Sei sulla pagina 1di 45

Cliente:

Curso de Actualização de
Engenheiros de Via

Parte IV: Via em Curva

Linda-a-Velha, 11 e 12 de Fevereiro de 2010 Luís Esteves


Cliente:
VIA EM CURVA

LEVANTAMENTO DE FLECHAS

O levantamento do valor das flechas ao longo da curva faz-se, manualmente,


da seguinte forma:
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

• Em Via Larga: flechas do projecto de 10 em 10 metros com corda de


20 m
20m;

• Em Via Estreita: flechas do projecto de 5 em 5 metros com corda de


10m. 10 m

• As atacadeiras e outros equipamentos fazem a aquisição em contínuo.


Fevereiro 2010 Luís Esteves 2
Cliente:
VIA EM CURVA

CÁLCULO DE FLECHAS

As flechas intermédias podem ser calculadas por uma das seguintes fórmulas
consoante a situação. São equações que, não sendo matematicamente
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

rigorosas, permitem obter resultados satisfatórios para a situação em causa.

Flecha com corda entre duas estacas seguidas

Em curva circular f
f1 f2
1
 Flecha ao meio: f  F F
4 F

 Flecha nos entremeios: 3


f1  f 2  f
4

Fevereiro 2010 Luís Esteves 3


Cliente:
VIA EM CURVA

CÁLCULO DE FLECHAS

Exemplo: Determinar as flechas no meio e nos entremeios duma corda de 10


metros, numa curva em que a corda tem 20 metros e a flecha medida é F = 128
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

mm.

Resolução: f
f1 f2
1 128
f  F  32mm F
4 4 F

3 3  32
f1  f 2  f   24mm
4 4

Fevereiro 2010 Luís Esteves 4


Cliente:
VIA EM CURVA

CÁLCULO DE FLECHAS

Em curva de transição f
Fantes  Fdepois
8 f1 f2
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

9
 Flecha ao meio: f  F8
F9
8 7
F7 10

3
 Flecha nos entremeios: f1  f 2  f
4

Exemplo: Determinar a flecha no meio duma corda de 10 metros numa curva


de transição em que a flecha anterior é de F8 = 80 mm e a flecha seguinte é de
F9 = 90 mm.
F8  F9 80  90
Resolução: f8;9    21.25mm  21mm
8 8

Fevereiro 2010 Luís Esteves 5


Cliente:
VIA EM CURVA

CÁLCULO DE FLECHAS

Flecha ao meio com corda de 20m (curva circular)


20 m
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

50000
Flecha em milímetros F
R F

Raio em metros 50000 10 m 10 m


R
F
Exemplo: Determinar a flecha ao meio, duma corda de 20m numa curva de
500m de raio.
50000 50000
F   100mm
R 500
50000 50000
R   500m
F 100

Fevereiro 2010 Luís Esteves 6


Cliente:
VIA EM CURVA

CÁLCULO DE FLECHAS

Flecha ao meio com corda de 10m (curva circular)


CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

10 m
12500
Flecha em milímetros F
R F

12500 5m 5m
Raio em metros R
F
Exemplo: Determinar a flecha ao meio, duma corda de 10m numa curva de
250m de raio.

12500 12500
F   50mm
R 250
12500 12500
R   250m
F 50
Fevereiro 2010 Luís Esteves 7
Cliente:
VIA EM CURVA

CÁLCULO DE FLECHAS

Flecha ao meio com corda de qualquer comprimento (curva circular)


CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

F
c c
Qualquer comprimento

As fórmulas anteriores derivam da seguinte fórmula geral:


c2
F
2 R
Flecha igual à semi-corda ao quadrado a dividir por duas vezes o raio.

Flecha, semi-corda e Raio em metros. c2


R
2 F

Fevereiro 2010 Luís Esteves 8


Cliente:
VIA EM CURVA

CÁLCULO DE FLECHAS

Flecha ao meio com corda de qualquer comprimento (curva circular)


CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

Exemplo: Determinar a flecha ao meio, duma corda de 26m numa curva de


400m de raio.

c2 13 13 169
F    0.21125m  211mm
2  R 2  400 800

c2 13 13
R   400m
2  F 2  0.21125

Fevereiro 2010 Luís Esteves 9


Cliente:
VIA EM CURVA

CÁLCULO DE FLECHAS

Flecha nos entremeios (curva circular)


CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

Com qualquer corda, a flecha nos entremeios está relacionada com a flecha
ao meio da seguinte forma.

