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CAPÍTULO 1

A tática e as combinações
Existem posições em que a combinação é obrigatória.
No entanto, ocorre às vezes que o enxadrista, tratando de evitar um esforço
mental, perca essa oportunidade e veja-se obrigado, pouco a pouco, a passar
à defesa. Depois disso, vem a derrota daquele que, com razão, a mereceu.
A. Alekhine

MOTIVOS BÁSICOS DAS COMBINAÇÕES

No livro anterior já fizemos uma pequena introdução à tática, estudando os


temas: o ataque duplo, o ataque a descoberto, a cravada e o ataque em linha.
Neste segundo livro damos um novo passo, estudando os motivos da com-
binação, que, junto com os temas táticos, são pilares fundamentais na formação
do jogador de xadrez e já acessíveis ao leitor nesta fase de aprendizagem.
A tática é, entre todos os aspectos da partida de xadrez, o que há de
mais acessível, direto e, por isso, mais claro para o jogador e onde, de ime-
diato, observa-se seu progresso. Mesmo na primeira escala enxadrística, po-
de-se perfeitamente compreender, assimilar e produzir combinações curtas
de duas ou três jogadas.
Mas, antes de continuar, vamos definir combinação. Chamamos de com-
binação uma variante forçada, mediante a qual seu iniciador alcança o objetivo
a que se propôs, como a melhoria da posição ou o ganho de material e, por
fim, o mate. O mecanismo da combinação pode ser, em sua forma mais ele-
mentar, uma simples troca de peças e, em sua forma mais complexa, um ou
vários sacrifícios, o que implica, sutilmente, um valor estético, já que muda a
relação do valor habitual das peças. Essa definição se refere não só aos aspec-
tos dinâmicos da execução, como também à valoração dos elementos estáticos
isto é, à utilização racional e ordenada dos elementos que nela intervêm:
concretos como o material ou abstratos como, por exemplo, a posição.
O objetivo deste capítulo é levar ao leitor o conhecimento dos motivos
ou temas básicos das combinações, explicando-os passo a passo, com a fina-
lidade de que o aluno possa identificar claramente os elementos e idéias em
que se baseia cada tema. Em continuação, apresentaremos um grupo de exer-
12 Boris Zlotnik e colaboradores

cícios, com duas ou três jogadas de profundidade, nos quais não se deve
buscar, como único objetivo, a combinação do mate. A obtenção de uma
vantagem material que permita ganhar ou a imposição de um empate em
posição inferior são também objetos da combinação.
Os temas básicos da combinação que veremos neste capítulo são:
• O desvio
• A atração
• A interceptação
• A eliminação da defesa
• A liberação do espaço
• O bloqueio
• O ataque raio X
• A peça sobrecarregada
• A jogada intermediária
• A demolição da estrutura de peões
• A perseguição

O DESVIO

O desvio é um motivo de combinação muito freqüente no jogo real,


inclusive nas partidas de aficionados. Sua idéia consiste, como seu nome
indica, no desvio de uma ou mais peças defensoras de uma posição, para
permitir um ataque com sucesso.
Mas, como uma imagem vale mais que mil palavras, vejamos tudo isso
com alguns exemplos.
No diagrama 1, correspondente à partida Girsch – Man, Canadá, 1963, a
dama preta está defendendo a casa c7, de onde o cavalo poderia dar um
xeque decisivo. As brancas concluem rapidamente a partida jogando
1.£a4+ e atacam a dama preta, que está impossibilitada de se defender e
proteger a casa c7, 1...£xa4.

DIAGRAMA 1
Curso de Xadrez 13

2.¤c7+, agora as brancas aproveitam a casa desprotegida c7. 2...¢f8 é


a única possibilidade de escapar do xeque. O rei preto não pode ir à casa d7,
pois ela está controlada pela torre branca.

3.¦xd8+, agora o rei preto se encontra atrapalhado no corredor da oitava


fila. 3...£e8, as pretas se vêem obrigadas a devolver a dama, mas: 4.¦xe8++.
Vejamos, agora, a posição do diagrama 2, que corresponde à partida Sai-
dy-Padevsky, Varna, 1958, também muito ilustrativa do tema.

DIAGRAMA 2
14 Boris Zlotnik e colaboradores

A pressão das pretas é muito forte,


especialmente as ameaçadoras torres e a
ação do bispo ao longo da diagonal f1-a6.
No entanto, a dama branca defende a casa
d1, não permitindo que as pretas dêem
mate com ¦d1+ e ¦f1++. Desse ponto de
vista, a jogada das pretas é evidente.
1...£xe3+, excelente jogada que ameaça
2.¢f1 e ¦d1++ 2.£xe3, ante a ameaça de
mate, as brancas se vêem obrigadas a
desviar a dama da defesa da casa d1.

2...¦d1+ 3.¢f2, única jogada possível. 3...¦f1++.

No diagrama 3 vemos uma posição


correspondente à partida Gass-Kindi,
Stuttgart, 1979, na qual as pretas amea-
çam 1...¤xh3+, ao mesmo tempo em
que a torre ameaça a dama branca, mas
esta pode escapar do duplo ataque to-
mando o cavalo de h3. As pretas encon-
tram uma bonita combinação baseada no
desvio.

DIAGRAMA 3

1...£xe4, excelente jogada que derruba a posição ao desviar a dama branca


da defesa da h3. Com isso, o trabalho harmonioso entre cavalo, bispo e torre
coloca o rei branco em risco de mate. 2.£xe4, e as brancas não têm escolha.

2...¤xh3+, agora se vê plenamente o ataque das pretas. 3.¢h1.


Curso de Xadrez 15

À mesma conclusão se chega com 3.¢g2 ¦f2+, com o mesmo resultado


que a variante principal. 3...¦f1+ 4.¢g2.

4...¦f2+ 5.¢xh3, se 5.¢h1, as pretas arrematam com 5...¦h2++.


5...¦h2++.
16 Boris Zlotnik e colaboradores

Exercícios

Exercício 1. Jogam as brancas. Exercício 4. Jogam as brancas.

Exercício 2. Jogam as pretas. Exercício 5. Jogam as brancas.

Exercício 3. Jogam as brancas. Exercício 6. Jogam as pretas.


Curso de Xadrez 17

Exercício 7. Jogam as pretas. Exercício 10. Jogam as brancas.

Exercício 8. Jogam as brancas. Exercício 11. Jogam as pretas.

Exercício 9. Jogam as pretas. Exercício 12. Jogam as pretas.


