Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Noções de Cartografia
Topografia B i
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 – Cartografia
1.1 - Introdução
A palavra cartografia tem origem na língua portuguesa, tendo sido registrada pela primeira vez
em 1839 numa correspondência, indicando a idéia de um traçado de mapas e cartas.
Cartografia pode ser definida como a ciência, técnica e arte que se ocupa na elaboração de
mapas de toda espécie, através do estudo e representação das situações espaciais da superfície terrestre.
Objetiva a reunião e análise de dados e medidas de diversas regiões da Terra e representação gráfica de
elementos que possam ser claramente visíveis.
As Projeções Cartográficas são representações da superfície curva da Terra sobre uma
superfície plana por meio de uma rede de meridianos e de paralelos. Essa rede é transposta da
superfície curva da Terra para a superfície plana de qualquer volume que possa envolvê-la, como
cilindros e cones. Existem mais de 200 projeções cartográficas e todas elas apresentam deformações,
porque é impossível reproduzir perfeitamente uma forma esférica em um plano. A projeção a ser
adotada vai depender de sua finalidade.
Elas podem ser de três tipos: conformes, equivalentes e eqüidistantes.
As projeções conformes mantêm os ângulos da natureza, ou seja, a forma exata dos
continentes. Nesse tipo destaca-se a projeção cilíndrica de Mercator, feita pelo geógrafo holandês
Gerhard Kremer, mais conhecido por Mercator. Foi elaborada em 1569, época da expansão marítima
européia.
As projeções equivalentes, por sua vez, preservam a proporcionalidade de áreas, conservando
assim uma relação constante com a sua correspondência na superfície terrestre. Uma das mais recentes
é a projeção cilíndrica do historiador alemão Arno Peters, criada em 1952.
Já nas projeções eqüidistantes os comprimentos são representados em escala uniforme.
Um mapa, sob o ponto de vista gráfico, é um conjunto de sinais e de cores que traduz as
mensagens para as quais foi executado. Os objetos “cartografados”, materiais ou conceituais, são
transcritos através de grafismos ou símbolos, que se encontram relacionados na legenda do mapa.
A cartografia é portanto responsável pela produção de mapas, cartas, globos e modelos de
relevo que representem a expressão do conhecimento sobre a superfície terrestre a partir da utilização
de uma simbologia apropriada. Através da cartografia quaisquer levantamentos (ambientais, sócio-
econômicos, educacionais, de saúde etc.) podem ser representados espacialmente, retratando sua
dimensão territorial, facilitando e tornando mais eficaz a sua compreensão.
Cartografia também, num conceito moderno, pode ser entendida como a organização,
comunicação, apresentação e utilização da geoinformação nas formas visual, digital ou táctil, que inclui
todos os processos de preparação de dados, no emprego e estudo de todo e qualquer tipo de mapa.
permite a obtenção de 60 arcos de 6° (60 x 6° = 360°). Cada arco representa um fuso UTM e um
sistema de coordenadas com origem no meridiano central ao fuso.
Os fusos são numerados de 1 até 60, começando na Linha Internacional de Data,
longitude 180° (que é o antimeridiano de Greenwich), e dirigindo-se para leste. O fuso 1 se
entende de 180°W até 174°W e é centrada em 177°W. Então, o fuso 30 tem limite 6°W – 0°W,
o fuso de número 29 tem limite de 12°W – 6°W, seguindo deste modo até o fuso de número 1,
isto para o lado oeste do Meridiano de Greenwich. Para o lado leste tem-se o fuso de número 31
com limite 0°E – 6°E, indo até o fuso de número 60 com limite 174°E – 180°E.
Se, em relação à longitude, os fusos são em número de 60, no que toca à latitude, a
divisão consiste em zonas de 4º, variando de 80°S até 80°N, pois acima desses valores as
deformações se acentuam muito. Além dos paralelos extremos (80ºS e 80ºN) a projeção adotada,
mundialmente, é a estereográfica polar universal.
Capítulo 20
Transformações Geodésicas
“Transformações Geodésicas” é uma ferramenta que se aplica em situações em que são
4 - Nas caixas de textos da Saída serão mostrados os valores das coordenadas planas no Sistema
UTM Norte e Este, o Meridiano Central e o Fuso;
3 - Digite os valores das coordenadas Norte e Este, sendo que estes valores deverão ser digitados
completo, sem omissão das casa dos milhões;
4 - Forneça o Meridiano Central ou o Fuso (que são as chamadas Zonas UTM, que no mundo inteiro
são de 1 a 60, a partir do antemeridiano de Greenwich para leste e o Brasil está entre as Zonas UTM
18 a 25);
5 - Nas caixas de textos da Saída será mostrado os valores das coordenadas Geodésicas: Latitude e
Longitude (que poderão ser apresentadas negativas – ou positivas + , de acordo com seu quadrante);
FIM
Para a cidade de Campinas - SP, por exemplo, o ponto geodésico PMC-0 (na
Prefeitura Municipal) tem coordenadas 22°54’00,77144”S e 47°03’25,56624”W e altitude
geométrica 730,509m (o Elipsóide de Referência nesse caso é de Hayford). A transformação
de coordenadas para o Sistema UTM fica:
sobre esse assunto, realizada em Bonn, em 1962, após uma revisão das resoluções de Londres
(1909) e Paris (1913).
