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Importância

Definição de termos e conceitos

Fundamentação teórica

Conceito e perfil do professor

Características fundamentais da qualidade do bom professor

Características imagem do bom professor

Inspecção escolar

Objectivos da inspecção escolar

Inspecção escolar em alguns países de África e em Angola

Inspecção escolar em países da Europa

O perfil do inspector escolar

Algumas ideias sobre a inspecção escolar

O inspector controlador e avaliador pedagógico

Principais aspectos da inspecção

Alguns problemas com avaliação do trabalho do professor

Inspecção para a eficiência no ensino em sala de aula

O que o inspector deve observar e avaliar durante uma aula

Visita de inspecção em equipas

Breves considerações sobre a restauração e revitalização da inspecção escolar em Angola


IMPORTÂNCIA

O exercício de cada profissão não deve satisfazer apenas as necessidades financeiras, mas
deve sim, ser gratificante à pessoa que exerce a profissão.

Por se constatar diferentes atitudes por parte dos professores perante a inspecção escolar, é
importante que o professor saiba da relevância do trabalho do inspector escolar porque, em
todo o sistema educativo existe o serviço de inspecção.

O inspector por si só, estará sempre entre dois ‘’ fogos’’, porque tem obrigações perante as
autoridades administrativas, e perante as instituições escolares.

O inspector escolar deve ajudar a tomar as decisões e a realizar os planos de actividades.


Mantendo a administração actualizada sobre a maneira que o ensino é ministrado nas
instituições escolares, e espera verificar a aplicação das medidas tomadas pelas autoridades
e suas recomendações. Ser inspector não é ser arrogante; é pelo contrário, ser humilde, ter
domínio de si própria em tudo, e sempre afastar o dogmatismo pedagógico. Em educação o
dogmatismo (autoritarismo) é um comportamento que destrói a própria educação.
Persuadir é sempre mais elogiáveis que impor; aconselhar é mais digno de agradecimento
ou de boa aceitação que exigir ou querer.

A creditamos ser importante o tema, porque o inspector escolar é um conselheiro didáctico,


que exerce ao mesmo tempo um direito de controlo sobre as actividades do corpo docente
e sobre a administração escolar, pelo que ele deve contribuir na melhoria de educação e
ensino.

É importante também, porque irá despertar a atenção aos professores da existência dos
inspectores nas escolas, para melhorar o desempenho da sua profissão contribuindo para o
acervo bibliográfico desta área;

Vai despertar aos inspectores mais empenho nas suas tarefas, e se forem bem
desempenhadas permitirá desenvolver a capacidade de auto-avaliação das suas próprias
atitudes e comportamentos.

Para o Ministério da Educação, as Delegações Províncias e Municipais, vai despertar no


sentido de averiguar as dificuldades e o comportamento dos professores em diferentes
escolas.

DEFINIÇÃO DE TERMOS E CONCEITOS


Neste capítulo, como dizia Aristóteles citado por ‘’ Carlinhos Zassala’’ (2000) «« A
linguagem torna-se mais precisa graças ao uso das definições »» Para melhor entendimento
do estudo seleccionou-se as palavras ‘’ chaves’’ na óptica de alguns autores.

Palavras-chaves:

Influência, inspecção, gestão, escola, gestão escolar e inspecção escolar.

Com estas palavras definidas, compreender-se-á melhor o que cada uma quer transmitir e
serão mais precisas e concisas para a apresentação do estudo.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

ESCOLA:

A escola enquanto organização social, é parte constituinte e construtiva da sociedade na


qual esta inserida, sendo um espaço de convivência e de aprendizagem foi conceituada por
vários autores com diferentes visões:

- Para Santos (2014, p.87) a escola é uma instituição concebida para o ensino de alunos sob
a direcção de professores.

- A escola é um espaço dinâmico, cheio de prazos, solicitações, situações conflituosas que


necessitam de decisões acertadas em curto espaço de tempo, (Boccia, 2011, p.17).

- Segundo Freire (1996, p.18), define a escola como lugar onde se faz amigos; não se trata
só de prédios, salas, quadros, programas, horários, etc. A escola e sobre tudo gente que
trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima.
- Libâneo (2002:51). A escola é um mundo do saber, é um mundo do conhecimento.

Na nossa humilde opinião, a escola passa a ser um local onde partilham-se experiências de
vida, se solucionam conflitos e se transmitem valores essenciais a convivência social, todo
este processo é com vista a construção da personalidade dos indivíduos, seleccionando-os
para actividades laboral e logicamente dar respostas aos problemas que surgirem posterior
mente ao decorrer do seu percurso diário com base a dar ou mostrar caminho satisfario a
melhoria da sociedade.