D/8 D/8 D/8 D/8 D/8 D/8 D/8 D/8


c c
D
c2
f4 
2 R
3 7 15
f2  f6  f4 f1  f 7  f4 f3  f5  f4
4 16 16

Fevereiro 2010 Luís Esteves 10


Cliente:
VIA EM CURVA

CÁLCULO DE FLECHAS

Flecha em qualquer ponto da corda (curva circular)


CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

f
a b

ab
f 
2 R
Exemplo: Determinar a flecha a 2,5m do início duma corda de 20m numa
curva de 200m de raio.
a  b 17.5  2.5
f    0.1094m  109.5mm
2 R 2  200

Fevereiro 2010 Luís Esteves 11


Cliente:
VIA EM CURVA

CÁLCULO DO RAIO

No caso de se desconhecer o raio da curva circular, pode o mesmo ser


determinado pela seguinte fórmula:
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

c2
R
2 F
em que:
R - raio da curva em metros;
c – semi-corda em metros, com qualquer comprimento;
F - flecha média em metros;

Para saber a flecha média, medem-se várias flechas seguidas e determina-se a


média aritmética das mesmas.

Fevereiro 2010 Luís Esteves 12


Cliente:
VIA EM CURVA

CÁLCULO DO RAIO

Exemplo: Determinar o raio duma curva onde foram medidas as flechas


indicadas no esquema, com corda de 20 metros.
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

190 205
220 190

205
190

190  220  190  205  190  205


Flecha média: F  200mm  0.2m
6
c2 10 10
Raio: R   250m
2  F 2  0.2

Fevereiro 2010 Luís Esteves 13


Cliente:
FORÇA CENTRÍFUGA

Todo o corpo sujeito a movimento curvilíneo exerce uma força para o exterior
da curva. Essa força denomina-se FORÇA CENTRÍFUGA.
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

A Força Centrífuga (Fc) pode ser determinada pela fórmula:

mV 2
FC 
em que: R
Fc - Força centrífuga
peso
m - Massa do corpo = 9.8

V - Velocidade em m/s

R - Raio da curva em metros


Fevereiro 2010 Luís Esteves 14
Cliente:
FORÇA CENTRÍFUGA

Exemplo: Determinar a força centrífuga exercida pelo rodado exterior dum


veículo de 22 toneladas por eixo que circula a 130 km/h numa curva de 800 m
de raio, sem escala.
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

mV 2
FC 
R
Resolução:
P  1000  V 
2

 P  V 2

mV 2
9.8  3600  P  V 2
FC    127 
R R R 127  R
com:
Fc - Força Centrífuga em kg
P – Peso em kg
V - Velocidade em km/h
R - Raio da curva em metros
Fevereiro 2010 Luís Esteves 15
Cliente:
FORÇA CENTRÍFUGA

Exemplo: Determinar a força centrífuga exercida pelo rodado exterior dum


veículo de 22 toneladas por eixo que circula a 130 km/h numa curva de 800 m
de raio, sem escala.
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

mV 2
FC 
R
Resolução:

P V 2 22000 1302
FC    3660kg
127  R 127  800

Nota: Na prática essa força é substancialmente reduzida em virtude da


existência de escala.
Fevereiro 2010 Luís Esteves 16
Cliente:
ESCALA

Essa força produziria tais esforços de derrube lateral do carril, desgaste e


tensões nas fixações, que tornaria totalmente impraticável aquela velocidade.
Para evitar isso, a via é construída com escala.
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

ESCALA é o processo de construção da via em curva, que serve para


contrariar a força centrífuga.

