CAPÍTUL02

l)EUS DESEJA PHOS/'ERAR SEUS J<ILHOS

/Jouvai ao Senhor. Bem-aventurado o ho-

mem que terne ao Senhor, que ern seus man-
damentos tem grande prazer. A sua semente
será poderosa na terra,· a geração dos retos
será abençoada. Pro.speridade e riquezas ha-
verá na sua casa, e a sua justiça permanece
para sernpre. (SI 112.1-3)

ma!~
E s~a pron:~ssa não pod;ria ser dar~. ~la fala
da geraçao dos retos '. Fomos fettos JUSttça de
Deus através de Cristo Jesus. Essa escritura expressa
:i. J lá oulraN· t..,,,,JlJ" 'Lf 1a
., ., , <Ja 11,111
,., ..,.ocs · cm j'rngua portuguesa ouc trazem a
1
., 1·u~1o
palavra .· · ·,s ,w,
:- "rc t os.,, M.anllvérnos
. a palavra retos no texto por uma
q11c8tao de <., ocrc
. u,1 ,l vcrsao , 1tada an teriormente.
:\tl ... ; ., .
26 PROVISÃO DO CÉU

belanlenre
· · o cor· açao- e o deseJo. de Deus dequ
lhos ·p . ._ , eseusfi_
· rosperetn. Ha centenas de texros como est
nos n10st
· l . eque
ram e ara.rnente o desejo de Deus de
rar . rlh E . . 7 14esta' esprospe.
,cits 11 o~. · m Deuceronom10. . •
Cnto·

Brndrto Jtr,i1 11111H do 1'"' todo1oJ/Xll'OJ: ndo

h,tt•rrâ r'Jtlr1/ fllfrr h. JrJtJ l,(l111tm, JtJtJ m11 •
/1,tr, nrm cn frf 0( ttw ,tr11m,11s (Dt 7. 14)

\ ·cj.t .1 hrlCTJ <le\u promrs$a. Deus não só pro-

mrtr que; ruo h.1\·rr.i homnH e mufhcre~ estéreis cn-
ur seu~ filhc)\ , tnmo e.unhem n,ío cxisúrá um estéril
cntrr o~animais de ,nt poH1. Quando no~sos animai,
1üo s..10 rstér ci~ . i, \(1 rouh..1 cm pro~ptridadc matertaL
D,us, mais um.1 , c1. , moiuou seu dc.~ejo de abentoor
seus ftlhos t.·o m h<"n\oc10~ matcriai~. Todo o A1uigo1c.s-
r~uncnw csl.i rc.\.·he1do ú)m escrituras que não somcn,
lc prometem :t prosperidade de Deus para stu povo,
nus C\~Hôs.un o dôcjo de sêu coração de fazer nsim .
.\ mnlid.i que t~uninha1nos pela Bíblia e crtu,
JrnhlS st,hre 1s promcs.us de pro~peridade, escrimra
.1p",s cs'-·n ru r.t encón era.mos algo muüo in1cressance.
\ t'Jll•JS 1.~Llt', 1u gnnde maioria das \'tUS, foi Deus
1.1ut~n1 r,..)Bh'U .l tntCÍlO\J, não o homem; não foi~
pon) que pediu ·1 Deus que os prosperas.se, mas foi
Üdl~ '-lue::1 ri.: J pr0moSa de prosperidade a des.
~ mu~:c) .iIT:f"-'TTanre compreendennos essa verdade.
. 1 Deus des.eJ·a prospe-
l n:1 vc Que tsra (_aro o qua.nm
' \~ ~ . ~ b seu ou aré mesmo,
r.n ;eu~ n.~0~ nao pro.,,san10~ u ~
 DEUS DESEJA PROSPERAR SEUS FILHOS
27
orar por prosperidade, mas devemos chegar à fé de
que é Deus quem deseja abençoar seus filhos.
Não há outro lugar na Bíblia ou na história da
humanidade em que a generosidade de Deus seja
mostrada tão claramente quanto na cruz do Calvário.
Ali, Deus deu o máximo de si. Não havia nada mais
precioso que Ele pudesse nos entregar. Ele deu seu
Filho amado. A cruz não somente mostra o amor de
Deus, mas tarnbén1 nos mostra sua generosidade. Em
Deuteronônlio 15.6 está escrito:

Porque o Senhor teu Deus te abençoará,

como te tem falado; assim, emprestarás a
muitas nações, mas não tomarás emprésti-
mos; e dominarás sobre rnuitas nações, mas
elas não tkJminaráo sobre ti. (Dt 15.6)

Veja que esse versículo, outra vez, mostra o desejo

claro no coração de Deus de abençoar seus filhos ma-
terialrnen te. O Senhor não quer que os seus tenham
sarnente o suficiente para se n1anterem, mas Deus
quer que cada un1 de seus filhos esteja numa posição
ern que não precisará de tomar emprestado de nin-
guém, pelo contrário, nosso Pai celestial espera que
sejamos generosos em relação aos outros. O Senhor
continuou dizendo no verso 1O:

Livremente lhe darás, e que o teu coração

não seja maligno, quando lhe deres; pois por
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1
PROVISÃO DO CÉU
28

esta causa te abençoará o Senhor teu Deus

em toda a tua obrdi e em tudo o que puseres
a tua mão. (Dt 15.10)

DEUS É UM PAI BONDOSO

Muitos cristãos projetam em Deus, nosso Pai ce-

lestial, as experiências pessoais que tiveram com seus
pais naturais. Muitos acham que Deus Pai age conos-
co da mesma forma que nossos pais naturais agiram.
Esse é um erro muito comum e terrível, pois Deus é
melhor Pai que o melhor pai que qualquer pessoa so-
bre a Terra poderia ter. Independentemente da razão,
se nosso pai natural não foi um bom provedor, muitos
terão dificuldades em acreditar que nosso Pai celestial
nos suprirá generosamente. Essa foi a experiência que
tanto minha esposa quanto eu tivemos.
Por diferentes motivos, fomos criados em am-
bientes muito pobres. Durante nossa infância e ado-
lescência, faltava-nos provisão material. Mas Deus,
em sua graça, mudou nosso coração para vermos nele
0
Pai que ele realmente é. Em Mateus 7.7-11, Jesus
nos contou a seguinte história:

Pedi, e dar-se-vos-d; 6uscai, e encontrareiJ~·

batei e ab · ; n
' rir-se-vos-a. 1~orque, aquele que
ped~ recebe· e 0 b
' ' que usca, encontra,· e, ao
que hate, abrir-se-lhe-d. E qual de entre vós
 l.lL.V-.> u ..........Jn f 1,vJ1 L.l\/"\I\ JCU.J t"ILHU :)
29

é o homem que, pedindo-lhe pão O seu.filho,

lhe dard uma pedra? E, pedindo-lhe peixe,
lhe dard uma serpente? Se vós, pois, sendo
maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos,
quanto mais vosso Pai, que está nos céus,
dard boas coisas aos que lhe pedirem? (Mt
7.7-1 J)
/
Jesus chegou a uma conclusão interessante nesta
história. Veja algumas palavras chaves no texto. No
versículo 11, Jesus disse:

Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coi-

sas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai,
que está nos céus, dará boas coisas aos que
lhe pedirem? (Mt 7.1 J)

Nesse versículo, há duas expressões que são cha-

ve: "quanto mais" e "boas coisas". É interessante que
Jesus não disse "quanto mais Deus vos dará boas coi-
sas''; o que Ele disse foi "quanto mais seu Pai celestial
vos dará boas coisas". Um dos problemas em receber
a bênção de Deus é que não compreenden10s a boa
natureza de nosso Pai celeste. Ele não nos dará as coi-
sas como nosso pai natural nos dá, n1as Ele nos dará
muito mais generosarnente.
Esta é uma bela expressão do coração de Deus.
Nosso Pai celestial não quer nos dar quase o suficiente
para nos tnanter; Ele não quer nos dar o suficiente para
 PROVISÃO DO CÉU
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que possamos sobreviver. Ele quer nos dar boas coisas.