18 Boris Zlotnik e colaboradores

A ATRAÇÃO

A atração é o recurso tático que permite levar uma peça adversária, de


preferência o rei ou a dama, até uma casa onde perecerá fatalmente. Ilustra-
remos essa idéia com vários exemplos didáticos.
No diagrama 4 temos uma posição
correspondente à partida Fischer-Reshevs-
ky, Nova Iorque, 1958. Nela, as peças bran-
cas atraem o rei preto para o centro, o que
leva à perda da dama.
10.¥xf7+, excelente jogada de sacri-
fício para atrair o rei ao centro. 10...¢xf7,
recusar a captura do bispo não evita a con-
tinuação da partida. 11.¤e6, segundo sa-
crifício que conduz diretamente ao ganho
material. 11...dxe6, tomar o cavalo com
DIAGRAMA 4 11...¢xe6 conduz ao mate após 12.£d5+.
Deixamos sua continuação nas mãos do
leitor. 12.£xd8, e as pretas se rendem de-
pois de mais trinta jogadas de agonia.
Vejamos agora a atração de uma
dama, diagrama 5, na partida Szabo-
Bronstein, Zurique, 1953, na qual as bran-
cas capturam a dama contrária atraindo-a
à casa d8.
1.¦d8 £xd8, não se pode evitar a
captura da torre devido ao ataque direto à
dama e indireto ao rei.

DIAGRAMA 5

2.£h8+, agora está clara a intenção


das brancas. 2...¢f7 3.£xd8, e a dama
sucumbe.
Curso de Xadrez 19

E para encerrar este tema, um último


exemplo em que a peça atraída não é nem
o rei nem a dama, e sim a torre. No dia-
grama 6, correspondente à partida Szna-
pik-Bernard, Poznan, 1971, as brancas
ganham atraindo a torre para a casa d8.
1.¦d8 ¦xd8, as pretas não podem
rejeitar o oferecimento, já que, se 1...¦a7,
ganha-se com 2.¦xa7 ¦xd8 3.c7+ ¢xa7
4.cxd8=£+.
DIAGRAMA 6

2.c7+, ataque duplo do peão, que


decide a partida. 2...¢b7 3.cxd8=£+,
ganhando.
20 Boris Zlotnik e colaboradores

Exercícios

Exercício 13. Jogam as brancas. Exercício 16. Jogam as pretas.

Exercício 14. Jogam as brancas. Exercício 17. Jogam as brancas.

Exercício 15. Jogam as pretas. Exercício 18. Jogam as pretas.


Curso de Xadrez 21

Exercício 19. Jogam as pretas. Exercício 22. Jogam as pretas.

Exercício 20. Jogam as brancas. Exercício 23. Jogam as brancas.

Exercício 21. Jogam as brancas. Exercício 24. Jogam as brancas.


22 Boris Zlotnik e colaboradores

A INTERCEPTAÇÃO

Apresentamos agora um outro recurso tático, a interceptação ou obstrução,


que consiste em interromper a comunicação de duas ou mais peças, colocando
uma peça própria em seu caminho. O ganho pode ser de distintos tipos: mate,
ganho material, coroação, etc. Para iniciar o estudo deste tema, fixemo-nos na
posição do diagrama 7, que corresponde à partida Osnos-Dely, Budapeste, 1965.
Podemos observar a forte pressão que as brancas exercem sobre a casa
f8, que, combinada com a ameaça 1.¤e7+ ¢h8 2.¦xf8++, dá a vitória às
brancas com mate; mas isso não é possível no momento, já que o bispo preto
vigia a casa e7.

DIAGRAMA 7

A idéia-chave da combinação já está


definida: 1.¥c5, interceptando a ação
do bispo do adversário. 1...¥xc5, única
possibilidade. 2.£xc5, sacrificando a
dama. 2...bxc5.
Se as pretas recusam a captura, por
exemplo, com 2...¤6d7, as brancas for-
çam a vitória com 3.£xf8+ ¤xf8 4.¤e7+
¢h8 5.¦xf8++. Agora, a finalização da
combinação está clara: 3.¤e7+ ¢h8
4.¦xf8+ ¤g8 5.¦xg8++.

Vejamos outro exemplo, o do diagrama 8, que aconteceu na partida


Keller-Nievelgelt, Zurique, 1960. Observamos que as brancas, com 1.¤e8,
ameaçam mate em g7, contudo, as pretas defendem esta casa com 1...£xb2,
e as brancas a pouco podem aspirar.
Curso de Xadrez 23

DIAGRAMA 8

Porém, iniciando a combinação com a


interceptação da dama na diagonal a1-h8,
as brancas ganham com 1.¥e5 ¦xe5, úni-
ca jogada ante a ameaça de mate na g7,
mas a custa da interceptação da diagonal.
2.¤e8 ¤f5, último recurso defensivo.
3.¤f6+ ¢h8 4.£g8++.

Para terminar a exposição deste te-


ma, estudaremos agora a posição do dia-
grama 9, partida Soultanbeieff-Borodin,
Bruxelas, 1943, em que as brancas conse-
guem a vitória interceptando a ação da
dama preta ao longo da grande diagonal
branca.
1.¦g2, agora se pode mover a tor-
re de f3, já que a cravada está anulada
1...¦g8, se as pretas jogam 1...£xf3, re-
cebem mate com 2 £xf8. 2.£xh7+ ¢xh7
3.¦h3++. DIAGRAMA 9
24 Boris Zlotnik e colaboradores

Exercícios

Exercício 25. Jogam as brancas. Exercício 28. Jogam as pretas.

Exercício 26. Jogam as pretas. Exercício 29. Jogam as brancas.

Exercício 27. Jogam as brancas. Exercício 30. Jogam as pretas.


Curso de Xadrez 25

Exercício 31. Jogam as pretas. Exercício 34. Jogam as pretas.

Exercício 32. Jogam as brancas. Exercício 35. Jogam as brancas.

Exercício 33. Jogam as brancas. Exercício 36. Jogam as brancas.


26 Boris Zlotnik e colaboradores

A ELIMINAÇÃO DA DEFESA

Esse recurso tático tem por objetivo a eliminação de peças ou peões que
exerçam funções defensivas. O problema consiste em identificar quais são as
peças-chaves na defesa.
Para começar, vejamos a posição do
diagrama 10, correspondente à partida
Vizantiadis-Spassky, Siegen, 1970, em
que as pretas eliminam a principal peça
defensiva branca: o cavalo da f3, que im-
pedia a penetração da dama por h4.

DIAGRAMA 10

1...¦8xf3, as pretas eliminam o cava-


lo defensor e debilitam o roque: 2.gxf3
¦xh2+ 3.¢xh2, agora o rei está exposto.

