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MINISTÉRIO GOEL

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Pr. A. Carlos G. Bentes
DOUTOR EM TEOLOGIA
PhD em Teologia Sistemática
CURSOS
• CURSO: GRADUADO EM TEOLOGIA
Nome do Estabelecimento: Instituto
Bíblico da Assembléia de Deus no
Amazonas - 1983
• BACHAREL EM TEOLOGIA LIVRE
SEMINÁRIO BATISTA DO ESTADO DE
MINAS GERAIS - 1988
Seminário Teológico Hosana 1989
• BACHAREL EM TEOLOGIA (MEC)
FACULDADE KURIOS – FAK 2009
CURSOS
• MESTRADO EM TEOLOGIA
1. International Seminary Hosanna And
Bible School - 2004
2. UNITHEO – União Teológica da Igreja
Episcopal Anglicana 2007
• DOUTORADO EM TEOLOGIA (Honoris
Causa)
1. International Seminary Hosanna And
Bible School- 1999
2. AMERICAN PONTIFICAL CATHOLIC
UNIVERSITY – 2009
Doutorado em Teologia com ênfase em
Teologia Sistemática
MINISTÉRIO GOEL
Salmo 118.26:
;hfwh:y {"$:B )fBah |UrfB
Baruch hábah Boshem Adonai (IAHWEH).
Bendito é o que vem em nome do Senhor.

;hfwh:y ty"
ty"Bi
Bim {ekUn:
Un:kakar"B
Berakhnukhem mibeyth Adonai (IAHWEH)
Da casa do Senhor nós os
abençoamos.
;hfwh:y {"$:B )fBah |UrfB
Baruch hábah Doshem Adonai (IAHWEH).

• Mt 21.9: “Hosana (Wsanna


ao Filho de Davi!”. “Bendito é
o que vem em nome do
Senhor!” “Hosana (Wsanna
nas alturas!”.
(Wsanna = ROÇANA
“Hosana ao Filho de Davi!”. “Bendito é
o que vem em nome do Senhor!”
• O cumprimento deste louvor só se
dará em Sua 2ª Vinda.
• Mt 23.39: Porque eu vos digo: já
não me vereis de hoje em diante,
até que digais: Bendito seja
aquele que vem em nome do
Senhor.
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APRESENTAÇÃO
• Meu nome é Antônio Carlos
Gonçalves Bentes
• Vocês poderão me chamar
de Pastor Bentes
Bentes jn"B em hebraico é
filho da justiça.
ATIVIDADES
• Conferencista.
• Professor dos seminários:
1.SEBEMGE: Seminário Batista do
Estado de Minas Gerais.
2.STEB: Seminário Teológico
Evangélico do Brasil.
3.Seminário Teológico Hosana.
4.Faculdade Bíblica Central Do
Brasil.
5.SEMINÁRIO KOINONIA.
6.UNITHEO
• Professor das disciplinas:
1. Teologia Sistemática
2. Teologia Contemporânea
3. Teologia Bíblica do Velho
Testamento
4. Teologia Bíblica do Novo Testamento
5. Escatologia
6. Dispensações Bíblicas
7. Pneumatologia
8. Hermenêutica
9. Apologética
10.Homilética
1. O CARÁTER DA BÍBLIA

2. ESTUDO PANORÂMICO DA BÍBLIA

3. QUE SIGNIFICA A PALAVRA BÍBLIA?

4. COMO SE ORIGINOU A BÍBLIA

5. COMO A BÍBLIA VEIO A SE TORNAR REALIDADE?

6. TRADIÇÃO ORAL NA TRANSMISSÃO DA BÍBLIA

7. AS LÍNGUAS ORIGINAIS DA BÍBLIA

8. A TRANSMISSÃO DO TEXTO HEBRAICO

9. ORIGINAIS EXISTENTES

10.A TRANSMISSÃO DO NOVO TESTAMENTO


11. ASPECTO LITERÁRIO DA BÍBLIA
12. OS NOMES DA BÍBLIA
13. TEMA CENTRAL DA BÍBLIA
14. A INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
15. A NATUREZA DA INSPIRAÇÃO DA
BÍBLIA
16. A FORMAÇÃO DO CÂNON BÍBLICO
17. OS LIVROS APÓCRIFOS
18. AS ANTIGAS TRADUÇÕES DA BÍBLIA
19. DIVISÕES EM CAPÍTULOS E VERSÍCULOS
20. A BÍBLIA EM PORTUGUÊS
BIBLIOLOGIA. É o estudo da Bíblia
•Estudaremos sobre a formação da Bíblia;
•E Como ela chegou até nós
O CARÁTER DA BÍBLIA
A Bíblia é um livro singular. Trata-se
de um dos livros mais antigos do mundo
e, no entanto, ainda é o bestseller
mundial por excelência. É produto do
mundo oriental antigo; moldou, porém, o
mundo ocidental moderno. Tiranos
houve que já queimaram a Bíblia, e os
crentes a reverenciam. É o livro mais
traduzido, mais citado, mais publicado e
que mais influência tem exercido em
toda a história da humanidade.
A ESTRUTURA DA BÍBLIA
A palavra Bíblia (Livro) entrou para
as línguas modernas por intermédio
do francês, passando primeiro pelo
latim bíblia, com origem no grego
biblos. Originariamente era o nome
que se dava à casca de um papiro
do século XI a.C. Por volta do
século II d.C., os cristãos usavam a
palavra para designar seus escritos
sagrados.
OS DOIS TESTAMENTOS DA BÍBLIA
• A Bíblia compõe-se de duas partes
principais: o Antigo Testamento e o
Novo Testamento. O Antigo
Testamento foi escrito pela
comunidade judaica, e por ela
preservado um milênio ou mais
antes da era de Jesus. O Novo
Testamento foi composto pelos
discípulos de Cristo ao longo do
século I d.C.
OS DOIS TESTAMENTOS DA BÍBLIA
• A palavra testamento, que
seria mais bem traduzida
por “aliança”, e tradução
de palavras hebraicas e
gregas que significam
“pacto” ou “acordo”
celebrado entre duas
partes (aliança).
OS DOIS TESTAMENTOS DA BÍBLIA
• Estudiosos cristãos frisaram a unidade
existente entre esses dois testamentos da
Bíblia sob o aspecto da Pessoa de Jesus
Cristo, que declarou ser o tema unificador
da Bíblia. Agostinho dizia que o Novo
Testamento acha-se velado no Antigo
Testamento, e o Antigo, revelado no Novo.
Outros autores disseram o mesmo em
outras palavras: “O Novo Testamento está
no Antigo Testamento ocultado, e o
Antigo, no Novo revelado”.
OS DOIS TESTAMENTOS DA BÍBLIA
• Assim, Cristo se esconde no
Antigo Testamento e é
desvendado no Novo. Os
crentes anteriores a Cristo
olhavam adiante com grande
expectativa, ao passo que os
crentes de nossos dias vêem
em Cristo a concretização dos
planos de Deus.
CONTATOS
• PR. ANTÔNIO CARLOS GONÇALVES
BENTES
• TEL. (031) 3681 4770
• CEL. 96849869; 86614070
• E.MAIL: unitheomg@gmail.com
• pastorbentesgoel@gmail.com
Livros do Antigo Testamento
A lei (Pentateuco) – 5 livros Poesia – 5 livros
1. Gênesis 1. Jó
2. Êxodo 2. Salmos
3. Levítico 3. Provérbios
4. Números 4. Eclesiastes
5. Deuteronômio 5. O Cântico dos Cânticos
Historia – 12 livros Profetas – 17 livros
1. Josué A. Maiores B. Menores
2. Juízes 1. Isaías 1. Oséias
3. Rute 2. Jeremias 2. Joel
4. 1Samuel 3. Lamentações 3. Amós
5. 2Samuel 4. Ezequiel 4. Obadias
6. 1Reis 5. Daniel 5. Jonas
7. 2Reis 6. Miquéias
8. 1Crônicas 7. Naum
9. 2Crônicas 8. Habacuque
10. Esdras 9. Sofonias
11. Neemias 10. Ageu
12. Ester 11. Zacarias
12. Malaquias
Livros do Antigo Testamento
A lei Poesia
(Pentateuco) 5 livros
5 livros
1. Gênesis 1. Jó
2. Êxodo 2. Salmos
3. Levítico 3. Provérbios
4. Números 4. Eclesiastes
5. Deuteronômio 5. O Cântico dos
Cânticos
Livros do Antigo Testamento
Historia 12 livros Profetas – 17 livros
1. Josué A. Maiores B. Menores
2. Juízes 1. Isaías 1. Oséias
3. Rute 2. Jeremias 2. Joel
4. 1Samuel 3. Lamentações 3. Amós
5. 2Samuel 4. Ezequiel 4. Obadias
6. 1Reis 5. Daniel 5. Jonas
7. 2Reis 6. Miquéias
8. 1Crônicas 7. Naum
9. 2Crônicas 8. Habacuque
10. Esdras 9. Sofonias
11. Neemias 10. Ageu
12. Ester 11. Zacarias
12. Malaquias
Livros do Novo Testamento
Evangelhos História
1. Mateus 1. Atos dos Apóstolos
2. Marcos
3. Lucas
4. João
Epístolas
1. Romanos 12. Tito
2. 1Coríntios 13. Filemom
3. 2Coríntios 14. Hebreus
4. Gálatas 15. Tiago
5. Efésios 16. 1Pedro
6. Filipenses 17. 2Pedro
7. Colossenses 18. 1João
8. 1Tessalonicenses 19. 2João
9. 2Tessalonicenses 20. 3João
10. 1Timóteo 21. Judas
11. 2Timóteo
Profecia
1. Apocalipse
Livros do Novo Testamento
Evangelhos História
1. Mateus 1. Atos dos
2. Marcos Apóstolos
3. Lucas
4. João
Livros do Novo Testamento
Epístolas
1. Romanos 12. Tito
2. 1 Coríntios 13. Filemom
3. 2 Coríntios 14. Hebreus
4. Gálatas 15. Tiago
5. Efésios 16. 1 Pedro
6. Filipenses 17. 2 Pedro
7. Colossenses 18. 1 João
8. 1 Tessalonicenses 19. 2João
9. 2 Tessalonicenses 20. 3 João
10. 1 Timóteo 21. Judas
11. 2 Timóteo
Profecia
1. Apocalipse
LIVROS DO ANTIGO TESTAMENTO

A Lei (Pentateuco) Poesia


5 livros 5 livros
1. Gênesis 1. Jó
2. Êxodo 2. Salmos
3. Levítico 3. Provérbios
4. Números 4. Eclesiastes
5. Deuteronômio 5. O Cânticos dos
Cânticos
606 - 536
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606 - 536
606 - 536
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606 - 536
606 - 536
AS SEÇÕES DA BÍBLIA
A Bíblia divide-se
comumente em oito
seções, quatro do Antigo
Testamento e quatro do
Novo.
AS SEÇÕES DA BÍBLIA
ANTIGO TESTAMENTO:
1. A Lei (Pentateuco) 5 livros
2. Poesia 5 livros
3. História 12 livros
4. Profetas 17 livros
NOVO TESTAMENTO:
1. Evangelhos 4 livros
2. História 1 livro
3. Epístolas 5 livros
4. Profecia 1 livro
AS SEÇÕES DA BÍBLIA
• A divisão do Antigo Testamento
em quatro seções baseia-se na
disposição dos livros por tópicos,
com origem na tradução das
Escrituras Sagradas para o grego.
Essa tradução, conhecida como a
Versão dos Setenta - Septuaginta
(LXX), iniciara-se no século II a.C.
A Bíblia hebraica não segue essa
divisão tópica dos livros, em
quatro partes.
AS SEÇÕES DA BÍBLIA
• Antes, emprega-se uma divisão de
três partes, talvez baseada na
posição oficial de seu autor. Os cinco
livros de Moisés, que outorgou a lei,
aparecem em primeiro lugar.
Seguem-se os livros dos homens que
desempenharam a função de
profetas. Por fim, a terceira parte
contém livros escritos por homens
que, segundo se cria, tinham o dom
da profecia, sem serem profetas
oficiais.
AS SEÇÕES DA BÍBLIA
• A razão dessa divisão das Escrituras
hebraicas em três partes encontra-se na
história judaica. É provável que o
testemunho mais antigo dessa divisão
seja o prólogo ao livro de Sira que, ou
Eclesiástico, durante o século a.C. O
Mishna (ensino) judaico, Josefo,
primeiro historiador judeu, e a tradição
judaica posterior também deram
prosseguimento a essa divisão tríplice
de suas Escrituras.
AS SEÇÕES DA BÍBLIA
• O Novo Testamento faz uma
possível alusão a uma divisão em
três partes do Antigo Testamento,
quando Jesus disse: “... era
necessário que se cumprisse tudo o
que de mim estava escrito na lei de
Moisés, nos Profetas e nos Salmos”
(Lc 24.44).
AS SEÇÕES DA BÍBLIA
• A despeito do fato de o Judaísmo
ter mantido uma divisão tríplice
até a presente data, a Vulgata
latina, de Jerônimo, e as Bíblias
posteriores a ela seguiriam o
formato mais tópico das quatro
partes em que se divide a
Septuaginta.
AS SEÇÕES DA BÍBLIA
• Se combinarmos essa divisão
com outra, mais natural e
largamente aceita, também de
quatro partes, do Novo
Testamento, a Bíblia pode ser
divida na estrutura geral e
cristocêntrica apresentada no
quadro da página seguinte.
AS SEÇÕES DA BÍBLIA
• Ainda que não existam razões de ordem
divina para dividirmos a Bíblia em oito
partes, a insistência cristã em que as
Escrituras devam ser entendidas tendo
Cristo por centro baseia-se nos ensinos
do próprio Cristo. Cerca de cinco vezes
no Novo Testamento, Jesus afirmou ser
ele próprio o tema do Antigo
Testamento (Mt 5.17; Lc 24.27; Jo 5.39;
Hb 10.7).
AS SEÇÕES DA BÍBLIA
• Diante dessas declarações,
é natural que analisemos
essa divisão das
Escrituras, em oito partes,
por tópicos, sob o aspecto
de seu tema maior —
Jesus Cristo.
AS SEÇÕES DA BÍBLIA
Lei Fundamento da chegada de Cristo
Antigo
Testamento História Preparação para a chegada de Cristo

Poesia Anelo pela chegada de Cristo

Profecia Certeza da chegada de Cristo

Evangelhos Manifestação de Cristo


Novo
Testamento Atos Propagação de Cristo

Epístolas Interpretação e aplicação de Cristo

Apocalipse Consumação em Cristo


ABREVIATURAS
As abreviaturas dos
livros consistem de duas
letras sem ponto
abreviativo. Procure
memorizá-las de vez.
ABREVIATURAS ANTIGO TESTAMENTO
LIVRO LIVRO
Gênesis Gn 1 Reis 1 Rs
Êxodo Êx 2 Reis 2 Rs
Levítico Lv 1 Crônicas 1 Cr
Números Nm 2 Crônicas 2 Cr
Deuteronômio Dt Esdras Ed
Josué Js Neemias Ne
Juizes Jz Ester Et
Rute Rt Jó Jó
1 Samuel 1 Sm Salmos Sl
2 Samuel 2 Sm Provérbios Pv
ABREVIATURAS ANTIGO TESTAMENTO
LIVRO LIVRO

