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PROJETO DE GRADUAÇÃO II
Título do Projeto:
Autores:
Orientador:
PROF.ª Drª. STELLA MARIS PIRES DOMINGUES
1
2
FELIPE SANTOS DA SILVA
GILBERTO THIAGO DE PAULA COSTA
Orientador:
Prof.ª Drª STELLA MARIS PIRES DOMINGUES
Niterói
2013
3
Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola de Engenharia e Instituto de Computação da UFF -
Provisória
4
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
TCE - Escola de Engenharia
TEM - Departamento de Engenharia Mecânica
PROJETO DE GRADUAÇÃO II
Título do Trabalho:
DIMENSIONAMENTO DE PÓRTICO ROLANTE DUPLA VIGA 100T.
5
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
TCE - Escola de Engenharia
TEM - Departamento de Engenharia Mecânica
PROJETO DE GRADUAÇÃO II
6
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais Denise Rodrigues dos Santos Silva e Fortunato
Henrique Gusmão da Silva, à minha irmã Alessandra da Silva Felipe de Oliveira e à minha
namorada Andressa Cristine Murça da Silva pela compreensão e carinho inigualáveis e pelo
constante incentivo ao meu desenvolvimento pessoal e profissional, me possibilitando
alcançar este momento tão importante.
A Deus, razão da minha existência, devo tudo a ti. Às minhas filhas Kethelyn de Paula
Costa e Laryssa de Paula Costa, vocês são a inspiração do papai. À minha esposa Kely da
Costa Matos por estar sempre ao meu lado. Aos meus pais Gilberto dos Santos Costa e
Almezina de Paula Costa, meu irmão Douglas de Paula Costa, minha titia e pastora Maria da
Penha pela compreensão, carinho e apoio e por sempre acreditarem em meu potencial.
7
AGRADECIMENTOS
A Deus por me dar saúde e força para chegar até este momento. A minha família, pela
compreensão para suportar as madrugadas de estudo e os dias longe de casa. Aos meus
professores e amigos que de forma direta ou indireta contribuíram para a conclusão deste
projeto.
Agradeço imensamente à minha família e amigos próximos pela tolerância e suporte, sem
os quais não seria possível concluir este projeto. Aos amigos da universidade que, ao longo
desta jornada, se tornaram irmãos. Aos professores que incentivaram o desenvolvimento do
senso crítico e compartilharam seus conhecimentos com maestria.
8
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo o dimensionamento de um pórtico rolante para operações
portuárias, segundo a norma técnica NBR 8400 da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT). O pórtico é do tipo Dupla Viga, com capacidade de 100 toneladas e tem por finalidade a
movimentação de equipamentos diversos em ambientes abertos sujeitos ao vento.
A estrutura do pórtico foi concebida através do cálculo analítico de cada elemento estrutural (vigas
principais, cabeceiras, pernas) e analisadas numericamente através do Método dos Elementos Finitos,
com o objetivo de otimizar as dimensões e principalmente os detalhes de juntas aparafusadas. As
soldas da estrutura foram projetadas para cada elemento estrutural.
9
ABSTRACT
The present work aims at designing a gantry crane for portuary operations, according to the
technical standard NBR 8400 of the "Associação Brasileira de Normas Técnicas" (ABNT). The gantry
crane is Double Girder type with 100 tonnes capacity and aims to mobilize various equipment in open
environments subjected to wind loads.
The gantry structure was conceived by analytical calculations of each structural element (main
beams, head beams and legs) and numerically analyzed using the finite element method, aiming the
dimensional optimization, especially for the bolted joints. The weldment of the structure was designed
for each structural element.
The gantry crane’s operational mechanisms were pre-dimensioned for selection in supplier
catalogs. A cost analysis was performed and compared to purchase values in the market.
10
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
12
LISTA DE TABELAS
13
LISTA DE SÍMBOLOS
16
– Tensão normal total devido às solicitações verticais utilizado para verificação da junta
soldada
τ - Tensão de cisalhamento
τadm - Tensão de cisalhamento admissível
– Tensão crítica de cisalhamento de Euler
φ - Coeficiente de redução da carga de vento
– Coeficiente de Poisson
ψ - Coeficiente dinâmico a ser aplicado à solicitação devida à carga de serviço
ψh - Coeficiente dinâmico usado em solicitações horizontais
ω - Coeficiente de flambagem que depende da esbeltez da peça
17
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 21
1.1 EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE DE CARGA 21
1.1.1 TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE DE CARGA 22
1.1.1.1 Sistemas de transporte contínuo 22
1.1.1.2 Sistemas de transporte descontínuos 22
1.1.1.3 Veículos Industriais 22
1.1.1.4 Equipamentos de elevação e transferência 22
1.1.1.5 Equipamentos de elevação 22
1.2 PONTE E PÓRTICO ROLANTE 23
1.2.1 PONTE ROLANTE 23
1.2.2 PÓRTICO ROLANTE 24
2 ESPECIFICAÇÕES DO PÓRTICO 26
2.1 ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO 27
2.2 CLASSIFICAÇÃO DA ESTRUTURA 27
2.2.1 CLASSE DE UTILIZAÇÃO 28
2.2.2 ESTADO DE CARGA 28
2.2.3 CLASSIFICAÇÃO DA ESTRUTURA E ELEMENTOS ESTRUTURAIS EM GRUPOS 29
2.3 CLASSIFICAÇÃO DOS MECANISMOS 30
2.3.1 CLASSE DE FUNCIONAMENTO 30
2.3.2 ESTADO DE SOLICITAÇÃO 31
2.3.3 CLASSIFICAÇÃO DOS MECANISMOS EM GRUPOS 31
4 DIMENSIONAMENTO DA ESTRUTURA 40
4.1 VIGAS PRINCIPAIS 41
4.1.1 CÁLCULO ANALÍTICO 41
4.1.1.1 Determinação dos momentos fletores e esforços cortantes 42
4.1.1.1.1 Análise do carregamento distribuído 42
4.1.1.1.2 Análise de carga centrada 43
4.1.1.1.3 Pontos críticos 43
4.1.1.2 Limite de escoamento 44
4.1.1.3 Cálculo da contra flecha 46
4.1.1.4 Flambagem localizada 46
4.1.1.5 Detalhamento da Viga principal 50
4.1.2 ANÁLISE NUMÉRICA 50
4.1.3 COMPARAÇÃO ANALÍTICO X MEF 52
4.2 VIGAS DE CABECEIRA 52
4.2.1 ANÁLISE NUMÉRICA 54
4.3 PERNAS 58
18
4.3.1 ÂNGULO CRÍTICO DE TOMBAMENTO DA ESTRUTURA 59
4.3.2 FLAMBAGEM GLOBAL 60
4.3.3 VERIFICAÇÃO CONTRA O ESCOAMENTO 62
4.3.4 FLAMBAGEM LOCAL 63
4.3.5 ANÁLISE NUMÉRICA 63
4.4 VIGA DE LIGAÇÃO DAS PERNAS 67
4.4.1 VERIFICAÇÃO CONTRA O ESCOAMENTO 67
4.5 JUNTAS SOLDADAS 68
4.5.1 CORDÕES DE SOLDA DE FABRICAÇÃO DAS VIGAS 70
4.5.2 CORDÕES DE SOLDA DE MONTAGEM DA VIGA PRINCIPAL E PERNAS 71
4.6 JUNTAS APARAFUSADAS E REBITADAS 72
4.6.1 JUNTA ENTRE AS VIGAS PRINCIPAIS E AS VIGAS DE CABECEIRA 73
4.6.2 JUNTA ENTRE AS VIGAS DE CABECEIRA E AS PERNAS 76
4.6.3 JUNTA ENTRE AS PERNAS E AS VIGAS DE LIGAÇÃO 78
6 REVESTIMENTO 96
7 OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO 98
9 CONCLUSÃO 102
11 - ANEXOS 107
11.1 – ANEXO 1 – DIMENSIONAMENTO DA VIGA PRINCIPAL 108
11.2 – ANEXO 2 – DIMENSIONAMENTO DA VIGA DE CABECEIRA 116
11.3 – ANEXO 3 – DIMENSIONAMENTO DAS PERNAS DO PÓRTICO 121
19
11.4 – ANEXO 4 – DIMENSIONAMENTO DE JUNTAS SOLDADAS DE FABRICAÇÃO DAS
VIGAS 128
11.5 – ANEXO 5 – DIMENSIONAMENTO DE JUNTAS SOLDADAS DE MONTAGEM DA VIGA
PRINCIPAL 130
11.6 – ANEXO 6 – DIMENSIONAMENTO DE JUNTA APARAFUSADA: VIGA
PRINCIPAL/CABECEIRA 132
11.7 – ANEXO 7 – DIMENSIONAMENTO DE JUNTA APARAFUSADA: CABECEIRA/PERNAS
134
11.8 – ANEXO 8 – DIMENSIONAMENTO DE JUNTA REBITADA: FIXAÇÃO DA BARRA DE
LIGAÇÃO DAS PERNAS 136
11.9 – ANEXO 9 – DESENHOS TÉCNICOS DA ESTRUTURA 138
11.10 – ANEXO 10 – DIMENSIONAMENTO DO TRUCK DE TRANSLAÇÃO DO PÓRTICO 143
11.11 – ANEXO 11 – DIMENSIONAMENTO DAS RODAS DO TRUCK DE TRANSLAÇÃO 148
11.12 – ANEXO 12 – SELEÇÃO E ESPECIFICAÇÃO DE MOTORES E REDUTORES DO
TRUCK DE TRANSLAÇÃO 150
11.13 ANEXO 13 – CONVERSÃO DE CLASSE DE MECANISMOS 153
20
1 INTRODUÇÃO
21
carga a ser transportada e o local de instalação, selecionando sempre a melhor relação custo/benefício
disponível.
São equipamentos que operam segundo um ciclo, sendo utilizados em locais onde as cargas a
serem transportadas são intermitentes. O fator área é um elemento crítico na seleção deste tipo de
equipamento. São exemplos de sistemas descontínuos: pontes rolantes, pórticos, guindastes, etc.
São equipamentos para locomoção de cargas em uma área fixa. Guindastes, pórticos, pontes
rolantes também se encaixam nesta classe.
22
1.2 PONTE E PÓRTICO ROLANTE
Semi-Pórtico Rolante.
Uma ponte rolante é um equipamento de elevação que translada sobre vigas de cabeceira
fixas. Pode ser constituída por uma viga, conforme a Figura 1.2, sendo chamada de ponte monoviga.
Pode ser chamada de ponte dupla viga quando é constituída de duas vigas principais (Figura 1.3). Na
Figura 1.4 pode ser visto uma ponte rolante suspensa.
As pontes rolantes possuem diversas aplicações na indústria, e vem sendo utilizadas como
uma solução bastante eficiente na movimentação de carga em percursos e distância pré-definidas.
Figura 1.2 – Ponte rolante monoviga. Figura 1.3 – Ponte rolante bi-viga.
Fonte: RIBEIRO, Fernando (2011) Fonte: RIBEIRO, Fernando (2011)
23
Figura 1.4 – Ponte rolante suspensa.
Fonte: RIBEIRO, Fernando (2011)
1.2.2 Pórtico rolante
Menor investimento para construção da estrutura, quando comparado com uma ponte
rolante;
Para transporte em distâncias maiores que 50m o custo efetivo da estrutura do pórtico
é menor que o custo para outras estruturas (pontes rolantes, esteiras, etc).
Os pórticos rolantes podem ser subdivididos de acordo com sua estrutura. A Figura 1.5
apresenta os diversos tipos de pórticos.
Monoviga/uma perna;
Monoviga/duas pernas;
24
Figura 1.5 – Tipos de Pórtico Rolante
Fonte: Adaptado de http://www.emhcranes.com/gantry-cranes/
25
2 ESPECIFICAÇÕES DO PÓRTICO
O pórtico selecionado para o projeto é do tipo Dupla Viga / Dupla Perna, conforme
apresentado anteriormente na Figura 2.1. A escolha desse pórtico se deve a melhor distribuição das
forças nas vigas principais, possibilitando assim a utilização de perfis menores. Também se deve ao
fato do pórtico possuir uma excelente estabilidade, e aplicações no qual a utilização de uma única viga
impossiblitaria a utilização de perfis de viga simples, sendo necessárias vigas extremamente
elaboradas e onerosas, que só se tornam comercialmente viáveis para capacidades acima de 500t.
Os principais componentes desta estrutura são: vigas principais, vigas de cabeceira e pernas.
As vigas principais são responsáveis por suportar diretamente a carga de projeto, sendo submetidas à
tensões de flexão. As vigas de cabeceira dão suporte às vigas principais, estando submetida
principalmente aos esforços de flambagem da alma e/ou mesa da viga. As pernas são elementos
submetidos essencialmente a carregamentos compressivos, desta forma devem ser projetadas para
suportar a flambagem global.