3...£h4+ 4.¢g2, as peças pretas


penetram com efeito decisivo. 4...¥h3+
5.¢h1 ¥f1++.
No exemplo ao lado, diagrama 11,
correspondente à partida Ryzhkov-Fass,
URSS, 1978, salta aos olhos que a peça
defensiva da posição branca é o cavalo,
logo, a execução da combinação é evi-
dente.

DIAGRAMA 11
Curso de Xadrez 27

1...£xf4 2.£xf4, com a eliminação


do cavalo, é visível a debilidade da casa g2,
o que as pretas aproveitam: 2...¦exg2+.
Não adianta entrar com outra torre,
já que a casa h2 está defendida. 3.¢h1
¦g1+ 4.¢h2 ¦6g2++.

Seguimos com a posição do diagrama 12, correspondente à partida


Korchnoi-Peterson, URSS, 1965, em que a peça-chave da defesa não é tão
fácil de encontrar, já que é o bispo de e7.

DIAGRAMA 12

1.£xg7+ ¢e8, agora se vê a impor-


tância do salto do cavalo para a casa
f6 e a função-chave do bispo defensor.
2.£xe7+ ¢xe7, a posição restrita do rei
preto provoca a próxima jogada.
3.¦g7+ ¢e8 4.¤f6++.
28 Boris Zlotnik e colaboradores

Exercícios

Exercício 37. Jogam as brancas. Exercício 40. Jogam as brancas.

Exercício 38. Jogam as brancas. Exercício 41. Jogam as brancas.

Exercício 39. Jogam as pretas. Exercício 42. Jogam as pretas.


Curso de Xadrez 29

Exercício 43. Jogam as brancas. Exercício 46. Jogam as pretas.

Exercício 44. Jogam as brancas. Exercício 47. Jogam as pretas.

Exercício 45. Jogam as brancas. Exercício 48. Jogam as pretas.


30 Boris Zlotnik e colaboradores

A LIBERAÇÃO DO ESPAÇO

A liberação do espaço consiste em livrar uma casa, abrir diagonais, filas


ou colunas, ocupadas ou bloqueadas por uma ou mais peças, próprias ou do
adversário, para abrir linhas de ataque que permitam a execução de uma
combinação. Normalmente, a peça que atrapalha é eliminada mediante uma
troca forçada ou um sacrifício.

A liberação de uma casa


Para começar, estudaremos a posição do diagrama 13, correspondente à
partida Georgadze-Kuindzhi, URSS, 1973, na qual as pretas liberam a casa g5
para dar mate com o peão.

DIAGRAMA 13

As pretas jogam: 1...£f2+ 2.£xf2


¦h5+. A casa g5 já está liberada para o
peão.
3.¥xh5 g5++.

O exemplo seguinte, diagrama 14, corresponde à partida Tarnowsky-


Ivkov, Varna, 1962, na qual observamos que, se as posições da dama e da
torre pretas estivessem trocadas, as brancas receberiam o mate; logo, é
evidente que se deve liberar a casa e2 para a dama.
Curso de Xadrez 31

DIAGRAMA 14

1...¦d2+ 2.¢c1, se 2.¢xd2, as


pretas ganham com 2...£e2+ 3.¢c1
£c2++. 2...¦c2+ 3.¢b1, se 3.¢d1
£e2++.
3...¦g2+, as pretas conseguiram a
casa e2 para sua dama sem muita perda
de tempo. 4.¢c1 £e3+, seguido de
mate.

A liberação de uma diagonal

O seguinte exemplo, diagrama 15, corresponde à partida Seleznev-


Panov, URSS, 1929, as pretas desocupam a diagonal b1-h7, para executar
uma combinação de mate na primeira fila.

DIAGRAMA 15
32 Boris Zlotnik e colaboradores

1...¦xe2. Com essa jogada prepa-


ratória, as pretas enfraquecem a primeira
fila. 2.¦xe2.
2...¥xg2+. Com essa jogada, as
pretas desocupam a diagonal para a da-
ma: 3.£xg2. Em caso de 3.¦xg2 £b1+
4.¦g1 £xg1++. 3...£b1+, seguido de
mate.

Para terminar, estudaremos a posição do diagrama 16, correspondente à


partida Kostakaev-Stanciu, jogada via correio em 1971; nela, as pretas
conseguem desocupar duas diagonais, a d1-a4 e a a4-d7, o que permite que o
bispo da d7 efetue um belo mate.

DIAGRAMA 16

1...¦xd3+ 2.cxd3, o primeiro pas-


so é conseguir a desocupação da diagonal
d1-a4. 2...¤d4, com essa jogada, desocu-
pa-se a diagonal a4-d7 e eliminam-se as
casas de fuga do rei branco.
3.¦xf2 ¥a4+, seguido de mate.
Curso de Xadrez 33

A liberação de uma coluna

Vejamos dois exemplos ilustrativos.


No primeiro estudaremos a posição do
diagrama 17, correspondente à partida
Blackburne-Schwarz, Berlim, 1881, na
qual as brancas abrem a coluna “h” com
um ataque decisivo.

DIAGRAMA 17

1.£xf4 ¥xf4 2.¦xh5, as brancas


liberam a coluna “h” para sua segunda torre.
2...gxh5 3.¦xh5, seguido de
4.¦h8++. Uma típica colaboração en-
tre torre e bispo.

Agora estudaremos a posição do


diagrama 18, correspondente à partida
Lukovnikov-Alekseev, URSS, 1973, em
que as pretas abrem a coluna “d” com um
ataque múltiplo de mate em a2 e c2.
1...¤b4, desocupa a coluna “d” para
que atue a torre, ao mesmo tempo em que
ameaça dar o mate com 1...¤a2. 2.¥xb4.
Se 2.¥xa4 ¤a2++; 2.axb4 £a1++.

DIAGRAMA 18

2...¦xd1+ 3.¦xd1 £c2++.


34 Boris Zlotnik e colaboradores

Exercícios

Exercício 49. Jogam as brancas. Exercício 52. Jogam as pretas.

Exercício 50. Jogam as brancas. Exercício 53. Jogam as brancas.

Exercício 51. Jogam as pretas. Exercício 54. Jogam as brancas.


Curso de Xadrez 35

Exercício 55. Jogam as brancas. Exercício 58. Jogam as brancas.

Exercício 56. Jogam as brancas. Exercício 59. Jogam as pretas.

Exercício 57. Jogam as brancas. Exercício 60. Jogam as pretas.


36 Boris Zlotnik e colaboradores

Exercício 61. Jogam as brancas. Exercício 64. Jogam as brancas.