Conceito e perfil do professor

O PROFESSOR- é o indivíduo que ensina, mestre, aquele que deve saber ser, saber estar,
saber fazer, e saber fazer saber.

Segundo Luís Ferrão e Manuela Rodrigues, professor ‘’ é aquele que tem perfil, tem
competência pedagógica, competências psicossociais e competências técnicas. ‘’ (2000 –
p: 36).

Segundo Libânio, José (2000), o professor é ‘’ um cidadão cuja responsabilidade é


preparar os alunos para serem homens cidadãos activos e participantes na família, no
trabalho, na vida cultural e política. ‘’ (2000 – p: 47 – 48).

O professor também é o mediador entre o aluno e a sociedade, entre as condições de


origem do aluno e o seu destino na sociedade, é o facilitador das aprendizagens.

É grande a responsabilidade do professor como agente influenciador das mentalidades em


formação.

Os pressupostos quanto ao perfil do professor na escola de ‘‘ massas ‘’ definem – se pelos


papéis que lhes são acometidos nas escolas primárias e secundárias de hoje:
1. Transmissor de conteúdos: transmissor das matérias a ensinar, conhecedor da
metodologia das matérias a ensinar.
2. Pedagogo: panificador, facilitador da aprendizagem, expositor, motivador,
dinamizador de grupos, avaliador, individualizador do ensino, capaz de estabelecer
diálogo, possuir de certas qualidades, simpático, criativo, honesto, com espírito crítico,
bom senso, etc.
3. Educador: modelo transmissor de valores, clarificador de valores, promotor de atitudes
sociais ajustadas, promotor de comportamentos cívicos, morais e sociais, promotor de
hábitos sociais de convívio, promotor de atitude participantes na comunidade escolar
em que o aluno insere, promotor de hábitos de saúde e higiene.
4. Membro activo da comunidade escolar: conhecedor do meio social, animador
desportivo e recreativo, promotor de experiências curricular de aprendizagem extra-
escolar.
5. Elo de ligação entre a escola e a família: conhecedor do meio social e cultural dos seus
alunos e conhecedor do ambiente familiar dos mesmos.

Para o nosso trabalho, podemos dizer que existe um elo de ligação entre professor, aluno e
inspector e que qualquer um deles tem expectativas para com outro. Assim, não podemos
falar de professor e inspector sem termos no meio a sala de aula (aluno).

CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DA QUALIDADE DO BOM PROFESSOR

Para um ensino eficiente é necessário que bom professor se caracterize pelas seguintes
atitudes, segundo Manuela Rodrigues e Luís Ferrão, (2000- p: 36- 37)

- Ter aptidão para gerir os mais novos, num relacionamento franco e confiante.

- Adaptabilidade constante às necessidades dos alunos.

- Espírito aberto pelos alunos e seu trabalhar (criticar e elogiar);

- Compreensão e disponibilidade a abertura a outrem;

- Qualidade no sentido de responsabilidade.


- Qualidade de originalidade, de criatividade e actividade;

- Capacidade de conhecimento e atitude;

- Ser extrovertido.

CARECTERÍSTICAS IMAGEM DO BOM PROFESSOR

O professor deve:

- Ser capaz de compreender e integrar-se no contexto técnico em que exerce a sua


actividade;

- Ter competência pedagógica;

- Ser capaz de adaptar-se a diferentes contextos organizacionais e a diferentes grupos de


alunos;

- Ser capaz de conduzir o processo de ensino/aprendizagem e grupos de alunos;

- Ser capaz de planificar e preparar as suas aulas;

- Ser capaz de gerir a progressão na aprendizagem;

- Ser capaz de avaliar a eficiência e a eficácia da formação;

- Saber ser e saber fazer;

- Conhecer a si mesmo.

INSPECÇÃO ESCOLAR

Historicamente falando a ‘’ inspecção é o controlo oficial,’’ inspeccionar é examinar para


controlar, isto é, verificar, fiscalizar e / ou reprimir. Em definitiva a inspecção escolar é
uma missão de controlo soberano que consiste em examinar, verificar e deduzir, pôr-se
bem a par e constatar, a fim de informar a autoridade a qual saberá sobre a que se basear o
fundar a sua acção.

Do ponto de vista jurídico a inspecção é um instrumento que permite às autoridades


políticas e administrativas manter contacto com professores, os alunos e a colectividade ou
informar a comunidade o que é necessário para se assegurar que o sistema funciona de
maneira satisfatória e eficaz.

Geralmente o conceito de inspecção escolar faz referência ao controlo, á verificação,


avaliação, ajuda, e ao conselho para melhorar o trabalho.

A inspecção’’ é o processo visando melhoria do sistema de ensino – aprendizagem’’.