O globo foi dividido em fusos de forma conveniente que cobrem uma região de 4° de
latitude por 6° de longitude.
Quanto a denominação e localização das folhas, foi estabelecido um código
combinando letras e números:
¾ N ou S para indicar norte e sul;
¾ letras A a V para indicar os limites de latitude;
¾ números de 1 a 60 para indicar os fusos que partem do antimeridiano de Greenwich na
direção oeste-leste.
A projeção cartográfica escolhida inicialmente foi a policônica, com a modificação do
traçado dos meridianos para retas a fim de que a junção das folhas adjacentes pudesse ser
facilitada. Apesar de tudo, ainda foram encontrados problemas para esta junção. Hoje em dia,
está sendo usada a projeção cônica conforme de Lambert, matematicamente mais simples, de
acordo com a recomendação da Conferência das Nações Unidas sobre a CIM, em agosto de
1962.
Criou-se um índice de nomenclatura para designar cada carta. O índice de
nomenclatura de uma carta é uma sucessão de letras e números que servem para identificação
das cartas no mapeamento sistemático.
NB 20
NA 19 NA 20 NA 21 NA 22
Equador
SA 19 SA 20 SA 21 SA 22 SA 23 SA 24
SB 18 SB 19 SB 20 SB 21 SB 22 SB 23 SB 24 SB 25
SC 18 SC 19 SC 20 SC 21 SC 22 SC 23 SC 24 SC 25
SD 20 SD 21 SD 22 SD 23 SD 24
SE 21 SE 22 SE 23 SE 24
SF 21 SF 22 SF 23 SF 24
SG 21 SG 22 SG 23
SH 21 SH 22
SI 22
Pode-se usar uma relação matemática para encontrar o número do fuso ao qual pertence
um ponto, em função da sua longitude e, conseqüentemente a posição da carta ao milionésimo a
que este ponto pertence.
número do fuso= 31° + longitude/6º pontos a leste de Greenwich
número do fuso= 30° - longitude/6º pontos a oeste de Greenwich
Para a obtenção do resultado obtido dessas equações deve-se utilizar apenas o número
inteiro da divisão da longitude por 6º. Por exemplo, para a cidade de Campinas, cuja longitude é
47°03’W, o seu fuso correspondente como vimos é o de número 23.
Para calcular a longitude do meridiano central (MC) em função do fuso (F) pode-se
utilizar a expressão MC = 183 – 6.F. Para encontrar os limites do fuso basta somar e subtrair 3°.
As zonas estão dispostas no sentido das latitudes, faz-se a divisão dos Hemisférios
Norte e Sul em zonas de variação de 4°. As zonas são identificadas por letras do alfabeto, tanto
para o hemisfério Norte como para o hemisfério Sul. Assim, a zona A fica delimitada pelo
paralelo 0° e pelo paralelo 4°, tanto para Norte quanto para Sul, faz-se o mesmo para as demais
zonas até a zona de letra T cujos limites são 76° - 80° ao Norte e ao Sul. Para a cidade de
Campinas, cuja latitude é de 22°54'S, a zona correspondente será a F.
Para designar o hemisfério, usa-se a letra inicial que o identifica N para o hemisfério
Norte e S para o Sul. Pelo índice de nomenclatura, as cartas de 1:1.000.000 são identificadas
com a letra do hemisfério, a letra da zona e o número do fuso. Deste modo para a cidade de
Campinas encontra-se a seguinte nomenclatura para a carta em que está localizada: SF-23.
20°S
25°S
52°W 45°W
Esta carta SF-23, na escala de 1:1.000.000, é a carta básica para a articulação das
demais folhas do mapeamento sistemático. Ela tem 6° de longitude por 4° de latitude. Os limites
das folhas são as coordenadas que limitam zonas e fusos.
20°S
SF
24°S
48°W 42°W
carta 1:1.000.000 – SF-23
V X
22°S
Y Z
24°S
48°W 42°W
carta 1:500.000 – SF-23-V ou X ou Y ou Z
22°S
A B
23°S
C D
24°S
48°W 46°30’W 45°W
carta 1:250.000 – SF-23-Y-A ou B ou C ou D
22°S
I II III
22°30’S
IV V VI
23°S
48°W 47°30’W 47°W 46°30’W
carta 1:100.000 – SF-23-Y-A-V
Figura 15 – Carta SF-23-Y-A-V
1 2
22°45’S
3 4
23°S
47°30’W 47°15’W 47°W
carta 1:50.000 – SF-23-Y-A-V-4
22°45’S
NO NE
22°52’30”’S
SO SE
23°S
47°15’W 47°07’30”W 47°W
carta 1:25.000 – SF-23-Y-A-V-4-SE
Deste modo torna-se possível localizar determinada carta conforme a escala desejada,
em função das coordenadas geográficas do ponto em questão.