Exercício 62. Jogam as brancas. Exercício 65. Jogam as brancas.

Exercício 63. Jogam as brancas. Exercício 66. Jogam as brancas.


Curso de Xadrez 37

O BLOQUEIO

Esse recurso tático se caracteriza pela ameaça que provoca o adversário


a bloquear uma casa de fuga. O atacante, então, aproveita a situação para
executar um ataque vencedor. Este tema de combinação será dividido, para
que fique mais claro, em três partes.
• O bloqueio de uma casa
• O mate por asfixia
• O afogamento

O bloqueio de uma casa


Em primeiro lugar, veremos a posi-
ção no diagrama 19, extraído da partida
Marshall-Marco, Paris, 1900, na qual as
brancas ameaçam atacar o rei preto com
1.£h6, mas este tem a casa f6 para es-
capar. Por isso, deve-se primeiro bloquear
essa casa.

DIAGRAMA 19

1.f6+ ¢g8; se 1...£xf6, as brancas seguiriam com 2.£h6+ ¢g8


3.£h7++. Agora se vê com clareza a precária situação do rei preto. 2.¦h8+,
também se pode seguir com 2.£h6, que leva a um resultado idêntico.

2...¢xh8 3.£h6+ ¢g8 4.£g7++.


38 Boris Zlotnik e colaboradores

Neste segundo exemplo vemos a


posição do diagrama 20, correspondente
à partida Quinteros-Tukmanov, Lenin-
grado, 1973, na qual as brancas conse-
guem dar o mate bloqueando a fila 7.

DIAGRAMA 20

1.¦xd6+ cxd6, agora a torre con-


trola as casas de fuga da fila 7.
2.¥g5+ ¢e6, se 2...£xg5, 3.hxg5+:
as brancas ganham a dama pela torre.
3.¦e7++, e o rei sucumbe.

O mate por asfixia


Nesse recurso tático, como seu nome indica, estudaremos posições que
se caracterizam pela situação asfixiada do rei do lado fragilizado. Para
ilustrar, vejamos a posição do diagrama 21, correspondente à partida Failic-
Wildegans, efetuada pelo correio em 1939, na qual o rei do time branco se
encontra recolhido na casa h1, e suas peças pouco podem fazer por ele.

DIAGRAMA 21
Curso de Xadrez 39

1...£xf2, ameaça 2...¤g3++. 2.¤e2, para aliviar a asfixiante posição


do rei. Se 2.¦xf2 ¤g3++; se 2.£xf3 ¤g3+, ganhando a dama, e se 2.¤xf3
¤g3+ 3.¢h2 ¤xf1+, ganhando. 2...£g1+.

3.¤xg1, agora o rei branco está bloqueado. A finalização é lógica:


3...¤g3++.
Vejamos agora a posição do diagrama 22, criação do italiano Greco em
1625, na qual as pretas executam o espetacular Mate da coz.

DIAGRAMA 22

1...¤f2+ 2.¢e1 ¤d3+, agora o


cavalo preto controla também a casa e1.
3.¢d1.
Se 3.¢f1 £f2++. 3...£e1+ 4.¤xe1,
bloqueando a saída do rei. 4...¤f2++.
40 Boris Zlotnik e colaboradores

O afogamento
O afogamento é um recurso de combinação utilizado para que o empate
seja conseguido quando se está em uma posição inferior. Seu resultado, por
ser imprevisível, é sempre espetacular. Como nos casos anteriores, estuda-
remos o tema com alguns exemplos didáticos.
No diagrama 23 temos uma posição da partida Fridman-Patterson,
Johannesburgo, 1962, na qual o lado branco não somente tem um peão a
menos, como deve defender-se de duas ameaças de mate; uma com g5 e
£xh3, e a outra com £f2, se as brancas abandonarem a defesa dessa casa. Por
isso, luta pelo empate e o consegue com:

DIAGRAMA 23

1.£xh6+ ¢xh6, se 1...¢g8 2.£c1 com igualdade. 2.g5+ ¢h7 e o rei


branco está afogado.
No exemplo seguinte, diagrama 24, correspondendo à partida Marshall-
McKlure, Nova Iorque, 1923, a situação das brancas é desesperadora, já que têm
uma torre a menos e seu peão passado de h7 pode ser capturado imediata-
mente. Por isso, recorre ao afogamento, conquistando um empate espetacular.

DIAGRAMA 24
Curso de Xadrez 41

1.¦h6 ¦xh6 2.h8=£+, as brancas fazem seus últimos lances dispo-


níveis e deixam as pretas com uma única jogada possível.

2...¦xh8 3.b5! e as brancas provocam o bloqueio da única possibili-


dade de movimento das pretas, conseguindo, portanto, o empate.
42 Boris Zlotnik e colaboradores

Exercícios

Exercício 67. Jogam as brancas. Exercício 70. Jogam as brancas.

Exercício 68. Jogam as brancas. Exercício 71. Jogam as pretas.

Exercício 69. Jogam as pretas. Exercício 72. Jogam as pretas.


Curso de Xadrez 43

Exercício 73. Jogam as brancas. Exercício 76. Jogam as pretas.

Exercício 74. Jogam as brancas. Exercício 77. Jogam as pretas.

Exercício 75. Jogam as pretas. Exercício 78. Jogam as brancas.


44 Boris Zlotnik e colaboradores

Exercício 79. Jogam as pretas. Exercício 82. Jogam as brancas.

Exercício 80. Jogam as pretas. Exercício 83. Jogam as pretas.

Exercício 81. Jogam as brancas. Exercício 84. Jogam as pretas.


Curso de Xadrez 45

O ATAQUE RAIO X

O ataque raio X oculta uma ação atrás de uma peça que, por esse mo-
tivo, fica impossibilitada de mover-se sem ceder alguma vantagem.
Apresentamos, a seguir, alguns exemplos que, sem dúvida, ajudarão na
compreensão desse lance.
Em primeiro lugar, a posição do dia-
grama 25 correspondente à partida Ili-
vicki-Kasparian, URSS, 1952, na qual as
brancas aproveitam duas ações ocultas: a
do bispo d5 sobre a torre em f7, e a da
torre d1 sobre a dama em d8.

DIAGRAMA 25

1.d7 gxf4, se 1...¥xd7 2.¥xe6, ga-


nhando material; e se 1...¦xd7 2.¤xe6, ga-
nhando com uma ameaça a descoberto.
2.dxe8=£+ £xe8 3.gxf4, com
vantagem suficiente para ganhar.