Eclesiastes Ec Obadias Ob
Cantares Ct Jonas Jn
Isaias Is Miquéis Mq
Jeremias Jr Naum Na
Lamentações de Jr Lm Habacuque Hc
Ezequiel Ez Sofonias Sf
Daniel Dn Ageu Ag
Oséias Os Zacarias Zc
Joel Jl Malaquias Ml
Amós Am
ABREVIATURAS NOVO TESTAMENTO
LIVRO Abrev. LIVRO Abrev.
Mateus Mt 2 Coríntios 2 Co
Marcos Mc Gálatas Gl
Lucas Lc Efésios Ef
João Jo Filipenses Fp
Atos At Colossenses Cl
Romanos Rm 1 Tessalonicenses 1 Ts
1 Coríntios 1 Co 2 Tessalonicenses 2 Ts
ABREVIATURAS NOVO TESTAMENTO
LIVRO Abrev. LIVRO Abrev.
1 Timóteo 1 Tm 2 Pedro 2 Pe
2 Timóteo 2 Tm 1 João 1 Jo
Tito Tt 2 João 2 Jo
Filemom Fm 3 João 3 Jo
Hebreus Hb Judas Jd
Tiago Tg Apocalipse Ap
1 Pedro 1 Pe
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA BÍBLIA
• Diante das muitas correntes
teológicas que vêm desde os
primórdios do judaísmo e do
cristianismo atuando em meio a
essas duas grandes correntes do
pensamento espiritual, em ambos
casos, uma revelação direta de
Deus, se fazia indispensável aos
homens, a fim de que ele pudesse...
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA BÍBLIA
• ...ficar inescusável diante
daquele com quem tem de ajustar
as contas oportunamente.
Levando na devida consideração
ser a Bíblia parte dessa
revelação, admitimos a seu
respeito os seguintes conceitos:
A REVELAÇÃO DE DEUS
1. Esta revelação era possível, posto que
para Deus todas as coisas são possíveis
(Mc 10.27; Lc 1.37). Nada mais lógico
do que o infinito, sábio e todo-
poderoso Deus, segundo a Sua
soberana vontade, poder revelar-se por
escrito ao homem, como de fato o fez,
a fim de dar-lhe a conhecer a Sua
vontade e o Seu propósito.
A REVELAÇÃO DE DEUS
1. Esta revelação era possível, posto que
para Deus todas as coisas são possíveis
(Mc 10.27; Lc 1.37). Nada mais lógico
do que o infinito, sábio e todo-
poderoso Deus, segundo a Sua
soberana vontade, poder revelar-se por
escrito ao homem, como de fato o fez,
a fim de dar-lhe a conhecer a Sua
vontade e o Seu propósito.
A REVELAÇÃO DE DEUS
2.Essa revelação era necessária, porque a revelação
natural, embora permanente, exuberante,
multiforme e linda (Sl 19.1-6; Rm 1.19,20), não
era suficiente porque não falava a linguagem
humana, nem diz nada sobre certos atributos de
Deus, que o homem necessita e deve conhecer
para poder reconhecê-lo como aquele que deve ser
adorado e que o pode salvar do domínio do
pecado em que vive, e deste modo restaurá-
lo ao estado primitivo de perfeita comunhão
com o Supremo, misericordioso e amoroso
Criador, cuja comunhão perdeu em
conseqüência do pecado (Gn 3.8; Rm 3.23).
A REVELAÇÃO DE DEUS
3. Essa revelação era viável devido à
misericórdia de Deus (Lm
3.22,23), seu amor (Jo 3.16) e sua
justiça (Dt 32.4), que não lhe
permitiam deixar o homem
entregue a própria sorte, vitimado
que fora pelo engano do inimigo
(Gn 3.1-5), sem oportunidade de se
recuperar espiritualmente.
A REVELAÇÃO DE DEUS
4. Essa revelação era de importância
indiscutível a Deus, em face de três
aspectos preponderantes:
a) A necessidade humana de conhecer a
Deus o bastante para adorá-lo nesta
vida e assim preparar-se para habitar
com Ele na eternidade (Jo 4.22-24);
b)Devido à necessidade que Deus tem de
nunca deixar a Si mesmo sem
testemunha para com o homem (At
14.15-17);
A REVELAÇÃO DE DEUS
4. Essa revelação era de importância
indiscutível a Deus, em face de três
aspectos preponderantes:
c) Porque ela é uma revelação
permanente e eterna, tanto para
abençoar ao homem que aceitando-a
viva para Deus, Sl 119.11, 105; 2Tm
3.14-16, como para condenar aquele
que desprezar a Deus e se entregar ao
prazer transitório das concupiscências
(Jo 12.44-48).
A REVELAÇÃO DE DEUS
Deste modo, temos na Bíblia não a palavra
dos escritores que a escreveram, e sim, a
própria palavra de Deus, dada sob a
inspiração do Espírito Santo (2Pe 1.19-21),
que é quem melhor conhece a Deus e a Sua
soberana vontade (1Co 2.10,11), estando por
isto mesmo na condição ideal de nos guiar a
toda a verdade ao Seu respeito (Jo 14.25,26;
16.12-14). Portanto, é a Bíblia a própria
verdade (Jo 17.17), a quem devemos estar
atentos como a um farol que guia o nauta em
noite escura, ao porto a que ruma com o seu
barco (2Pe 1.19), e assim seremos
eternamente felizes.
Estudo Panorâmico da Bíblia
“Por detrás e por baixo da Bíblia,
acima e além da Bíblia, está o Deus da
Bíblia”.
A Bíblia é a revelação escrita de Deus,
acerca de sua vontade para os
homens.
Seu tema central é a salvação
mediante Jesus Cristo.
A Bíblia contém 66 livros, escrito por
40 escritores, abrangendo um período
de aproximadamente 1600 anos.
Estudo Panorâmico da Bíblia
O Antigo Testamento foi escrito na
maior parte em hebraico (algumas
passagens curtas em aramaico).
Aproximadamente 100 anos antes
da era cristã todo o Antigo
Testamento foi traduzido para o
grego.
O Novo Testamento foi escrito na
língua grega. Nossa Bíblia é uma
tradução dessas línguas originais.
Estudo Panorâmico da Bíblia
A palavra “Bíblia” vem da palavra
bibloj
bibloj”.
grega “biblos” – “biblo
A palavra “Testamento” quer dizer
“aliança” ou pacto. O Antigo
Testamento é a aliança que Deus fez
com o homem quanto à sua salvação,
antes de Cristo vir. O Novo
Testamento é o pacto que Deus fez
com o homem, quanto à sua salvação,
depois de Cristo vir.
Estudo Panorâmico da Bíblia
No Antigo Testamento encontramos a aliança da
lei. No Novo Testamento encontramos a aliança
da graça que veio por Jesus Cristo. Uma
conduzia à outra (Gl 3.17-25).
O Antigo Testamento começa o que o Novo
completa.
O Antigo Testamento se reúne ao redor do
Sinai.
O Antigo Testamento está associado com
Moisés.
O Novo Testamento com Cristo (Jo 1.17).
Estudo Panorâmico da Bíblia
Os autores (escritores) foram reis e
príncipes, poetas e filósofos, profetas e
estadistas. Alguns eram instruídos em
todo o conhecimento da sua época e
outros eram pescadores sem culturas.
Alguns livros logo se tornam antiquados,
mas este livro atravessa os séculos.
A maior parte dos livros tem de ser
adaptados às diferentes idades, mas tanto
velhos como jovens amam este livro.
Estudo Panorâmico da Bíblia
O maior parte dos livros é
regional e só interessam às
pessoas em cuja língua foram
escritos, mas isto não acontece
com a Bíblia. Ninguém sequer
pensa que foi escrito em línguas
que hoje são mortas.
Estudo Panorâmico da Bíblia
O Antigo Testamento começa com Deus
(Gn 1.1).
O Novo Testamento começa com Cristo
(Mt 1.1).
De Adão a Abraão temos a história da
raça humana.
De Abraão a Cristo temos a história da
raça escolhida.
De Cristo em diante temos a história da
Igreja.
NOVA
JERUSALÉM
C CRISTO CRISTO
R 1ª 2ª TRONO
I ABRAÃO VINDA VINDA BRANCO
A
Ç MILÊNIO
Ã
IGREJA

O JUDEUS IGREJA ETERNIDADE

GENTIOS GENTIOS JUDEUS JUDEUS IGREJA


GENTIOS GENTIOS JUDEUS
GENTIOS
Ez 37.24-28;
Ap 2.26,27; 3.21; 5.9,10; 20.1-3; 21.2426; 22.2
A. T. Personagens Principais
1. Deus 1. Arão 1. Samuel 1. Isaías – Profeta
2. Satanás 2. Calebe 2. Saul 2. Jeremias –
3. Adão 3. Josué Profeta
4. Noé 4. Otniel
3. Davi
5. Abraão (Juiz) 4. Salomão 3. Ezequiel -
6. Isaque 5. Débora 5. Elias Profeta
7. Jacó (Juiz) 6. Eliseu 4. Daniel - Profeta
8. José 6. Baraque 5. Nabucodonosor
7. Reis de Israel (19)
9. Faraó (Juiz) 6. Ciro
10. Moisés 7. Gideão
8. Josafá (Rei de Judá)
7. Zorobabel
(Juiz) 9. Ezequias (Rei de Judá)
8. Esdras
8. Jefté 10. Josias (Rei de Judá)
(Juiz)
9. Neemias
9. Sansão 10.Éster
(Juiz)
10. Rute
Novo Testamento Personagens
Principais
1. João Batista
2. Cristo
3. Os discípulos (12)
4. Estevão
5. Felipe
6. Paulo
7. Tiago, irmão de Jesus.
A. T. Lugares Principais
Os doze principais lugares em torno dos quais gira
a história do Antigo Testamento são:

1. Éden 7. Deserto
2. Monte Ararate 8. Canaã
3. Babel 9. Assíria (cativeiro de
4. Ur dos Caldeus Israel)
5. Canaã 10. Babilônia (cativeiro de
6. Egito (com José) Judá)
7. Sinai 11. Canaã (Palestina – volta
dos exilados)
A. T. Acontecimentos Principais
1. Criação – Gn 1.1-2.3
2. Queda do homem – Gn 3
3. Dilúvio – Gn 6-9
4. Babel – Gn 11.1-9
5. Chamada de Abraão – Gn 11.10-12.3
6. Descida ao Egito – Gn 46,47
7. Êxodo – Êx 7-12
8. Páscoa – Gn 12
9. Entrega da Lei – Êx 19-24
A. T. Acontecimentos Principais
10. Peregrinação no deserto – Nm 13,14
11. Conquista da terra prometida – Js 11
12. Período de obscurantismo do povo escolhido –
Juízes
13. Saul ungido rei – 1Sm 9.27; 10.1
14. Período áureo dos hebreus sob Davi e Salomão
– Reino Unido – 2Sm 5.4,5; 1Rs 10.6-8
15. Reino dividido – Israel e Judá – 1Rs 12.26-33
16. Cativeiro – 2Rs 17,25
17. Retorno – Esdras
Novo Testamento
Acontecimentos Principais
1. Primeiros anos da vida de Jesus
2. Ministério de Cristo
3. A Igreja em Jerusalém
4. A Igreja alcança os gentios
5. A Igreja em todo o mundo
Períodos Principais
I. Período dos Patriarcas até Moisés – Gênesis

A.A linha piedosa


Acontecimentos principais:
1. Criação
2. Queda
3. Dilúvio
4. Dispersão
Períodos Principais
I. Período dos Patriarcas até Moisés – Gênesis

B.A família escolhida

Acontecimentos principais:
1. Chamada de Abraão

2. Descida ao Egito – escravidão


Períodos Principais
II. Período de Grandes Líderes – de
Moisés até Saul – Êxodo a Samuel

A. Saída do Egito
B. Peregrinação no deserto
C. Conquista de Canaã
D. Governo dos juízes
Períodos Principais
IV. Período dos Governadores Estrangeiros –
dos cativeiros até Cristo – Esdras, Neemias,
Éster, Profecias de Daniel e Ezequiel.
A. Cativeiro de Israel (722 a.C.)
B. Cativeiro de Judá (606 a.C.)
V. Cristo – Os Evangelhos
VI. A Igreja – Atos e Epístolas
A. Em Jerusalém
B. Alcançando os gentios
C. A todo o mundo
Fatos Interessantes Sobre a Bíblia
• LEI nos livros de Moisés
• HISTÓRIA em Samuel, Reis, Crônicas, e outros
livros.
• FILOSOFIA em Jó e Eclesiastes
• POESIA em Salmos e Cantares de Salomão
• PROFECIA em Isaías, Ezequiel, Jeremias e os
profetas menores
• DOUTRINA nas Epístolas
• REVELAÇÃO no Apocalipse e Daniel
Fatos Interessantes Sobre a Bíblia
• O Antigo Testamento é o alicerce; o Novo
Testamento é a superestrutura. O alicerce é inútil
se não se construir sobre ele. Um edifício é
impossível, a não ser que haja um fundamento.
Assim, o Antigo e o Novo Testamento são
essenciais um ao outro.
• O Novo está contido no Antigo.
• O Antigo está explicado no Novo.
• O Novo está latente no Antigo.
• O Antigo está patente no Novo.
Fatos Interessantes Sobre a Bíblia
• O Antigo e o Novo
testamentos constituem uma
biblioteca divina, uma
unidade sublime, com origens
no passado e assuntos do
futuro, com processos entre os
dois, ligando duas
eternidades.
Mais Fatos Interessantes Sobre a Bíblia
• Deus, homem, pecado, redenção,
justificação, santificação. Em duas palavras
— graça e glória. Em uma palavra — Jesus.
• Cristo cita 22 livros do Antigo Testamento.
• Em Mateus há 19 citações do Antigo
Testamento.
• Em Marcos, 15.
• Em Lucas, 25.
• Em João, 11.
• Em Hebreus, 85 (citações e alusões).
• No Apocalipse, 245.
Mais Fatos Interessantes Sobre a Bíblia

“Cristo cita exatamente as


passagens que os críticos da
Bíblia mais evitam — o
dilúvio, Ló, o maná, a
serpente de bronze e Jonas”,
dizia D. L. Moody.
Mais Fatos Interessantes Sobre a Bíblia
• Número de versículos — 31.102
• Capitulo mais longo — Salmo 119
• Capitulo mais curto — Salmo 117
• Versículo mais longo — Ester 8.9
• Versículo mais curto — João 11.35
• Livro mais longo do Antigo Testamento — Salmos
• Livro mais longo do Novo Testamento — Lucas
• É curioso que Esdras 4.2 contém todas as letras do
alfabeto.
CRISTO, A PALAVRA VIVA
• O Antigo Testamento é o relato de uma
nação (a nação hebraica). O Novo
Testamento é o relato de um Homem (o Filho
do homem). A nação foi estabelecida e
alimentada por Deus com o fim de trazer o
Homem ao mundo (Gênesis 12.1-3).
• Deus mesmo se fez homem para que
saibamos o que pensar quando pensamos em
Deus (João 1.14; 14.9). Sua aparição na terra
é o acontecimento central de toda a História.
O Antigo Testamento prepara o terreno para
isso. O Novo Testamento o descreve.
CRISTO, A PALAVRA VIVA
• Como homem, Cristo viveu a vida mais
perfeita que alguém já viveu. Foi bondoso,
terno, amável, paciente e compassivo. Ele
amava as pessoas. Realizou milagres
maravilhosos para alimentar os famintos. As
multidões cansadas, sofredoras e angustiadas
vinham a ele e ele lhes dava descanso
(Mateus 11.28-30). João disse que se todos
os seus atos de bondade tivessem sido
registrados, o mundo inteiro não poderia
conter os livros (João 21.25).
• Depois, ele morreu — para tirar o pecado do
mundo, e tornar-se o Salvador dos homens.
CRISTO, A PALAVRA VIVA
• Afinal, ressuscitou dos mortos. Está vivo
hoje. Não é simplesmente um personagem
histórico, mas uma Pessoa viva — o fato
mais importante da História e a maior força
no mundo hoje. E ele promete a vida eterna a
todos os que vêm a ele.
• A Bíblia toda gira em torno da história de
Cristo e da sua promessa de vida eterna aos
homens. Foi escrita somente para que
creiamos e entendamos, conheçamos,
amemos e sigamos a Cristo.
A Bíblia — A Palavra de Deus Escrita
Aceite que a Bíblia é exatamente o que parece ser,
independente de qualquer teoria da inspiração, ou
de qualquer teoria de como os livros da Bíblia
chegaram à sua forma atual, ou de quanto os textos
possam ter sofrido passando pelas mãos dos
redatores e copistas; ou o que é histórico e o que
possa ser poético. Aceite os livros como os temos
na Bíblia, como unidades, e estude-os a fim de
conhecer o seu conteúdo. Você verá que há uma
unidade de pensamento indicando que uma Mente
única inspirou a escrita de todos os livros; que a
Bíblia revela a marca do seu Autor; que ela é em
todo sentido a Palavra de Deus.
III. QUE SIGNIFICA A PALAVRA BÍBLIA?
• A palavra Bíblia (bi/blia) é o plural
de BIBLION (bi/blion), e significa
LIVROS. Vem de uma raiz grega que
originalmente significava uma planta
aquática, própria de lugares quentes,
mais propriamente do Egito, que
crescia até cerca de quatro metros de
altura, de cuja casca os antigos
formavam lâminas sobre a qual
escreviam, antes de haver o papel.
III. QUE SIGNIFICA A PALAVRA BÍBLIA?
• A esta planta dava-se o nome de papiro,
em grego bi/bloj, deste modo, veio a
ser denominado de BIBLOS qualquer
lâmina feita com a casca do papiro e,
portanto, também livro, independente de
sua espécie. É interessante notar-se que
a primeira palavra do Novo Testamento
é precisamente BIBLOS (bi/bloj) em
grego, e LIVRO em português, Mt 1.1.
IV. COMO SE ORIGINOU A BÍBLIA?
• Somos dos que crêem que a Bíblia se originou na
própria mente autônoma de Deus, que, por
soberana vontade, escolheu homens para escrevê-
la: Ex 3.10; 4.12; 17.14; 34.27; Jr 1.5-9; Gl 1.15-
17, etc. Daí estar escrito: “Nenhuma profecia da
Escritura provém de particular elucidação; porque
nunca jamais qualquer profecia foi dada por
vontade humana, entretanto, homens falaram da
parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2Pe
1.20,21); isto porque só o Espírito de Deus sabe as
coisas de Deus (1Co 2.11,12). Eis porque está
escrito por Paulo: “Toda Escritura é inspirada por
Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a
correção, para a educação na justiça, a fim de que
o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente
habilitado para toda boa obra” (2Tm 3.16).
V. COMO A BÍBLIA VEIO A SE TORNAR
REALIDADE?
• Cremos que houve um tempo quando não havia
uma só palavra escrita com o sentido daquilo que
hoje temos exarado na Bíblia como a Revelação do
propósito divino ao homem (Jo 5.39). Tudo que
havia era o grande livro da natureza, a dar
testemunho implícito e visual da existência de
Deus (Rm 1.18-20), até o momento quando Deus
determinou a Moisés que escrevesse (Ex 17.14;
24.4; 34.27). Cremos que foi então que Deus
revelou a Moisés o que encontramos descrito em
todo o capítulo primeiro, até o capítulo dois, versos
um a sete de Gênesis, que passaremos a considerar
na devida ordem.
1. A CRIAÇÃO ORIGINAL (Gn 1.1)
• Possivelmente, estão compreendidos neste texto de
tão poucas palavras, em que Moisés resume toda a
história da criação original, os milhões de anos
geológicos de que nos fala a ciência. Deduz-se de
Ezequiel 28.11-19 que o mundo original era um
mundo angelical, governado por Lúcifer, tendo por
sede de seu governo, um lugar denominado Éden,
cuja descrição profética não corresponde com o
homônimo constante de Gênesis 2.8,9; e, portanto,
cremos haver sido outro anterior a este, que por
sua natureza foi criado por Deus para habitação do
homem e não de anjos.
1. A CRIAÇÃO ORIGINAL (Gn 1.1)
• De acordo com a descrição de Ezequiel,
corroborada pela de Isaías 14.5-20,
influenciado pelo esplendor de sua grandeza,
Lúcifer deixou-se vencer pelo orgulho e pela
exaltação e pereceu, causando tão grande
comoção a sua queda, que deu lugar a terra
perder sua forma original, e ficar
transformada num caos (Gn 1.1,2), em
contrário ao propósito de Deus (Is 45.18).
2. COMO MOISÉS VEIO A SABER DESSES FATOS?
• Só mediante a uma revelação direta de Deus
(Ex 3.14), pelo Espírito Santo (1Co 2.10,11;
2Pe 1.20,21), podia dar-lhe a possibilidade de
tal conhecimento. Talvez nos seja
perguntado: POR QUE MOISÉS NÃO
DESCREVEU A CRIAÇÃO ORIGINAL E
OS MOTIVOS QUE A LEVARAM AO
CAOS? Cremos que Moisés foi enfático ao
afirmar: “As coisas encobertas pertencem ao
Senhor nosso Deus; porém as reveladas nos
pertencem a nós e a nossos filhos para
sempre...” (Dt 29.29).
2. COMO MOISÉS VEIO A SABER DESSES FATOS?
• Cremos que se houvesse qualquer
coisa na criação original de
interesse direto e proveitoso ao
nosso conhecimento, Deus a teria
revelado a Moisés, e determinado
que ele a deixasse escrita para
nós, como deixou aquelas
constantes de Gn 1.2 a 50.1-26,
etc.
2. COMO MOISÉS VEIO A SABER DESSES FATOS?
Uma coisa é certa, e esta é, que o verbo
hebraico BARÁ, no tempo perfeito, como
usado por Moisés em Gênesis primeiro, só é
encontrado duas vezes em toda a Bíblia, estas
estão em Gn 1.1, quando trata da criação
original e em Gn 1.21, quando se refere à
criação da vida animal. O referido verbo
significa criar algo daquilo inexistente, a
saber, chamar à existência algo inexistente,
para cuja confecção não existe matéria prima
de que lançar mãos para fazê-lo.
2. COMO MOISÉS VEIO A SABER DESSES FATOS?
Diferente disto, temos no verso nove de Gn
1, quando Deus determinou: Ajuntem-se as
águas debaixo dos céus num lugar, e apareça
a porção seca; e no verso 11, volta a
determinar: “Produza a terra árvores...”,
deixando transparecer que a terra original
estava oculta em meio as águas, com o que
Pedro está de acordo (2Pe 3.5; Gn 2.5,9),
deixa transparecer que as sementes já
estavam na terra, porque se diz que dela
brotou e não que nasceu as plantas e árvores.
2. COMO MOISÉS VEIO A SABER DESSES FATOS?

