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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
ENERGIA E FENÔMENOS DE TRANSPORTE

GELADEIRA PELTIER

por

Anderson Dall’Agnol
Henrique Zuardi Niencheski
Kassius Kraemer
Daniel Mocelin Tatsch

Trabalho Final da Disciplina de Medições Térmicas

Porto Alegre, junho de 2009.


ii

AGRADECIMENTOS

O grupo agradece a Felipe da Silva Ribeiro que emprestou a geladeira e contribuiu com
valiosas dicas a José Salvadoretti pela ajuda na construção do PWM e a João Batista pela
atenção, ajuda e por fazer hora extra para que o trabalho pudesse ser concluído.

Obrigado.
iii

RESUMO

A proposta para este trabalho é efetuar medições de temperatura do ar no interior de uma


geladeira construída utilizando pastilhas termoelétricas (Efeito Peltier), assim como medir a
temperatura de objetos (garrafa de 500 ml de água, lata de refrigerante e garrafa de cerveja)
colocados no interior da mesma. Gráficos de Temperatura x tempo são traçados possibilitando
descobrir a constante de tempo e a temperatura de estabilização para determinadas condições de
operação da geladeira. Para efetuar as medições, utilizam-se sensores do tipo RTD Pt-100 e a
placa de aquisição de dados HP 34970A Data Aquisition/Switch Unit. Observa-se que o
funcionamento da geladeira é dependente das condições do ambiente onde ela se encontra,
principalmente devido ao uso das pastilhas termoelétricas. Também se pode observar que a
geladeira leva um tempo considerável para chegar à temperatura de estabilização e que é
ineficiente para refrigerar alimentos, entretanto possui capacidade relativamente boa para mantê-
los refrigerados. A geladeira utilizada nos testes foi construída pelo Engenheiro Felipe da Silva
Ribeiro e foi alvo da seu trabalho de conclusão do curso de Engenharia Mecânica da UFRGS.
iv

ABSTRACT

This project has the purpose of measure the air temperature inside a refrigerator working
with a thermoelectric heat pump (Peltier device), as well as measure the temperature of some
objects (plastic bottle of water, a can and a glass bottle of beer) placed inside the content.
Graphics of temperature versus time are made in order to find out the time constant and the
temperature stabilization to certain refrigeration operation conditions. With the purpose of
performing the measures, it is used RTD PT100 sensors and a data logger (HP 34970A Data
Aquisition/Switch Unit). Due to the use of thermoelectric chips the temperature range of
operation of the refrigerator is dependent of the surroundings conditions where it is, this happen
because the solid state refrigerator works with the temperature difference. Results show that the
refrigerator takes considerable time to reach the temperature stabilization and it is inefficient to
cool groceries. Although the equipment does not have the ability to cool the products it has
relatively good ability to keep them cold. The experimental tests were done in a prototype built
by the engineer Felipe Ribeiro da Silva as his graduation project of the Mechanical Engineering
course at UFRGS.
v

LISTA DE SÍMBOLOS

A área, m²
cp calor específico a pressão constante, J/kgK
e espessura da aleta, m
g aceleração da gravidade, m/s²
Gr número de Grashof
h coeficiente de transferência de calor por convecção, W/m²K
H altura, m
I corrente, A
k condutividade térmica, W/mK
L comprimento, m
m massa, kg
N número (quantidade)
Nu número de Nusselt
Pr número de Prandtl
Q transferência de energia, J
Ra número de Rayleigh
t tempo, h
T temperatura, K; tempo, h
v volume específico, m³/kg
V volume, m³; tensão, V
w largura da aleta, m
x, y, z coordenadas retangulares, m
difusividade térmica, m²/s
coeficiente de expansão térmica, K-1
emissividade
eficiência da aleta
massa específica, kg/m³
constante de Stefan-Boltzmann
vi

SUMÁRIO
Pág.
1. INTRODUÇÃO ..........................................................................................................................1
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA....................................................................................................2
3. DEFINIÇÃO FÍSICA DO PROBLEMA ....................................................................................2
3.1 Efeito Peltier e Pastilhas Termoelétricas ...............................................................................2
3.2 PWM (Pulse Width Modulation) ou Modulação de Largura de Pulso..................................3
4. MODELAMENTO MATEMÁTICO .........................................................................................4
4.1 Carga térmica da caixa...........................................................................................................4
4.1.1 Carga Térmica Devido à Radiação..................................................................................4
4.1.2 Carga Térmica Devido à Convecção Livre .....................................................................5
4.1.3 Condução .........................................................................................................................6
4.1.4 Carga Térmica Devido a Aberturas Ocasionais da Geladeira .........................................6
4.1.5 Carga Térmica Devido à Presença de Equipamentos Elétricos.......................................7
4.1.6 Carga Térmica Devido a Objetos Colocados no Interior da Câmara ..............................7
4.2 Desempenho de aletas............................................................................................................7
5. TÉCNICAS EXPERIMENTAIS.................................................................................................8
6. VALIDAÇÃO .............................................................................................................................9
7. RESULTADOS.........................................................................................................................10
7.1 Ensaio da geladeira vazia.....................................................................................................10
7.2 Ensaios com diferentes produtos dentro da geladeira..........................................................11
7.3 Capacidade de resfriamento.................................................................................................13
8. CONCLUSÕES.........................................................................................................................14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................16
ANEXO........................................................................................................................................ 17
1