26
2.1 ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO
Na NBR8400, as estruturas dos equipamentos podem ser classificadas de acordo com o tipo de
serviço executado. Existem dois fatores para determinação da classe da estrutura: Classe de utilização
e Estado de carga.
27
2.2.1 Classe de utilização
A classe de utilização é determinada pelo número de ciclos aos quais a estrutura é submetida
ao longo de sua vida útil (Tabela 2.2).
Número
Classe de Frequência de utilização do movimento de convencional de
utilização levantamento ciclos de
levantamento
Utilização ocasional não regular, seguida de
A 6,3 x 104
longos períodos de repouso.
B Utilização regular em serviço intermitente 2,0 x 105
C Utilização regular em serviço intensivo 6,3 x 105
Utilização em serviço intensivo severo, efetuado,
D 2,0 x 106
por exemplo, em mais de um turno.
Tabela 2.2 – Classes de utilização
Fonte: NBR 8400
Com os dados apresentados na Tabela 2.2, fica definido que o pórtico projetado pertence à
classe de utilização A.
O estado de carga se caracteriza pelo percentual de carga máxima elevada pelo equipamento
ao longo de sua vida útil. Por exemplo, uma estrutura com estado de carga 0 provavelmente nunca
levantará a carga nominal de projeto. A Tabela 2.3 caracteriza os 4 estados de carga.
28
De acordo com o carregamento previsto neste projeto, define-se que o estado de carga em
questão é 1 (P=1/3).
Uma vez definidos a Classe de Utilização e o Estado de Carga, na Tabela 2.4 define-se o
Grupo da Estrutura. O pórtico em questão apresenta Classe de Utilização A e Estado de carga 1, logo
está incluído no Grupo 2.
Grupos 1 2 3 4 5 6
29
2.3 CLASSIFICAÇÃO DOS MECANISMOS
Assim como a estrutura, os mecanismos podem ser classificados de acordo com dois fatores:
Classe de Funcionamento e Estado de Solicitação.
V1 1< ≤2 3200
V2 2< ≤4 6300
V3 4< ≤8 12500
V4 8 < ≤ 16 25000
V5 > 16 50000
30
Desta forma, considerando uma operação portuária de 24 horas, ficou definido para este
projeto que os mecanismos serão da Classe de funcionamento V5.
O estado de solicitação, assim como o estado de carga, determina a fração da carga máxima a
que um mecanismo é submetido ao longo de sua vida útil. Os estados de solicitação são definidos na
Tabela 2.7. Para este projeto tem-se estado de solicitação 2.
Estados de solicitação
Estados de
solicitação V0,25 V0,5 V1 V2 V3 V4 V5
Sendo assim, os mecanismos a serem utilizados no projeto devem ser Grupo 5m.
31
3 INTRODUÇÃO AO DIMENSIONAMENTO DO PÓRTICO
1) Solicitações:
Solicitações principais;
Solicitações diversas.
Vigas principais;
Vigas de cabeceira;
Pernas;
Elementos de fixação.
Rodas;
Trilhos;
Freios;
Trolley;
Limitador de carga;
Inversores de frequência.
32
3.1 SOLICITAÇÕES
Entende-se por solicitação todo esforço a que o equipamento está submetido. Estas
solicitações são base para a determinação das tensões atuantes na estrutura. Para o cálculo destas
tensões utilizou-se parâmetros críticos de operação, que são apresentados ao longo deste projeto.
São as solicitações devido ao peso próprio dos elementos ( ) e devido à carga de serviço
( ). Foi considerada a situação mais crítica que cada componente poderá experimentar durante sua
vida útil.
Neste projeto os esforços devido a choques serão desprezados, devido sua pequena
probabilidade de ocorrência durante a operação, e pelo fato de que, se ocorrer, será durante o
abaixamento, reduzindo a tensão sobre o equipamento.
Para as solicitações devido ao levantamento da carga, deve ser levado em conta as oscilações
de tensão devido ao esforço para iniciar o movimento de içamento, que leva a um aumento brusco na
tensão durante um pequeno instante de tempo. Para isso utiliza-se o coeficiente dinâmico ( ), que é
determinado de acordo com a velocidade de elevação da carga, conforme Tabela 3.1.
Faixa de velocidade de
Equipamento Coeficiente dinâmico
elevação da carga (m/s)
33
Figura 3.1 – Curva de levantamento e descida para de sinais contrários.
Fonte: NBR 8400
34
O parâmetro crítico utilizado foi o acionamento brusco dos freios, levando à parada imediata
do pórtico. Utilizando como parâmetro as instruções do Anexo B da NBR 8400 foi estimado uma
aceleração de operação para parada brusca, sendo esta definida pela Equação 3.1.
(3.1)
Onde:
– Massa da carga.
Como a princípio não havia um valor exato de peso próprio para estrutura, estimou-se o peso
total da estrutura em 223 toneladas. Ao término do dimensionamento da estrutura observou-se que o
peso total da estrutura era de 162 toneladas, sendo alterado na memória de cálculo. Os detalhamentos
dos cálculos encontram-se no Anexo 11 deste projeto, junto com o dimensionamento das vigas.
Para simular a força normal às rodas durante a frenagem, considerou-se apenas um par de
rodas motoras e um par de rodas motrizes, ou seja, a força suportada pelas rodas durante a frenagem
leva em conta apenas freios em um dos lados do pórtico. Este projeto considera rodas motoras em
ambos os lados do pórtico, porém preferiu-se manter o cálculo para um único par de rodas motoras.
(3.2)
Onde:
Compara-se então a aceleração obtida com a aceleração da Tabela 3.2 e utiliza-se a maior
delas para o cálculo da força horizontal sobre a carga.
35
A NBR 8400 determina o cálculo de um coeficiente dinâmico horizontal ( ), definido para
este caso como:
(3.3)
Onde:
(3.4)
Calcula-se então a força horizontal atuante sobre a estrutura devido ao movimento pendular da
carga ( ), dada pela Equação 3.5.
(3.5)
Onde é o maior valor obtido entre a aceleração calculada e a aceleração da Tabela 3.2.
Para calcular esta solicitação, determina-se a pressão aerodinâmica ( ) para o vento máximo
de serviço, pela Tabela 3.3. Com vento máximo de serviço de 72 km/h tem-se pressão aerodinâmica
de 250N/m2.
Vento máximo
Vento limite de serviço
(equipamento fora de serviço)
Altura em relação ao solo
(m)
Velocidade Pressão aerodinâmica Velocidade Pressão aerodinâmica
(N/ m2) (N/m²)
m/s km/h m/s km/h
0 a 20 36 130 800
20 a 100 20 72 250 42 150 1100
Mais de 100 46 165 1300
Tabela 3.3 – Valores de pressão aerodinâmica
Fonte: NBR 8400
36
Determina-se então, pela Equação 3.6, a força de vento de 1º plano, que consiste na força
direta provocada pelo vento na superfície do equipamento.
(3.6)
Onde:
Coeficiente
Tipo de viga Croqui Relação
aerodinâmico (C)
1,6
Viga de alma cheia ou caixa 1,4
fechada 1,3
1,2
Calcula-se também a carga de vento de 2º plano, que representa a parcela de vento que atinge
a superfície imediatamente posterior à superfície de 1º plano. Este carregamento é dado multiplicando-
se a carga de 1º plano por um coeficiente de redução (φ), determinado pela Figura 3.3. Na Figura 3.2
observa-se o significado da relação B/h. A relação de áreas se dá dividindo a área real exposta ( ),
que é a área total exposta ( ) diminuída das furações, pela área total exposta ( .
37
Figura 3.2 – Distância entre faces.
Fonte: NBR 8400
Tensão admissível
(
Para este projeto foi selecionado o aço ASTM A-36, com limite de escoamento de
e limite de ruptura de . Esta opção se deve ao fato deste aço ser facilmente
encontrado no mercado e ser indicado pela NBR 8400.
Aplicando-se o coeficiente de segurança para Caso II, apresentado pela Tabela 3.5, tem-se
como tensão admissível de projeto .
39
4 DIMENSIONAMENTO DA ESTRUTURA
Todos os cálculos encontram-se nos anexos para consulta. No corpo do projeto são
apresentados apenas as formulações principais e os caminhos que levaram à obtenção dos resultados
aqui apresentados.
O desafio deste projeto foi definir o melhor perfil a ser utilizado nas vigas principais. Devido à
capacidade de 100 t e ao vão de 40m, verificou-se que as vigas presentes em catálogos não se
aplicariam a este projeto. Por isso, foi selecionado um perfil de viga do tipo caixão, conforme Figura
4.1. A seleção deste perfil se deve à sua versatilidade, podendo ser aplicado a todas as vigas do
projeto. A adequação das dimensões do perfil frente às necessidades de cada vigado projeto se torna
rápida através das planilhas Mathcad.
40
4.1 VIGAS PRINCIPAIS
O diagrama de forças da viga principal é apresentado na Figura 4.2. As forças e reações que
atuam verticalmente sobre a viga:
Optou-se por considerar a carga devido ao vento como um esforço centrado, pelo fato de os
esforços de cortante e momento fletor calculados serem maiores quando obtidos desta forma. Ressalta-
se aqui que o cálculo utilizando uma carga distribuída também é permitido pela norma, ficando a
critério do projetista. A Tabela 4.2 apresenta as solicitações calculadas. Os detalhes de cada cálculo
encontra-se no Anexo 11.1.
41
Figura 4.2 – Diagrama de forças da viga principal
O momento fletor é um esforço interno à viga que provoca tensões normais que atuam ao
longo da sua seção transversal, gerando regiões tracionadas ou comprimidas. O cortante é o esforço
que atua no plano da seção transversal da viga, gerando tensões de cisalhamento.
Basicamente, a análise pode ser dividida em duas partes: análise estática para carregamento
distribuído, e análise estática para carregamento centrado.
Como apresentado na literatura, para a carga distribuída pode-se definir uma força aplicada no
centroide da figura que representa o carregamento distribuído, substituindo-o.
Utilizando os conceitos da estática dos corpos rígidos, é possível calcular as reações nos
apoios. Em seguida, é realizada a análise do momento fletor e do esforço cortante. Na literatura são
apresentadas formas de cálculo destes esforços, sendo dispensável neste projeto um maior
detalhamento deste cálculo. Para o carregamento distribuído, foram obtidas as seguintes equações:
(4.1)
42
(4.2)
Onde:
(4.3)
(4.4)
43
Figura 4.3 – Momento fletor e força cortante para carregamento distribuído.
Fonte: http://www.lem.ep.usp.br/pef2308/Materiais_de_apoio/texto_de_apoio.pdf
(4.5)
Utilizando as equações da resistência dos materiais que relacionam momento fletor e cortante
com tensões normais e cisalhantes, respectivamente, tem-se:
(4.6)
(4.7)
44
Onde:
– Tensão normal;
– Tensão cisalhante;
– Módulo resistente;
Desta forma, obtêm-se as tensões máximas a que a viga estará submetida. Com esta
informação, comparam-se as tensões obtidas com as tensões admissíveis da seguinte forma:
(4.8)
(4.9)
A segunda análise é feita utilizando o critério de escoamento de Von Mises, dado por:
(4.10)
Sendo obtido desta forma um valor de tensão de 183MPa, satisfazendo assim o critério de
escoamento para tensões combinadas.
45
4.1.1.3 Cálculo da contra flecha
A NBR 8400 determina o cálculo de contra flecha para as vigas com flecha máxima maior que
5mm. Para isto calculou-se a flecha devido ao peso próprio da carga e a flecha devido ao peso do
trolley e da carga. Pela Teoria da Elasticidade, foram determinadas a flecha para o peso próprio
(Equação 4.11) e para a força centrada devido ao peso do trolley e da carga (Equação 4.12).
(4.11)
(4.12)
Calculadas as flechas máximas na viga, calculou-se então a flecha para 50% da força devido
ao carregamento centrado (Equação 4.13). A contra flecha mínima foi então calculada com a Equação
4.14, obtendo-se 109,6mm como resultado. Foi então adotada como contra flecha de projeto
.
(4.13)
(4.14)
A NBR 8400 determina o cálculo de flambagem localizada para elementos sob compressão. A
flambagem localizada pode ocorrer na mesa da viga submetida à compressão, conforme Figuras 4.5 e
4.6. Quando a mesa superior é submetida a uma tensão de flexão superior a carga crítica de
compressão, ela tende a flambar por flexão. Porém como a mesa superior está ligada pela alma à mesa
inferior, esta interfere no deslocamento da mesa superior, causando o que chamamos de empenamento.
Esse efeito também é conhecido como flambagem localizada e ocorre no elemento com menor índice
de esbeltez (alma ou mesa).
46
Figura 4.5 – Flambagem local de vigas.
Fonte: DIAS (1997)
A NBR 8400 aproxima a flambagem da alma e/ou mesa através da tensão de referência de
Euler ( ), que depende basicamente da geometria da placa e das propriedades do material, sendo
calculada na Equação 4.15.