Inspecção é pois, gerir um conjunto de actividades contribuindo a investigação de uma
maior qualidade do processo de ensino aprendizagem, a partir das intervenções de controlo
e de avaliação conduzindo a ajuda profissional apropriada (1992).

Segundo Nérici, Imidio G (1979), a inspecção escolar é ‘’o serviço de assessoria de todas
actividades que influem sobre o processo de ensino – aprendizagem, com vista a realizar
uma melhor planificação, uma melhor coordenação e execução das mesmas, para que se
atendam de uma forma mais eficiente as necessidades e aspirações do aluno e da
comunidade, assim para que se levem a cabo mais plenamente dos objectos gerais de
educação e objectivos específicos da escola. (citado por Zivendele Sebastião, 1995).

Segundo Abrantes, Almeida (1971), dá-nos uma definição mais completa, onde
inspeccionar é essencialmente ‘’verificar o que está ou que não está para estudar soluções,
rumos a seguir, analisar resultados, pôr hipóteses e experimentar; analisar programas,
observar comportamentos dos elementos docentes e discentes, inquirir sobre o
condicionalismo da escola, do ambiente em que ela actua; dialogar em que o inspector e os
elementos inspeccionados dêem mãos confiantemente, para que uma analise mais perfeita
do trabalho realizado, a maneira de o aperfeiçoar; orienta com toda autoridade de que bem
sobe observar, de que estudou ou experimentou, de quem de si próprio o desejo ou a
decisão de ser companheiro numa série de missões que transcende as quatro paredes de
uma sala e muitas vezes a responsabilidade é de uma só pessoa.

Inspeccionar deixou de ser apenas para fiscalizar a fim de averiguar ‘’ como ‘’ estão a ser
executadas as disposições legais e para que a obra educacional se realize segundo os
interesses da nação.
Inspeccionar passou a ser sim, obra verdadeiramente humana, quase sempre humilde, em
que o elemento inspector tem que actuar com a disposição de também algo aprender no se
vê, com a satisfação de deixar, esta ou aquela sala de aula, mais rico do que quando nela
entrou…

Actualmente a inspecção escolar é aquela que tem por objectivo melhorar todo processo de
ensino - aprendizagem, incluindo todas pessoas que nele participam, a fim de se chegar a
um trabalho cooperativo e democrático. Ela é criadora, estimula e orienta os professores de
maneira democrática e cientifica para que se desenvolvam profissionalmente e sejam
capazes de obter o grau de eficiência no processo de ensino/ aprendizagem.

Ela também promove actividades e cria um ambiente de estudo e de estímulo que incita os
professores a superarem-se constantemente.

OBJECTIVOS DA INSPECÇÃO ESCOLAR

A história da inspecção escolar no quadro da evolução dos sistemas educativos modernos e


da análise das tarefas realmente cumpridas pelos inspectores, mostra bem que as funções e
a concepção que têm da sua tarefa, a saber, a melhoria da qualidade ensino, não são
uniformes.

Como é de esperar, os objectivos e as funções da inspecção variam segundo a estrutura


política e administrativa do sistema educativo do País.

Assim, considerando que a inspecção escolar deve contribuir para o desenvolvimento do


ensino, destinado a promover a educação integral da infância e da juventude e o seu
desenvolvimento moral, cívico intelectual e físico ao serviço da pátria, da descoberta da
paz e da amizade entre os povos; considerando também que, quase sempre na maioria dos
Países, o inspector é conselheiro didáctico que exerce ao mesmo tempo um direito de
controlo sobre a actividade do corpo docente e sobre administração escolar, e que ele deve
contribuir na melhoria da educação e ensino nas escolas intervindo para o efeito, tanto
junto dos professores como das autoridades superiores do ensino e não só.

Na Conferência Internacional da Educação, convocada pela UNESCO e pelo Bureau


Internacional da Educação em Genebra na 19º sessão, adoptou na sua Recomendação nº 42
sobre a Inspecção Escolar os seguintes objectivos:

a) O objectivo principal da inspecção escolar é de promover por todos os meios o


desenvolvimento e a eficácia das instituições educativas e assegurar uma ligação
em ambos sentidos, entre autoridades do ensino e as comunidades escolares;

b) A inspecção Escolar deve ser considerada como um serviço destinado, por um lado
a fazer compreender aos professores e à população, tanto a política educacional, as
autoridades escolares como as concepções e métodos moderno da educação e, por
outro lado, informar `as autoridades competentes as experiências, necessidades e
aspirações dos professores e da comunidade;

c) A Inspecção Escolar deve contribuir para assegurar aos professores os meios de


trabalho que lhes permitam realizar eficazmente a sua missão, facilitando a sua
superação, evitando o seu isolamento intelectual e garantindo o respeito da sua
personalidade e da suas ideias de modo a encoraja-los a tomar iniciativas;

d) A Inspecção Escolar deve fazer tudo o que for possível para criar a volta do
professor, nos seios dos pais e encarregado de educação e da comunidade em geral,
o clima de compreensão, de simpatia e de estima sem o qual não há obra
educacional, nem participação moral e material da comunidade na acção do
professor.
INSPECÇÃO ESCOLAR EM ALGUNS PAÍSES DA EUROPA

Dos vários países existentes na Comunidade de Estados Europeus, seleccionou-se os


seguintes para definir Inspecção Escolar.

