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Enfoque Bíblico

Salmos Imprecativos

Culto domingo de manhã. O irmão Carlos dirigirá nossa primeira oração (depois de dois hinos,
naturalmente!). Cantamos sobre o amor de Deus e sobre nosso amor ao próximo. O irmão
Carlos ora: "Ó Senhor, há pessoas ímpias no mundo, e a sua impiedade às vezes insulta, fere, e
ameaça os justos. Ó Deus, quebre-lhes os dentes na boca; arranque-lhes as presas de leão, ó
Senhor. Destrua-os em ira, destrua-os para que não existam mais. Que seus olhos fiquem
escurecidos, para que não possam ver, e faça com que seus lombos tremam continuamente.
Que sejam apagados do livro dos vivos e que não possam ser registrados com os justos. Que
brasas vivas caiam sobre eles; que sejam atirados no fogo, em covas profundas das quais não
possam sair."

Depois que a congregação se recupera, esta é, provavelmente, uma boa hora para uma lição
sobre os "salmos imprecatórios". Os adoradores poderiam ficar chocados ao saberem que o
irmão Carlos expressou sentimentos tirados diretamente de diversos Salmos (58:6; 59:13;
69:23,28; 109:9,13; 140:10). O assunto da conversa após o culto daquele dia seria,
obviamente, a linguagem chocante da oração do irmão Carlos, e se ele estava certo em orar
deste modo sobre os ímpios.

Estas imprecações ou maldições empregam linguagem veemente e violenta contra os inimigos


e os malfeitores. Tais expressões são freqüentes em vários Salmos (35, 58, 59, 69, 83, 109,
137, 140) e em comentários breves (5:10, 10:15, 17:13; 54:5, 55:9, 139:19, etc.). Somos
ajudados no entender esta linguagem rude conhecendo as categorias dos justos e dos ímpios
que dominam os Salmos, categorias distintas desde mesmo o primeiro Salmo: "Bem-
aventurado o homem . . . [cujo] prazer está na lei do Senhor . . . Ele é como árvore plantada
junto a corrente de águas . . . Os ímpios não são assim; são, porém, como a palha que o vento
dispersa."

Os ímpios, os malfeitores e os inimigos são proeminentes através dos Salmos (veja 10:1-10 e
36:1-4 para descrições mais longas). Eles são maus, enganadores, orgulhosos, violentos,
cruéis, etc. Eles oprimem, ameaçam, agridem, perseguem, como também agem
maliciosamente contra indivíduos, a nação e Deus. Os salmistas estavam, obviamente, no
mundo real, vendo com seus próprios olhos e algumas vezes experimentando em suas
próprias vidas as injustiças, crueldades e violência que essas pessoas fazem a outros seres
humanos. Os salmistas estavam enfurecidos e suas almas inflamadas até o ponto de uma justa
reação contra o mal.

A congregação é também ajudada reconhecendo que os salmistas geralmente são cuidadosos


em tomar o ponto de vista de Deus, nestes assuntos: "Não aborreço eu, Senhor, os que te
aborrecem? E não abomino os que contra ti se levantam? Aborreço-os com ódio consumado;
para mim são inimigos de fato" (139:21-22). Não é só uma afronta pessoal que enfurece os
salmistas, mas seu entendimento de que tal impiedade é uma afronta a Deus e a eles, em sua
busca de Deus.

E mais ainda, os cristãos deveriam perceber que, como na linguagem da oração do irmão
Carlos, a linguagem da maioria dos Salmos imprecativos é dirigida a Deus. Os salmistas apelam
para Deus para ativar as maldições adequadas em conseqüência das palavras e dos atos
ímpios. Sem dúvida, os salmistas suportaram pessoalmente o impacto do mal em muitas
situações, mas eram cuidadosos em deixar a vingança nas mãos de Deus (Salmo 94:1-7). Eles
não se envergonhavam de expressar seus sentimentos de medo, mágoa e cólera, mas por
outro lado não tomaram as situações em suas próprias mãos.

Os cristãos precisam ser persistentes na oração pelos nossos inimigos, recusando tomar
vingança pessoal, e pagando o mal com o bem (Mateus 5:38-48; Romanos 12:14, 17, 19-21).
Mas o irmão Carlos estava certo em orar como o fez, se a oração não surgisse da ira pessoal (1
Coríntios 16:22, 1 Timóteo 1:20). Deveremos ficar ofendidos e indignados com o mal do
mundo e os malfeitores. Não ousamos minimizá-los levianamente ou pensar que não importa.
Há algumas pessoas e algumas ações que são tão espalhafatosamente más, tão
flagrantemente contra Deus e o contra o bem que temos que reagir com justiça.

Oramos para que os ímpios possam conhecer Jesus e seu amor; oramos para que eles
procurem seu perdão e justiça. Ao mesmo tempo, oramos por justiça, honra e verdade.
Oramos para que o mal seja diminuído e vencido (Apocalipse 6:12-17; 14:9-12; 16:4-7; 18:1-
19:7), para que cada joelho se dobre diante de Jesus e cada língua confesse que Jesus Cristo é
o Senhor, para glória de Deus Pai (Filipenses 3:9-11).

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