Também quando Gn 2.7 fala-nos


da aparição do homem, Moisés
usou o verbo IASSAR, ao invés
de BARÁ, porque então, já havia
a matéria prima, a substância de
que lançar mãos para fazer o
homem que Deus se propusera
fazer (Gn 1.26,27).
2. COMO MOISÉS VEIO A SABER DESSES FATOS?
Portanto, cremos que todo o conteúdo de
Gn 1.1 a 2.1-7, Moisés recebeu por direta
revelação de Deus mediante a inspiração
do Espírito Santo, no momento em que
lhe determinou que escrevesse (Ex 17.14;
24.4). Cremos que determinando-lhe que
escrevesse, Deus lhe transmitiu pelo
Espírito Santo, tudo o que deveria chegar
ao nosso conhecimento. E, sabemos
haver sido Moisés um homem cheio do
Espírito Santo (Nm 11.16,17,25).
VI. TRADIÇÃO ORAL NA TRANSMISSÃO DA
BÍBLIA
• Adão, ao ser formado por Deus, foi criado
homem perfeito, inteligente e sábio (Gn
2.7,8,19,20,22,23). Portanto, cremos que
desde então, começou a se formar uma
tradição oral dos eventos principais,
indispensáveis a futuramente serem escritos
sob a inspiração divina, a fim de se tornarem
base de fé em Deus e em seus feitos
miraculosos em favor e por amor ao homem.
VI. TRADIÇÃO ORAL NA TRANSMISSÃO DA
BÍBLIA
• Cremos que nesta acepção, vem em nosso
socorro as genealogias constantes de Gn 1-
32; 10.21-30; 11.10-32; 21.1-7; 25.19-26;
29.31-35; 46.1-26; Ex 1.1-7; 2.1-10, que,
devidamente estudadas, nos demonstram ter
havido uma corrente contínua de homem
piedosos, que certamente transmitiram de
geração a geração, os fatos ocorridos
anteriormente, até chegarem, como se
encontram em Gênesis, ao conhecimento de
Moisés.
VI. TRADIÇÃO ORAL NA TRANSMISSÃO DA BÍBLIA
• Diz-nos o Dr. John Mein: “Deus fez de homens
livros” antes de dar a palavra escrita. Adão trouxe
a história da criação através de 930 anos e, sem
dúvida, contou-a, assim como a sua queda, a
Lameque, pai de Noé, de quem foi contemporâneo
por 56 anos. Lameque, por sua vez, foi
contemporâneo de Sem, filho de Noé, por mais de
90 anos...Noé foi contemporâneo de sete gerações
antediluvianas e de onze pós-diluvianas, assim
vivendo durante 58 anos da curta vida do Patriarca
Abraão, e morreu 17 anos antes de sua saída para a
terra da promissão.
VI. TRADIÇÃO ORAL NA TRANSMISSÃO DA
BÍBLIA
• Não nos é difícil compreender como ele
ouvisse de seus antepassados as
grandezas de Deus, e por sua vez
narrasse a sua descendência (vide Gn
18.17-19). Podemos imaginar Abraão
historiando os fatos ao seu netinho Jacó
que tinha 14 anos quando o “Pai dos
fiéis faleceu”.
VI. TRADIÇÃO ORAL NA TRANSMISSÃO DA
BÍBLIA

• Árvore genealógica de Abraão a Moisés:


• Abraão – Jacó – Coate – Anrão –
Moisés.
VI. TRADIÇÃO ORAL NA TRANSMISSÃO DA
BÍBLIA
• Talvez alguém atribua que ocorrendo a
hipótese aventada na citação do Dr.
Mein, deixou de haver a inspiração. Nós
cremos o contrário, e temos o
testemunho da própria Bíblia em nosso
favor. Ao escrever os seus livros a
Teófilo, Lucas afirma o que se segue
sobre o material de que fez uso para
escrever:
VI. TRADIÇÃO ORAL NA TRANSMISSÃO DA
BÍBLIA
• “Visto que muitos houve que empreenderam
uma narração coordenada dos fatos que entre
nós se realizaram conforme nos transmitiram
os que desde o princípio foram deles
testemunhas oculares, e MINISTROS da
palavra, igualmente a mim me pareceu bem,
depois de acurada investigação de tudo desde
sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo
Teófilo, uma exposição em ordem, para que
tenhas plena certeza das verdades em que
fostes instruído” (Lc 1.1-4).
VI. TRADIÇÃO ORAL NA TRANSMISSÃO DA
BÍBLIA
Observam-se da citação de Lucas os seguintes
fatos:
1. Muitos houve que empreenderam uma narração
coordenada dos fatos. Entendemos desta
afirmativa do médico escritor, que não foram
apenas quatro e sim outros houve que se
propuseram escrever os Evangelhos, o que
provaremos quando aludirmos aos livros
apócrifos. Deus, porém, só inspirou aos quatro,
cujos livros estão desde o primeiro século de
nossa era, constantes do cânon do Novo
Testamento.
VI. TRADIÇÃO ORAL NA TRANSMISSÃO DA
BÍBLIA
Observam-se da citação de Lucas os
seguintes fatos:
2. Conforme nos transmitiram os que desde o
princípio foram deles testemunhas oculares,
e ministros da palavra; certamente, nesta
expressão, Lucas aos apóstolos que
conhecera e com quem privara, aos quais
foi prometido que o Espírito Santo os
guiaria à toda a verdade e os faria lembrar
aquilo que Jesus lhes ensinara (Jo 14.25,26;
16.12-14).
Observam-se da citação de Lucas os seguintes fatos:
3. “Depois de acurada investigação desde a sua
origem”. De fato, é Lucas o único evangelista que
narra os fatos desde a sua origem na terra,
conforme todo o primeiro e segundo capítulos de
seu Evangelho. Isto posto, ao aprovar a inclusão
dos escritos de Lucas no cânon sagrado, Deus,
pela Igreja Primitiva, sancionou como inspirados
os mesmos, mesmo quando ele afirma que obteve
dados sobre o que escreveu mediante acurada
investigação oral, recebida através daqueles que
foram testemunhas oculares dos fatos que
descreveu.
Observam-se da citação de Lucas os seguintes fatos:
3. O mesmo pode ter ocorrido com os
dados constantes de Gn 2.7 a Ex 2,
com respeito a Moisés, sem nenhum
demérito quanto à inspiração deste
maravilhoso replicário de princípios,
que desconhece rival em toda a
literatura em toda a literatura universal
– O Livro de Gênesis.
VII. AS LÍNGUAS ORIGINAIS DA BÍBLIA
Três foram as línguas usadas na escrita dos
originais da Bíblia: o hebraico, o aramaico e
o grego koinê. Sendo as duas primeiras
usadas na escrita do Velho Testamento e a
terceira na escrita do Novo Testamento.
De acordo com as maiores autoridades no
assunto, apenas os textos constantes de Ed
4.8-6.18; 7.12-26; Jr 10.11 e Dn 2.4-7.28,
foram escritos em aramáico, sendo todo o
restante do conteúdo do Velho Testamento
escrito em hebraico.
VII.AS LÍNGUAS ORIGINAIS DA BÍBLIA
Embora exista uma tradição muita antiga que afirma haver
Mateus escrito o seu Evangelho em aramaico ou hebraico,
perdura a teoria de que todos os livros do Novo
Testamento foram escritos em grego koinê, língua que
dominava a civilização universal já há 300 anos e
continuou dominando-a por mais outros 300 anos após a
existência do cristianismo na terra. E cremos, foi este
utilíssimo veículo de comunicação universal, que
possibilitou a propagação do Evangelho de modo
universal, já no primeiro século (Cl 1.3-8, 21,23), pois, tal
era domínio do grego koinê sobre o mundo civilizado
então, que a própria Epístola de Paulo aos Romanos, foi
escrita nesta língua, quando a própria Epístola de Paulo aos
Romanos, foi escrita nesta língua, quando é notório que em
Roma era falado oficialmente o latim.
VII. AS LÍNGUAS ORIGINAIS DA BÍBLIA
Quanto ao período que foi gasto em se
escrever os livros constantes da Bíblia, não há
uniformidade entre aqueles que se
consideram autoridades sobre este assunto.
Alguns teóricos crêem que os 39 livros do
Velho Testamento foram escritos num
período de 1.600 anos, enquanto outros
atribuem haver sido apenas 1.400 anos, por
cerca de mais ou menos 30 escritores por
Deus usados para escrever as Sagradas
Escrituras. No entanto, temos 39 livros
constantes do Velho Testamento, alguns
deles, de fato, desconhece-se quem os
escreveu.
VII. AS LÍNGUAS ORIGINAIS DA BÍBLIA
Dentre os escritores que escreveram os livros do
Velho Testamento, podemos citar com segurança,
os seguintes escritores: Moisés (Ex 34.27,28; Dt
31.24,26), Samuel, Natan, Gad (1Cr 29.29), Aías,
Ido (2Cr 9.29), Semaías (2Cr 12.15), Jeú (2Cr
20.34), Isaías (2Cr 26.22; 32.32), Esdras, Davi,
Filhos de Coré, Asáfe, Salomão, Jeremias,
Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias,
Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias,
Ageu, Zacarias e Malaquias, se de fato Esdras e os
profetas escreveram os livros que portam os seus
nomes. Podemos, portanto, afirmar que 29
escritores conhecidos participaram da escrita dos
livros do Velho Testamento. Persistindo, porém, os
seguintes livros, cujos escritores são
desconhecidos: Josué, Juízes, Rute, Jó, Ester e
Neemias.
VIII. A TRANSMISSÃO DO TEXTO HEBRAICO
O pergaminho, preparado com peles de
animais domésticos, foi o material mais
usado na escrita dos livros do Velho
Testamento. Talvez devido a sua
durabilidade, ele foi preferido pelos judeus,
mesmo no período greco-romano, quando o
papiro era mais abundante e até mais
aceitável para a escrita. A escrita era feita a
mão, e, particularmente era feita sem divisão
entre as palavras e frases. Exemplo:
NOPRINCÍPIOCRIOUDEUSOSCÉUSEATERRA.
VIII. A TRANSMISSÃO DO TEXTO HEBRAICO
Que saibamos, até o ano 1488 a.D., quando a
primeira Bíblia em hebraico foi impressa em
Socino, Itália, cada cópia do Velho Testamento em
hebraico era copiada a mão. Havia, porém, grande
escrúpulo por parte dos copistas a que davam nome
de escribas, que evitavam qualquer acréscimo ou
diminuição do texto sagrado, sendo tradição que
sabiam de cor, quantas letras havia em cada livro e
bem assim de quantas palavras se compunham os
mesmos, e quando alguma cópia aparecia com
qualquer defeito, a saber com uma palavra a mais
ou menos, era imediatamente incinerada, a fim de
evitar falsificação.
IX. ORIGINAIS EXISTENTES
Onde estão os manuscritos originais dos
livros da Bíblia? Cremos poder afirmar que,
felizmente, não há uma só cópia de qualquer
dos 66 livros de que compõe a Bíblia, a saber,
daqueles que foram originalmente escritos
pelos próprios escritores sagrados, o que
temos atualmente, e podemos até afirmar em
profusão, são cópias daqueles originais. Mas,
porque não existem originais de quaisquer
dos livros? (continua)
IX. ORIGINAIS EXISTENTES
Cremos ser possível responder a esta pergunta de
modo duplo: a) Com a própria Bíblia, mediante a
história das vidas de reis ímpios tanto de Israel
quanto de Judá; homens como Jeroboão, filho de
Nebate, que renunciou voluntária e
conscientemente o culto de Jeová e levou o reino
de Israel à idolatria (1Rs 12.25-33; 2Rs 11.13-16).
Acabe e sua mulher Jezabel (1Rs 16.29-33;
21.25,26. Acaz (2Rs 16.1-18). Manassés (2Rs 21.1-
9). Jeoaquim (Jr 36.20-23), a destruição de
Jerusalém e do Templo sagrado por
Nabucodonosor (2Cr 36.17-21) e depois por Tito
(Mt 24.1,2; Lc 21.20,24). (continua)
IX. ORIGINAIS EXISTENTES
b) Quando consideramos que Jerusalém tem sido uma das
cidades que mais vezes tem sido destruída, seria um
milagre indescritível a existência de qualquer original dos
livros da Bíblia. Ainda há um terceiro motivo igualmente
preponderante para que creiamos haver sido Deus em Sua
soberania quem permitiu o desaparecimento dos referidos
originais. Imagine-se ao saber que determinado original
existisse escrito com a própria mão e caligrafia de Moisés,
de João, de Pedro ou de Paulo, à luz de 2Rs 18.4, estariam
ou não muitos judeus e até muitos gentios apelidados de
cristãos adorando-o? Fatalmente, aqueles que se apegam às
supostas relíquias dos “santos”, estariam fanaticamente
adorando a tais pergaminhos. Por isso, graças a Deus, a
inexistência deles, é motivo a menos à idolatria.
IX. ORIGINAIS EXISTENTES
Desde que não temos os originais, o que é que
temos que possamos atribuir autoridade e
inspiração, de modo a crermos sem sombra de
dúvidas de que a Bíblia é a Palavra de Deus,
conforme as palavras de Jesus em Jo 5.39 e as de
Pedro em 2Pe 1.19-21 e as de Paulo em 2Tm 3.14-
16? Temos os antigos manuscritos, cópias
autênticas dos livros originais, que cremos serem
tão autênticos quanto aqueles que foram copiados;
e destes temos mais de quatro mil, alguns dos quais
têm quase todos os livros constantes de nossas
Bíblias, e, todos eles cotejados devidamente por
homens piedosos e despidos de quaisquer
extremismos, no conjunto, encerram os mesmos 66
livros que possuímos em nossa Bíblia em
português.
IX. ORIGINAIS EXISTENTES
1. CÓDIGO VATICANO, que
data do século 4º a.D., e está na
livraria do Vaticano desde o ano
de 1481. Este manuscrito é um
dos mais antigos, faltando-lhe
apenas os seguintes textos: Gn
1-46; Sl 105 a 137 e 2Sm 1.2-
7,10-13, no Velho Testamento.
IX. ORIGINAIS EXISTENTES
2. CÓDIGO SINAÍTICO, que também data do 4º
Século a.D., e está no Museu Britânico, em
Londres, Inglaterra. Tudo indica que este
manuscrito era absolutamente completo, mas a
ignorância dos frades do Mosteiro de Santa
Catarina, no Monte Sinai (que desconheciam a
língua grega), onde ele foi encontrado pelo sábio
alemão Conde Tischendorf, muitas folhas dele
se perderam, pois as primeiras encontradas pelo
referido sábio, já estavam num camburão de lixo
para serem incineradas. Falta-lhe, portanto,
partes do Velho Testamento, porém tem o Novo
Testamento completo.
IX. ORIGINAIS EXISTENTES
3.CÓDIGO ALEXANDRINO,
datado do 5º Século, e está no
Museu Britânico. Este
manuscrito também por
circunstâncias adversas, tem
falta de alguns livros do Velho
Testamento e também de outros
do Novo Testamento.
IX. ORIGINAIS EXISTENTES
4. CÓDIGO BEZA, datado do 5º
Século, está na Biblioteca da
Universidade de Cambrige, na
Inglaterra. Este código ou
manuscrito, além de faltar
alguns livros, tem a
característica de ser bilíngüe:
grego e latim.
IX.ORIGINAIS EXISTENTES
5. CÓDIGO EFRAIMITA, que está na Biblioteca Nacional
da França em Paris.
Conforme dissemos acima, esses manuscritos nem
sempre são completos, mas por uma clara
providência de Deus, aquilo que falta em um deles,
está no outro e vice-versa; e, deste modo, todos os 66
livros de nossa Bíblia estão devidamente catalogados
e comprovados em suas páginas. Além desses, há
milhares doutros menores em conteúdo, porém, não
em valor, que confirmam à sociedade, a veracidade
dos 66 livros da Bíblia Sagrada; motivo porque
podemos crer sem sombra de dúvidas, de que a Bíblia
que usamos é a tradução daquelas cópias fiéis de
originais de livros sagrados. E, além do que
afirmamos, podemos estar certos da Antigüidade
desses manuscritos que foram copiados dos originais
entre os anos 340 a 550 a.D., e, portanto existia alguns
possuidores de originais quando eles foram copiados.
IX.ORIGINAIS EXISTENTES
Atualmente, os mais antigos manuscritos que temos dos
originais da Bíblia, datam do ano de 900 a.C., constantes de
fragmentos de todos os livros da Bíblia e todo o livro do profeta
Isaías, encontrados por acaso por um beduíno pastor de cabras, numa
gruta da Serra que margeia o Mar Morto pelo lado ocidental, junto à
antiga cidade de Qumram, distante de Jericó 13 Km. Em Qumram,
viveu certa congregação essênia antes da queda de Jerusalém no ano
70 a.D., dali saindo, talvez vítima da perseguição romana, eles
guardavam os manuscritos em botijas de barro e os escondiam
naquelas grutas, talvez pensando ainda lhes ser possível voltar.
Porém desapareceram vítimas das perseguições e ali ficaram aqueles
manuscritos até o ano de 1947, quando foram descobertos, e hoje
estão depositados no Museu do Livro em Israel.
E o interessante é que esses antigos manuscritos são idênticos aos
outros mais recentes.
IX.ORIGINAIS EXISTENTES
Atualmente, os mais antigos manuscritos
que temos dos originais da Bíblia, datam do
ano de 900 a.C., constantes de fragmentos de
todos os livros da Bíblia e todo o livro do
profeta Isaías, encontrados por acaso por um
beduíno pastor de cabras, numa gruta da
Serra que margeia o Mar Morto pelo lado
ocidental, junto à antiga cidade de Qumram,
distante de Jericó 13 Km.
IX.ORIGINAIS EXISTENTES
Em Qumram, viveu certa congregação essênia
antes da queda de Jerusalém no ano 70 a.D., dali
saindo, talvez vítima da perseguição romana, eles
guardavam os manuscritos em botijas de barro e os
escondiam naquelas grutas, talvez pensando ainda
lhes ser possível voltar. Porém desapareceram
vítimas das perseguições e ali ficaram aqueles
manuscritos até o ano de 1947, quando foram
descobertos, e hoje estão depositados no Museu do
Livro em Israel.
E o interessante é que esses antigos
manuscritos são idênticos aos outros mais recentes.
A Arqueologia e o Texto da Bíblia
• O estudo intensivo de mais de 3.000
manuscritos do Novo Testamento (N.T.)
grego, datados do segundo século da era
cristão em diante, tem demonstrado que o
N.T. foi notavelmente bem preservado em
sua transmissão desde o terceiro século até
agora. Nem uma doutrina foi pervertida.
Westcott e Hort concluíram que apenas uma
palavra em cada mil do N.T. em grego
possui uma dúvida quanto à sua genuinidade.
A Arqueologia e o Texto da Bíblia
• Uma coisa é provar que o texto do N.T.
foi notavelmente preservado a partir do
segundo e terceiro séculos; coisa bem
diferente é demonstrar que os
evangelhos, por exemplo, não evoluíram
até sua forma presente ao longo dos
primeiros séculos da era cristã, ou que
Cristo não foi gradativamente divinizado
pela lenda cristã.
A Arqueologia e o Texto da Bíblia
• Na virada do século XX uma nova ciência
surgiu e ajudou a provar que nem os
Evangelhos e nem a visão cristã de Cristo
sofreram evoluções até chegarem à sua forma
atual. B. P. Grenfell e A. S. Hunt realizaram
escavações no distrito de Fayun, no Egito
(1896-1906), e descobriram grandes
quantidades de papiros, dando início à
ciência da papirologia.
A Arqueologia e o Texto da Bíblia
• Os papiros, escritos numa espécie de papel
grosseiro feito com as fibras de juncos do Egito,
incluíam uma grande variedade de tópicos
apresentados em várias línguas. O número de
fragmentos de manuscritos que contêm porções do
N.T. chega hoje a 77 papiros. Esses fragmentos
ajudam a confirmar o texto feral encontrado nos
manuscritos maiores, feitos de pergaminho,
datados do quarto século em diante, ajudando
assim a forma uma ponte mais confiável entre os
manuscritos mais recentes e os originais.
A Arqueologia e o Texto da Bíblia
• O impacto da papirologia sobre os
estudos bíblicos foi fenomenal. Muitos
desses papiros datam dos primeiros três
séculos da era cristã. Assim, é possível
estabelecer o desenvolvimento da
gramática nesse período, e, com base no
argumento da gramática histórica, datar
a composição dos livros do N.T. no
primeiro século da era cristã.
A Arqueologia e o Texto da Bíblia
• Na verdade, um fragmento do Evangelho de João
encontrado no Egito pode ser paleograficamente
datado de aproximadamente 125 AD! Descontado
um certo tempo para o livro entrar em circulação,
deve-se atribuir ao quarto Evangelho uma data
próxima do fim do primeiro século - é exatamente
isso que a tradição cristã conservadora tem
atribuído a ele. Ninguém duvida que os outros três
Evangelhos são um pouco anteriores ao de João.
Se os livros do N.T. foram produzidos durante o
primeiro século, foram escrito bem próximo dos
eventos que registram e não houve tempo de
ocorrer qualquer desenvolvimento evolutivo.
A Arqueologia e o Texto da Bíblia
• Todavia, a contribuição dessa massa
de papiros de todo tipo não pára aí.
Eles demonstram que o grego do
N.T. não era um tipo de linguagem
inventada pelos seus autores, como
se pensava antes. Ao contrário, era,
de modo geral, a língua do povo dos
primeiros séculos da era cristã.
Menos de 50 palavras em todo o
N.T. foram cunhadas pelo apóstolos.
A Arqueologia e o Texto da Bíblia
• Além disso, os papiros demonstraram
que a gramática do N.T. grego era de
boa qualidade, se julgada pelos padrões
gramaticais do primeiro século, não
pelos do período clássico da língua
grega. Além do mais, os papiros gregos
não-bíblicos ajudaram a esclarecer o
significado de palavras bíblicas cujas
compreensão ainda era duvidosa, e
lançaram nova luz sobre outras que já
eram bem entendidas.
A Arqueologia e o Texto da Bíblia
• Até recentemente, o manuscrito hebraico do
Antigo Testamento (A.T.) de tamanho
considerável mais antigo era datado
aproximadamente do ano 900 da era cristã, e o A.T.
completo era cerca de um século mais recente.
Então, no outono de 1948, os mundos religioso e
acadêmico foram sacudidos com o anúncio de que
um antigo manuscrito de Isaías fora encontrado
numa caverna próxima à extremidade noroeste do
mar Morto. Desde então um total de 11 cavernas
da região têm cedido ao mundo os seus tesouros de
rolos e fragmentos.
A Arqueologia e o Texto da Bíblia
• Dezenas de milhares de fragmentos
de couro e alguns de papiro forma ali
recuperado. Embora a maior parte do
material seja extrabíblico, cerva de
cem manuscritos (em sua maioria
parciais) contêm porções das
Escrituras. Até aqui, todos os livros
do A.T., exceto Éster, estão
representados nas descobertas.
A Arqueologia e o Texto da Bíblia
• Como se poderia esperar, fragmentos
dos livros mais freqüentemente citados
no N.T. também são mais comuns em
Qumran (o local das descobertas). Esses
livros são Deuteronômio, Isaías e
Salmos. Os rolos de livros bíblicos que
ficaram melhor preservados e têm maior
extensão são dois de Isaías, um de
Salmos e um de Levítico.
A Arqueologia e o Texto da Bíblia
• O significado dos Manuscritos do Mar Morto
é tremendo. Eles fizeram recuar em mais de
mil anos a história do texto do A.T. (depois
de muito debate, a data dos manuscritos de
Qumran foi estabelecida como os primeiros
séculos AC e AD). Eles oferecem abundante
material crítico para pesquisa no A.T.,
comparável ao de que já dispunham há muito
tempo os estudiosos do N.T.
A Arqueologia e o Texto da Bíblia
• Além disso, os Manuscritos do Mar Morto
oferecem um referencial mais adequado para o
N.T., demonstrando, por exemplo, que o
Evangelho de João foi escrito dentro de um
contexto essencialmente judaico, e não grego,
como era freqüentemente postulado pelos
estudiosos. E ainda, ajudaram a confirma a
exatidão do texto do A.T. A Septuaginta,
comprovaram os Manuscritos do Mar Morto, é
bem mais exata do que comumente se pensa. Por
fim, os rolos de Qumran nos ofereceram novo
material para auxiliar na determinação do sentido
de certas palavras hebraicas.
Os Manuscritos do Mar Morto
• Os MM são uma grande quantidade de
documentos encontrados em várias
cavernas próximas ao Mar Morto, na
Palestina. Foi provavelmente em 1947
que surgiram os primeiros deles numa
caverna em Wadi Qumran, situada nas
escarpas ocidentais do norte desse mar.
Depois disso, foram achados outros
tantos fragmentos de rolos de papiro e
até livros inteiros, como o de Isaías.
Os Manuscritos do Mar Morto
• Paul Frischauer escreveu o seguinte em seu livro
Está Escrito – Documentos que Assinalaram
Épocas (p. 105) sobre o Rolo de Isaías: "O texto
mais antigo em língua hebraica, o Rolo de Isaías,
encontrado em 1947 em Ain Fekskha, no Mar
Morto, provém de uma época ao redor do ano 100
antes da nossa era. Seu conteúdo confere, palavra
por palavra, com os trechos textuais
correspondentes do Códex Petropolitanus, escrito
no ano 916 da nossa era e que, antes do achado de
Isaías, era tido como o mais antigo original em
língua hebraica do Velho Testamento".
Os Manuscritos do Mar Morto
• A esse acervo de documentos deu-se o nome
de Manuscritos do Mar Morto. E "os
Manuscritos do Mar Morto são, talvez, o
acontecimento arqueológico mais
sensacional do nosso tempo!"[1] Os estudos