1. INTRODUÇÃO

Refrigerar e manter alimentos em temperaturas baixas é uma preocupação do homem há


muito tempo. Com o avanço tecnológico e o surgimento de novos equipamentos capazes de gerar
uma diferença de temperatura e “fazer frio”, tornou-se possível fabricar geladeiras cada vez
menores e mais portáteis.
As pastilhas termoelétricas, por serem pequenas, leves, funcionarem com potências
baixas e serem capazes de gerar um grande diferencial de temperatura vêm substituindo os
convencionais ciclos que se valem da compressão de um fluido refrigerante para a extração de
calor do interior de câmaras.
Com o intuito de estudar o funcionamento de uma geladeira portátil, que pudesse ser
versátil o suficiente para ser utilizada em casa, em um acampamento e até mesmo em um
automóvel decidiu-se utilizar o equipamento construído pelo Engenheiro Felipe da Silva Ribeiro
e utilizado na sua tese de conclusão de curso.
O objetivo é tomar medidas de temperatura do ar no interior da geladeira em função do
tempo. Medições de temperatura em uma garrafa plástica de água, em uma lata de refrigerante
feita de alumínio e em uma garrafa de vidro de cerveja também são feitas e comparam-se as
temperaturas de estabilização de cada um dos casos.
2

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Pastilhas termoelétricas podem ser utilizadas para refrigerar câmaras, segundo Ribeiro.
Ainda segundo Ribeiro, elas podem ser alimentadas por uma fonte de tensão ou uma fonte de
corrente, na melhor das hipóteses.
Dentre as fontes de tensão utilizadas por Ribeiro estão as baterias automotivas e as fontes
ATX (também utilizadas em computadores).
Em seu trabalho de conclusão, Ribeiro mostra que, apesar de a bateria automotiva ter
capacidade de fornecer correntes superiores às que a fonte é capaz, a temperatura de
estabilização monitorada na câmara é superior nos casos onde a bateria de automóvel foi
utilizada. Isto se deve ao fato de a fonte conseguir suprir a corrente necessária ao sistema e ainda
manter a tensão constante, enquanto a tensão que a bateria entrega decai com o tempo (a bateria
descarrega).

3. DEFINIÇÃO FÍSICA DO PROBLEMA

A geladeira estudada pode ser vista na figura 5 e é composta por duas pastilhas
termoelétricas, uma caixa de poliestireno expandido de 14,5 litros, 4 dissipadores térmicos
(superfícies aletadas), 4 coolers (ventoinhas), uma fonte ATX de 250W e um PWM (modulador
de largura de Pulso).
As dimensões da caixa são 350x290x235 mm, e espessura da parede de 2,5 mm. A caixa
é recoberta por manta asfáltica.
As pastilhas são fabricadas por Danvic S.A, são do modelo DV-40-07, suas dimensões
são 39,5x39,5x3,82mm e estão ligadas em paralelo ao PWM. O PWM é ligado à fonte, que
fornece uma tensão constante de 11,8V.
Os coolers estão ligados em paralelo à fonte, que fornece a eles uma tensão constante de
5V.

Figura 5 - Geladeira

No presente trabalho, o ponto de funcionamento das pastilhas é fixado. Para isso utiliza-
se uma fonte ATX que garante que a tensão seja constante e, como este tipo de pastilha possui
resistência constante e conhecida, a corrente utilizada também é conhecida e constante. Desta
forma pode-se garantir que eventuais diferenças de resultado de um teste para outro não se
devem à forma de alimentação das pastilhas.

3.1 Efeito Peltier e Pastilhas Termoelétricas

Efeito Peltier é um fenômeno inverso do Efeito Seebeck que ocorre nos termopares. Este
efeito foi inicialmente observado por Peltier em 1834.
Aplicando uma diferença de tensão nas extremidades de dois semicondutores conectados,
pode-se criar um diferencial de temperatura entre as extremidades do sistema, segundo o site da
mspc.
3

As pastilhas termoelétricas valem-se desse efeito usando vários pares de semicondutores


do tipo-p e do tipo-n ligados eletricamente em série (termicamente em paralelo) e colados entre
duas placas cerâmicas formando uma espécie de sanduíche, segundo Danvic. A figura 1 ilustra
uma pastilha deste tipo.