No segundo exemplo veremos a po-


sição do diagrama 26, na partida entre
Alekhine e Nestor, em Trinidad, 1939, na
qual as brancas aproveitam bem sua
ameaça indireta sobre a casa f8.

DIAGRAMA 26
46 Boris Zlotnik e colaboradores

1.¦c8 ¦xc8, se 1...£xd7 2.£f8+,


vencendo; e se 1...£b6 2.£f8+, igual-
mente ganhando. 2.£e7, excelente joga-
da que anula a ação defensiva da dama
preta.
2...£c6, se 2...£xe7 3.dxc8=£+,
ganhando. 3.d8=£+,vencendo a partida.

Vejamos agora o exemplo do diagra-


ma 27, correspondente à partida Tuk-
makov-Gufeld, URSS, 1972, na qual as
pretas utilizam engenhosamente a ação
oculta da dama na diagonal d3-f1.

DIAGRAMA 27

1...¥xd4+ 2.¢f1, perde-se a dama se o jogo prosseguir com 2.¦xd4


¦e1+ 3.¦xe1 ¦xe1+ 4.¢f2 ¦f1+. 2...¦e3.

3.¤xe3, agora se pode ver a cravada sobre a casa d3. 3...£xd3+,


ganhando.
Curso de Xadrez 47

Por último, observemos a posição do diagrama 28, extraída da partida


Novotelnov-Averbach, URSS, 1951. Nela podemos ver que a torre preta de d5
e a dama preta de g4, convergem sua ação sobre a casa d1 e, portanto, sobre a
torre branca que a ocupa. Isso posto, é fácil encontrar as jogadas certas.

DIAGRAMA 28

1...¥xf2+ 2.£xf2, não serve 2.¢xf2, pois ¦f5+ e as pretas capturam a


dama. Igualmente não serve 2.¦xf2 por 2...¦xd1. 2...£xd1+ ganham as
pretas.
48 Boris Zlotnik e colaboradores

Exercícios

Exercício 85. Jogam as pretas. Exercício 88. Jogam as pretas.

Exercício 86. Jogam as pretas. Exercício 89. Jogam as brancas.

Exercício 87. Jogam as brancas. Exercício 90. Jogam as pretas.


Curso de Xadrez 49

A PEÇA SOBRECARREGADA

O tema da combinação da peça sobrecarregada é abundante na prática


enxadrística. Uma peça sobrecarregada é aquela que realiza duas ou mais
funções defensivas ao mesmo tempo, o que pode ser aproveitado para obter-
se vantagem. Como antes, ilustraremos com alguns exemplos.
No diagrama 29 temos uma posição
da partida Lieb-Kunsztowicz, RFA, 1974,
na qual as pretas têm a dama sobrecarre-
gada, defendendo o mate tanto na oitava
quanto em f7. As brancas exploram essa si-
tuação para chegarem ao mate.

DIAGRAMA 29

As brancas se impõem com 1.¦d8


£xc3. Se 1...¦xd8, 2.£xf6+,o que leva à
vitória. 2.¦xf8+. Com essa jogada, as
brancas ganham a torre.
2...¢g7 3.¦g8+ ¢h7 4.bxc3,
com um bispo de vantagem, as brancas
ganham.

No exemplo seguinte, diagrama 30,


temos uma posição da partida Krogius-
Martjusov, URSS, 1949, em que também
as brancas exploram a sobrecarga da
dama preta, que está defendendo o bispo
de e7 e, indiretamente, a torre da a8. As
brancas aproveitam essa situação com
um enérgico sacrifício da dama.
1.£c6, que ataca a torre, obrigando a
dama a abandonar o bispo. 1...£xc6, ago-
ra vemos a força da combinação. 2.¤xe7+
DIAGRAMA 30
¢f8 3.¤xc6, ganhando uma peça.
50 Boris Zlotnik e colaboradores

Vejamos agora a posição do diagra-


ma 31, extraída da partida Cheskovsky-
Korensky, URSS, 1973, na qual as pretas
têm a dama sobrecarregada, defendendo
a casa f8 e, indiretamente, o cavalo da
e5, o que permite que as brancas execu-
tem uma bonita combinação.
1.£d4 ameaça o cavalo de e5, que
não pode ser retirado em razão do mate
£g7++. 1...¥xc4. 1...£xd4 não é uma
boa escolha, pois 2.¦f8+ ¦xf8 3.¦xf8++.
DIAGRAMA 31
2.£xc5 ¦xf7 3.¦e1, ganhando.

E, para terminar, vejamos agora a posição do diagrama 32, corres-


pondente à partida Ermenkov-Ostojic, Kecskemet, 1977, na qual as pretas
deram a sua dama demasiado trabalho: a defesa da casa e7 e a da torre de a7.
As brancas aproveitam imediatamente a oportunidade.

DIAGRAMA 32

1.¤b5 ¢d8, se 1...axb5, 2.¦xa7


£xa7 3.¦xe7+, ganhando.
2.¦xe7 £xe7 3.£f4, ganhando a
dama.
Curso de Xadrez 51

Exercícios

Exercício 91. Jogam as brancas. Exercício 94. Jogam as brancas.

Exercício 92. Jogam as brancas. Exercício 95. Jogam as brancas.

Exercício 93. Jogam as brancas. Exercício 96. Jogam as brancas.


52 Boris Zlotnik e colaboradores

Exercício 97. Jogam as pretas. Exercício 100. Jogam as brancas.

Exercício 98. Jogam as brancas. Exercício 101. Jogam as pretas.

Exercício 99. Jogam as brancas. Exercício 102. Jogam as brancas.


Curso de Xadrez 53

A JOGADA INTERMEDIÁRIA

A jogada intermediária é um lance do jogo que, intercalado inespera-


damente em uma combinação, muda seu rumo. É um lance não previsto
que destrói os planos anteriores. Como é habitual, ilustraremos com alguns
exemplos.
No diagrama 33 temos uma posição
da partida Süer-Nünhert, RFA, 1973, na
qual as brancas ameaçam 1.¦h8++, mas as
pretas encontram uma jogada interme-
diária que não somente as livra do mate,
como lhes dá a vitória.

DIAGRAMA 33

1...£c2+ leva o rei branco à casa


c2, onde recebe xeque do cavalo ao cap-
turar a dama em e3. 1...¢xh7 não é uma
boa escolha, pois 2.¤g5+ ¢g8 (2...¢h6
3.£h3++) 3.£h3 e a dama substitui a
torre, com o mesmo resultado: mate em
h8. 2.¢xc2.
Não se pode evitar a captura com
2.¢a2, pois 2...¤b4+ 3.¢a3 ¤d3+ 4.¢a4
(4.¢a2 £xb2++) 4...¤xb2++ 2...¤xe3+
3.fxe3 ¢xh7, ganhando a partida.

