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MODELAGEM DE

ROUPAS
MODELAGEM DE ROUPAS

Assim como um arquiteto o estilista precisa de apoio técnico para que


seus desenhos saiam do papel e se tornem realidade, e é o profissional
da modelagem de roupas quem dá esse suporte interpretando os desenhos
transformando-os em moldes e posteriormente em algo concreto, ou seja, em
roupas. Na teoria parece até que é bem simples, mas todo cuidado é pouco na
hora de desenvolver esse gratificante trabalho que é a modelagem de roupas.

A distância entre os seios a partir da medida do busto, por exemplo, em


Modern Pattern Design, medíamos a distância entre os seios diretamente da
pessoa, assim como todas as outras medidas. Até mesmo as medidas de
busto, cintura e quadril eram tiradas separadamente para frente e para costas
(figura abaixo).

Fonte: Modern Pattern Design, 1946.

Métodos proporcionais

Antes de desenvolverem métodos, os alfaiates tinham moldes padrão,


como bases, que tinham desenvolvido por tentativa e erro. Como o
entendimento deles sobre o assunto era pequeno, um bom molde valia tanto,
que era passado por herança. Isso antes do século XVIII.
Os primeiros métodos de modelagem eram proporcionais, e feitos
através desses moldes que foram aperfeiçoados por tentativa e erro. Os
métodos proporcionais ampliam e reduzem os moldes a partir da medida do
tórax da pessoa, ou então criam um molde usando apenas medidas derivadas
da medida de tórax.

Muitos desses métodos foram publicados na forma de gabaritos, que só


exigiam do operador que ajustasse para o seu tamanho e copiasse seu
contorno. Como eram muito simples de usar, popularizaram o corte de roupas
entre as donas de casa, que antigamente eram excluídas da atividade:
somente os alfaiates sabiam cortar roupas, e às mulheres sobrava a costura à
mão.

Vários métodos proporcionais podem ser encontrados hoje no Brasil, e


alguns deles são: Corte de Ouro, Método Centesimal. Eles são ótimos para
quem quer uma maneira fácil de fazer moldes, e que não tem muito tempo ou
disposição para aprender métodos mais complicados. Não serve se você quer
aprender a modificar os moldes, ou a fazer roupas com caimento perfeito.

Métodos diretos

Os métodos diretos foram feitos como resposta a alguns defeitos dos


métodos proporcionais. Como nos proporcionais todas as medidas são
derivadas a partir do busto, produzem roupas que só servem perfeitamente em
pessoas proporcionais. E na prática, poucos de nós o somos. Como no fim do
século XIX, as roupas femininas estavam ficando cada vez mais ajustadas,
houve a necessidade de ter mais precisão no traçado de moldes.
Roupas ajustadas do fim do século XIX. Fonte: Domínio Público.
Os métodos diretos usam medidas tiradas diretamente do corpo da pessoa, e
transferidas para o papel por um conjunto de regras. A desvantagem desses
métodos é que são mais complicados, e a pessoa precisa ser bem experiente
para tirar todas as medidas com precisão.

Não conheço métodos diretos em português, mas já recomendei


o Modern Pattern Design. Esses métodos são ótimos para quem precisa fazer
moldes sob medida muito precisos, como para vestidos de festa e alfaiataria.
Como são um pouco mais complicados e demorados, não servem para quem
procura uma maneira rápida e fácil de fazer moldes.

Métodos mistos

Os métodos mistos usam algumas medidas diretas e outras


proporcionais. São os mais usados hoje em dia, principalmente pela indústria
do vestuário. Têm um pouco do bom e do ruim de cada um dos tipos.
Geralmente, as medidas tiradas do torso são: circunferência do pescoço busto,
cintura e quadril, altura da frente (do pescoço à cintura), altura das costas.

Alguns exemplos de métodos mistos em Português: Gil


Brandão, Modelagem Industrial Brasileira, Patrones de Moda Paso a Paso. Os
métodos mistos são ótimos tanto para quem quer fazer modelagem como
profissão, assim como para quem quer fazer roupas para si. É para quem está
preocupado com o caimento da roupa, mas quer uma solução mais prática do
que os métodos diretos. Recomendo também que iniciantes que tenham se
interessado pelos métodos diretos comecem pelos mistos.
Antigamente (há décadas e até séculos), quando não havia
gabaritos como esses para vender, os modelistas tinham que fazer os próprios.
Um gabarito nada mais é do que uma regra, um modelo ou padrão que usamos
como molde. Então esses profissionais faziam o desenho que queriam num
papel ou folha de madeira, e recortavam para uso próprio. Nada te impede de
fazer o mesmo! Mas como também gostamos de coisas práticas, e nem todo
mundo tem como fazer isso em casa, podemos comprá-los prontos. Vejamos
quais são as réguas e gabaritos essenciais para modelagem do vestuário:
Esquadro

