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Anexo III. As atribuições dos cargos deste concurso estão indicadas na Lei nº. 949 de 9/01/2014,
publicada no DOE nº. 2195 de 10/01/2014, e suas alterações.
2.2.1. Além dos vencimentos e demais vantagens previstas na Lei Complementar nº. 053 de 31 de
dezembro de 2001, o servidor da ADERR terá direito à gratificação de interiorização, desde que
lotados nas Unidades de Defesa Agropecuária – UDA’s ou Escritórios de Atendimento a
Comunidade – EAC’s fora do perímetro urbano de Boa Vista, sobre o vencimento básico, nos
seguintes percentuais:
I – 5% (cinco por cento) incidente sobre o vencimento da classe inicial da respectiva carreira, para
os municípios de Cantá e Mucajaí;
II – 7% (sete por cento) incidente sobre o vencimento da classe inicial da respectiva carreira, para
os municípios de Alto Alegre, Amajari, Bonfim e Iracema;
III – 9% (nove por cento) incidente sobre o vencimento da classe inicial da respectiva carreira,
para os municípios de Caracaraí, Normandia e Pacaraima;
IV – 12% (doze por cento) incidente sobre o vencimento da classe inicial da respectiva carreira,
para os municípios de Caroebe, Rorainópolis, São João da Baliza e São Luiz do Anauá;
V – 15% (quinze por cento) incidente sobre o vencimento da classe inicial da respectiva carreira,
para o município de Uiramutã;
2.3. Serão reservadas vagas para Pessoas com Deficiência, conforme item 3.17.1.
2.3.1. Consideram-se Pessoas com Deficiência aquelas que se enquadrarem nas categorias
discriminadas no artigo 4º do Decreto Federal nº 3.298/1999, que regulamenta a Lei Federal nº
7.853/1989 e alterações posteriores.
3.3. Antes de efetuar a inscrição o candidato deverá certificar-se dos requisitos exigidos para
a investidura no cargo, observando com atenção a localidade a qual se destina a vaga.
3.4. Não haverá isenção total ou parcial do valor da taxa de inscrição, salvo os casos previstos no
item 3.12.
3.5. As inscrições somente serão homologadas após o pagamento da respectiva taxa de inscrição
dentro do prazo de validade de pagamento, conforme datas do Cronograma de Atividades.
3.5.1. O valor referente ao pagamento da taxa de inscrição não será devolvido em hipótese
alguma, salvo em caso de cancelamento do certame por conveniência da Administração Pública.
3.5.2. O comprovante de inscrição deverá ser mantido em poder do candidato pois, caso
solicitado, o mesmo deverá ser apresentado no local e data de realização das provas.
3.6. Não serão aceitas inscrições via fax e/ou via correio eletrônico (e-mail) ou realizadas fora do
prazo estipulado.
3.7. As informações prestadas na solicitação de inscrição pela Internet serão de inteira
responsabilidade do candidato.
3.8. As inscrições serão Homologadas pelo Presidente da Comissão Organizadora do Concurso,
sendo publicada a relação na Internet através do site www.uerr.edu.br link Concursos - Área do
Concurso para a ADERR.
3.9. A prestação de declaração falsa ou inexata e a não apresentação de qualquer documento
exigido importarão em insubsistência de inscrição, nulidade de habilitação e perda dos direitos
decorrentes, em qualquer tempo, em qualquer etapa do certame, sem prejuízo das sanções civis e
penais cabíveis.
3.10. A qualquer tempo poder-se-á anular a inscrição e as provas do candidato, desde que
verificada falsidade em qualquer declaração e/ou qualquer irregularidade nas provas e respectivas
etapas e/ou em documentos apresentados, eliminando-o do certame.
3.12. DA ISENÇÃO
3.12.1. O candidato doador de sangue, nos termos da Lei nº. 167/1997, poderá requerer isenção de
pagamento da taxa de inscrição dentro do período constante no Cronograma de Atividades –
Anexo I, via internet através do site www.uerr.edu.br link Concursos - Área do Concurso para a
ADERR, no ato de realização da inscrição mediante o preenchimento do formulário de inscrição
optando pela solicitação de isenção.
3.12.2. O candidato deverá apresentar até o prazo máximo constante no Cronograma de
Atividades – Anexo I - na Sala de Atendimento da Comissão de Concursos da UERR, o Pedido
de Isenção assinado pelo candidato acompanhado de Declaração atualizada (até 30 dias da
data da inscrição) fornecida pelo banco de sangue comprovando sua condição de doador regular,
há no mínimo 6 (seis) meses, nos termos da Lei Estadual 167/1997.
3.12.3. Será publicado o resultado preliminar das solicitações de isenção de pagamento com a
relação dos candidatos que tiveram a solicitação DEFERIDA ou INDEFERIDA na data prevista
no Cronograma de Atividades do certame – Anexo I deste Edital.
ESTADO DE RORAIMA
AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”
3.12.4. Após a análise dos recursos será publicado, via internet através do site www.uerr.edu.br
link Concursos - Área do Concurso para a ADERR, o Resultado Final dos pedidos de isenção na
data constante no Cronograma de Atividades do certame – Anexo I deste Edital.
3.12.5. Os candidatos que tiverem seus pedidos de isenção INDEFERIDA, deverão imprimir o
Boleto de Pagamento da taxa de inscrição e efetuar o pagamento até a data de vencimento do
mesmo para homologação da inscrição.
3.13. O Processo de Inscrição somente completar-se-á com:
a) O correto preenchimento dos campos obrigatórios estabelecidos no requerimento/formulário de
inscrição (online) conforme subitem 3.1.2;
b) O pagamento da taxa de inscrição para o cargo a que o candidato concorre conforme os itens
3.1.3 e 3.11.
3.14. O candidato deverá atender, cumulativamente, para investidura no cargo, aos requisitos
constantes do item 4, bem como o previsto no item 3.17. e subitens, quando couber.
5.2. Não serão fornecidas, por telefone, informações a respeito de datas, locais e horários de
realização das provas, devendo o candidato observar as informações constantes nos itens deste
Edital, inclusive os anexos do mesmo.
5.3. A Prova Objetiva realizar-se-á no dia 22 de junho de 2014, com duração de 04 (quatro) horas,
no horário das 8h10min às 12h10min (horário local), para todos os cargos previstos neste Edital.
5.3.1. O horário de encerramento da entrada de candidatos aos locais de provas será às 8h,
não sendo permitido o ingresso dos mesmos após esse horário.
5.3.2. As provas serão realizadas simultânea e exclusivamente nas cidades de Boa Vista e
Rorainópolis, estado de Roraima.
5.3.2.1. No ato da inscrição o candidato, obrigatoriamente, deverá optar por um dos locais de
prova, quais sejam, Boa Vista ou Rorainópolis.
5.3.3. Caso haja necessidade a UERR poderá alterar e/ou fracionar a data de realização das Provas
previstas no subitem 5.3, sendo devidamente publicado na área do concurso qualquer alteração.
5.4. É de responsabilidade exclusiva do candidato a identificação correta, e com antecedência, de
seu local de realização das provas e o comparecimento no horário determinado (horário limite de
8h), não sendo permitido seu ingresso nos locais de prova após às 8h, seja qual for o motivo
alegado.
5.5. Só será homologada a inscrição do candidato que tenha efetuado o pagamento da taxa de
inscrição ou tenha tido o seu pedido de isenção DEFERIDO.
aparelho celular, desligado ou não, terá o fato narrado na ata da sala e o candidato será eliminado
do certame.
6.1.7. O descumprimento dos itens 6.1.5 ou 6.1.6 implicará na eliminação sumária do candidato,
constituindo-se em tentativa de fraude.
pontos para os Cargos Fiscal Agropecuário / Engenheiro Agrônomo, Fiscal Agropecuário / Médico
Veterinário e Técnico em Agropecuária/Agrícola, sendo considerados classificados somente os
candidatos que atenderem as seguintes condições:
a) ter obtido, no mínimo, 40% (quarenta por cento) dos pontos nas questões de Conhecimentos
Específicos;
b) ter obtido, no mínimo, 40% (quarenta por cento) do total de pontos;
c) Estar posicionado até o dobro do número de vagas ofertadas por cargo e por localidade, sendo
considerado reprovado o candidato posicionado além dele.
6.2.5. Os candidatos que não alcançarem a pontuação mínima fixada no subitem 6.2.4. serão
considerados reprovados e consequentemente eliminados do certame e terão sua nota publicada,
apenas, para efeito de publicidade dos atos do certame.
6.2.6. A Prova Objetiva será confeccionada conforme distribuição das matérias constantes nos
quadros A e B do subitem 6.2.2.
6.2.7. As questões da Prova Objetiva deverão ser respondidas em cartão-resposta específico.
6.2.7.1. O cartão-resposta é personalizado e insubstituível, o qual deverá ser obrigatoriamente
assinado pelo candidato, sob pena de eliminação do candidato no concurso.
6.2.8. Na hipótese de anulação de questão(ões) da Prova Objetiva, quando da sua avaliação, a(s)
mesma(s) será(ão) pontuada para todos os candidatos.
6.2.8.1. Na Prova Objetiva, será atribuída nota 0 (zero):
a) À(s) questão(ões) da prova que contenha(m) mais de uma opção de resposta assinalada no
cartão-resposta, mesmo que apenas um pingo de tinta de caneta, sendo rejeitado pela leitora
óptica;
b) À(s) questão(ões) da prova que não estiver(em) assinalada(s) no cartão-resposta;
c) À Prova Objetiva e/ou questão(ões) da prova cujo cartão-resposta for preenchido fora das
especificações nele contidas ou das instruções da prova.
6.2.9. Os candidatos somente poderão se retirar do local da Prova Objetiva 1 (uma) hora após seu
início, podendo levar consigo o caderno de provas depois de decorridas 2 (duas) horas do seu
início.
6.2.10. O candidato deverá transcrever para o seu cartão-resposta a frase especificada na
capa de seu caderno de prova, sob pena de eliminação do candidato no Concurso.
6.2.10.1 Ao terminar a Prova Objetiva, o candidato entregará ao fiscal o cartão-resposta,
devidamente assinado e com a frase transcrita, sob pena de eliminação do candidato no
Concurso.
6.2.11. Os 3 (três) últimos candidatos de cada sala deverão obrigatoriamente entregar os
respectivos cartões-respostas e retirarem-se do local simultaneamente, sob pena de eliminação.
Caso algum dos três candidatos se recuse a permanecer na sala e se retire, o mesmo será
eliminado do certame.
6.2.12. Serão de inteira responsabilidade do candidato os prejuízos advindos do preenchimento
indevido do cartão-resposta. Serão consideradas marcações indevidas as que estiverem em
desacordo com este edital e/ou com a folha de respostas, tais como marcação rasurada ou
emendada e/ou campo de marcação não preenchido integralmente, bem como aquele preenchido
além dos limites do alvéolo, dentre outras que impossibilitem a captação da marcação correta pela
leitora óptica.
6.2.13. O candidato não deverá amassar, molhar, dobrar, rasgar, marcar, manchar e/ou fazer
quaisquer marcação fora do local destinado para as respostas e assinatura, que impeça a leitura do
cartão-resposta pela leitora óptica, de qualquer modo, danificar a sua folha de respostas, sob pena
de arcar com os prejuízos advindos da impossibilidade de realização da leitura óptica.
ESTADO DE RORAIMA
AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”
6.2.14. Não será permitido que as marcações no cartão-resposta sejam feitas por outras pessoas,
salvo em caso de candidato a quem tenha sido deferido atendimento especial para esse fim. Nesse
caso, o candidato será acompanhado por um fiscal da UERR devidamente treinado.
7. DO RESULTADO
7.1. O Gabarito Preliminar da prova objetiva será publicado no endereço www.uerr.edu.br link
Concursos - Área do Concurso para a ADERR conforme data do Cronograma de Atividades –
Anexo I deste Edital, bem como o Gabarito Oficial após a análise de recursos, se houver.
7.2. Os Resultados Preliminar e Final da Prova Objetiva e Títulos serão divulgados na internet, na
área do referido Concurso e a homologação do resultado final em Edital Específico, no Diário
Oficial do Estado e tornados disponíveis no endereço www.uerr.edu.br link Concursos - Área do
Concurso para a ADERR.
8. DA HABILITAÇÃO E DA CLASSIFICAÇÃO
8.1. O total de pontos obtidos pelos candidatos aos cargos de Contador, Assistente Administrativo
e Assistente de Laboratório será a somatória do resultado da Prova Objetiva – PO em
conformidade com o Quadro A do subitem 6.2.2. e considerando o subitem 6.2.4. deste Edital.
8.2. O total de pontos obtidos pelos candidatos aos cargos de Fiscal Agropecuário / Engenheiro
Agrônomo, Fiscal Agropecuário / Médico Veterinário e Técnico em Agropecuária/Agrícola será a
somatória do resultado da Prova Objetiva – PO, em conformidade com o Quadro B do subitem
6.2.2., com o resultado da Prova de Títulos – PT (PO+PT), considerando o subitem 6.2.4. deste
Edital.
8.3. A Classificação dos candidatos aos cargos descritos no Anexo II será feita em ordem
decrescente dos pontos obtidos, considerando o subitem 6.2.4. deste Edital.
8.3.1. Ocorrendo empate, quanto ao número de pontos obtidos na Prova Objetiva – PO de todos
os cargos previstos neste Edital o desempate ocorrerá obedecendo aos critérios a seguir:
a) Obtiver a maior nota nas questões de conhecimentos específicos da prova objetiva;
b) Ter mais idade.
8.4. Ocorrendo empate, quanto ao número de pontos total obtidos no Resultado Final do
Concurso para os cargos de Fiscal Agropecuário / Engenheiro Agrônomo, Fiscal Agropecuário /
Médico Veterinário e Técnico em Agropecuária/Agrícola o desempate ocorrerá obedecendo aos
critérios a seguir:
a) Obtiver a maior nota nas questões de conhecimentos específicos da prova objetiva;
b) Obtiver a maior nota na Prova de Títulos;
c) Ter mais idade.
8.5. Não será permitida a reclassificação de candidato, seja qual for o motivo alegado.
9.1.1. Os candidatos posicionados além de 2 (duas) vezes o número de vagas por cargo e por
localidades previsto neste Edital será considerado reprovados.
9.2. O resultado final, uma vez homologado pela Presidente da Agência de Defesa Agropecuária
do Estado de Roraima - ADERR será publicado, por meio de Edital de Homologação, no Diário
Oficial do Estado, e tornado disponível no endereço www.uerr.edu.br link Concursos - Área do
Concurso para a ADERR obedecendo à classificação final, não se admitindo recurso deste
resultado.
11.3. O prazo para interposição de recursos será de 2 (dois) dias úteis após a concretização do
evento que lhes disser respeito (divulgação dos resultados preliminares de pedido de isenção,
gabaritos preliminares e divulgação dos resultados das provas objetivas, etc.), tendo como termo
inicial o 1º dia útil subsequente à data do evento.
11.4. Os recursos deverão ser dirigidos à Presidência da Comissão Organizadora do Concurso.
11.5. O recurso deverá ser protocolado pessoalmente, ou por procuração em cartório, na Comissão
Permanente de Concursos - CPC do Campus da UERR de Boa Vista, seguindo rigorosamente o
modelo estabelecido no Formulário Padrão de Recursos (Capa e Formulário) disponível na área
de concursos da UERR (www.uerr.edu.br/concurso).
11.6. O recurso intempestivo não será apreciado, sendo considerado, para tanto, a data do
protocolo de recebimento.
11.7. Não serão aceitos os recursos de matéria diversa da questionada, ou seja, que não seja objeto
do recurso para o qual o prazo foi estabelecido.
11.8. Não serão aceitos os recursos interpostos por fax-símile, telex, internet, telegrama ou outro
meio que não seja o especificado neste Edital.
11.9. Serão somente apreciados os recursos expressos em termos claros, que apontarem as
circunstâncias que os justifiquem e forem interpostos dentro do prazo.
11.10. O(s) ponto(s) relativo(s) à(s) questão(ões) eventualmente anulada(s) será(ão) atribuído(s) a
todos os candidatos presentes à prova, independentemente de formulação de recurso.
11.11. O gabarito preliminar divulgado poderá ser alterado, com mudanças de resposta e/ou
anulação da questão em função de recursos impetrados e as provas serão corrigidas de acordo com
o Gabarito Oficial.
11.12. Na ocorrência do disposto na alínea “d” do item 11.1 poderá haver, eventualmente,
alteração da classificação inicial obtida para uma classificação inferior ou superior, ou ainda
poderá ocorrer a desclassificação do candidato que não obtiver a nota mínima exigida para
aprovação.
11.13. As decisões dos recursos serão dadas a conhecer, individualmente aos candidatos
recorrentes, os quais deverão retirar sua(s) reposta(s) pessoalmente, ou por procuração em
cartório, uma via da resposta na sala de atendimento da Comissão na UERR.
ANEXO I
CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES
Data Atividades
8/05/14 Publicação do Edital.
8 a 12/05/14 Período para impugnação do Edital
13/05 a 2/06/14 PERÍODO DAS INSCRIÇÕES.
13 a 18/05/14 Período das inscrições com pedidos de isenção (via internet).
Período de entrega dos documentos comprobatórios para a isenção da taxa
13 a 19/05/14
de inscrição (somente em dias úteis)
20/05/14 Divulgação preliminar dos beneficiados da isenção para a taxa de inscrição.
21 e 22/05/14 Interposição de recurso contra o indeferimento do pedido de isenção
23/05/14 Divulgação definitiva dos beneficiados da isenção para a taxa de inscrição.
3/06/14 Último dia para Pagamento do Boleto Bancário para efetivação da Inscrição.
Último dia para Protocolar requerimentos de Solicitação de Condição
6/06/14
especial para realização da Prova Objetiva.
Homologação Preliminar dos Inscritos – inclusive de Pessoa com
10/06/14 Deficiência - a partir das 16h (disponibilizado no site da UERR,
www.uerr.edu.br link Concursos)
Interposição de recurso contra a Homologação Preliminar dos Inscritos –
11 e 12/06/14
inclusive de Pessoa com Deficiência.
Homologação Final dos Inscritos – inclusive de Pessoa com Deficiência - a
13/06/14 partir das 16h (disponibilizado no site da UERR, www.uerr.edu.br link
Concursos)
13/06/14 Divulgação dos Locais de prova.
22/06/14 Data de Realização da Prova (das 8h às 12h)
22/06/14 Publicação do Gabarito Preliminar da Prova Objetiva a partir das 12h.
23 e 24/06/14 Interposição de recurso contra o Gabarito Preliminar.
30/06/14 Divulgação do Gabarito Oficial. (Após análise dos recursos)
30/06/14 Divulgação do Resultado Preliminar da Prova Objetiva, a partir das 16h.
1 e 2/07/14 Interposição de recurso contra o Resultado Preliminar da Prova Objetiva.
3/07/14 Divulgação do Resultado Final da Prova Objetiva.
Convocação para a entrega de Títulos para os cargos de de Fiscal
Agropecuário/Engenheiro Agrônomo, Fiscal Agropecuário/Médico
4/07/14
Veterinário e Técnico em Agropecuária/Agrícola (conforme subitem 6.3
deste Edital)
16/07/14 Resultado Preliminar da Prova de Títulos.
17 e 18/07/14 Interposição de recurso contra o Resultado Preliminar da Prova de Títulos.
23/07/14 Resultado Final da Prova de Títulos.
25/07/14 Resultado Final Preliminar do Concurso.
28/07/14 Interposição de recurso contra o Resultado Final Preliminar da Concurso.
29/07/14 Resultado Final do Concurso.
31/07/14 Homologação do Resultado Final.
ESTADO DE RORAIMA
AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”
Boa Vista 15 3
Alto Alegre 1 -
ANEXO III
CONTEUDOS PROGRAMÁTICOS
1. LÍNGUA PORTUGUESA
1. Compreensão e interpretação de textos. 2. Acentuação gráfica. 3. As classes gramaticais. 4.
Concordância verbal e nominal. 5. Pronomes: emprego e colocação. 6. Regência nominal e verbal.
7. Noções da norma culta da língua portuguesa na modalidade escrita. 8. Divisão silábica. 9.
Pontuação. 10. Sintaxe: termos da oração, período composto, conceito e classificação das orações.
2. ATUALIDADES GERAIS
Fatos e notícias locais, nacionais e internacionais veiculados nos últimos 12 (doze) meses, a contar
da data de realização da prova, em meios de comunicação de massa, como jornais, rádios, Internet
e televisão. Elementos de política e economia brasileira. Meio ambiente e cidadania: problemas,
políticas públicas, aspectos locais e globais.
3. INFORMÁTICA
1. Noções de sistema operacional (ambientes Linux e Windows). 2. Edição de textos, planilhas e
apresentações (ambientes Microsoft Office e BrOffice). 3. Programas de navegação (Microsoft
Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome e similares). 4. Conceitos básicos do hardware
e periféricos de um microcomputador 5. Segurança da informação: Procedimentos de segurança.
e backup.
4. LEGISLAÇÃO GERAL
Lei Complementar n° 053/2001 - Regime Jurídicos dos Servidores Públicos Civis do Estado de
Roraima e suas alterações; Lei nº. 949 de 09/0114, Lei nº. 644 de 08 de abril de 2008, Lei 950 de
09/01/14. Direito Constitucional – Artigo 1º ao artigo 16 - todos da Constituição Federal e suas
alterações. Direito Administrativo - Ato administrativo: conceito, requisitos, atributos,
classificação, espécies e invalidação, Vícios, Anulação e revogação. Prescrição. Controle da
administração pública: controle administrativo; controle legislativo, controle judiciário. Agentes
Administrativos: investidura e exercício da função pública. Direitos e deveres dos funcionários
públicos. Princípios básicos da administração. Organização administrativa: noções gerais,
administração direta e indireta, centralizada e descentralizada.
ESTADO DE RORAIMA
AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”
1. LÍNGUA PORTUGUESA
1. Compreensão e interpretação de textos. 2. Denotação e conotação. 3. Ortografia oficial;
Acentuação gráfica. 4. As classes gramaticais. 5. Concordância verbal e nominal. 6. Pronomes:
emprego e colocação. 7. Regência nominal e verbal. 8. Noções da norma culta da língua
portuguesa na modalidade escrita. 9. Pontuação. 10. Significação das palavras. 11. Crase.
2. ATUALIDADES GERAIS
Fatos e notícias locais, nacionais e internacionais veiculados nos últimos 12 (doze) meses, a contar
da data de realização da prova, em meios de comunicação de massa, como jornais, rádios, Internet
e televisão. Elementos de política e economia brasileira. Meio ambiente e cidadania: problemas,
políticas públicas, aspectos locais e globais.
3. INFORMÁTICA
1. Noções de sistema operacional (ambientes Linux e Windows). 2. Edição de textos, planilhas e
apresentações (ambientes Microsoft Office e BrOffice). 3. Programas de navegação (Microsoft
Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome e similares). 4. Programas de correio
eletrônico (Outlook Express, Mozilla Thunderbird e similares). 5. Conceitos de organização e de
gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas. 6. Segurança da informação. 6.1
Procedimentos de segurança. 6.2 Noções de vírus, worms e pragas virtuais. 6.3 Aplicativos para
segurança (antivírus, firewall, antispyware, etc.). 6.4. Procedimentos de backup.
4. LEGISLAÇÃO GERAL
Lei Complementar n° 053/2001 - Regime Jurídicos dos Servidores Públicos Civis do Estado de
Roraima e suas alterações; Lei n 949 de 09/0114, Lei 644 de 08 de abril de 2008, Lei 950 de
09/01/14. Direito Constitucional – Artigo 1º ao artigo 16- todos da Constituição Federal e suas
alterações. Direito Administrativo- Ato administrativo: conceito, requisitos, atributos,
classificação, espécies e invalidação, Vícios, Anulação e revogação. Prescrição. Controle da
administração pública: controle administrativo; controle legislativo, controle judiciário. Agentes
Administrativos: investidura e exercício da função pública. Direitos e deveres dos funcionários
públicos. Poderes da Administração: vinculado, discricionário, hierárquico, disciplinar e
regulamentar. Poder de polícia: conceito, finalidade e condições de validade. Princípios básicos da
administração. Organização administrativa: noções gerais, administração direta e indireta,
centralizada e descentralizada. Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de
economia mista.