No diagrama 34 temos uma posição


da partida Miles-Martin, Birminghan,
1977, na qual as pretas protegem firme-
mente a defesa do peão de c6. Contudo, o
GM (Grande Mestre) inglês Miles con-
segue romper a defesa.

DIAGRAMA 34
54 Boris Zlotnik e colaboradores

1.a4 ¥xa4 2.£a3, as brancas


atraem o bispo a uma casa vulnerável e
especulam agora com a situação indefesa
da dama preta. 2...¥b5 3.¦xb5, é re-
velada a situação critica da dama preta,
que não tem escolha.
3...£xa3 4..¦b7+, jogada inter-
mediária que permite ganho material.

Por último vemos a posição do diagrama 35, extraído da partida Porat-


Barcza, Moscou 1956 (modificada), em que as brancas parecem ter toda a
defesa armada, contudo, mediante uma combinação baseada em nosso
tema, as pretas obtêm vantagem decisiva.

DIAGRAMA 35

1...¦8xb3 2.axb3, as brancas não


podem tomar com a torre, pois, se 2.¦xb3,
então 2...¦xd2. 2...¦xd2 3.¦xd2. Aqui se
pode ver a chave da combinação, as brancas
devem abandonar a defesa do peão e3.
3...¥xe3+, ganhando um peão com
xeque que recupera a torre. 4.¦f2, única
em que não se perde peça. 4...¢g7 fecha
com chave de ouro, as pretas atrasam a
captura da torre e aproveitam para apro-
ximar seu rei do peão d5. O final de peões,
após a captura dele, está completamente
assegurado.
Curso de Xadrez 55

Exercícios

Exercício 103. Jogam as pretas. Exercício 106. Jogam as brancas.

Exercício 104. Jogam as brancas. Exercício 107. Jogam as pretas.

Exercício 105. Jogam as brancas. Exercício 108. Jogam as brancas.


56 Boris Zlotnik e colaboradores

A DEMOLIÇÃO DA ESTRUTURA DE PEÕES

Como é sabido, depois do roque, o rei encontra abrigo atrás de seus


peões. Por isso, demolir essa estrutura é um dos temas de combinação mais
atraentes do xadrez. O mais típico é o sacrifício em h2 ou f2 ou em seus
simétricos h7 ou f7.
Começaremos pela posição do dia-
grama 36, correspondendo à partida Tau-
benhaus-Janovsky, Paris, 1903, na qual te-
mos um bonito final das brancas.

DIAGRAMA 36

1.¦xh7+ ¢xh7 2.£h5+, agora se


vê o objetivo do sacrifício branco: eli-
minar o peão h7 e ganhar tempo para
conseguir um bom lugar para a dama.
2...¢g8 3.£f7+, aqui, a combina-
ção é favorecida pela boa situação da
torre branca. 3...¢h8 4.£xg7++.

No seguinte exemplo, diagrama 37,


extraído da partida Belkadi-Littleton, Lu-
gano, 1968, as brancas destroem a ca-
deia de peões mediante um típico sacri-
fício, desta vez, do bispo em h7.

DIAGRAMA 37
Curso de Xadrez 57

1.¥xh7+ ¢xh7 2.¤e4, ganhando um importante tempo para abrir


espaço para a torre e a dama.

2...£xd5 3.¦h3+ ¢g8 4.£h5 e as brancas ganham.

E, para terminar este item, estuda-


remos a posição do diagrama 38, extraí-
da da partida Kosolapov-Nezhmetdinov,
URSS, 1936, na qual as pretas se apro-
veitam de sua posição dominante para
tirar o rei branco de sua cadeia de peões
e dar mate com um modesto peão.

DIAGRAMA 38

1..£xh2+ 2.¢xh2 ¤g3+, xeque descoberto.

3.¢xg3, se 3.¢g1 ¦h1++ 3...f4++.


58 Boris Zlotnik e colaboradores

Exercícios

Exercício 109. Jogam as brancas. Exercício 112. Jogam as brancas.

Exercício 110. Jogam as pretas. Exercício 113. Jogam as brancas.

Exercício 111. Jogam as brancas. Exercício 114. Jogam as pretas.


Curso de Xadrez 59

A PERSEGUIÇÃO

A perseguição é um tema de combinação que consiste em acossar o rei


ou outra peça de grande valor, obrigando o adversário a repetir a mesma
posição. Se isso acontecer por três vezes seguidas, resultará num empate
regulamentar. Como se vê, é um recurso do lado mais fraco. Por isso, nos
exercícios, há casos em que o lado que tem a vez provoca o empate.
No diagrama 39 temos uma posição da partida Kensmin-Davidson,
URSS, 1958, em que as brancas, com um peão a menos, estão ameaçadas
pelo avanço do peão b3. Mesmo assim, conseguem empatar.

DIAGRAMA 39

1.¤xg6 fxg6 2.¦h8+, a chave da manobra é que, se 2...¢xh8?, 3.f7+


descoberto e as brancas ganham.

2...¢f7 3.¦h7+ ¢f8 4.¦h8+, e as brancas conseguem repetir a posi-


ção e empatam.
60 Boris Zlotnik e colaboradores

No exemplo seguinte, diagrama 40,


extraído da partida Butnaru-Szabo, Romê-
nia, 1956, as brancas, com peças a menos,
encontram-se em dificuldade, mas o domí-
nio da sétima linha lhes permite utilizar os
recursos da perseguição.

DIAGRAMA 40

1.£xg7+, com a intenção de debi-


litar a 8ª fila. 1...¦xg7 2.¦xf8+.
2...¦g8 3.¦f7 ¦c8 4.¦xh7+¢g8
5.¦hg7+ ¢f8 6.¦gf7+, com empate
por xeque contínuo.

Na posição do diagrama 41, extraída


da partida Simagin-Aronin, URSS, 1947,
as pretas encontram-se em posição crítica,
ameaçadas por ¥g6 mate. Mesmo assim,
conseguem a salvação graças aos recursos
do xeque contínuo.

DIAGRAMA 41

1...e4! 2.£xa4 ¥xh2+, agora,


com a colaboração do bispo e da torre
pretos, conseguem o empate.
3.¢h1 ¥f4+, o xeque descoberto
obriga a repetição de lances e o conse-
qüente empate.
Curso de Xadrez 61

Exercícios

Exercício 115. Jogam as brancas. Exercício 118. Jogam as brancas.