(4.15)
47
Onde:
– Módulo de elasticidade;
– Coeficiente de Poisson;
– Espessura da chapa;
Relação
(4.16)
(4.17)
(4.18)
48
Figura 4.7 – Valores dos coeficientes de flambagem e .
Fonte: NBR 8400
É necessário observar que nas Equações 4.16, 4.17 e 4.18, os valores devem ser inferiores ao
limite de proporcionalidade, que para o aço utilizado no projeto é de 290MPa. Este valor foi superado,
por isso, foram utilizados os valores apresentados na Figura 4.8.
49
4.1.1.5 Detalhamento da Viga principal
Viga Valor UM
b1 600 mm
h1 50,8 mm
b2 50,8 mm
h2 1150 mm
r1 25,4 mm
Comprimento do vão 40 m
Contra flecha 120 mm
Detalhe de solda K0 ref. 0,31 -
Tabela 4.5– Detalhamento das vigas principais.
De modo a refinar os resultados obtidos no cálculo analítico, foram feitas análises para cada
componente da estrutura, através dos recursos de Elementos Finitos do software Ansys Workbench.
As vigas foram modeladas a partir dos perfis calculados, e submetidas aos mesmos esforços e
condições de contorno considerados no cálculo analítico. Na Figura 4.9 está apresentada a malha
adotada para a análise das vigas principais.
Tendo em vista que os diversos fatores de segurança adotados pela NBR 8400 levam a uma
tensão equivalente maior, e que o valor calculado numericamente sofre aumentos frente a um maior
refinamento da malha utilizada, podemos concluir que os valores obtidos são próximos e possuem
elevada confiabilidade.
Para o dimensionamento das cabeceiras, foi selecionado um perfil caixão similar ao utilizado
na viga principal (Figura 4.1). As dimensões foram calculadas para serem compatíveis com as pernas e
as vigas principais, sendo posteriormente verificadas contra flambagem localizada e escoamento. A
Tabela 4.7 apresenta as dimensões da viga de cabeceira.
Viga Valor UM
b1 500 mm
h1 25,4 mm
b2 25,4 mm
h2 200 mm
r1 25 mm
Comprimento 4 m
Tabela 4.7– Dimensões das vigas de cabeceira.
Foi verificado que o maior problema para estas vigas seria a flambagem localizada, pois todo
esforço aplicado pela viga principal e pela carga seria transmitido às pernas, sendo mínimos os
esforços devido ao peso próprio e à carga de vento. A Tabela 4.8 apresenta os esforços utilizados no
dimensionamento da cabeceira. O esmagamento da alma e/ou mesas da viga foram preponderantes
nesta análise, pois nas regiões de contato cabeceira/perna e cabeceira/viga principal, as solicitações se
acumulam em uma região reduzida, podendo provocar flambagem localizada.
52
A situação crítica apresentada na Tabela 4.8 refere-se a um posicionamento do trolley
semelhante ao apresentado na Figura 4.12, onde todos os esforços estão concentrados em um único par
de pernas. Nesta situação, a flambagem localizada é crítica, pois os esforços devidos à carga nominal
estão totalmente concentrados em uma única viga de cabeceira. O dimensionamento da viga contra a
flambagem localizada foi feita de acordo com esta configuração. Os resultados obtidos são
apresentados no Anexo 11.2.
Após a verificação contra flambagem localizada, a viga de cabeceira foi verificada quanto ao
escoamento, considerando um carregamento concentrado composto pelas forças devido à carga, peso
próprio da viga principal e peso próprio da cabeceira. Com esta aproximação, obtiveram-se resultados
superiores aos que seriam obtidos caso fossem calculados os diversos carregamentos distribuídos
atuantes na viga de cabeceira. Porém, para fins de projeto, essa verificação apenas corrobora que o
perfil selecionado atende às solicitações a que a viga estará submetida ao longo de sua utilização.
As tensões que atuam sobre a viga de cabeceira são apresentadas na Tabela 4.9. Estas tensões
atendem aos critérios de escoamento e critério de flambagem localizada.
Tensões Valor UM
Tensão normal máxima 24,0 MPa
Tensão cisalhante máxima 84,0 MPa
Tabela 4.9– Tensões sobre a viga de cabeceira.
53
4.2.1 Análise numérica
A análise numérica das vigas de cabeceira foi realizada visando comparar as tensões
equivalentes de Von Mises, bem como as tensões de flambagem localizada.
Na Figura 4.13 está apresentada a malha adotada para a análise das vigas de cabeceira.
A análise global da viga de cabeceira mostra claramente que as tensões equivalentes estão
distribuídas nas regiões de possível flambagem local e encontram-se dentro do limite admissível do
projeto (Figura 4.14).
Ressalta-se que o resultado obtido analiticamente contra flambagem local demonstra que a
carga aplicada está muito aquém daquela capaz de provocar a flambagem da viga de cabeceira. Este
resultado foi confirmado numericamente, conforme Figura 4.18.
4.3 PERNAS
As dimensões do perfil selecionado são apresentadas na Tabela 4.10. O perfil é do tipo caixão,
apresentado na Figura 4.1
Viga Valor UM
b1 550 mm
h1 50,8 mm
b2 50,8 mm
h2 450,0 mm
r1 15,0 mm
Comprimento 15,2 m
Tabela 4.10– Dimensões das pernas
58
4.3.1 Ângulo crítico de tombamento da estrutura
Utilizando a Estática dos Sólidos e as leis fundamentais da Resistência dos materiais, foi
obtida a Equação 4.19, que relaciona o ângulo crítico de tombamento com as forças e as dimensões do
pórtico. Esta equação determina o ângulo máximo entre a perna e a horizontal, para que a estrutura
não tombe, quando submetida a todos os carregamentos apresentados na Tabela 4.11.
59
Hp 2 PP PC VP
Ca
tg
2
fw0
fw1 fw2 Lc PP
VP PC Ca
Hp
2 2 4 (4.19)
Com isso obteve-se um ângulo da perna com a horizontal de 84°. Este é o ângulo de inclinação
máximo para que não ocorra o tombamento da estrutura, ou seja, neste valor angular a reação em um
dos pares de perna do pórtico é nula. Com esta informação, foi definido para este projeto um ângulo de
inclinação das pernas de 80°.
λ (4.20)
60
Onde:
λ – Coeficiente de esbeltez;
– Comprimento de flambagem;
Figura 4.21 – Fator de multiplicação da tensão de compressão para flambagem para aços com
520MPa de limite de resistência.
Fonte: NBR 8400
(4.21)
(4.22)
61
Onde:
– Tensão de compressão;
– Tensão de flexão.
A Tabela 4.12 apresenta os resultados obtidos para cada eixo, bem como os respectivos
momentos de inércia e comprimentos de flambagem utilizados.
x-x y-y
-3 4
Momento de inércia 4,287x10 m 4,509x10-3 m4
Comprimento sujeito à flambagem 15,231 m 15,231 m
Raio de giração 0,205 m 0,211 m
Coeficiente de esbeltez 74,2 72,3
Coeficiente de flambagem (NBR 8400) 1,58 1,79
Tensão de compressão 8,61 MPa 8,61 MPa
Tensão de flexão 5,54 MPa 5,54 MPa
Tensão de flambagem 18,59 MPa 20,40 MPa
Tabela 4.12– Dados de flambagem global da perna.
De maneira semelhante às demais vigas, foi feita a verificação das pernas contra o
escoamento.
62
4.3.4 Flambagem local
Assim como as vigas principais e de cabeceira, as pernas estão submetidas à flambagem local.
As tensões calculadas atendem a este critério, conforme descrito no Anexo 11.3.
Assim como os demais componentes estruturais, as pernas também foram submetidas à análise
numérica por Elementos Finitos. A malha adotada para a análise das pernas está representada na
Figura 4.22.
Os resultados obtidos foram satisfatórios. A flecha máxima calculada através do MEF foi de
1,3mm e a tensão de von Mises resultou em 28MPa (figuras 4.23 e 4.24).
63
Figura 4.23 – Distribuição das tensões na perna.
Fonte: ANSYS
64
descrito anteriormente para a flambagem localizada das vigas de cabeceira, a Figura 4.27 apresenta os
“Load Multipliers” que indicariam flambagem das pernas para valores menores que 1,0.
65
Figura 4.26 – Modos de flambagem das pernas 02.
Fonte: ANSYS
66
Figura 4.27 – Fator multiplicador para flambagem.
Fonte: ANSYS
Para unir as pernas do pórtico, foram utilizadas duas barras comerciais de perfil U de chapa
dobrada, cuja seção transversal encontra-se representada na Figura 4.28.
Viga Valor UM
b 70,0 mm
h 240,0 mm
e 6,0 mm
Comprimento 8,9 m
Tabela 4.14 – Dimensões das vigas de ligação das pernas
O cálculo destas vigas foi realizado implicitamente durante a análise numérica das pernas,
visto que elas não são elementos fundamentais da estrutura.
A viga está submetida apenas à tração, além da flexão devido ao peso próprio. As
distribuições das tensões e deslocamentos ao longo desta viga estão representadas, respectivamente,
nas Figuras 4.29 e 4.30.
67
Figura 4.29 – Distribuição das tensões ao longo da viga de ligação das pernas.
Fonte: ANSYS
Figura 4.30 – Distribuição dos deslocamentos ao longo da viga de ligação das pernas.
Fonte: ANSYS
Visto que os perfis selecionados não são comerciais, o dimensionamento das vigas inclui
determinar os tipos de solda devem ser executadas na fabricação e montagem destes elementos. A
solda é um importante parâmetro na análise, sendo necessária a sua verificação quanto à fadiga. Para
isso, foi determinado o detalhe da solda de acordo com a NBR 8400.
Para a verificação da fadiga na solda é necessário saber qual as tensões máximas e mínimas a
que a viga está submetida. A viga principal, por exemplo, está submetida a uma tensão mínima
referente ao seu peso próprio e a uma tensão máxima referente a soma das tensões devido ao vento, ao
peso da carga, ao peso próprio e ao movimento oscilatório da carga. Sendo assim, calculou-se a razão
de solicitação para cada viga.
(4.23)
Onde:
Para auxiliar o dimensionamento do cordão de solda de fabricação das vigas foi criada uma
planilha de cálculo no software Mathcad.
A solda em questão foi identificada na NBR 8400 como sendo do tipo , referência 0,33
conforme Figura 4.32, sendo seu limite de fadiga de para todas as soldas de
fabricação.
Conhecidos o limite de resistência à fadiga obtido na NBR 8400 e a configuração das vigas,
foi definido a utilização do processo de solda por arco submerso (SAW), com consumíveis tipo “metal
cored”, ou seja, possuem composição mista. Para esta aplicação foi selecionado no catálogo do
fornecedor ESAB de acordo com a norma AWS, F8A6-ECW-W. Este eletrodo foi selecionado por
apresentar características importantes: 80ksi (560 MPa) de tensão de ruptura como soldado, ou seja, o
limite de 560 MPa é após a solda estar pronta, composição química compatível com o aço estrutural
utilizado no projeto, boa resistência à corrosão.
O cordão de solda utilizado na fabricação das vigas do pórtico é do tipo filete (em ângulo),
conforme Figura 4.33. A NBR 8800 orienta que, para o dimensionamento de soldas de filete utilizadas
na fabricação de vigas, pode-se desprezar os esforços normais e dimensionar o cordão utilizando
apenas esforços cisalhantes. Sendo assim, conhecendo o maior cortante que atua nas vigas e utilizando
a relação apresentada na Figura 4.33, é possível obter a perna (h) do cordão de solda.
70
Figura 4.33 – Dimensionamento de solda filete.
Fonte: http://www.professores.uff.br/duran/disciplinas/solda.pdf
A Tabela 4.15 apresenta as dimensões obtidas para os cordões de solda de fabricação de cada
viga. As dimensões obedecem ao dimensional mínimo das pernas da solda, que depende da espessura
do metal-base, conforme Figura 4.34.
Devido a largura do vão, ficou definido no projeto que as vigas principais seriam fabricada em
4 módulos de 10m cada, visando a montagem em campo, utilizando solda ao arco elétrico. Essa opção
se deve ao fato das chapas comerciais serem fabricadas com, no máximo, 12m de comprimento, além
de facilitar a logística de transporte até o local de montagem do pórtico. De forma similar, as pernas
serão particionadas em módulos de 10m e 5,2m.
Pela NBR 8400, este tipo de solda é do tipo K1, ref. 1,1, conforme Figura 4.35, sendo
.
71
Figura 4.35 – Referência e Tipo de detalhe de solda de montagem da viga principal.