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
1. Protocolo/recepção de documentos. 2. Classificação, codificação e catalogação de papéis e
documentos. 3. Gestão do patrimônio, cadastro e convênios. 4. Técnicas de arquivamento:
classificação, organização, arquivos correntes e protocolo. 5. Noções de procedimentos
ESTADO DE RORAIMA
AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”
ASSISTENTE DE LABORATÓRIO
1. Biossegurança: Noções de segurança química em laboratório, equipamentos de proteção
individual (EPIs), equipamentos de proteção coletiva (EPCs) e prevenção de acidentes, manuseio,
armazenamento e descarte de agentes químicos, utilização segura de substâncias químicas
(segurança química e fatores de risco). 2. Técnicas Básicas de Laboratório: Equipamentos básicos
e vidrarias de laboratório, métodos de separação, técnica de aquecimento, limpeza de materiais de
laboratório, montagem de aparelhagem de laboratório para análises físicas e químicas, pesagem e
balança analítica, uso dos aparelhos volumétricos e influência da temperatura. 3. Soluções:
Preparação, diluição, padronização e armazenamento de soluções. 4. Métodos Instrumentais:
Calibração e funcionamento de pHmetro, condutivímetro e turbidímetro. 5. Substâncias
Inorgânica: Conceitos, características e nomenclatura. 6. Substâncias Orgânicas: Conceitos,
características e nomenclatura.
CONTADOR
1. Contabilidade Pública. 1.1. Conceito, objeto e regime. 1.2. Campo de aplicação. 1.3. Legislação
básica (Lei nº 4.320/64 e alterações). 1.4. Receita e despesa pública: conceito, classificação econô-
mica e estágios. 1.5. Receitas e Despesas orçamentárias e extra orçamentárias: interferências e
mutações. 1.6. Balanços financeiro, patrimonial, orçamentário e demonstrativo das variações, de
acordo com a Lei n.º 4.320/64 e alterações. 2. Contabilidade Geral. 2.1. Princípios Contábeis Fun-
damentais (aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade pela Resolução CFC n.º 750/93,
publicada no DOU de 31/12/93, Seção I, pág. 21.582). 2.2. Patrimônio. Componentes Patrimoni-
ais: Ativo, Passivo e Situação Líquida (ou Patrimônio Líquido). 2.3. Diferenciação entre Capital e
Patrimônio. 2.4. Equação Fundamental do Patrimônio. 2.5. Representação Gráfica dos Estados Pa-
trimoniais. 2.6 Fatos Contábeis e Respectivas Variações Patrimoniais. 2.7. Conta: Conceito. Débi-
to, Crédito e Saldo. Teorias, Função e Estrutura das Contas. Contas Patrimoniais e de Resultado. 3.
Matemática financeira. 3.1. Regra de três simples e composta, percentagens. 3.2. Juros simples e
compostos: capitalização e desconto. 3.3. Taxas de juros: nominal, efetiva, equivalentes, real e
aparente.
ESTADO DE RORAIMA
AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”
ANEXO IV
Assinatura: _________________________________________
ATENÇÃO:
Este requerimento só terá validade quando protocolado na sala da Comissão de Concursos da UERR até
o prazo máximo de 6 de junho de 2014, juntamente com o Parecer (original ou cópia autenticada em cartório
ou cópia simples acompanhada do original) emitido por especialista da área de sua deficiência.
O resultado do deferimento/indeferimento de tempo adicional de prova estará disponível no sítio
www.uer.edu.br na área do Concurso da ADERR no dia 10 de junho de 2014, por ocasião da Homologação Pre-
liminar das Inscrições.
ESTADO DE RORAIMA
AGÊNCIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA DO ESTADO DE RORAIMA
“AMAZÔNIA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS”
ANEXO V
AVALIAÇÃO DE TÍTULOS
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 2º A Defesa Sanitária Vegetal no Estado será desenvolvida através de programas específicos
elaborados para cada tipo ou grupo de pragas dos vegetais, em consonância com as diretrizes e normas legais
instituídas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – M.A.P.A., e de acordo com os
interesses do Estado.
Parágrafo único. Entende-se por praga qualquer espécie, raça ou biótipo de vegetais, animais ou
agentes patogênicos nocivos para os vegetais ou produtos vegetais.
CAPÍTULO II
DA FISCALIZAÇÃO E DAS PROIBIÇÕES
Art. 4º A promoção da política agrícola relativa ao combate das pragas que comprometem a
sanidade da população vegetal dar-se-á mediante a adoção de ações e de medidas de caráter técnico e
administrativo, com os seguintes objetivos:
I – preservar e assegurar a qualidade e sanidade dos vegetais;
II – manter serviço de vigilância fitossanitária visando à prevenção, ao controle e à
erradicação de pragas dos vegetais, integrando-o no Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária
de que trata o artigo 28 da Lei Federal nº 9.712, de 20 de Novembro de 1998;
III – desenvolver sistema eficaz de vigilância fitossanitária;
IV – estimular a participação da comunidade nas ações de Defesa Sanitária Vegetal; e
V – compatibilizar as providências a serem adotadas com as normas e princípios de proteção
do Meio Ambiente e da conservação dos recursos naturais, bem como, de preservação da saúde humana.
§ 1º O Poder Executivo, para o atendimento dos objetivos desta Lei, definirá, em regulamento
específico, a população vegetal considerada de peculiar interesse do Estado e as medidas e ações tendentes à
sua proteção, devendo:
I – combater, controlar e erradicar as pragas, podendo inclusive destruir vegetais, parcial ou
totalmente;
II – adotar as providências necessárias para impedir a introdução e/ou disseminação de
pragas no Estado;
III – garantir a sanidade dos vegetais destinados ao consumo, produção, armazenamento,
preparo, manipulação, industrialização, comércio e trânsito;
IV – controlar o trânsito de vegetais no âmbito do Estado; e
V – assegurar a idoneidade e qualidade dos produtos destinados aos consumidores, no
tocante à fiscalização de produtos e matérias-primas de origem vegetal, seus subprodutos, resíduos e
derivados de valor econômico.
§ 2º As atividades a serem desenvolvidas serão organizadas de modo a garantir o cumprimento da
legislação referente à Defesa Sanitária Vegetal, sendo executadas, quando for o caso, em conjunto com a
União e os Municípios.
CAPÍTULO III
DAS MEDIDAS DE DEFESA SANITÁRIA VEGETAL
Art. 6º Os atos de fiscalização, a inspeção e a execução das medidas e ações necessárias à Defesa
Sanitária Vegetal serão aplicadas sobre pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que
detenham em seu poder vegetais ou produtos vegetais, a qualquer título, assim como, produzam,
acondicionem, armazenem, embalem, transportem, comercializem ou manipulem produtos e subprodutos de
origem vegetal destinados ao consumo humano.
§ 1º O exercício da inspeção e da fiscalização que define este artigo compete a Engenheiros
Agrônomos e Florestais da SEAPA, nas suas respectivas áreas de competência e devidamente credenciados.
§ 2º Considera-se Engenheiro Agrônomo ou Florestal Oficial, para efeito desta Lei, o profissional
integrante dos quadros da SEAPA encarregado da Defesa Sanitária Vegetal.
Art. 7º A SEAPA, através de seus servidores encarregados da Defesa Sanitária Vegetal, poderá
requisitar força policial para o exercício pleno de suas funções, sempre que julgar necessário.
Art. 9º Para prevenção e controle de pragas previstas nesta Lei, a SEAPA exigirá, na forma do
regulamento, os seguintes documentos:
I – Atestado de Sanidade ou de expurgo e/ou Certificado Fitossanitário de Origem;
II – Guia de Permissão de Trânsito de Vegetais, emitido no Estado de origem por
profissionais credenciados;
III – apresentação de análise ou exame laboratorial, em instituições credenciadas e
realização de procedimentos de controle, inclusive adoção de quarentena, quando se constatar a necessidade
dessas medidas; e,
IV – identificação do produto por origem e lote.
Parágrafo único. A emissão dos Certificados Fitossanitários de Origem e das Guias de Permissão de
Trânsito de Vegetais previstos neste artigo, será definida em regulamento específico, por iniciativa de
Engenheiros Agrônomos e Florestais dentro das suas áreas de competências e credenciados junto à SEAPA,
preenchidos os requisitos estabelecidos em regulamento, em consonância com a Legislação Federal
pertinente.
Art. 10. As medidas gerais destinadas à Defesa Sanitária Vegetal do Estado compreenderão:
I – cadastro de propriedades agrícolas no âmbito do Estado;
II – cadastro de estabelecimentos produtores de sementes e mudas de peculiar interesse do
Estado;
III – cadastro de empresas que industrializam, beneficiam, embalam ou comercializam
vegetais de peculiar interesse do Estado;
IV – cadastro de laboratórios de identificação e diagnóstico de pragas existentes no Estado;
V – cadastro de Engenheiros Agrônomos e de Engenheiros Florestais com atuação na área
de sanidade vegetal do Estado;
VI – inventário da população vegetal de peculiar interesse do Estado;
VII – inventário das pragas identificadas ou diagnosticadas no âmbito do Estado;
VIII – controle do trânsito estadual de vegetais, para verificação do cumprimento das
exigências fitossanitárias;
IX – organização e execução de campanhas de controle de pragas;
X – coordenação e participação em projetos de erradicação de pragas;
XI – fiscalização sanitária vegetal de peculiar interesse do Estado;
XII – treinamento técnico do pessoal envolvido na fiscalização e inspeção;
XIII – estabelecimento de normas técnicas para fins de Defesa Sanitária Vegetal a serem
observadas pelos proprietários de empresas referidas nos incisos I, II e III deste artigo, bem como, de
condições para a produção e o uso de vegetais modificados geneticamente;
XIV – instalação de postos de emergência, articulados com órgãos municipais;
XV – eventos agropecuários;
XVI – interdição de áreas e propriedades;
XVII – organização de sistema estadual de comunicação e divulgação de informações
fitossanitárias;
XVIII – desenvolvimento de medidas e ações, junto a produtores rurais, para a prevenção e
o controle de pragas;
XIX – controle de vendas de produtos agrícolas e identificação de lote ou de produto;
XX – suspensão de comercialização;
XXI – desinfestação e desinfecção de veículos, máquinas e equipamentos;
XXII – tratamento de vegetais e produtos vegetais;
XXIII – uso de variedade cultural recomendada oficialmente; e
XXIV – outras práticas instituídas por programas de controle de pragas.
§ 1º Todos os estabelecimentos referidos nos incisos I, II e III deste artigo estão sujeitos a cadastro
na SEAPA, observados os requisitos a serem fixados em regulamento, ficando criado o Cadastro Estadual de
Propriedades Produtoras de Vegetais e Produtos Vegetais e Estabelecimentos de Comércio de Vegetais
destinados à Propagação.
§ 2º Os proprietários, arrendatários ou ocupantes, a qualquer título, das propriedades e
estabelecimentos referidos no inciso anterior ficam obrigados a requerer o cadastramento junto ao Órgão
Executor.
§ 3º Poderá ser estabelecida, nos regulamentos de que trata o artigo 1º, a exigência do certificado
fitossanitário para as propriedades agrícolas mencionadas no inciso I deste artigo.
§ 4º A produção de sementes e mudas pelos estabelecimentos referidos no inciso II deste artigo está
sujeita à obtenção de certificado fitossanitário, na forma prevista nos regulamentos de que trata o artigo 1º
desta Lei.
§ 5º Poderá ser estabelecida, também, a exigência de certificado de sanidade para os
estabelecimentos de que trata o inciso III deste artigo, na forma prevista nos regulamentos de que trata o
artigo 1º desta Lei.
Art. 11. A manipulação de agentes de doenças transmissíveis previstas nesta Lei e os seus
instrumentos legais complementares, para fins de experimentação ou de qualquer outra natureza, poderá ser
autorizada pela SEAPA para instituições que comprovarem as necessárias condições de biossegurança de suas
instalações.
Art. 12. A SEAPA poderá negar ou cancelar registro das pessoas físicas ou jurídicas que
descumprirem esta Lei.
Art. 14. Em caso de suspeita ou verificada a presença de pragas durante a inspeção de organismos,
produtos e materiais, serão estes interditados, permanecendo sob acompanhamento e instruções, bem como,
depositados em lugar indicado pelo agente fiscalizador.
§ 1º A interdição será determinada em Auto de Interdição, lavrado em 3 (três) vias, contendo a
identificação completa do proprietário ou responsável pelo organismo, produto ou material interditado, sua
quantidade ou volume, espécie e variedade, o motivo e respectivo enquadramento legal, prazo e medidas de
regularização.
§ 2º Comprovada a não-infecção ou não-infestação e efetivadas as medidas sanitárias recomendadas,
proceder-se-á à desinterdição dos organismos, produtos e materiais, lavrando-se o Auto de Desinterdição.
§ 3º A interdição e conseqüentes medidas de vigilância e Defesa Sanitária Vegetal aplicam-se aos
organismos, produtos e materiais, quando constatados em pomares, quintais, jardins e quaisquer outros
estabelecimentos situados em área urbana ou rural.
Art. 15. A suspensão da comercialização será determinada pela SEAPA, nos seguintes casos:
I – quando vegetais e parte de vegetais estiverem desacompanhados da documentação
exigida;
II – quando a documentação estiver incompleta ou em desacordo com o modelo aprovado
pela Secretaria;
III – quando as mudas expostas à comercialização estiverem desprovidas de identificação ou
com a identificação irregular ; e
IV – quando, por qualquer outro motivo, houver risco de contaminação ou disseminação de
pragas que não permita imediato reparo.
Art. 16. As ações de vigilância e Defesa Sanitária dos vegetais serão organizadas e coordenadas pelo
Poder Público e articuladas, na forma da Lei Federal nº 9.712, de 20 de novembro de 1998, no que for
atinente à saúde pública, com o Sistema Único de Saúde, delas participando:
I – os serviços e instituições oficiais;
II – os produtores e trabalhadores rurais, suas associações e técnicos que lhes prestam
assistência;
III – os órgãos de fiscalização das categorias profissionais diretamente vinculadas à
sanidade vegetal; e
IV – as entidades gestoras de fundos organizados pelo setor privado para complementar as
ações públicas no campo da Defesa Sanitária Vegetal.
Art. 17. As medidas da Defesa Sanitária Vegetal cuja adoção for determinada pelo Estado deverão
ser executadas pelas pessoas físicas ou jurídicas responsáveis, no prazo fixado pelo Poder Público.
Parágrafo único. Em caso de omissão, o Poder Público executará ou mandará executar as medidas
necessárias, devendo os interessados ressarcir o Estado das despesas decorrentes da realização dos
procedimentos compulsórios indicados.
Art. 18. Para a verificação de existência de praga dos vegetais, execução e aplicação das medidas
constantes desta Lei e seu regulamento, os fiscais da SEAPA, no exercício de sua profissão, mediante
identificação funcional, terão poder de polícia administrativa e livre acesso aos estabelecimentos públicos ou
privados, urbanos ou rurais, que contenham vegetais e produtos vegetais.
Art. 19. Para desempenho das atribuições previstas nesta Lei, a SEAPA contará com a colaboração
dos órgãos e entidades públicas estaduais, especialmente as Secretarias da Fazenda, da Segurança Pública e
da Saúde.
§ 1º Para emissão de documentos fiscais de vegetais e produtos vegetais, a Secretaria da Fazenda
exigirá comprovantes fitossanitários emitidos pela SEAPA, dentro do prazo de validade.
§ 2º As autoridades da área de Saúde Pública deverão comunicar à SEAPA, as irregularidades
constatadas na fiscalização de alimentos que indiquem a ocorrência de problemas de sanidade vegetal ou de
mau uso de agrotóxico.
§ 3º Sempre que houver dificuldade ou algum tipo de impedimento para a execução das ações,
medidas, normas e serviços de que trata esta Lei, a autoridade fitossanitária poderá requisitar o auxílio da
autoridade policial.
Art. 20. O trânsito estadual e interestadual de vegetais e produtos vegetais, hospedeiros de pragas
quarentenárias A2 e não quarentenárias regulamentadas, com destino a áreas livres de pragas, somente será
permitido conforme o que dispõe o artigo 9º desta lei.
Parágrafo único. Constatada a presença de pragas em vegetal ou produto vegetal em trânsito, ainda
que o seu transporte esteja acobertado de documento fitossanitário, a Defesa Sanitária Vegetal poderá adotar
medidas previstas em regulamento, para se evitar a disseminação da praga.
CAPÍTULO IV
DOS CONSELHOS
Art. 21. Fica criado o Conselho Estadual de Sanidade Vegetal – C.E.S.V., com caráter deliberativo e
função normativa, composto dos seguintes membros:
I – um representante indicado pela SEAPA;
II – um representante indicado pela Superintendência Federal da Agricultura – SFA/RR;
III – um representante indicado pela Universidade Federal de Roraima – UFRR;
IV – um representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA;
V – um representante indicado pelo Conselho Regional de Engenharia - CREA/RR;
VI – um representante indicado pela Federação de Agricultura do Estado de Roraima -
FAERR; e
VII – representantes indicados pelas entidades de classe que representam os produtores
rurais locais.
Art. 23. Os Membros do C.E.S.V. não serão remunerados, sob qualquer título, sendo suas funções
consideradas serviços relevantes prestados ao Estado.
Art. 24. Sob a coordenação da SEAPA, nos municípios, através dos Poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário, e as entidades de classe que representam os produtores rurais locais, serão criados os Conselhos
Municipais de Sanidade Vegetal – C.O.M.U.S.V., com função de apoio e subsídio ao C.E.S.V.
Art. 25. O C.E.S.V., com composição e competência definidas nos artigos 20 e 21 desta Lei,
respectivamente, será nomeado por ato do Governador do Estado, para mandato de 02 (dois) anos, à vista da
indicação de suas respectivas entidades, permitida uma recondução.
§ 1º O Secretário de Agricultura, na qualidade de presidente do C.E.S.V., indicará o Secretário-
Executivo, dentre os servidores da autarquia.
§ 2º O presidente do C.E.S.V., em seus impedimentos e ausências eventuais, será substituído pelo
Coordenador de Defesa Sanitária Vegetal da SEAPA.
CAPÍTULO V
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
Art. 26. Ficam os servidores do quadro da SEAPA, nos termos da presente Lei, credenciados a lavrar
o Termo de Infração e Multa, quando da constatação de qualquer ação ou omissão que importe na
inobservância dos seus preceitos, bem como, dos regulamentos e demais medidas diretivas dela decorrentes
ao não-cumprimento do estabelecido nesta Lei e demais normas pertinentes.
Art. 27. Sem prejuízo das demais cominações estabelecidas em norma federal, aos infratores desta
Lei aplicam-se, isoladas ou cumulativamente, as seguintes sanções administrativas:
I – advertência;
II – multa de até 5.000,00 UFIR’s, aplicável em dobro, em caso de reincidência;
III – apreensão de vegetais que não se prestarem a sua finalidade ou nos quais haja sido
constatada irregularidade, ou, ainda, para fins de verificação de suas condições sanitárias;
IV – destruição do vegetal apreendido, no caso de ser condenado ou de não ser sanada a
irregularidade verificada, podendo, a critério da autoridade, ser doado à entidade oficial ou filantrópica;
V – suspensão de atividade que cause risco à população vegetal ou embaraço à ação
fiscalizadora, quando ocorrer;
VI – suspensão da comercialização;
VII – interdição total ou parcial da propriedade agrícola ou do estabelecimento, por falta de
cumprimento das determinações da fiscalização; e
VIII – cancelamento de registro de pessoas físicas ou jurídicas.
§ 1º Para o cálculo das multas, deverá ser considerado o valor de UFIR’s ou unidade de valor
equivalente vigente no dia em que se lavrar o auto de infração.
§ 2º Na aplicação das multas, será considerada como circunstância atenuante a comunicação do fato
pelo infrator à autoridade competente.
§ 3º As multas previstas neste artigo serão agravadas, até a metade de seu valor, nos casos de
artifício, ardil, simulação, desacato, embaraço ou resistência à ação fiscal.
§ 4º Em caso de reincidência, o valor das multas será aplicado em dobro.
§ 5º Se o vegetal apreendido puder servir à finalidade diferente da originariamente prevista, será
devolvido ao infrator, para o uso condicionado pela fiscalização, salvo se existente risco fitossanitário.
§ 6º No caso de abandono do vegetal apreendido, a SEAPA, poderá doá-lo a entidades públicas ou
filantrópicas, salvo se existir risco fitossanitário.
§ 7º A suspensão de que trata o inciso V deste artigo cessará quando sanado o risco ou findo o
embaraço oposto à ação da fiscalização.
§ 8º A interdição que trata o inciso VII deste artigo será levantada após o atendimento das exigências
que motivaram a sanção.
§ 9º O não-cumprimento das exigências que motivaram a interdição acarretará o cancelamento do
cadastro.
§ 10. A inexistência ou cancelamento do cadastro implica exercício ilegal da atividade, sujeitando-se
o transgressor às sanções de ordem administrativa previstas nesta Lei, sem prejuízo das sanções penais
cabíveis.
§ 11. A aplicação da pena de multa não exclui a incidência das demais sanções previstas neste artigo.
§ 12. O rito processual administrativo será estabelecido na forma de regulamento desta Lei.
Art. 28. Sem prejuízo das penalidades previstas nesta Lei, os infratores estarão sujeitos à
participação em programas de educação sanitária estabelecidos por ato normativo do Secretário Executivo de
Agricultura, após deliberação do C.E.S.V.
CAPÍTULO VI
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Art. 29. A infração às disposições desta Lei e sua Regulamentação será objeto de formalização de
processo administrativo, que tem como fundamento o Termo de Infração e Multa, constante de uma única
peça, lavrada por servidor da SEAPA vinculado aos programas de Defesa Sanitária Animal.
Art. 30. Considera-se a infração a esta Lei a inobservância a ela e sua regulamentação, bem como, as
normas técnicas especiais e a quaisquer dispositivos que, por qualquer forma, se destinem à proteção da saúde
animal, da saúde pública e do meio ambiente.
Parágrafo único. Responde pela infração referida neste artigo quem, por ação ou omissão, lhe der
causa, concorra para sua prática ou dela se beneficie.
CAPÍTULO VII
DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS
Art. 31. O autuado terá o prazo de 10 (dez) dias para apresentar defesa, dirigida ao Departamento de
Defesa Agropecuária – DEDAG.
§ lº Do indeferimento do DEDAG, caberá, em última instância, recurso para o C.E.S.V., no prazo de
30 (trinta) dias, contados da intimação.
§ 2º Decorridos 30 (trinta) dias do julgamento final do contencioso administrativo, sem cumprimento
da penalidade imposta, os autos serão encaminhados para inscrição em Dívida Ativa do Estado.
§ 3º O infrator, ou quem o represente, terá 15 (quinze) dias para o cumprimento da decisão, contados
do recebimento da notificação que lhe noticiar o indeferimento do recurso.
§ 4º Quando for declarada interdição da propriedade ou do estabelecimento, os recursos porventura
interpostos serão recebidos sem o efeito suspensivo.
CAPÍTULO VIII
DAS RECEITAS E SUA APLICAÇÃO
Art. 32. Os recursos pertencentes aos fundos de emergência sanitária ficarão em contas específicas
das entidades privadas, representadas pelo setor agrícola no C.E.S.V., devendo ser regulamentados e
movimentados de acordo com o(s) respectivo(s) programa(s) de prevenção ou erradicação.
Art. 33. Fica instituída a cobrança de taxas e emolumentos pelos serviços relacionados à Defesa
Sanitária Vegetal prestados pela SEAPA, consoante o disposto no Regulamento desta Lei.
Parágrafo único. Os recursos provenientes das cobranças de multas, taxas e emolumentos
decorrentes da aplicação desta Lei serão recolhidos diretamente em código específico da SEFAZ e destinados
especificamente ao custeio e investimentos, ao(s) programa(s) de Defesa Sanitária Vegetal.
Art. 34. Os valores arrecadados por meio de convênios com entidades públicas serão recolhidos
através de código específico da SEFAZ, devendo ser utilizados de acordo com o que foi ajustado entre as
partes conveniadas.
Art. 35. A SEAPA poderá, desde que autorizada pelo Governador do Estado, firmar convênios com
entidades privadas, estipulando nos mesmos a fixação dos objetivos, finalidades, forma de arrecadação e
gerenciamento das receitas, inclusive a responsabilidade pela movimentação dos respectivos numerários, que
deverá ser atribuída às próprias entidades conveniadas.
CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 36. O Poder Executivo regulamentará a presente Lei no prazo de 90 (noventa) dias, contados de
sua publicação.
Parágrafo único. A regulamentação de que trata este artigo poderá, a qualquer tempo, ser alterada
no todo ou em parte, sempre que a evolução das normas técnicas de combate às pragas de vegetais assim o
recomendar.
Art. 37. Quando da instituição do órgão de Defesa Agropecuária, as atribuições inerentes à defesa
fitossanitária anteriormente destinada à SEAPA serão estabelecidas conforme o disposto na Lei de Criação do
referido órgão.
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 2° A Defesa Sanitária Animal no Estado será desenvolvida através de programas específicos
elaborados para cada tipo ou grupo de doenças dos animais, em consonância com as diretrizes e normas legais
instituídas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - M.A.P.A., e de acordo com os interesses
do Estado.
Parágrafo único. Entende-se por doença dos animais todas as enfermidades transmissíveis e não
transmissíveis e as infestações e infecções parasitárias, que prejudiquem a produção e produtividade da pecuária
ou coloquem em risco a saúde pública ou o meio ambiente.
CAPÍTULO II
DA FISCALIZAÇÃO E DAS PROFISSÕES
Art. 4° Para o desempenho das atribuições conferi das na presente Lei, a Secretaria de Agricultura e
Abastecimento poderá:
§ 1° Promover o controle e/ou erradicação de doenças prevalentes, que serão efetuadas de forma
progressiva e orientadas de acordo com a situação epidemiológica, com as prioridades para doenças
transmissíveis de maior significado econômico e sanitário;
§ 2° Poderá criar outros programas de controle e erradicação de doenças ou estabelecer medidas
gerais de vigilância epidemiológica pautados em normas de saúde animal e proteção do meio ambiente;
§ 3° Quando da ocorrência de zoonoses em animais de produção e que sejam de interesse da saúde
pública, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento colaborará, notificando-as imediatamente à Secretaria de
Saúde, devendo, para esse caso, ambas as Secretarias estabelecer, em cooperação, normas apropriadas;
§ 4° Quando da ocorrência de doenças exóticas que tenham sido introduzi das no Estado de Roraima,
deverão ser imediatamente institui das, as seguintes ações:
I - interdição de estabelecimentos públicos ou privados;
II - proibição da movimentação de animais, seus produtos e subprodutos;
III- proibição da concentração de animais, na zona de emergência, entendendo esta como
sendo as zonas focais, perifocais e tampão;
IV - sacrifício ou abate sanitário;
V - desinfecção de instalações, veículos e equipamentos; e
VI - adoção de medidas necessárias ao controle zoossanitário para retomar à situação sanitária
anterior.
§ 5° Para efeito desta Lei, serão consideradas as seguintes medidas de Defesa Sanitária Animal:
I - medidas gerais de proteção da saúde;
II - medidas específicas de proteção da saúde;
III - medidas de vigilância epidemiológica para o diagnóstico precoce de doenças; e
IV - medidas especiais de proteção à saúde.
Art. 5° O proprietário dos animais atingidos deverá provar ter cumprido com todas as medidas de
Defesa Sanitária Animal pré-estabelecidas e instituídas dentro do Estado, consoante o disposto do Regulamento
desta Lei;
Art. 6° É obrigatória a aplicação das medidas de Defesa Sanitária Animal previstas nesta Lei, às
doenças passíveis de isolamento ou quarentena, nos termos do Código Zoossanitário Internacional do Office
International de Epizzoties - O I E.
Parágrafo único. A regulamentação desta Lei inserirá a lista provisória de doenças de notificação
obrigatória no Estado de Roraima, a qual deverá ser atualizada pela SEAAB, sempre que as condições sanitárias
assim o indicarem.
CAPÍTULO III
DAS MEDIDAS GERAIS E ESPECÍFICAS DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL
Art. 7° Considera-se Médico Veterinário Oficial, para efeito desta Lei, o profissional integrante dos
quadros da SEAAB, mediante concurso público, encarregado da Defesa Sanitária Animal.
Art. 10. Para efeito desta Lei, são consideradas as seguintes medidas gerais de Defesa Sanitária
Animal:
I - educação sanitária;
II - recenseamento, identificação e avaliação dos animais;
III - instalações adequadas para alojamento dos animais;
IV - sistema de registro de dados de saúde e de produtividade nas propriedades;
V - alimentação;
VI - seleção genética;
VII - destino adequado dos dejetos, cadáveres, lixo e resíduos de animais;
VIII - limpeza e desinfecção de objetos, instalações, veículos e equipamentos;
IX - medidas defensivas e ofensivas para o controle de artrópodes, roedores e outros vetores; e
X - controle de trânsito de animais.
Art. 11. Para efeito desta Lei, são consideradas as seguintes medidas específicas de proteção à saúde
animal:
I - imuno-profilaxia; e
II - quimio-profilaxia.
CAPÍTULO IV
DAS MEDIDAS ESPECIAIS DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL
Art. 12. As medidas de caráter especial ou excepcional, relativas à profilaxia de cada doença
transmissível, serão estabelecidas pela SEAAB, inclusive no recebimento de leite e seus derivados, nos limites
da presente Lei.
Art. 13. Visando à salvaguarda dos rebanhos no território roraimense, o Secretário de Agricultura,
ouvindo o Departamento de Defesa Agropecuária - DEDAG., poderá estabelecer programas específicos de
controle e/ou erradicação de doenças, instituindo a obrigatoriedade de vacinação, de realização de testes para
diagnóstico e de tratamento, sempre que a situação epidemiológica reinante assim o exigir.
§ 1º As vacinações, testes para diagnóstico e tratamentos previstos neste Artigo, serão realizados e
custeados pelo proprietário dos animais e sua efetivação será registrada na SEAAB, consoante o disposto no
Regulamento desta Lei.
§ 2° Quando o proprietário deixar de cumprir quaisquer dos procedimentos objetos deste Artigo, a
Secretaria de Agricultura e Abastecimento o fará compulsoriamente, arcando o proprietário com as despesas
decorrentes de sua realização, sem prejuízo das penalidades eventualmente imputadas.
CAPÍTULO V
DAS MEDIDAS DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Art. 14. Serão consideradas medidas de vigilância epidemiológica para o diagnóstico precoce de
doenças, e que resultará numa pronta ação profilática, consoante o disposto no Regulamento desta Lei:
I - serviço de informação;
II - cadastro estadual de estabelecimentos pecuários;
III - controle de trânsito de animais;
IV - os deveres dos proprietários de animais;
V - os deveres dos transportadores de animais;
VI - as vacinações e os exames ou provas diagnósticas;
VII - os eventos agropecuários;
VIII - notificação e o atendimento a focos; e
IX - a interdição de áreas e propriedades.
Art. 16. A manipulação de agentes de doenças transmissíveis previstas nesta Lei e os seus
instrumentos legais complementares, para fins de experimentação ou de qualquer outra natureza, poderá ser
autorizada pela SEAAB, para instituições que comprovarem as necessárias condições de biossegurança de suas
instalações.
Art. 17. A SEAAB poderá negar ou cancelar registro das pessoas físicas ou jurídicas que
descumprirem esta Lei.
CAPÍTULO VI
DOS DEVERES DOS ESTABELECIMENTOS DE ABA TE DE ANIMAIS E RECEBIMENTO DE
LEITE
Art. 18. Os estabelecimentos destinados ao abate de animais só poderão receber aqueles devidamente
acompanhados da Guia de Trânsito Animal - G.TA., ou documento equivalente que porventura venha a
substituí-Ia.
Art. 19. Os estabelecimentos que recebem leite "in natura" somente poderão fazê-lo de produtores que
comprovem a vacinação do rebanho, ou exames e testes obrigatórios dos animais, contra doenças definidas de
acordo com o disposto no Regulamento desta Lei.
CAPÍTULO VII
DOS CONSELHOS
Art. 20. Fica criado o Conselho Estadual de Saúde Animal - C.E.S.A., com caráter deliberativo e
função normativa, composto dos seguintes membros:
I - um representante indicado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento -SEAAB;
II - um representante indicado pela Delegacia Federal da Agricultura - DF /RR;
III - um representante indicado pela Universidade Federal de Roraima - UFRR;
IV - um representante indicado pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária de Roraima -
CRMV /RR;
V - um representante indicado pela Federação de Agricultura do Estado de Roraima - FAERR;
VI - um representante indicado pela Associação de Criadores de Gado de Roraima – ACRIGER;
VII – um representante indicado pela COOPERCARD;
VIII – um representante indicado pelo FUNDEPEC; e
IX – um representante indicado pela EMBRAPA.
Parágrafo único. O Conselho Estadual de Saúde Animal reunir-se-á ordinariamente em datas
previstas em regulamento e extraordinariamente, sempre que ocorrer os fatos ocorridos nos incisos VII a IX do
art. 26 ou quando a maioria de seus membros entenderem que haja motivo suficiente de ordem pública, para
convocação.
Art. 22. Os Membros do Conselho Estadual de Defesa Animal não serão remunerados, sob qualquer
título, sendo suas funções consideradas serviços relevantes prestados ao Estado.
Art. 23. Sob a coordenação da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, os municípios, através dos
poderes executivo, legislativo e judiciário, e as entidades de classe que representam os produtores rurais locais,
serão criados os Conselhos Municipais de Saúde Animal - C.O.M.US.A., com função de apoio e subsídio ao
Conselho Estadual de Saúde Animal- C.E.S.A..
Art. 24. O Conselho Estadual de Saúde Animal - C.E.S.A., com composição e competência definidas
nos artigos 20 e 21, respectivamente, será nomeado por ato do Governador do Estado para mandato de dois (02)
anos, à vista da indicação de suas respectivas entidades, permitida uma recondução.
§ 1° O Secretário de Agricultura, na qualidade de presidente do C.E.S.A., indicará o Secretário-
Executivo, dentre os servidores da autarquia.
§ 2° O presidente do C.E.S.A., em seus impedimentos e ausências eventuais será substituído pelo
Coordenador de Defesa Sanitária Animal da SEAAB.
CAPÍTULO VllI
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
Art. 25. Ficam os servidores do quadro da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, nos termos da
presente Lei, credenciados a lavrar o Termo de Inflação e Multa, quando da constatação de qualquer ação ou
omissão que importe na inobservância dos seus preceitos, bem como, dos regulamentos e demais medidas
diretivas dela decorrentes ao não cumprimento do estabelecido nesta Lei e demais normas pertinentes.
Art. 26. Sem prejuízo das demais cominações estabelecidas em norma Federal, aos infratores desta
Lei aplicam-se, isoladas ou cumulativamente, as seguintes sanções administrativas:
I - advertência;
II - multa de até 500 (quinhentas) Unidades Fiscais do Estado de Roraima UFERR), na sua
falta, a critério do Poder Executivo, outro valor legal correspondente;
III - proibição do comércio e do trânsito de animais, seus produtos e suprodutos de origem
animal;
IV - apreensão de animais;
V - apreensão de produtos e subprodutos de origem animal;
VI - apreensão de veículos;
VII - despovoamento de animais;
VIII - abate sanitário;
IX - sacrifício sanitário;
X - interdição de estabelecimentos rurais, recintos de eventos agropecuários e outros
estabelecimentos onde se registre ou realize aglomeração de animais ou que representem riscos de
disseminação de doenças dos animais; e
XI - cancelamento de registro de pessoas físicas ou jurídicas.
Parágrafo único. Em caso de reincidência, as multas serão aplicadas em dobro.
Art. 27. Sem prejuízo das penalidades previstas nesta Lei, os infratores estarão sujeitos a participação
em programas de educação sanitária estabelecidos por ato normativo do Secretário Executivo de Agricultura,
após deliberação do Conselho Estadual de Saúde Animal- C.E.S.A.
CAPÍTULO IX
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Art. 28. A infração às disposições desta Lei e sua Regulamentação, será objeto de formalização de
processo administrativo, que tem como fundamento o Termo de Infração e Multa, constante de uma única peça,
lavrada por servidor da SEAAB vinculado aos programas de Defesa Sanitária Animal.
Art. 29. Considera-se infração a esta Lei a inobservância a quaisquer de seus dispositivos e ao seu
regulamento, bem como, as normas técnicas especiais que se destinem à proteção da saúde animal, da saúde
pública e do meio ambiente.
Parágrafo único. Responde pela infração a que alude o "caput" deste artigo quem, por ação ou
omissão, lhe der causa, concorra para sua prática ou dela se beneficie.
CAPÍTULO X
DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS
Art. 30. O autuado terá o prazo de 05 (cinco) dias úteis para apresentar defesa, dirigida ao
Departamento de Defesa Agropecuária - DEDAG
§ 1° Do indeferimento do Departamento de Defesa Agropecuária - DEDAG caberá, em última
instância, recurso para o Conselho Estadual de Saúde Animal- C.E.S.A., no prazo de 30 (trinta) dias, contados da
intimação.
§ 2° Decorridos 30 (trinta) dias do julgamento final do contencioso administrativo, sem cumprimento
da penalidade imposta, os autos serão encaminhados para inscrição em Dívida Ativa do Estado.
§ 3° O infrator ou a quem represente, terá 15 (quinze) dias para o cumprimento da decisão, contados
do recebimento da notificação que lhe noticiar o indeferimento do recurso.
§ 4° Quando for declarada interdição da propriedade, os recursos porventura interpostos, serão
recebidos sem o efeito suspensivo.
CAPÍTULO XI
DAS RECEITAS E SUA APLICAÇÃO
Art. 31. Os recursos pertencentes aos fundos de emergência sanitária ficarão em contas específicas
das entidades privadas, representadas pelo setor pecuário no Conselho Estadual de Saúde Animal - C.E.S.A.,
devendo ser regulamentados e movimentados de acordo com o(s) respectivo(s) programa(s) de prevenção ou
erradicação.
Art. 32. Fica instituída a cobrança de taxas e emolumentos pelos serviços relacionados à Defesa
Sanitária Animal prestados pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento ou por órgãos
conveniados, consoante o disposto do Regulamento desta Lei que fixará anualmente os respectivos valores.
Parágrafo único. VETADO.
Art. 33. Os valores arrecadados por meio de convênios com entidades públicas serão recolhidos
através de código especifico da Secretaria de Estado da Fazenda – SEFAZ, devendo ser utilizados de acordo com
o que foi ajustado entre as partes conveniadas.
Art. 34. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento poderá, desde que autorizada pelo Governador
do Estado, firmar convênios com entidades privadas, estipulando nos mesmos a fixação dos objetivos,
finalidades, forma de arrecadação e gerenciamento das receitas, inclusive a responsabilidade pela movimentação
dos respectivos numerários, que deverá ser atribuída às próprias entidades conveniadas.
CAPÍTULO XII
DA DEFESA VEGETAL
Art. 52 O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de até 90 (noventa) dias, a partir da sua
publicação.
Parágrafo único. VETADO.
CAPÍTULO XII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 54. Fica revogada a Lei n° 313, de 19 de dezembro de 2001 e demais disposições em contrário.
II – produtos de origem animal: a carne de animais de Art. 4º Compete à Agência de Defesa Agropecuária do
açougues, de animais silvestres originários de criação Estado de Roraima – ADERR, por meio do Serviço de
devidamente regulamentada e seus derivados, o Inspeção Estadual – SIE, a inspeção e fiscalização dos
pescado e seus derivados, o leite e seus derivados, o produtos artesanais comestíveis de origem animal e
ovo e seus derivados, os produtos das abelhas e seus vegetal, a abertura dos processos, orientação sobre
derivados; implantação e implementação dos projetos das
unidades processadoras de alimentos, emissão do
III – produtos de origem vegetal: raízes, tubérculos, registro, orientação e treinamento de técnicos e
rizomas, bulbos, flores e inflorescência e frutos pré- auxiliares do seu quadro de pessoal, e a definição de
processados, processados, conservados, embalados e outros mecanismos de apoio técnico, nos limites de
rotulados; suas áreas de atuação.
IV – produtos alimentares: são produtos próprios para I – para efeito de enquadramento nesta Lei, o
o consumo humano com todas as qualidades microempreendedor individual (MEI) deve atender as
organolépticas, nutricionais e inócuos dos perigos legislações pertinentes para o seu registro e
químicos, físicos e biológicos: legalização, que manipulem ou pretendam manipular
alimentos com finalidade da agregação de valor,
a) são considerados “perigos” os fatores que podem
conservação, embalagem e rotulagem de alimentos
contaminar as matérias-primas, ingredientes e
alimentos; processados de modo artesanal para comercialização
de produtos de origem animal e vegetal.
b) os “perigos” químicos: toxinas naturais
II – para efeito desta lei considera-se por agricultor
(ciguatoxinas, toxinas paralisantes, neurotóxicas,
familiar e empreendedor familiar rural (Lei Federal nº
amnésicas e diarréicas, entre outras), toxinas fúngicas
11.326, de 24 de julho de 2006) aquele que pratica
(micotoxinas), metabólitos tóxicos de origem
microbiana (histamina e tetrodotoxinas), pesticidas, atividades no meio rural, atendendo, simultaneamente,
herbicidas, contaminantes inorgânicos tóxicos, aos seguintes requisitos:
antibióticos, anabolizantes, aditivos e coadjuvantes a) não detenha, a qualquer título, área maior do que 4
alimentares tóxicos, lubrificantes e pinturas (tintas), (quatro) módulos fiscais;
desinfetantes, detergentes, entre outros;
b) utilize predominantemente mão-de-obra da própria
c) os “perigos” físicos: são materiais ou objetos que família nas atividades econômicas do seu
podem causar dano ao consumidor, por exemplo: estabelecimento ou empreendimento;
vidros, metais, madeira, ossos, entre outros;
c) tenha percentual mínimo da renda familiar
d) os “perigos” biológicos: bactérias patogênicas e originada de atividades econômicas do seu
suas toxinas, vírus, parasitos patogênicos e estabelecimento ou empreendimento, na forma
protozoários. definida pelo Poder Executivo (Redação dada pela Lei
Federal Nº 12.512, de 2011);
d) dirija seu estabelecimento ou empreendimento com conveniados na forma da Lei. Caso essas análises não
sua família; possam ser realizadas pelos laboratórios credenciados,
a despesa de envio e realização das análises solicitadas
e) o disposto na alínea “a” do caput deste artigo não se
pelo serviço oficial serão custeadas pelo
aplica quando se tratar de condomínio rural ou outras
estabelecimento processador artesanal de alimentos.
formas coletivas de propriedade, desde que a fração
ideal por proprietário não ultrapasse 4 (quatro) Art. 9º O estabelecimento processador artesanal de
módulos fiscais. alimentos de origem animal e vegetal manterá em
arquivo próprio sistema de controle que permita
Parágrafo único. Além dos requisitos citados no inciso
confrontar, em quantidade e qualidade, o produto
II deste artigo, o agricultor familiar deverá apresentar
processado com o lote que lhe deu origem. Art. 10.
a Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP).
Cada produto deverá ter seu rótulo aprovado e
Art. 5º Para obtenção do registro será obrigatória a registrado junto ao serviço oficial competente, sendo
implantação do manual de Boas Práticas de Fabricação objeto de norma específica e respeitando a legislação
(BPF) nos estabelecimentos de transformação e de vigente, indicando que é produto artesanal.
manipulação de alimentos para fins de verificação das
Art. 11. As instalações para estabelecimento
condições higiênico-sanitária de funcionamento.
processador artesanal de alimentos de origem animal e
Art. 6º A Agência de Defesa Agropecuária do Estado vegetal serão diferenciadas e obedecerão a preceitos
de Roraima – ADERR e a Secretaria de Estado da mínimos de construção, equipamentos, higiene e
Saúde – SESAU poderão pactuar Acordos de escala de produção, e sua especificação será obedecida
Cooperação Técnica com os órgãos que exercem o em regulamento próprio.
controle sanitário de alimentos de origem animal e
Art. 12. Os produtos deverão ser transportados e
vegetal no Estado de Roraima, de acordo com suas
armazenados em condições adequadas para a
competências legais e que possuam ou tenham acesso
preservação de sua qualidade.
a estrutura técnica e laboratorial, bem como, com
entidades públicas que preencham as condições Art. 13. A caracterização de qualquer tipo de fraude,
adequadas à execução das tarefas e a implantação e infração ou descumprimento desta Lei sujeitará o
funcionamento da inspeção e fiscalização dos infrator às sanções previstas em Lei e regulamento
estabelecimentos, visando a garantia dos aspectos de específicos, sem prejuízo às demais.
sanidade e controle de qualidade dos produtos
Art. 14. A habilitação é válida por 02 (dois) anos,
processados nos estabelecimentos abrangidos por esta
renováveis por períodos iguais ou sucessivos, devendo
Lei.
ser requerida sua renovação trinta dias antes do
Parágrafo único. Compete à Agência de Defesa término de sua vigência.
Agropecuária do Estado de Roraima – ADERR, por
Art. 15. O certificado de habilitação poderá ser
meio do Serviço de Inspeção Estadual – SIE, o
cancelado ou suspenso pelo Órgão competente nos
acompanhamento e a fiscalização das atividades
termos de regulamento específico.
inerentes aos convênios firmados com os municípios e
entidades públicas, podendo ser rescindidos quando Art. 16. Esta Lei entra em vigor na data de sua
não atenderem aos requisitos desta Lei. publicação, revogadas as disposições em contrário.
Art. 7º Os órgãos a que se refere o Artigo 6º são: a
Secretaria de Estado da Saúde – SESAU, por meio da Palácio Senador Hélio Campos/RR, 29 de novembro
Vigilância Sanitária, a Agência de Defesa de 2012.
Agropecuária do Estado de Roraima – ADERR,
Secretarias Municipais de Saúde, Secretarias JOSÉ DE ANCHIETA JUNIOR
Municipais de Agricultura ou órgãos equivalentes, no Governador do Estado de Roraima
âmbito de seus serviços de inspeção e fiscalização dos
produtos de origem animal e vegetal.
Art. 8º O estabelecimento processador artesanal de
alimentos que adquirirem produtos de origem animal
e vegetal para beneficiar, manipular, industrializar ou
armazenar deverão manter livro de registro de entrada
e saída, constando, obrigatoriamente, a natureza e a
procedência das mercadorias.
