria Amélia Garrido Adilia de Lima Freire
Amia OliridinaNobrega. .Jesus
n f^Crín~Mlle'
£a?-&aZ7io-Mlle. Olympia Sampaio. (soneto)
LQüatu—Mlle. Maria Teixeira, Henriques Lima.
Icó—Mlle. Ozea Pinto de Albuquerque. Scismando
Cctmoeim—Mme, Antonia Rodrigues Thier Lizinia Santos.
Maranguape—Mme. Cunha Mendes. Epochas d-uma existência (versos)
FíZ.íí da C'once?'<;-ão—Mlle. Julieta Alves
PARAHYBA-P.Zar-Mlle. Maria das Mercês Ursula Garcia.
soa Chacon. Pes- Coração amado
Pilões—Mlle. Maria Xavier da Cunha Maria Olindina Leal.
Pombal—Mme. Nathalia Nobrega. A virtude (versos)
Santa Catharina- Florianopolü-Mme. Maria Anna Alvim.
Çarolina Borteau.
Lages—Mme.'Ri.o-Sajmcaya-Mme.
Ambrosina Ramos. A's leitoras
Estado do Maria da No- Adalgisa D. Ribeiro
brega Sampaio. Ao "Lyrio" (soneto)
Juncliahy--Mlle. Ruth Fonseca. Francisca Izidora.
Rio Grande do NoRTE-_.4c«-Poetisa RosaBea- Phantasia
triz.
Areia Branca—Mlle. Dulce Ribeiro. "0 Rosalia Sandoval.
Alagoas-Pí/cí.-—Mlle. Luiza de Oliveira Costa. Lyrio" (versos)
Pernambuco — Bom Jardim. - Mme. Espedita Affonso Costa.
Barbosa da Silva. Perfis
Gloria de Goytá—Poetisa Theodora Rodrigues
Brejo da Madre de Deus—Mme. El vira Cezar Ma- "0 Maria A. de V. Freire.
ciei. Lyrio" (soneto)
Matto Grosso--Cim/(íü«—Mme. Eugenia de V Domicio Rangel.
Neves. Minhas felicitações
Maranhão—IcaM—Mme. Ambrosina Cruz Ra-
malho. "0 Lyrio" Isabel O. Gondim.
Itajricurü-mirim—PoeüxH. Marianna Luz.
Theotonio Freire.
Saudades f(versos)
Francisca Monteneqro
SU MM A RIO Carta aberta.
Maria. Clementina B. Dantas.
balve !
Innocencia (soneto na capa). Ignez Sabino.
Barão de Lôreto. 5 de Novembro
Ao "Lyrio'' Maria Cavalcante.
Theodora Rodrigues. Plectros (versos)
Ao anniversario duAJ Lyrio" (soneto) Papillon Meu.
Carlos Porto Carreiro. "0 Lyrio"
Saudação Joanna de Mello.
Amélia de F. Beviláqua. O ultimo olhar
"O Lyrio"
perante a litteratura nacional Luiza Ramalho.
Dr. Cio vis Beviláqua. Avante !
Chromo (soneto) Rita de Souza.
Air tinir Bahia. "0 Lyrio"
A Fatalidade (soneto) Celeste Assis Brazil.
Santina Potyçfiiare. Intimo (soneto)
Miss (soneto) Anna Lima.
Edwiges de Sá. Pereira. A r-anção das águas (versos)
Impressão Rita Cintra Costa.
Diva B aceitar. No mar (versos)
A Bonina (soneto) Marianna. Luz.
Elisa de Almeida. Cunha. Publicações recebidas.
20 O LYRIO
' ^r^^rr^^^^ „m

IIIIIPHO "DGRAPB ¦SI


Si
II
DE m

MAH H
______ ___. ___
m •-.-.

Esto estabelecimento
que é o primeiro
do Nort. do Brazil, encarrega-se de todo e
m
© qualquer trabalho do pliotographia, como m m
sejam : retratos a óleo,
pastel,. crayon, etc.
m
ae Especialidades em augmentos
plioto-
graphicos, retratos em seda, e é a única casa
m
_!__ que trabalha pelo systema verdadeiro de
platinotypia único e inalterável, reeommen-
dando-se especialmente ao bello sexo.
Acceita chamados para
m
pic-nies, reuniões
¦'--
familiares, etc.

AO i
i __»
-___,-",
ɧ_.

ANTIGA DA IMPERATRIZ
I
35
5P T_£____;E__=___:o__T_E_ 2ST. 312 1
É fpaHá»S¥ff /

3_
V7V7
."• ¦¦¦-¦' ' ¦ '
X

II u-.m
Mm
II .
I CLINICA (Ilffl DENTARIA
88
I)
DO
i
4 «ira 3/*
í\
Olr-uLrgla-o IDentlstst m
®
©
m
^0(B)
© 0|lH.)@^;l0^ (DIS

r*n
li € »33
@

© 'f'-~\

Rita do -Cabugá
Yr.

mi
$1) PRIMEIRO ANDAR
©

» fe)Bt y
©
|| das 8 ás 4 lioras da tarde
nos dias úteis e
SS
das 10 ás 2 lioras
©
x da tarde nos Dbimiigbs, dias santos ©
A)
• e feriados. ©
CD
©
RECOS COMMODGS
' ';^Y.;.^?X;^- ..^ ' •*^^^^|^^^^
Jf^f;

AA ^MAm
'¦ ".. ' '
'.-' . ¦' '',".'_ "-...'' .2,2 . ; ' ' ''¦ •
• .
,¦¦"'
'. "'4V-* "'. '" *- - '.. '" ''"*.*; ¦•¦.''" * *'"_
a-',-... '"* .' '.'¦'• ... .. . ', ' -' l,."N
1

_B! • :' !0.


0 -:# 0
© k^Z^SZZ-li^'7^^ •:
©1
12)0
p
0 0
__•

©
0 critiniaiÃo iiS-liifl ©
0
.0 0
0
: %A ?_22>, Vr. CXípivãlcãnii c/l\ãmalão ©
0
l|
- S-:

0: 0
0 0
II
x.' _v"_. y.^-\_---__,- .

©
A"
,'. i.
Mj seu consultório a
JI ©
Q
©
0 EI A'BARJ 7 -5 ©
í \J 1 ©
;.;.$.
vm " ©
•. ' 1.° ANDAR ¦¦ £T.S
i^i2>

3 '
0
'

||
¦' »'

ÉS Encontrarão os Srs. clientes 'f-


©
a

0! 5CM rP3B_^.;B-,^X.I-P-^o ©
0;
^™*™»*»*|*t _L____._ . t __i ri|i—~

0
© W
©
0:
0' Asseio, Conforto e. Hygiene •* I
© < ! S -_

0
©|
PREÇOS COMMODOS ©
®__
m
*_¦,.
&_£_

.**.
Hi
m
0

- -.a
'

.'¦*:'_" ' .

Potrebbero piacerti anche