O esquadro é uma régua em forma de triângulo que serve para traçar cantos
com ângulo reto e quadrados perfeitos. Ele é essencial na modelagem para
traçar retas perpendiculares. Eu prefiro os esquadros de acrílico, plástico
transparente, ou metal, pois esses
esse duram mais. Os que são feitos de um
material duro que parece compensado com o tempo ficam com as pontas
gastas e arredondadas, o que dificulta a precisão.

Régua

Recomendo régua de pelo menos 60cm de comprimento, que pode ser de


acrílico, plástico ou metal.

Curva francesa

A curva francesa é um gabarito de curva acentuada. Existem vários modelos


de curva francesa, e talvez esse seja o que mais causa confusão em vocês. Eu
tenho preferência pelas que têm um cabo longo e que fazem um caracol bem
pequeno na ponta, pois assim se encaixam na maioria das curvas de
modelagem. Se você já tem um modelo, provavelmente vai servir, então use
por um tempo antes de decidir se precisa comprar outro.
Aquelas curvas francesas super complexas, com vários desenhos diferentes,
são apropriadas paraa desenho. Na modelagem do vestuário, não precisamos
de tantas curvas diferentes assim. Além disso, nossas curvas têm que ser em
tamanho grande, ou seja, não podem ser aquelas pequenas em escala.

Nesta loja online encontrei dois modelos legais que vocês podem
podem ter como
referência: esta mais completa,
completa e esta mais simples.. Ambas são boas o
bastante!
O material
aterial que recomendo para curvas é o acrílico. Se você quiser saber como
usar essa régua na modelagem, leia este post.

Curva de alfaiate

Esta curva é mais alongada e rasa, e serve para traçar lateral de vestidos,
calças, casacos, e outros detalhes com curvas mais suaves. Geralmente são
bem parecidas, então minha única recomendação
recomendação é que seja de acrílico.
Realmente ajuda poder ver o que tem debaixo da curva

Para o decote frontal:

Uso da curva francesa para desenhar o decote frontal: posicione a ponta mais
curvada nos pontos de referência para o traçado. A parte menos curvada
aponta para cima, e o lado côncavo está ao lado do centro da frente.
Para o decote traseiro:

Uso da curva francesa para desenhar o decote traseiro: posicione a ponta mais
curvada nos pontos de referência para o traçado, desta vez um pouco mais
inclinada que no exemplo anterior. A parte menos curvada aponta para cima, e
o lado côncavo está ao lado do centro das costas.

Para a cava frontal:

Uso da curva francesa para desenhar a cava frontal: Em alguns casos, a curva
encaixa perfeitamente nos pontos de referência da cava. A parte menos
curvada aponta para cima, e o lado convexo aponta para o centro da frente.
Para a cava traseira:

Uso da curva francesa para desenhar a cava traseira: Em outros casos, é


necessário desenhar a curva em duas etapas. Encaixe primeiro os 3 pontos de
cima, com a parte menos curvada apontando para cima, e o lado convexo
apontando para o centro das costas. Em seguida, gire a parte menos curva em
sentido anti-horário até encaixá-la nos 2 pontos de baixo.

Para a lateral do vestido:


Uso da curva francesa para desenhar a lateral do vestido: Podem ser
necessárias 2 ou 3 etapas. 1 – Primeiro, a parte menos curvada apoiada no
ponto que indica a largura do busto, o meio da curva apoiado na cintura e a
parte mais curvada apontada em direção ao quadril. Trace do busto até mais
ou menos a metade do caminho entre cintura e quadril. 2 – Em seguida, gire a
régua até que a parte menos curvada toque o ponto de referência do quadril.
Trace uma linha que se encaixe com a linha anterior.
Para reproduzir as posições em seu trabalho, observe a direção para que está
apontada a curva, o lado para o qual está virada e também a altura em que se
posiciona.

A necessidade de proteger o corpo foi um dos fatores que culminou na


invenção das vestimentas e consequentemente na busca pelo melhor
caimento, proporcionando conforto a quem as utilizassem.

O Período Paleolítico marcou o início das práticas de modelagem de roupas.