Parágrafo único. Para a realização das análises
referentes aos produtos de origem animal e vegetal, a
ADERR utilizará como referência os laboratórios
especializados da rede oficial ou privados
estabelecidos no Estado, quando credenciados e
DECRETO Nº 16.374-E DE 20 DE NOVEMBRO inclusive aqueles que mantenham características
DE 2013. tradicionais, culturais ou regionais;
II – estabelecimento artesanal: a estrutura física ou
micro-industrial, de pessoa física ou jurídica,
“Regulamenta a Lei Estadual nº 870, de 29 de
destinada ao recebimento, obtenção e depósito de
novembro de 2012, que dispõe sobre as normas para
matéria prima, elaboração, acondicionamento,
licenciamento de estabelecimentos processadores,
armazenamento e comercialização de produtos
registro e comercialização de produtos artesanais
artesanais comestíveis de origem animal em escala não
comestíveis de origem animal e vegetal no Estado de
industrial, situada nas áreas urbanas e rurais do estado
Roraima e dá outras providências.”
de Roraima;
III – estabelecimentos: obedecem a preceitos
O GOVERNADOR DO ESTADO DE RORAIMA, no simplificados de construção, limpeza e higiene, além
uso das atribuições que lhe confere o artigo 62, inciso de normas estabelecidas em lei e outros regulamentos
III, da Constituição do Estado de Roraima e tendo em técnicos;
vista o disposto na Lei Estadual nº 870, de 29 de
a) estabelecimento de pequenos animais - o
novembro de 2012,
estabelecimento destinado ao abate e elaboração de
produtos artesanais de pequenos animais de
importância econômica;
D E C R E T A:
b) estabelecimento de médios e grandes animais: o
estabelecimento destinado ao abate e elaboração de
Art. 1º Fica aprovado o regulamento para a produtos artesanais de médios e grandes animais de
implantação e o funcionamento de estabelecimentos, importância econômica;
voltados para a produção, processamento e
c) estabelecimento de produtos cárneos: o
comercialização de produtos artesanais comestíveis de
estabelecimento destinado à elaboração de produtos
origem animal.
artesanais cárneos embutidos, defumados e salgados;
d) estabelecimento de pescado e seus derivados: o
Art. 2º As normas para licenciamento de estabelecimento destinado à elaboração de produtos
estabelecimentos que se dedicam às atividades artesanais que tenham como matéria prima peixes,
artesanais de produtos comestíveis de origem animal moluscos, anfíbios e crustáceos;
no Estado de Roraima serão reguladas de acordo com
e) estabelecimento de recepção e acondicionamento de
o disposto na Lei Estadual nº 870, de 29 de novembro
ovos: o estabelecimento destinado à recepção, ao
de 2012. acondicionamento e processamento de ovos;
f) estabelecimento de produtos apícolas: o
Art. 3º Este Decreto entra em vigor 30 (trinta) dias estabelecimento destinado à recepção e elaboração de
após a data de sua publicação. produtos artesanais oriundos das abelhas;
Palácio Senador Hélio Campos/RR, 20 de novembro g) estabelecimento de laticínios: o estabelecimento
de 2013. destinado à recepção, envase e pasteurização de leite,
sendo este para elaboração de queijo, iogurte e outros
JOSE DE ANCHIETA JUNIOR derivados;
Governador do Estado de Roraima IV – órgão executor: a Agência de Defesa
Agropecuária do Estado de Roraima – ADERR, com
atribuição de executar as atividades de fiscalização
REGULAMENTO DAS NORMAS PARA previstas neste Regulamento, por meio do SIE/RR; a
LICENCIAMENTO DE ESTABELE- Secretaria de Estado da Saúde – SESAU, por meio da
CIMENTOS PROCESSADORES, REGISTRO E Vigilância Sanitária Estadual; a Secretaria Municipal
COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS de Saúde – SMSA, por meio da Vigilância Sanitária
ARTESANAIS COMESTÍVEIS DE ORIGEM Municipal; a Secretaria Estadual de Agricultura,
ANIMAL NO ESTADO DE RORAIMA Pecuária e Abastecimento – SEAPA; a
CAPÍTULO I Superintendência Federal de Agricultura em Roraima
– SFA/RR ou órgãos equivalentes, por meio de Acordo
DAS CONCEITUAÇÕES de Cooperação Técnica;
Art. 1º Para efeito deste Regulamento entende-se por: V – Serviço de Inspeção Estadual de Roraima –
I – produtos artesanais: qualquer produto comestível SIE/RR: aqueles com atribuições de registrar,
de origem animal elaborado em escala não industrial, inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos, as
instalações e equipamentos, o recebimento, a obtenção
1
e o depósito de matéria-prima e ingredientes, CAPÍTULO II
elaboração, armazenagem, acondicionamento,
DAS COMPETÊNCIAS E CONDIÇÕES PARA
transporte e comercialização de produtos artesanais;
OBTER O REGISTRO
VI – inspeção e fiscalização: o ato de examinar a
higiene das pessoas, a construção e a higiene do
estabelecimento, das instalações e equipamentos; a
Art. 2º Compete a Agência de Defesa Agropecuária do
higiene, sanidade e os padrões físico-químicos e
Estado de Roraima – ADERR:
microbiológicos no recebimento, obtenção e depósito
de matéria prima e ingredientes, assim como durante § 1º Por meio do Serviço de Inspeção Estadual –
as fases de elaboração, acondiciona- mento, S.I.E., exercer ações pertinentes ao cumprimento das
armazenagem, transporte e comercialização de normas de implantação, registro, funcionamento,
produtos artesanais, visando a qualidade do produto licenciamento, inspeção e fiscalização dos
final; estabelecimentos e dos produtos de processamento
artesanal de alimentos de origem animal;
VII – inspetor e fiscal: o médico veterinário, em suas
respectivas áreas de competência, devidamente § 2º Pactuar acordo de cooperação técnica com os
capacitados e credenciados pelo SIE/RR, são órgãos que exerçam o controle sanitário de alimentos
responsáveis pelo registro, inspeção e fiscalização do de origem animal no estado de Roraima, de acordo
estabelecimento, das instalações e equipamentos, com suas competências legais, que preencham as
recebimento, obtenção e depósito de matéria prima e condições adequadas à execução das tarefas para a
ingredientes, elaboração, acondicionamento, implantação e funcionamento da inspeção e
armazenagem, transporte e comercialização de fiscalização dos estabelecimentos, visando à garantia
produtos artesanais; dos aspectos de sanidade e controle de qualidade dos
produtos processados abrangidos por este decreto;
VIII – auxiliar: técnico responsável por auxiliar o
Médico Veterinário nas inspeções e fiscalizações dos § 3º Os órgãos a que se refere o parágrafo anterior são:
estabelecimentos processadores de produtos artesanais; a Secretaria de Estado da Saúde – SESAU, por meio
IX – insumos: ingredientes, embalagens, produtos de da Vigilância Sanitária Estadual; a Secretaria
higienização, aditivos, conservantes e pesticidas; Municipal de Saúde – SMSA, por meio da Vigilância
Sanitária Municipal; a Secretaria Estadual de
X – limpeza: procedimento utilizado para remoção de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – SEAPA; a
sujidades das superfícies, com auxílio de água, Superintendência Federal de Agricultura em Roraima
abrasivos e detergentes; – SFA/RR ou órgãos equivalentes;
XI – área suja: local ou dependência do § 4º Firmar convênios com os municípios que
estabelecimento artesanal que apresente maior risco de possuam ou tenham acesso à estrutura técnica e
contaminação aos alimentos; laboratorial, bem como com entidades públicas e
privadas que preencham as condições adequadas,
XII – área limpa: local ou dependência do
visando à garantia dos padrões higiênico-sanitários,
estabelecimento artesanal onde ocorra o
físico- químicos e microbiológicos e ao controle de
processamento e acondicionamento dos alimentos,
qualidade dos produtos artesanais abrangidos por este
construído com o objetivo de reduzir a introdução e
Regulamento.
multiplicação de agentes contaminadores;
§ 5º O acompanhamento e fiscalização das atividades
XIII – armazenamento: conjunto de atividades e
dos acordos de cooperação técnica e convênios
requisitos para se obter uma correta conservação de
firmados com municípios, entidades públicas e
resíduos animais, insumos e produtos acabados;
privadas.
XIV – barreira sanitária: instalação provida de lavador
§ 6º Estabelecer normas, regulamentos, portarias,
de botas, lavatório com acionamento não manual da
ofícios, ofícios circulares, circular e instruções
água, detergente, sanitizante, papel toalha, coletor de
adicionais ao exercício da inspeção e fiscalização da
lixo com tampa de acionamento por pedal adjacente ao
elaboração e comercialização em escala não industrial
acesso à área de processamento;
de produtos artesanais comestíveis de origem animal.
XV – efluentes: resíduos sólidos e líquidos oriundos
do processo de fabricação dos produtos artesanais.
Art. 3º É considerado produtor artesanal de produto de
origem animal para efeito de enquadramento neste
Regulamento:
I - o microempreendedor individual (MEI) que
manipule ou pretenda manipular alimentos com
finalidade da agregação de valor, conservação,
embalagem e rotulagem de alimentos processados de
2
modo artesanal para comercialização, atendendo as alimentos emitida por instituição habilitada;
legislações pertinentes para o seu registro e
VII – exame da água de abastecimento, cujas
legalização;
características devem se enquadrar no padrão físico-
II - e o agricultor familiar e empreendedor familiar químico e microbiológico conforme Legislação
rural (Lei Federal Nº 11.326, de 24 de julho de 2006) Vigente;
aquele que pratica atividades no meio rural,
a) Quando o resultado do exame da água estiver fora
atendendo, simultaneamente, aos seguintes requisitos:
dos padrões considerados desejáveis, impõe-se novo
a) não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 exame;
(quatro) módulos fiscais;
VIII – licenciamento ambiental expedido por órgão
b) utilize predominantemente mão-de-obra da própria competente;
família nas atividades econômicas do seu
IX – documento que ateste as condições sanitárias dos
estabelecimento ou empreendimento;
animais, sobretudo os que vão dar origem a matéria-
c) tenha percentual mínimo da renda familiar originada prima a ser utilizada no processamento artesanal de
de atividades econômicas do seu estabelecimento ou alimentos de origem animal;
empreendimento, na forma definida pelo Poder
X – planta baixa e/ou croqui do estabelecimento e
Executivo (Redação dada pela Lei Federal Nº 12.512,
memorial descritivo da área de processamento;
de 2011);
XI – registro de rótulo conforme estabelecido no art.
d) dirija seu estabelecimento ou empreendimento com
43 do presente Decreto;
sua família;
XII – outros documentos, atestados ou exames
e) o disposto na alínea “a” do caput deste artigo não se
exigidos pelos órgãos competentes desde que
aplica quando se tratar de condomínio rural ou outras
previstos em normas complementares.
formas coletivas de propriedade, desde que a fração
ideal por proprietário não ultrapasse 4 (quatro) § 2º A concessão do registro fica condicionado ao
módulos fiscais. parecer emitido no Laudo de Vistoria do SIE/RR.
Parágrafo único. Além dos requisitos citados no inciso § 3º Quando o Laudo de Vistoria, a que se refere o §
II deste artigo, o agricultor familiar deverá apresentar 2º deste artigo, estabelecer ou determinar a
a Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP), necessidade de serem feitos ajustes de qualquer
expedida por órgão competente. natureza nos estabeleci- mentos solicitantes de acordo
com cada caso específico à conveniência da
Art. 4º Para funcionamento do estabelecimento
Administração fiscalizadora, o registro ficará
artesanal de produtos de origem animal comestível, o
condicionado até que as recomendações ou
produtor da agricultura familiar ou o
determinações contidas no Laudo sejam atendidas, e
microempreendedor deverá ser registrado na Agência
que não comprometa a qualidade do produto final.
de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima –
ADERR. § 4º A validade do registro do produto artesanal será
de 2 (dois) anos, quando do primeiro registro, ficando
§ 1º Para obter o registro na Agência de Defesa
após esse prazo a obrigatoriedade da renovação por
Agropecuária do Estado de Roraima – ADERR, o
períodos iguais ou sucessivos, devendo ser requerida
solicitante deverá formalizar pedido instruído com os
sua renovação 30 (trinta) dias antes do término de sua
seguintes documentos:
vigência.
I – requerimento dirigido a Agência de Defesa
§ 5º Não atendidos os requisitos legais e
Agropecuária do Estado de Roraima – ADERR
regulamentares, o pedido definitivo será indeferido.
solicitando o registro e a instalação do serviço de
inspeção e fiscalização;
II – registro no CNPJ ou CPF e inscrição na Secretaria CAPÍTULO III
de Estado da Fazenda, como produtor rural,
DAS ATRIBUIÇÕES DO SIE/RR
microempreendedor individual ou microempresa;
III – documento de inscrição no conselho de classe
competente, com anotação do responsável técnico; Art. 5º São atribuições do SIE/RR:
IV – documento que comprove as condições de I – vistoriar o estabelecimento requerente;
microempreendedor individual ou agricultor familiar,
expedida pelo órgão competente; II – definir os produtos passíveis de serem elaborados
artesanalmente, segundo a natureza e origem da
V – documentos de identificação pessoal ou de matéria-prima e dos ingredientes, o processo de
constituição jurídica; fabricação e o potencial de risco à saúde do
consumidor;
VI – carteira de saúde do (s) manipulador (es) de
3
III – estabelecer em regulamento, juntamente com V – dispor de depósito ou armário, em material
órgãos de pesquisa, padrões de identidade e qualidade adequado, para os insumos a serem utilizados na
de produtos de origem animal comestível que ainda elaboração dos produtos;
não tenham legislação específica;
VI – dispor de produto aprovado pela inspeção, para
IV – aprovar e expedir o registro de funcionamento do higienizar as instalações, equipamentos e utensílios,
estabelecimento; como vapor, água quente e soluções cloradas;
V – analisar fórmulas, rótulos, carimbos e autorização VII – aplicar as providências preconizadas pelas
para utilizar embalagens, conforme processo de normas de segurança do trabalho, segundo o porte e a
rotulagem, a serem usados na elaboração de produtos natureza do estabelecimento.
artesanais, bem como aprovar as plantas de construção
VIII – dispor de banheiro, vestiário e depósito,
de estabelecimento requerente; VI – capacitar, treinar
separados do ambiente interno destinado ao
e credenciar inspetores, fiscais e auxiliares;
processamento, manipulação e estocagem;
VII – acompanhar e fiscalizar as atividades inerentes
IX – possuir piso antiderrapante, sem batentes,
aos convênios firmados com municípios e entidades
impermeável, de fácil higienização e com declive
públicas e privadas, podendo ser rescindidos quando
adequado para permitir o escoamento adequado de
não atenderem aos requisitos deste Regulamento, ou
líquidos;
de outras normas pertinentes;
X – possuir paredes lisas, de cor clara, impermeáveis e
VIII – verificar carteiras de saúde dos funcionários e
de fácil higienização, dotadas de janelas que permitam
proprietários de estabelecimento, exame de água e
a perfeita aeração e luminosidade;
outros atestados e exames julgados necessários;
XI – possuir teto ou forro, de cor clara, construídos
IX – inspecionar, reinspecionar e fiscalizar o
com materiais que proporcionem facilidade de
estabelecimento, as instalações e os equipamentos, a
higienização e possuir sistema de vedação contra
matéria-prima, os ingredientes e os produtos
insetos e outras fontes de contaminação;
artesanais elaborados; X – expedir laudos de inspeção
e fiscalização pertinentes ao SIE/RR. XII – dispor permanentemente de água potável e em
quantidade suficiente para atender à demanda do
estabelecimento, cuja fonte de canalização e
CAPÍTULO IV reservatório deverá ser protegida, para evitar qualquer
tipo de contaminação;
DO ESTABELECIMENTO, DAS INSTALAÇÕES
E EQUIPAMENTOS XIII – dispor de sistema de escoamento de água
servida, sangue, soro, resíduos, efluentes e rejeitos da
elaboração de produtos artesanais, de acordo com as
Art. 6º O estabelecimento deve: recomendações do órgão ambiental responsável;
I – estar situado em áreas que não apresentem níveis XIV – dispor, quando necessário, de sistema de frio,
indesejados de odores, fumaças, poeira e outros que poderá ser composto de freezer, geladeira
contaminadores, que não estejam expostos a industrial ou câmara fria;
inundações, e devem possuir licença ambiental junto
XV – dispor de fonte de energia elétrica compatível
ao órgão competente;
com a necessidade do estabeleci- mento;
II – localizar-se afastado de fontes de mau cheiro e de
XVI – ter as aberturas da construção, com acesso ao
contaminação, distante dos limites das vias públicas,
seu exterior, fechadas com telas à prova de insetos;
no mínimo, em 5 (cinco) metros, de preferência no
centro do terreno, com área disponível para circulação XVII – dispor de equipamentos e recursos essenciais
interna de veículos, devidamente cercado, e projetados ao seu funcionamento, compostos de materiais
de forma a permitir a separação entre áreas e setores, resistentes, impermeáveis, que permitam uma perfeita
pelo emprego de meios eficazes, com fluxo ordenado e limpeza e higienização;
continuo desde a chegada da matéria prima, durante o
XVIII – evitar o uso de madeira em esquadrias ou em
processo de produção, até a obtenção do produto
utensílios dentro da unidade de produção, excetuando-
acabado, de forma a evitar as operações suscetíveis de
se a condição em que a tecnologia empregada o exija.
causar contaminação cruzada;
Sob nenhum pretexto podem ser utilizados objetos tais
III – ter uma área limpa e uma área suja, devidamente como latas de óleo, cuias, cabaças etc.;
separadas;
Art. 7º Todos os equipamentos e utensílios utilizados
IV – ser construído em alvenaria ou outro material nas áreas de produção, ou que entrem em contato com
aprovado pelo SIE/RR, com área compatível com o as matérias-primas ou os produtos, devem ser
volume máximo da produção, tamanho das espécies construídos de materiais que não transmitam
animais a serem processados; substâncias tóxicas, odores ou sabores, e sejam
4
impermeáveis e resistentes à corrosão e capazes de empresa devidamente registrada nos órgãos
resistir a repetidas operações e higienização. competentes.
Art. 8º O estabelecimento de produtos artesanais só Art. 16. É proibido residir, dormir, fazer refeições,
pode funcionar se devidamente instalado e equipado, fumar, depositar produtos, objetos e materiais
devendo observar as normas técnicas expedidas pela estranhos à finalidade do estabelecimento ou ainda
legislação vigente. guardar adornos, roupas ou calçados de qualquer
natureza nas instalações de recebimento, produção,
Parágrafo único. Sempre que o tipo e a tecnologia do
expedição, obtenção e depósito de matéria prima e
produto artesanal a ser elaborado exigir, o
ingredientes.
estabelecimento deve possuir equipamentos e
instalações compatíveis com a sua elaboração. Art. 17. As instalações sanitárias, vestiários e outras
dependências, devem ser mantidas limpas,
organizadas, livres de pragas, goteiras, infiltrações,
CAPÍTULO V mofo, vazamentos e estruturas quebradas ou
defeituosas.
DA HIGIENE DAS INSTALAÇÕES E DOS
EQUIPAMENTOS Art. 18. As câmaras frias, freezers e refrigeradores
devem atender às mais rigorosas condições de higiene
e funcionamento, devendo ser lavadas e higienizadas
Art. 9º Todas as instalações e os equipamentos devem sempre que necessário, ficando seu uso exclusivo aos
ser mantidos em condições de higiene antes, durante e produtos aos quais se destinam.
após a elaboração dos produtos artesanais.
Art. 19. Os currais, bretes, mangueiras e outras
Art. 10. Os pisos e paredes, bem como os instalações próprias para a guarda, pouso e contenção
equipamentos e utensílios devem ser lavados e de animais vivos ou para depósito de resíduos devem
adequadamente higienizados com produtos registrados ser lavados e higienizados, sempre que necessário,
no Ministério da Saúde e aprovados pelo SIE/RR, com desinfetantes aprovados pelo Ministério da Saúde
devendo ser mantidos limpos, organizados e em ou autorizados pelo SIE/RR.
perfeitas condições de higiene e funcionamento, antes Art. 20. No estabelecimento de laticínios é obrigatória
e após o processamento dos produtos. a limpeza e a higienização dos recipientes utilizados
Art. 11. As máquinas, tanques, caixas, recipientes, na coleta, antes de seu retorno aos pontos de origem.
mesas e demais materiais e utensílios serão
Art. 21. O reservatório que abastece o estabelecimento
identificados de modo a evitar equívocos entre o
deve ser lavado e higienizado no mínimo a cada 6
destino de produtos comestíveis e os usados no
(seis) meses ou, se necessário em periodicidade
transporte ou depósito de produtos não-comestíveis ou inferior a critério do órgão fiscalizador.
ainda utilizados na alimentação animal, usando-se as
denominações “comestíveis” e “não-comestíveis”. Art. 22. As caixas de inspeção e sedimentação de
substâncias residuais devem ser frequentemente
Art. 12. É proibido o acondicionamento de matérias-
inspecionadas e convenientemente limpas.
primas, ingredientes e produtos artesanais elaborados,
em carros e recipientes que tenham servido para
produtos não- comestíveis.
CAPÍTULO VI
Art. 13. É proibido empregar recipientes de cobre,
DA HIGIENE DOS TRABALHADORES
latão, zinco, barro, ferro estanhado com ligamento que
contenha mais de 2% (dois por cento) de chumbo ou
que apresente estanhagem defeituosa, ou ainda,
Art. 23. Todos os funcionários e/ou proprietários de
qualquer utensílio que, pela forma e composição, possa
estabelecimento, envolvidos no processo produtivo,
prejudicar a matéria-prima, os ingredientes ou os
deverão fazer exames de saúde a cada 6 (seis) meses.
produtos elaborados.
Art. 24. Sempre que comprovada a ocorrência de
Art. 14. Os recipientes já usados, quando se
dermatose, salmonelose, doença infectocontagiosa ou
destinarem ao acondicionamento dos produtos, devem
repugnante nos funcionários e proprietários do
ser previamente inspecionados, condenando-se os que,
estabelecimento, estes deverão ser imediatamente
após terem sido lavados e higienizados, forem
afastados do trabalho até a cura da enfermidade, só
julgados impróprios para uso no estabelecimento. Art.
podendo retornar após laudo médico de liberação para
15. O estabelecimento deve ser mantido limpo, livre
exercer a atividade em questão. Art. 25. As pessoas que
de moscas, mosquitos, ratos, camundongos ou
trabalham nas áreas de manipulação não podem ter
quaisquer outros vetores, agindo-se cautelosamente
acesso a setores que são passíveis de contaminação.
quanto ao emprego de produtos tóxicos, mesmo que
seu uso seja aprovado pelo Ministério da Saúde, Art. 26. É obrigatório o uso de paramentação, gorros,
devendo as tarefas de dedetização serem realizadas por luvas, aventais, calçados próprios, todos limpos e
5
higienizados, assim como a boa higiene dos Art. 31. Os estabelecimentos de beneficiamento de
funcionários e proprietários do estabelecimento nas leite e industrialização de seus derivados são obrigados
dependências de recebimento, produção, expedição, a fornecer ao serviço de inspeção sanitária a relação
obtenção e depósito de matéria prima e ingredientes, atualizada dos fornecedores, nome da propriedade
elaboração, acondicionamento e armazenagem dos rural e atestado sanitário do rebanho, sempre que
produtos, sob pena de interdição do estabelecimento. exigido pelo Serviço Oficial de Inspeção.
Art. 27. É obrigatório o uso de máscaras próprias e
limpas para a cobertura da boca e nariz nas tarefas que
CAPÍTULO VIII
requerem contato direto do manipulador com o
produto, tais como: corte e mexedura de coalhada, DA INSPEÇÃO E DA FISCALIZAÇÃO
filetagem de pescado, corte de carnes e embalagem dos
produtos, não sendo permitida a reutilização das
mesmas em mais de um turno. Art. 32. A inspeção e fiscalização obedecerão às
normas estabelecidas neste Regulamento, bem como
Art. 28. É obrigatório o uso de equipamentos ou
indumentárias de proteção individual, tais como: luvas em outros regulamentos específicos ao produto
em malha de aço para a desossa e corte de carnes e elaborado e à área de atuação da empresa.
pescados; chapéu, macacão, luva e bota de apicultor Art. 33. A inspeção e fiscalização serão exercidas pela
para a coleta de mel; aventais industriais e outros ADERR, por meio do SIE/RR, sobre pessoas físicas e
relacionados com a segurança do funcionário. jurídicas de direito público e privado, por servidores
devida- mente capacitados.
Art. 34. O exercício da inspeção e fiscalização previsto
no artigo anterior caberá a médicos veterinários, nas
CAPÍTULO VII suas respectivas áreas de competência, podendo dispor
de auxiliares devidamente capacitados, sempre sob as
DAS OBRIGAÇÕES DOS ESTABELECIMENTOS
suas responsabilidades.
§ 1º Os fiscais terão carteira de identidade funcional na
Art. 29. O produtor artesanal ou estabelecimento qual constará a denominação do órgão emitente, o
processador artesanal têm as seguintes obrigações: número da matrícula, além de assinatura, fotografia e
cargo.
I – cumprir e fazer cumprir todas as exigências
contidas no presente Regulamento; § 2º Os fiscais, no exercício de suas funções, ficam
obrigados a exibir a carteira de identidade funcional
II – apresentar relatório mensal ao SIE/RR até o 5º dia
quando solicitados.