França – exerce a 3 níveis: central, regional e departamental. A central controla a


organização e o funcionamento das escolas e participa na investigação de novos métodos.
A regional ocupa-se da qualificação do professorado e da promoção de cursos de
aperfeiçoamento. A departamental ocupa-se da direcção, gestão e controlo dos centros
escolares.

Em França, alguns novos inspectores são admitidos pelos inspectores em exercícios.

Para a candidatura à Inspecção da Educação, e, em todos os casos, é considerada


indispensável a experiência como professor, nunca inferior a cinco anos de exercício
efectivo de funções docentes e ser bem informado.

Em alguns casos os inspectores integram a hierarquia dos órgãos de concepção e de


decisão do Ministério, mas, noutros casos, constituem um corpo especial que funciona
paralelamente ao sistema, avaliando-o e interferindo-o indirectamente. (Manual de
Inspecção Escolar – MED – 1998).

Inglaterra – O Ministro da Educação fixa os objectivos nacionais em termos de educação


e dispõe de um corpo de inspectores; os inspectores de sua Majestade, que desempenham
funções de aconselhamento ao Ministro, assessoria e informação às escolas, os professores,
avaliação dos centros, do sistema de investigação e do planeamento curricular. Exige-se
aos candidatos a inspectores uma ampla experiência docente. É comum em todos estes
países o recurso ao concurso para o recrutamento de inspectores.
Dinamarca – há dois tipos de inspecção: a local e a real. A real assessora o ministro e a
local é exercida por intermédio de diversas entidades como os conselhos escolares e os
municipais.

Bélgica – desenvolve tarefas de natureza administrativa e pedagógica.

Controla a qualidade e métodos docentes, bem como o trabalho docente; qualificação e


orientação dos professores, através da assessorias que lhes presta. Participa no
aperfeiçoamento dos professores e na experiência educativas, mas não na investigação
pedagógica.

Controla a escolarização e o cumprimento das disposições vigentes.

Existe um inspector para cada 250 professores (1/250).

Alemanha – é exercida por pedagogos com experiência docente e cumulativamente, com a


de exercício de direcção de centros escolares. A relação inspector/professor é de 1/150 à
1/250.

O PERFIL DO INSPECTOR ESCOLAR

Para um melhor desempenho das suas funções, o inspector escolar deve apresentar
condições específicas que facilitam a sua tarefa árdua, de certeza, se tiver em conta a
extensão e a complexidade da mesma.

Os atributos necessários para o exercício da função do inspector escolar, isto é, o seu perfil,
resultam da combinação harmoniosa entre os três aspectos a saber: o ser, o saber e o saber
fazer.

AO NÍVEL DO SER
O inspector escolar deve:

Ser assíduo; revelar capacidade de análise e crítica; isto é, fazer críticas fundamentais e
construtivas (auto e hipercrítico), receptivo à crítica tirando parte dela; manifestar abertura
e optimismo pedagógico; procurar ser modesto e humilde; Ser imparcial e discreto;
Revelar criatividade, isto é, não se limita aceitar o proposto e a modificar criativamente a
sua atitude em situações imprevista; Manifestar gosto e interesse pelo exercício de uma
função, assumindo na relação pedagógica uma atitude de entrega e desempenho; Distinguir
– se por um elevado sentido de idoneidade moral e cívica.

AO NÍVEL DO SABER

O inspector deve:

Ampliar, aprofundar e actualizar conceitos científicos psicopedagógicos;

Conhecer e compreender o desenvolvimento, as inovações pedagógicas;

Conhecer os regulamentos administrativos relativos à educação, nomeadamente ter boa


compreensão do sistema de educação no seu conjunto como subsistema no contexto geral
no País. Deve dominar fundamentalmente a ‘’ Lei de Base do Sistema Educativo’’;
Conhecer as regras de uso na educação (dossier, livros, registos, ficheiros, contabilidade,
planos de estudo, programas escolares recomendados); Conhecer e compreender os
princípios da avaliação em matéria de educação, o sistema de avaliação vigente; Conhecer
a finalidade e os objectivos da inspecção escolar; Conhecer o modo de apresentação das
observações, dos relatórios Saber avaliar o trabalho do professor com vista a dar-lhe
conselhos e ajuda; Estar consciente da inter-relação, escola/meio, tendo em vista a
construção de uma sociedade mais justa, procurando documentos sobre o meio económico
e cultural da sua área de jurisdição, contribuir para promoção de reuniões com os membros
da comunidade para intercâmbio de valores culturais e resolução de problemas
escola/comunidade.
AO NÍVEL DO SABER FAZER