Consiste na elevação do carril da fila exterior da curva em relação ao da fila


interior

Escala

Fevereiro 2010 Luís Esteves 17


Cliente:
ESCALA TEÓRICA

Em teoria, pode admitir-se uma escala capaz de anular totalmente a força


centrífuga. Bastaria adoptar uma escala em que a resultante do sistema de
forças (peso e força centrífuga) fosse perpendicular ao plano de rolamento.
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

Resultante perpendicular ao plano de rolamento => força centrífuga nula


Fevereiro 2010 Luís Esteves 18
Cliente:
ESCALA TEÓRICA

Essa escala denomina-se ESCALA TEÓRICA e pode ser determinada através


da seguinte fórmula:
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

ESCALA TEORICA (Et)


13,7  V 2
Et  Via Larga (bitola 1668 mm)
R
e
8,3  V 2
Et  Via Estreita (bitola 1000 mm)
R
Em que:
Et - Escala Teórica em mm
V - Velocidade em km/h
R - Raio da curva em m
13,7 mm.m.h2/km2 - Coeficiente teórico de escala p/ Via Larga
8,3 mm.m.h2/km2 - Coeficiente teórico de escala p/ Via Estreita
Fevereiro 2010 Luís Esteves 19
Cliente:
ESCALA TEÓRICA

Exemplo: Determinar a escala teórica (capaz de anular toda a força centrífuga)


dum veículo que circula a 130 km/h numa curva de raio 800m, em via larga.

13,7  V 2
Et 
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

R
Resolução:

13,7 1302
Et   290mm
800

Para um veículo que circula a 60 km/h, qual a escala teórica?

13,7  602
Et   61mm
800
Fevereiro 2010 Luís Esteves 20
Cliente:
ESCALA PRÁTICA

Na prática, adopta-se uma escala intermédia - ESCALA PRÁTICA. Esta escala


é insuficiente para os comboios mais rápidos e excessiva para os mais lentos.

Pode ser calculada pelas seguintes fórmulas:


CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

Via Larga Via Estreita

8 V 2 Traçados menos 5 V 2 Traçados menos


Ep  sinuosos Ep  sinuosos
R R

7 V 2 Traçados mais 4 V 2 Traçados mais


Ep  sinuosos
Ep  sinuosos
R R
Em que:
Ep - Escala Prática em mm
V - Velocidade em km/h
R - Raio da curva em m

Fevereiro 2010 Luís Esteves 21


Cliente:
ESCALA PRÁTICA

Exemplo: Determinar a escala prática para o caso anterior, supondo que se


trata de uma zona pouco sinuosa.
8 V 2
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

Ep 
R
Resolução:
8 1302
Ep   170mm
800
Conclusões:
 O comboio a 130 km/h passaria com 120 mm de INSUFICIÊNCIA DE ESCALA (I)

I  Et  E p  I  290  170  I  120mm


 O comboio a 60 km/h passaria com 109 mm de EXCESSO DE ESCALA (E)

E  E p  Et  E  170  61  E  109mm
Fevereiro 2010 Luís Esteves 22
Cliente:
ESCALA

Assim podemos definir:

Escala Teórica é a escala capaz de anular toda a força centrífuga numa curva
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

a determinada velocidade.

Escala Prática é a escala adoptada em projecto para determinada curva, em


função da velocidade a praticar pelos comboios rápidos e lentos.

Insuficiência de Escala duma curva é o que falta de escala para que os


comboios que passam à velocidade máxima, circulassem sem a ocorrência de
força centrífuga.

Excesso de Escala duma curva é o que sobra de escala para que os


comboios mais lentos circulassem sem a ocorrência de força centrípeta (força
para o interior da curva).

Fevereiro 2010 Luís Esteves 23


Cliente:
VELOCIDADE TEÓRICA

Podemos agora encontrar a velocidade apropriada a esta escala, isto é: dada


uma determinada curva com determinada escala, saber qual a velocidade a
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

que os comboios podem circular sem ocorrência de força centrífuga, nem


centrípeta.
13,7  V 2
Et 
R

Et  R
Vt 
13,7

Fevereiro 2010 Luís Esteves 24


Cliente:
VELOCIDADE TEÓRICA

Exemplo: Determinar a que velocidade deve circular um comboio, numa curva


de via larga, com 800 m de raio e 170 mm de escala para que não ocorra força
centrífuga ou centrípeta (a mesma situação dos exercícios anteriores)
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

ET  R
Vt 
13,7
Resolução:

170  800
Vt   100km / h
13,7
Este conceito é importante pois sugere que, não havendo defeitos de
geometria exagerados, não é reduzindo excessivamente a velocidade que se
aumenta a segurança da circulação, pois nesse caso eliminam-se esforços
centrífugos e criam-se centrípetos, com todas as consequências daí
resultantes.
Fevereiro 2010 Luís Esteves 25
Cliente:
CURVA DE TRANSIÇÃO

TRANSIÇÃO DE FLECHA E ESCALA

Já vimos que a ESCALA PRÁTICA, a escala adoptada no projecto e, em


princípio, a existente na linha, não é suficiente para compensar toda a força
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

centrífuga exercida pelos comboios mais rápidos. Assim temos que:

 Nas rectas não há força centrífuga;

 Nas curvas os comboios rápidos exercem uma força transversal


considerável sobre a fila exterior da via.