útil do mês subsequente, contendo os dados
estatísticos da produção, industrialização, do § 3º É permitido aos fiscais, no desempenho de suas
transporte e da comercialização dos produtos de funções, o ingresso em qualquer estabelecimento das
origem animal, o não atendimento da entrega do pessoas físicas e jurídicas relacionadas no Art. 35 deste
relatório no prazo estabelecido, culminará na aplicação Regulamento.
das penalidades do art. 49 deste regulamento;
III – fornecer pessoal necessário, bem como o material
CAPÍTULO IX
necessário aos trabalhos de inspeção;
DO CONTROLE DE QUALIDADE DOS
IV – manter em dia o registro do recebimento de
PRODUTOS, DO TRANSPORTE, DA
animais, matérias-primas, produtos elaborados,
EMBALAGEM E ARMAZENAGEM
especificando sua procedência e qualidade, saída e
destino destes;
V – possuir livro oficial de registro com termo inicial Art. 35. Os produtos e matérias primas artesanais
de abertura, lavrado pela ADERR, na data do início do comestíveis de origem animal, satisfeitas as
funcionamento, para as informações, recomendações e exigências legais, as reinspeções, respeitadas as
visitas da fiscalização, para o controle higiênico- disposições no presente decreto, terão livre trânsito no
sanitário e tecnológico da produção, e ser mantido no estado de Roraima.
estabelecimento produtor, à disposição da
Art. 36. Qualquer produto artesanal comestível de
fiscalização.
origem animal, destinado a alimentação humana
deverá obrigatoriamente, para transitar no estado de
Roraima, portar rótulo registrado no S.I.E./RR ou o
Art. 30. O estabelecimento deverá manter um sistema
carimbo de inspeção aplicado no produto (carcaças de
de controle que permita confrontar, em quantidade, o
animais abatidos).
volume dos produtos elaborados com a matéria-prima
e ingredientes que lhe deram origem. Art. 37. Verificando o descumprimento do artigo 38
6
deste regulamento, o produto será apreendido pelo Parágrafo único. Fica terminantemente proibida a
S.I.E./RR que lhe dará o destino conveniente, devendo utilização de produtos que contenham amido vegetal
ser lavrado os respectivos termos de apreensão e auto e/ou gordura de origem vegetal em produtos lácteos.
de infração contra o infrator. Neste caso o produto deverá ser apreendido e
inutilizado imediatamente, não cabendo qualquer
Art. 38. Os produtos artesanais deverão obedecer aos
indenização e submetendo o estabelecimento que o
padrões higiênico-sanitários, físico-químicos e
produziu ao disposto no art. 49 deste Regulamento.
microbiológicos estabelecidos pela legislação vigente.
Art. 47. A embalagem dos produtos deverá obedecer
Art. 39. O estabelecimento só poderá utilizar rótulos
às condições de higiene necessárias à boa conservação
devidamente aprovados e registrados no S.I.E./RR.
dos mesmos e a rotulagem conter todas as informações
Art. 40. Cada tipo de produto deverá ter seu registro preconizadas pelo Código de Defesa do Consumidor e
de rótulo junto ao S.I.E./RR, descrevendo o processo legislações específicas, a indicação de que é produto
de produção e o registro de fórmula contendo matérias artesanal e o número de registro na ADERR.
primas e ingredientes utilizados.
Parágrafo único. Constituirá a fórmula dos produtos
CAPÍTULO X
artesanais:
DAS PENALIDADES
I – matéria prima de origem animal;
II – ingredientes, condimentos, corantes, coagulantes,
conservantes, antioxidantes, fermentos e quaisquer Art. 48. As infrações às normas previstas neste
outras substâncias que entrem em sua elaboração; III – Regulamento serão punidas, isolada ou
tecnologia de processamento. cumulativamente, com as seguintes sanções, sem
prejuízo de natureza cível e penal cabível.
Art. 41. A elaboração de produtos artesanais não
padronizados só será permitida após a aprovação do I – advertência – nos casos de primeira infração, em
seu registro de rótulo pelo S.I.E./RR. que não se configure dolo ou má-fé e desde que não
haja risco iminente de natureza higiênico-sanitária,
Art. 42. Os produtos artesanais produzidos
devendo a situação ser regularizada no prazo
anteriormente à entrada em vigor deste Decreto, bem
estabelecido pelo S.I.E./RR;
como os futuros, deverão obter junto ao S.I.E./RR a
aprovação de sua fórmula e seu respectivo processo de II – multa, até o limite de 29 UFERR’s, nos casos não
elaboração. compreendidos no inciso I deste artigo;
Art. 43. A análise qualitativa da matéria prima de III – apreensão e/ou inutilização de matéria-prima,
ingredientes e produtos artesanais será realizada em ingredientes e produtos artesanais elaborados, quando
laboratórios especializados da rede oficial ou privados não se apresentarem dentro dos padrões higiênico-
estabelecidos no Estado, quando credenciados e sanitários, físico- químicos e microbiológicos
conveniados na forma da Lei. Caso essas análises não adequados à sua finalidade ou quando forem
possam ser realizadas pelos laboratórios credenciados, adulterados; IV – suspensão das atividades do
a despesa de envio para realização das análises estabelecimento, nas hipóteses de risco ou ameaça de
solicitadas pelo serviço oficial, em laboratórios natureza higiênico-sanitária, ou, ainda, de embaraço à
credenciados em outros estados, serão custeadas pelo ação fiscalizadora;
estabelecimento processador artesanal de alimentos.
V – interdição total ou parcial do estabelecimento,
Art. 44. Os produtos que não se destinarem à quando a infração consistir na falsificação ou
comercialização imediata deverão ser armazenados adulteração de produtos artesanais ou se verificar a
em locais próprios e em temperaturas adequadas para inexistência de condições higiênico-sanitárias
a melhor conservação e preservação de sua qualidade. adequadas;
Art. 45. O transporte da matéria-prima e dos produtos VI – cancelamento da licença junto à ADERR,
finais deverá ser efetuado em veículo limpo e fechado, respeitando o devido processo legal e os princípios da
dotado de proteção e de outras condições adequadas ampla defesa e do contraditório.
para manter a qualidade do produto.
§ 1º As multas de que trata o inciso II deste artigo são
Parágrafo único. Os produtos transportados deverão aplicadas:
ser embalados atendendo o art. 44 deste Regulamento
I – sem prejuízo das demais sanções previstas nos
e acondicionados em caixas fechadas.
incisos III, IV e V deste artigo, podendo ser elevadas
Art. 46. O uso de aditivos será permitido desde que até o máximo de 10 vezes, quando o volume da
sejam cumpridas as Normas do Ministério da Saúde, produção do infrator faça prever que a punição será
com a obrigatoriedade de sua descrição nos ineficaz;
ingredientes contidos na rotulagem.
II – em dobro, no caso de reincidência.
7
III – em caso de aplicação de multa, considerando a Art. 58. O estabelecimento deverá manter controle de
condição econômico-financeira do infrator e os meios qualidade do produto a ser comercializado, mediante
ao seu alcance para se cumprir a Lei, o mesmo poderá implantação e aplicação criteriosa das Boas Práticas de
solicitar o parcelamento da multa junto a ADERR em Fabricação (BPF), sendo facultada à ADERR a coleta,
até 12 (doze) parcelas iguais. acondicionamento e encaminha- mento das amostras
ao laboratório para as análises de rotina, seguindo
§ 2º Caso não sejam atendidas as exigências que
normas operacionais definidas para tal fim, conforme
motivaram a suspensão de que trata o inciso IV deste
o disposto no art. 40 deste Decreto, sem ônus para a
artigo, em prazo estipulado pelo S.I.E./RR, a empresa
unidade agroindustrial artesanal.
é interditada.
Art. 59. A ADERR poderá estabelecer, quando for o
§ 3º A interdição do estabelecimento de que trata o
caso, as análises rotineiras necessárias para cada
inciso V deste artigo pode ser revogada ou suspensa
produto beneficiado.
após o atendimento das exigências que motivaram a
sanção, caso não seja revogada ou suspensa, o registro Parágrafo único. As amostras para as análises
é cancelado decorrido o prazo de seis meses. Art. 49. especificadas no caput deste artigo deverão ser
O infrator, uma vez multado, e respeitado o processo coletadas exclusivamente nas unidades artesanais.
legal, tem o prazo de 30 (trinta) dias para efetuar o
Art. 60. Normas operacionais complementares,
pagamento da multa, por meio de guias do Documento
quando necessárias, serão estabelecidas em
de Arrecadação de Receita Estadual – DARE, e
normativas internas da ADERR.
apresentar a comprovação de pagamento na ADERR.
Art. 61. Os casos omissos e dúvidas suscitadas na
Art. 50. O não-recolhimento da multa no prazo legal
execução deste Regulamento serão resolvidos pela
implica a inscrição em Dívida Ativa do Estado.
ADERR, com a participação direta de representante(s)
Art. 53. As penalidades impostas pelo S.I.E./RR dos estabeleci- mentos artesanais.
cabem recurso junto a ADERR.
Art. 62. Os estabelecimentos de produtos artesanais
não contemplados por este Regulamento continuarão
regidos pelo disposto nas legislações vigentes, ou
CAPÍTULO XI
qualquer outra norma que o substitua.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Palácio Senador Hélio Campos/RR, 20 de novembro
Art. 54. O estabelecimento responderá legal e de 2013.
juridicamente pelas consequências à saúde pública,
JOSÉ DE ANCHIETA JÚNIOR
caso se comprove omissão ou negligência no que se
refere à observância dos padrões higiênico-sanitários, Governador do Estado de Roraima
físico-químicos e microbiológicos, à adição indevida
de produtos químicos e biológicos, ao uso impróprio
de práticas de recebimento, obtenção e depósito de
matéria-prima e ingredientes, elaboração,
acondicionamento, armazenagem, transporte e
comercialização de produtos artesanais.
Art. 55. Qualquer ampliação, remodelação ou
construção no estabelecimento registrado só poderá ser
feita após prévia aprovação das plantas pelo S.I.E./RR.
Art. 56. O controle sanitário dos rebanhos e produtos
vegetais que geram a matéria- prima para a produção
artesanal de alimentos é obrigatório e deverá seguir
orientação do S.I.E./RR.
Art. 57. Os Municípios que possuam estrutura técnica
e laboral, bem como o Serviço de Inspeção Municipal
instalado que preencha as condições adequadas à
execução das tarefas para implementação e
funcionamento da inspeção e fiscalização dos
estabelecimentos, visando à garantia dos aspectos de
sanidade e controle de qualidade dos produtos
processados nos estabelecimentos abrangidos por este
Decreto, poderão assumir tal competência delegada
pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado de
Roraima – ADERR.
8
LEI Nº 881 DE 21 DE DEZEMBRO DE 2012. empregados como desfolhantes, dessecantes,
estimuladores e inibidores de crescimento;
VI - armazenamento: ato de armazenar, estocar ou guardar
Dispõe sobre a produção, o transporte, o armazenamento,
agrotóxicos, seus componentes e afins;
a comercialização, a utilização, o destino final dos
resíduos e embalagens vazias, o controle, a inspeção e a VII - cadastro de agrotóxicos e afins: ato privativo da
fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, no Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (ADERR)
Estado de Roraima, e dá outras providências. que permite comercializar, transportar, armazenar e
utilizar um agrotóxico e afim, no Estado de Roraima, e
O GOVERNADOR DO ESTADO DE RORAIMA: Faço
para obtenção de dados sobre produtos utilizados no
saber que a Assembleia Legislativa do Estado aprovou e
Estado, o qual visa subsidiar as ações de controle e
eu sanciono a seguinte Lei:
fiscalização do uso, do comércio, do armazenamento e do
transporte de agrotóxicos e afins;
CAPÍTULO I VIII - centro ou central de recebimento: estabelecimento
mantido e credenciado por um ou mais fabricantes e
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
registrantes, ou conjuntamente com comerciantes,
destinado à triagem, recebimento, prensagem ou
trituração e armazenamento provisório de embalagens
Art. 1º O uso, a produção, o consumo, o transporte, o vazias de agrotóxicos, seus componentes e afins, dos
armazenamento, a comercialização, o destino final dos estabelecimentos comerciais, dos postos de recebimento
resíduos e embalagens vazias, o controle, a inspeção e a ou diretamente dos usuários;
fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, na
forma dos artigos 23 e 24 da Constituição Federal de 1988 IX - comercialização: operação de compra, venda ou
e na forma do artigo 10 da Lei Federal nº. 7.802, de 11 de permuta dos agrotóxicos, seus componentes e afins;
julho de 1989, observarão, além do estabelecido na X - comerciante: toda pessoa jurídica que emite nota fiscal
Legislação Federal Específica em vigor, as normas de agrotóxicos e afins;
complementares fixadas na regulamentação desta Lei.
XI - componentes: princípios ativos, produtos técnicos,
Art. 2º Compete à Agência de Defesa Agropecuária de
suas matérias-primas, ingredientes inertes e aditivos
Roraima (ADERR), à Secretaria de Estado de Saúde -
usados na fabricação de agrotóxicos, seus componentes e
SESAU e a Fundação Estadual de Meio Ambiente e afins;
Recursos Hídricos (FEMARH), zelar pelo cumprimento
dos dispositivos estabelecidos por esta Lei e pela XII - controle: verificação do cumprimento dos
Legislação Federal vigente, nos termos estabelecidos dispositivos legais e requisitos técnicos relativos a
nesta Lei. agrotóxicos, seus componentes e afins;
XIII - detentor: pessoa física ou jurídica que, durante uma
ação fiscalizatória, estiver de posse ou sob sua
Art. 3º Para os efeitos desta Lei entende-se por: responsabilidade agrotóxicos e afins;
I - aditivo: substância ou produto adicionado à XIV - embalagem: invólucro, recipiente ou qualquer
agrotóxicos, componentes e afins, visando melhorar sua
forma de acondicionamento, removível ou não, destinado
ação, função, durabilidade, estabilidade e detecção ou
a conter, cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter
para facilitar o processo de produção;
os agrotóxicos, seus componentes e afins;
II - adjuvante: produto utilizado em mistura com produtos
XV - empregador: empresa, individual ou coletiva, que,
formulados para melhorar a sua aplicação; assumindo os riscos da atividade econômica, admite,
III - adulterar: Mudar, alterar, modificar; assalaria e dirige a prestação de serviços. Equiparam-se ao
empregador, para efeitos exclusivos de emprego, os
IV - agente biológico de controle: o organismo vivo, de profissionais liberais e as instituições sem fins lucrativos
ocorrência natural ou obtida por manipulação genética, que admitirem trabalhadores como empregados;
introduzido no ambiente para o controle de uma
população ou de atividades biológicas de outro organismo XVI - equipamento de proteção coletiva (EPC): todo
vivo considerado nocivo; dispositivo ou produto, de uso coletivo, destinado à
proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a
V - agrotóxicos e afins: produtos e agentes de processos saúde em ambientes de trabalho;
físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos
setores de produção, no armazenamento e beneficiamento XVII - equipamento de proteção individual (EPI): todo
de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de vestuário, material ou equipamento destinado a proteger
florestas, nativas ou plantadas, e em outros ecossistemas, pessoa envolvida na produção, manipulação e uso de
ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade agrotóxicos, seus componentes e afins;
seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de
XVIII - exportação: ato de saída de agrotóxicos, seus
preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados
componentes e afins, do país para o exterior;
nocivos, assim como as substâncias e produtos
1
XIX - fabricante: pessoa física ou jurídica habilitada a numa fase específica, desde sua produção até o consumo,
produzir componentes; expressa em partes (em peso) do agrotóxico, afim ou seus
resíduos por milhões de partes de alimento (em peso)
XX - falsificar: reproduzir imitando, contrafazer, dar
(ppm ou mg/kg);
aparência enganosa;
XXXII - manipulador: pessoa física ou jurídica habilitada
XXI - fiscalização: ação direta da Agência de Defesa
e autorizada a fracionar e reembalar agrotóxicos, seus
Agropecuária de Roraima (ADERR), com poder de
componentes e afins, com o objetivo específico de
polícia, na verificação do cumprimento da legislação
comercialização;
específica;
XXXIII - manejo integrado: conjunto de práticas
XXII - formulador: pessoa física ou jurídica habilitada a
agronômicas baseadas no manejo das populações de
produzir agrotóxicos, seus componentes e afins;
pragas, patógenos e plantas invasoras, visando minimizar
XXIII - formulação: produto resultante do processamento a utilização de agrotóxico ou afim, manter a população
de produto técnico, mediante adição de ingredientes dos agentes abaixo do nível de dano econômico e
inertes, com ou sem adjuvante ou aditivo; viabilizar a conservação do equilíbrio do agroecossistema,
com maior produção e menor custo;
XXIV - importação: ato de entrada de agrotóxicos, seus
componentes e afins no Estado, provenientes de outras XXXIV – matéria-prima: produto ou substância utilizado
Unidades da Federação; na obtenção de um ingrediente ativo ou de um produto que
o contenha por processo químico, físico ou biológico;
XXV - impureza: substância diferente do ingrediente ativo
derivado do seu processo de produção; XXXV - mistura em tanque: associação de agrotóxicos e
afins no tanque do equipamento aplicador, momentos
XXVI - ingrediente ativo ou princípio ativo: agente
antes da aplicação;
químico, físico ou biológico utilizado para conferir
eficácia aos agrotóxicos e afins; XXXVI - novo produto: produto técnico, pré-mistura ou
produto formulado, contendo ingrediente ativo ainda não
XXVII - ingrediente inerte: substância ou produto não registrado no Brasil;
ativo em relação à eficácia dos agrotóxicos e afins, usado
como veículo, diluente ou para conferir características XXXVII - país de origem: país em que o agrotóxico,
próprias às formulações; componente ou afim é produzido;
XXVIII - inspeção: acompanhamento, por técnicos XXXVIII - país de procedência: país exportador do
especializados, das fases de produção, transporte, agrotóxico, componente ou afim para o Brasil;
armazenamento, manipulação, comercialização,
XXXIX - pesquisa e experimentação: procedimentos
utilização, importação, exportação e destino final dos
técnico-científicos que visam gerar informações e
agrotóxicos, seus componentes e afins, bem como de seus
conhecimentos a respeito da aplicabilidade de
resíduos e embalagens;
agrotóxicos, de seus componentes e afins, da sua
XXIX - intervalo de reentrada: intervalo de tempo entre a eficiência e dos seus efeitos sobre a saúde humana e o
aplicação de agrotóxicos ou afins e a entrada de pessoas meio ambiente;
na área tratada sem a necessidade de uso do EPI;
XL - posto de recebimento: estabelecimento mantido ou
XXX - intervalo de segurança ou período de carência, na credenciado por um ou mais estabelecimentos comerciais
aplicação de agrotóxicos ou afins: ou conjuntamente com fabricantes, destinado a receber e
armazenar, provisoriamente, embalagens vazias de
a) antes da colheita: intervalo de tempo entre a
agrotóxicos e afins devolvidas pelos usuários;
última aplicação e a colheita;
XLI - pré-mistura: produto obtido a partir do produto
b) pós-colheita: intervalo de tempo entre a última técnico, por meio de processos químicos, físicos ou
aplicação e a comercialização do produto tratado;
biológicos, destinados exclusivamente à preparação de
c) em pastagens: intervalo de tempo entre a última produtos
aplicação e o consumo do pasto;
XLII - prestadora de serviço: pessoa física ou jurídica
d) em ambientes hídricos: intervalo de tempo entre habilitada a executar trabalho de aplicação e
a última aplicação e o reinício das atividades de irrigação, armazenamento de agrotóxicos, seus componentes e afins,
dessedentação de animais, balneabilidade, consumo de e ainda recebimento e armazenamento provisório de
alimentos provenientes do local e captação para embalagens vazias de agrotóxicos, seus componentes e
abastecimento público; e afins;
e) em relação a culturas subsequentes: intervalo de XLIII - produção: processo de natureza química, física ou
tempo transcorrido entre a última aplicação e o plantio biológica para obtenção de agrotóxicos, seus componentes
consecutivo de outra cultura. e afins;
XXXI - limite máximo de resíduo (LMR): quantidade XLIV - produto de degradação: substância ou produto
máxima de resíduo de agrotóxico ou afim oficialmente resultante de processos de degradação de um agrotóxico,
aceita no alimento, em decorrência da aplicação adequada componentes ou afins;
2
XLV - produto formulado: agrotóxico ou afim obtido a LVI - reincidência: quando o infrator infringe os mesmos
partir do produto técnico ou de pré-mistura, por processo dispositivos legais;
físico, ou diretamente de matérias-primas por processos
LVII - resíduo: substância ou mistura de substâncias
físicos, químicos ou biológicos;
remanescentes, ou existentes em alimentos ou no meio
XLVI - produto formulado equivalente: produto que, ambiente, decorrentes do uso ou da presença de
comparado com produto formulado já registrado, possui a agrotóxicos e afins, inclusive quaisquer derivados
mesma indicação de uso, produtos técnicos equivalentes específicos tais como produtos de conversão e de
entre si, a mesma composição qualitativa e cuja variação degradação, metabólitos, produtos de reação e impurezas,
quantitativa dos componentes não o leva a expressar consideradas toxicológicas e ambientalmente
diferença no perfil toxicológico e ecotoxicológico frente importantes;
ao produto em referência;
LVIII - rotulagem: ato de identificação impressa ou
XLVII - produto para jardinagem amadora: produtos para litografada, com dizeres ou figuras pintadas ou gravadas a
uso em jardins domésticos, tais como inseticidas para fogo por pressão ou decalque, aplicados sobre qualquer
jardim, formicidas, abrilhantadores de folha e herbicidas tipo de embalagem unitária de agrotóxico ou afim e em
pronto-uso ou em pequena embalagem; qualquer outro tipo de projeto de embalagem que vise à
complementação, sob forma de etiqueta, carimbo,
XLVIII - produtos saneantes: produtos registrados pela
indelével, bula ou folheto contendo, inclusive, nome e
ANVISA, para uso em ambiente urbano; estes produtos
registro, no conselho de fiscalização profissional, do
devem utilizar ingredientes ativos de toxidade oral aguda
responsável técnico pelo produto;
(DL50 oral) maior que 2000 mg/kg de peso corpóreo para
produtos sob a forma líquida, ou a 500 mg/kg de peso LIX - solvente: líquido no qual uma ou mais substâncias
corpóreo para produtos sob a forma sólida; se dissolvem para formar solução;
XLIX - produto técnico: produto obtido diretamente de LX - titular de registro: pessoa física ou jurídica que detém
matérias-primas por processo químico, físico ou os direitos e as obrigações conferidas pelo registro de
biológico, destinado à obtenção de produtos formulados agrotóxico, componente ou afim;
ou de prémisturas e cuja composição contenha teor
LXI - transporte: ato de deslocamento, em todo o território
definido de ingrediente ativo e impurezas, podendo conter
do Estado, de agrotóxicos, seus componentes e afins;
estabilizante e produtos relacionados, como isômeros;
LXII - usuário: consumidor final de agrotóxicos e afins;
L - produto técnico equivalente: produto que tem o mesmo
ingrediente ativo de outro produto técnico já registrado, LXIII - utilização: emprego de agrotóxicos e afins,
cujo teor e conteúdo de impurezas presentes não variem a mediante sua aplicação, visando alcançar uma
ponto de alterar seu perfil toxicológico e ecotoxicológico; determinada finalidade; e
LI - propaganda comercial: a comunicação de caráter LXIV - venda aplicada: operação de comercialização
comercial ou técnico-comercial dirigida a público vinculada à prestação de serviços de aplicação de
específico; agrotóxicos e afins, indicadas em rótulo e bula.
LII - receita ou receituário agronômico: prescrição e LXV - venda direta: operação de comercialização
orientação técnica para utilização de agrotóxico ou afim, realizada diretamente entre o consumidor final e os
por profissional legalmente habilitado, engenheiros fabricantes, formuladores, registrantes, distribuidores e
agrônomos ou florestais, em suas respectivas áreas de revendedores de agrotóxicos, seus componentes e afins,
competência; instalada em outros Estados.
