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MARIE-JOSÉ

MONDZAIN

A IMAGEM ENTRE
PROVIDÊNCIA E DESTINAÇÃO

DISCIPLINA: Teorias da Imagem | UFSC |


2018.
Maria Bernardete R.Flores e Sabrina
Fernandes Melo (Pós-Doutorado)
Acadêmica: Kellyn BaWstela
A imagem é portanto duas coisa em uma:

a) operadora em uma relação;
b) objeto produzido por essa relação.

As operações imaginantes são inseparáveis
dos gestos que produzem os signos.

Permitem processos de iden4ficação e
separação sem os quais não haveria sujeito.
DAÍ CHEGA-SE A CONCLUSÃO QUE:

- A imagem diz respeito à vida do sujeito sobre o
aspecto da sua existência não natural.


- As operações imaginantes são sem dúvida o modo
produWvo da resistência do sujeito à natureza.

designar o modus imaginis


COMPARTILHADO NO SOCIAL
A IMAGEM E O RETRATO
Mão negaWvas. Gruta Chauvet (França), 30.000 a.C.
Chauvet; Deschamps; Hillaire, 1996.
As imagens são, por excelência, os signos que,
sobre o lugar mesmo do desejo, se encarregam
de produzir:
-  o desligamento com a presença das coisas e a
presença dos corpos,
-  e da ligação entre os sujeitos que se
endereçam a esses signos com a intenção de
fazer um tecido frágil e temporalmente
significante.
“Mendieta, Ana. ArWsta Cubana. UnWtled (Silueta Series, La Ventosa, Mexico)

"Através das minhas esculturas de terra/corpo, eu me torno uma com a terra...
Eu me torno uma extensão da natureza e a natureza se torna uma extensão do
meu corpo. Este ato obsessivo de reafirmar meus laços com a terra é realmente
uma reaWvação das minhas crenças primiWvas... [em] uma força feminina
onipresente”.
“Assim, as imagens vêm se colocar entre os
sujeitos que não se definem como tal se não pela
graça desses signos que vêm, poderia dizer,
dançar entre eles.

O que está em jogo, portanto, na produção das
operações imaginantes é a capacidade de
produzir signos que nunca virão preencher uma
necessidade, mas que, ao contrário, se
encarregarão de tecer as distâncias e as ligações
entre aqueles (SUJEITOS) que os trocam”.
MONDZAIN, Marie-José. A imagem entre
proveniência e desWnação. In:
ALLOA, E. p. 39-53.
ENTRE O AUTOR E O
ESPECTADOR
Cuidado: Ela tem uma inexplicável luz,
perigosa, emanada de seu corpo, que poderia
conter material explosivo. Ela é conhecida por
ter um culto fanáWco e fiel. Recompensa: O
Estado do Arizona está oferecendo até US $
500.000 para qualquer informação que leve
diretamente à apreensão e condenação de La
Virgen de Guadalupe. Se você Wver
informações sobre essa pessoa entre em
contato com o Arizona State Rangers ou com
o escritório local de imigração e alfândega
(ICE)"

Ester Hernandez
“Wanted”, 2010
Fred Wilson. “Modes of Transport 1770-1910”. IN: Mining the
Museum, 1992. Detail of Ku Klux Klan hood. Maryland Historical
Society, BalWmore. Carrinho de bebê 1908.
IN: Subject to Display, 2008.
Paulo Nazareth, “Nos ostros Tenemos Derecho A Este Paisaje”, 2011
Paulo Nazareth, Sem {tulo, da série “No{cias de América”, 2011, impressão
fotográfica sobre papel algodão, 30×40 cm
Fala-se de uma economia da
parWlha dos olhares: a
relação de um autor com um
espectador não é nem a de
quem possui nem a de quem
é possuído.

Eles só se consWtuem na
parWlha paradoxal de sua
despossessão em comum.
“ T a l m e p a r e c e s e r a
potência da arte”.

MONDZAIN, Marie-José. A imagem entre


proveniência e desWnação. In:
ALLOA, E. p. 39-53.
Aníbal López (A1-53167), (1964 – 2014,
Guatemala). TESTIMONIO (SICARIO), 2012,
dOCUMENTA 13
“Minha abordagem
- convida cada um de nós, enquanto sujeitos, a
nossa potência subjeWva de qualificação do
visível;

- convida a reconhecer no visível um campo de
signos que circulam;

- convida a dizer que o que chamamos de
imagem pode ser, ou não, consWtuinte ou
desWtuinte dos sujeitos que as olham”.

MONDZAIN, Marie-José.
“Por meio de meu trabalho, gostaria de dar conta dos
regimes de pensamento que foram fundadores em
relação à definição da imagem: fundadores não quanto
a seu estatuto de objeto, mas quanto àquilo a que ela
remete nas operações do olhar que lhe dirige um
sujeito.

As coisas se esclarecem a parWr do momento que
classificamos a imagem na relação que ela tem com o
olhar do sujeito, com o cruzamento de olhares e com a
troca, com a circulação de signos, disWnta do comércio
das coisas, daquilo que chamo o comércio de olhares”.