demonstraram que esses manuscritos foram
escritos no período que vai do século 2 a.C.
até o século 2 d.C., portanto, cerca de
duzentos anos antes do tempo de Jesus
Cristo, e cerca de 1000 anos antes da cópia
mais antiga até então.
Os Manuscritos do Mar Morto
• Esse fato é, também, confirmado pelo pesquisador Hugh J.
Schonfield, no livro A Bíblia Estava Certa – Novas Luzes
Sobre o Novo Testamento. Ali, na página 39, o autor diz:
"Quando os pergaminhos do Mar Morto foram
desencavados de uma gruta em Khirbet Qumran, lá pelas
margens do noroeste daquele mar, o primeiro de todos a ser
desenrolado e examinado em Jerusalém, em 1948... era
precisamente um dos livros, ou rolos, do profeta Isaías.
Perpassou por todo o orbe um calafrio ao fazer-se saber que
esse manuscrito datava de cerca de 100 anos antes de
Cristo. Era um milênio mais antigo do que qualquer cópia
conhecida." O manuscrito mais antigo, no entanto, é um
fragmento do livro de Samuel, do ano 225 a.C., achado na
caverna número 4.
Os Manuscritos do Mar Morto
• A datação do edifício principal de
Khirbet Qumran foi facilitada pelo
fato de que muitas moedas foram ali
achadas. Como de Vaux observou,
"as datas são confirmadas [também]
pela cerâmica em diferentes partes do
edifício" (Citado por S. J. Schwantes,
em Arqueologia, p. 135).
Os Manuscritos do Mar Morto
• Já foram encontrados fragmentos de todos os
livros da Bíblia, exceto Ester. E o fato de que
há somente variações mínimas entre o texto
dos manuscritos de Qumran e o texto
tradicional do Antigo Testamento, testemunha
do cuidado extremo com que o texto hebraico
foi transmitido de geração em geração. "As
variações têm que ver em geral com
ortografia, divisão de palavras e substituição
de uma palavra por um sinônimo, etc., mas
não afetam o sentido fundamental do texto"
(Ibidem, p. 136).
Os Manuscritos do Mar Morto
• Durante alguns anos, a tradução dos
manuscritos permaneceu restrita a um
reduzido número de especialistas, o que
trouxe algumas suspeitas. Felizmente, em
novembro de 1991 a biblioteca Huntington,
da Califórnia, acabou com as especulações,
tornando públicas fotocópias de todos os
fragmentos. Com isso, a exclusividade sobre o
material trancafiado em Jerusalém perdeu o
sentido. Venceu a transparência.
Os Manuscritos do Mar Morto
• No livro Para Compreender os
Manuscritos do Mar Morto (Ed. Imago,
1993), à página 150, Frank Moore Cross
afirma que "Willian Foxwell Albright, o
mais notável arqueólogo especializado
em Oriente Próximo e epigrafista
hebraico da sua geração, imediatamente
saudou o achado como a maior
descoberta de manuscritos dos tempos
modernos".
Os Manuscritos do Mar Morto
• E esses manuscritos, "longe de apontar
contradições oriundas de copistas descuidados
ou erros que empanassem a verdade do Livro
de Deus, confirmaram tudo o que se encontra
na nossa Bíblia hoje".[2] "Graças aos rolos do
Mar Morto, reaprendemos a ler o Antigo e o
Novo Testamentos. O próprio Jesus, com
Suas reações frente a temas tão diversos
quanto a pureza, a monogamia, o divórcio,
torna-se mais compreensível.
Os Manuscritos do Mar Morto
• Porque os textos evangélicos
reencontraram um pano de fundo
histórico, um país, um território."[3] "Os
famosos Manuscritos do Mar Morto
trouxeram tantas evidências em favor da
exatidão das cópias da Bíblia que
possuíamos, que as críticas feitas às
Escrituras Sagradas perderam
completamente sua razão de ser e
algumas delas caíram até no ridículo."[4]
Os Manuscritos do Mar Morto WIKIPÉDIA
Os Manuscritos do Mar Morto formam uma
coleção de cerca de 930 documentos descobertos
entre 1947 e 1956 em 11 cavernas próximo de
Qumran, uma fortaleza a noroeste do Mar Morto,
em Israel (em tempos históricos uma parte da
Judéia). Estes documentos foram escritos entre o
século III a.C. e o primeiro século depois de Cristo
em Hebraico, Aramaico e grego. A maior parte
deles consiste em pergaminhos, sendo uma pequena
parcela de papiro e um deles gravado em cobre. Os
manuscritos do Mar Morto foram classificados em
três grupos: escritos bíblicos e comentários, textos
apócrifos e literatura de Qumram.
Os Manuscritos do Mar Morto WIKIPÉDIA
Os textos são importantes por serem mil anos
mais antigos do que os registros do Velho
Testamento conhecidos até então e por
oferecerem uma vasta documentação inédita
sobre o período em que foram escritos
revelando aspectos desconhecidos do contexto
político e religioso nos tempos do nascimento
do Cristianismo e do judaísmo rabínico. Os
pergaminhos contêm pelo menos um
fragmento de todos os livros do das escrituras
hebraicas, exceto o livro de Ester. Além de
fragmentos bíblicos, contêm regras da
comunidade, escritos apócrifos, filactérios,
calendários e outros documentos.
Histórico
Os manuscritos do Mar Morto foram
casualmente descobertos por um grupo de
pastores de cabras, que em busca de um de
seus animais, localizou, em 1947, a primeira
das cavernas com jarros cerâmicos contendo
os rolos. Inicialmente os pastores tentaram
sem sucesso vender o material em Belém.
Mais tarde, foram finalmente vendidos para
Athanasius Samuel, bispo do mosteiro
ortodoxo sírio São Marcos em Jerusalém e
para Eleazar Sukenik, da Universidade
Habraica, em dois lotes distintos.
Histórico
A autenticidade dos documentos
foi atestada em 1948. Em 1954,
governo israelense, que já havia
comprado o lote de Sukenik,
comprou através de um
representante, os documentos em
posse do bispo, por 250 mil
dólares.
Histórico
Outra parte dos manuscritos, encontrada
nas últimas dez cavernas, estavam no
Museu Arqueológico da Palestina, em
posse do governo da Jordânia, que então
controlava o território de Qumram. O
governo jordaniano autorizou apenas oito
pesquisadores, a maioria padres católicos
europeus, a trabalharem nos manuscritos.
Histórico
Em 1967, com a Guerra dos Seis Dias, Israel
apropriou-se do acervo do museu, porém,
mesmo com a entrada de pesquisadores
judeus, o avanço nas pesquisas não foi
signicativo. Apenas em 1991, com a quebra
de sigilo por parte da Biblioteca Hutington,
em relação aos microfilmes que Israel havia
enviado para algumas instituições pelo mundo,
um número maior de pesquisadores passou a
ter acesso aos documentos, permitindo que as
pesquisas, enfim avançassem
significativamente.
Histórico
Os desdobramentos em relação aos resultados
prosseguem e, recentemente, a Universidade
da Califórnia apresentou o "The Visualization
Qumram Project" (Projeto de Visualização de
Qumram), recriando em três dimensões a
região onde os manuscritos foram achados. O
Museu de Israel já publicou na Internet parte
do material sob seus cuidados e o Instituto de
Antiguidades de Israel do Museu Rockefeller
trabalha para fazer o mesmo com sua parte do
material.
Autoria
• A autoria dos documentos é até hoje
desconhecida. Com base em referências
cruzadas com outros documentos
históricos, ela atribuída aos essênios,
uma seita judaica que viveu na região da
descoberta e guarda semelhanças com
as práticas identificadas nos textos
encontradas. O termo "essênio", no
entanto, não é encontrado nenhuma vez
em nenhum dos manuscritos.
Autoria
• O que se sabe é que a
comunidade de Qumram era
formada provavelmente por
homens, que viviam
voluntariamente no deserto, em
uma rotina de rigorosos hábitos,
opunham-se à religiosidade
sacerdotal e esperavam a vinda
de um messias.
Interesse para os cristãos
• Antes da descoberta dos Rolos do
Mar Morto, os manuscritos mais
antigos das Escrituras Hebraicas
datavam da época do nono e do
décimo século da era cristã. Havia
muitas duvidas se se podia mesmo
confiar nesses manuscritos como
cópias fiéis de manuscritos mais
antigos, visto que a escrita das
Escrituras Hebraicas fora completada
bem mais de mil anos antes.
Interesse para os cristãos
• Mas o Professor Julio Trebolle
Barrera, membro da equipe
internacional de editores dos Rolos
do Mar Morto, declarou: "O Rolo de
Isaías [de Qumran] fornece prova
irrefutável de que a transmissão do
texto bíblico, durante um período de
mais de mil anos pelas mãos de
copistas judeus, foi extremamente
fiel e cuidadosa."
Interesse para os cristãos
• O rolo mencionado por Barrera trata-se de
uma peça com 7 metros de comprimento, em
aramaico, contendo o inteiro livro de Isaías.
Diferentemente deste rolo, a maioria deles é
constituída apenas por fragmentos, com
menos de um décimo de qualquer dos livros.
Os livros bíblicos mais populares em Qumran
eram os Salmos (36 exemplares),
Deuteronômio (29 exemplares) e Isaías (21
exemplares). Estes são também os livros mais
freqüentemente citados nas Escrituras
Gregas.
Interesse para os cristãos
• Embora os rolos demonstrem que a
Bíblia não sofreu mudanças
fundamentais, eles também revelam, até
certo ponto, que havia versões diferentes
dos textos bíblicos hebraicos usadas
pelos judeus no período do Segundo
Templo, cada uma com as suas próprias
variações. Nem todos os rolos são
idênticos ao texto massorético na grafia e
na fraseologia. Alguns se aproximam
mais da Septuaginta grega.
Interesse para os cristãos
• Anteriormente, os eruditos achavam que as
diferenças na Septuaginta talvez resultassem
de erros ou mesmo de invenções deliberadas
do tradutor. Agora, os rolos revelam que
muitas das diferenças realmente se deviam a
variações no texto hebraico. Isto talvez
explique alguns dos casos em que os
primeiros cristãos citavam textos das
Escrituras Hebraicas usando fraseologia
diferente do texto massorético. — Êxodo 1:5;
Atos 7:14.
Interesse para os cristãos
• Assim, este tesouro de rolos e
fragmentos bíblicos fornece uma
excelente base para o estudo da
transmissão do texto bíblico
hebraico. Os Rolos do Mar Morto
confirmaram o valor tanto da
Septuaginta como do Pentateuco
samaritano para a comparação
textual.
Interesse para os cristãos
• Os rolos que descrevem as normas e as
crenças da seita de Qumran tornam bem claro
que não havia apenas uma forma de judaísmo
no tempo de Jesus. A seita de Qumran tinha
tradições diferentes daquelas dos fariseus e
dos saduceus. É provável que essas
diferenças tenham levado a seita a se retirar
para o ermo. Eles se encaravam como
cumprindo Isaías 40:3 a respeito duma voz
no ermo para tornar reta a estrada de YHWH.
Interesse para os cristãos
• Diversos fragmentos de rolos
mencionam o Messias, cuja vinda
era encarada como iminente pelos
autores deles. Isso é de interesse
especial por causa do comentário
de Lucas, de que "o povo estava
em expectativa" da vinda do
Messias. — Lucas 3:15.
Interesse para os cristãos
• Os Rolos do Mar Morto ajudam até certo
ponto a compreender o contexto da vida
judaica no tempo em que Jesus pregava.
Fornecem informações comparativas para o
estudo do hebraico antigo e do texto da
Bíblia. Mas o texto de muitos dos Rolos do
Mar Morto ainda exige uma análise mais de
perto. Portanto, é possível que haja mais
revelações. Deveras, a maior descoberta
arqueológica do século XX continua a
empolgar tanto eruditos como estudantes da
Bíblia.
Imagem digitalizada de fragmento
de um dos manuscritos do Mar Morto
X. A TRANSMISSÃO DO NOVO TESTAMENTO
Qualquer estudante desprevenido pode
pensar que desde a ascensão de Cristo aos
céus e a descida do Espírito Santo no dia de
Pentecostes para instalar oficialmente a
Igreja na terra, os escritores dos
Evangelhos se assentaram à parte, quietos,
num recanto isolado, algures na Palestina, e
começaram a escrever os Evangelhos na
ordem que os temos em nosso Novo
Testamento. Aqueles que assim pensam,
estão absolutamente equivocados.
X. A TRANSMISSÃO DO NOVO TESTAMENTO
De acordo com as evidências internas do
próprio Novo Testamento, a primeira
porção de qualquer livro dos 27 que
compõe o mesmo, consiste da carta escrita
pelo Primeiro Concílio Cristão realizado
em Jerusalém, cerca do ano 48 a.D.,
endereçada à Igreja em Antioquia, então
Capital da Síria, levando-lhe a resolução
contrária aos judaizantes, carta esta que
Lucas inseriu no livro de Atos (cap. 15.23-
29).
X. A TRANSMISSÃO DO NOVO TESTAMENTO
Os judaizantes pretendiam manter o cristianismo
amalgamado ao judaísmo, apenas como uma seita a
mais, motivo porque queriam forçar os cristãos
dentre os gentios a se circuncidarem conforme a
Lei e deste modo fossem obrigados a guardar as
tradições judaicas. Paulo e Barnabé se opuseram e
de acordo com a Igreja em Antioquia, subiram a
Jerusalém, aos apóstolos e presbíteros (pastores)
daquela época a fim de juntos estudarem o assunto.
A decisão do Concílio foi contrária aos judaizantes
e desde então o cristianismo começou a se propagar
como uma doutrina autônoma, e aquela decisão
conciliar passou a ser considerada como algo de
valor permanente, a que todos os cristãos deveriam
obedecer (At 16.4,5).
X. A TRANSMISSÃO DO NOVO TESTAMENTO
Deste modo, do ano 30 ao ano 50 a.D., com exceção
daquela carta conciliar, o cristianismo foi transmitido
oralmente e, portanto todo o conteúdo do Novo
Testamento ainda não estava escrito. De acordo com
uma antiga tradição não aceita por todos, o primeiro
livro a ser escrito, foi a Epístola de Tiago, cerca do ano
45 a.D. Ele era pastor da Igreja em Jerusalém, que com
a grande perseguição que culminou coma morte de
Estevão, se dispersou; e; como era natural, seu zelo
pastoral o levou aquela carta que ele dirige "às 12
tribos dispersas" (Tg 1.1). O teor da epístola evidencia-
a haver sido escrita a cristãos judeus, aos quais o
escritor procura doutrinar de modo a encorajá-los a
não fraquejarem ante as perseguições a que estavam
submetidos em razão de sua fé em Jesus como o
Cristão.
X. A TRANSMISSÃO DO NOVO TESTAMENTO
Outros, porém, crêem que os primeiros
livros a serem escritos foram as Epístolas
de Paulo aos Tessalonicenses, que se crê
haver sido escrita cerca dos anos 52 ou 53
a.D. Fato é que as cartas de Paulo seguem
num crescendo em datas até sua última a
ser escrita da prisão romana, onde ele
estava preso pela segunda vez, constante
de 2Tm, possivelmente entre os anos 66 a
67 a.D. antes do apóstolo ser decapitado.
X. A TRANSMISSÃO DO NOVO TESTAMENTO
É difícil afirmar qual dos Evangelhos foi escrito
em primeiro lugar! A maioria dos teóricos
pendem para o lado de Marcos, crendo haver
sido ele o primeiro a ser escrito. Aliás uma
tradição muito antiga, baseada em haver sido
Marcos parente de Pedro (1Pe 5.13), afirma
haver Marcos servido de amanuense de Pedro
para escrever este Evangelho, do mesmo modo
que Paulo usou a Tércio para escrever em seu
lugar a carta aos Romanos (Rm 16.22) e
Jeremias usou a Baruque para escrever em seu
lugar (Jr 36.4). Tudo indica haver sido Eusébio,
Bispo e historiador cristão,
X. A TRANSMISSÃO DO NOVO TESTAMENTO
quem pela primeira vez aludiu a esta possibilidade, o que
ocorreu entre os anos 270 a 340, quando viveu o referido
historiador. E, levando-se em consideração a
responsabilidade e liderança de Pedro, constante de Atos 1-
12, não é para duvidar haver ele sentido mais cedo do que
outros a necessidade de ser registrado em livro
(pergaminho) os feitos do Senhor Jesus. Por este motivo,
há quem date o Evangelho de Marcos entre os anos 58 a 60
A.D. e João entre os anos 90 a 95 A.D., possivelmente
escrito em Éfeso. De qualquer maneira, podemos afirmar
que todos os vinte e sete livros do Novo Testamento,
estavam escritos no primeiro Século e já circulavam em
cópias entre as Igrejas judaicas e gentias.
X. A TRANSMISSÃO DO NOVO TESTAMENTO
Talvez alguém se interesse em saber
quantos foram os escritores do Novo
Testamento e nós nos aventuramos a
afirmar que eles não foram mais do que
nove. A saber: Mateus, Marcos, Lucas,
João, Paulo, Tiago, Pedro, Judas e um
anônimo que escreveu a Epístola aso
Hebreus. E coisa interessante, enquanto
os 39 livros do Velho Testamento
absorveram nada menos de 1400 anos
para serem escritos, os 27 do Novo
Testamento foram escritos em pouco mais
de meio século.
XI. ASPECTO LITERÁRIO DA BÍBLIA
A Bíblia, de fato, é uma coleção de livros em número de
66, que em propósito e finalidade é um todo
harmonioso e perfeito, posto que seu único alvo é
revelar ao homem a pessoa de Jesus e nele o plano de
Deus para salvação de todo aquele que crê. Neste
aspecto, não somente ela é um só livro integrado por
66 capítulos a que chamamos livros, também tem um
pensamento central, uniforme, que chega a ser
maravilhoso e impressionante (Jo 5.39; Lc 24.25-27,44).
Mas, como literatura pura e simples, inclui um acervo
bem diversificado como história, legislação, crônicas,
genealogias, romances, filosofia religiosa, biografia,
cartografia, profecia (predições do futuro) e liturgia
religiosa.
XI. ASPECTO LITERÁRIO DA BÍBLIA
E, o que mais nos causa admiração é que todo este
diversificado conjunto de literatura, corroborado
pela heterogeneidade de cultura e posição social de
seus numerosos escritores, pela distância de cerca
de 1600 anos entre o primeiro e o último livro a ser
escrito, e também os diversos lugares em que
foram escritos, sem haver qualquer plano
elaborado para que os escritores nele se
escudassem para escrever suas obras, contudo, se
harmonizam entre si de tal modo a se parecerem de
uma só corrente. Isto evidencia-nos que embora ela
haja tido muitos escritores, todos eles foram
apenas amanuenses que se prestaram a escrever
aquilo que o único autor, o Espírito Santo, os
inspirava a escrever (2Pe 1.19-21; 2Sm 23.2).
XII. OS NOMES DA BÍBLIA
Nós nos acostumamos às designações de
Velho e Novo Testamento, que não se
originaram nos originais hebraico e
grego e sim no latim de Jerônimo, posto
que testamento vem do latim
testamentum, e esta palavra não é
encontrada como descritiva quer do
Velho quer do Novo em qualquer dos
originais.
XII. OS NOMES DA BÍBLIA
Neste caso, os vocábulos pacto, aliança, ou tratado,
(este com sentido de acordo), é o que encontramos
em ambas partes de nossa Bíblia em seus originais.
Pois, os vocábulos hebraicos BERITH (tyi tyir:B)
encontrado nos originais, como por exemplo em
Gn 15.18; 31.44; Ex 24.7,8; Jr 31.31, etc, e o grego
diaqh/kh)
DIATEQUE (diaqh/ h encontrado em Mt 26.28;
Gl 3.15 sempre significam concerto, pacto, aliança
e nunca testamento, que no próprio latim tem o
sentido de última vontade expressa por uma pessoa
moribunda, delegando a alguém algo de seus bens.
XII.OS NOMES DA BÍBLIA
Ora não é isto que acontece com
BERITH tyir:B) e DIATEQUE
(tyi
diaqh/kh)
(diaqh/ h , porque eles expressam
sentido de aliança feita entre dois seres
vivos – Deus e o Homem. Destarte,
cremos que denominariam biblicamente
certo as duas partes de nossa Bíblia de
Antigo Concerto e Novo Concerto, como
o faz o autor da Epístola aos Hebreus no
texto grego em Hb 8.6,10.
XII. OS NOMES DA BÍBLIA
• OS NOMES DA BÍBLIA:
A Escritura da Verdade (Dn 10.21);
A Lei (Mt 12.5; 1Co 14.21);
As Escrituras (Lc 24.27,32);
A Escritura de Deus (Ex 32.16);
A Lei de Moisés (Lc 24.44);
Os profetas (Lc 24.44);
Os Salmos (Lc 24.44);
A Palavra da Vida (At 7.38);
As Sagradas Letras (2Tm 3.15,16);
A Palavra de Deus (Hb 4.12), etc.
XIII.TEMA CENTRAL DA BÍBLIA
Jesus é o tema central da Bíblia. Ele
mesmo no-lo declara em Lucas 24.44 e
João 5.39. (Ler também Atos 3.18;
10.43; Ap 22.16). Se olharmos de perto,
veremos que, em tipos, figuras,
símbolos e profecias, Ele ocupa o lugar
central das Escrituras, isto além da sua
manifestação como está registrada em
todo o Novo Testamento.
XIII.TEMA CENTRAL DA BÍBLIA
Em Gênesis, Jesus é o descendente da mulher.
Em Êxodo, é o Cordeiro Pascoal.
Em Levítico, é o Sacrifício Expiatório.
Em número, é a Rocha Ferida.
Em Deuteronômio, é o Profeta.
Em Josué, é o Capitão dos Exércitos do Senhor.
Em Juizes, é o Libertador.
Em Rute, é o Parente Remidor (Goel).
Em Reis e Crônicas, é o Rei Prometido.
Em Ester, é o Advogado.
XIII.TEMA CENTRAL DA BÍBLIA
Em Jó, é o nosso Redentor (Goel).
Nos Salmos é o nosso Socorro e Alegria.
Em Provérbios, é a Sabedoria de Deus.
Em Cantares de Salomão, é o nosso Amado.
Em Eclesiastes, é o Alvo Verdadeiro.
Nos Profetas é o Messias Prometido.
Nos Evangelhos é o Salvador do Mundo.
Nos Atos, é o Cristo Ressurgido.
Nas Epístolas, é o Cabeça da Igreja.
No Apocalipse, é o Alfa e o Ômega: é o Cristo que
volta para reinar.
XIII.TEMA CENTRAL DA BÍBLIA
Tomando o Senhor Jesus como o centro da
Bíblia, podemos resumir os 66 livros em
cinco palavras referentes a Ele, assim:
1. PREPARAÇÃO – Todo o Velho Testamento.