O inspector escolar deve ter a capacidade para dirigir o colectivo dos professores tais
como:

Conhecer alguns princípios da sociologia, da psicologia e da dinâmica do grupo; Poder,


querer aconselhar e orientar com tacto em todos os domínios, questões administrativas e
pessoais; Saber orientar, reforçar o espírito de iniciativa e criatividade dos professores;
Saber resolver de maneira construtiva os conflitos pessoais e sócias (sabendo favorecer
boas relações humanas; ser capaz de negociar e aceitar compromissos e resolver conflitos
de maneira construtiva); Saber manter o entusiasmo, isto é, motivar o pessoal, manifestar-
lhe interesse e orientá-los com vista a ajudar-lhes a revolver os seus problemas
profissionais e pessoais e interessar-se efectivamente nos problemas da educação; Saber
querer avaliar o seu próprio trabalho num espírito crítico, forçar-se e auto superar-se
constantemente; Dar os professores um formação pedagógica e produzir (conceber redigir)
materiais pedagógicos; Favorecer as ligações de comunidade e cooperação espontânea
entre o pessoal escolar, a colectividade e os colegas, (Manual de Inspecção Escolar MED –
1985).

ALGUMAS IDEIAS SOBRE A INSPECÇÃO ESCOLAR

A função essencial da inspecção escolar, consiste em compreender os professores


aconselhá-los respeitando a sua liberdade intelectual e o seu espírito de iniciativa em
matéria pedagógica.

Na recomendação nº 10 da conferência Internacional da Educação (Período de 1934-1958


em Genebra – Suíça, onde demonstrou o lugar reduzido e reservado a inspecção escolar).

A inspecção escolar deve ser considerada como um serviço destinado, por um lado, a fazer
compreender aos professores e às populações a política educativa, as concepções e os
métodos pedagógicos; Por outro lado, deve informar as entidades competentes sobre as
experiências, as necessidades e as aspirações dos professores e da sociedade.

A inspecção deverá contribuir para assegurar aos professores, os meios de trabalho;


Facilitando-lhes o aperfeiçoamento e estimulá-los a tomarem iniciativas.

A visita de inspecção deve ser feita com frequência, pelo menos duas vezes por ano.

A inspecção poderá ter funções de carácter administrativo; mas terá essencialmente


funções técnicas – pedagógicas.

Na recomendação nº 42 do Boletim Internacional Educativo (B.I.E.), diz que deve haver


uma relação próxima da inspecção com os centros de formação pedagógica para melhor
poder desenvolver as suas tarefas no âmbito de assessoria e animação pedagógica.

O controlo das disposições vigentes é exercido pela inspecção. Os candidatos à inspecção e


o professorado terão que ter garantias de que a selecção e nomeação dos inspectores serão
objectivas e com base, exclusivamente, no valor, nas aptidões e no mérito dos.’’

Deverão ter em conta: habilitações literárias, conhecimentos psicopedagógicos, experiência


docente de cinco anos no mínimo no ensino, para além de outras qualidades (saúde,
moralidade, imparcialidade, independência de carácter, benevolência, bondade, espírito de
iniciativa, criatividade e entusiasmo).

A retribuição dos inspectores deve corresponder à importância das suas funções –


aconselha – se a promoção dos inspectores a postos superiores da hierarquia administrativa
e de supervisão.

A acção da inspecção deverá ser ‘’ uma acção de efeitos multiplicadores.’’

Nesta perspectiva, a inspecção será chamada a ter um protagonismo cada vez mais
destacado no sistema educativo.

Há necessidade de incorporar os inspectores no desenvolvimento de experiências


educativas inovadoras; há necessidade formar a inspecção para que intervenha de forma
decisiva na introdução de mudanças e inovações. A inspecção será um factor de ajuste e de
regulação do sistema escolar.
Um estudo recente de Leimuk-Role dê inspecteurs dês l ‘ enseignement dans les decisions
relatives a l ‘ educacion – UNESCO, acentua, de forma detalhada as novas funções de
inspecção em torno de três eixos, segundo (António Gonzalez Espinhosa 1995)

Quanto ao sistema:

- A gente inovadora, estimulador, animador, regulador, avaliador, árbitro, estabilizador,


organizador e gestor.