LIII - registrante de produto: pessoa física ou jurídica,
legalmente habilitada, que solicita o registro de um
CAPÍTULO II
agrotóxico, componente ou afim;
DA COMPETÊNCIA
LIV - registro de empresa e de prestadora de serviço: ato
dos órgãos competentes estaduais, municipais e do distrito Art. 4º À Agência de Defesa Agropecuária de Roraima
federal que autoriza o funcionamento de um (ADERR) compete:
estabelecimento produtor, formulador, importador,
exportador, manipulador, comercializador, ou prestador I - estabelecer diretrizes e exigências de dados e
de serviços na aplicação de agrotóxicos e afins; informações para registro de empresa e de prestador de
serviços, cadastro de agrotóxicos e afins, destinados ao
LV - registro especial temporário (RET): ato privativo de uso nos setores de produção agropecuária, no transporte,
órgão federal competente, destinado a atribuir o direito de no armazenamento e beneficiamento de produtos
utilizar um agrotóxico, componente ou afim para agrícolas, nas pastagens, nas agroindústrias e na proteção
finalidades específicas em pesquisa e experimentação, por de florestas plantadas;
tempo determinado, podendo conferir o direito de
importar ou produzir a quantidade necessária à pesquisa e II - conceder registro a pessoa física e jurídica que
experimentação; produza, importe, exporte, manipule, embale, armazene
ou comercialize agrotóxicos, seus componentes e afins,
instalados no Estado;
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III - conceder cadastro a pessoa física e jurídica que IV - conceder cadastro a produtos saneantes e produtos
produza, importe, exporte, manipule, embale, armazene para jardinagem amadora, previamente registrados no
ou comercialize agrotóxicos, seus componentes e afins; órgão federal competente, a serem produzidos,
manipulados, embalados, armazenados, comercializados
IV - conceder registro a pessoa física e jurídica, que
e utilizados na higienização, desinfecção ou desinfestação
comercialize ou preste serviços de aplicação de
de ambientes domiciliares, públicos ou coletivos, bem
agrotóxicos e afins;
como de produtos destinados ao tratamento de água e de
V - cadastrar produtos agrotóxicos e afins, previamente uso em campanhas de saúde pública;
registrados no órgão federal competente, a serem
V - controlar, fiscalizar e inspecionar o uso, o transporte
armazenados, comercializados e utilizados no Estado de
interno, o armazenamento, a comercialização e a
Roraima;
destinação de sobras, rejeitos e embalagens vazias de
VI - controlar, fiscalizar e inspecionar a comercialização, produtos saneantes e produtos para jardinagem amadora,
a utilização, o transporte interno de agrotóxicos e afins, a as empresas prestadoras de serviços de aplicação dos
prestação de serviços de aplicação nos setores de produtos destinados à higienização, desinfecção de
produção agropecuária, no armazenamento e ambientes domiciliares, públicos ou coletivos, também os
beneficiamento de produtos formulados; agrícolas e produtos destinados ao tratamento de água e ao uso em
agroindustriais, nas pastagens e na proteção de florestas campanhas de saúde pública;
plantadas;
VI - desenvolver ações educativas de divulgação e de
VII - orientar e fiscalizar o destino adequado dos resíduos esclarecimento, que assegurem o uso correto e seguro de
e das embalagens vazias de agrotóxicos e afins; produtos saneantes e produtos para jardinagem amadora e
a destinação final das embalagens vazias;
VIII - realizar a amostragem de produtos agrícolas, de solo
e de água, para determinação dos níveis de resíduos de VII - Implantar ações de atenção integral à saúde das
agrotóxicos, seus componentes e afins; populações expostas laboralmente a agrotóxicos,
considerando os diferentes níveis de complexidade da
IX - realizar a amostragem de produto agrotóxico e afim
rede de atenção à saúde do SUS (atenção primária em
para avaliação das especificações declaradas no registro;
saúde, centros de referência em saúde do trabalhador, rede
X - desenvolver ações educativas de divulgação e de de especialistas, urgência emergência, centros de
esclarecimento que assegurem o uso correto de informações toxicológicas, rede hospitalar e vigilância em
agrotóxicos e afins e a destinação adequada de resíduos e saúde), visando a promoção, a proteção, a prevenção, a
embalagens vazias; vigilância, o diagnóstico, o tratamento, a recuperação e a
reabilitação da saúde.
XI - publicar no Diário Oficial do Estado a relação dos
agrotóxicos e afins cadastrados no Estado e os produtos VIII - publicar no Diário Oficial do Estado, listagem dos
descontinuados, neste caso informando o motivo. novos produtos saneantes e produtos para jardinagem
amadora, cadastrados para uso na higienização,
desinfecção ou desinfestação de ambientes domiciliares,
Art. 5º À Secretaria de Estado da Saúde compete: públicos ou coletivos, incluídos os produtos destinados ao
tratamento de água e campanhas de saúde pública, e
I - estabelecer diretrizes e exigências de dados e relação dos produtos saneantes e produtos para
informações para registro de empresa e de prestador de jardinagem amadora que tiverem seu cadastro cancelado,
serviços, cadastro de produtos saneantes e produtos para neste caso informando o motivo;
jardinagem amadora destinados à higienização,
desinfecção e desinfestação de ambientes domiciliares,
públicos ou coletivos, e àqueles cujo destino seja o Art. 6º À Fundação Estadual de Meio Ambiente e
tratamento de água e o uso em campanhas de saúde Recursos Hídricos (FEMARH) compete:
pública;
I - estabelecer diretrizes e exigências para o licenciamento
II - conceder registro a empresa que produza, importe, ambiental (Licença Prévia,
manipule, embale, armazene e comercialize produto
saneante e produto para jardinagem amadora, destinado à Licença Instalação e Licença de Operação) de
higienização, desinfecção e desinfestação de ambientes estabelecimento formulador e embalador de agrotóxicos e
domiciliares, públicos ou coletivos, também produtos para afins;
o tratamento de água e o uso em campanhas de saúde
II - conceder licenciamento ambiental a estabelecimento
pública;
produtor;
III - conceder registro a empresa prestadora de serviços de III - fiscalizar, controlar e inspecionar:
aplicação de produtos saneantes e produtos para
jardinagem amadora, utilizados na higienização, a) a operação da indústria, da manipulação e da
desinfecção ou desinfestação de ambientes domiciliares, embalagem;
públicos ou coletivos, bem como de produtos destinados
b) o transporte e o armazenamento de agrotóxicos,
ao tratamento de água e de uso em campanhas de saúde
seus componentes e afins com vistas à proteção ambiental;
pública;
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c) a prestação de serviços de aplicação dos cancelamento no órgão federal equivalente, e poderá ser
agrotóxicos e afins, destinados ao uso em florestas revalidado por períodos iguais e sucessivos.
nativas, ambientes hídricos e outros ecossistemas;
IV - desenvolver ações educativas de divulgação e de
§ 3º Os cadastrantes e titulares de registro fornecerão,
esclarecimento, que assegurem a conservação dos
obrigatoriamente, ao setor do órgão competente do Estado
recursos ambientais quando da utilização de agrotóxicos e
de Roraima, as inovações concernentes aos dados
afins, também quando da destinação final de resíduos e
fornecidos para o cadastro de seus produtos.
embalagens vazias de agrotóxicos e afins;
V - estabelecer exigências, normas e procedimentos para
licenciamento ambiental de unidades de recebimento de Art. 9° Em caso de dúvida sobre a nocividade ambiental e
embalagens vazias de agrotóxicos e afins; toxicológica do produto, a ADERR, ouvidos os órgãos
competentes da Secretaria de Estado da Saúde e da
VI - conceder licenciamento ambiental para unidades de
Fundação Estadual de Meio Ambiente e Recursos
recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos e afins;
Hídricos (FEMARH), poderá requisitar dos órgãos
VII - orientar e fiscalizar o destino das embalagens vazias públicos ou privados informações ou pesquisas
de agrotóxicos e afins nas unidades de recebimento. adicionais, a serem custeadas pelo requerente do cadastro,
com parecer final do Conselho Estadual de Agrotóxicos.
CAPÍTULO III
Art. 10. Os produtos saneantes e produtos para jardinagem
DO CADASTRAMENTO DO PRODUTO
amadora deverão ser regidos por normas estabelecidas
Art. 7º O Agrotóxico, seus componentes e afins, para pela Secretaria de Estado da Saúde.
serem produzidos, importados, manipulados, embalados,
armazenados, comercializados e utilizados no Estado de
Art. 11. A empresa produtora, manipuladora e
Roraima terão de ser previamente registrados no órgão
importadora deverá fornecer método e padrão analítico do
federal competente e cadastrados na ADERR.
produto, quando solicitada pela ADERR, que poderá
determinar exames laboratoriais às expensas do
requerente do cadastro.
Art. 8º Para que os produtos sejam cadastrados, a indústria
importadora, produtora ou manipuladora de agrotóxicos e
afins, postulante do cadastramento do produto,
Art. 12. A indústria importadora, produtora ou
apresentará obrigatoriamente, mediante requerimento
manipuladora de agrotóxicos e afins, postulante do
dirigido ao Dirigente do órgão estadual competente, os
cadastramento do produto, apresentará, obrigatoriamente,
seguintes documentos:
mediante requerimento dirigido ao Dirigente da ADERR,
I - requerimento firmado por representante legal da os seguintes documentos:
empresa, dirigido ao dirigente do órgão estadual
I - requerimento dirigido ao Dirigente da ADERR,
competente;
firmado pelo representante legal da empresa;
II - comprovante de registro do produto no órgão federal;
II - cópia do Certificado de Registro junto ao órgão federal
III - cópia do modelo de bula aprovado pelo competente;
MAPA/ANVISA/IBAMA;
III - cópia do Relatório Técnico aprovado pelo órgão
IV - cópia do layout do rótulo aprovado pelo federal competente;
MAPA/ANVISA/IBAMA;
IV - cópias do rótulo e bula aprovados pelos órgãos
V - cópia da monografia técnica aprovada pela ANVISA; federais competentes;
VI - comprovação que é associado a órgão responsável V - comprovação que é associado a órgão responsável
pelo recolhimento e destinação final de agrotóxicos; e pelo recolhimento e destinação final de agrotóxicos; e
VI - comprovante de recolhimento da taxa de cadastro. VI - comprovante de pagamento de taxa para fins de
cadastramento do produto.
Parágrafo único. O cancelamento do registro do produto
§ 1º Atendido o disposto nesta Lei, ou em regulamento, é junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
fornecido ao interessado o Abastecimento (MAPA) acarreta o cancelamento ex-
Certificado de Cadastro do Produto. officio do cadastramento existente perante a ADERR ou o
arquivamento do pedido de cadastramento.
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§ 1º A ADERR caberá elaborar e disponibilizar, IV – encaminhar mensalmente aos escritórios locais da
mensalmente, a listagem de agrotóxicos, seus ADERR a relação de estoque existente; e
componentes e afins, permitidos no Estado de Roraima, e
V – comunicar imediatamente a ADERR a entrada de
a relação dos produtos que tiveram os cadastros
agrotóxicos no estabelecimento para fiscalização e
cancelados no período;
lançamento na ficha de controle de estoque.
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Art. 27. As pessoas físicas ou jurídicas que produzam, § 3º O cadastramento das empresas prestadoras de
manipulem, importem, exportem ou que sejam serviços de aplicação de produtos domissanitários, em
prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos, seus ambientes domésticos e do trabalho, deverá ser efetuado
componentes e afins, ficam obrigados a manter à na Secretaria de Estado de Saúde.
disposição do serviço de fiscalização, os livros de registro
ou outro sistema de controle, com modelos a serem
definidos pelo órgão competente. Art. 30. Os agrotóxicos, seus componentes e afins, só
poderão ser comercializados diretamente aos usuários,
através de apresentação do Receituário Agronômico
Art. 28. As empresas produtoras terão prazo de até prescrito por profissional de nível superior, engenheiro
noventa dias para providenciar a retirada e a destinação agrônomo ou florestal no âmbito de suas competências,
final dos produtos apreendidos, interditados, vencidos legalmente habilitado no CREA/RR.
e/ou impróprios para uso.
§1º As pessoas físicas ou jurídicas que sejam prestadoras Parágrafo único. Fica também assegurado à ADERR, em
de serviços na aplicação de agrotóxicos e afins equiparam- todo o território do estado de Roraima, o livre acesso às
se aos usuários quanto aos procedimentos para aquisição empresas prestadoras de serviços, aos estabelecimentos
e devolução de embalagens vazias de agrotóxicos comerciais de revenda de agrotóxicos, às empresas
adquiridos. industriais, às propriedades rurais, “Packing House” e às
centrais de abastecimento de produtos hortigranjeiros.
§ 2º No caso de usuários adquirirem agrotóxicos e afins Art. 39. Os agrotóxicos e afins só poderão ser
em revendas estabelecidas em outras Unidades da comercializados diretamente aos usuários, através da
apresentação do receituário agronômico, prescrito por
Federação, a devolução poderá ser realizada em Postos de
profissional legalmente habilitado no Conselho Regional
recebimento do Estado de Roraima, desde que conste o
de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Roraima -
local de devolução na nota fiscal e o termo de aceite, com
CREA/RR, Engenheiro Agrônomo ou Engenheiro
firma reconhecida do responsável pela central ou posto de
recebimento de embalagens vazias do Estado de Roraima. Florestal, dentro de suas respectivas áreas de competência.
II - nota fiscal da empresa emitida, para a própria firma, IV - área da cultura, em hectares ou pés, ou sendo produto
constando o número do lote de fabricação do produto; armazenado, o volume a ser tratado;
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deverão obter licenciamento ambiental, junto a Art. 50. Compete ao poder público fiscalizar usuários,
FEMARH. comerciantes e fabricantes e a devolução e destinação
adequada das embalagens de agrotóxicos, seus
componentes e afins.
Art. 48. As empresas produtoras de agrotóxicos, seus
componentes e afins são responsáveis pelo recolhimento,
pelo transporte e pela destinação final das embalagens CAPÍTULO IX
vazias, devolvidas pelos usuários aos estabelecimentos
DA INSPEÇÃO E DA FISCALIZAÇÃO
comerciais ou as unidades de recebimento, e dos produtos
por elas fabricados e/ou comercializados no Estado de Art. 51. A inspeção é exercida quando da solicitação de
Roraima e, quando estes forem: registro de pessoa física ou prestação de serviços na
aplicação e destinação adequada das embalagens vazias de
I - apreendidos e/ou interditados pela ação fiscalizatória,
agrotóxicos, seus componentes e afins.
no prazo de até 120 (cento e vinte) dias; e
II - impróprios para utilização ou em desuso, vencidos
com vistas à sua reciclagem ou inutilização, de acordo
com normas e instruções dos órgãos registrantes e
Art. 52. As ações de inspeção e fiscalização efetivam-se
sanitário ambientais competentes.
em caráter permanente e constituem atividades de rotina
dos órgãos estaduais dentro de suas respectivas áreas de
competência.
§ 1º As empresas registrantes e produtoras de agrotóxicos
e afins podem instalar e manter postos ou centros de
recebimento de embalagens usadas, vazias e produtos
Parágrafo único. Quando solicitadas pelos órgãos
vencidos e/ou impróprios para consumo, atendidos o
competentes, as empresas devem prestar informações ou
disposto na Lei nº 9974 de 06 de junho de 2000, nesta Lei
e na legislação ambiental. entregar documentos nos prazos estabelecidos.
Art. 49. Os agrotóxicos, seus componentes e afins VIII - interditar, parcial ou totalmente, os
apreendidos por ação fiscalizadora terão seu destino final estabelecimentos comerciais ou de prestação de serviços;
estabelecido, após a conclusão do processo IX - lavrar os autos de infração previstos neste
administrativo, a critério da autoridade competente, Regulamento.
cabendo à empresa produtora e comercializadora a adoção
das providências estabelecidas e, ao infrator, arcar com os X - inspecionar e fiscalizar o transporte de agrotóxicos,
custos decorrentes. seus componentes e afins, por qualquer via ou meio de
transporte em sua jurisdição;
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XI - analisar resíduos de agrotóxicos e afins em produtos
agrícolas e em seus subprodutos;
§ 1° A perícia de contraprova deverá ser requerida dentro
XII - inspecionar e fiscalizar o armazenamento, do prazo de 10 (dez) dias, contados do recebimento do
transporte, reciclagem e destinação final de embalagens resultado da análise fiscal.
vazias e dos produtos apreendidos pela ação fiscalizadora
e daqueles impróprios para utilização ou em desuso;
§ 2° No requerimento de contraprova, o interessado
XIII - inspecionar e fiscalizar, Postos e Centrais de
indicará o seu perito, que deverá satisfazer os requisitos
Recebimento de Embalagens vazias de agrotóxicos e
legais pertinentes à perícia, sob pena de recusa liminar.
afins.
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Art. 59. A ADERR comunicará ao interessado o resultado § 1º O DARE ou boleto bancário tem a validade de 60
final das análises, aplicando as penalidade cabíveis, se (sessenta) dias após o pagamento.
verificadas irregularidades.
CAPÍTULO XI
CAPITULO X
DAS INFRAÇÕES, SANÇÕES E PROCESSOS
DAS TAXAS
Art. 65. Constitui infração, para efeito desta lei, toda ação
Art. 63. As taxas para execução dos serviços serão ou omissão que importe na inobservância de preceitos
estabelecidas por meio de Lei e revertidas exclusivamente estabelecidos na Lei Federal nº 7.802, de 11 de julho de
em benefício da atividade geradora, sendo cobradas para 1989, Lei Federal nº 9.974, de 06 de junho de 2000, e nesta
os respectivos serviços a serem realizados: Lei, ou na desobediência às determinações de caráter
normativo dos órgãos ou das autoridades administrativas
I - registro de estabelecimento comercial;
competentes.
II - registro de empresa prestadora de serviço;
III - registro de indústria, produtora, importadora,
Art. 66. As responsabilidades administrativas, civis e
exportadora e manipuladora de agrotóxicos, seus
penais, pelos danos causados à saúde das pessoas e ao
componentes e afins;
meio ambiente, em função do descumprimento nos casos
IV - cadastro da empresa produtora, importadora, previstos em lei, recairão sobre:
exportadora, manipuladora e comercializadora de
I - o registrante que, por dolo ou por culpa, omitir
agrotóxicos, seus componentes e afins;
informações ou fornecê-las incorretamente e promover
V - cadastro de agrotóxicos, seus componentes e afins; propaganda indutiva;
VI - alteração de cadastro de agrotóxicos, seus II - o fabricante que produzir agrotóxicos e afins em
componentes e afins; desacordo com as especificações constantes do registro;
deixar de promover o cadastro do produto antes da
VII - renovação de cadastro de empresa produtora,
comercialização; deixar de recolher, em tempo hábil,
importadora, exportadora, manipuladora e
produtos com prazo de validade vencidos, interditados,
comercializadora de agrotóxicos, seus componentes e
apreendidos ou impróprios ao uso;
afins.
III - o profissional que receitar a utilização de agrotóxicos
e afins de forma errada, displicente ou indevida; receitar
Art. 64. As taxas serão recolhidas através de DARE ou agrotóxicos para produtor e cultura não existentes na
Boleto bancário emitido pela ADERR. região; deixar receituários assinados sob responsabilidade
da loja agropecuária;
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IV - o comerciante que efetuar venda de agrotóxicos e VIII - não utilizar equipamentos visando à proteção da
afins, em desacordo ou, sem o respectivo receituário, saúde do trabalhador, medidas que se fizerem necessárias
venda de produtos não registrados para a cultura, deixar quando da manipulação de agrotóxicos;
de informar o local de recebimento de embalagens vazias
IX - utilizar agrotóxicos e afins sem os devidos cuidados
de agrotóxicos;
à proteção da saúde humana e do meio ambiente;
V - o empregador que não fornecer ou não fizer a
X - utilizar agrotóxicos e afins em desacordo com o
manutenção dos equipamentos destinados à produção,
receituário;
distribuição e aplicação dos agrotóxicos e afins; e
XI - dificultar a fiscalização ou inspeção, ou não atender
VI - o usuário ou o prestador de serviços que utilizar
às informações em tempo hábil;
agrotóxicos e afins em desacordo com o receituário;
deixar de devolver as embalagens vazias dos agrotóxicos XII - concorrer de qualquer modo, para a prática de
adquiridos no local indicado na Nota Fiscal, dentro do infração ou dela obter vantagens;
período estabelecido; reutilizar embalagens vazias; não
XIII - dispor de forma inadequada às embalagens vazias
observar período de carência; não utilizarem equipamento
ou restos de agrotóxicos, seus componentes ou afins;
de proteção individual.
XIV - não fornecer ou não fazer a manutenção dos
VII - ao proprietário da terra, pessoalmente, se agricultor
e a ele solidariamente com o meeiro ou arrendatário, em equipamentos destinados à produção, distribuição e
razão do uso de área interditada para determinada aplicação dos agrotóxicos e afins;
finalidade. XV - dar destinação indevida às embalagens, aos restos e
resíduos dos agrotóxicos, seus componentes e afins;
XVI - comercializar agrotóxicos e afins não registrados no
Parágrafo único. A autoridade que tiver ciência ou notícia
órgão competente e não cadastrados no Estado;
de ocorrência de infração é obrigada a promover a sua
apuração imediata, mediante processo administrativo XVII - emitir receituário agronômico sem a assinatura do
próprio, sob pena de responsabilidade. produtor e/ou para cultura ou produtor inexistente na
região;
XVIII - deixar de proceder a tríplice lavagem da
Art. 67. São infrações:
embalagem lavável;
I - produzir, manipular, acondicionar, transportar,
armazenar, comercializar, importar, exportar e utilizar XIX - comercializar agrotóxicos ou afins para empresa
agrotóxicos, seus componentes e afins, em desacordo com distribuidora comercial, associação ou qualquer pessoa
jurídica que não tenha cadastro no Estado;
as disposições da legislação vigente e com o disposto na
presente Lei; XX - deixar de recolher em tempo hábil as embalagens,
produtos vencidos e não cadastrados no Estado;
II - produzir, manipular, acondicionar e armazenar
agrotóxicos, seus componentes e afins, em XXI - utilizar produtos não registrados no órgão
estabelecimentos que não estejam registrados nos órgãos competente e/ou não cadastrados no Estado;
competentes;
XXII - comercializar e/ou utilizar produtos
III - fraudar, falsificar, adulterar e fracionar agrotóxicos, contrabandeados e /ou falsificados; e
seus componentes e afins; e violar os lacres de produtos
interditados pela fiscalização; XXIII - transportar, comercializar ou exporem
agrotóxicos e afins sem o rótulo de identificação do
IV - alterar a composição ou a rotulagem dos agrotóxicos, produto, sem os documentos exigidos ou em desacordo
seus componentes e afins, sem prévia autorização do com o transporte de cargas perigosas.
órgão registrante e comunicação ao órgão estadual
cadastrante; XXIV - ausência de controle do estoque de agrotóxico e
afim em livro apropriado ou em sistema informatizado nos
V - armazenar agrotóxico, seus componentes e afins, sem estabelecimentos comerciais e a não comprovação legal
respeitar as condições de segurança, quando houver riscos da origem do produto.
à saúde e ao meio ambiente;
XXV - não fornecimento de relatórios com informações
VI - comercializar agrotóxicos e afins sem receituário ou sobre o recebimento das embalagens vazias de
em desacordo com a receita, bem como deixar de devolver agrotóxicos e afins pelos Postos ou Centrais.
o produto com validade vencida; comercializar produtos
com prazo de validade vencido ou não cadastrados no
Estado; Art. 68. Aquele que concorre para a prática de infração ou
VII - omitir ou prestar informações incorretas às dela obtém vantagem, ou aquele que produz, embala,
autoridades registrantes, fiscalizadoras ou inspetoras; comercializa, transporta, armazena, prescreve, usa, aplica
ou presta serviços de aplicação de agrotóxico ou afim,
aquele que dá destino final indevido às embalagens,
sobras e produtos vencidos, também aquele que
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comercializa produto agrícola ou agroindustrial com armazenamento e utilização de agrotóxicos e afins, pela
níveis de resíduos acima do permitido pela legislação ou notificação a parte infratora para o pagamento.
não recomendado para a cultura e normas vigentes, fica
sujeito às penalidades previstas na Lei Federal nº 9.605,
de 12 de fevereiro de 1998 e Lei Federal nº 7.802, de 11 § 3° Condenação do produto é a ação punitiva que implica
de julho de 1989, sem prejuízo na aplicação das sanções na proibição da comercialização e uso de agrotóxicos e
previstas no artigo 65 desta Lei, além de multa. afins, quando estes não atenderem às condições e
especificações do seu registro e cadastro, efetivada pela
lavratura do auto de apreensão.
Art. 69. O empregador, o profissional responsável ou o
prestador de serviços que deixa de promover as reais
medidas de proteção à saúde e ao meio ambiente está § 4° A inutilização do produto será aplicada nos casos de
sujeito às penalidades previstas na Lei Federal nº 9.605, produto sem registro ou naqueles em que fique constatada
de 12 de fevereiro de 1998 e Lei Federal nº 7.802, de 11 a impossibilidade de lhe ser dada outra destinação ou
de julho de 1989, sem prejuízo na aplicação das sanções reaproveitamento.
previstas no artigo 65 desta Lei, além de multa.