2. MANIFESTAÇÃO – Os Evangelhos.

3. PROPAGAÇÃO – O Livro de Atos.

4. EXPLANAÇÃO – As Epístolas.

5. CONSUMAÇÃO – o Livro de Apocalipse.


XIV. A INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
A característica mais importante da
Bíblia não é sua estrutura e sua forma,
mas o fato de ter sido inspirada por
Deus. Não se deve interpretar de modo
errôneo a declaração da própria Bíblia
a favor dessa inspiração. Quando
falamos de inspiração, não se trata de
inspiração poética, mas de autoridade
divina. A Bíblia é singular; ela foi
literalmente “soprada por Deus”.
XIV. A INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
Definição: “Toda Escritura é divinamente
inspirada (theopneustos em grego) e
proveitosa para ensinar, para corrigir, para
instruir em justiça” (2Tm 3.16). Em outras
palavras, o texto sagrado nos diz que a
Palavra foi “soprada por Deus. Confirma com
isto um texto do Velho Testamento (Jó 32.8).
Fazendo uma combinação destas passagens
que ensinam sobre a inspiração divina,
descobrimos que a Bíblia é inspirada no
seguinte sentido: homens, movidos pelo
Espírito, escreveram palavras sopradas por
Deus, as quais são a fonte de autoridade para
a fé e para a prática cristã.
Definição teológica da inspiração
• Na única vez que O Novo
Testamento usa a palavra inspiração,
ela se aplica aos escritos, não aos
escritores. A Bíblia é que é
inspirada, e não seus autores
humanos. O adequado, então, é dizer
que: o produto é inspirado, os
produtores não.
XV. A NATUREZA DA INSPIRAÇÃO DA
BÍBLIA
• Nosso propósito neste capítulo tem
dois aspectos:
• 1º) Examinar as teorias a respeito da
inspiração e;
• 2º) Apurar com máxima precisão o que
está implícito no ensino da Bíblia a
respeito de sua própria inspiração.
XV. A NATUREZA DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
Ao longo da história, as teorias da inspiração
da Bíblia têm variado segundo as
características essenciais de três movimentos
teológicos:
1º) A Ortodoxia:
A Bíblia é a Palavra de Deus;
2º) O Modernismo:
A Bíblia contém a Palavra de Deus;
3º) A Neo-Ortodoxia:
A Bíblia torna-se a Palavra de Deus.
A NATUREZA DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA
Na maior parte dessa história,
prevaleceu a visão ortodoxa, a saber: a
Bíblia é a Palavra de Deus. Com o
surgimento do Modernismo, muitas
pessoas vieram a crer que a Bíblia
meramente contém a Palavra de Deus.
Mais recentemente, sob a influência do
existencialismo contemporâneo, os
teólogos têm ensinado que a Bíblia
torna-se a Palavra de Deus quando a
pessoa tem um encontro pessoal com
Deus em suas páginas.
A ORTODOXIA
A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS
Por cerca de 18 séculos de história, prevaleceu a
opinião ortodoxa da inspiração divina. Os pais da
Igreja, em geral, com raras manifestações menos
importantes em contrário, ensinaram firmemente
que a Bíblia é a Palavra de Deus escrita. Teólogos
ortodoxos ao longo dos séculos vêm ensinando
que a Bíblia foi inspirada verbalmente e que a
mesma é o registro escrito por inspiração de Deus.
Surgiu, porém dentro da ortodoxia duas opiniões
divergentes: DITADO VERBAL , CONCEITOS
INSPIRADOS.
DITADO VERBAL
Deus ditou sua Palavra mediante a
personalidade do autor humano.
Deus por sua atuação especial e
providência, foi quem formou as
personalidades sobre as quais
posteriormente o Espírito Santo
haveria de soprar seu ditado palavra
por palavra.
CONCEITOS INSPIRADOS
“Deus teria inspirado apenas os conceitos,
não as expressões literais particulares com
que cada autor concebeu seus textos. Deus
teria dado seus pensamentos aos profetas,
que tiveram toda a liberdade de exprimi-los
em seus termos humanos” (Strong). Dessa
maneira, Strong esperava evitar quaisquer
implicações mecanicistas derivadas do ditado
verbal e ainda preservar a origem divina das
Escrituras. Deus concedeu a expressão verbal
característica de seus estilos próprios.
O MODERNISMO: A BÍBLIA CONTÉM A
PALAVRA DE DEUS
Ao surgir o idealismo e a crítica da Bíblia,
surgiu também uma nova visão evoluída da
inspiração bíblica, a par do modernismo ou
liberalismo teológico. Opondo-se à opinião
ortodoxa tradicional de que a Bíblia é a
Palavra de Deus, os modernistas ensinam
que a Bíblia meramente contém a Palavra de
Deus. Afirmam que a Bíblia teria
incorporado muito das lendas, dos mitos e
das falsas crenças relacionadas à ciência.
O CONCEITO DA ILUMINAÇÃO
Defendem alguns estudiosos que as “partes
inspiradas” da Bíblia resultam de uma espécie de
iluminação divina, mediante a qual Deus teria
concedido uma profunda percepção religiosa a
alguns homens piedosos. Tais percepções teriam
sido usufruídas com diferentes gradações de
compreensão, tendo sido registradas com misturas
de idéias religiosas errôneas e crendices da
ciência, comuns naqueles dias. Daí resultaria um
livro, a Bíblia, que expressa vários graus de
inspiração, dependendo da profundidade da
iluminação religiosa experimentada por qualquer
dos autores.
O CONCEITO DA INTUIÇÃO
Na outra extremidade da visão modernista estão os
estudiosos que negam totalmente a existência de algum
elemento divino na composição da Bíblia. Para eles a
Bíblia não passa de um caderno de rascunho em que os
judeus registraram suas lendas, histórias, poemas, etc.,
sem nenhum valor histórico. O que alguns denominam
inspiração divina não seria outra coisa senão intensa
intuição humana. Dentro desse folclore judaico a que se
deu o nome de Bíblia, encontram-se alguns exemplos
significativos de elevada moral e de gênio religioso.
Todavia, essas percepções espirituais são puramente
naturalistas. Em absolutamente nada, passam de intuição
humana; não existiria inspiração sobrenatural, tampouco
iluminação.
A NEO-ORTODOXIA: A BÍBLIA TORNA-SE A PALAVRA DE DEUS

À semelhança das outras teorias a respeito da


inspiração da Bíblia, a neo-ortodoxia desenvolveu
duas correntes. Na extremidade mais importante
estavam os demitizadores, que negam todo e
qualquer conteúdo religiosa importante, factual ou
histórico, nas páginas da Bíblia, e crêem apenas na
preocupação religiosa existencial sobre a qual
medram os mitos. Na outra extremidade, os
pensadores de tendência mais evangélica tentam
preservar a maior parte dos dados factuais e
históricos das Escrituras, mas sustentam que a
Bíblia de modo algum é a revelação de Deus.
Antes, Deus se revela na Bíblia nos encontros
pessoais; não, porém, de maneira proposicional.
NEO-ORTODOXIA
Visão demitizante. Rudolf Bultmann e Shubert Ogden
são representantes característicos da visão demitizante.
Ambos diferem entre si, uma vez que Ogden não vê
nenhum cerne histórico que dê consistência aos mitos da
Bíblia, embora Bultmann consiga enxergar isso. Ambos
concordam em que a Bíblia foi escrita em linguagem
mitológica, da época de seus autores, época já passada e
obsoleta. A tarefa do cristão moderno é demitizar a Bíblia,
ou seja, despi-la de seus trajes lendários, mitológicos, e
descobrir o conhecimento existencial a ela subjacente.
Afirma Bultmann que, a partir do momento que a Bíblia é
despida desses mitos religiosos, a pessoa encontra a
verdadeira mensagem do amor sacrificial de Deus em
Cristo.
NEO-ORTODOXIA
Encontro Pessoal. A outra corrente da neo-ortodoxia, representada
por Karl Bart e Emil Brunner, nutre uma visão mais ortodoxa das
Escrituras. Bart reconhece que existem algumas imperfeições no
registro escrito (até mesmo nos autógrafos) e, no entanto, afirma que
a Bíblia é a fonte da revelação de Deus. Afirma ele que Deus nos
fala mediante a Bíblia; que ela é o veículo de sua revelação. Assim
como um cão ouve a voz de seu dono, gravada de modo imperfeito
na gravação de uma fita ou disco, assim também o cristão pode
ouvir a voz de Deus que ressoa nas Escrituras. Afirma Brunner que
a revelação de Deus não é proposicional (i.e., feita por meio de
palavras). Assim, a Bíblia, como se nos apresenta, deixa de ser uma
revelação de Deus, passando a ser mero registro da revelação
pessoal de Deus aos homens em eras passadas. Todavia, SEMPRE
QUE O HOMEM MODERNO SE ENCONTRA COM Deus,
mediante as Escrituras Sagradas, a Bíblia torna-se a Palavra de Deus
para nós.
Edições

O Cânon da Bíblia - Definição

OO cânon
cânon das
das
Escrituraséé aalista
Escrituras lista de
de
todos os
todos oslivros
livros que
que
pertencemàà Bíblia.
pertencem Bíblia.
Wayne Grudem
Wayne Grudem
A ORIGEM HISTÓRICA DA BÍBLIA
• A Escritura Sagrada recebe o título de
Bíblia, palavra grega que significa "livros",
divido ela reunir um conjunto de livros
inspirados, chamados livros canônicos.
• "Cânon bíblico", o que é? Cânon é uma
palavra latina que significa "modelo". O
termo latino é derivado do grego kanon, de
"cana", instrumento de medida usado nos
tempos bíblicos no lugar do nosso "metro"
hoje.
XVI. A FORMAÇÃO DO CÂNON BÍBLICO
A palavra cânon, é o aportuguesamento
do vocábulo grego kanw/n (cana, régua)
(Gl 6.16; Fp 3.16; 2Co 10.13,15,16),
que talvez seja derivada do hebraico
KANEH henfq, significando uma vara de
medir ou uma régua (Ez 40.3). Usado,
porém, para classificação ou seleção dos
livros sagrados quer do Novo quer do
Velho Testamento, ele tem os seguintes
significados:
XVI.A FORMAÇÃO DO CÂNON BÍBLICO

kanw/n = henfq Cânon tem os seguintes


significados:
• Uma linha reta;
• Uma medida exata;
• Uma regra ética;
• Um prumo;
• Um limite que não se pode ultrapassar.
A FORMAÇÃO DO CÂNON BÍBLICO
• O cânon bíblico, portanto, "é a lista de
livros inspirados que formam a Bíblia, os
quais dão testemunho autorizado da
revelação de Deus, servindo como norma
de procedimento cristão, e como critério ou
régua, através dos quais se mede e julga
correto e justo um pensamento ou doutrina
(Gl 6.16; 2 Tm 3.16)". - Dicionário de
Teologia Fundamental, págs. 122 e 123.
Editora Vozes e Santuário, edição 1994.
A FORMAÇÃO DO CÂNON BÍBLICO
• Os livros inspirados, como expressão da
Palavra de Deus, que formam o cânon
bíblico original, como regra de fé e
doutrina, são 39 da Escritura hebraica do
Antigo Testamento, e 27 do Novo
Testamento, totalizando os 66 livros
canônicos, que como verdades infalíveis e
eternas, possuem autoridade final.
Edições

A Doutrina da Palavra de Deus

O
Cânon
do
Antigo
Testamento
Edições

O Cânon Bíblico

O Cânon A coleção mais antiga das palavras de


Deus eram os Dez Mandamentos.
surgiu

a partir
Após isso, foi ampliada para os cinco
de um primeiros livros: o Pentateuco.
processo de
revelação
Mais tarde, outros acrescentaram
progressiva palavras da parte de Deus. Escritos
de Deus Históricos, Poesia e Profecia.
Edições

O Mais Antigo Registro Histórico Sobre o


Cânon Bíblico

“São estes
“São estes os
os nomes
nomes(dos
(doslivros
livros do
do AT)
AT) ::cinco
cinco
livros de
livros de Moisés,
Moisés, Gênesis,
Gênesis, Êxodo,
Êxodo, Números,
Números,
Levítico, Deuteronômio,
Levítico, Deuteronômio, Josué,
Josué, filho
filho de
deNum,
Num,
Juízes, Rute,
Juízes, Rute, quatro
quatrolivros
livros dos
dos Reinos,dois
Reinos,doislivros
livros de
de
Crônicas, os
Crônicas, os Salmos
Salmosde de Davi,
Davi, os
os Provérbios
Provérbios dede
Salomão eesua
Salomão sua Sabedoria,
Sabedoria, Eclesiastes,
Eclesiastes, ooCântico
Cântico dos
dos
Cânticos, Jó,
Cânticos, Jó, os
os profetas
profetas Isaías,
Isaías, Jeremias,
Jeremias, os
os Doze
Doze
numúnico
num único livro,
livro, Daniel,
Daniel, Ezequiel,
Ezequiel, Esdras.”
Esdras.”
Melito, Bispo
Melito, Bispo de de Sardes,
Sardes, 170 170 d.C.
d.C.
Edições

O Fim do Registro do AT
Depois de
Depois deaproximadamente
aproximadamente 435 435 a.C.
a.C. não
não houve
houve mais
mais
acréscimos ao
acréscimos ao cânon
cânondo do Antigo
Antigo Testamento.
Testamento. A A
história do
história do povo
povo judeu
judeu foi
foiregistrada
registrada em
emoutros
outros
escritos, tais
escritos, tais como
como osos livros
livros dos
dos Macabeus,
Macabeus, mas
mas eles
eles
não foram
não foramconsiderados
considerados dignos
dignos de
deinclusão
inclusão na
na
coleção das
coleção das palavras
palavrasde de Deus
Deus que
que vinham
vinham
dosanos
dos anos anteriores.
anteriores.