Nessa época, o homem passou a curtir as peles de animais e a utilizar os
ossos mais finos como agulhas, construindo assim proteções contra as
condições adversas do ambiente.

A modelagem de roupas teve um salto significativo com a criação do tear, no


Período Neolítico, permitindo assim, a manufatura dos tecidos. Diante dos
tecidos produzidos, as civilizações antigas passaram a utilizá-los, prendendo-
os no corpo com auxílio de cordões, cintos e diversos outros acessórios.

Outro fator marcante na evolução da modelagem de roupas foi a invenção da


tesoura no Oriente. A partir daí a modelagem começou a tomar forma,
prezando mais pelo estético. As túnicas são os exemplos mais fortes de
vestimentas dessa época.

As túnicas com ornamentos marcaram o início do Período Medieval. Esses


ornamentos eram formas de demonstrar a condição social na época. Quanto
mais pedras, broches, joias e bordados, mais alto era o escalão.

As roupas, a partir daí, começaram a ser modeladas e costuradas no próprio


corpo, já que perceberam que assim, o resultado final era mais satisfatório.
Surgem nessa época também as associações de artesãos, que passaram a ser
os responsáveis pela confecção das roupas. Esses profissionais eram muito
valorizados pelas classes mais altas.
No século XV, com o Período Renascentista, houve uma revolução nos
processos tecnológicos relacionados à modelagem de roupas. O aumento das
fábricas fez com que surgisse a personalização da modelagem e com isso
houve o surgimento do conceito de moda e a necessidade da especialização
por parte dos alfaiates, para atenderem a demanda crescente. Mesmo diante
da simplicidade de seus instrumentos, os alfaiates precisavam ter
conhecimentos diversos para garantirem seus clientes.

Diante desses acontecimentos, surge na França, em 1780, a primeira Escola


de Moda. A partir daí vários fatores foram responsáveis pela evolução da
modelagem de roupas. Dentre eles destacam-se:

• A implantação das tabelas de medidas;


• A utilização da padronização;
A invenção da máquina de costura em 1846, por Elias Howe
• A criação da fita métrica em 1847 por Alexis Lavigne;
A criação do busto manequim em 1849 também por Alexis Lavigne.

Charles Frederick Wort implanta em 1850, na França, a alta costura, que


representou o marco da moda, utilizando a modelagem tridimensional,
denominada Moulage, para confeccionar suas peças. Nessa técnica, o
modelista utiliza o próprio corpo humano como manequim, proporcionando
melhor caimento e acabamento às peças.

Nos anos 80 houve uma explosão de novos profissionais e técnicas de


modelagem com o objetivo de atender a demanda crescente da indústria do
vestuário.

O Corte Centesimal está há anos no mercado formando as melhores


modelistas, mas o sistema que deu origem à empresa, tem uma tradição bem
mais longa, iniciada praticamente por um acaso. Em 1933, a dona de casa
Carmen de Andrade Mello Silva, uma mineira de Lavras, chegou a Andrelândia
acompanhando o marido, o engenheiro Antônio de Mello Silva.

A necessidade de costurar para os quatro filhos e as dificuldades que


encontrava nessa tarefa foram levando dona Carmen a adotar o hábito de fazer
anotações em fichas para auxiliar a memória. Com o tempo, foram sendo
acumuladas inúmeras fichas com desenhos, observações e deduções que
permitiram à dona de casa aprimorar suas atividades. Não havia qualquer
pretensão além da que qualquer mãe tem, quando se dedica à família. Havia,
porém, o objetivo de suprimir as provas das roupas, coisa que os filhos tinham
horror.

A competência na confecção das roupas traçou o destino. As amigas sempre


pediam os moldes para repetir. A vontade de ajudar levou Carmen a encontrar
uma maneira prática de indicar como fazer o traçado de um determinado
molde, de modo a atender os diversos pedidos e as diversas idades das
crianças e também de adultos.

Qual a proporção existente entre algumas medidas" era um dos


questionamentos feitos por ela, sem qualquer pretensão, e que resultaram em
moldes bastante exatos. Pessoas próximas insistiam que ela passasse para de
seus conhecimentos para outras senhoras que viviam a mesma necessidade
de aprender a costurar. Com o auxílio do marido engenheiro, ela criou o
sistema de Escalas, resultado de suas anotações sobre as medidas do corpo
humano.

Para generalizar as indicações das medidas tomadas em volta do corpo, ele


dividiu cada medida por 100, com a representação em escalas. Intitula-se,
portanto, "Centesimal", porque as principais medidas para o traçado dos
moldes foram divididas em 100 partes iguais.