Figura 1 – Pastilha Termoelétrica (Fonte: www.mspc.eng.br/eletrn/peltier_110.shtml)

A capacidade de retirar calor do ambiente a ser refrigerado depende da corrente (que deve
ser contínua), tensão e número de pares de elementos. O transporte do calor é feito através de
elétrons.
A potência dissipada por unidade de área é relativamente grande, mas a potência
dissipada total por pastilha é pequena (em torno de 100 W, dependendo da pastilha) e pode ser
comparada à potência de uma lâmpada incandescente comum. Visto isso, devem-se usar
dissipadores de calor em ambas as faces da pastilha.
Comercialmente, as pastilhas podem ser encontradas em uma série de formatos, tensões e
correntes máxima de operação (potência) e capacidade térmica.
São elementos pequenos, silenciosos, que não possuem partes móveis e são confiáveis,
características que justificam seu uso em geladeiras para automóveis, bebedouros, laboratórios,
refrigeração de processadores e gabinetes de computador para aumentar o desempenho
(overclock) e ultimamente para chegar a temperaturas criogênicas próximas ao zero absoluto. A
figura 2 é uma foto de uma pastilha Termoelétrica.

Figura 2 – Pastilha de Efeito Peltier

3.2 PWM (Pulse Width Modulation) ou Modulação de Largura de Pulso

PWM é um circuito que é capaz de transformar um sinal de entrada, nesse caso, a tensão
de alimentação (12V contínuo), em uma onda quadrada e, através de um potenciômetro,
controlar o número de pulsos em um determinado intervalo de tempo, ou seja, a freqüência de
emissão desses pulsos, segundo Ghirardello (2006). Dessa forma pode-se controlar a potência
aplicada à pastilha termoelétrica. A figura 3 representa o funcionamento de um PWM.

Figura 3 – Sinais de saída do PWM (Fonte: Apostila sobre Modulação PWM)


4

A potência real aplicada pode ser obtida aplicando uma integral ao gráfico da tensão x
tempo.
Como inconvenientes tem-se que, para saber a potência, tensão ou corrente deve-se
acoplar adequadamente ao sistema um multímetro capaz de fazer medições de ondas quadradas
ou utilizar um osciloscópio, por isso a corrente de alimentação do sistema não foi mensurada
quando utilizou-se o PWM. Também, mesmo estando o potenciômetro posicionado na posição
de mínimo, alguns pulsos são enviados pelo PWM. A figura 4 é uma fotografia do sistema real
construído.

Figura 4 – PWM

4. MODELAMENTO MATEMÁTICO

O modelamento apresentado é válido para regime permanente.

4.1 Carga térmica da caixa

A princípio, a geladeira recebe calor por convecção, radiação, ar proveniente do exterior


que entra quando a geladeira é aberta e a potência dos coolers internos que é degradada em calor.

QCAIXA=QCONV + QRAD + QAE + Q EE + QOBJETOS (1)

Onde QCAIXA é a carga térmica total da caixa, QCONV é o calor ganho do ar externo através
da convecção, QRAD é a carga térmica obtida por radiação devido a presença de objetos cuja
temperatura é maior que a temperatura da superfície da caixa, QAE é a carga térmica obtida pela
entrada de ar exterior na geladeira quando esta é aberta, Q EE é o calor que os equipamentos
elétricos (coolers) adicionam ao sistema, Qobjetos é a carga térmica que objetos a serem resfriados
causam ao sistema. A dimensão das cargas é W.

4.1.1 Carga Térmica Devido à Radiação

A radiação é um efeito superficial, ou seja, depende da superfície. Para reduzir o ganho


de calor por radiação, a caixa foi revestida com manta asfáltica que possui uma película de
alumínio na camada externa. Essa folha de alumínio possui emissividade ε = 0,07.
Sabe-se que o calor ganho por radiação pode ser modelado segundo:
4 4
Qrad = ε σ As T viz @T se
b c
(2)

Sendo que σ é a constante de Stefan-Boltzmann e vale 5,670E-08 W/(m²K4). As é a área


superficial da caixa exposta à radiação, em m². Tviz é a temperatura da vizinhança, Tse é a
temperatura da superfície externa da caixa, ambas em K.
5

4.1.2 Carga Térmica Devido à Convecção Livre

Pode-se modelar a convecção que ocorre no exterior da caixa como sendo convecção
livre já que a geladeira é projetada para estar em ambiente protegido.
f
f
ff
f
ff b f
f
ff
f
f b
Qconv = he As T amb @T se + ht At T amb @T se
c c
(3)

Onde he é o coeficiente convectivo para as laterais da caixa, cuja dimensão é W/(m²K).


Tamb é a temperatura do ar no entorno do dispositivo, dada em K. ht é o coeficiente convectivo
para a tampa da caixa, At é a área da tampa dada em m².
O coeficiente convectivo é obtido através do número de Nusselt médio. Churchill e Chu
(1975) propuseram a seguinte correlação para convecção natural em placas verticais, válida para
qualquer intervalo do número de Rayleigh:
X Y2
1f
f f
0,387
^ ^
Ra 6
^
^ ^
^
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
ff
f
ff
ff
ff
f
ff
ff
ff
ff
f
fff
f f fff
ff
f ff
fff
^ ^
\0,825 + He
^ ^
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f^
^
^ ^
^
^
8f
]
NuHe =^
f f
ff
f
ff
H
e16f9ffffff 27 ^
I (4)
0,492
d
J1 + ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
^
^
^ ^
^
^ K ^ ^
Pr
^
^
^ ^
^
^
Z [

Onde Pr é o número de Prantdl do ar, um adimensional. Esse número é tabelado e deve


ser tomado na temperatura de filme (Tfe) em K. Ra é o número de Rayleigh, adimensional.

