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8 CONHECIMENTO

O conhecimento pode ser definido como a manifestação da consciência de conhecer.

 O homem é um ser único no universo porque ele é consciente de si mesmo, de sua


existência.

 Ao nascer, o homem adapta-se progressivamente a um mundo já existente.

 Essa adaptação se dá quando ele passa por experiências de dor e prazer; de fome e
saciedade; de quente e frio; etc.

 Ele é introduzido no processo de socialização e vai, aos poucos, questionando e


interrogando sobre o significado do universo que o circunda; ele vai buscando
respostas convincentes para as suas dúvidas e incertezas.

O conhecimento surge através da vivência de experiências circunstanciais pelas quais o


homem passa, ou seja, pode-se dizer que o conhecimento existe quando a pessoa
ultrapassa a vivência, tentando explicá-la. O conhecimento ou o ato de conhecer existe
como forma de solução dos problemas próprios e comuns à vida.

O desejo do saber no homem é inato. Ele já nasce com essa vontade de conhecer; pois a
busca do saber já caracterizava os tempos pré-históricos, quando o homem tentando
desvendar os mistérios do universo aderiu ao culto das forças da natureza como forma de
conhecimento. De lá para cá, o homem vem sempre tentando explicar o universo, com a
finalidade de encontrar respostas verdadeiras.

8.1 TIPOS DE CONHECIMENTO

Essa procura de conhecimento e do sentido das coisas pode ser entendida através de
quatro tipos ou formas:

8.1.1 Conhecimento Sensível (popular ou intuitivo)

É o conhecimento do dia a dia, que se obtém pela experiência do cotidiano. Também


denominado de senso comum: acontece ao acaso e não é explicado rigorosamente; é
carente de objetividade, pois se baseia mais pelas aparências. Nesse contexto existe
ainda o que chamamos de “bom senso”, ou seja, tem a capacidade de se adequar a uma
determinada realidade da melhor forma possível, sem conturbar ainda mais, sem se
precipitar.

A ciência não é o único caminho de acesso ao conhecimento e à verdade. Um mesmo


objeto pode ser matéria de observação tanto para o cientista quanto para o homem
comum; o que difere é a forma de observação.

 Características do conhecimento popular:

- Racionalidade limitada
- O modo comum, e espontâneo de conhecer, que se adquire no trato direto com as
coisas e os seres humanos.
- Superficial – se conforma com a aparência.
- Sensitivo – referente a vivências, estados de ânimo e emoções da vida diária.
- Assistemático – não existe uma organização das idéias.
- Acrítico – não se manifesta de uma forma crítica.
8.1.2 Conhecimento Científico

É direcionado às formas de pensamento e observação que são concretizadas por meio de


estratégias que o pesquisador utiliza para desvendar o fenômeno.
O senso comum é a pedra fundamental do conhecimento humano. À medida que as
soluções dadas aos problemas através do senso comum não satisfazem às necessidades,
o processo de busca vai cedendo à investigação sistemática, à organização e seleção de
dados, caracterizando o procedimento científico.
Os modos de proceder do conhecimento científico têm como objetivo descobrir sempre
alguma coisa nova, ou fornecer o melhor nível de certeza, explicação e compreensão
sobre um determinado assunto.

- Racional – constituído por conceitos, contém idéias que organizam em sistemas.


- Objetivo – procura concordar com o objeto, verifica a adequação das idéias.
- Factual – parte dos fatos e sempre volta a ele.
- É claro e preciso – o cientista se esforça ao máximo, para ser exato e claro.
- É comunicável – a maneira de expressar-se deve ser, informativa e não expressiva
ou imperativa.(Seu propósito é informar, não seduzir ou impor).
- É sistemático – sistemas de referência, teorias e hipóteses, fontes de informação.
- É falível – não é definitivo, absoluto ou final.

8.1.3 Conhecimento Filosófico

A palavra FILOSOFIA foi introduzida por Pitágoras. É composta de: PHILOS = amigo;
SOPHIA = sabedoria “Amigos da sabedoria”.
É a fonte de todas as áreas do conhecimento humano; é também a ciência das primeiras
causas e princípios.

A filosofia é destituída de objeto particular, mas assume o papel orientador de cada ciência
na solução de problemas universais. Ela engloba todas as ciências. Repousa na reflexão
que se faz sobre a experiência da vida. Procura-se conhecer o ser e o não ser; o bem e o
mal; enfim, o mundo dos seres humanos. A filosofia é, pois, uma reflexão crítica também
da sociedade, da política, do direito e educação, e é também o seu fundamento.