Surgiram então, as Escalas Centesimal, como representações de medidas do


corpo. Essas “Escalas” são pequenas réguas que vão de 30 centímetros até
140 centímetros. Assim, ela batizou esse método de modelagem de roupas de
“Método de Corte Centesimal.” Isso começou em 1934, quando dona Carmen
ia transmitindo seu sistema de graça para suas amigas, ensinando
pacientemente a leitura das suas anotações e fichas. Ou seja, mostrava para
cada uma como interpretar os seus traçados.

A mudança para Barra Mansa, no Estado do Rio de Janeiro e, posteriormente,


para Belo Horizonte, em Minas Gerais, novamente acompanhando o marido,
levaram a uma propagação do método de dona Carmen. Os pedidos dos livros
foram só aumentando. Então, em 1937 foi feita a primeira cópia heliográfica.
Após alguns anos, ela tinha registrado cerca de mil nomes de pessoas que
foram suas alunas. O interesse pelo sistema acabou exigindo a formalização
de uma empresa para a produção do material de ensino e administração da
contabilidade, que já antes, era rigorosamente controlada.

Assim, em janeiro de 1952, Carmen e o marido fundaram a empresa “Corte


Centesimal Ltda.” Novas professoras e alunas se juntaram ao exército de
pessoas que se encarregava de disseminar o método por todo país.
Dona Carmen (sentada, a segunda, da esquerda para direita) com a turma do
curso aperfeiçoamento de professoras do Método de Corte Centesimal -
Moldecópia, no antigo escritório da empresa na Edifício Helena Passig, no
centro de Belo Horizonte. Década de 60.

Até o início da década de 70, o material do Método de Corte Centesimal era


vendido em estojos de madeira, fabricados pela própria empresa, que possuía
uma marcenaria. Dentro do estojo havia o livro do Método, num formato de
livreto, conjunto de Escalas, um par de Esquadro e Curva Francesa, além do
porta escalas. Os outros espaços do estojo serviam para colocar giz, alfinetes,
e outros apetrechos utilizados na confecção dos moldes.

Estojo completo Centesimal. N° do estojo: 14.419. 03 de Abril de 1950.


Os livros eram todos numerados, datados e assinados, um por um, por
Carmen. Já os desenhos dos moldes nos livros eram coloridos com aquarela,
também um por um, pelas filhas pequenas Dora e Júnia.

Esses estojos faziam parte das famílias mineiras e de outras famílias pelo
Brasil. Naquela época, era costume as moças saberem costurar e muitas
famílias, tinham em casa, a sua própria modelista, que era responsável em
costurar para todos. Assim, várias histórias foram sendo costuradas também.
Os estojos foram aposentados em virtude das mudanças e da evolução da
sociedade.
Hoje, são considerados uma relíquia e quem tem, guarda a sete chaves, com
todo carinho. Para muitas famílias, esses estojos preservam muito mais do que
apenas escalas, alfinetes e desenhos. Eles guardam também sentimentos,
lembranças e saudades de um tempo que já passou. São recordações
gostosas e que ajudaram a formar a história da moda no Brasil.

Ao se aposentar, Carmen deixou como continuadora, a filha Dora, que desde


mocinha, se mostrou interessada em aprender tudo sobre aquele ofício e que
se dedicou à empresa, com a mesma dedicação e paixão da mãe. A
empresária, profunda conhecedora dos segredos da modelagem, mantém há
mais de 60 anos, o ritmo de trabalho das pessoas que promovem o
aprendizado como um processo de crescimento e de geração de
oportunidades.

A inserção do Corte Centesimal na história da moda brasileira foi assegurada


na atuação de Dora, que vivenciou as mudanças importantes no mundo e na
sociedade. No início, na era de Carmen, as mulheres aprendiam para exercer
melhor o papel de mães. Nos tempos atuais, mais pessoas aprendem com
novos objetivos e, em especial, de ter uma atividade profissional. E,
atualmente, a terceira e a quarta gerações já colaboram e participam da vida
deste método de ensino.

Ao longo desses anos, foram mais de 500 mil livros vendidos, o que comprova
a eficácia do método e diz muito em relação à sua aceitação, ao seu sucesso:
significa que quatro gerações de usuários tem prestigiado este excelente
método de modelagem de roupas. A partir daí, o Centesimal criou família,
gerando produtos funcionais e dinâmicos para atender aos mais diversos
aspectos da modelagem do vestuário.