Tf + T
= f
ff
ff
fff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
ff
se
T amb
(5)
fe
2
3
β
b c
gf
f
ff
f
ff
f
ff
f
f
Tf
f
ff
ff
f
fse @ T amb H e
ff
ff
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
ff
f
RaHe = Gr he Pr = (6)
αν

Sabe-se que g é a aceleração da gravidade, dada em m/s², β é o coeficiente de expansão


(1/K), ν é o volume específico (m³/kg), α é a difusividade térmica (m²/s), Tse é a temperatura da
superfície externa da caixa (K), He é a altura da caixa (m) e Gr é o número de Grashof
(adimensional). Por definição, ainda tem-se que:
f
f
ff
f
f
ff
f
ff
f
f
hf
f
ff
f
fH
f
f
ff
f
ff
ef
f
f
Nu = (7)
Kf

Kf é a condutividade do ar externo, tomada na temperatura de filme e possui dimensão


W/(mK).
Para a tampa, pode-se utilizar a correlação e Nusselt para placa superior resfriada.
f
f
ff
f
ff
f
ff
f
f 1f
f
ff
f
5 10
Nut = 0,27 Rat4 10 ≤ Rat ≤ 10 (8)

Pode-se simplificar a convecção interna e simulá-la como sendo convecção livre, dessa
forma, as mesmas equações e correlações utilizadas para a parte externa podem ser utilizadas
para modelar a parte interna da geladeira, com pequenas diferenças: agora, o comprimento
característico é a altura interna da caixa Hi e não mais He, as propriedades relativas ao ar interno
devem ser adotadas para a tempera de filme interna, Tfi, e não mais a temperatura de filme
6

externa e a área utilizada para o cálculo da carga é a área de superfície interna do equipamento,
Ai dada em m².

Tf +f Ti
T fi = f
ff
f
sif
f
ff
ff
ff
f
ff
f
ff
f
fff
(9)
2

Tsi é a temperatura da superfície interna dada em K, Ti é a temperatura do ar no interior


da caixa, dada em K. Ti é definida no projeto.

4.1.3 Condução

O transporte da energia adquirida por convecção e por radiação é transportada através da


parede por condução. A lei de Fourier é dada pela equação:

κf
b c
dT A T se @ T si
Qcond = @ κ Ai ff
f
ff
f
ff
f f
= f
ff
f
ff
f
ff
if
f
ff
f
ff
ff
f
ff
ff
ff
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ffff
f
ff
f
(10)
dx L

Neste caso, L é a espessura da parede da geladeira (note que, por segurança, está-se
negligenciando a presença da manta asfáltica), k é a condutividade térmica do poliestireno
expandido (W/(mK)), Ai é a área da superfície interna (m²), Tsi é a temperatura da superfície
interna da geladeira (K).
Pode-se aplicar a primeira lei da termodinâmica em volumes de controle localizados entre
a parede e o ambiente externo; entre a parede e o ambiente interno e entre os ambientes interno e
externo obter as seguintes expressões:

Q cond = Q rad + Q conv (11)

Qcond = Qconv (12)


interna

Qconv = Qconv + Qrad (13)


interna

Para diferenciar o fenômeno de convecção que ocorre no exterior do que ocorre no


interior, este último recebe a designação convinterna.
Todas as cargas térmicas são obtidas em W.
Com o equacionamento dado já é possível calcular a carga térmica através de um
processo iterativo visto que se têm como incógnitas (além da própria carga térmica) as
temperaturas das superfícies interna e externa da caixa. A temperatura do ar ambiente, do ar no
interior da geladeira e a temperatura da vizinhança são definidas no projeto.

4.1.4 Carga Térmica Devido a Aberturas Ocasionais da Geladeira

Há uma correlação empírica que descreve o ganho de calor em câmaras frias em função
do número de vezes em que se abrem suas portas.

ρf
f
ff
f
ffV
f
f
ff
f
ff
f
fff
fN
f
f
ff
f
ff
f
fff
ff
fN
f
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
ff
f
ff
fff
Q AE =
b c
in ab horas
ar
hext @ hint (14)
3600

onde, ρar é a densidade do ar resfriado, dado em kg/m³; Nab é o número de aberturas da geladeira
em determinado período; Nhoras é o tempo em que a geladeira permaneceu aberta durante cada
7

abertura (ou a média de tempo que ela permaneceu aberta), dado em s; hext é a entalpia do ar
ambiente e hint é a entalpia do ar no interior do equipamento, dadas em J/kg.

4.1.5 Carga Térmica Devido à Presença de Equipamentos Elétricos

Pode-se considerar que a potência dos equipamentos elétricos presentes no interior da


câmara de resfriamento será totalmente degradada em calor.