Quando lemos essa história, normalmente colocarnos
0 foco no ato de pedir. Mas creio que, fazendo isso,

entendemos completamente errado o que Deus está

tentando nos dizer. Ele não está falando sobre pedir as
coisas, mas sobre confiar em nosso bondoso Pai celes-
tial para cuidar de nós.
Em dezembro de 1984, saí de férias com meu
irmão e um amigo próximo. I-Iavia terminado o se-
minário e corr1eçado a trabalhar na igreja. Ganhava
pouco e havíamos decidido dirigir até o sul da Iugos-
lávia durante o feriado de Natal. Próximo do final de
nossas férias, dirigimos até a Albânia, e, ali, algo im-
previsto e muito devastador para mim aconteceu: o
motor do meu carro explodiu.
Esse incidente aconteceu no meio da noite, cho-
via muito forte próximo à fronteira com a Albânia e
não conhecíamos ninguém em lugar algum próximo
dali. Não falávamos aquela língua e éramos incapazes
de comunicar para reportarmos o problema que tí-
nhamos com o carro. E, claro, isso aconteceu muito
antes dos celulares. Naquela época não tínhamos tais
tecnologias.
Aconteceu que, de modo inesperado, encontra-
mos um mecânico que rebocou o carro até sua ofi-
cina. O homem nos disse que o motor estava num
estado irreparável e, porque aquele carro era de um
raro modelo sueco (Saab), era impossível encontrar
 DEUS DESEJA PROSPERAR SEUS FILHOS
31
outro motor, em qualquer lugar daquele país, para
substituir o estragado. Estávamos na semana de feria-
do natalino, o que não cooperou com a situação.
,,
Fomos em busca de uma carona de volta para a
Austria, nosso país, e deixamos o carro estragado na
Iugoslávia. O mecânico disse que se voltássemos ali
com um motor substituto, ele faria a troca para nós
por um preço camarada, e isso levaria cerca de um dia.
Ao chegarmos na Áustria, percebemos que as
chances de encontrar outro motor eram bem remo-
tas. Havia vários problemas: tudo estava fechado por
aproximadamente uma semana, por causa do,, Natal;
naquele tempo, Saab era um carro raro na Austria;
peças usadas eram muito raras de serem encontradas
e, se pudessem ser achadas, seriam muito caras, e eu
não tinha dinheiro. Naquela época, eu também não
possuía cartão de crédito.
Sentei-me em algum lugar no apartamento de
meu irmão, onde eu morava naquele tempo, e orei
sobre aquela situação. Deus falou claramente em meu
coração através de Mateus 7.11, "quanto mais vosso
Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe
pedirem?" Então, pedi ao Senhor que me desse um
motor para meu carro. Eu lhe pedi uma vez somente
e confiei nele con1pletamente, fundamentando minha
fé na pron1essa de Jesus.
. Peguei o telefone e liguei para uma oficina mecâ-
nica em nossa cidade, mas devido ao feriado de Natal,
• 1

32 PROVISÃO DO CÉU

estava fechada. Contudo, quando eu liguei, aconteceu

de o gerente da oficina entrar lá, pois ele precisava pe-
gar alguma coisa. Ao ouvir o telefone, atendeu minha
ligação e, quando disse a ele o que eu precisava, fulou:
"um de nossos clientes acabou de rer um acidente e
seu carro foi totalmente destruído, mas o motor ficou
em perfeito estado". Era exatamente o modelo de que
eu precisava. Ele disse que o cliente J1avia deixado o
carro em sua oficina, pois havia comprado um carro
novo, e me ofereceu o motor por um preço bem bai-
xo. Quando lhe disse que precisava dele imediatamen-
te, o gerente se prontificou a chamar seu funcionário
à oficina para retirar o motor do carro batido. Dois
amigos que haviam ficado sabendo do nosso proble-
ma, disseram que Deus havia diro a eles para pagarem
o motor para mim. Encáo, naquele mesmo dia, con-
seguimos o motor e voltamos à Iugoslávia. De fato,
temos um bom Pai no céu que aJegremenre nos dá
muito mais que qualquer pai natural poderia nos dar.