Sendo assim, e se mais nada houvesse, teríamos no ponto de passagem da


recta para a curva (ponto de tangência) uma mudança instantânea de força
centrífuga de zero para um valor que pode ultrapassar os 1000 kg. Tal
mudança brusca provocaria uma «pancada» incomportável para o conjunto
via/veículo.
Fevereiro 2010 Luís Esteves 26
Cliente:
CURVA DE TRANSIÇÃO

TRANSIÇÃO DE FLECHA E ESCALA

Surge assim a necessidade duma zona que faça a passagem progressiva da


recta para a curva.
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

Essa passagem é feita por intermédio duma curva de concordância cujo raio
vai diminuindo progressivamente, de valor infinito, na recta, para o valor do raio
da curva circular.
Raio constante

Flecha constante

Escala constante

Raio ∞
Curva Circular
Flecha 0

Escala 0

Raio decrescente

Flecha crescente

Escala crescente

Fevereiro 2010 Luís Esteves 27


Cliente:
CURVA DE TRANSIÇÃO

TRANSIÇÃO DE ESCALA (DISFARCE DE ESCALA)


CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

Também a escala não pode passar instantaneamente de zero na recta para o


valor constante na curva circular. É preciso uma zona de aumento progressivo
que se chama Disfarce de Escala.

Este disfarce de escala coincide no terreno com a transição de flecha.


Curva Circular

Flecha

Transição

f de Escala

Recta

Fevereiro 2010 Luís Esteves 28


Cliente:
CURVA DE TRANSIÇÃO

TRANSIÇÃO DE ESCALA (DISFARCE DE ESCALA)

Para fazer o disfarce de escala não é obrigatória a existência de curva de


CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

transição. Em algumas linhas mais antigas ainda se encontram curvas sem


transição. Nessas curvas o disfarce de escala é feito, em regra, metade na
recta e metade na curva circular, só que não permite velocidades elevadas.
P. Tang.
RECTA CURVA CIRCULAR

Flecha

Escala

DIAGRAMA DE FLECHAS E ESCALA DUMA CURVA SEM TRANSIÇÃO

Fevereiro 2010 Luís Esteves 29


Cliente:
CURVA DE TRANSIÇÃO

VARIAÇÃO DE INSUFICIÊNCIA DE ESCALA - “DOUCINE”

Vimos nas considerações anteriores que:


CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

A escala prática não é suficiente para compensar toda a força centrífuga e, por
consequência, os comboios rápidos circulam sujeitos a uma considerável força
centrífuga em resultado da Insuficiência de Escala.

Da análise do Diagrama de Escala podemos também concluir que a


insuficiência de escala é constante na curva circular e de variação constante
na curva de transição.

Essa variação de Insuficiência de Escala traduz-se, na prática, numa


aceleração (aumento constante) da força centrífuga, também chamada de
aceleração centrífuga.

Fevereiro 2010 Luís Esteves 30


Cliente:
CURVA DE TRANSIÇÃO

VARIAÇÃO DE INSUFICIÊNCIA DE ESCALA - “DOUCINE”


CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

Zona de variação constante de Insuficiência de Escala


Insuficiência de Escala (aceleração) Escala
Teórica

Escala
Prática

DIAGRAMA DE VARIAÇÃO DE INSUFICIÊNCIA DE ESCALA

Fevereiro 2010 Luís Esteves 31


Cliente:
CURVA DE TRANSIÇÃO

VARIAÇÃO DE INSUFICIÊNCIA DE ESCALA - “DOUCINE”

Resta-nos analisar os pontos de passagem da recta para a transição parabólica


CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

e desta para a curva circular (pontos de tangência)

Ponto de tangência

Ponto de tangência

PONTOS DE TANGÊNCIA DUMA TRANSIÇÃO SEM DOUCINE

Fevereiro 2010 Luís Esteves 32


Cliente:
CURVA DE TRANSIÇÃO

VARIAÇÃO DE INSUFICIÊNCIA DE ESCALA - “DOUCINE”

Já vimos que nestes pontos, se mais não houvesse, os veículos passariam


CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

instantaneamente de variação de insuficiência zero para a variação fixada (que


pode ir até 90mm/s) o que provocaria instabilidade dos veículos.