Q EE = P = P V I (15)

onde, V é a tensão aplicada aos equipamentos e I é a corrente que percorre os equipamentos


elétricos.

4.1.6 Carga Térmica Devido a Objetos Colocados no Interior da Câmara

Nos casos onde há objetos dentro da geladeira, há a inserção de uma carga térmica que
pode ser calculada.
b c
mf
f
ff
f
ff
ff
f
objf
cf
f
ff
fp T in @T out
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
ff
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
ff
f
ff
f
Qobjetos = (16)
3600 t

onde mobj é a massa do objeto (kg), Cp é o poder calorífico (J/(kgK)), Tin é a temperatura inicial
do objeto colocado, Tout é a temperatura em que se encontra o objeto ao ser retirado da geladeira
(K) e t é o tempo necessário para o objeto ir de Tin a Tout, dado em horas.

4.2 Desempenho de aletas

As aletas utilizadas para dissipar calor são planas. A efetividade de aletas planas pode ser
calculada com as seguintes expressões:
c1 @ η
f
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
faf
f
ff
ηo = 1 @ N Aa
b
(17)
Atotal
b c
tanh
f
f
ff
f
ff
f
ff
f
ff
f
f
m
f
f
ff
f
ff
f
f
Lf
f
fc
f
fff
f
ff
f
ηa = (18)
m Lc

ef
d e
f
f
Lc = Lal + (19)
2
1f
f
ff
f

2f
f
fhf
f
f
ff
ff
ff
ff
ff
g2 3fffff
f
f
m LC = eal
Lc2 (20)
k Lc e

A a = 2 w Lc (21)

ηo é a eficiência global da aleta (ou eficiência do dissipador), ηa é a eficiência de uma


aleta (adimensional), N é o número de aletas, Aa é a área de uma aleta (m²), Atotal é a área total de
troca de calor do dissipador (m²), Lal é o comprimento da aleta, Lc é o comprimento corrigido da
aleta (m), e é a espessura da aleta (m), heal é o coeficiente convectivo do ar que é forçado sobre a
aleta (W/(m²K)), w é a largura da aleta (m).
8

Qaleta = ηo heal Atotal T base @T amb


b c
(22)

Qaleta é a taxa total de tranferência de calor no conjunto de aletas (W), Tbase é a


temperatura da base da aleta (K). Dependendo da espessura da base da aleta, a Tbase pode ser
considerada a temperatura da face fria da pastilha termoelétrica.
A equação 22 pode ser usada tanto para os dissipadores internos quanto para os externos,
respeitando as respectivas áreas de cada dissipador.
Com isso é possível saber a carga térmica que está sendo “bombeada” para fora pelas
pastilhas. No regime permanente, esta carga térmica deve ser igual à carga que a geladeira recebe
do ambiente.
Como a temperatura do ar no interior da geladeira é definida no projeto, e a primeira
etapa do equacionamento calcula a carga térmica da geladeira, pode-se agora projetar os
dissipadores necessários. Isso somente será possível definido um ponto de funcionamento das
pastilhas termoelétricas.
Como citado anteriormente, utilizando um PWM e uma fonte ATX ou bateria automotiva
é possível controlar a tensão razoavelmente bem para o sistema, mas a corrente que atravessa a
pastilha não é controlada, por isso não se pode definir um ponto de funcionamento para as
pastilhas. O ideal seria poder contar com uma fonte que pudesse controlar simultaneamente
tensão e corrente, entretanto o caráter portátil da geladeira poderia ser comprometido e o custo se
tornaria incompatível para este tipo de aplicação. A figura 6 representa curvas de funcionamento
da pastilha de efeito Peltier para diversas correntes.

Figura 6 – DV-40-07 (fonte: Danvic)

Visto isso, pode-se utilizar engenharia reversa, escolhendo os dissipadores, fixando a


pastilha e medindo a condição de operação que ocorre na prática e com isso simular a
temperatura no interior da geladeira.

5. TÉCNICAS EXPERIMENTAIS

As medidas de temperatura foram efetuadas no laboratório LETA. A temperatura


ambiental do laboratório é controlada.
Escolheu-se utilizar sensores do tipo Pt-100 devido à faixa de temperaturas de trabalho da
geladeira (superior a 0°C e inferior a 40°C), facilidade de manuseio, confiabilidade, sua incerteza
de medição ser aceitável para este tipo de operação (±0,3°C para 0°C e ±0,5°C para 40°C,
acrescida de erros de calibração).
O sistema de aquisição de dados utilizado é um HP Hewlett Packard 34970A Data
Aquisition/Switch Unit e o software é o Agilent Benchlink Data Logger, ambos disponibilizados
pelo laboratório. As leituras de temperatura são feitas a cada 5 s.
9

A primeira tomada de temperatura tem a intenção de avaliar a evolução da temperatura


com o tempo e definir a temperatura de estabilização da geladeira. Também se deseja descobrir
se a geladeira gera estratificação do ar no seu interior.
Para isso, um suporte feito em madeira com base de alumínio foi utilizado de modo a
poderem-se ter três pontos de leitura de temperatura em diferentes regiões da geladeira, onde
seriam posicionados os Pt-100, como ilustra a figura 7. Utiliza-se um sensor para medir a
temperatura do ambiente e descartar mudanças do ponto de funcionamento em função de uma
possível modificação da temperatura do laboratório. Este último sensor é blindado contra a
radiação do ambiente.