Historicamente, o vestuário evoluiu com a evolução da humanidade e se tornou


um reflexo das questões sociais, políticas, religiosas e morais de todas as
fases vivenciadas pelo ser humano. Dessa forma, o estudo da história do
vestuário implica em um estudo de todos os aspectos da vida, nas diferentes
épocas.

Vestuário – adorno e proteção contra o frio

A história da vestimenta começou com o uso de folhas, fibras vegetais e peles


de animais, no período denominado de pré-história. Desde o início, o uso de
roupas não estava ligado somente à necessidade de proteção contra as
agressões externas e o frio, mas também constituía um adorno, que ajudava o
homem, inclusive, a se impor sobre os outros animais.

O vestuário na Pré-história

Segundo informações históricas, foram identificadas agulhas primitivas, feitas


com ossos e marfim, datadas de mais de 30 mil anos atrás. Nessa época,
chamada de Período Paleolítico, utilizavam saiotes feitos de couro retirado dos
animais que eles caçavam. Os seres humanos se reuniam em tribos, que eram
nômades, pois viviam de caça, pesca e coleta de frutas, havendo necessidade
constante de deslocamento para obtenção de alimentos. Ainda na Pré-história,
no Período Neolítico, já se realizava o cultivo de cereais e a criação de
rebanhos. Surgiram as primeiras civilizações no Crescente Fértil, região do
Oriente entre o Irã e o Egito. Logo surgiram as civilizações da Mesopotâmia e
do Oriente Próximo, que desenvolveram os tecidos de linho, e estes passaram
a substituir as peles de animais.
Na Pré-história, os nômades utilizavam saiotes feitos de couro retirado dos
animais que eles caçavam. Foto: reprodução.

“À medida que o homem foi deixando de ser nômade, o vestuário foi


evoluindo com a prática da agricultura. Com o linho, inicialmente, foram
feitos tecidos pela técnica da feltragem”, afirmam os professores da escola de
moda Sigbol Fashion, do curso Confecção de Saias, elaborado pelo CPT –
Centro de Produções Técnicas.
O vestuário de 6.500 a 400 a.C.
Entre 3.000 e 400 a.C. estão as principais fontes de informações sobre o
vestuário, na antiguidade. A informação vem de pinturas, vasos e esculturas,
que dão uma ideia aos pesquisadores de como eram as roupas e qual era
o papel da costura em cada época. Há quase cinquenta anos foi descoberta a
cidade de Çatal Huyuk na região Centro-sul da Turquia (entre os rios Tigre e
Eufrates), datada de 6.500 a.C, considerada a primeira civilização a se
preocupar com a vestimenta, por motivos também estéticos, valorizando muito
a profissão de costureiro. Antes dessa descoberta, pensava-se que os
sumérios e egípcios tivessem sido os primeiros a ter esse tipo de preocupação.
Cerca de 4.000 anos a.C, na mesma região entre os Rios Tigre e Eufrates,
chamada de Mesopotâmia, o povo sumeriano usava saiotes de pele.
Os mesopotâmios já conheciam a tecelagem, mas ainda utilizam peles para se
vestir.
No apogeu da cultura desses povos, a fibra mais utilizada para fabricação dos
tecidos era o algodão, além da lã e do linho. Nessa mesma época, no Egito, as
roupas e os complementos cumpriam a função de diferenciadores sociais,
distinguindo os nobres e as classes mais favorecidas dos pobres que, muitas
vezes, andavam nus. No período faraônico, que durou cerca de 3.000 anos,
poucas mudanças ocorreram no modo de vestir dos egípcios. Os tecidos eram
feitos de fibra natural vegetal,principalmente o linho. O algodão era menos
utilizado. As peças do vestuário consistiam basicamente em tangas e túnicas.
Entre os anos de 1750 e 1400 a.C, período da Antiguidade Clássica, em Creta,
eram utilizados os tecidos de linho, lã ou couro. As roupas femininas eram bem
diferenciadas das masculinas.

O vestuário entre os séculos VII e I a.C.

Na Grécia, cujo apogeu se deu entre os séculos VII e I a.C., a peça mais
característica da indumentária era o quíton, a túnica dos gregos, um retângulo
de tecido preso nos ombros e embaixo dos braços, com uma das laterais
fechadas e outra aberta. Quíton significa túnica de linho, sendo este o tecido
mais usado para sua confecção, apesar de empregarem, também, a lã. No
primeiro século a.C, em Roma, a vestimenta se constituía basicamente
da Toga, que recebeu influência de vestimentas típicas da Grécia e da Etrúria.
Usavam uma túnica e, sobre ela, a toga. Esta, por seu volume, evidenciava o
status social de quem a usava.