Por essa razão se adopta na vizinhança desses pontos, zonas de disfarce com
cerca de 30 m em que a variação de insuficiência de escala evolui
progressivamente de zero para o valor fixado (por ex. 40mm/s).

Designam-se essas zonas de “DOUCINES” e destinam-se a «adoçar» a


entrada e saída das transições.

Recorde-se que estas são normalmente zonas críticas da via, sujeitas a


problemas de nivelamento e de alinhamento e, consequentemente a
instabilidade dos veículos.
Fevereiro 2010 Luís Esteves 33
Cliente:
CURVA DE TRANSIÇÃO

VARIAÇÃO DE INSUFICIÊNCIA DE ESCALA - “DOUCINE”

A transição com doucines faz-se simultaneamente na curvatura (flechas) e na


CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

escala. Só assim existe a necessária proporcionalidade entre flecha e escala.


trans. parabólica teórica

doucine flechas

escala

doucine

Trans. Parab.com doucines curva circular

DIAGRAMA DE CURVA COM TRANSIÇÃO E DOUCINES

Fevereiro 2010 Luís Esteves 34


Cliente:
CURVA DE TRANSIÇÃO

VARIAÇÃO DE INSUFICIÊNCIA DE ESCALA - “DOUCINE”

Se analisarmos o perfil da fila alta duma curva, especialmente se o disfarce de


CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

escala for pronunciado, concluímos facilmente que a doucine da escala


também serve para fazer a concordância entre traineis distintos.

Perfil da Fila
Alta Trainel
Concordância Trainel
de Trainéis

Trainel Perfil da Fila Baixa

Fevereiro 2010 Luís Esteves 35


Cliente:
PONTO DE INFLEXÃO

Ponto de Inflexão é o ponto de tangencia de duas curvas de sentido contrário.


É um ponto de flecha nula e de escala nula.
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

Se analisarmos um veículo circulando na transição de saída duma curva para


a recta verificamos que o plano dos bogies faz uma rotação da posição de
inclinação transversal para a horizontal.

curva à esquerda (transição de saída)


Fevereiro 2010 Luís Esteves 36
Cliente:
PONTO DE INFLEXÃO

Se, a curta distância, se seguir uma curva à direita o veículo fará nova rotação
para a direita durante a transição de entrada.
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

Conclusão: O veículo, numa fracção de segundo, pára e retoma a rotação


para a direita. Esta descontinuidade de movimentos é causadora de
instabilidade.
Fevereiro 2010 Luís Esteves 37
Cliente:
PONTO DE INFLEXÃO

Assim, quando duas curvas de sentido contrário estão próximas, são


construídas de modo a que a segunda comece no ponto onde acaba a
primeira. Este ponto designa-se de Ponto de Inflexão (P.I.).
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

Desta forma, o veículo inicia a rotação na transição de saída da primeira curva


e só termina no fim da transição de entrada da segunda, sem interrupção, sem
descontinuidade.
P. I.
Curva

Direita Curva

Esquerda

Nos projectos de renovação das linhas sinuosas, adoptam-se normalmente


soluções deste tipo que permitem ainda transições mais longas e, por isso,
mais suaves.

Fevereiro 2010 Luís Esteves 38


Cliente:
PONTO DE INFLEXÃO

Diagrama de
flechas (antes da
renovação)
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

P.I.

Diagrama de flechas

(após a renovação)

Esta solução também tem alguns problemas. O Ponto de Inflexão é geralmente


um ponto com geometria defeituosa, sede de instabilidade dos veículos. Tais
defeitos são devidos às dificuldades que, no terreno, se colocam à sua
implantação e conservação, especialmente com máquinas pesadas.