Fonte: NBR 8400
Com estas informações, foi utilizada a NBR 8800 para a determinação do dimensional do
cordão de solda de topo. A planilha Mathcad elaborada trabalha de tal forma que a força resistente da
solda é calculada de acordo com o tipo de penetração do cordão, parcial ou total. Para a tensão de
projeto na solda, apenas soldas de topo com penetração total atendem às solicitações do projeto, sendo
esta utilizada para as montagens em campo.
Neste projeto, optou-se pela utilização de juntas aparafusadas e rebitadas nas ligações entre os
elementos estruturais, ou seja, nas juntas entre as vigas principais e as vigas de cabeceira, entre a viga
de cabeceira e as pernas e nas vigas de ligação das pernas. Esta escolha se deve ao fato de facilitar a
montagem do equipamento em campo, além de reduzir custos.
No pórtico, tais juntas podem ser observadas na união entre as vigas principais e as vigas de
cabeceira, vigas de cabeceira e as pernas e, por fim, na viga de ligação existente entre as pernas.
Duas características básicas de uma junta aparafusada são a pré-tensão aplicada aos parafusos
e a interação das partes em contato. Os objetivos do pré-carregamento são: fornecer às peças em
compressão uma resistência maior à carga externa de tração e aumentar o atrito entre as peças, de
modo que as mesmas apresentem maior resistência ao cisalhamento.
Estes cálculos foram executados, inicialmente, sob a abordagem numérica computacional das
juntas. Para tal, foi utilizado o recurso “beam” do Ansys. O elemento “beam” é um elemento virtual
inserido no modelo com a finalidade de atuar como um medidor dos esforços que por ele passam.
Sendo assim, é possível inserir um “beam” em cada furo da junta de modo a obter os esforços que
parafusos ou rebites reais estariam submetidos naquela situação.
72
Uma vez calculados os esforços sofridos pelos “beams”, foram dimensionados analiticamente
os diâmetros dos elementos de fixação a serem utilizados em cada junta, bem como a pré carga que
deveria ser aplicada nos parafusos durante a montagem.
Uma vez modelados os elementos de fixação, os mesmos foram inseridos de forma adequada
no modelo da junta e analisados numericamente. Assim, foi possível simular a resposta real das juntas
frente às condições operacionais do pórtico.
Na Figura 4.37 é possível visualizar os “beams” posicionados na junta entre a viga principal e
a viga de cabeceira.
O diâmetro adequado calculado para este parafuso foi de 52mm. A pré carga máxima
calculada foi de 71t. Na Figura 4.39 encontra-se a visualização da pré carga aplicada aos parafusos no
modelo.
Uma vez calculado, o modelo apresentou o perfil de distribuição das tensões mostrado na
Figura 4.40.
74
Figura 4.40 – Distribuição das tensões equivalentes nas juntas da Viga Principal
Fonte: ANSYS
Apesar de existirem regiões onde as tensões encontram-se acima do limite de escoamento, foi
verificado que os deslocamentos nessas regiões foram muito pequenos, da ordem de 1mm, como pode
ser verificado na Figura 4.41.
Vale ressaltar que o deslocamento máximo de 55,4mm, indicado na Figura 4.41 é referente ao
centro do vão da Viga Principal, ponto de aplicação da carga neste modelo.
75
As regiões onde as tensões alcançaram valores entre 350 MPa e 473 MPa foram avaliadas
como regiões de tensão de pico. Isso se deve ao fato das tensões se concentrarem numa região muito
pequena ao redor dos furos, conforme mostrado na Figura 4.42. As tensões observadas foram
compressivas, desta forma estas regiões não representam um problema à integridade da junta.
Seguindo o mesmo procedimento descrito para a junta aparafusada da viga principal, foram
calculados os parafusos adequados às necessidades da junta entre a viga de cabeceira e as pernas.
A Figura 4.43 apresenta os resultados mais críticos obtidos na análise dos “beams”. Na junta
em questão, pelo menos um parafuso estará submetido à carga máxima de 14t de tração.
Uma vez calculado, o modelo apresentou o perfil de distribuição das tensões mostrado na
Figura 4.45.
Figura 4.45 – Distribuição das tensões equivalentes nas juntas da viga de cabeceira
Fonte: ANSYS
77
As regiões que apresentam valores de tensão acima do admissível são muito pequenas e
encontram-se concentradas ao redor dos furos da junta. Essas tensões foram consideradas tensões de
pico e não representam uma ameaça à integridade da junta.
Adotando o mesmo procedimento descrito para as juntas aparafusadas das vigas principais e
de cabeceira, foram calculados os rebites adequados às necessidades das juntas entre as pernas e a viga
de ligação. Estas juntas foram rebitadas devido à dificuldade de acesso interno durante a montagem do
equipamento.
A Figura 4.47 apresenta os resultados mais críticos obtidos na análise dos “beams”. Na junta
em questão, pelo menos um rebite estará submetido à carga máxima de 482kgf de cisalhamento.
Uma vez calculado, o modelo apresentou o perfil de distribuição das tensões mostrado na
Figura 4.48.
Figura 4.48 – Distribuição das tensões equivalentes nas juntas da viga de ligação
Fonte: ANSYS
79
5 DIMENSIONAMENTO E SELEÇÃO DE MECANISMOS
Trilho;
A NBR 8400 não determina o dimensionamento de trilhos. Estes são projetados de acordo
com a DIN 536. De acordo com a empresa Gantrail, fabricante de trilhos, a largura do trilho pode ser
determinada considerando-se 2,5mm por tonelada sobre as rodas. Dessa forma, sabendo que a carga
radial é de 361kN, a largura (k) mínima para o trilho é de 92,0mm. Consultando a Tabela 5.1 obteve-
se o boleto mínimo normalizado de 100mm, porém para este projeto utilizou-se um trilho de 150mm,
de modo a reduzir as dimensões das rodas.
Primeiramente definiu-se um perfil U para servir de base para as rodas e seus respectivos
eixos. A Figura 5.3 apresenta este perfil e a Tabela 5.2 apresenta o dimensional do mesmo.
81
Figura 5.3 – Perfil mínimo da viga do truck de translação.
Viga Valor UM
b1 180,0 mm
h1 15,0 mm
b2 15,0 mm
h2 300,0 mm
Comprimento 1200,0 mm
Tabela 5.2 – Dimensional do truck.
Conforme apresentado no Anexo 11.4, este elemento foi verificado da mesma forma que as
vigas da estrutura.
5.2.2 Rodas
Para o dimensionamento das rodas, todo o peso da estrutura foi levado em consideração. A
NBR 8400 determina o cálculo da força sobre as rodas através das Equações 5.1 e 5.2.
(5.1)
(5.2)
Onde:
(5.3)
Para o projeto em questão, a relação obtida não foi pequena, logo foi utilizado
.
(5.4)
Onde:
e – Coeficientes normalizados.
Como o aço em questão tem como limite de resistência 520 MPa (52 daN/mm²), a pressão
limite plim é de 5 MPa (0,50 daN/mm²).
A NBR 8400 determina ainda, através das Tabelas 5.4 e 5.5, os coeficientes c1 e c2. O
coeficiente c1 é função da velocidade de translação e do diâmetro da roda, e c2 é função do grupo do
mecanismo.
83
Tabela 5.4– Valores de c1 em função do diâmetro e da velocidade de translação.
Fonte: NBR 8400
Para iniciar o cálculo, considerou-se c1= 0,9, pois ainda não se conhecia o diâmetro da roda,
sendo impossível determinar com exatidão este coeficiente. Realizou-se uma nova iteração com o
novo diâmetro, obtendo-se o novo coeficiente c1. Dessa forma foi possível calcular o diâmetro mínimo
final.
Conforme apresentado anteriormente, este projeto possui quatro trucks de translação. Isto foi
considerado no dimensionamento dos motores de translação.
A NBR 8400 determina que a força necessária para fazer a roda executar o movimento de
rolamento ( ) é dada pela Equação 5.5, que utiliza a força radial nas rodas em seu cálculo. No
dimensionamento das rodas, a força radial era dividida entre todas as 8 rodas do pórtico, porém no
dimensionamento do motor, este valor é dobrado, pois só há 1 roda motriz por truck. Desta forma, a
força radial por perna é de 722,3kN. Este valor foi utilizado para a determinação da força de
rolamento.
84
(5.5)
Onde:
– Coeficiente de rolamento;
– Diâmetro do eixo.
Elemento Rendimento
Motor 90 %
Rolamentos de esfera 99 %
Engrenamentos 98 %
Acoplamentos flexíveis 98 %
Tabela 5.6 – Rendimentos estimados.
(5.6)
Onde:
– Número de rolamentos;
– Número de engrenamentos;
85
Desta forma, estimou-se um rendimento de 70,7% para o sistema. Com isso, foram
determinadas as potências de regime do motor ( ) e de partida do motor ( ), através das equações
5.7 e 5.8 respectivamente.
(5.7)
(5.8)
Onde:
– Aceleração da gravidade;
– Velocidade do pórtico.
Em seguida, deve ser comparado o tempo de entrada em regime com o tempo de rotor
bloqueado do motor a ser fornecido pelo fabricante. Esta comparação é importante, pois determina
quanto tempo o motor estará trabalhando acima de sua potência de regime. O rotor bloqueado é
caracterizado por uma parada súbita em plena rotação, por qualquer razão relacionada ao mecanismo
acionado. Nestas condições, o motor absorve a corrente de partida e permanece bloqueado à
velocidade nula. Portanto, não há mais ventilação e o aquecimento é muito rápido. Nestas condições,
poderá ocorrer a queima do motor. Quanto maior o tempo de rotor bloqueado do motor, mais tempo
ele é capaz de trabalhar acima de sua potência nominal sem sofrer danos.
Conhecendo-se a rotação do motor, foi necessário selecionar um redutor (Figura 5.4) para
transmitir a velocidade correta para as rodas.
86
Figura 5.4 – Redutor.
Fonte: Catálogo Cestari
Convencional
Modelo A08345
Redução 173
Torque 21484 Nm
Potência 23 kW
Rendimento 96 %
Tabela 5.7 – Especificação técnica do redutor selecionado.
Fonte: Catálogo Cestari
A redução e o torque atendem ao projeto, assim como a potência. Foi necessário realizar,
também, uma comparação entre o rendimento do redutor selecionado e o rendimento calculado com o
auxílio da Tabela 5.6. Observou-se que o rendimento do redutor selecionado é superior ao calculado.
Desta forma, os requisitos mínimos do projeto foram atendidos.
O desalinhamento é responsável por mais da metade dos problemas com rolamentos e outros
elementos de máquinas (engrenagens, selos mecânicos). Além disso, choques e vibrações podem
prejudicar o funcionamento de um sistema de transmissão. O Acoplamento Flexível é utilizado para
acomodar tais desalinhamentos e absorver choques e vibrações.
Para a seleção do acoplamento, foi levado em consideração o torque motor e sua rotação.
87
Na aplicação em questão foi selecionado um acoplamento flexível do tipo RD (ou pneu),
conforme Figura 5.5. A Figura 5.6 apresenta os tipos de desvios suportados por este acoplamento.
A Figura 5.7 apresenta um esquema simplificado da transmissão. Note que são utilizados 2
acoplamentos flexíveis, um na saída do motor e outro na entrada do redutor. Ambos possuem a mesma
especificação, pois estão submetidos à mesma velocidade e torque. Para a seleção do acoplamento,
considerou-se o máximo torque do motor, ou seja, o torque de partida, de 16,9cv. Logo, o torque
suportado pelo acoplamento é de 131,8Nm a uma rotação de 900rpm.
Redutor
Freio
Motor
88
A Figura 5.8 apresenta um quadro com as especificações de acoplamentos RD fornecidos pela
Aciobras. Foi selecionado neste quadro um acoplamento modelo AP-50, com suporte a um torque
nominal de 340Nm e rotações de até 3600rp. Este é o primeiro modelo que atende as especificações de
torque.
Após a seleção do motor, é necessário determinar o tipo de freio a ser utilizado no truck de
translação do pórtico.
O freio selecionado foi do tipo sapata externa simétrica, do fabricante Elmec, conforme Figura
5.9. Este sistema foi montado em conjunto com uma polia fixa ao eixo que liga o motor ao redutor. O
torque máximo do motor é de 131,8Nm. Dessa forma, foi selecionado um sistema de freio da linha
FE-200, com atuador de 30kgf, capaz de suportar torques na faixa de 95 a 190Nm dependendo da
regulagem. O diâmetro da polia a ser instalada no eixo de saída do motor é 200mm (Figura 5.10). A
Figura 5.11 apresenta o dimensional do freio selecionado.
A preferência por este tipo de freio se deve à possibilidade de frenagem instantânea, que se faz
nacessária no equipamento. Além disso, é de fácil instalação e manutenção.
Especificações Técnicas
Capacidade de trabalho até 250 t
Elevação máxima da talha até 50 m (Dependendo da capacidade)
Velocidade de elevação até 12 m/min.
Velocidade do trolley 5 a 30 m/min.