Figura 7 – Distribuição dos sensores e suporte no interior da geladeira

A segunda tomada de temperatura é realizada para determinar se há e qual a diferença


entre uma e duas pastilhas funcionando. Então, uma delas é desligada.
Os próximos ensaios envolvem três sensores: um para monitorar a temperatura interna de
um produto, garrafa plástica de água de 500ml no primeiro caso, outro sensor monitorando a
temperatura do ar da geladeira e o último medindo a temperatura do ar no ambiente (figura 8).
São realizados 3 ensaios com diferentes produtos.

Figura 8 – Esquema utilizado para monitorar a temperatura da água

A quarta medição tem a intenção de avaliar a capacidade do aparelho de manter um


líquido refrigerado. Para isso, uma garrafa plástica de 500 ml de água foi colocada em uma
geladeira convencional e após no equipamento em teste, que já estava em funcionamento e em
sua temperatura de estabilização. Os Pt-100 são posicionados do mesmo modo citado
anteriormente.

6. VALIDAÇÃO

Por este trabalho basear-se em um trabalho de conclusão, a geladeira já havia sido


previamente testada e estava funcionando com um desvio razoável do ponto para que fora
projetada. Por este motivo, um único teste de funcionamento foi efetuado ligando-se
corretamente a fiação na tensão adequada (já designada) e certificando-se de que o equipamento
realmente é capaz de produzir um diferencial de temperatura.
10

7. RESULTADOS

Uma série de ensaios foi realizada seguindo a metodologia descrita neste projeto. O
primeiro passo é determinar a performance da geladeira sem nenhum produto em seu interior.
Com o interesse em determinar se a geladeira possuía alguma diferença de temperatura entre
posições no interior da mesma foram instalados três Pt-100 ao longo do eixo y no centro do
volume.

7.1 Ensaio da geladeira vazia

A primeira medição foi realizada dia 08 de junho de 2009, os dados adquiridos foram
plotados no gráfico temperatura versus tempo (figura 9), o ensaio teve duração de 110 minutos.

Figura 9 – Gráfico da temperatura de estabilização da geladeira


Ao analisar o gráfico pode-se verificar que a temperatura do ar ambiente se manteve
constante em torno de 22°C, enquanto a temperatura de estabilização do interior da geladeira foi
de aproximadamente 11,5°C. Em uma observação macro do gráfico, as três curvas possuem a
mesma característica possuindo apenas uma pequena diferença de temperatura, que pode ser
observada melhor na tabela abaixo (tabela 1), que mostra valores da temperatura nos diferentes
pontos de aquisição.

Tabela 1 – Temperatura do ar no interior da geladeira conforme posição do termo

Temperatura (°C)
Tempo (min.) Inferior Intermediária Superior
0 21.64 22.32 22.06
1 20.89 21.24 21.26
5 15.31 15.46 15.82
10 13.32 13.66 13.83
20 12.14 12.38 12.52
100 11.37 11.53 11.57

A curva de maior valor ficou pertencente a porção superior da geladeira, bem como a de
menor valor ficou para a zona mais próxima a parte inferior da mesma. Isso deve-se ao fato da
diferença de peso específico do ar, quanto maior sua temperatura, menor seu peso específico.
Pode-se verificar que a temperatura de estabilização da geladeira ocorre após
transcorridos 50 minutos. A maior variação de temperatura acontece nos primeiros 7 minutos,
onde varia aproximadamente 1°C/min. Logo após isso, a variação cai bruscamente para
aproximadamente 0,06 °C/min até o tempo em que a temperatura da geladeira é estabilizada.
Realizou-se um ensaio onde a geladeira funciona com apenas uma pastilha Peltier em
ação. Os resultados são mostrados no gráfico abaixo (figura 10).
11

Figura 10 – Comparação da geladeira funcionando com uma e duas pastilhas.

Ao analisar o gráfico, observa-se que a curva do ar no interior da geladeira comportou-se


de maneira similar à curva do primeiro teste até os primeiros 10 minutos. Então, a geladeira com
duas pastilhas funcionando continua a baixar sua temperatura. Já, a geladeira com apenas uma
pastilha Peltier funcionando teve a sua temperatura de estabilização, por volta de 30 minutos de
funcionamento do aparelho, de 16°C. Fato que demonstra que a geladeira provoca uma menor
diferença de temperatura que a do teste anterior.
Também, foram medidas as temperaturas das pastilhas no lado quente e no lado frio.
Como o sistema é montado com superfícies aletadas de dissipação de calor dos dois lados, por
toda a extensão do Peltier, é complicado tomar a temperatura da pastilha em si. A coleta das
temperaturas é realizada na base das aletas, o mais próximo possível das pastilhas termoelétricas.
Na tabela abaixo (tabela 2) encontram-se os valores coletados.
Tabela 2 - Temperaturas nas pastilhas Peltier

Pastilha Peltier 1(°C) 2(°C)


lado quente 50 43
lado frio 9 14
dT 41 29

O fato de a alimentação da tensão e corrente das pastilhas ser feito por uma fonte ATX
(ou em alguns casos por duas fontes), o ponto de operação das pastilhas não é o mesmo porque
não se pode garantir que a tensão (no caso do uso de duas fontes) e a corrente que alimentam as
pastilhas sejam iguais. Este fato reflete-se na diferença entre o diferencial de temperatura das
pastilhas.