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§11 A inutilização de vegetais, parte de vegetais e V - ter a infração consequência danosa à agricultura, saúde
alimentos, nos quais tenha havido aplicação de humana e ao meio ambiente; e
agrotóxicos e afins de uso não autorizado, será
VI - ter o infrator agido com dolo, fraude ou má fé.
determinada a critério da autoridade fiscalizadora
competente, de cujo ato será lavrado termo.
§ 3° Cometidas, concomitantemente, duas ou mais
infrações, aplicar-se-á pena correspondente a cada uma
§ 12 Ocorrendo interdição ou apreensão, o infrator,
delas.
quando identificado, será fiel depositário, ficando
proibido a sua substituição ou comercialização até
determinação do órgão fiscalizador.
§ 4° A aplicação de penalidade não desobriga o infrator de
reparar a falta que lhe deu origem.
Art. 71. O Engenheiro Agrônomo ou Engenheiro Florestal
que, eventualmente, cometa alguma infração de ordem
§ 5° A reincidência torna o infrator passível de
profissional, será submetido, previamente, a julgamento
enquadramento na penalidade máxima e a caracterização
do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
da infração como gravíssima.
Agronomia de Roraima - CREA/RR, antes da aplicação
das sanções previstas no artigo 16 da Lei Federal nº 7802,
de 11 de julho de 1989.
Art. 74. As infrações classificam-se em: leves, graves e
gravíssimas.
Art. 72. No caso de aplicação das sanções previstas nesta
Lei, não caberá direito a ressarcimento ou indenizações
por eventuais prejuízos, e os custos referentes a quaisquer § 1º São consideradas infrações leves:
procedimentos previstos nesta Lei correrão por conta do I - falta de exposição, em local visível, do comprovante de
infrator. registro – 0,7 UFERRs;
II - falta de comunicação de alteração no registro de
Art. 73. Para a imposição de pena e sua gradação, a agrotóxico e afins – 0,7 UFERR;
autoridade competente observará: III - falta de identificação da área de armazenamento e de
I - as circunstâncias atenuantes e agravantes; exposição para o comércio de agrotóxico e afim – 1,0
UFERR;
II - a gravidade do fato, tendo em vista as suas
consequências para a saúde humana e ao meio ambiente; IV - ausência do controle de estoque de agrotóxico e afim
e em livro apropriado, ou em sistema informatizado, e a não
comprovação legal da origem do produto – 1,8 UFERRs;
III - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento
das normas agrícolas, sanitárias e ambientais. V - não fornecer relação do estoque de agrotóxico e afim
no prazo previsto – 1,8 UFERRs;
VI - falta de comunicação de alteração no registro da
§ 1° São circunstâncias atenuantes: empresa – 1,8 UFERRs
I - não ter o infrator concorrido para a consecução do VII - falta de renovação do registro de estabelecimento
evento; comercial ou de empresa prestadora de serviços de
aplicação de agrotóxico e afim – 2,0 UFERR’s;
II - quando o infrator por espontânea vontade, procurar
minorar ou reparar as consequências do ato lesivo que for VIII - comercialização de agrotóxico e afim com validade
imputado; e vencida ou identificação incompleta – 10 UFERRs;
III - ser infrator primário e a falta cometida ser de pequena IX - falta de registro do estabelecimento comercial ou da
monta. empresa prestadora de serviços de aplicação de agrotóxico
e afim – 10 UFERRs;
X - falta de registro do estabelecimento comercial ou da
§ 2° São circunstâncias agravantes:
empresa prestadora de serviços na aplicação de
I - ser infrator reincidente; agrotóxicos e afins – 11 UFERRs;
II - ter o infrator cometido a infração objetivando a XI - falta de responsável técnico – 12 UFERRs;
obtenção de qualquer tipo de vantagem;
XII - comercialização de agrotóxico ou afim para
III - ter o infrator conhecimento do ato lesivo e deixar de estabelecimento não registrado para esse fim – 15
tomar as providências necessárias com o fito de evitá-lo; UFERRs;
IV - coagir outrem para a execução material da infração;
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XIII - não recolhimento, pelo fabricante, de agrotóxico e XVI - não utilização, pelo usuário, de Equipamento de
afim com validade vencida ou com cadastro cancelado – Proteção Individual – EPI na aplicação de agrotóxicos e
15 UFERRs. afins – 25 UFERRs;
XVII - venda ou aplicação de agrotóxicos e afins sem
receituário ou em desacordo com ele – 30 UFERRs;
§ 2º São consideradas infrações graves:
XVII - inobservância do período de carência após a
I - não devolução, pelo usuário, da embalagem vazia de
aplicação de agrotóxicos e afins – 30 UFERRs;
agrotóxico e afim no prazo determinado – 16 UFERRs;
XIX - falta de cadastro de agrotóxico e afim – 30
II - comercialização ou exposição ao comércio, de
UFERRs;
agrotóxico e afim com embalagem danificada – 16
UFERRs; XX - comercialização de produtos e subprodutos com
resíduo de agrotóxicos e afins acima dos níveis permitidos
III - não recebimento, pelo comerciante, de embalagem
– 30 UFERRs;
vazia de agrotóxico e afim – 16 UFERR’s;
XXI - violar lacre de produtos interditados pela
IV - falta de cadastro do produto no Estado de Roraima –
fiscalização – 30 UFERRs;
16 UFERRs;
XXII - não recolhimento, pelo fabricante, das embalagens
V - utilização de equipamentos de proteção e de aplicação
vazias de agrotóxicos e afins, no prazo previsto em Lei –
de agrotóxicos e afins sem manutenção, ou de forma
30 UFERRs;
inadequada ou não utilização dos mesmos – 17,5
UFERRs; XXIII - não fornecimento de relatórios com informações
sobre o recebimento das embalagens vazias de
VI - receita de agrotóxico e afim em desacordo com as
agrotóxicos e afins pelos Postos ou Centrais – 40
especificações do produto, a legislação e as normas
UFERRs;
vigentes – 18 UFERRs;
XXIV - transporte de agrotóxicos e afins sem receituário
VII - receitar agrotóxicos ou afins para cultura ou produtor
agronômico, Nota Fiscal, Autorização de importação e/ou
não existentes na região – 18 UFERRs;
rótulo de identificação do produto – 40 UFERRs;
VIII - dispor, de forma inadequada, as embalagens ou
restos de agrotóxicos, seus componentes e má fé,
expedindo-se a notificação a parte infratora afins – 18 § 3º São consideradas infrações gravíssimas:
UFERRs;
I - venda, utilização ou remoção de agrotóxico e afim
IX - não fornecimento, pelo empregador, de equipamento interditado – 41 UFERRs;
de proteção ao aplicador de agrotóxicos e afins – 19
II - comercialização de agrotóxicos e afins sem registro no
UFERRs;
órgão federal competente; interditados para a venda por
X - descarte de embalagens, sobra ou resíduo de ação fiscalizatória e sem disponibilizar local para
agrotóxicos e afins em desacordo com a legislação federal devolução de embalagens vazias – 46 UFERRs;
e estadual e em desacordo com a orientação técnica – 21
III - comercialização de produto agrícola, agroindustrial
UFERRs;
ou florestal, proveniente de área interditada em razão do
XI - omissão ou prestação de informação incorreta por uso inadequado de agrotóxico e afins – 46 UFERRs;
ocasião do cadastro de agrotóxicos e afins e registro de
IV - aplicação de agrotóxico e afins não recomendados
estabelecimentos – 23 UFERRs;
para a cultura – 46 UFERRs;
XII - armazenamento inadequado de agrotóxico e afim –
V - deixar sob a guarda de outrem receituários em branco
25 UFERRs;
e assinados pelo responsável técnico – 47 UFERRs;
XIII - acondicionamento inadequado, pelo comerciante,
VI - comercialização, armazenagem e utilização de
posto ou central de recebimento das embalagens vazias de
agrotóxico e afim sem registro – 51 UFERRs;
agrotóxicos e afins recebidas do usuário final – 25
UFERRs; VII - criação de entrave à fiscalização ou perícia de
agrotóxicos e afins – 72 UFERRs;
XIV - comercialização de agrotóxico e afim sem rótulo ou
bula, com rasura no rótulo ou fora de especificação – 25 VIII - falta de atendimento à intimação da fiscalização de
UFERRs; agrotóxico e afim – 77 UFERRs;
XV - venda e exposição de agrotóxicos, seus componentes IX - fracionamento, fraude, falsificação ou adulteração de
ou afins, ao lado de produtos alimentícios ou animais de agrotóxico e afim – 87 UFERRs;
estimação ou guarda destinados à comercialização – 25
X - concorrer de qualquer modo para a prática da infração
UFERRs;
ou dela obter vantagem – 95
UFERRs;
18
XI - venda fracionada, fraude, falsificação ou adulteração Art. 77. As infrações à legislação serão apuradas em
de agrotóxicos e afins – 100 UFERRs; procedimento administrativo próprio, iniciado com
lavratura de auto de infração, observados os ritos e prazos
XII - alterar a composição e/ou rotulagem de agrotóxicos,
estabelecidos nesta Lei, na legislação federal e em atos
seus componentes e afins – 100 UFERRs.
complementares.
CAPÍTULO XV
Art. 89. Acrescenta-se o artigo 26-A à Lei nº 570, de 1 de
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
dezembro de 2006.
Art. 88. São instituídas as taxas de serviços prestados pela
Agência de Defesa Agropecuária de Roraima – ADERR,
referentes a emissão de documentos em razão dos serviços Art. 26-A. Constitui infração, para os efeitos desta Lei,
prestados pela instituição, na forma a seguir: toda a ação ou omissão que importe a inobservância ou a
desobediência das normas estabelecidas na Lei nº 570, de
I – atos referentes à sanidade vegetal;
01 de dezembro de 2006, nesta Lei e em atos normativos.
a) coleta de material vegetal – 0.055 UFERRs
(acrescido da taxa de deslocamento no valor de 0.0025
UFERRs por quilometro percorrido em veículo oficial); §1º Cometerá infração aquele que:
b) permissão de trânsito de vegetal – PTV - 0,11 I - dificultar, embaraçar ou impedir a ação fiscalizadora;
UFERRs por documento;
II - não possuir inscrição, cadastro, registro, autorização,
c) certificado de destruição e restos culturais - 0,11 licença ou credenciamento estabelecidos nesta Lei ou em
UFERRs por documento; atos normativos;
d) atestado de tratamento de plantas e produtos III - deixar de comunicar alterações cadastrais no prazo de
vegetais - 0,11 UFERRs por documento; 30 (trinta) dias, a contar da data da ocorrência, ou no prazo
previsto em normas específicas;
e) segunda via da carteira de habilitação de
responsável técnico – RT - 0,11 UFERRs por documento; IV - não comunicar a ocorrência de pragas de notificação
obrigatória;
f) manutenção de unidade de produção – UP, e
unidade de consolidação – UC - 0,11 UFERRs por UP; V - não cumprir as determinações legais;
g) vistoria para emissão de documentos VI - produzir, transportar, armazenar ou comercializar
fitossanitários - 0,11 UFERRs por documento acrescido vegetais em desacordo com os padrões de produção e
da taxa de deslocamento no valor de 0.0025 UFERRs por sanidade, previstos nesta Lei e em atos normativos;
quilometro percorrido em veículo oficial;
VII - não cumprir as restrições sanitárias impostas a
h) inscrição de UP unidade de produção – UP, e vegetais quanto ao transporte, à comercialização, a
unidade de consolidação – UC - 0,18 UFERRs por UP; condução, a transferência ou ao armazenamento;
i) curso de credenciamento para emissão de CFO e VIII - não possuir ou portar documentação exigida pela
CFOC, 0.81 UFERRs por inscrição; legislação com prazo de validade expirado, ou deixar de
apresentá-la quando solicitada;
21
IX - prestar informação falsa, alterada, inexata, enganosa
ou em desacordo com este Regulamento e atos
Art. 92. A ADERR divulgará o valor dos emolumentos
normativos;
dos serviços das atividades de agrotóxicos, anualmente, de
X - difundir, propagar ou disseminar, por qualquer meio acordo com a variação dos índices da UFERR ou o que
ou método, culposa ou dolosamente, pragas que possam vier a substituí-la.
causar danos à sanidade vegetal do Estado.
[....]
II – multa de até 206 (duzentas e seis) UFERR (Unidade
Fiscal do Estado de Roraima) ou outro índice que venha a
substituí-lo. (NR)
[...]
IX – Proibição da comercialização de vegetais ou
insumos. (AC)
§1º REVOGADO.
(Publicado no Diário Oficial da União Nº 191, quarta-feira, 3 de outubro de 2007, seção 1, pág 2 a 10)
REINHOLD STEPHANES
ANEXO I
CAPÍTULO I
DEFINIÇÕES
Parágrafo único. Para fins desta Instrução Normativa, consideram-se as seguintes definições:
II - área de proteção sanitária: área geográfica estabelecida em torno dos focos de febre aftosa,
de acordo com a estratégia para contenção e eliminação do agente infeccioso. A definição dos seus limites
geográficos é de responsabilidade do serviço veterinário oficial, levando em consideração as
características epidemiológicas da doença, os sistemas de produção pecuária predominantes, a estrutura
de comunicação e de rede viária disponível e a presença de barreiras naturais capazes de impedir a
disseminação da doença. Sua implantação deve ser realizada por meio de ato específico que deverá incluir
as ações sanitárias a serem executadas. A área de proteção sanitária deverá abranger:
b) área de vigilância: área imediatamente circunvizinha à área perifocal. Como apoio à sua
delimitação, podem ser consideradas as propriedades rurais localizadas até sete quilômetros dos limites da
área perifocal; e
IV - emergência veterinária: condição causada por focos de doenças com potencial epidêmico para
produzir graves conseqüências sanitárias, sociais e econômicas, que comprometem o comércio nacional e
internacional, a segurança alimentar ou a saúde pública, e que exigem ações imediatas para seu controle ou
eliminação, visando ao restabelecimento da condição sanitária anterior, dentro do menor espaço de tempo e com
o melhor custo-benefício;
V - material patogênico: material de risco biológico para febre aftosa, colhido de casos confirmados
de doença vesicular infecciosa ou de qualquer animal susceptível à febre aftosa localizado em zona infectada,
incluindo:
a) amostras de vírus da febre aftosa;
c) excreta, tecido, órgão e qualquer outro material que se envie a laboratório especializado, para fins
de diagnóstico;
VIII - Plano de Ação: parte do plano de contingência que inclui os procedimentos específicos para
investigação de casos suspeitos de doença vesicular e atuação durante ocorrência de focos de febre aftosa;
IX - sacrifício sanitário: eliminação de todos os animais que representam risco para difusão ou
manutenção de agente biológico, segundo avaliação epidemiológica do serviço veterinário oficial, seguida de
destruição das carcaças por incineração, enterramento ou qualquer outro processo que garanta a eliminação do
agente infeccioso e impeça a propagação da infecção, acompanhada de limpeza e desinfecção;
c) caso descartado de doença vesicular: todo caso suspeito de doença vesicular investigado
pelo serviço veterinário oficial cujos sinais clínicos não são compatíveis com doença vesicular infecciosa;
d) caso ou foco de febre aftosa: registro, em uma unidade epidemiológica, de pelo menos um
caso que atenda a um ou mais dos seguintes critérios:
3.2. detecção de anticorpos contra proteínas estruturais ou capsidais do vírus da febre aftosa
em animais não vacinados contra essa doença; ou
e) caso descartado de febre aftosa: todo caso confirmado de doença vesicular que não atenda
aos critérios para confirmação de caso ou foco de febre aftosa;
XV - zona: conceito implantado pela OIE, e adotado nas estratégias do PNEFA, para
representar uma parte de um país claramente delimitada, com uma subpopulação animal com condição
sanitária particular para determinada doença dos animais. No caso da febre aftosa, são considerados os
seguintes tipos de zona, de acordo com o Código Sanitário para os Animais Terrestres da OIE:
a) zona livre: com ou sem vacinação, representa o espaço geográfico com certificação, pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), do cumprimento das seguintes condições:
ausência de ocorrência de focos e de circulação viral pelos prazos estabelecidos; existência de adequado
sistema de vigilância sanitária animal; existência de marco legal compatível; e presença de uma adequada
estrutura do serviço veterinário oficial;
b) zona tampão: espaço geográfico estabelecido para proteger a condição sanitária dos
rebanhos de uma zona livre frente aos animais e seus produtos e subprodutos de risco oriundos de um país
ou de uma zona com condição sanitária distinta, mediante a aplicação de medidas baseadas na
epidemiologia da doença e destinadas a impedir a introdução do agente patogênico. Essas medidas podem
incluir, entre outras, a vacinação, o controle do movimento de animais e a intensificação da vigilância da
doença;
c) zona infectada: espaço geográfico de um país que não reúne as condições necessárias para
ser reconhecido como zona livre, com ou sem vacinação; e
CAPÍTULO II
FUNDAMENTOS E ESTRATÉGIAS DO PNEFA
Art. 2º O PNEFA tem como objetivos a erradicação da febre aftosa em todo o Território
Nacional e a sustentação dessa condição sanitária por meio da implantação e implementação de um
sistema de vigilância sanitária apoiado na manutenção das estruturas do serviço veterinário oficial e na
participação da comunidade. Seus objetivos encontram-se inseridos no Plano Hemisférico de Erradicação
da Febre Aftosa, que busca a eliminação da doença em toda a América do Sul.
k) manutenção da adequada oferta de vacina contra a febre aftosa, produzida sob controle do
MAPA;
l) controle dos procedimentos de comercialização e aplicação da vacina contra a febre aftosa; e
CAPÍTULO III
ATENDIMENTO ÀS SUSPEITAS DE DOENÇA VESICULAR E AOS FOCOS DE FEBRE
AFTOSA
§ 4º A infração ao disposto no caput deste artigo deverá ser devidamente apurada pelo serviço
veterinário oficial que, quando for o caso, representará contra o infrator junto ao Ministério Público.
§ 5º Caso o infrator seja médico veterinário, além do disposto no § 4º deste artigo, o serviço
veterinário oficial deverá encaminhar denúncia formal ao Conselho Regional de Medicina Veterinária.
II - notificação imediata de casos suspeitos de doença vesicular e pronta reação nos casos
confirmados;
III - elaboração de plano de ação para atendimento e investigação epidemiológica dos casos
confirmados de doença vesicular e dos focos de febre aftosa;
I - lavratura de auto de interdição, dando ciência do ato aos produtores rurais ou seus
representantes que possuam explorações pecuárias na unidade epidemiológica envolvida, incluindo
orientações quanto às medidas de biossegurança necessárias; e
§ 2º As proibições contidas nos incisos deste artigo poderão ser substituídas por medidas de
biossegurança definidas pelo serviço veterinário oficial, resguardadas as garantias zoossanitárias para
impedir a difusão do agente viral.
Art. 9º A não confirmação de foco de febre aftosa ou de outra doença exótica ou erradicada no
país permite a suspensão da interdição estabelecida nos arts. 7º e 8º desta Instrução Normativa,
resguardadas as recomendações técnicas para cada caso.
Art. 10. A confirmação de foco de febre aftosa leva à declaração de estado de emergência
veterinária, de acordo com as orientações contidas nos planos de contingência e de ação.
§ 1º O MAPA deverá definir e coordenar as ações a serem implantadas, considerando a
condição sanitária da região envolvida e fundamentando-se na avaliação do risco de difusão do agente
viral, na caracterização de vulnerabilidade e receptividade da região e na capacidade de atenção do
serviço veterinário oficial local, avaliando-se as conseqüências econômicas e sociais envolvidas. Essas
ações podem incluir sacrifício sanitário, vacinação emergencial e medidas de interdição.
§ 2º Até a definição e delimitação das áreas de proteção sanitária no entorno do(s) foco(s) de
febre aftosa registrado(s), o MAPA estabelecerá a interdição de uma área de segurança mais abrangente,
que poderá envolver municípios, Unidades da Federação ou outra divisão geográfica, necessária para
evitar a dispersão do agente infeccioso para outras regiões do País.
CAPÍTULO IV
RECONHECIMENTO E MANUTENÇÃO DE ZONAS LIVRES DE FEBRE AFTOSA
Art. 13. O reconhecimento e a manutenção de zonas livres de febre aftosa no país, assim como
o restabelecimento da condição sanitária após a reintrodução do agente viral, seguem as diretrizes
preconizadas pela OIE.
§ 2º Para uma Unidade da Federação ou parte de Unidade da Federação ser reconhecida como
zona livre de febre aftosa ou como zona tampão, deverá apresentar, no mínimo, classificação BR-3 (risco
médio) para febre aftosa ou outra classificação de risco semelhante que venha a ser adotada pelo MAPA.
Art. 14. A manutenção da condição sanitária nas zonas livres de febre aftosa exige a
implementação de atividades contínuas de vigilância epidemiológica, incluindo os seguintes aspectos,
sem prejuízo de outras normas e procedimentos estabelecidos pelo MAPA:
I - controle nos pontos de ingresso representados por postos de fronteira internacional, postos
de divisa interestadual, portos, aeroportos, aduanas especiais, lojas francas ou quaisquer recintos
alfandegados, pistas de pouso, rodoviárias e collis posteaux, incluindo a inspeção de bagagens dos
passageiros;
III - proibição de manutenção e manipulação de vírus da febre aftosa íntegro, exceto naquelas
instituições com nível de biossegurança apropriado e oficialmente aprovadas pelo MAPA;
Art. 15. Somente poderão ser comercializadas e utilizadas no país vacinas contra a febre aftosa
registradas e controladas pelo MAPA.
§ 1º O registro de que trata o caput deste artigo somente será concedido para vacinas
inativadas e aprovadas pelo serviço veterinário oficial.
§ 2º As cepas virais a serem utilizadas nas vacinas serão definidas pelo serviço veterinário
oficial, com base na avaliação da situação epidemiológica prevalente.
Art. 16. Cabe ao serviço veterinário oficial fiscalizar e controlar todas as etapas de produção,
comercialização, distribuição, transporte e utilização da vacina contra a febre aftosa, bem como o seu
descarte.
Art. 17. As estratégias de vacinação contra a febre aftosa são definidas pelo serviço veterinário
oficial, de acordo com a situação epidemiológica de cada Unidade da Federação, zona ou outras áreas
geográficas, considerando os seguintes aspectos:
I - as épocas e a duração das etapas de vacinação sistemática deverão ser definidas pelo
MAPA com base em proposta técnica do serviço veterinário oficial nas Unidades da Federação, elaborada
após avaliação das características geográficas e agroprodutivas predominantes na região;
II - a vacinação sistemática e obrigatória, em áreas definidas pelo MAPA, deve ser realizada
em bovinos e bubalinos de todas as idades. É proibida a vacinação de caprinos, ovinos e suínos e de
outras espécies susceptíveis, salvo em situações especiais com aprovação do MAPA;
b) vacinação semestral de animais com até 24 (vinte e quatro) meses de idade e anual para
animais com mais de 24 meses de idade, com realização ou não de etapa de reforço para animais com até
12 (doze) meses de idade, em etapas com duração de 30 (trinta) dias. Essa estratégia somente poderá ser
adotada em Unidades da Federação onde o cadastro de propriedades rurais esteja consolidado e com
realização de vacinação semestral por pelo menos dois anos consecutivos, observando-se índices globais
de vacinação superiores a 80%;
c) vacinação anual de todos os animais, em etapas de 45 a 60 dias, em regiões onde as
características geográficas possibilitam o manejo das explorações pecuárias apenas durante período
limitado do ano;
d) outras estratégias de vacinação poderão ser adotadas após análise pelo MAPA;
IV - uma vez definidas as etapas de vacinação, os serviços veterinários oficiais nas Unidades
da Federação deverão regulamentar e divulgar os procedimentos estabelecidos no âmbito estadual;
V - qualquer prorrogação ou antecipação das etapas de vacinação deverá ser aprovada pelo
MAPA, mediante solicitação fundamentada em parecer técnico do serviço veterinário oficial nas
Unidades da Federação;
Art. 18. O serviço veterinário oficial nas Unidades da Federação é responsável pela
fiscalização do comércio, da distribuição e da aplicação da vacina contra a febre aftosa, podendo essa
fiscalização ser efetuada por amostragem aleatória ou dirigida às explorações pecuárias de maior risco,
utilizando parâmetros definidos pelo MAPA.
Seção I
Aspectos gerais
Art. 19. Toda movimentação de animal susceptível à febre aftosa deve ser acompanhada da
Guia de Trânsito Animal (GTA) e de outros documentos estabelecidos pelo serviço veterinário oficial, de
acordo com as normas em vigor.