Classe do mecanismo FEM
3m / M6
(NBR8400)/ISO
Tipos de montagem Fixa / Carro dupla viga
Tabela 5.8 – Especificação técnica do carro guincho.
Fonte: Catálogo Mollyn Crane
Onde:
Dessa forma, tem-se que a posição relativa do grupo do mecanismo de projeto é 5 (5m) e a
posição relativa do carro guincho é 3 (3m). Utilizando uma planilha Mathcad (Anexo 11.13),
determinou-se que, para atender a capacidade de projeto, o carro guincho solicitado ao fornecedor
deve ter capacidade mínima de 156,25t.
Economia de energia;
92
mantém constante a razão entre tensão e frequência. O inversor vetorial trabalha com equações
dinâmicas do motor e sua programação é muito mais complexa.
Foi selecionado o inversor PWM da Weg, operando como uma interface entre a fonte de
energia e o motor, conforme Figura 5.13.
Os limitadores de fim de curso são sensores que delimitam o início e o fim do curso de
movimento, evitando que o equipamento se mova além do limite de translação definido no projeto.
93
Figura 5.14 – Limitador de fim de curso Demag.
Fonte: Catálogo Demag
94
painel para interface com o usuário, sinaleiras de sobrecarga e unidade lógica pra interpretação dos
dados transmitidos pela célula de carga.
Tem por objetivo reduzir a velocidade com a proximidade do fim de curso, seja na translação
ou elevação. A informação é enviada ao inversor de frequência, que reduz gradativamente a
velocidade de rotação do motor.
5.4.4.2 Sinalizadores
Dispositivos que tem por finalidade sinalizar por código luminoso de cores a condição de
funcionamento.
5.4.4.3 Sirenes
Tem por objetivo alertar que o equipamento está em movimento, ou outra situação que exija
alarme.
Dispositivo elétrico que tem por finalidade permitir um único comando de movimento por vez.
6 REVESTIMENTO
Como uma das principais características desse pórtico é sua utilização em áreas externas,
deve-se considerar a corrosão a que ele está sujeito. A proximidade à água do mar, as constantes
chuvas e o sol são os fatores que mais aceleram este processo.
Existem basicamente dois tipos gerais de corrosão: Corrosão uniforme e corrosão localizada.
A mais perigosa é a corrosão localizada, pois suas consequências são difíceis de prever e a velocidade
de corrosão no ponto atacado pode ser muito elevada. A corrosão uniforme é facilmente reparável
antes de causar danos estruturais.
Existem várias formas de evitar a corrosão. Os processos mais utilizados são a eletrodeposição
e a pintura. Os processos por eletrodeposição são diversos: Galvanização, niquelamento, douramento,
zincagem, entre outros. O metal de cobertura, ao entrar em contato com o oxigênio, forma uma
camada muito fina de óxido que adere ao metal, protegendo-o.
No entanto, para este projeto, optou-se por um revestimento externo com pintura eletrostática.
Para este fim, existem dois tipos de revestimento por pintura eletrostática: tintas epóxi, poliéster. As
tintas epóxi são mais voltadas para ambientes internos altamente agressivos (atmosfera ácida ou
alcalina) e possuem boa aderência além de uma alta resistência química. As do tipo poliéster são
comumente indicadas para ambientes externos por apresentar grande resistência ao ataque da maresia
e dos raios ultravioleta.
96
Por razões econômicas, as vigas estruturais serão revestidas por pintura eletrostática, e os
elementos de fixação serão galvanizados.
Para este projeto, decidiu-se por utilizar uma tinta Poliéster LACKPOXI N, fornecida pela
Weg, por ser adequada ao ambiente externo e possuir alta duração. A única exigência na pintura é que
a superfície seja preparada com jateamento abrasivo.
A pintura será realizada no fabricante das vigas, anterior a montagem da estrutura. Após a
montagem do equipamento, todos as uniões devem ser verificadas e retocadas.
As especificações das tintas poliéster disponibilizadas pelo fabricante podem ser verificadas
na Figura 6.2.
97
7 OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO
O manual “Working safely with bridge and gantry cranes” da WorkSafe apresenta uma série
de práticas de segurança relacionadas à manutenção e operação de pórticos e pontes rolantes.
O procedimento apresentado a seguir é genérico e pode ser utilizado como base para
elaboração de um procedimento de operação e inspeção mais detalhado.
A Tabela 7.1 apresenta uma lista de práticas não aceitáveis e práticas que proporcionam um
controle dos riscos, relacionados à fase de planejamento.
Produção
Práticas inaceitáveis Controle dos riscos
Cargas içadas ou abaixadas sobre: Projeto de trabalho bem organizado
Pedestres
Delimitação de zonas de movimentação
Instalações móveis
Barreiras
Estruturas com pessoas em seu interior
Procedimentos de segurança
(escritórios, etc.).
Serviço com agendamento prévio
Mercadorias perigosas e áreas de
estocagem Evitar pontos cegos
Obstáculos que podem se chocar com a
carga
Manutenção
Práticas inaceitáveis Controle dos riscos
Manutenção realizada durante operação As tarefas de manutenção devem ser planejadas de
modo a não coincidir com operação
Toda manutenção deve estar concluída antes do início
da operação
A área deve ser sinalizada adequadamente
A área deve ser inspecionada antes de liberada para
operação
98
A seguir, as práticas de Operação na Tabela 7.2:
Pré-operação
Práticas inaceitáveis Controle dos riscos
Carga a ser içada acima da capacidade Equipamentos devidamente identificados com a carga de
de trabalho. trabalho
Falta de treinamento formalizado e de Treinamento e procedimento atualizados, em local
procedimentos de treinamento acessível a consulta dos operadores
Falta de procedimentos de operação Procedimentos normalizados de operação, uso e reparo.
Check pré-operação não executada Check pré-operacional de travas de segurança,
corretamente dispositivos de segurança e parada de emergência
Operação
Práticas inaceitáveis Controle dos riscos
Operador não treinado Operadores treinados e competentes
Operadores submetidos a áreas de alto Áreas de risco demarcadas
risco
Presença de supervisor em toda operação
Pessoas transitando embaixo da carga
A carga está no campo de visão do operador durante
suspensa, inclusive o operador
todo tempo
Operação dentro dos limites de utilização
Tabela 7.2– Práticas de Operação.
Fonte: Traduzido de
http://www.worksafe.vic.gov.au/__data/assets/pdf_file/0014/21821/Working_safely_with_bridge_
and_gantry_cranes.pdf
99
8 ANÁLISE DE CUSTOS
Como todo projeto visa o lucro, a análise de custos é essencial para determinar sua
viabilidade. Um projeto com alta taxa de atratividade é essencial quando um investidor precisa tomar
uma decisão entre duas aplicações de investimento.
Para isso, foi feito neste projeto, um estudo de custos e uma comparação com preços de
mercado. As taxas de câmbio utilizadas para conversão de valores referem-se ao dia 13/11/13. Com o
auxílio de sites especializados em análise de custos, do software Excel e de valores de referência
praticados pelo mercado, estimou-se o custo do projeto, subdividido em estrutura e mecanismos.
CUSTO UNITÁRIO
Aço estrutural R$/kg 2,47
Custos de material de adição R$/m 225,58
Custos de mão de obra de soldagem R$/m 28,00
Custos de mão de obra de montagem R$/h 28,00
Fixadores R$/unidade 8,00
Tinta R$/m² 31,61
Custos de mão de obra de pintura R$/h 28,00
Equipamentos para montagem 100t R$/h 300,00
Tabela 8.1 – Custo unitário da estrutura.
Fonte: http://www.brasil.geradordeprecos.info/
Informações da estrutura
Massa total das vigas kg 161814,00
Número de fixadores unidade 120
Horas para montagem h 80
Área total a ser pintada (2 demão) m² 1638,75
Tempo de pintura h/kg 0,00027
Tempo de pintura em horas h 43,69
Comprimento total de vigas m 150,00
Tabela 8.2 – Informações da estrutura necessárias a análise de custos.
100
CUSTO TOTAL (estrutura)
Aço estrutural R$ 399.680,58
Custos de material de adição R$ 135.347,06
Custos de mão de obra de soldagem R$ 16.799,06
Custos de mão de obra de montagem R$ 2.240,00
Fixadores R$ 960,00
Tinta R$ 51.800,95
Custos de mão de obra de pintura R$ 1.223,31
Equipamentos para montagem 100t R$ 24.000,00
TOTAL R$ 632.050,96
Tabela 8.3 – Custo total da estrutura.
Fonte: http://www.brasil.geradordeprecos.info/
CUSTO
Trolley 100t R$/unidade 160080,00
Rodas + eixos R$/unidade 3719,10
Trilho R$/m 161,65
Custos de mão de obra de montagem R$/h 28,00
Motor R$/unidade 3300,00
Caixa redutora R$/unidade 3200,00
Dispositivos de segurança (valor médio) R$/unidade 1500,00
Freios R$/unidade 2400,00
Tabela 8.4 – Custo unitário dos mecanismos.
Fonte: http://www.brasil.geradordeprecos.info/
101
CUSTO TOTAL (mecanismos)
Trolley 100t R$ 160.080,00
Rodas + eixos R$ 29.752,80
Trilho R$ 48.494,91
Custos de mão de obra de montagem R$ 1.120,00
Motor R$ 13.200,00
Caixa redutora R$ 12.800,00
Dispositivos de segurança (valor médio) R$ 15.000,00
Freios R$ 9.600,00
TOTAL R$ 290.047,71
Tabela 8.6 – Custo total dos mecanismos.
Fonte: http://www.brasil.geradordeprecos.info/
CUSTOS DE ENGENHARIA
Salário Mínimo R$ 678,00
Meses de Projeto 12 meses
Piso Salarial 8,5 salários mínimos
Engenheiros 2
Encargos (em 12 meses) R$ 100.000,00
TOTAL R$ 238.312,00
Tabela 8.7 – Custos de Engenharia.
9 CONCLUSÃO
102
Neste projeto foi aplicado o conhecimento desenvolvido ao longo do curso, com foco em
estruturas. O design do equipamento foi desenvolvido utilizando critérios da NBR 8400, visando
sempre a otimização do projeto, de modo a obter-se a melhor relação custo benefício.
Realizar a análise completa da estrutura através de softwares baseados no método dos Elementos
Finitos;
Modificar o design do projeto, através de um estudo detalhado de otimização dos perfis das vigas;
103
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIN – 536 P1- Crane Rails – Hot rolled flat botoom crane rails (Type A) – Dimensions, section
parameters and steel grades, 1991.
ASTM - A709 - Standard Specification for Carbon and High-Strength Low-Alloy Structural Steel
Shapes, Plates, and Bars and Quenched-and-Tempered Alloy Structural Steel Plates for Bridge, 2003
SHIGLEY, Joseph E.. MISCHKE, Charles R. “Projeto de Engenharia Mecânica”. Editora Bookman,
7° Edição,2005.
BEER, F.P., JOHNSTON, JR. E.R. Resistência dos Materiais, 3.º Ed., Makron Books, 1995.
AWS A5.17 - Specification for Carbon Steel Electrodes and Fluxes for Submerged Arc Welding,
2007.
104
DEABORN CRANE. Gantry Cranes. Dearborncrane. Disponível em:
http://www.dearborncrane.com/crane_buyers_guide/gantry_cranes.htm. Acesso em: 07 ago. 2013.
GELTH. Indicador limitador de carga para ponte rolante. Gelth. Disponível em:
http://www.gelth.com.br/index.php/produtos/3-produtos/32-indicadorlimitador-de-carga-para-ponte-
rolante-pn-gbp-4244ex. Acesso em: 07 ago. 2013.
105
BRASIL GERADOR DE PREÇOS. Aço em vigas mistas. Brasil.geradordepreços. Disponível em:
http://www.brasil.geradordeprecos.info/obra_nova/Estruturas/Mistas/Vigas/Aco_em_vigas_mistas.ht
ml. Acesso em: 07 ago. 2013.