MONDZAIN, Marie-José.
A PREOCUPAÇÃO
MONOTEISTA COM O SUJEITO
DAS IMAGENS
“a própria humanidade assinalava-se como
humanidade pela inscrição dos signos que,
antes de dar testemunho de uma linguagem ou
mesmo de uma escritura, designavam o modus
imaginis, o modo da imagem, como primeiro
gesto de separação. Tornando-se a condição
necessária ao acesso de cada um de nós às
operações simbólicas da palavra,
a imagem pode ser um separador, um operador
de separação”.
MONDZAIN, Marie-José. A imagem entre
proveniência e desWnação. In:
ALLOA, E. p. 39-53.
EIKON, regime de aparência (não é um
substanWvo), antes de ter sido um objeto, foi
designado pela língua grega como um regime
singular da aparência e da verossimilhança.
Modo de aparição no campo do visível.

I Santo AgosWnho e os padres


C
O l a W n o s n e c e s s a r i a m e n t e
N precisam se ocupar da imagem
E

por razões teológicas evidentes,
uma vez que a encarnação é
u m a e s t r i t a q u e s t ã o d e
visibilidade da imagem.
QUESTÃO ONTOLÓGICA
Há uma crise do olhar na produção das METAFÍSICA
imagens entre instâncias do poder

“o eikon e o eidolon são a mesma coisa ou são coisas


diferentes?”

Os iconoclastas dizem que todo eikon só se deixa


conhecer como eidolon, portanto, há idolatria. A
resposta dos iconófilos é que o único meio de
salvar o regime da imagem é dizer que entre eikon
e eidolon há incompaWbilidade, uma disWnção
definiWva (há até mesmo uma contradição).

EIKON designa uma relação,


EIDOLON designa um objeto
O eikon é o modo de aparição dos signos que
permite a estes se consWtuir para permiWr a parWlha
do simbólico.

•  “ídolo” é o modo no qual a questão do desejo pode se
afundar e se aniquilar totalmente, quando o desejo de ver
dá a si mesmo o objeto de sua completa saWsfação,
digamos, de seu gozo. E, assim, quando os anWgos criWcam
o ídolo, é preciso não se esquecer jamais de que há essa
suspeita, legíWma, em relação a objetos que se consomem
e que consomem o sujeito.
•  O ídolo é então aquilo que ameaça a subje4vidade, uma
vez que essa relação é de consumo passional, fusional e
fantasmáWca. Nesse senWdo, o desejo de destruição é
inseparável do desWno dos ídolos.
“A imagem não dá
nada a conhecer,
mas somente a
senWr”.

Santa Faz. Óleo sobre lienzo.


Parroquia de San Pedro.Autor:
Francisco de Zurbarán
The Sudarium of St Veronica
1658-61
Oil on canvas, 104 x 84 cm
Museo de Bellas Artes, Bilbao
Verónica.Museo Nacional de
Estocolmo. Estocolmo.
Suecia.Autor:
Francisco de Zurbarán
“Em seu desejo de se
apropriar da gênese do
homem, tanto de sua
origem quanto de sua
desWnação, a doutrina cristã
não encontrou nada mais
perWnente do que propor
ao olhar cole4vo uma
imagem do homem não
feita pela mão do homem,
a fim de atribuí-la à mão de
Deus”.

Santa Faz.1658. Óleo sobre lienzo.


105 x 83 cm. Museo Nacional de
Escultura de Valladolid.Autor:
Francisco de Zurbarán
POR FIM
Chamo “visibilidades” o modo no qual
aparecem no campo do visível objetos que
ainda esperam sua qualificação por um
olhar.
Chamo de “imagem” o modo de aparição
frágil de uma aparência consWtuinte para
olhares subjeWvos, em uma subjeWvação do
olhar. A “imagem” é efeWvamente, no meu
léxico, o que consWtui o sujeito.
MONDZAIN, Marie-José.
“ S e o s u j e i t o s e c o n s t r ó i , e n t ã o
compreendemos que o que os Padres
designavam pela palavra eikon era algo
consWtuinte das relações entre os sujeitos.
Desse modo, o que é consWtuinte do políWco,
isto é, do viver juntos no senWdo grego, assim
o é porque é consWtuinte dos procedimentos,
dos protocolos de subjeWvação.

Não há sujeito sem imagem”.
MONDZAIN, Marie-José.
REFERÊNCIAS



CATÁLOGO HAMMER MUSEUM ”Mulheres radicais: arte laWno-americana,
1960-1985”. PINACOTECA SP, 2018.


GONZÁLEZ, Jennifer. Subject to Display: reframing race in contemporary installaWon
art. Massachuse„s insWtute of Technology, 2008.

LÓPES, Aníbal. In Catalogo exposição, 33 bienal SP.

MONDZAIN, Marie-José. A imagem entre proveniência e desWnação. In:
ALLOA, E. p. 39-53.

___________________. Entrevista ”Imagem sujeito, poder”. In Outra Travessia 22.
Programa de pós graduação em Literatura. UFSC, 2016.

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