O vestuário na Idade Média

A Idade Média (séculos V a XV d.C.) trouxe uma série de diferenciações


no campo da costura. A habilidade dos artesãos fez com que
as roupas passassem a ser mais refinadas, costuradas de forma esmerada,
com aplicação de joias e pedrarias. Muitas túnicas feitas de algodão,
sobrepostas, faziam com que o nobre se sentisse confortável com os rigores do
inverno europeu. Nessa época, os povos bárbaros utilizavam roupas feitas de
linho, cânhamo e algodão, além do couro. Os tipos de vestimenta eram túnicas,
mantos e espécies de calças.
Por volta do Século XI d.C., em Bizâncio, a seda era o principal tecido
utilizado, sendo produzida na própria região, dispensando sua importação da
Índia e da China. Era um tecido destinado exclusivamente aos nobres e
ricos. A lã, o algodão e o linho também compunham a indumentária dos
bizantinos. Como em outras culturas, a roupa também era um fator de
diferenciação social. Quanto maior o prestígio, mais ornamentada ela era.
Eram usadas túnicas com mangas longas, para os dois sexos. O manto usado
sobre a túnica tinha influência romana.
O vestuário no Renascimento

O final da Idade Média e início do Renascimento foi um período muito


importante para a história do vestuário, pois surgiu nessa época o conceito de
moda. Os nobres da corte de Borgonha (na França) se incomodavam com as
cópias de suas roupas feitas pela classe social mais abastada, os burgueses.
Por isso, eles começaram a diferenciar cada vez mais as suas roupas, criando,
assim, um ciclo de criação e cópia. A moda surgiu como um diferenciador
social, diferenciador de sexos, pelo aspecto de valorização da individualidade e
com o caráter da sazonalidade, ou seja, os modelos duravam até que não eram
mais copiados. Quando isto acontecia, deveriam ser criados novos modelos.
No período do Renascimento, a indústria têxtil se desenvolveu muito.
Nas grandes cidades italianas foram elaborados tecidos de primeira qualidade,
como brocados, veludos, cetins e sedas. As roupas tornaram-se mais
requintadas, os ornamentos ganharam maior importância.
As roupas vinham costuradas com joias diversas. Nesse momento, a costura
se torna um empreendimento muito lucrativo. O vestuário masculino e
feminino acabou se igualando na riqueza de recortes e de ornamentos.

O vestuário no período Barroco

O período Barroco, no Século XVII, caracterizou-se por excessos,


com roupas volumosas, e pelo uso de rendas. No século XVIII, no período do
Iluminismo, com a arte Rococó, as roupas se encheram de babados, lacinhos e
flores. As roupas femininas eram muito volumosas. Após a Revolução
Francesa, no final do Século XVIII, as roupas passaram a ser mais práticas e
confortáveis. Ricos e pobres se vestiam da maneira mais despojada possível.
O gosto pelo retorno à natureza passou a ser uma constante.

O vestuário e a Revolução Industrial

Com a Revolução Industrial, na Inglaterra, os burgueses passaram a se


diferenciar das demais classes buscando roupas mais aprimoradas, e, para
isso, contratavam pessoas especializadas para garantir exclusividades em
suas roupas. No entanto, foi no período entre 1898 a 1910 que a indústria do
vestuário evoluiu, passando a produzir em massa, tanto na Inglaterra como na
América. Da mesma forma, houve um aumento do trabalho em domicilio, pois,
com as costureiras domésticas, as pessoas poderiam achar exclusividade, o
que não era possível nas fábricas.

O vestuário e o setor de negócios da moda

A Revolução Industrial fez com que surgisse o setor de negócios da


moda, que vive hoje momentos de grande ebulição. Atualmente indústria da
moda incorporou parte da diferenciação, mas aprofissão de costureira persiste.
Existe um grande número de pessoas que, por vários motivos, não abrem mão
de ter as suas roupas feitas sob medida por esta profissional. Além da
possibilidade de montar um ateliê, para fazer roupas sob medida, o costureiro
tem a possibilidade de se empregar em confecções de diversos portes. O setor
têxtil e de confecções é reconhecidamente um dos grandes geradores de
empregos no Brasil. Dessa forma, aprender a modelar, cortar e costurar pode
ser uma grande oportunidade para você se colocar no mercado de trabalho.

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