106
11 - ANEXOS
107
11.1 – ANEXO 1 – DIMENSIONAMENTO DA VIGA PRINCIPAL
108
Dimensionamento das vigas principais
Por Felipe Santos e Gilberto Costa em 07/07/2013
1) Características do material :
Aço : ASTM A36
−3
Massa específica : ρ := 7850kg⋅ m
Módulo de elasticidade : E := 207GPa
σe
Tensão admissível : σadm := = 187.97⋅ MPa
FS
σadm
Tensão de cisalhamento adm: τadm := = 108.524 ⋅ MPa
3
2) Características da viga :
−2
Aceleração da gravidade : g = 9.807⋅ m⋅ s
Comprimento do vão: L1 := 40m
Secção transversal :
Tipo : VIGA CAIXÃO
Dimensões da secção :
Barras horizontais : Barras verticais :
Base : b1 := 600mm Base : b2 := 50.8mm
h 2⋅ b + 2 ⋅ ( h + h ) ⋅ b ⋅ h
2 2 2 1 1 1
Centróide da área acima da linha y := y = 394.78⋅ mm
4 ( b 1 h 1 + b 2 h 2)
neutra :
( ) ( )
2
Área : At := 2⋅ b1 ⋅ h 1 + 2 ⋅ b 2⋅ h 2 At = 0.178 m
At 3
Primeiro momento de área : Q := y⋅ Q = 0.035⋅ m
2
−1
Massa por metro : M m := At⋅ ρ M m = 1.396⋅ tonne⋅ m
Ixx := ⋅ b 1 ⋅ h1 + b2 ⋅ h 2 + ⋅ b1 ⋅ h 1 ⋅ h 1 + h 2
( )
1 3 3 1 2 4
Momento de inércia x-x: Ixx = 0.035 m
6 2
2
b1
Iyy := ⋅ h 1⋅ b 1 + h 2 ⋅ b 2 + 2⋅ b 2 ⋅ h 2⋅
1 3 3 4
Momento de inércia y-y: − r1 Iyy = 0.011 m
6 2
4
Momento polar de inércia : J1 := Ixx + Iyy J1 = 0.046 m
−1
−1
Wxx := Ixx⋅ h1 + 2 h 2
3
Módulo de resistência x-x : Wxx = 0.056⋅ m
−1 3
Módulo de resistência y-y : Wyy := 2Iyy⋅ b 1 Wyy = 0.036⋅ m
3) Cargas :
L1
x :=
Ponto em Estudo : 2 x := 20.0m
1
Reação nos apoio A e B : AB1 := ⋅ P1 AB1 = 273.749⋅ kN
2
V1 := P1 ⋅ −
x 1
Força Cortante : V1 = 0 N
L1 2
2
P1 ⋅ x P1 6
Momento Fletor : M 1 := − ⋅x M 1 = −2.737 × 10 ⋅ N⋅ m
2 ⋅ L1 2
3
Momento Fletor Máximo : M 1max := 0.125P1⋅ L1 M 1max = 2.737 × 10 ⋅ kN⋅ m
3
P1⋅ L1 x 3 4
y1 := ⋅
− 2⋅
x x
Equação da Linha Elástica :
24⋅ E⋅ Ixx L1 + L y1 = 63.219⋅ mm
L1 1
3
5P1 ⋅ L1
Flecha Máxima : f1max := f1max = 63.219⋅ mm
384E⋅ Ixx
( C2 + Pcar + Extra)
Carga + Peso do carrinho: P2 := P2 = 502.639 ⋅ kN
2
P2
Reação nos Apoios: AB2 := AB2 = 251.3196⋅ kN
2
3
1 P2 ⋅ L1
Flecha Máxima : f2max := ⋅ f2max = 92.862⋅ mm
48 E⋅ Ixx
Pest
Massa equivalente - meq := meq = 162⋅ tonne
massa total da estrutura: g
Pest + P2 3
Força normal suportada pelas Nr := Nr = 1.046 × 10 ⋅ kN
rodas motoras: 2
Pr m
Aceleração de operação Jm := Jm = 0.735
P2 2
meq + s
g −2
Jop := 0.098m⋅ s
Coeficiente de Majoração: Mx := 1
m
Aceleração de projeto: Jproj := Mx⋅ Jop Jproj = 0.098
2
s
1) Det. do coef.dinâmico (ψ): P2
g
μd := μd = 0.316
meq
hp
Período de oscilação : Tosc := 2 π Tosc = 7.234 s
g
Vtrans −1
βd := ⋅T βd = 0.063
(
max Jproj , Jm osc )
−1
ψh := 2 + μd + μd ψh = 2.34
P2
Força horizontal sobre a carga : Pcm :=
g
⋅ max Jproj , Jm ( ) Pcm = 37.698⋅ kN
−2
Pressão aerodinâmica: paero := 250N⋅ m
2
Área exposta: Aexp := h 2 ⋅ L1 Aexp = 46 m
B
Razão entre distancia entre vigas e rdh := rdh = 2.87
altura da viga: h2
Pcmax
Momento Fletor devido a oscilação M osc := ⋅x M osc = 882.249⋅ kN⋅ m
da carga: 2
Pw1
Momento fletor devido ao vento: M vento := ⋅x M vento = 184⋅ kN⋅ m
2
(Pw1 + Pcmax) 3
Momento fletor máximo horizontal : M hmax := ⋅x M hmax = 1.066 × 10 ⋅ kN⋅ m
2
Pw1 + Pcmax
REAÇÕES - TOTAL HORIZONTAL: RHtotal := RHtotal = 53.312⋅ kN
2
4) Tensões :
−1 m
Velocidade de içamento: viçamento := 4m⋅ min viçamento = 0.067
s
M 1max
Devido ao peso próprio : σv1 := σv1 = 49.136⋅ MPa
Wxx
M 2max
Devido à carga nominal : σv2 := σv2 = 90.221⋅ MPa
Wxx
Tensão normal total : σvt := σv1 + ψcv⋅ σv2 σvt = 152.89⋅ MPa
Verificação da tensão normal: Ver0v := if ( σadm ≥ σvt , "OK !!!" , "N-O-T OK !!!" ) Ver0v = "OK !!!"
M 2max + M 1max 3
Módulo de resistência mínimo : Wmin := Wmin = 0.041⋅ m
σadm
3
Módulo de resistência : Wxx = 0.056⋅ m
M hmax
Tensão horizontal máxima: σht := σht = 29.995⋅ MPa
Wyy
M osc
Tensão devido a oscilação: σosc := σosc = 24.819⋅ MPa
Wyy
M vento
Tensão devido ao vento: σvento := σvento = 5.176⋅ MPa
Wyy
Verificação da tensão nomal: Ver0h := if ( σadm ≥ σht , "OK !!!" , "N-O-T OK !!!" ) Ver0h = "OK !!!"
M hmax −3 3
Módulo de resistência mínimo: W2min := W2min = 5.672 × 10 ⋅m
σadm
3
Módulo de resistência: Wyy = 0.036⋅ m
V1 ⋅ Q
Devido ao peso próprio : τ1 := τ1 = 0 ⋅ MPa
Ixx⋅ 2⋅ b 2
V2⋅ Q
Devido à carga nominal : τ2 := τ2 = 2.49⋅ MPa
2 ⋅ Ixx⋅ b 2
Pcmax Q
Devido a oscilação: τosc := ⋅ τosc = 0.437⋅ MPa
4 Ixx⋅ b 2
Tensão de comparação:
Tensão de comparação: σcp := Mx⋅ (σv1 + ψcv⋅ σv2 + σht)2 + 3⋅ ψcv⋅ ( τ2)2 σcp = 182.943 ⋅ MPa
Verificação final do escoamento: (
Verfinal := if σcp ≤ σadm , "OK!!!" , "N-O-T OK!!!" ) Verfinal = "OK!!!"
Calculo da contraflecha:
( )
3
1 0.5⋅ P2 ⋅ L1
Calculo da flecha para carga+carro
(Usando 50% do peso deles): fcc := ⋅ fcc = 46.431⋅ mm
48 E⋅ Ixx
5) Flambagem Localizada
NBR8400 - pagina 63 σlimflam := 322MPa
Tensão limite de flambagem
para o AÇO 52daN/mm2:
τlimflam := 185MPa
h1
Relação espessura X comprimento: Aba: relaba := relaba = 0.085
b1
b2
Alma: relalma := relalma = 0.044
h2
2
π ⋅E
Tensão referência de Euler: σeuler := ( ( ) )2
⋅ min relalma , relaba σeuler = 365.073 ⋅ MPa
12⋅ ( 1 − υ )
2
σpainel
Coeficientes: θ := θ = −1
−σpainel
a
α := α = 31.959
h2 + 2⋅ h1
4
Kτ := 5.34 + Kτ = 5.344
2
α
daN := 10N
daN
Tensões críticas separadas: σcr := Kσ⋅ σeuler σcr = 872.523 ⋅
2
mm
daN
τcr := Kτ⋅ σeuler τcr = 195.092⋅
2
mm
Verificação separadas:
Tensão normal: ( ( )
Verflam1 := if σpainel ≤ min σcr , σlimflam , "OK!!!" , "N-O-T OK!!!" )
Verflam1 = "OK!!!"
Tensão cisalhante ( ( )
Verflam2 := if τt ≤ min τcr , τlimflam , "OK!!!" , "N-O-T OK!!!" )
Verflam2 = "OK!!!"
Verificação tensões combinadas:
2 2
Tensão de Mises: σmises := σpainel + 3⋅ τt σmises = 182.96⋅ MPa
σmises
σcrcomb :=
2 2
1 + θ σpainel 3 − θ σpainel τt
4 ⋅ min σ , σ + ⋅ +
( cr limflam) 4 min(σcr , σlimflam) min(τcr , τlimflam)
σcrcomb = 321.999 ⋅ MPa
σcrcomb
Tensão crítica corrigida: σcrcorrect := σcrcorrect = 257.599 ⋅ MPa
fcorrect
Verificação combinada: (
Verflam3 := if σmises ≤ σcrcorrect , "OK!!!" , "N-O-T OK!!!" ) Verflam3 = "OK!!!"
6) Especificação de solda
σv1
Razão de solicitação (R): Rs := Rs = 0.269
σht + σvt
116
Dimensionamento das vigas de cabeceira
Por Felipe Santos e Gilberto Costa em 07/07/2013
1) Características do material :
Aço : ASTM A36
−3
Massa específica : ρ := 7850kg⋅ m
Módulo de elasticidade : E := 207GPa
σe
Tensão admissível : σadm := = 187.97⋅ MPa
FS
σadm
Tensão de cisalhamento adm : τadm := = 108.524 ⋅ MPa
3
2) Características da viga :
−2
Aceleração da gravidade : g = 9.807⋅ m⋅ s
Comprimento do vão : L1 := 2.8m
Secção transversal :
Tipo : VIGA CAIXÃO
Dimensões da secção :
Barras horizontais : Barras verticais :
Base : b1 := 500mm Base : b2 := 25.4mm
h 2⋅ b + 2 ⋅ ( h + h ) ⋅ b ⋅ h
2 2 2 1 1 1
Centróide da área acima da linha y := y = 94.786⋅ mm
4 ( b 1 h 1 + b 2 h 2)
neutra :
( ) ( )
2
Área : At := 2⋅ b1 ⋅ h 1 + 2 ⋅ b 2⋅ h 2 At = 0.036 m
At −3 3
Primeiro momento de área : Q := y⋅ Q = 1.685 × 10 ⋅m
2
2 −1
Massa por metro : M m := At⋅ ρ M m = 2.791 × 10 ⋅ kg⋅ m
−4
Ixx := ⋅ b 1 ⋅ h1 + b2 ⋅ h 2 + ⋅ b1 ⋅ h 1 ⋅ h 1 + h 2
( )
1 3 3 1 2 4
Momento de inércia x-x: Ixx = 3.578 × 10 m
6 2
2
b1 −3
Iyy := ⋅ h 1⋅ b 1 + h 2 ⋅ b 2 + 2⋅ b 2 ⋅ h 2⋅
1 3 3 4
Momento de inércia y-y: − r1 Iyy = 1.044 × 10 m
6 2
−3 4
Momento polar de inércia : J1 := Ixx + Iyy J1 = 1.402 × 10 m
−1
−1 −3
Wxx := Ixx⋅ h1 + 2 h 2
3
Módulo de resistência x-x : Wxx = 2.854 × 10 ⋅m
−1 −3 3
Módulo de resistência y-y : Wyy := 2Iyy⋅ b 1 Wyy = 4.176 × 10 ⋅m
3) Cargas :
L1
Ponto em Estudo : x := x := 2.0m
2
1
Reação nos apoio A e B : AB1 := ⋅ P1 AB1 = 3.832⋅ kN
2
V1 := P1 ⋅ −
x 1 3
Força Cortante : V1 = 1.642 × 10 N
L1 2
2
P1 ⋅ x P1 3
Momento Fletor : M 1 := − ⋅x M 1 = −2.19 × 10 ⋅ N⋅ m
2 ⋅ L1 2
3
P1⋅ L1 x 3 4
⋅ − 2 ⋅
x x
Equação da Linha Elástica : y1 := + y1 = 0.023⋅ mm
24⋅ E⋅ Ixx L1 L1 L
1
3
5P1 ⋅ L1
Flecha Máxima : f1max := f1max = 0.03⋅ mm
384E⋅ Ixx
Coeficiente de majoração: Mx := 1
(
Reação total esperada na cabeceira: Rt := Mx⋅ AB1 + R1 + ψv⋅ R 2 ) Rt = 852.741⋅ kN
(AB1 + R1)
Tensão normal minima: σmin := σmin = 7.806⋅ MPa
At
Rt
Tensão normal máxima: σmax := σmax = 23.98⋅ MPa
At
(AB1 + R1)
Cisalhamento minimo: τmin := τmin = 27.321⋅ MPa
2⋅ h 2 ⋅ b 2
Rt
Cisalhamento máximo: τmax := τmax = 83.931⋅ MPa
2 ⋅ h 2⋅ b 2
Verificação cisalhamento: ( (
Ver2 := if max τmin , τmax ) ≤ τadm, "OK!!!" , "N-O-T OK!!!"Ver2
) = "OK!!!"