Exercício 116. Jogam as brancas. Exercício 119. Jogam as brancas.

Exercício 117. Jogam as brancas. Exercício 120. Jogam as pretas.


62 Boris Zlotnik e colaboradores

SOLUÇÕES

1. 1.¤xd6+ ¤xd6 2.¤e7++, ganhando.


2. 1...£b2 2.£e1 £xg2++.
3. 1.¦b8 £xb8 2.£xh4++.
4. 1.¦a1 £xa1 2.£c4+, ganhando.
5. 1.¤g5 ¤xg5 2.£g7++.
6. 1...¦a8 2.£xa8 ¥b5++.
7. 1...¥h6 2.£xa5 (2.£xh6 £xe1+, ganham) 2...¥e3++.
8. 1...£xh3+ 2.¤xh3 ¤f3++.
9. 1...¥a6 2.b5 (2.£xa6 £xf2++) 2...¥xb5, ganham.
10. 1.¦g8+ ¦xg8 2.¥xf6+ ¦g7 3.¥xg7++.
11. 1...¦d7 2.£xd7 ¤g3+ 3.hxg3 £h5++.
12. 1...¦e3+ 2.g3 (2.fxe3 £g3++) 2...¦xg3+ 3.¢h2 (3.fxg3 £xg3++) 3...£xf2+
4.¢h1 ¦h3++.
13. 1.g5+ ¢xg5 2.£f4++.
14. 1.¦xf6 ¢xf6 (1...£xf6 2.¤h5+) 2.¥xg5+, ganham.
15. 1...¦h1+ 2.¢xh1 ¤xg3+, ganhando a dama.
16. 1...£xe3+ 2.¢xe3 ¥b6++.
17. 1.¥f6+ ¢xf6 (1...¤xf6 2.£g7++) 2.£g5++.
18. 1...£xg3+ 2.¢xg3 ¥e5++.
19. 1...£h1+ 2.¢xh1 ¦xh3+ 3.¢g1 ¦h1++.
20. 1.¦f8+ ¢xf8 2.¤g6+ hxg6 3.£h8++.
21. 1.¦h7+ ¢xh7 2.£h2+ ¢g7 3.£h6++.
22. 1...£xb2+ 2.¢xb2 ¤c4+ 3.¢c2 ¤a3++.
23. 1.£d8+ ¢xd8 2.¤c6+ ¢e8 3.¦d8++.
24. 1.£xf8+ ¢xf8 2.¦d8+ ¢e7 3.¦e8++.
25. 1.¦d8+ ¥xd8 (1...¦xd8 2.£xb7) 2.£e8++.
26. 1...¦d1 2.¢xd1 h2, ganhando.
27. 1.g4 £xf3 (1...¦e8 2.£xh3, ganhando a dama) 2.¦c8+ seguido de mate.
28. 1...¦b1 2.¢xb1 f2, ganhando.
29. 1.¥h3 ¥xh3 2.f5, ganhando.
30. 1...¥d3 2.¥xd3 (2.¦6xd3 ¦e1+, ganhando) 2...£xd6, ganhando.
31. 1...¦d4 2.exd4 (2.£e5 f6 ganhando) 2...£a4, seguido de mate.
32. 1.¦e5 (1.f6? £c5+) 1...¥xe5 2.f6, seguido de mate.
33. 1.¦e4 ¦xd2 (1...¦8xe4 2.£xg5+, ganhado) 2.¦xe8++.
34. 1...¦xb1 2.¦xb1 ¥f5 3.¢g1 £e2, seguido de mate.
35. 1.¤e4, ganham. (1.¤e2 £xf1+ 2.£xf1 ¤xe2 3. £f7 ¦d8, empate).
36. 1.£h2 ¥xh2 2.e8=£, ganhando.
37. 1.¦xe3 ¦xe3 2.h4, seguido de ¦xh7++.
38. 1.¤xh7 ¤xh7 2.£g6, seguido de £xg7.
39. 1...¦xd2 2.£xd2 (2.¥xd2 ¤g5 3.£xe2 ¤h3++ ou 3.£xg5 £f3) 2...£f3,
seguido de £g2++.
40. 1.£xg7+ ¤xg7 2.¤h6++.
41. 1.¦xb7+ ¤xb7 2.¤a6++.
Curso de Xadrez 63

42. 1...¤f3+ 2.gxf3 (2.¢h1 ¤xd4, ganhando peça; 2.¦xf3 ¥xd4+, ganhando a
dama) 2...¥xd4+, ganhando a dama.
43. ¥xh6 ¦xh6 2.¤g5, ganhando a dama.
44. 1.£xd7 ¥xd7 2.¤f6+ ¢h8 3.¤xe8+.
45. 1.¦xd4 exd4 2.¦e5+ ¢xg4 3.f3++.
46. 1...¦xe3 2.£b8+ (2.£xh3 ¦xh3, ganhando) 2...¢h7 3.£xb7 ¦f3.
47. 1...¥xe3 2.£xe3 bxc4+ 3.¦xc4 (3.bxc4 ¦b3+ 4.axb3 ¦xb3+, ganhando)
3...¦xb3+ 4.axb3 ¦xb3+, ganhando.
48. 1...¦xb2+ 2.¦xb2 ¤xc3+ 3.¢a1 ¦g1+ 4.¦b1 ¦xb1++.
49. 1. ¥f7+ ¦xf7 2.¤c4, ganhando a dama.
50. 1. £xf5 ¦xf5 2.¤e6+, ganhando.
51. 1...b3 2.axb3 ¤b4, ganhando o bispo.
52. 1...¤g4+, seguido de 2...¥e5+, ganhando a dama.
53. 1...¦h7+ ¢xh7 (1...¤xh7 2.£g7++) 2.£g7++.
54. 1.£e6+ ¤xe6 2.¤h6++.
55. 1.¦xd5+ cxd5 2.¤d3+ exd3 3.f4++.
56. 1.£xg5+ ¤xg5 2.¤f5+ ¢g6 3.h5++.
57. 1.e5 dxe5 (1...¤d7 2.exd6, ganhando o cavalo) 2.¥c5, ganham a dama.
58. 1.£h6 gxh6 (1...f6 2.¦g3 fxe5 3.¥c4+ ¦f7 4.£xg7++) 2.¦g3++.
59. 1...¦xe2 2.£xe2 £c3+ 3.£c2 £xc2++.
60. 1...£xd5 2.¥xd5 ¥xd5, seguido de 3...¦h1++.
61. 1.¥d5+ cxd5 2.£h7++.
62. 1.¤xc7+ ¥xc7 2.¥b5++.
63. 1.¥d6 ¦xd6 2.£h8++.
64. 1.¦e8+ ¦xe8 2.¥d4+, ganhando.
65. 1.¤e5 dxe5 2.¦d1, ganhando.
66. 1.£xg6+ hxg6 2.¦h8+ ¤g8 3.¦xg8++.
67. 1.f7+ ¦xf7 (1...¥xf7 2.£h7++) 2.£h8++.
68. 1.e7+ ¢g7 (1...¦xe7 2.£h8++) 2.¦g3++.
69. 1...¦d3 2.¤xd3 ¥e6++.
70. 1.¦a3+ bxa3 2.b3++.
71. 1...£h3 2.gxh3 ¥f3, seguido de ¤h3++.
72. 1...¥xf3+ 2.¥xf3 ¥e5, seguido de £xh2++.
73. 1.£xf7 ¤xf7 2.¦g8+ ¦xg8 3.¤xf7++.
74. 1.¥f6 £c5+ (1...£xf6 2.¤h6+, ganhando a dama; 1...gxf6 2.£h6, seguido
de £g7++) 2.¢h1 £xc4 3.£h6 gxh6 4.¤xh6++.
75. 1...¦g6 2.gxh3 (2.g3 ¥xf1 3.¦xf1 ¤ed2, ganhando uma peça) 2...£g1+
3.¦xg1 ¤xf2++.
76. 1...£xg5+ 2.£xg5 ¥xg5+ 3. ¢xg5 h4 4.¦f1 ¦h5++.
77. 1...£xf1 2.¦xf1 ¤f2 3.£xf4 (3.¦xf2 ¦h3++; 3.¢xf2 ¦xh2+ 4.¢g3 ¦g2++)
3...¦xh2, ganhando.
78. 1.£g7+ £xg7+ 2.fxg7+ ¢g8 3.¤e7++.
79. 1...¦b8, empate.
80. 1...£c1+ 2.£xc1, empate.
81. 1.£f7+ ¦f7 2.h4, empate.
64 Boris Zlotnik e colaboradores