§ 3º Toda carga de animais susceptíveis à febre aftosa, quando lacrada pelo serviço veterinário
oficial de origem, por observância a esta Instrução Normativa, somente poderá ter seu lacre rompido sob
supervisão do serviço veterinário oficial.
§ 4º Quando o trajeto for superior a doze horas em transporte rodoviário, deverá ser
estabelecido previamente um ponto intermediário para o descanso e alimentação dos animais. Nesse caso,
o lacre da carga será rompido e a carga novamente lacrada sob supervisão do serviço veterinário oficial
no local, acrescentando na GTA o número dos novos lacres.
Art. 20. A emissão de GTA para movimentação de bovinos e bubalinos oriundos de Unidade
da Federação ou região onde a vacinação contra a febre aftosa é obrigatória deve considerar os seguintes
requisitos, sem prejuízo das demais normas em vigor:
I - respeitar o cumprimento dos seguintes prazos, contados a partir da última vacinação contra
a febre aftosa:
II - durante as etapas de vacinação contra a febre aftosa, os animais somente poderão ser
movimentados após terem recebido a vacinação da referida etapa obedecidos os prazos de carência
previstos no inciso I do presente artigo, exceto quando destinados ao abate imediato;
III - durante a etapa de vacinação e até 60 (sessenta) dias após o seu término, os animais
destinados ao abate imediato ficam dispensados da obrigatoriedade da vacinação contra a febre aftosa;
IV - animais acima de três meses de idade não poderão ser movimentados sem a comprovação
de no mínimo uma vacinação contra febre aftosa;
V - animais oriundos de regiões onde se pratica a estratégia de vacinação contra a febre aftosa
descrita na alínea “c”, inciso III, do art. 17 desta Instrução Normativa, para participação em exposições,
feiras, leilões e outras aglomerações de animais em regiões onde a vacinação contra a febre aftosa é
obrigatória, deverão apresentar histórico de pelo menos duas vacinações contra a doença, sendo a última
realizada no máximo até seis meses do início do evento;
Art. 21. O ingresso de animais susceptíveis à febre aftosa em zonas livres, zona tampão ou
Unidades da Federação classificadas como, pelo menos, BR-3 (risco médio) para febre aftosa ou outra
classificação de risco semelhante que venha a ser adotada pelo MAPA, está condicionado ao
cumprimento de requisitos zoossanitários específicos definidos nas Seções II a IV desta Instrução
Normativa, empregando-se o seguinte fluxo de documentos e de informações:
I - o interessado pelo ingresso dos animais nas regiões em questão deverá encaminhar
requerimento ao serviço veterinário oficial na Unidade da Federação de destino, de acordo com modelo
de formulário apresentado no Anexo II;
III - o serviço veterinário oficial na origem dos animais deverá comunicar ao serviço
veterinário oficial no destino o resultado da avaliação realizada e o início dos procedimentos
zoossanitários necessários;
Art. 22. Quando, entre os procedimentos zoossanitários descritos nas Seções II a IV desta
Instrução Normativa, for exigido o isolamento de animais, este poderá ser realizado na propriedade de
origem, desde que os animais possam permanecer agrupados e separados dos demais animais susceptíveis
à febre aftosa existentes na referida propriedade durante todo o período de avaliação.
Art. 23. O trânsito de animais susceptíveis à febre aftosa envolvendo a passagem por regiões
com diferentes condições zoossanitárias deverá ser definido pelo MAPA, considerando a adoção dos
seguintes procedimentos:
III - entre os procedimentos técnicos empregados poderão ser incluídos: lacre da carga dos
veículos transportadores; estabelecimento da rota de transporte; especificação dos postos fixos de
fiscalização para ingresso dos animais; e realização de limpeza e desinfecção dos veículos
transportadores.
Art. 24. O serviço veterinário oficial nas Unidades da Federação deverá manter, junto às
unidades veterinárias locais, cadastro dos transportadores de animais, pessoas físicas ou jurídicas.
Seção II
Ingresso de animais em zona livre de febre aftosa sem vacinação
Art. 25. É proibido o ingresso de animais vacinados contra a febre aftosa em zona livre sem
vacinação.
Art. 26. O ingresso de animais susceptíveis à febre aftosa em zona livre sem vacinação fica
autorizado para:
I - animais nascidos ou que permaneceram, imediatamente antes de seu ingresso, por um
período mínimo de 12 (doze) meses em outra zona livre de febre aftosa sem vacinação, transportados em
veículos lacrados, dispensados os demais procedimentos estabelecidos no art. 21 desta Instrução
Normativa;
II - ovinos, caprinos, suínos e outros animais susceptíveis à febre aftosa, oriundos de zona
livre de febre aftosa com vacinação, após atendimento das seguintes condições:
a) animais não vacinados contra febre aftosa, nascidos ou que permaneceram, imediatamente
antes de seu ingresso, por período mínimo de 12 (doze) meses em zona livre de febre aftosa com
vacinação, e oriundos de propriedades rurais cadastradas pelo serviço veterinário oficial;
b) transportados em veículos com carga lacrada pelo serviço veterinário oficial da Unidade da
Federação de origem;
d) para outras finalidades que não o abate, o ingresso poderá ser autorizado de acordo com o
estabelecido no art. 21 desta Instrução Normativa, incluindo os seguintes procedimentos zoossanitários:
2. realização de testes de diagnóstico para febre aftosa, de acordo com definições do MAPA,
em amostras colhidas após 14 (catorze) dias, no mínimo, do início da quarentena;
III - no caso de reações positivas em suínos, os testes sorológicos deverão ser estendidos a
outros animais da exploração pecuária, de acordo com definição do serviço veterinário oficial,
fundamentada nas indicações epidemiológicas de cada caso, ou realizados outros procedimentos de
diagnóstico definidos pelo MAPA; e
Seção III
Ingresso de animais em zona livre de febre aftosa com vacinação
Art. 27. A permissão de ingresso de animais susceptíveis à febre aftosa em zona livre com
vacinação fica condicionada ao atendimento dos seguintes requisitos zoossanitários:
a) ovinos, caprinos, suínos e outros animais susceptíveis, com exceção de bovinos e bubalinos,
estão dispensados de requisitos adicionais com referência à febre aftosa;
b) bovinos e bubalinos, com exceção daqueles destinados ao abate imediato ou de outros que o
MAPA venha a autorizar, deverão ser imediatamente vacinados contra a febre aftosa na Unidade da
Federação de destino; e
a) proceder diretamente da referida região, onde tenham permanecido por, pelo menos, 12
meses anteriores à data de expedição da autorização ou desde o seu nascimento, no caso de animais com
menos de 12 meses de idade, e de exploração pecuária onde a febre aftosa não foi oficialmente registrada
nos 12 meses anteriores à data do embarque, e que, num raio de 25km a partir dela, a doença não foi
registrada nos seis meses anteriores. Os animais não devem apresentar sinais clínicos da doença no dia do
embarque;
c) quando a finalidade da movimentação não for o abate, no caso de se identificar pelo menos
um animal positivo às provas laboratoriais empregadas, todo o grupo de animais deverá ser impedido de
ingressar na zona livre de febre aftosa com vacinação. Para fins de abate, nos casos em que os testes de
diagnósticos forem exigidos, somente os animais com reação positiva ficarão impedidos de ingressar na
zona livre, estando os demais liberados para o trânsito com destino direto ao abatedouro; e
d) no destino, os animais deverão ser mantidos isolados por um período não inferior a 14 dias,
em local oficialmente aprovado e sob supervisão veterinária oficial.
§ 1º Suídeos, quando oriundos de GRSC, deverão atender apenas às alíneas “a” e “b”
estabelecidas no inciso II deste artigo, excluídas as exigências de testes de diagnóstico.
§ 3º Bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos com até seis meses de idade, acompanhados ou não
das respectivas mães, ficam dispensados dos testes laboratoriais mencionados no inciso II, do presente
artigo, devendo estar identificados individualmente e constarem da relação definida nos modelos de
formulários empregados.
III - tenham sido submetidos à quarentena na origem, sob supervisão veterinária oficial, e a
testes de diagnóstico para febre aftosa segundo definições do MAPA; e
Seção IV
Trânsito de animais envolvendo zona tampão, zona infectada e outras áreas
segundo classificação de risco para febre aftosa
Art. 28. Animais susceptíveis à febre aftosa para ingresso em zona tampão e unidades da
Federação ou regiões classificadas como, pelo menos, BR-3 (médio risco) para febre aftosa, ou outra
classificação de risco semelhante que venha a ser adotada, não reconhecidas como zona livre de febre
aftosa, quando oriundos de Unidades da Federação com classificação de risco inferior, deverão cumprir
com os requisitos estabelecidos no inciso II, art. 27 desta Instrução Normativa, exceto a exigência de
testes de diagnóstico.
Art. 29. No caso da suspensão temporária do reconhecimento de zonas livres de febre aftosa,
em função de ocorrência de focos da doença, o trânsito de animais susceptíveis à febre aftosa, assim como
de produtos e subprodutos de risco, com origem nas Unidades da Federação ou parte das Unidades da
Federação envolvidas, incluindo áreas de proteção e zonas de contenção, deverá cumprir procedimentos
específicos definidos pelo MAPA, após avaliação de cada caso.
Art. 30. O trânsito de suídeos envolvendo GRSC, ou outra classificação semelhante a ser
adotada pelo MAPA, não prevista nesta Instrução Normativa, independentemente da classificação de
risco para febre aftosa na origem, poderá ser autorizado pelo MAPA após avaliação fundamentada em
parecer técnico do serviço veterinário oficial da Unidade da Federação na origem.
Art. 31. Para o trânsito dentro da zona infectada, não envolvendo o disposto no art. 28 desta
Instrução Normativa, deverão ser observados os seguintes requisitos, independentemente da finalidade
considerada:
II - para bovinos e bubalinos oriundos de regiões onde a vacinação contra a febre aftosa for
obrigatória, o serviço veterinário oficial deverá comprovar a sua realização de acordo com as diretrizes
estabelecidas no Capítulo V desta Instrução Normativa;
III - bovinos e bubalinos provenientes de zona livre de febre aftosa sem vacinação deverão ser
vacinados na chegada, sendo revacinados após 30 (trinta) dias sob controle do serviço veterinário oficial,
caso a vacinação contra a febre aftosa seja obrigatória na região de destino.
CAPÍTULO VII
CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DO TRÂNSITO DE PRODUTOS E
SUBPRODUTOS OBTIDOS DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS À FEBRE AFTOSA
Art. 32. Todo produto ou subproduto de origem animal, para ser comercializado, deverá estar
acompanhado de certificação sanitária definida pelo serviço veterinário oficial.
Art. 33. Todo produto de origem animal procedente da zona livre de febre aftosa sem
vacinação e de estabelecimento integrante do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem
Animal terá livre trânsito em todo o território nacional.
Art. 34. É permitido o ingresso em zona livre de febre aftosa, com ou sem vacinação, dos
produtos e subprodutos abaixo relacionados oriundos de todo o Território Nacional sem prejuízo de
outros instrumentos legais em vigor:
III - leite pasteurizado ou leite longa vida, submetido a tratamento UAT (Ultra Alta
Temperatura);
IV - cascos, chifres, pêlos e crinas, submetidos a tratamento capaz de inativar o vírus da febre
aftosa, secos e devidamente acondicionados;
Art. 35. Permite-se o ingresso dos produtos a seguir relacionados em zona livre de febre aftosa
sem vacinação, considerando a origem e o atendimento aos procedimentos zoossanitários específicos:
a) carne fresca com ou sem osso obtida de bovino e bubalino que permaneceram, nos últimos
doze meses ou desde seu nascimento, em zona livre de febre aftosa com vacinação. A carne deve ser
obtida de animal que não apresentou sinais clínicos de doença vesicular infecciosa no momento do
embarque para o abate e no exame ante-mortem, nem foram identificadas lesões sugestivas de febre
aftosa durante o exame post-mortem e abatido em matadouro com inspeção veterinária oficial e
integrante do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal;
b) carne fresca com ou sem osso e miúdos in natura de ovinos, caprinos, suídeos e de outros
animais susceptíveis, que permaneceram, nos últimos doze meses ou desde seu nascimento, em zona livre
de febre aftosa com vacinação, e obtida em matadouros com inspeção veterinária oficial e integrante do
Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal;
1. obtida de animais que permaneceram na região de origem especificada, nos doze meses
anteriores à data de expedição da autorização, ou desde seu nascimento, no caso de animal com menos de
um ano de idade, e que não apresentaram sinais de doença vesicular infecciosa no momento do embarque
para o abate;
d) couros e peles em bruto, submetidos a salga com sal marinho contendo 2% de carbonato de
sódio por período mínimo de 28 (vinte e oito) dias.
Parágrafo único. Os produtos deverão ser transportados em veículos com carga lacrada pelo
serviço veterinário oficial da Unidade da Federação de origem, ou outro tipo de controle autorizado pelo
serviço veterinário oficial, devendo ingressar na zona livre de febre aftosa somente por locais definidos e
aprovados previamente pelo MAPA.
Art. 36. Permite-se o ingresso dos produtos abaixo relacionados em zona livre de febre aftosa
com vacinação, oriundos de zona tampão ou Unidade da Federação ou parte de Unidade da Federação
classificada como, pelo menos, BR-3 (risco médio) para febre aftosa, ou outra classificação semelhante a
ser adotada:
a) obtida de animais que permaneceram pelo menos durante os três meses anteriores ao abate
na região de origem especificada em propriedade onde nos 60 dias anteriores não foi registrada a
ocorrência de febre aftosa, o que também não aconteceu nos 30 dias anteriores no raio de 25 km da citada
propriedade. Referidos animais também não apresentaram sinais de doença vesicular infecciosa no
momento de embarque para o abate;
II - carne fresca de caprinos, ovinos, suínos e de outros animais susceptíveis que atendam às
condições definidas para carne fresca de bovinos, exceto a exigência de maturação e desossa;
III - miúdos in natura obtidos em estabelecimento de abate com inspeção veterinária oficial
integrante do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal , destinados a processamento
para fins opoterápicos ou para produção de alimento para animais, em estabelecimentos aprovados pelo
MAPA;
IV - leite in natura, transportado sob refrigeração em caminhões apropriados e com carga
lacrada, procedente de indústria com inspeção veterinária oficial integrante do Sistema Brasileiro de
Inspeção de Produtos de Origem Animal e destinado a indústrias com serviço de inspeção veterinária
oficial integrantes do mesmo Sistema;
V - peles e couros em bruto submetidos, antes do embarque, a salga com sal marinho contendo
2% (dois por cento) de carbonato de sódio, durante o período mínimo de 14 (catorze) dias.
Parágrafo único. Os produtos deverão ser transportados em veículos com carga lacrada pelo
serviço veterinário oficial da Unidade da Federação de origem, ou outro tipo de controle autorizado pelo
serviço veterinário oficial, devendo ingressar na zona livre de febre aftosa somente por locais definidos e
aprovados previamente pelo MAPA.
Art. 37. É permitido o ingresso em zona livre de febre aftosa com vacinação de peles e couros
em bruto, procedentes de Unidades da Federação classificadas como alto risco ou risco desconhecido para
febre aftosa, ou outra classificação semelhante que venha a ser adotada, submetidos, antes do embarque, a
salga com sal marinho contendo 2% (dois por cento) de carbonato de sódio durante o período mínimo de
28 (vinte e oito) dias.
Art. 38. É permitido o ingresso na zona livre de febre aftosa, com ou sem vacinação, de
sêmen, embrião ou ovócitos de animais susceptíveis à febre aftosa quando obtidos em centro registrado
pelo serviço veterinário oficial e processados de acordo com as normas técnicas internacionais, localizado
em Unidade da Federação ou parte de Unidade da Federação classificada como, pelo menos, risco médio
para febre aftosa, ou outra classificação semelhante que venha a ser adotada pelo MAPA, atendendo às
exigências contidas nas alíneas “a” e “b”, inciso II, art. 27, desta Instrução Normativa, e acompanhados
de certificado zoossanitário.
Art. 39. É permitido o ingresso na zona livre de febre aftosa, com ou sem vacinação, de carnes
e produtos cárneos, miúdos in natura devidamente embalados e acondicionados, destinados à exportação
através dos portos, aeroportos, postos de fronteira, e demais recintos alfandegados localizados nessas
áreas, e oriundos de qualquer Unidade da Federação, desde que procedam de estabelecimentos habilitados
pelo MAPA para exportação e acompanhados da documentação sanitária correspondente.
Parágrafo único. O veículo transportador deverá ser lacrado na origem e o lacre só poderá ser
rompido no destino pelo serviço veterinário oficial.
Art. 40. É proibido o ingresso na zona livre de febre aftosa, com ou sem vacinação, de material
patogênico destinado a qualquer fim, salvo quando previamente autorizado pelo MAPA.
Art. 41. O ingresso em zona livre de febre aftosa, com ou sem vacinação, de produtos e
subprodutos de animais susceptíveis à febre aftosa não especificados nestas normas, incluindo material de
interesse científico e com finalidade para uso industrial, deverá ser autorizado previamente pelo MAPA
após análise de risco.
CAPÍTULO VIII
TRÂNSITO INTERNACIONAL DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS À FEBRE AFTOSA E DE SEUS
PRODUTOS E SUBPRODUTOS
Art. 42. É proibida a importação de animais susceptíveis à febre aftosa e de seus produtos e
subprodutos quando procedentes de países, regiões ou zonas não incluídos na Lista de Países Livres de
Febre Aftosa publicada pela OIE, salvo exceções contidas neste Capítulo.
I - obtidas de animais que permaneceram no país exportador nos últimos dois anos anteriores a
data do seu abate ou desde seu nascimento, em áreas onde se encontrem implantadas, e em execução,
medidas de controle oficiais;
II - obtidas de animais procedentes de propriedade na qual, nos 60 dias anteriores, não tenha
sido registrado nenhum foco de febre aftosa, e que, nas suas proximidades, num raio de 25km, também
não tenha ocorrido nenhum caso nos 30 dias anteriores;
Art. 44. É permitida a importação de produtos que utilizem como matéria-prima carne bovina,
uma vez atendido o art. 43 desta Instrução Normativa.
Art. 45. É permitida a importação de produtos que utilizem como matéria-prima carnes,
miúdos ou vísceras que tenham sido submetidos a procedimentos de inativação do vírus da febre aftosa,
de acordo com as recomendações da OIE.
Art. 46. É permitida a importação de sêmen e embriões de bovinos, desde que atendidas as
disposições expressas nos incisos I e II do art. 43 desta Instrução Normativa, além do cumprimento das
seguintes condições:
III - que o serviço veterinário oficial do país exportador certifique o cumprimento dos
requisitos zoossanitários brasileiros aplicáveis à mercadoria em questão.
I - vapor de água em recinto fechado durante, pelo menos, 10 minutos a uma temperatura de,
no mínimo, 80°C; ou
II - vapor de formol (gás formaldeído) produzido por solução a 35-40%, em recinto fechado
durante, pelo menos, 8 horas a uma temperatura de, no mínimo, 19ºC.
Art. 48. É permitida a importação de outros produtos de origem animal, submetidos aos
procedimentos de inativação do vírus da febre aftosa, recomendados pela OIE.
Art. 49. Os certificados zoossanitários que acompanham as mercadorias de que trata a presente
Instrução Normativa deverão conter as garantias específicas definidas para cada caso.
Art. 50. As condições para importação expressas nesta Instrução Normativa serão aplicadas
sem prejuízo de outras exigências sanitárias em vigor.
CAPÍTULO IX
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 51. Os casos omissos e as dúvidas suscitadas na execução deste ato serão dirimidas pelo
MAPA.
ANEXO II
(Modelo)
REQUERIMENTO PARA INGRESSO DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS À
FEBRE AFTOSA EM ZONA LIVRE DE FEBRE AFTOSA, ZONA TAMPÃO OU RISCO MÉDIO
( ) SEM VACINAÇÃO ( ) COM VACINAÇÃO ( )ZONA TAMPÃO OU RISCO MÉDIO
Manifestamos interesse em ingressar com animais susceptíveis à febre aftosa na região acima caracterizada, para o que
solicitamos autorização de acordo com o que estabelece a ________________ nº _________/07, do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, e prestamos as informações que se seguem:
Nome da propriedade:
Endereço
Tel. FAX
eletrônico
Informações sobre os animais:
_______________________________________
Local e data
________________________________________________________________
Nome e assinatura do interessado
ANEXO III
(MODELO)
AUTORIZAÇÃO PARA O INGRESSO DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS
À FEBRE AFTOSA EM ZONA LIVRE DE FEBRE AFTOSA, ZONA TAMPÃO OU RISCO MÉDIO
( ) SEM VACINAÇÃO ( ) COM VACINAÇÃO ( )ZONA TAMPÃO OU RISCO MÉDIO
Nº ___________/ _______
AUTORIZO a entrada dos animais abaixo identificados, de acordo com o que estabelece a ________________ nº _______/07,
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, observado o que se segue:
I. os animais deverão ser encaminhados para o estabelecimento de destino identificado nesta autorização, sob supervisão de
veterinário oficial designado para fins de:
( ) isolamento, para observação, pelo período mínimo de ______ dias;
( ) realização dos exames laboratoriais requeridos;
II. a presente autorização somente é válida para entrada pelo ponto especificado nesta autorização;
III. esta autorização poderá ser cancelada a qualquer momento, caso ocorra alteração da situação sanitária da exploração
pecuária de origem ou da unidade da Federação de procedência, a critério do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de
Defesa Agropecuária.
Procedência:
UF Município:
Nome da propriedade:
Nome do responsável pelos animais na origem:
_______________________________________
Local e data da emissão
___________________________________________________________________
Carimbo e assinatura do emitente
1ª via: destinatário. 2ª via: unidade da Federação de procedência. 3ª via: ponto de ingresso. 4ª via: emitente.
ANEXO IV
(Modelo)
ATESTADO ZOOSSANITÁRIO DE ORIGEM PARA INGRESSO DE ANIMAIS SUSCEPTÍVEIS EM ZONA LIVRE
DE FEBRE AFTOSA, ZONA TAMPÃO OU RISCO MÉDIO
( ) SEM VACINAÇÃO ( ) COM VACINAÇÃO ( )ZONA TAMPÃO OU RISCO MÉDIO
ADICIONAL A GUIA DE TRÂNSITO ANIMAL (GTA) Nº ____/__________
Atesto, para fins de ingresso em zona livre de febre aftosa, zona tampão ou risco médio de acordo com o estabelecido na
Instrução Normativa nº _____/07, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que os animais abaixo identificados
satisfazem às seguintes condições:
( ) 1. são nascidos e criados no estabelecimento de procedência ou nele permaneceram nos últimos ____ meses antes do
embarque.
( ) 2. atendem às condições definidas nos artigos ______________ da Instrução Normativa nº _______/07, do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
( ) 3. na unidade da Federação onde se situa a exploração pecuária de procedência, a vacinação de bovinos e bubalinos
contra a febre aftosa é regularmente praticada e oficialmente controlada.
( ) 4. na unidade da Federação de origem o serviço veterinário oficial está estruturado e possui os dispositivos legais
necessários para fiscalizar o trânsito de animais, exercer a vigilância epidemiológica e sanitária e a interdição de focos
da doença, bem como para aplicar as demais medidas de defesa sanitária animal.
( ) 5. foram mantidos isolados nos 30 dias anteriores ao embarque, em local oficialmente aprovado e sob supervisão
veterinária oficial, não manifestando qualquer sinal clínico de doença transmissível, ocasião em que foram submetidos
aos testes oficialmente aprovados para febre aftosa.
( ) 6. os suídeos são nascidos e criados em estabelecimento oficialmente certificado como GRANJA DE
REPRODUTORES SUÍDEOS CERTIFICADA, de acordo com as normas zoossanitárias vigentes. A certificação é
válida até _____ / _____ / ____.
( ) 7. Identificação dos animais:
Idade Idade
Nº Identificação Raça Sexo Nº Identificação Raça Sexo
(meses) (meses)
1 11
2 12
3 13
4 14
5 15
6 16
7 17
8 18
9 19
10 20
Continua em folha anexa? ( ) Sim. ( ) Não.
Obs.:
Identificação e assinatura do médico veterinário do serviço veterinário oficial da unidade da Federação de origem
Carimbo Assinatura