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REFLEXÃO PARA O NATAL

Mais um ano vem chegando ao fim e é interessante percebemos que em todos os


anos os momentos são diferentes e iguais. Diferentes, pois enfrentaremos novas situações,
um novo ciclo se inicia, e iguais, porque todos os anos sofremos e nos renovamos para a
chegada de um novo ano. Independente de ser cristão ou não, em um determinado
momento do ano, somos levados a refletir no que fizemos e no que deveríamos mudar
para não cometer os mesmos erros, e esse momento ocorre, na maioria das vezes, na
chegada do Natal, que é um período de renovação em Cristo.

Para que possamos nos renovar em Cristo é necessário que andemos pelo deserto.
Ora, quando estamos passando por um período de sofrimento, recorremos às pessoas ao
nosso redor ou a qualquer outro meio do qual seja possível nos livrarmos de imediato
dessa dor. Quando nada do mundo nos preenche o vazio da alma, somos levados a andar
pelo deserto, um local de resistência, pois é justamente quando estamos sem esperança e
quando achamos que estamos sozinhos, que pensamos em Deus, visto que, Ele é o único
Ser onipresente que poderá estar conosco em todos os lugares e em todos os momentos,
inclusive no deserto, já que é nesse local que percebemos a importância de ter Deus em
nossas vidas. É nesse lugar que também percebemos o quanto somos carentes de amor, e
o único amor incondicional, aquele que alimenta a alma, é o amor de Deus. Por isso que
é bastante difícil uma pessoa rica manter um contato profundo com Deus, pois ela pode
ter os bens que desejar, pode ter afeto, várias pessoas ao seu redor e pode até pensar que
todas essas coisas preenchem sua alma, que não há mais nada melhor do que as coisas
que possui. Pois bem, o mundo é barulhento, o deserto é silencioso e para que possamos
escutar Deus precisamos nos silenciar para estarmos atentos à Sua vontade e alcançar a
renovação do nosso ser.

Como o Natal é algo que se renova e traz novas esperanças, é comum vermos
pessoas decorando suas casas com muitas luzes e enfeites, vemos presentes, muita comida
e muitos indivíduos que se dizem caridosos por fazerem algum trabalho voluntário
durante esse período. Mas, ora, se tu dizes que és caridoso, porque fazes isto apenas uma
vez no ano e apenas para pessoas estranhas? Claro que é necessário ajudarmos os mais
necessitados, no entanto, é bem mais fácil nos encher de orgulho dizendo que fizemos
uma caridade para uma pessoa estranha do que para alguém que convivemos todos os
dias, como nossa família. Quantas vezes desvalorizamos nossas famílias com intrigas e
com nosso próprio egoísmo para satisfazer nosso orgulho? Quem pode afirmar que uma
pessoa que nem pratica a caridade em sua própria família, que é a base de tudo, pode ser
caridosa apenas por se voluntariar em trabalhos no Natal? Por isso, não nos enganemos
com sentimentos caridosos, que é apenas algo passageiro, com a própria caridade que se
alcança com a prática contínua.

Para que não caiamos em erros severos, no Natal devemos lembrar-nos do mistério
da Encarnação de Cristo, como bem diz João (3.13): ‘’Ninguém subiu ao céu a não ser
aquele que desceu do céu. ’’ Ou seja, no mistério da Encarnação, Deus desce para que
possamos subir, elevar nosso ser para alcançar a salvação e estar em comunhão com Ele,
e isso apenas é possível por meio de Cristo que nos salvou do pecado.

Cristo é a verdadeira luz do mundo, Ele que nos guia para o Reino dos Céus, mas
para que possamos enxergar sua luz, nossa alma deve se afastar das trevas, pois segundo
Mateus (6.22), ‘’A lâmpada do corpo é o olho. Portanto, se teu olho estiver são, todo teu
corpo ficará iluminado; mas se teu olho estiver doente, todo teu corpo ficará escuro. Pois
se a luz que há em ti são trevas, quão grandes serão as trevas’’. Ou seja, a luz material se
compara com a luz espiritual que se irradia da alma, se a própria alma estiver dada às
trevas, a cegueira será bem pior do que a cegueira física, pois não seremos capazes de
enxergar a luz de Cristo e, portanto, nem o caminho da verdade, da vida e da justiça.

Por isso, devemos nos deixar guiar pela luz que nos encaminha até a salvação, assim
como os três reis magos foram guiados pela estrela que levaria até o menino Jesus. As
luzes do Natal que colocamos em nossas decorações, muitas vezes servem apenas para
esconder as trevas que habitam em nossas almas, como diria Frei Adriano. No entanto, a
luz de Cristo, é a única que irradia nossa alma e nos leva para o caminho certo.

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