7.2 Ensaios com diferentes produtos dentro da geladeira

No terceiro ensaio, adicionou-se uma garrafa d’água a temperatura ambiente. A geladeira


só foi ligada após a colocação da água. Os dados coletados estão dispostos no gráfico (figura 11).

Figura 11 – Curva de resfriamento de garrafa plástica de água de 500 ml


12

Verifica-se que a temperatura do ar ambiente nesse dia encontrava-se em 24°C,


levemente acima da qual foi realizada a primeira medição.
A temperatura da garrafa foi monitorada durante 150 minutos, nesse espaço de tempo sua
temperatura teve um decréscimo quase linear de aproximadamente 0,05°C/min, tendo como
temperatura final 15,4°C.
O ar no interior da geladeira comportou-se de maneira similar ao primeiro teste, tendo um
decréscimo significativo da sua temperatura nos primeiros minutos, fato o qual não se repete nos
minutos seguintes. Sua temperatura no final da medição encontrava-se em torno dos 14°C, isso
equivale a uma diferença de temperatura com o ambiente de aproximadamente 10°C. Se
compararmos com o ensaio número 1, verifica-se que eles possuem um diferencial de
temperatura entre o ar presente no interior da geladeira e o ar do ambiente semelhante.
Notou-se que, mesmo depois de 2,5 horas, a temperatura da garrafa de água e do ar no
interior da geladeira ainda estava caindo. A variação da temperatura da água foi de 7,6°C em 2,5
horas o que reflete a ineficiência do equipamento de refrigerar líquidos. A carga térmica
adicionada pela massa de água é grande demais para o aparelho refrigerar rapidamente. Percebe-
se, ainda, que a temperatura da água continuava a cair, por isso, as temperaturas de estabilização
do ar e da água que se encontram na geladeira não foram determinados.
O quarto teste ocorreu dia 18 de junho de 2009, pode-se visualizar o comportamento das
curvas de temperaturas na figura 12.

Figura 12 - Curva de resfriamento da água numa lata de alumínio

Na ocasião do teste a temperatura do ar ambiente encontrava-se em torno de 23,5°C. As


informações foram adquiridas num período de tempo de 130 minutos. Nesse intervalo,
observaram-se resultados semelhantes ao segundo teste, realizado com a garrafa d’água.
Para o quarto ensaio o produto no interior foi mudado. Neste ensaio foi utilizada uma
garrafa de vidro (long neck) para ser resfriada. Essa garrafa tinha como conteúdo água líquida. A
grande diferença deste teste para os dois anteriores é que a geladeira já encontrava-se em
funcionamento quando a long neck foi adicionada. Os dados obtidos são mostrados na figura 13.

Figura 13 - Curva de resfriamento da água numa garrafa de vidro


13

Fazendo uma comparação entre esses três ensaios, pode-se observar que depois de
transcorridos 120 minutos do início da medição, a temperatura da água na lata encontrava-se em
16°C, na garrafa plástica em 16,2°C e na long neck em 16,8. A figura 14 faz a comparação entre
a temperatura da água dentro dos três recipientes em relação ao tempo.

Figura 14 – Curvas comparativas entre os ensaios

Como as condições da vizinhança são semelhantes nos três ensaios, foi possível verificar
qual das embalagens possui maior inércia térmica. Percebe-se que o vidro possui a maior inércia
térmica dos três produtos ensaiados, devido ao fato de ter um calor específico maior.
Os tempos de ensaio com produtos dentro da geladeira foram insuficientes para a
estabilização das temperaturas.

7.3 Capacidade de resfriamento

Nos primeiros ensaios realizou-se um estudo sobre a capacidade da geladeira em resfriar


bebidas. Os próximos ensaios foram realizados para determinar se o equipamento consegue
manter resfriado, e por quanto tempo, os produtos em seu interior.
No primeiro desses ensaios é colocada uma garrafa plástica que era mantida em uma
geladeira comercial a temperatura de 4°C (figura 15). Posicionou-se um sensor dentro da garrafa
e outro no interior da geladeira para se verificar qual o comportamento do equipamento com a
adição de um corpo com temperatura mais baixa que o ar do volume.

Figura 15 – Comportamento da temperatura da garrafa plástica gelada.