Wayne Grudem
Wayne Grudem
Edições

Os Livros Sagrados dos Judeus (Bíblia – AT)

Livros Livros Livros


Pentateuco Históricos Poéticos Proféticos
Maiores Menores
Josué
Oséias
Juízes
Joel
Rute Amós
Gênesis Jó
1 e 2 Samuel Isaías Obadias
Êxodo Salmos
1 e 2 Reis Jeremias Jonas
Levítico Provérbios
1e2 Miquéias
Números Eclesiastes Lamentações
Crônicas Naum
Deuteronômio Cantares Ezequiel Habacuque
Esdras
Daniel Sofonias
Neemias Ageu
Ester Zacarias
Malaquias
Fonte: Arranjo evangélico
Jesus e os apóstolos só usaram os 39
livros hebraicos originais
• Os judeus, aos quais Deus confiou no
passado a guarda das Escrituras e Seus
oráculos (Rm 3.2), "só aceitam como
inspirados o cânon hebraico de 39
livros. Eles rejeitam os sete livros
tidos como deuterocanônicos." -
Bíblia do Pontífice de Roma, pág. 6.
Jesus e os apóstolos só usaram os 39
livros hebraicos originais
• Jesus e os apóstolos só usaram os 39
livros hebraicos originais, pois eles
citaram 1.378 vezes o Antigo
Testamento, mas nenhuma só vez os sete
livros. Portanto, o escritor Josefo estava
certo ao afirmar: "Só temos 39 livros, os
quais temos justa razão para crermos
que são divinos". - Resposta a Ápio,
livro I, 8.
Jesus e os apóstolos só usaram os 39
livros hebraicos originais
• A Igreja cristã primitiva os rejeitou
como inspirados e canônicos, permitindo
que fossem lidos só como livros de
edificação histórica. - Manual Bíblico,
pág. 358.
• Os Pais da igreja, tais como Atanásio,
Gregório, Hilário, Rufino e Jerônimo,
adotaram o cânon dos 39 livros
hebraicos. - Bíblia do Pontífice de Roma,
pág. 6.
Jesus e os apóstolos só usaram os 39
livros hebraicos originais
• Jerônimo, que traduziu a Bíblia
hebraica para o latim, entre 382 a
404 d.C. - a chamada Vulgata Latina
- tornou-se um defensor do cânon
restrito dos 39 livros hebraicos, e só
traduziu o livro não inspirado de
Tobias para a Bíblia "Vulgata" por
ordem dos bispos. - Dicionário de
Teologia Fundamental, pág. 124,
Editora Vozes.
XVI. A FORMAÇÃO DO CÂNON BÍBLICO
Isto significa que, tanto a igreja judaica quanto a
gentia, usaram de todo este critério na seleção dos
sessenta e seis livros que integram a Bíblia
Sagrada. Quer dizer que cada livro foi submetido à
rigorosa crítica textual, de modo a comprová-lo
como inspirado divinamente por Deus, antes de ser
admitido como livro canônico. Para tanto, tal livro
devia ser provado como de autoria profética, ou de
alguém que fosse reconhecido como um genuíno
servo de Deus, e ter também o testemunho e
reconhecimento das igrejas judaicas para os 39
livros do Velho Testamento e cristã para os 27 do
Novo Testamento.
XVI.A FORMAÇÃO DO CÂNON BÍBLICO
A Igreja judaica reconhece como
canônico os 39 livros, na seguinte
ordem de classificação:
• TORAH
• NAVIIM RIXONIM
• NAVIIM ARRARONIM
• KETUVIM (ESCRITOS)
XVI. A FORMAÇÃO DO CÂNON BÍBLICO
1. TORAH – A Lei. Gênesis, Êxodo,
Levítico, Números e Deuteronômio.
Convém notar que estes títulos são
oriundos da versão grega –
Septuaginta, não do hebraico, onde
eles não têm títulos e são conhecidos
apenas pelas primeiras palavras com
se iniciam, a saber: (Extraído do livro:
A Lei de Moisés e as “haftarot”):
XVI. A FORMAÇÃO DO CÂNON BÍBLICO
TORAH – A Lei. Gênesis, Êxodo,
Levítico, Números e Deuteronômio. No
hebraico eles têm títulos e são
conhecidos apenas pelas primeiras
palavras com se iniciam, a saber:
BERESHIT = No princípio (tyi$)"r:B). O
primeiro livro do Pentateuco chama-se
Gênesis, isto é, “origem” e em hebraico,
“Bereshit”, que significa “no princípio”.
XVI. A FORMAÇÃO DO CÂNON BÍBLICO

SHEMÓT = Nomes
(tOm:$). O segundo livro do
Pentateuco chama-se em
hebraico “Shemót”
(Nomes) em grego
“Êxodo” (Saída).
XVI. A FORMAÇÃO DO CÂNON BÍBLICO
Levítico. VAYIKRAH = e chamou ()fr:qiYaw).)
O terceiro livro do Pentateuco chama-se
VAYIKRAH (e chamou), palavra com a qual
começa este livro. Na Septuaginta é
Levítico, porém esta denominação não está
de acordo com o seu conteúdo, já que o livro
só trata dos levitas esporadicamente,
dedicando sua maior parte aos “COHANIM”
(sacerdotes) e ao culto em geral. Chamaram-
no assim, talvez porque Arão e seus filhos,
os sacerdotes, pertenciam a tribo de Levi.
XVI.A FORMAÇÃO DO CÂNON
BÍBLICO
Números. BAMIDBAR = no deserto
(raB:dim:B). O quarto livro do Pentateuco foi
intitulado em hebraico “BAMIDBAR” (no
deserto), pois nele está narrada a história dos
israelitas em sua longa permanência no
deserto. Denominou-se também “Humash
Hapekudim” (Livro dos Censos), pelos
diversos censos incluídos em seus primeiros
capítulos. A Septuaginta chamou este livro de
“ARITMÓI”, palavra que significa em grego,
Números.
XVI.A FORMAÇÃO DO CÂNON BÍBLICO
Deuteronômio. DEVARIM =
{yirfb:D). O quinto e
palavras ({
último livro do Pentateuco é
conhecido em hebraico com o
título de Devarim, que significa
“palavras”, pela razão de que
começa com “Elle Hadevarim” =
{yirfb:Dah heL") (estas são as
palavras.
XVI. A FORMAÇÃO DO CÂNON BÍBLICO
A Septuaginta o chamou equivocadamente
Deuteronômio, “segunda lei” ou “repetição
desta lei”, porém referindo-se somente ao 5º
Livro de Moisés, e inspirando-se no capítulo
17.18, de onde se faz referência à “uma cópia
desta lei” que o rei de Israel levava consigo
para lê-la durante toda a sua vida. No entanto,
o que o rei de Israel tinha eram duas cópias
conforme o estipula o versículo acima
mencionado.
XVI. A FORMAÇÃO DO CÂNON BÍBLICO
2. NAVIIM RIXONIM – Profetas
primitivos (Josué, Juízes 1, 2, Samuel 1,
2 e 2Reis).
3. NAVIIM ARRARONIM – Últimos
Profetas (Isaías, Jeremias, Oséias, Joel,
Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum,
Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e
Malaquias).
4. KETUVIM (ESCRITOS) – Salmos,
Provérbios, Jó, Cantares de Salomão,
Rute, Lamentações de Jeremias,
Eclesiastes, Ester, Daniel, Esdras,
Neemias, 1 e 2Crônicas.
XVI. A FORMAÇÃO DO CÂNON BÍBLICO
Observa-se que os judeus dividem o
Velho Testamento diferente de nós os
cristãos, que obedecemos ao seguinte
critério:
1. A LEI. Gênesis, Êxodo, Levítico,
Números e Deuteronômio (5 livros);
2. HISTÓRIA. De Josué a Ester (12 livros);
3. POESIA. De Jó a Cantares de Salomão
(5 livros);
4. PROFECIA. De Isaías a Malaquias (17
livros);
XVI. A FORMAÇÃO DO CÂNON BÍBLICO
Essa classificação faz as seguintes mudanças:
Deixa de considerar proféticos os livros de
Josué a 2 Reis, aos quais classificamos como
históricos e agrupa a eles os livros de 1 e 2
Crônicas, Rute, Esdras, Neemias e Ester.
Incluímos Daniel entre os proféticos e também o
de Lamentações de Jeremias, que aliás, por ser
um livro poético, deveria estar incluído entre a
respectiva classe, e nesse caso, teríamos 6 livros
poéticos e 16 proféticos.
XVI. A FORMAÇÃO DO CÂNON BÍBLICO
A formação do Cânon do Velho
Testamento foi muito rigorosa, e tudo
indica que além dos livros apócrifos
reconhecidos e aludidos, no parágrafo
XVII, houve outros livros que não
foram incluídos no cânon sagrado e
dos quais nada sabemos senão aquilo
que a Bíblia diz a seu respeito.
LIVROS NÃO INSPIRADOS
• As Bíblias que contém sete livros a mais,
foram extraídas da "Bíblia grega", ou
"Septuaginta", traduzida na Bíblia hebraica
para o grego no ano 250 a.C., quando então
foram incluídos outros sete livros, que não
faziam parte dos livros inspirados da Bíblia
hebraica original, que são: Tobias, Judith, I
e II Mababeus, Sabedoria, Eclesiástico e
Baruc. - Frei Mauro Strabeli, Bíblia,
perguntas que o povo faz, págs. 16 e 17,
Edição Paulinas.
LIVROS NÃO INSPIRADOS
• Naquela época, a Grécia
dominava o mundo e foi o rei
Ptolomeu Filadelfo, do Egito, que
ordenou a tradução da
Septuaginta. Provavelmente os
sete livros foram anexados a ela,
a pedido dele, na ocasião ou
posteriormente.
Porque esses sete livros não devem ser
aceitos como inspirados ou canônicos
• Como lembra o Frei Mauro Strabeli, "a Escritura
do Velho Testamento, considerada como original,
é a Bíblia hebraica, cujos livros foram como
´canônicos´ de início e sem nenhuma discussão". -
Ibidem, pág. 16.
• Esses livros não foram escritos por profetas, pois
era uma época de interrupção na sucessão
profética. Por isso, só os 39 livros eram
considerados divinos ou inspirados, argumenta o
respeitado historiador judeu Flávio Josefo, nascido
pouco depois da morte de Cristo. - Resposta a
Ápíon, Livro I, 8.
Porque esses sete livros não devem ser
aceitos como inspirados ou canônicos
•Segundo Josefo, o cânon do Antigo
Testamento com 39 livros, fei
fechado entre 465 e 425 a.C.. E no
ano 90 d.C., o concílio jucaico de
Jamni analisou os demais sete livros,
mas os rejeitou. - Resposta àquelas
Perguntas, pág. 53, Editora
Candeias.
Porque esses sete livros não devem ser
aceitos como inspirados ou canônicos
• Além dos sete livros não fazerem parte do
cânon bíblico original, eles só foram
considerados como inspirados pela Igreja
Católica no Concílio de Trento, em 8 de abril
de 1546, sendo chamados deuterocanônicos
[ou canônicos de segunda época]. -
Dicionário de Teologia Fundamental, pág.
124. Editora Vozes, edição de 1994. A Igreja
Católica oficializou-os, objetivando deter o
movimento de Reforma Protestante.
Alguns erros ensinados pelos sete livros não inspirados, Livros
que se chocam frontalmente com os 66 livros canônicos canônicos ou
da Bíblia. Escritura

1 - Narração de anjo mentindo sobre sua origem. Tobias 5.1-9 Is 63.8; Os 4.2

2 - Diz que se deve negar o pão aos ímpios. Eclesiástico 12.4-6 Pv 25.21,22

3 - Uma mulher jejuando toda a sua vida. Judith 8.5,6 Mt 4.1-2

4 - Deus dá espada para Simeão matar siquemitas, Judith 9.2 Gn 34.30; 49.5-7

5 - Dar esmola purifica do pecado. Tobias 12.9 e Eclesiástico 3.30 1 Pe 1.18,19

6 - Queimar fígado de peixe expulsa demônios. Tobias 6.6 At 16.18


Erros ensinados pelos sete livros não Livros
inspirados, que se chocam frontalmente canônicos ou
com os 66 livros canônicos da Bíblia. Escritura
7 - Nabucodonosor foi rei da Assíria, em Nínive.
Daniel 1:1
Judith 1:1
8 - Honrar o pai traz o perdão dos pecados.
I Pedro 1:18-19
Eclesiástico 3:3
9 - Ensino de magia e superstição. Tobias 2:9 e 10;
Tiago 5:14-16
6:5-8; 11:7-16
10 - Antíoco morre de três maneiras. I Macabeus Isaías 63:8;
6:16; II Macabeus 1:16; 9:28 Mateus 5:37
11 - Recomenda a oferta pelos mortos. II Macabeus
Eclesiástes 9:5-6
12:42-45
12 - Ensino do purgatório ou imortalidade da alma. I João 1:7;
Sabedoria 3:14 Hebreus 9:27
13 - O suicídio é justificado e louvado. II Macabeus
Êxodo 20:13
14:41-46
livros apócrifos desconhecidos
1. Livro das Guerras do Senhor (Nm 21.14);
2. Livros dos Justos (Js 10.13; 2Sm 1.18);
3. Livro da história de Salomão (2Rs 11.41);
4. Crônicas dos Profetas Natã e Gad (1Cr
29.29);
5. História do profeta Natã, Profecias de Aias
o silonita e Visões de Ido o vidente (2Cr
9.29; 12.15; 13.22);
6. Crônicas de Jeú (2Cr 20.34);
7. História de Hozai (2Cr 33.19).
Cânon dos livros do Novo Testamento
Sobre o critério adotado e as datas da
organização do Cânon dos livros do
Novo Testamento, podemos afirmar que
desde Jerusalém, nos anos 48 a.C. aos
anos 100 a.D., já os livros que integram
o Novo Testamento estavam
devidamente selecionados e deles
expurgados os numerosos apócrifos
constantes dos parágrafos XVII.
Cânon dos livros do Novo Testamento
A divisão do Novo Testamento, para efeito de
estudos, segue de certo modo a mesma do Velho
Testamento, posto que o fazemos em quatro
partes:
1. HISTÓRICO-BIOGRÁFICOS: Mateus, Marcos,
Lucas e João – 4 livros
2. HISTÓRIA DA IGREJA APOSTÓLICA NO
PRIMEIRO SÉCULO: Atos – 1 livro
3. DIDÁTICA CRISTÃ: As Epístolas – 21 livros
4. PROFECIA: Apocalipse – 1 livro.
Cânon dos livros do Novo Testamento
• Mas, para efeito de estudo sistemático, as
Epístolas podem ser subdivididas em:
1. EPÍSTOLAS ECLESIÁSTICAS: Romanos,
Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1e 2
Tessalonicenses.
2. EPÍSTOLAS PASTORAIS: 1e 2 Coríntios e
Tito.
3. EPÍSTOLA PESSOAL: Filemon.
4. EPÍSTOLA AOS HEBREUS.
5. EPÍSTOLAS GERAIS: Tiago, 1 e 2 Pedro, 1,2 e
3 João e judas.
XVII.OS LIVROS APÓCRIFOS
Por apócrifo, entende-se em literatura
judaico-cristã, um escrito que não é
reconhecido como canônico e, portanto não
tem os lustres da inspiração divina, é
espúrio, é falso quanto a este aspecto
fundamental a um livro que se preste ao
ensino da verdade a ser seguido por aqueles
que se chegam a Deus. Noutras palavras, é
uma literatura duvidosa tanto em autoria,
quanto em valor sagrado.
XVII.OS LIVROS APÓCRIFOS
Há duas correntes distintas de
livros apócrifos:
1.Os apócrifos correspondentes ao
Velho Testamento e, portanto
judaicos;
2.Os apócrifos correspondentes ao
Novo Testamento, e
pseudocristãos.
Edições
Os Apócrifos do Antigo Testamento

Os Livros que não foram aceitos pelos


judeus como Sagrados (Apócrifos do AT)

1 e 2 Macabeus
1 e 2 Esdras
Oração de Manassés
Baruc
Eclesiástico
Judite
Tobias
Edições
Motivos da Rejeição aos Livros Apócrifos

(1) Eles não atribuem a si o mesmo tipo de autoridade


que têm os escritos do Antigo Testamento;

(2) Não foram considerados palavras de Deus pelo


povo judeu do qual se originaram;

(3) Não foram considerados Escrituras por Jesus nem


pelos escritores do Novo Testamento;