Em relação aos professores:

- Agente comunicador, animador, mobilizador, estimulador, e observador.

Em relação ao meio:

- Agente de participação, de avaliação e apoio.

O INSPECTOR CONTROLADOR E AVALIADOR PEDAGÓGICO

O inspector é controlador e avaliador quando acompanha o andamento das escolas que


estão sob a sua responsabilidade, acompanha os cumprimentos dos programas, o
aproveitamento dos alunos, a administração das aulas dos seus professores, quando se
apercebe das dificuldades de natureza humana e pedagógica que encontra nos seus
professores (especialmente os novos), idêntica essas dificuldades, e é capaz de conduzir
uma observação, a mais objectiva possível.

A observação de uma aula pelo inspector durante uma visita a uma turma não deve ser
encarada como uma acção de controlo ou crítica mas como uma forma de apoio que
importa explicar bem aos professores visitados.

O inspector deve avaliar a situação global do ensino e os resultados obtidos nas diferentes
classes, nas diversas disciplinas e da escola do mesmo nível.

Uma questão importante é o poder de informar aos seus superiores hierárquicos de modo
que as autoridades locais, municipais, províncias e nacionais devidamente esclarecidas
estejam em condições de terminar as prioridades e de tomar decisões mais apropriadas para
melhorar a qualidade de ensino.

Outra questão também importante é o acompanhamento da qualidade de ensino através da


análise das notas obtidas pelos alunos, nas diversas matérias do programa do ensino,
incentivar no seio escolar o desenvolvimento de uma reflexão entre o inspector e os
directores deverão estimular a participação real dos professores na procura de melhores
resultados para os alunos.

Por fim, devemos considerar o controlo e avaliação dos professores de extrema


importância porque o inspector deve classificar pedagógica e administrativamente os seus
professores comprometendo-lhes exercer uma certa vigilância (assiduidade, pontualidade,
disciplina etc.). O inspector deve exercer o papel de agente renovador quando tenta certas
inovações na escola. Porém, não acabam com as suas tarefas e funções: ele deve tornar-se
o elemento de ligação entre a escola e meio mais próximo.

As escolas que estão situadas na comunidade por consequência as relações humanas


tornam-se indispensáveis a fim de assegurar o relacionamento de uma comunidade eficaz
entre todos que directa ou indirectamente estão ligados à escola. O inspector faz a ligação
escola – comunidade quando reúne com os encarregados de educação informando-os sobre
o andamento do seu educando. (Manual de Inspecção Escolar – MED – 1996).

PRINCIPAIS ASPECTOS DA INSPECÇÃO

1- Controle a aplicação dos normativos educacionais


2- Presta assistência pedagógica, mediante diagnóstico
3- Acompanha aplicação das orientações metodológicas nas escolas

TAREFAS ESPECIFICAS DA INSPECÇÃO

Aspectos legais: Controle, fiscalização, auditoria e estrutura de gestão


Apoio a avaliação: Pessoal, sistema educativo (estrutura e organização)

Assistências pedagógicas aos professores (diagnostico, intervenção pontual e


recomendações)

ALGUNS PROBLEMAS COM AVALIAÇÃO DO TRABALHO DO PROFESSOR

Ter o próprio desempenho avaliado é desagradável, especialmente para um profissional.


Ser um profissional sugere, de certo modo que a pessoa já passou por uma prática e cursos
rigorosos que equiparam com as habilidades e conhecimentos necessários para lidar com
requisitos do trabalho da profissão.

Provavelmente, a maioria dos professores, mesmo os que experimentaram recursos


humanos em supervisão, veriam a avaliação sumativa de um desempenho como
ameaçadora. Alguns podem vê-las como administração de um ‘’controlo geral’’ sobre eles.
Ela tende a criar automaticamente um relacionamento adverso e legista. Apesar disso,
muitos concordariam que alguém tem que avaliar o desempenho.

Muitas vezes os professores reclamam sobre colegas irresponsáveis que não conseguem
manter a disciplina nas suas aulas, que jamais conseguem entregar as notas no dia certo,
que chegam tarde ou saem cedo cujo os alunos raramente aprendem o que os programas
pedem, e assim por diante.

Quando se tem de enfrentar responsabilidades de avaliar o desempenho do professor, os


inspectores devem estar conscientes do ‘’ terreno minado ‘’ que espera quando se entra
neste campo pela primeira vez. Muitas dessas ‘’ minas’’ relacionaram-se com pressupostos
complacentes insustentáveis que podem explodir senão forem cuidadosamente examinados
e evitados.

Pressuposto n.º 1- Existe um conjunto claro de critérios ou padrões, compreendido e


aceites por todos, com os quais pode-se avaliar o desempenho do professor.
Pressuposto n.º 2 – Visitas esporádicas e não anunciadas na sala de aula, sem conversa
prévia e sem discussão subsequente, são legítimas e um meio aceitável de avaliar o
desempenho do professor.