Usamos uma régua graduada com extensão de 15 cm (150 mm) e medimos o intervalo
entre os paralelos e meridianos, com a finalidade de estabelecermos uma relação entre este
intervalo, em graus, minutos e segundos e a distância gráfica entre eles, em milímetros.
A medição deve ser feita fazendo coincidir o início da graduação da régua (zero) com o
paralelo ou meridiano de menor valor e a maior graduação escolhida (quinze), com o de maior
valor.
1º) Marcação de latitude:
Verificar: Intervalo entre os paralelos: 15’ = 900” 150 mm --------- 900”
Distância gráfica entre eles: 150 mm ---------1 mm = x”
x = 6”
Ou seja, a cada 1 mm correspondem 6”
Latitude indicada na carta: 22º 45’
Latitude da Fazenda: 22º 50’ 42”
Para a latitude desejada faltam: 5’ 42” = 342”
Como 1 mm = 6”, logo, x = 57 mm
Posicionamos a régua e marcamos dois pontos afastados um do outro, com o valor
encontrado (57 mm), ligando-os a seguir e traçando uma reta horizontal, ou marcamos um único
ponto e, com um esquadro, traçamos uma reta horizontal paralela ao paralelo.
2º) Marcação da longitude:
Verificar: Intervalo entre os meridianos: 15’ = 900” 150 mm --------- 900”
Distância gráfica entre eles: 150 mm ----------- 1 mm = x”
x = 6”
Ou seja, a cada 1 mm correspondem 6”
Longitude indicada na carta: 53º 45’
Longitude da Fazenda: 53º 47’ 34”
Para a longitude desejada faltam: 2’ 34” = 154”
Como 1 mm = 6”, logo, x = 25,7 mm
O procedimento é o mesmo que o adotado para a latitude, ou seja, posicionamos a régua e
marcamos o valor de 25,7 mm em dois pontos diferentes, ligando-os e traçando assim, uma reta
vertical, ou marcamos um único ponto e, com um esquadro, traçamos uma reta vertical paralela
ao meridiano.
No cruzamento entre as duas retas traçadas estará o ponto desejado, determinado pelas
coordenadas dadas, ou seja, a Fazenda Água da Prata. O procedimento está indicado na figura a
seguir.
cometido. Estabelecemos uma relação entre o intervalo de 2.000 m (distância real no terreno) e a
distância gráfica estabelecida:
100 mm ---------- 2000 m 1 mm ------------ x
portanto x = 20 m
Ou seja, a cada 1 mm na régua, correspondem 20 m no terreno.
Já temos na carta a linha do grid de valor 7.368.000m (7368), precisamos portanto
acrescentar 700m para a coordenada dada.
Como 1mm = 20m, logo, x = 35 mm
Medimos 35 mm na carta, dentro do intervalo entre as linhas do grid, partindo da menor
para a maior coordenada, ou seja, 7368 para 7370 e marcamos um ponto, traçando a seguir uma
reta horizontal passando por este ponto.
2º) Marcação da Coordenada E:
As linhas do grid em questão são as de valores 350.000m e 352.000 m cujos valores na
carta são representados por 350 e 352 respectivamente.
Assim como no caso da coordenada N, encontraremos os mesmos valores de intervalo
entre as linhas do grid e a distância gráfica entre elas, portanto a relação é a mesma, ou seja, a
cada 1 mm correspondem 20 m.
Na carta já temos a linha do grid de valor 350.000 m (350), portanto, para a coordenada
do ponto precisamos acrescentar 1750 m.
Como 1mm = 20m, logo, x = 87,5 mm
Medimos 87,5 mm na carta, dentro do intervalo entre as linhas do grid, partindo da menor
para a maior coordenada, ou seja, de 350 para 352 e marcamos um ponto, traçando a seguir uma
reta vertical passando por este ponto.
No cruzamento entre as duas retas traçadas estará localizado o ponto A desejado,
determinado pelas coordenadas dadas.
EXERCÍCIOS
Na próxima página temos impressa parte de uma folha cartográfica do IBGE da região de
Bragança Paulista – SP.
1) Identificar o Meridiano Central e o Fuso UTM que ela está contida.
2) Qual a escala da folha?
3) Qual a identificação da folha?
4) Escolher dois detalhes cartográficos e determinar as coordenadas geográficas e as
coordenadas UTM desses detalhes.
5) Locar os pontos A e B, cujas coordenadas planimétricas são, respectivamente:
NA = 7.481.☺00 m e EA = 343. ☺50m e NB = 7.474. ☺00 m e EB = 339. ☺00m
6) Locar os pontos C e D, cujas coordenadas geográficas são, respectivamente:
ϕC = 22°48’☺0”S e λC = 46°30’☺0”W e ϕD = 22°46’☺0”S e λD = 46°34’☺0”W
onde ☺ é o último algarismo do RA.