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AUTOR: Monica Ribeiro da Silva

ORIENTADOR: Prof. Dr. José Geraldo Silveira Bueno


NÍVEL:
INSTITUIÇÃO: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
ANO DA DEFESA:
TÍTULO: Competências: a pedagogia do “novo ensino médio”

RESUMO

A tese Competências: a pedagogia do te-se a hipótese de que a noção de compe-


“novo ensino médio” ocupa-se do estudo tências, no interior dos dispositivos
da reforma curricular do Ensino Médio no normativos, comporta um caráter instru-
Brasil, empreendida nos anos 90. As justi- mental e operacional que pode sedimentar
ficativas para esse estudo estão na neces- práticas educativas geradoras de uma for-
sidade de se encontrar as razões das mu- mação voltada exclusivamente para a adap-
danças propostas, problematizar o modo tação, em detrimento de uma formação crí-
como se processou a composição do dis- tica e reflexiva; esse caráter instrumental
curso oficial orientador da reforma, bem viabiliza ainda a sujeição da escola ao con-
como refletir sobre os prováveis impactos trole externo, seja no que diz respeito à sua
que as proposições podem causar sobre a subordinação às prescrições da política lo-
escola e sobre a formação humana, que se cal e internacional, seja com relação à sua
dá nesse nível de ensino. As proposições adaptação a propaladas mudanças no mer-
em torno da organização curricular pres- cado de trabalho. Parte-se do pressuposto
crevem que as escolas se orientem pela de que há um duplo movimento presente
noção de competências e, desse modo, esta na reforma educacional: a produção de um
é tomada como elemento nuclear da análi- conjunto de prescrições, sustentadas em
se. Um dos objetivos da tese é, portanto, conceitos definidores da formação que se
o de investigar o significado que adquire a pretende e os modos como essas prescri-
noção de competências no âmbito das pres- ções são interpretadas e apropriadas pelas
crições normativas. São tomadas como escolas. São, portanto, movimentos distin-
objeto de análise as “Teorias da Compe- tos que fazem com que as proposições da
tência”, em suas explicitações no campo reforma curricular, quando lidas e interpre-
da psicologia da aprendizagem, nas ver- tadas pelas escolas, adquiram significados
tentes piagetiana e condutista, e na lin- diversos em relação às suas formulações
güística de Noam Chomsky. São analisa- originais. Isto leva a concluir que a reforma
das as apropriações recentes dessas teori- curricular possui alcance limitado, pois ao
as pela Sociologia do Trabalho e pelo cam- mesmo tempo em que produz alterações
po do currículo. Procede-se a análise dos nas práticas desencadeadas pelas escolas,
documentos oficiais, produzidos com o fim seus dispositivos normativos são
de implementar a reforma curricular e, com reconfigurados por estas, produzindo signi-
base na Teoria Crítica da Sociedade, discu- ficados distintos dos inicialmente aventados.

Educar, Curitiba, n. 22, p. 407-409, 2003. Editora UFPR 411

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