Pressuposto n.º 3 – A consecução dos objectivos do curso pelo aluno é a única maneira de
avaliar o desempenho do professor.

Pressuposto n.º 4 – A avaliação do desempenho do professor de lidar apenas com os


comportamentos observáveis em sala de aula.

Pressuposto n.º 5 – Uma ou duais visitas na sala de aula é tudo que se exige para julgar a
qualidade do desempenho do professor e tomar decisões sobre a manutenção, posse e
promoção.

Estes cincos pressupostos não dimensionam uma reinquirição rigorosa. Se um inspector,


agindo com esses pressupostos e tiver de apresentar uma recomendação ou não dar posse,
ele encontraria dificuldades legais e profissionais.

Além disso, o inspector não pode empregar procedimentos fortuitos ao visitar as classes.
As visitas têm de precedidas e seguidas de discussões com o professor, nas quais
estabelecem os propósitos, desenvolvem-se uma análise de actividade de aula estabelecem-
se acordos sobre os esforços de melhoria específica. Alguns procedimentos previsíveis e
claramente compreendido se desenvolvidos durante um período de tempo, têm de ser
seguido.

Segundo Sergiovani J. Thomas e Robert Starnat (1986- p:4448-449 – Supervisão), a


avaliação do desempenho é necessário, que uns concordam e outros não.

INSPECÇÃO PARA A EFICIÊNCIA NO ENSINO EM SALA DE AULA


O enfoque fundamental da inspecção do professor é o aumento da eficácia do ensino.

A eficácia do ensino, é por definição levar o efeito das aprendizagens desejadas no aluno
ou os objectivos de um segmento particular da aula e fazer com o aluno soletre
correctamente 10 palavras novas, então diz-se que o professor é eficiente, quando por meio
da sua actividade de ensino, leva todos os alunos a essa feliz conclusão.

Além disso quanto mais os alunos aprendem, mais eficaz é o ensino.

O trabalho do inspector é de auxiliar o professor a aumentar a sua eficácia, aumentando a


aprendizagem do aluno.

Segundo Thomas e Sergiovani e Robert Starnat (p:386 Supervisão, 1986), realizaram


recentemente algumas pesquisas sobre a eficácia do professor apontaram algumas
implicações para a prática em inspecção.

Embora as averiguações possam ser muito familiares a um professor ou inspector


experiente e parecer ao cidadão comum como bom senso, as pesquisas tem documentado
que certos comportamentos de professores estão relacionados com os ganhos dos alunos,
tanto nos testes referentes a critérios como referentes as normas.

O QUE O INSPECTOR DEVE OBSERVAR E AVALIAR DURANTE UMA AULA

Para observar uma aula é necessário que inspector conheça os aspectos a observar, isto é,
através de um modelo de observação de aula, onde ele irá registar os aspectos positivos e
negativos da aula.

ASPECTOS A OBSERVAR DURANTE A AULA:


OBSERVAR E AVALIAR ASPECTOS ASPECTOS
POSITIVOS NEGATIVOS

Qualidade do plano de aula.

Concordância com o programa.

Determinação dos objectivos.

Procedimento metodológico.

Organização da aula.

Pontualidade no inicio de aula.

Uso racional do tempo.

Disponibilidade dos meios didácticos.

Carácter Cientifico da aula.

Valor educativo da aula.

Ligação da matéria com a vida,


atmosfera emocional na aula.

Usa das potencialidades educativas da


matéria.

Desenvolvimento das convicções.

Saber e Saber Fazer dos alunos.

Capacidade de trabalho independente.

Conhecimento, habilidades e
avaliação.

Direcção Prática da aula do professor.

Elementos metodológicos.

Estrutura didáctica.

Utilização de meio didácticos


disponíveis e possíveis.

Aplicação correcta dos princípios


didácticos.

Apoio individual aos alunos com


deficiência.

Relação entre o trabalho oral e escrito.

Comportamento dos alunos.

Disciplina, ordem e apoio colectivo.

Perícia pedagógica do professor.

Relações entre professor e aluno.

Linguagem e domínio da matéria.

VISITAS DE INSPECÇÃO EM EQUIPA

As visitas de inspecção em equipa são uma realidade, mas correspondem a uma visão mais
actualizada.

Segundo Almendro – (1952) – Deve-se ensaiar um tipo de inspecção colectiva, em que uns
e outros se complementariam com aptidões e capacidades de cada um, surgindo a eficácia
da estrutura e organização que se dê ao trabalho.