(4) Contêm ensinos incoerentes com o restante da


Bíblia.
OS APÓCRIFOS DO VELHO TESTAMENTO
Até aonde vai o nosso conhecimento, os apócrifos do Velho
Testamento são em número de nove (09), a saber, os que
foram reconhecidos canônicos pelo Concílio de Trento,
Itália, reunido em 1545 a 1563 e reconhecido como
Concílio Contra-Reforma-Protestante. Esses nove livros
têm os seguintes títulos: Tobias, Judite, acréscimo ao livro
de Ester do capítulo 10.5 ao fim do capítulo 16, Sabedoria
de Salomão, Eclesiástico, Baruque com a carta de Jeremias,
a história de Bel e o Dragão e a história de Susana
(capítulos 13 e 14) e mais o acréscimo do capítulo 3.57-90,
1 e 2 Macabeus. Conforme foi dito acima, estes apócrifos
são acrescidos ao Velho Testamento, por interpolação feita
pelo Concílio de Trento, mas nunca foram reconhecidos
pelos rabinos judaicos como livros canônicos e tão pouco
pelos cristãos evangélicos universais. A mais desses
acréscimos, algumas edições católicas incluem também
outro a que denominam de Oração de Manassés.
OS APÓCRIFOS DO VELHO TESTAMENTO
O motivo porque o Concílio de
Trento incluiu esses apócrifos foi
a ênfase dada pelos evangélicos
contra a idolatria, as orações
pelos mortos e coisas
semelhantes, portanto, para terem
algo em que se apegarem,
incluíram tais livros ao Velho
Testamento.
OS APÓCRIFOS DO VELHO TESTAMENTO
Mas, eles foram infelizes em seu intento,
porque nem mesmo os rabinos
modernistas entre os judeus deram valor
a eles e por este motivo na tradução de
Matos Soares, cada acréscimo destes é
precedido duma nota em que os
denominam de “deutero-canônicos”,
significando que eles não fazem parte
dos antigos livros reconhecidos
canônicos.
OS APÓCRIFOS DO NOVO TESTAMENTO
Estes apócrifos, felizmente, jamais constaram
de qualquer texto do Novo Testamento, a
saber, nunca foram tidos ou havidos como
canônicos nem mesmo pela apóstata Igreja
Católica Romana, e suas congêneres Católica
Grega e Ortodoxa, etc. São, porém em
número muito maior do que aqueles do velho
Testamento, são nada menos de trinta e
quatro (34) livros, que nunca tiveram valor
equivalente aos vinte e sete (27) livros
canônicos constantes do Novo Testamento.
OS APÓCRIFOS DO NOVO TESTAMENTO
Daremos a seguir os seus títulos: O Didaquê, Epístola de
Barnabé, 1ª e 2ª Epístolas de Clemente, o Pastor de
Hermas, O Apocalipse de Pedro, Atos de Paulo e Tecla,
Epístola de Policarpo aos Filipenses, as sete Epístolas de
Inácio, o Pseudo Evangelho de Mateus (não é o constante
do Novo Testamento), Protoevangelho de Tiago,
Evangelho do nascimento de Maria, Evangelho de
Nicodemos, Evangelho da Infância do Salvador, História
de José o carpinteiro, O Evangelho de André, O Evangelho
de Bartolomeu, O Evangelho de Barnabé, de Matias, de
Tomé, de Pedro, de Filipe, Atos de João, de Paulo, de
Pedro, de André, de Tomé, de Filipe, de Tadeu, Apocalipse
de João o Teólogo.
OS APÓCRIFOS DO NOVO TESTAMENTO
Observa-se com a existência de tantos livros apócrifos, a
veracidade comprovada da menção a eles feita por Lucas
no prólogo do seu Evangelho, onde afirma: “Muitos houve
que empreenderam uma narração coordenada dos fatos que
entre nós se realizaram” (Lc 1.1). Isto ocorreu não apenas
sobre a vida de Jesus Cristo (livros apócrifos denominados
evangelhos), também sobre os pontos de vista histórico (os
livros denominados de Atos). Vemos que houve um esforço
de cobrir toda a área atingida pelos 27 livros do Novo
Testamento, incluindo a própria escatologia com o título de
Apocalipse. No entanto, só aos 27 livros constantes do
Novo Testamento, Deus permitiu que constassem do Cânon
sagrado, porque “estes foram escritos para que creias que
Jesus Cristo é o Filho de Deus, e para que crendo, tenhais
vida em seu nome” (Jo 20.31).
XVIII. AS ANTIGAS TRADUÇÕES DA BÍBLIA
O cativeiro babilônico da nação judaica que
causou a primeira destruição do templo sagrado
juntamente com a destruição parcial da cidade de
Jerusalém, cativeiro que durou 70 anos
ininterruptos (Jr 25.11; Dn 9.1,2), ocasionou duas
coisas em meio aos judeus:
1. A aparição da sinagoga, palavra hebraica que
significa literalmente “casa para reuniões”, e não
templo, porém na ausência do Templo Sagrado,
passou a ser o lugar para reuniões devocionais
judaicas durante a diáspora o que ainda hoje
perdura;
XVIII. AS ANTIGAS TRADUÇÕES DA BÍBLIA
2. Devido as gerações de judeus nascidos em Babilônia
serem incapazes de ler e entender o hebraico com
proveito direto, os rabinos solucionaram este problema
fazendo uma espécie de paráfrase do texto hebraico em
aramaico, que veio a ter o título de TARGUM, palavra
aramáica que significa interpretação, explicação, etc. Isto
ocorreu aí pelo ano 450 a.C. Entre esses TARGUNS, o
mais famoso foi o de Onquelos, um famoso rabino da
época de Cristo, cujo trabalho se constituiu numa espécie
de transliteração de todo o texto hebraico do Pentateuco,
em aramáico. Tal era a dificuldade daquelas gerações de
judeus-babilônicos, que na época de Esdras, os
emigrantes da Babilônia que foram mandados de volta
por Ciro, o persa, necessitavam de que os levitas lhes
explicassem o texto lido por Esdras em hebraico, a fim
deles poderem entender o sentido das palavras da Lei (Ne
8.6-8).
XVIII. AS ANTIGAS TRADUÇÕES DA BÍBLIA
Os samaritanos têm o seu próprio PENTATEUCO,
denominado de PENTATEUCO SAMARITANO,
escrito em variante do hebraico antiqüíssimo, e não
aceitam qualquer dos outros 34 livros do Cânon
judaico, e sim exclusivamente os cinco livros de
Moisés.
Das traduções feitas para outras línguas, a mais
antiga é a denominada SEPTUAGINTA, ou
Tradução dos Setenta, que é a tradução dos 39
livros canônicos judaicos para a língua grega, feita
por 72 rabinos judaicos em Alexandria, Egito, por
iniciativa de Ptolomeu Lages no ano 280 a.C. e
concluída no reinado de Ptolomeu Filadelfo no ano
180 a.C. Tudo indica haver sido esta versão usada
por Jesus e Seus discípulos.
XVIII. AS ANTIGAS TRADUÇÕES DA BÍBLIA
Duas outras versões antigas merecem
destaques, devido a sua projeção em
meio a cristandade primitiva, uma das
quais ainda em circulação atualmente.
Foram elas a Versão Siríaca e a Versão
Latina, ambas datadas de 150 A.D.; de
certo modo, a Velha Latina tornou-se na
conhecida VULGATA LATINA, que é a
versão oficial da Igreja Católica Romana,
que surgiu no período 383-405 A.D.
Também podemos aludir à Versão
Copta. Língua falada no antigo Egito, que
surgiu no ano 250 a.D.
XVIII. AS ANTIGAS TRADUÇÕES DA BÍBLIA
Poderíamos, se nosso curso
comportasse, acrescentar-lhes: as
versões arábicas, Etiópica,, Gótica,
Armênia, Gergotiana e Eslava.
Todas foram versões antigas
datadas dos anos 250 à 864 A.D.,
todavia, deixamos com os alunos o
direito e o dever de pesquisarem, por
ser algo de valor histórico e positivo
ao conhecimento do pregador e do
estudioso da Bíblia.
XIX. DIVISÕES EM CAPÍTULOS E VERSÍCULOS
1. Tanto os originais dos livros do Velho
Testamento quanto os do Novo Testamento foram
escritos conforme exemplificado no parágrafo
VIII, que trata da transmissão do Texto Hebraico,
sem qualquer divisão de palavras, capítulos e
versículos. Portanto, estas divisões que hoje
temos em nossas Bíblias, são modernas e foram
inventadas com a finalidade de facilitar o estudo
do texto sagrado, porém não são inspiradas e até
em certos aspectos deixam a desejar quanto à
lógica.
DIVISÕES EM CAPÍTULOS E VERSÍCULOS
• Veja por exemplo os seguintes textos que são
muito mal divididos:
a) No VELHO TESTAMENTO: 2Sm 2.32-3.17;
17.27-18.8; 2Rs 6.32-7.2; Is 43.25-44.1-5; 52.13-
53.12; Jr 3.1-4.2; Mq 4.13-5.1; Ml 2.17-3.5;
b) No NOVO TESTAMENTO: Jo 18.23-19.16;
1Co 10.33-11.1; 2Co 1.15-2.4; 5.18-6.3; Ef 4.25-
5.1; Fp 3.17-4.1.
Estas divisões quebradas de capítulos
demonstram que elas não são perfeitas e que não
deverão ser levadas em consideração quanto ao
estudo do texto, que deverá ser estudado como
um todo e não como divididos ilogicamente,
como se apresentam nos exemplos acima.
XIX. DIVISÕES EM CAPÍTULOS E VERSÍCULOS
2. A história da divisão dos livros da Bíblia em
capítulos e versículos é algo incerto, devido
aparecerem nela, mormente na parte referente aos
capítulos, mais de um concorrente. Exemplo: Há
os que afirmam que a divisão de ambos
Testamentos foi feita pelo Arcebispo de
Canterbury, Inglaterra, Stephen Langton, em
1228; outros afirmam que foi o Cardeal Hugo
antes de sua morte em 1263, que usou, se foi o
caso, o texto da Vulgata; e há ainda os que
afirmam que o texto do Velho Testamento foi
dividido em capítulos pelo rabino Mordecai
Nathan em 1445, e em 1661 Athias incluiu no
texto impresso referidas divisões.
XIX. DIVISÕES EM CAPÍTULOS E VERSÍCULOS
2. Mas, é notório que desde a versão
inglesa de Wycliffe em 1382 tal divisão
é corrente na Bíblia inglesa. Quanto a
divisão dos capítulos em versículos
é notório sua atribuição a Robert
Estevens, desde o ano de 1551,
quando foi publicado o Novo
Testamento grego em Paris com as
divisões em capítulos e versículos.
XIX. DIVISÕES EM CAPÍTULOS E VERSÍCULOS
3. Ademais dos capítulos e versículos, mais
uma inovação foi introduzida ao texto
bíblico, visando auxiliar o seu estudo, esta
foi a referência verbal, idealizada por John
Marneck, em Londres, Inglaterra, em 1550,
que se generalizou desde então. De fato, o
sistema de referências verbais quando
usado com o devido cuidado, é uma ótima
ajuda, porém o sistema de referências
textuais é mais lógico e mais positivo ao
estudante, porque corresponde sempre à
realidade e não confunde ao estudioso,
devido a correlação paralela que encerra.
XX. A BÍBLIA EM PORTUGUÊS
O início das traduções da Bíblia para o português
remonta à Idade Média. O rei D.Diniz (1279-1325)
é considerado o precursor dessa tão nobre tarefa.
Com base na Vulgata Latina, traduziu até o
capítulo 20 do livro de Gênesis. A primeira porção
publicada em português foi uma tradução da vida
de Cristo com base no Evangelho de Mateus, por
iniciativa da D. Leonor, rainha de Portugal, esposa
do rei D. João, que fez publicar em Lisboa, no ano
de 1495 A.D. Anos após a mesma rainha fez
publicar os livros de Atos, Epístolas de Tiago, João
e Judas.
XX. A BÍBLIA EM PORTUGUÊS
Foi o protestante João Ferreira de Almeida,
nascido em 1628, próximo a Lisboa, quem
marcou a história como o primeiro tradutor
a trabalhar a partir das línguas originais.
Almeida concluiu a tradução do Novo
Testamento em 1676, que acabou sendo
publicada em 1681, na Holanda. Ele morreu
em 1691, deixando o Antigo Testamento
traduzido até Ezequiel 48.21. Seu trabalho
foi completado por Jacobus op den Akker,
da Batávia, em 1748.
XX. A BÍBLIA EM PORTUGUÊS
A segunda versão do seu Novo Testamento foi
publicado dois anos após a sua morte, a saber, em
1695. Depois foram os Salmos traduzidos por
Almeida que foram editados com o livro de
Oração Comum, para a Igreja Anglicana da
Indonésia, em 1695.
A terceira edição do Novo Testamento de
Almeida, foi publicada em Amsterdã, Holanda,
por iniciativa de Frederico IV, rei da Dinamarca,
que era um monarca muito interessado na difusão
do livro sagrado em terras do Oriente. Essa edição
teve lugar em 1712.
XX. A BÍBLIA EM PORTUGUÊS
A primeira parte do Velho Testamento publicada
foram Os Profetas Menores em 1732. A segunda
parte foram os Salmos com os Livros Históricos
em 1738. A primeira edição de todo o Velho
Testamento em português, foi feita em dois
volumes: de Gênesis a Ester em 1748 e de Jó a
Malaquias em 1753. Todas estas edições foram
feitas sob a autorização da Companhia Holandesa
das Índias Orientais, por permissão do Barão
Inhoff, Gustavo Guilherme, governador-geral em
Batávia, Indonésia, em tipografia própria da
Igreja Reformada.
XX. A BÍBLIA EM PORTUGUÊS
Foi em 1819 que foi pela primeira vez
publicada a Bíblia Sagrada contendo O
Velho e o Novo Testamentos, traduzida
em português por João Ferreira de
Almeida, desta vez em Londres,
Inglaterra, na tipografia de R. A. Taylor.
Depois já revista, sua segunda edição foi
publicada pela Sociedade Bíblica
Britânica em 1894.
XX. A BÍBLIA EM PORTUGUÊS
No contexto católico romano, duas traduções feitas
a partir da Vulgata Latina marcaram época desde o
século XVIII. A primeira foi a do padre Antônio
Pereira de Figueiredo, publicada em 1790, e a
segunda, publicada em 1930, foi a do padre Matos
Soares, referendada oficialmente pela Igreja
Romana.
No início do século XX, em 1917, foi publicada no
Brasil uma tradução bastante literal e erudita que
teve a colaboração de Rui Barbosa. Ficou
conhecida como a Tradução Brasileira e não é mais
publicada atualmente.
XX. A BÍBLIA EM PORTUGUÊS
A tradução de Almeida recebeu várias
revisões durante o século XX, dando origem
a várias versões similares: Almeida Revista e
Corrigida (última revisão em 1995) e
Almeida Revista e Atualizada (última revisão
em 1993) publicadas pela Sociedade Bíblica
do Brasil; Corrigida Fiel (1994), pela
Sociedade Bíblica Trinitariana e a Versão
Revisada (1967), publicada pela Imprensa
Bíblica Brasileira (ligada à Convenção
Batista Brasileira).
XX. A BÍBLIA EM PORTUGUÊS
A partir da década de 1970 novas traduções
para o português foram publicadas. Trata-se
do início de uma série de versões não literais e
fundamentadas nas pesquisas exegéticas e
lingüisticas mais recentes. No contexto
católico, surgiram as primeiras versões
traduzidas a partir dos originais. Em 1976 foi
lançada a Bíblia de Jerusalém, traduzida pela
escola Bíblica de Jerusalém (padres
dominicanos), bastante erudita e cheia de
notas técnicas.
XX. A BÍBLIA EM PORTUGUÊS
Em 1982 foi publicada a Bíblia Vozes
com uma linguagem menos erudita, mas
muito bem fundamentada
exegeticamente. Depois vieram a Bíblia
Pastoral, de linguagem popular, de base
acadêmica e claramente afinada coma
Teologia da Libertação, e a Tradução
Ecumênica (1997), muito especializada
e a mais rica em notas críticas e
lingüísticas disponível em português.
XX. A BÍBLIA EM PORTUGUÊS
No cenário evangélico, merece destaque a
Bíblia na Linguagem de Hoje (BLH,
Sociedade Bíblica do Brasil – 1988), feita
intencionalmente em linguagem popular,
sob uma filosofia de tradução mais flexível,
mas baseada em exegese erudita e
respeitada. A BLH passou por uma ampla
revisão, que deu origem à Nova Tradução
na Linguagem de Hoje (NTLH), lançada no
final do ano 2000.
XX. A BÍBLIA EM PORTUGUÊS
Em Portugal, recentemente,
também foi publicada uma
excelente versão da Bíblia,
contemporânea e
interconfessional, chamada Bíblia
em Português Corrente. A
tradução foi elaborada por uma
comissão de eruditos portugueses.
XX. A BÍBLIA EM PORTUGUÊS
Mais recentemente foi lançada a Nova versão
Internacional (NVI), publicada em março de 2001 (Novo
Testamento em 1994); trata-se de versão fiel ao sentido
do original e em linguagem contemporânea. É uma
versão marcada por sua riqueza exegética e por ser
evangélica em sua abordagem teológica, contribuindo
assim para a história da Bíblia em língua portuguesa. O
propósito dos estudiosos que traduziram a NVI foi
acrescentar à lista das várias traduções existentes em
português um novo texto que se definisse a partir de
quatro características fundamentais: tradução acurada,
beleza de estilo, clareza e dignidade.
SIGLAS QUE APARECEM NOS LIVROS E
PERIÓDICOS EVANGÉLICOS
• ARC = Almeida Revisada e Corrigida, hoje
RC ;
• ARA = Almeida Revisada e Atualizada, hoje
RA;
• FIG = Antônio Pereira de Figueiredo;
• RHODEN = Edição do Novo Testamento
por Humberto Rhoden;
• EB = Edição Brasileira;
SIGLAS QUE APARECEM NOS LIVROS
E PERIÓDICOS EVANGÉLICOS
• IBB = Imprensa Bíblica Brasileira;
• SBT = Sociedade Bíblica Trinitariana;
• BJ = Bíblia Jerusalém;
• TEB = Tradução Ecumênica da Bíblia;
• NVI = Nova versão Internacional.
CONTATOS
• PR. ANTÔNIO CARLOS GONÇALVES
BENTES
• TEL. (031) 3681 4770
• CEL. 96849869; 86614070
• E.MAIL: pastorbentesgoel@gmail. com
• E.MAIL: unitheomg@gmail.com
MINISTÉRIO GOEL
;hfwh:y {"$:B )fBah |UrfB
Baruch hábah Boshem Adonai.
Bendito é o que vem em nome do
Senhor
;hfwh:y ty"Bim {ekUn:kar"B
Berakhnukhem mibeyth YHVH (Adonai)
Da casa do Senhor nós os
abençoamos.
CONTATOS
• PR. ANTÔNIO CARLOS GONÇALVES
BENTES
• TEL. (031) 3681 4770
• CEL. 96849869; 86614070
• E.MAIL: unitheomg@gmail.com
• pastorbentesgoel@gmail.com
MINISTÉRIO GOEL

l")oG l")oG
Pr. A. Carlos G. Bentes
BACHAREL EM TEOLOGIA, MESTRE EM TEOLOGIA,
DOUTOR EM TEOLOGIA
PhD em Teologia Sistemática
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