Comparando as linhas de temperatura do ar no interior com a da temperatura da água se


observa que acontece uma diminuição do valor do ar assim que é adicionada a garrafa
(transferência de calor do ar para a água). Entretanto, ao longo do tempo as duas curvas tendem a
estabilizar-se em determinada temperatura que pode ser calculada.
14

A temperatura do ar na câmara encontrava-se a 13°C no início do ensaio, pois a geladeira


já estava em funcionamento durante algum tempo. Esse mesmo valor foi encontrado na ultima
medição, após 180 minutos.
No próximo ensaio (figura 16) em vez de ser tomada a temperatura do ar no interior o
sensor foi usado para medir a temperatura da água de uma lata fora da geladeira. Ou seja, nas
duas latas foi adicionada água gelada, uma delas foi colocada dentro do refrigerador e a outra
deixada ao ar livre.

Figura 16 – Comportamento da temperatura da lata gelada.

A lata no ambiente rapidamente começa a aumentar a sua temperatura. A temperatura da


lata mantida resfriada também aumenta nos primeiros minutos (transferência de calor do ar para
a água), entretanto, varia com mais suavidade. Quando atinge a marca de aproximadamente 7°C
a variação de temperatura fica ainda mais suave. Até o final da medição as duas latas ainda não
se encontravam com a temperatura estabilizada, mas denotavam uma vantagem apreciável em
manter o líquido resfriado na geladeira.
A geladeira diminuiu a variação temporal da temperatura da lata. Como a temperatura de
trabalho da geladeira é em torno de 11°C, ela não conseguiu manter a lata no mesmo valor do
momento inicial, mas manteve refrigerada por um período bem mais longo. Assim, bebidas
podem ser mantidas por longos períodos geladas e produtos alimentícios vão ter sua validade
postergada.

8. CONCLUSÕES

O objetivo principal do presente trabalho era identificar a capacidade de refrigeração de


um protótipo de geladeira funcionando com duas pastilhas Peltier. Os ensaios foram realizados a
partir de um equipamento construído como trabalho de conclusão de curso da UFRGS em 2007-
2. Para este trabalho foi construída uma placa PWM com intuito de melhor regular a potência
entregue para as pastilhas.
Ensaios foram propostos para investigar o funcionamento e qual a diferença de
temperatura que a geladeira alcança. A metodologia proposta consiste na comparação de ensaios
com diferentes condições de trabalho ou com diferentes produtos no seu interior, como garrafa
d’água, lata de refrigerante, garrafa de cerveja.
Pode se verificar que quando é adicionado um corpo com temperatura mais baixa, este
retira calor daquele volume baixando a temperatura da geladeira. Ao longo do tempo as
temperaturas equalizam-se e a temperatura de estabilização de produtos colocados no interior da
geladeira é a mesma temperatura do ar que o equipamento pode produzir.
Os ensaios com o protótipo mostraram que é possível uma redução considerável da
temperatura em um ambiente refrigerado por pastilhas Peltier. O uso desse tipo de equipamento
para conservar vinhos a uma temperatura entre 14 e 18°C é altamente recomendado. Como a
temperatura do ar da geladeira não baixa de 10°C não se consegue gelar nem manter resfriado
15

produtos a baixa temperatura, como cervejas. Entretanto, determinou-se que o uso da geladeira
para manter resfriadas bebidas ou alguns produtos alimentícios é aceitável e recomendado.
Já a capacidade do equipamento de refrigerar líquidos ou objetos é pequena. O aparato
leva muito tempo para produzir pequenas diferenças de temperaturas nos mesmos.
Resultados mostram que a geladeira é adequada para ser utilizada para manter
refrigerados vinhos, água e outras bebidas ou postergar a validade de certos alimentos. Não se
recomenda a utilização deste tipo de geladeira para alimentos como a cerveja ou sorvetes, que
devem ser consumidos e armazenados a temperaturas inferiores ou próximas do 0°C.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

INCROPERA, F.P.; DEWITT, D.P.; BERGMAN, T.L.; LAVINE A.S., 2007.


“Fundamentals of Heat and Mass Transfer”, John Wiley & Sons Inc.
RIBEIRO, F.S., 2007. “Projeto de uma Transportadora de Vacinas Portátil”, Tese de
Conclusão de Curso, Engenharia Mecânica, UFRGS.
STRAZZA, F.; RIBERI, R.M., 2004. “Projeto de uma Micro-adega Climatizada de
Baixo Custo”, Tese de Conclusão de Curso, Engenharia Mecânica, Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo.
BEYER, P.O.; anotações de aula 2009, Engenharia Mecânica, UFRGS.
HANDBOOKS ASHRAE.
SCHNEIDER, P.S., anotações de aula 2009.
GHIRARDELLO, A., “Apostila sobre Modulação PWM”, Curso Técnico em
eletrônica industrial.
www.danvic.com, 14 de abril de 2009.
www.mspc.eng.br/eletrn/peltier_110.shtml, 14 de abril de 2009.
www.ashrae.org, 10 de junho de 2009.
www.efeitopeltier.com.br/produtos.asp, 14 de abril de 2009.
www.novus.com.br/downloads/Arquivos/folheto%20pt100.pdf, 18 de junho de 2009.
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ANEXO

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