Resultam, em grande medida, da discrepância normalmente existente entre os


pontos quilométricos do estudo/terreno/máquina/cadastro.
Fevereiro 2010 Luís Esteves 39
Cliente:
CARACTERÍSTICAS DAS CURVAS

A determinação das características geométricas duma curva é feita no âmbito


do Projecto.
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

A Norma Europeia ENV 13803-1:2002 – Parâmetros de Projecto de Traçado


de Via – bitolas de Via de 1435 mm e de valor superior, Parte 1 – Plena Via
define os parâmetros de projecto do traçado de via, as regras e os valores que
devem ser utilizados para se determinar a velocidade máxima de circulação
quer nas linhas novas que nas linhas existentes.

O trabalho do projectista, ou do engenheiro de via, consiste em encontrar as


características para a curva sem que nenhum parâmetro exceda os limites
permitidos pelas normas que são.

Estes valores são apresentados no ANEXO G da Norma.

Fevereiro 2010 Luís Esteves 40


Cliente:
CARACTERÍSTICAS DAS CURVAS

Exemplo: Determinar, em via larga, as características geométricas a adoptar


numa curva com 500 m de raio para uma velocidade de 80 km/h. Considere um
traçado pouco sinuoso.
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

Escala?
Disfarce de Escala?
Insuficiência de Escala?
Variação da Insuficiência de Escala no Tempo?
Variação da Escala no Tempo?
Aceleração Lateral não compensada?
Flechas do Gráfico?

Fevereiro 2010 Luís Esteves 41


Cliente:
CARACTERÍSTICAS DAS CURVAS

Exemplo: Determinar, em via larga, as características geométricas a adoptar


numa curva com 500 m de raio para uma velocidade de 80 km/h. Considere um
traçado pouco sinuoso. Dcc = 100 m, Dcle = 40 m e Dcls = 60 m.
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

ESCALA

13,7  V 2 13,7  802


Dt    175,4mm
R 500
8  V 2 8  80 2
Dp    102,4mm  100mm
R 500

INSUFICIÊNCIA DE ESCALA

I  Dt  Dp  175,4  100,0mm  75,4mm

Fevereiro 2010 Luís Esteves 42


Cliente:
CARACTERÍSTICAS DAS CURVAS

Exemplo: Determinar, em via larga, as características geométricas a adoptar


numa curva com 500 m de raio para uma velocidade de 80 km/h. Considere um
traçado pouco sinuoso. Dcc = 100 m, Dcle = 40 m e Dcls = 60 m.
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

DISFARCE DE ESCALA
L L 100
e     2,5mm / m
D Dcle 40
L L 100
s     1,667mm / m
D Dcls 60
Então, vamos adoptar:

Dp  80mm

I  Dt  Dp  175,4  80,0  95,4mm

Fevereiro 2010 Luís Esteves 43


Cliente:
CARACTERÍSTICAS DAS CURVAS

Exemplo: Determinar, em via larga, as características geométricas a adoptar


numa curva com 500 m de raio para uma velocidade de 80 km/h. Considere um
traçado pouco sinuoso. Dcc = 100 m, Dcle = 40 m e Dcls = 60 m.
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

DISFARCE DE ESCALA
e  2,0mm / m
 s  1,33mm / m

VARIAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA DE ESCALA

I e I V 95,4  80
    53mm / s
t L 3,6 40  3,6
I s I V 95,4  80
    35mm / s
t L 3,6 60  3,6
Fevereiro 2010 Luís Esteves 44
Cliente:
CARACTERÍSTICAS DAS CURVAS

Exemplo: Determinar, em via larga, as características geométricas a adoptar


numa curva com 500 m de raio para uma velocidade de 80 km/h. Considere um
traçado pouco sinuoso. Dcc = 100 m, Dcle = 40 m e Dcls = 60 m.
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO DE ENGENHEIROS DE VIA

VARIAÇÃO DA ESCALA

De Dp V 80  80
    44mm / s
t L 3,6 40  3,6

Ds Dp V 80  80
    30mm / s
t L 3,6 60  3,6

ACELERAÇÃO LATERAL NÃO COMPENSADA - aq


g 9,81
aq  I   95,4   0,54mm / s 2
e 1740

Fevereiro 2010 Luís Esteves 45

Potrebbero piacerti anche