8.1.4 Conhecimento Teológico

A matéria de estudo é Deus, como ser existe independente e detém a ação do perfeito.
A teologia é um conhecimento direcionado à compreensão da totalidade da realidade
homem/mundo.

É a reflexão sobre a essência das coisas, do ponto de vista teológico, a existência divina é
evidente, e evidência não se demonstra, nem se experimenta; só se analisa, interpreta e
explica. A fonte do conhecimento se encontra nos livros sagrados.

8.2 CONHECIMENTO CIENTÍFICO VERSUS CONHECIMENTO POPULAR

Ex: Desde a Antigüidade, até aos nossos dias, qualquer camponês sabe o momento certo
da semeadura, a época da colheita, a necessidade da utilização de adubos, as
providências a serem tomadas para a defesa das plantações das ervas daninhas e pragas
e o tipo de solo adequado para as diferentes culturas.
Tem também conhecimento de que o cultivo do mesmo tipo, todos os anos, no mesmo
local, enfraquece o solo.
No período, o sistema de cultivo era em faixas: duas cultivadas e uma terceira ”em
repouso”, alternando-as de ano para ano, nunca cultivando a mesma planta dois anos
seguidos, numa mesma faixa.
No séc. XVIII, o início da Revolução Agrícola não se prendeu ao aparecimento de
melhores arados, enxadas e outros tipos de maquinaria, mas à introdução, na segunda
metade do séc. XVII, da cultura do nabo e do trevo, pois seu plantio evitava o desperdício
de deixar a terra em repouso: seu cultivo “revitalizava” o solo, permitindo o uso constante.
Hoje, a agricultura utiliza-se de sementes selecionadas, de adubos químicos, de
defensivos contra as pragas e tenta-se até o controle biológico dos insetos daninhos.

Mesclam-se, neste exemplo, dois tipos de conhecimento:

 Vulgar ou popular, transmitido de geração para geração por meio da educação


informal e baseado em imitação e experiência pessoal.

 Científico, transmitido por intermédio de treinamento apropriado.

Concluindo – pode-se dizer que o conhecimento popular, também denominado senso


comum, não se distingue do conhecimento científico nem pela veracidade nem pela
natureza do objeto: o que os diferencia é a forma (o modo ou o método), os instrumentos
do “conhecer” e a forma de observação.

8.3 CRONOLOGIA DO CONHECIMENTO

 MATEMÁTICA – séc. XVIII a.C. – Hamurabi


 FILOSOFIA – séc. VIII a.C. – surgem quase simultaneamente na Índia, China
e Grécia.
 Tales de Mileto, Anaxímenes, Anaximandro, Anaxágoras, Lao Tse, Confúcio
 POLÍTICO – séc. IV a.C. – Platão
 ENGENHARIA – 4000 a.C. – egípcia, grega, romana
 MEDICINA – séc. IV a.C. – Hipócrates
 FARMACOLOGIA – séc. XV – Paracelso
 ASTRONOMIA – séc. XVI – Copérnico
 FÍSICA – séc. XVII – Galileu Galilei
 QUÍMICA – séc. XVIII – Lavoisier
 ECONOMIA – séc. XVIII – Quesnay e fisiocratas
 BIOLOGIA – séc. XIX – C. Bernard, Lamarck, Mendel
 ECOLOGIA - séc. XIX – F. Forel, E. Warming. Birge, Cowles e Clements
 PSICANÁLISE e PSICOLOGIA – séc. XIX – Breuer, Charcot, Janet, Freud
 SOCIOLOGIA – séc. XIX – Comte, Durkheim, Marx, Engels
 ADMINISTRAÇÃO – séc. XX – Taylor, Fayol
 COMUNICAÇÃO SOCIAL – séc. XX – Pierce, Saussure, Jakobson, Straus,
Shanon,
 Weaver, McLuhan
 COMPUTAÇÃO – séc. XX - A. Turing, L. Post

8.3 Texto: Por que o homem quer conhecer?

VIEIRA Pinto, Álvaro. Ciência e existência. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1969. p. 426-
427.