( ) ( )
2 2
Tensão de Mises: σmises := max σmin , σmax + 3⋅ max τmin , τmax σmises = 147.338 ⋅ MPa
Verificação combinada: (
Ver3 := if σmises ≤ σadm , "OK!!!" , "N-O-T OK!!!" ) Ver3 = "OK!!!"
5) Flambagem Localizada
h1
Relação espessura X comprimento: Aba: relaba := relaba = 0.051
b1
b2
Alma: relalma := relalma = 0.127
h2
2
π ⋅E
( ( ))
2
Tensão referência de Euler: σeuler := ⋅ min relalma , relaba σeuler = 482.808 ⋅ MPa
(
12⋅ 1 − υ
2)
σmax
Coeficientes: θ := θ = −1
−σmax
a
α := α = 11.164
h2 + 2⋅ h1
4
Kτ := 5.34 + Kτ = 5.372
2
α
daN := 10N
3 daN
Tensões críticas separadas: σcr := Kσ⋅ σeuler σcr = 1.154 × 10 ⋅
2
mm
daN
τcr := Kτ⋅ σeuler τcr = 259.369⋅
2
mm
Verificação separadas:
Tensão normal: ( ( )
Verflam1 := if σmax ≤ min σcr , σlimflam , "OK!!!" , "N-O-T OK!!!" )
Verflam1 = "OK!!!"
Tensão cisalhante ( ( )
Verflam2 := if τmax ≤ min τcr , τlimflam , "OK!!!" , "N-O-T OK!!!" )
Verflam2 = "OK!!!"
σmises
Tensão crítica combinada: σcrcomb :=
2 2
1 + θ ⋅ σmax 3 − θ σmax τmax
4 min σ , σ + ⋅ +
( cr limflam) 4 min(σcr , σlimflam) min(τcr , τlimflam)
σcrcomb
Tensão crítica corrigida: σcrcorrect := σcrcorrect = 256.377 ⋅ MPa
fcorrect
Verificação combinada: (
Verflam3 := if σmises ≤ σcrcorrect , "OK!!!" , "N-O-T OK!!!" ) Verflam3 = "OK!!!"
6) Especificação de solda
σmin
Razão de solicitação (R): Rs := Rs = 0.326
σmax
121
Ângulo de inclinação crítico da perna
Por Felipe Santos e Gilberto Costa em 01/08/2013
1) Carregamentos:
EM X:
fw0 := 1800N
Força de vento sobre a perna:
fw1 := 18.4kN
Carga de vento 1º plano VPs:
fw2 := 3.68kN
Carga de vento 2º plano VPs:
EM Y:
PP := 120kN
Força de peso próprio da perna:
Ca := 100tonnef = 980.665 ⋅ kN
Força da carga em duas pernas:
VP := 55.829tonnef = 547.495 ⋅ kN
Força do peso das VPs:
PC := 7.665kN = 0.782⋅ tonnef
Força do peso próprio da cabeceira:
2) Medidas necessárias:
Hp := 15m
Altura do pórtico:
Lc := 3.45m
Distância média entre as pernas:
OBS: R1 é considerado apoio crítico. Dessa forma, zerando R1, obtém-se o angulo crítico.
Hp ⋅ 2 ⋅ PP + PC + VP +
Ca
Angulo crítico da perna: tgθ :=
2
tgθ = −10.296
fw0 VP + PC
+ fw1 + fw2 − Lc⋅ PP +
Ca
Hp ⋅ +
2 2 4
180⋅ θcr
θgrau := θgrau = −84.453
π
OBS: O valor obtido para o ângulo é negativo por referir-se ao ângulo da perna esquerda do desenho.
θproj⋅ π
Ângulo de projeto (radianos): θproj.r := θproj.r = 1.396
180
1) Características do material :
Aço : ASTM A36
−3
Massa específica : ρ := 7850kg⋅ m
Módulo de elasticidade : E := 207GPa
Coeficiente de Poisson: υ := 0.3
σe
Tensão admissível : σadm := = 187.97⋅ MPa
FS
σadm
Tensão de cisalhamento adm: τadm := = 108.524 ⋅ MPa
3
2) Características da viga :
−2
Aceleração da gravidade : g = 9.807⋅ m⋅ s
Hp
Comprimento da viga : L1 := L1 = 15.231 m
(
sin θproj.r )
Secção transversal :
Tipo : VIGA CAIXÃO
Dimensões da secção :
Barras horizontais : Barras verticais :
Base : b1 := 550mm Base : b2 := 50.8mm
h 2⋅ b + 2 ⋅ ( h + h ) ⋅ b ⋅ h
2 2 2 1 1 1
Centróide da área acima da linha y := y = 188.345 ⋅ mm
4 ( b 1 h 1 + b 2 h 2)
neutra :
( ) ( )
2
Área : At := 2⋅ b1 ⋅ h 1 + 2 ⋅ b 2⋅ h 2 At = 0.102 m
At −3 3
Primeiro momento de área : Q := y⋅ Q = 9.568 × 10 ⋅m
2
2 −1
Massa por metro : M m := At⋅ ρ M m = 7.976 × 10 ⋅ kg⋅ m
−3
Ixx := ⋅ b 1 ⋅ h1 + b2 ⋅ h 2 + ⋅ b1 ⋅ h 1 ⋅ h 1 + h 2 ( )
1 3 3 1 2 4
Momento de inércia x-x: Ixx = 4.287 × 10 m
6 2
2
b1 −3
Iyy := ⋅ h 1⋅ b 1 + h 2 ⋅ b 2 + 2⋅ b 2 ⋅ h 2⋅
1 3 3 4
Momento de inércia y-y: − r1 Iyy = 4.509 × 10 m
6 2
−3 4
Momento polar de inércia : J1 := Ixx + Iyy J1 = 8.796 × 10 m
−1
−1
Wxx := Ixx⋅ h1 + 2 h 2
3
Módulo de resistência x-x : Wxx = 0.016⋅ m
−1 3
Módulo de resistência y-y : Wyy := 2Iyy⋅ b 1 Wyy = 0.016⋅ m
Ixx
Raio de giração x-x: rx := rx = 0.205 m
At
Iyy
Raio de giração y-y: ry := ry = 0.211 m
At
Fator de comprimento: ki := 1
ki⋅ Lx
Coeficiente de esbeltez x-x: λx := λx = 74.148
rx
ki⋅ Ly
Coeficiente de esbeltez y-y: λy := λy = 72.3
ry
PP + Ca + VP + PC ⋅ sin θ
( proj.r ) + fw0⋅ cos( θproj.r)
Tensão de compressão: σc :=
2 σc = 8.61⋅ MPa
A t
L1
Ponto de Aplicação da carga : x2 := x2 = 7.616 m
2
Fn
Reação nos Apoios: AB2 := AB2 = 11.3052⋅ kN
2
Fn
Momento Fletor Máximo : M 2max := ⋅ x2 M 2max = 86.097⋅ kN⋅ m
2
3
1 Fn ⋅ L1
Flecha Máxima x-x : f2max := ⋅ f2max = 1.876⋅ mm
48 E⋅ Ixx
3
1 Fn ⋅ L1
Flecha Máxima y-y : f3max := ⋅ f3max = 1.783⋅ mm
48 E⋅ Iyy
(
Veryy := if f3max ≤ 5mm , "OK!!!" , "N-O-T OK!!!" ) Veryy = "OK!!!"
Direção de montagem: (
Mont := if f3max ≤ f2max , "Eixo x voltado para fora do vão" , "Eixo y voltado para fora do vão" )
Mont = "Eixo x voltado para fora do vão"
OBS: Para flecha igual ou menor que 5mm, a NBR8400 define que não é necessário uma contra-flecha
M 2max
Tensão de flexão x-x: σf := σf = 5.539⋅ MPa
Wxx
Verificação x-x: (
Ver1 := if σflamx ≤ σadm , "OK!!!" , "N-O-T OK!!!" ) Ver1 = "OK!!!"
Verificação y-y: Ver2 := if ( σflamy ≤ σadm , "OK!!!" , "N-O-T OK!!!" ) Ver2 = "OK!!!"
4) Verificação de escoamento:
Coeficiente de majoração: Mx := 1
Tensão normal:
V2 ⋅ Q
Devido ao peso próprio : τ1 := τ1 = 0.248⋅ MPa
Ixx⋅ 2⋅ b 2
V2⋅ Q
Devido à carga nominal : τ2 := τ2 = 0.248⋅ MPa
2 ⋅ Ixx⋅ b 2
Tensão de comparação:
5) Flambagem local:
h1
Relação espessura X comprimento: Aba: relaba := relaba = 0.092
b1
b2
Alma: relalma := relalma = 0.113
h2
2
π ⋅E
( ( ))
2 3
Tensão referência de Euler: σeuler := ⋅ min relalma , relaba σeuler = 1.596 × 10 ⋅ MPa
(
12⋅ 1 − υ
2
)
Tensão mínima no painel: (
σmin := − σc + σf ) σmin = −14.148⋅ MPa
PP + VP + PC ⋅ sin θ
( proj.r )
Tensão máxima no painel: σmax :=
2 σmax = 3.854⋅ MPa
At
σmax
Coeficientes: θf := θf = −0.272
σmin
a
α := α = 27.613
h2 + 2⋅ h1
K2 := 23.9
( ) (
Kσ := 1 + θf ⋅ K1 − θf ⋅ K2 + 10⋅ θf ⋅ 1 + θf ) ( ) Kσ = 10.084
4
Kτ := 5.34 + Kτ = 5.345
2
α
daN := 10N
3 daN
Tensões críticas separadas: σcr := Kσ⋅ σeuler σcr = 1.61 × 10 ⋅
2
mm
daN
τcr := Kτ⋅ σeuler τcr = 853.134⋅
2
mm
Verificação separadas:
Tensão normal: ( ( )
Verflam1 := if σmin ≤ min σcr , σlimflam , "OK!!!" , "N-O-T OK!!!" )
Verflam1 = "OK!!!"
Tensão cisalhante ( ( )
Verflam2 := if τt ≤ min τcr , τlimflam , "OK!!!" , "N-O-T OK!!!" )
Verflam2 = "OK!!!"
σmises
Tensão crítica combinada: σcrcomb :=
2 2
1 + θf σmin 3 − θf σmin τt
⋅ + ⋅ +
4 min( σcr , σlimflam) 4 min( σcr , σlimflam) min( τcr , τlimflam)
Fator de correção: (
fcorrect := 1.5 + 0.125⋅ θf − 1 ) fcorrect = 1.341
σcrcomb
Tensão crítica corrigida: σcrcorrect := σcrcorrect = 240.024 ⋅ MPa
fcorrect
Verificação combinada: (
Verflam3 := if σmises ≤ σcrcorrect , "OK!!!" , "N-O-T OK!!!" ) Verflam3 = "OK!!!"
6) Especificação de solda
σmax
Razão de solicitação (R): Rs := Rs = −0.272
σmin
(ψcv⋅ σmin) ( )
2 2
Tensão de comparação: σcp := Mx⋅ + 3 ⋅ ψcv⋅ τt σcp = 16.297⋅ MPa
128
Cálculo de resistência de filetes de solda -
Soldas nas Vigas
Por Felipe Santos/Gilberto Costa em 26/11/2013
OBS: neste cálculo foram testados todos os comprimentos de cabeceira e pernas nas piores situações, obtendo o mesmo
resultado para todos cordões de solda, por isso fica representado neste anexo apenas a viga principal.