82. 1.£g5+ ¢xg5, empate.


83. 1...g3+ 2.£xg3 £g1+, empate.
84. 1...£g4+ 2.¢h6 (2. ¢e6 £e6+) 2.£g5+, empate.
85. 1...¦xc2 2.£xc2 (2.¦xc2 £b1+, ganhando) 2...£xc1+, ganhando.
86. 1...£f2 2.¤g3 £e1+, ganhando.
87. 1. ¦xg7 ¦xg7 2.£g8+ ¦xg8 3.hxg8=£++.
88. 1...£xh2+ 2.£xh2 ¥xh2+ 3.¢xh2 ¦xd1, ganhando.
89. 1.£h6+ ¥xh6 2.¥xh6+ ¢h7 3.¥f8+ £h4 4.¦xh4++.
90. 1...¥xf2+ 2.¢xf2 (2.£xf2 £xc1 3.¦xc1 ¦xc1+) 2...£f4+ 3.¢g1 ¦xc1,
ganhando.
91. 1.¦xd5 £xa4 2.¦e1+, ganhando.
92. 1.¥f6 £xf1+ 2.¢h2 e não se pode evitar o mate das brancas.
93. 1.¦f3 £g6 2.¦xf5, ganhando.
94. 1.¦xh6+ ¥xh6 (1...¢xh6 2.£h4++) 2.£xc3, ganhando.
95. 1.¦xd7 £xd7(1...¤xd7 2.£xg7++) 2.¥xf6, ganhando.
96. 1.¦b4 £c7(1...£xb4 2.£d8++) 2.¦xb7, ganhando.
97. 1...¦c1+ 2.¦xc1(2.¤xc1 £d1++) 2...£xb7, ganhando.
98. 1.¦e8+ ¥xe8 (1...£xe8 2.£xf6++) 2.£g8++, ganhando.
99. 1.£g6 £xg6 2.¦h8+, ganhando.
100. 1.¦d7 g5 2.¦xd8 ¦xd8 3.£xf6+ ¢g8 4.£xd8+, ganhando.
101. 1...£c6 2.£xc6 (2.£e2 ¦xd1+ 3.£xd1 £xb5) 2...¦xd1+ 3.¢g2 bxc6,
ganhando.
102. 1.£a7 ¦dc8 (1...¦xd5 2.£xa8+; 1...¦ac8 2.£xc7) 2.£xc7 ¦xc7 3.¦d8+,
ganhando.
103. 1...f2 2.¦g8 ¥b1 (2...f1=£? 3.¦f8+) 3.¢xb1 f1=£+, ganhando.
104. 1.¦d8+ ¢g7 2.¦d5 ¥xh2 3.¥f8+, ganhando a torre.
105. 1.¤d5 ¥xd4 2.¤xe7+ ¢h8 3.¥xd+, ganhando.
106. 1.¤e5 e6 (1...¥xa4 2.¥xf7++) 2.¤xc6, ganhando.
107. 1...¥xg2+ 2.¢g1 (2.¢xg2 £a8+) 2...¥d5, ganhando.
108. 1.¦xe7 £xe7 2.¥c5, ganhando.
109. 1.£xh7+ ¢xh7 2.¦h6++.
110. 1...¦xa2+ (1...¤b4? 2.£xc3) 2.¥xa2 ¤b4, ganhando.
111. 1.¦xg7+ ¢h8 (1...¢xg7 2.¤e6+) 2.¤c6, ganhando.
112. 1.¦xh6+ gxh6 (1...¢g8 2.¤f6+) 2.¤f6, ganhando.
113. 1.¦xg6+ fxg6 2.¥h6+, ganhando.
114. 1...¤e2+ 2.¢h1 £xh2+ 3.¢xh2 ¦h4++.
115. 1.¥xf6 exf6 (1...£xf6 2.£g8++) 2.£d7+ ¢f8 3.£d8+, empate.
116. 1.¦f2 ¦xf2 2.£h5+ ¢g8 3.£e8+ ¢h7 4.£h5+, empate.
117. 1.¥xe4 ¦xf1 2.¥f5 ¦a1 3.¥e6+ ¢h7 4.¥f5+, empate.
118. 1.¦xh7+ (1.£xd3 £f2) 1...¢xh7 2.£e7+, empate.
119. 1.£e6+ ¢h8 2.¤g6+ hxg6 3.£h3+ ¢g8 4.£e6+, empate.
120. 1...¥e1+ 2.¢xe1 (2.¢e3 £g5+) 2...£g1+ 3.¢d2 £d4+, empate.

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