O homem não se dispõe a conhecer o mundo porque o percebe como um enigma


que lhe daria “gosto” resolver. Explicações que apelam para a “vontade de
decifração de um mistério”, de espanto em face das “maravilhas” da realidade
(Platão), de “vontade de poder” ( Nietzsche ) são inteiramente ingênuas, situando-
se fora de qualquer base objetiva. A simples e prosaica afirmativa de Aristóteles,
no preâmbulo da Metafísica, ao dizer que o homem é um animal naturalmente
desejoso de conhecer, tem a superioridade de concordar com a situação de fato,
embora falte explicar-nos por que isto acontece. A proposição aristotélica não
funda a epistemologia da pesquisa científica porque serve apenas para reconhecer
um fato inicial, não oferecendo a explicação dele, que deveria ser o verdadeiro
ponto de partida de todas as cogitações subseqüentes. Tal ponto de partida nós o
encontramos, se não estamos equivocados, na teoria dialética da existência, ao
considerar o homem não um ser (no sentido aristotélico), um animal dotado de
atributos invariáveis, mas um existente em processo de fazer-se a si mesmo, o que
consegue pelo enfrentamento das obstruções que o meio natural lhe opõe e pela
vitória sobre elas, graças ao descobrimento das forças que o hostilizaram e dos
modos de empregar umas para anular o efeito de outras, que o molestam, o
destroem ou impedem de realizar os seus propósitos. O homem não conhece, não
investiga a natureza para satisfazer um desejo imotivado, mas para se realizar na
condição de ente humano.

8.4 CONCEITO DE CIÊNCIA

O significado da palavra ciência (scire) é saber, conhecer.


São várias as definições da palavra ciência, por exemplo:

“Um conjunto de conhecimentos, que se dá através da utilização adequada de métodos


rigorosos, capazes de controlar os fenômenos e fatos estudados”.

“E o estudo de problemas formulados adequadamente em relação a um objeto,


procurando para ele soluções plausíveis, através da utilização de métodos científicos”.

CIÊNCIA - Forma especial de conhecimento da realidade empírica. É um conhecimento


racional, metódico e sistemático, capaz de ser submetido à verificação. Busca o
conhecimento sistemático do universo. Não é produto de um processo meramente técnico,
mas do espírito humano.
Tem como objetivo descobrir as causas e efeitos de determinado fenômeno, ou do objeto
de estudo; e tem como função :descrever, explicar e prever os dados que integram a
realidade em estudo. Procura aperfeiçoar o conhecimento em todas as áreas para tornar a
existência humana mais significativa, (encontrar soluções para melhorar a vida do
homem).

9.1 ESTUDAR NA UNIVERSIDADE1

É um ato consciente e determinado. Volta-se para o conhecimento e para a ação


que supõe passagens gradativas de conceitos “frouxos”, no início, para um
quadro de elaboração e de formulação de juízos mais adequados, sistematizados
e comunicáveis de áreas de sua formação.
A decisão de estudo, exige do estudante uma postura que vai além da freqüência
às aulas. Há necessidade de envolver a originalidade de pensamento e a
curiosidade científica.
O aprendizado no curso deve ser meta e veículo de domínio da pesquisa, da
ciência, da profissionalização consciente, da realização pessoal, do
aprimoramento intelectual e político do aluno.
O ensino na Universidade deve estar estruturado no tripé ensino – pesquisa –
extensão gerando a aprendizagem capaz de dinamizar o conhecimento refletido
e uma práxis criativa, acerca da realidade.
Portanto, a investigação científica transforma-se na principal expressão da
identidade universitária, quando os esforços propiciarão o desencadeamento de
processos de conhecimento da realidade social.

1
Notas retiradas da Apostila – Workshop de TGI – FCA – agosto de 2004
9.2 CIÊNCIAS FORMAIS E CIÊNCIAS FACTUAIS:

- Formais – estudos das idéias (demonstram ou provam).


- Factuais – estudos dos fatos (verificam hipóteses, experiências).

CLASSIFICAÇÃO DAS CIÊNCIAS E RAMOS DE ESTUDOS

FILOSOFIA (LÓGICA)
FORMAIS
(PURAS)
MATEMÁTICA
Sintetizam e explicam
os princípios
descobertos sobre o FÍSICA Física Nuclear; Mineralogia;
universo e seus
Logística
habitantes Militar; Petrografia; Geologia;
Computação; Engenharia;
Astronomia

NATURAIS QUÍMICA Química Orgânica; Química


Inorgânica; Físico – Química;
Farmácia; Bioquímica

BIOLOGIA Botânica; Medicina; Zoologia;


FACTUAIS Veterinária; Agricultura; Tec. de
Alimentos;
(APLICADAS) Enfermagem

SOCIAIS Sociologia; Psicologia Social; Antropologia


Cultural; Geografia; Direito; Administração;
Comunicação Social; Economia; História

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