Segundo Lemos (1985) – é melhor constituir-se uma actividade em equipa de vários


especialistas, para actuar com as equipas dos docentes; requer mais preparação e oferece
melhores resultados.

A interdisciplinaridade a internivelaridade nas escolas mais justifica o trabalho da


inspecção em equipa.
AS VISITAS PODEM SER DE:

. Avaliação – deve-se realizar em equipa;

. Assessoria – requer muitas vezes o trabalho em equipa;

. Controlo – são mais eficazes só com 1 ou 2 inspectores.

EXIGÊNCIAS DAS VISITAS DE INSPECÇÃO EM EQUIPA:

. Forte coordenação, por um dos seus membros;

. Atitude positiva de todos;

. Preparação minuciosa: objectivos, tarefas, e estratégias;

. Utilização de instrumentos adequados;

. Relatório em conjunto.

Podemos dizer, que a partir do momento, em que entra mais de uns inspectores na sala de
aulas, o professor psicologicamente terá uma atitude diferente, dependendo do tipo de
visita.

BREVES CONSIDERAÇÕESSOBRE A RESTAURAÇÃO E REVITALIZAÇÃO DA


INSPECÇÃO ESCOLAR EM ANGOLA

Falar de inspecção escolar nos dias de hoje é falar do programa de Restauração e


Revitalização, cujo objectivo principal é a garantia da educação de qualidade para todos
por ser uma responsabilidade compartilhada, de todos os elementos que compõem o
sistema educativo.
Em 2009, dando continuidade aos esforços de Reforma Educativa em Angola, o Ministério
da Educação avançou no processo de revitalização da inspecção da educação. Assim, no
âmbito do programa de apoio ao ensino primário, com parceria da UNESCO onde se
realizou um amplo diálogo técnico - político para a definição das directrizes orientadoras
do serviço inspectivo, alinhadas ao novo Sistema de Educação.

Em 2010, desenvolveu-se uma experiência piloto de formação envolvendo equipas de


inspectores em oito províncias (Benguela, Bié, Cunene, Huambo, Huíla, Kuanza Sul,
Namibe).

Durante a formação de intercâmbio entre inspectores-formados e especialistas, permitiu-se


construir uma metodologia de trabalho inovadora da inspecção, baseada na promoção da
avaliação institucional participativa das instituições escolares; analisaram procedimentos e
ferramentas de trabalho para contribuir com a tarefa inspectiva, na busca da melhoria da
qualidade educativa.

De lembrar, não há melhoria da qualidade possível se os esforços realizados pela


comunidade escolar não forem acompanhados de maiores esforços dos órgãos centrais.
Questões vinculadas à infra-estrutura, à formação e concentração docente, do desenho
curricular à provisão de materiais didácticos, etc., fogem da alçada do Director da escola e
requererem a intervenção dos órgãos centrais. Cabe ao inspector contribuir para a
identificação destes problemas na escola, encaminhá-los aos órgãos competentes e realizar
o seguimento das medidas tomadas para contorná-los.

A reforma da inspecção não passa tanto por uma modificação nas atribuições ou funções
que devem realizar os inspectores, mas pela postura do inspector e metodologia de
trabalho.

O sentido de revitalização da inspecção é, portanto, a introdução de uma nova metodologia


de trabalho. A sua finalidade é acompanhar as escolas no processo de avaliação
institucional participativa, contribuindo para o fortalecimento de uma gestão democrática,
que conduza à melhoria sustentável da qualidade educacional. (Livro de Fundamentos
Teóricos da Revitalização da Inspecção, p: 23. Unesco 2012).
Não se pode falar de visitas inspectivas às escolas, sem que inspector conheça o contexto
daquela escola, pois, é necessário fazer a caracterização diagnóstica, no âmbito escolar. E
necessário desenvolver as capacidades para o exercício da função inspectiva de acordo
com as exigências do texto do país (reforma educativa).

As escolas existem para garantir o bem-estar especial ‘’a aprendizagem’’


independentemente das condições sociais, estruturais e do material didáctico, que também
é importante.

Devemos melhorar a qualidade de ensino nas escolas. (finalidade do programa de


reestruturação e revitalização escolar). Fonte: site internet (med.gov.ao – 2010|2015).

Segundo Dr. Pinda Simão – Ministro da Educação, na abertura do Encontro Nacional de


Inspecção Escolar, pediu aos inspectores da educação para serem mais rigorosos e
autoritários, prudentes e não arrogantes, durante a execução das actividades inspectivas nas
escolas estatais e privadas.

Referiu ainda, que os inspectores são impulsionadores da melhoria da qualidade de ensino,


uma vez que são eles que supervisionam a aplicação dos métodos educativos, visados pelo
Ministério da Educação’’

Fim de citação (fonte: med.gov.ao – 5|11|2013).

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