Dados do metal base:
Dados da solda:
σr
Tensão de cisalhamento : σshear := = 138.564 ⋅ MPa
3
2
Diagonal do filete (garganta) : Dsolda := ⋅ Csolda = 5.657 ⋅ mm
2
2
Área resistente do filete: Arec := Lviga ⋅ Dsolda = 735.391 ⋅ cm
4
Força admissível (retangular): Frec := σshear ⋅ Arec = 1.019 × 10 ⋅ kN
130
Cálculo de resistência de cordões de
solda - Soldas de montagem das Vigas
Por Felipe Santos/Gilberto Costa em 26/11/2013
3
Força máxima: Vviga := σcomb ⋅ W viga ⋅ eviga = 5.639 × 10 ⋅ kN
Dados da solda:
2
Área resistente do filete: Arec := W viga ⋅ Csolda = 0.03 ⋅ m
0.6 ⋅ Arec ⋅ σr
Frec := if Csolda < eviga , , A rec ⋅ σr = 7.315 × 10 ⋅ kN NBR8800 pag 71
Força admissível (retangular): 3
1.25
Verificação de cisalhamento na solda :
132
Dimensionamento juntas
aparafusadas
Por Felipe Santos e Gilberto Costa em 01/08/2013
2) Dimensionamento do parafuso:
Vparaf1
Pré-carga no parafuso: Tp1 := μ⋅ m + Fparaf1 ⋅ FSn Tp1 = 70.4⋅ tonnef
plan
Tp1 3 2
Área resistente limite do parafuso: Ar := Ar = 1.233 × 10 ⋅ mm
Sp
2
Parafuso escolhido: ISO 898-1 8.8 M52 Arest := 1760mm d paraf := 52mm
134
Dimensionamento juntas
aparafusadas
Por Felipe Santos e Gilberto Costa em 01/08/2013
2) Dimensionamento do parafuso:
Vparaf1
Pré-carga no parafuso: Tp1 := μ⋅ m + Fparaf1 ⋅ FSn Tp1 = 15.4⋅ tonnef
plan
Tp1 2
Área resistente limite do parafuso: Ar := Ar = 269.683 ⋅ mm
Sp
2
Parafuso escolhido: ISO 898-1 8.8 M30 Arest := 561mm d paraf := 30mm
136
Dimensionamento juntas rebitadas
Por Felipe Santos e Gilberto Costa em 21/11/2013
1) DADOS:
OBS: rebites não devem ser utilizados para trabalho a tração, apenas cisalhamento.
2) Dimensionamento:
32
⋅ Vreb
3
Diâmetro do rebite: d reb := d reb = 21.305⋅ mm
τadmreb
Vreb
Pressão diametral: p diam := p diam = 37.55⋅ MPa
emin⋅ d reb
138
6 5 4 3 2 1
600,00
50,80
D D
1150,00
447,60
50,80
225,40
1000,00
C C
300,00
56,00
R50,00
B R2 B
41700,00
50
,0 0
137,50
200,00
847,10
100,00
Date Date
A Designed by Checked by Approved by
A
112,50 Felipe Santos Gilberto Costa Stella Maris Domingues 27/11/2013
0
R5 4,0
D 0, 3 D
00 x 34,00 300,00
300,00
18
1052,10
184,10
500,00
100,00
184,00
137,50
112,50
103,50
100,00 200,00 1000,00
C C
200,00 200,00
250,80
4x 25,40
511,90
1000,00
B 112,50 B
00
R50, 300,00 200,00
301,10
847,10
1082,80
687,50
200,00
137,50
56,00
2400,00
0,00
5 100,00
R2 600,00 399,20
4400,00
Date Date
A Designed by Checked by Approved by
A
Felipe Santos Gilberto Costa Stella Maris Domingues 27/11/2013
15158,80 1052,10
80
D D
,
550,00
00
104,20
50,80
295,40
210,10
551,60
450,00
163,40
984,80
197,00
,00
418,40
24
291,30
103,50
9x
C 200,00 C
34,00 112,50
18x
53,10
3
R5
98,50
,50
0,0
83
34,00
0
00
15,
B 25 B
,4
0
Date Date
A Designed by Checked by Approved by
A
Felipe Santos Gilberto Costa Stella Maris Domingues 27/11/2013
52,10
242,00
204,20
6,00
A 310,10
0
,0
6,00
24
15,00
9x
C C
515,00
8930,00
7900,00
B B
Date Date
A Designed by Checked by Approved by
A
Felipe Santos Gilberto Costa Stella Maris Domingues 27/11/2013
143
Dimensionamento do Truck do Pórtico
Por Felipe Santos e Gilberto Costa em 07/07/2013
1) Características do material :
Aço : ASTM A36
−3
Massa específica : ρ := 7850kg⋅ m
Módulo de elasticidade : E := 207GPa
σe
Tensão admissível : σadm := = 187.97⋅ MPa
FS
σadm
Tensão de cisalhamento adm : τadm := = 108.524 ⋅ MPa
3
2) Características da viga :
−2
Aceleração da gravidade : g = 9.807⋅ m⋅ s
Comprimento da viga: L1 := 1.2m
Secção transversal :
Tipo : VIGA U
Dimensões da secção :
Barras horizontais : Barras verticais :
Base : b1 := 180mm Base : b2 := 15mm
2 h1
b 2⋅ h 2 + b 1 ⋅ h 1⋅ h 2 −
Altura do Centróide: yc :=
2 yc = 182.885 ⋅ mm
2b 2 h 2 + b 1 ⋅ h 1
h1
( ) ( )
h2 − yc ⋅ h2 − yc b 2 + h2 −
2
− yc ⋅ b 1⋅ h 1
Centróide da área acima da linha y := y = 80.744⋅ mm
neutra : ( h 2 − yc) ⋅ 2 b 2 + b 1⋅ h 1
( ) ( )
2
Área : At := b 1⋅ h 1 + 2 ⋅ b 2 ⋅ h2 At = 0.012 m
At −4 3
Primeiro momento de área : Q := y⋅ Q = 4.724 × 10 ⋅m
2
1 −1
Massa por metro : M m := At⋅ ρ M m = 9.184 × 10 ⋅ kg⋅ m
2 2
1 3 h2 1 3 h1
Momento de inércia x-x: Ixx := ⋅ b 2 ⋅ h 2 + 2b2 ⋅ h 2 ⋅ yc − + ⋅ b 1 ⋅ h1 + b1 ⋅ h 1 ⋅ h 2 − − yc
6 2 12 2
−4 4
Ixx = 1.097 × 10 m
−1 −4
( )
3
Módulo de resistência x-x : Wxx := Ixx⋅ yc Wxx = 6 × 10 ⋅m
3) Carga :
L1
Ponto em Estudo : x := x = 0.6 m
2
1
Reação nos apoio A e B : AB1 := ⋅ P AB1 = 361.671⋅ kN
2
V1 := P⋅ −
x 1
Força Cortante : V1 = 0 N
L1 2
2
P⋅ x P 5
Momento Fletor : M 1 := − ⋅x M 1 = −1.085 × 10 ⋅ N⋅ m
2 ⋅ L1 2
3
P⋅ L1 x 3 4
⋅ − 2 ⋅
x x
Equação da Linha Elástica : y1 := + y1 = 0.717⋅ mm
24⋅ E⋅ Ixx L1 L1 L
1
3
5P⋅ L1
Flecha Máxima : f1max := f1max = 0.717⋅ mm
384E⋅ Ixx
Coeficiente de majoração: Mx := 1
4) Tensões :
P1
Tensão mínima: σmin := σmin = 0.092⋅ MPa
At
P
Tensão normal máxima: σmax := σmax = 61.824⋅ MPa
At
P
Cisalhamento máximo: τmax := τmax = 80.371⋅ MPa
2 ⋅ h 2⋅ b 2
Verificação cisalhamento:
( )
Ver2 := if τmax ≤ τadm , "OK!!!" , "N-O-T OK!!!"
Ver2 = "OK!!!"
( ) ( )
2 2
Tensão de Mises: σmises := σmax + 3⋅ τmax σmises = 152.319 ⋅ MPa
Verificação combinada: (
Ver3 := if σmises ≤ σadm , "OK!!!" , "N-O-T OK!!!" ) Ver3 = "OK!!!"
5) Flambagem Localizada
h1
Relação espessura X comprimento: Aba: relaba := relaba = 0.083
b1
b2
Alma: relalma := relalma = 0.05
h2
2
π ⋅E
( ( ))
2
Tensão referência de Euler: σeuler := ⋅ min relalma , relaba σeuler = 467.722 ⋅ MPa
12⋅ ( 1 − υ )
2
σmax
Coeficientes: θ := θ = −1
−σmax
a
α := α=4
h2
4
Kτ := 5.34 + Kτ = 5.59
2
α
daN := 10N
3 daN
Tensões críticas separadas: σcr := Kσ⋅ σeuler σcr = 1.118 × 10 ⋅
2
mm
daN
τcr := Kτ⋅ σeuler τcr = 261.456⋅
2
mm
Verificação separadas:
Tensão normal: ( ( )
Verflam1 := if σmax ≤ min σcr , σlimflam , "OK!!!" , "N-O-T OK!!!" )
Verflam1 = "OK!!!"
Tensão cisalhante ( ( )
Verflam2 := if τmax ≤ min τcr , τlimflam , "OK!!!" , "N-O-T OK!!!" )
Verflam2 = "OK!!!"
σmises
Tensão crítica combinada: σcrcomb :=
2
1 + θ σmax 3 − θ σmax τmax
4 ⋅ min σ , σ + ⋅ +
( cr limflam) 4 min(σcr , σlimflam) min(τcr , τlimflam)
σcrcomb = 320.687 ⋅ MPa
σcrcomb
Tensão crítica corrigida: σcrcorrect := σcrcorrect = 256.549 ⋅ MPa
fcorrect
Verificação combinada: (
Verflam3 := if σmises ≤ σcrcorrect , "OK!!!" , "N-O-T OK!!!" ) Verflam3 = "OK!!!"
6) Especificação de solda
σmin −3
Razão de solicitação (R): Rs := Rs = 1.494 × 10
σmax
148
Dimensionamento de rodas
Por Felipe Santos e Gilberto Costa em 01/08/2013
1) Carregamentos:
PP := 120kN
Força de peso próprio da perna:
VP := 55.829tonnef = 547.495 ⋅ kN
Força do peso das VPs:
PC := 7.665kN = 0.782⋅ tonnef
Força do peso próprio da cabeceira:
Ca := 100tonnef = 980.665 ⋅ kN
Força devido a carga:
3
Peso total estrutura+mecanismos: Pt := [ 4 ⋅ PP + 2⋅ ( VP + PC) ] ⋅ 1.2 Pt = 1.908 × 10 ⋅ kN
Numero de rodas: n r := 8
Pt + Ca
Força máxima sobre as rodas: Fmax := Fmax = 361.131 ⋅ kN
nr
Pt
Força mínima sobre as rodas: Fmin := Fmin = 238.548 ⋅ kN
nr
Fr
Diametro da roda: Dr := Dr = 668.762 ⋅ mm
b ⋅ c1 ⋅ c2 ⋅ p lim
Fr
Novo diâmetro: Drf := Drf = 527.97⋅ mm
c1f ⋅ c2 ⋅ b⋅ p lim
150
6 ..
Dimensionamento de motores de
translação do pórtico e caixa redutora
Por Felipe Santos e Gilberto Costa em 01/08/2013
0) Informações dos mecanismos:
1) Carregamentos:
PP := 120kN
Força de peso próprio da perna:
VP := 55.829tonnef = 547.495 ⋅ kN
Força do peso das VPs:
PC := 7.665kN = 0.782⋅ tonnef
Força do peso próprio da cabeceira:
Ca := 100tonnef = 980.665 ⋅ kN
Força devido a carga:
3
Peso total estrutura+mecanismos: Pt := [ 4 ⋅ PP + 2 ⋅ ( VP + PC) ] ⋅ 1.2 Pt = 1.908 × 10 ⋅ kN
Pt + Ca
Força máxima sobre as rodas: Fmax := Fmax = 722.263⋅ kN
nr
Pt
Força mínima sobre as rodas: Fmin := Fmin = 477.096 ⋅ kN
nr
m m
Velocidade de translação do pórtico: Vportico := 20 = 0.333
min s
Vportico
Rotação mínima do motor: RPM min := RPM min = 10.105⋅ rpm
Dr
2Frol⋅ Vportico
Potência do motor em regime Nr := Nr = 9.733⋅ kW
(um motor para 2 rodas): ηt
cv := 735.5W Nr = 13.233⋅ cv
Ni = 16.895⋅ cv
Nr
Torque de regime: Tr := Tr = 103.269 ⋅ N⋅ m
RPM médio
Ni
Torque de partida: Ti := Ti = 131.845 ⋅ N⋅ m
RPM médio
Ti
Conjugado necessário: Rm := Rm = 1.277
Tr
RPM médio
Nova caixa redutora: Redfinal := Redfinal = 89.064
RPM min
Ni 4
Torque de saída mínimo: Tsaída := Tsaída = 1.174 × 10 ⋅ N⋅ m
RPM min
11.13 ANEXO 13 – CONVERSÃO DE CLASSE DE MECANISMOS
153
Tabela de mudança de classe de
mecanismo
Por Felipe Santos e Gilberto Costa em 25/09/2013
0) Informações dos mecanismos:
1) Mudança de grupo:
Capacidade do mecanismo
X
Capacidade de saída:
Grupo atual do mecanismo Grupoatual := m3
(digitar com o numero no final):
Caporig
Nova capacidade: Capnew := Capnew = 102.4⋅ tonnef
1.25
( Grupomec−Grupoatual)
Capacidade solicitada
X
Capacidade necessária