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ÍNDICE
DEDICATÓRIA 8
INTRODUÇÃO 10
CAPÍTULO IV - Lembranças 59
6
7
DEDICATÓRIA
8
9
INTRODUÇÃO
10
O que interessa destacar é o fato do trabalho científico ser
penoso. No intento de responder às questões que se lhe
apresentam o cientista precisa ir além da análise superficial.
As conclusões baseadas na observação imediata raramente
são as mais adequadas.
11
leva muitos a buscarem “respostas prontas”. Raciocinar é
trabalhoso, se temos quem pense por nós por que se
sacrificar?
12
Foi nesse mundo de magia e de mistério, que encontramos
uma das recentes incorporações: a lembrança de vidas
passadas.
13
Na parte inicial do livro, serão apresentadas apreciações
sobre embaraços da teoria reencarnacionista. Comentaremos
também as semelhanças e as contradições entre o espiritismo
e o regressionismo. As referências ao espiritismo são
cabíveis, visto que a maior parcela de usuários da regressão a
vidas passadas é constituída de kardecistas e, também
porque os conceitos teóricos regressionistas são tomados do
espiritismo.
14
Várias vezes a expressão “inconsciente” será encontrada
neste livro. Esta é uma palavra aceita universalmente quase
sem questionamentos. É preciso, porém, esclarecer que a
idéia de estar a mente dividida em duas grandes seções
(consciente e inconsciente) já não combina com as atuais
pesquisas neurológicas. Parece que a conceituação mais
adequada para a mente seria a de um grande mecanismo,
composto por submecanismos agindo harmoniosamente entre
si. Imagine uma complexa máquina, constituída de diversos
circuitos interdependentes. Conforme a circunstância alguns
desses circuitos estarão mais ativos que outros. Certas partes
da mente operam sempre em segundo plano, ou seja, seu
trabalho não é percebido conscientemente (daí a idéia de que
trabalhem desconectadas da consciência). Por não fazer parte
dos objetivos do presente trabalho, não ampliaremos o tema.
M.Montalvão.
15
16
CAPÍTULO 1
Observação:
17
mente de forma adequada e direcioná-la para o objetivo
proposto:
- Não sei...Espanha?...
18
- Tem alguém com você?
- E o que acontece?
19
Depois de plenamente consciente, o paciente e o
terapeuta avaliam a experiência. Uma das
queixas do consultante era uma terrível dor nas
costas, que se manifestava quando sob tensão,
quanto maior a ansiedade tanto maior a dor.
Diversos médicos o examinaram; várias sessões
de fisioterapia realizadas, no entanto o distúrbio
permanecia. O psicoterapeuta apresenta suas
conclusões:
20
para os transtornos psíquicos pelos quais passam, ou até
mesmo solucionar problemas físicos.
21
pouco se falou do assunto até a década de 1950.
Diferentemente das práticas regressionistas da atualidade,
nas quais as lembranças são numerosas e abrangem
longos períodos, Albert Rochas era moderado no trato
do assunto. Diz-se que o francês postulou que a regressão
seria possível a até no máximo cinco vidas passadas.
22
→ A regressão da memória à vida intra-uterina é
prática adotada por vários terapeutas,
entretanto não é aceita pelas escolas
tradicionais da psicologia. Estas não concordam
com a idéia de que o feto tenha memória. Veja
no capítulo 11 comentários mais amplos.
23
Os praticantes da TVP são geralmente psicólogos, uns
poucos são especializados em outras áreas da medicina.
No Brasil, existe pelos menos duas organizações que
congregam os regressionistas:
24
2
que transcende aos estudados até agora e que,
quando bem acessado pela técnica de regressão
de memória, permite levar o paciente a entrar em
contato com lembranças quer relacionadas a
fatos da vida atual, quer relacionadas a
existências pregressas do mesmo e que tenham
estreita ligação com seus problemas psíquicos
e/ou somáticos do momento presente. Esse
acesso é possível pela criação de um estado
alterado de consciência, mas sem a necessidade
do uso da hipnose."
1
→ O texto fala em “hipótese científica da
reencarnação”. Aqui há exagero: a reencarnação
é uma possível explicações para as lembranças
de outras vidas. Porém, dificuldades filosóficas
e científicas surgem quando se analisa a idéia.
Alguns espíritas acreditam que a confirmação
científica da reencarnação se dará nos próximos
anos; outros são mais otimistas: declaram que a
ciência já ratifica a multiplicidade de vidas. Por
enquanto, o que há de concreto é a esperança
dos adeptos de que a reencarnação um dia seja
reconhecida como um fato científico.
2
→ É interessante destacar que a TVP concebe a
existência de um inconsciente com
características diferentes do das teorias em
voga. O regressionismo necessita de uma
idealização particularizada da parte oculta da
mente, que vá além das teses atuais, e até mais
extensa que noções míticas, como a do
“inconsciente coletivo”, de Jung. Isto porque, as
25
conceituações clássicas não dão suporte a idéia
de que se possa recordar vidas passadas.
__________________________________
26
“Terapia das VIDAS PASSADAS
...
Uma viagem no tempo para desatar os nós do
inconsciente e ficar livre para a evolução. Assim,
a terapeuta Célia Resende resume o objetivo da
terapia de vidas passadas, cada vez mais
procurada, não só por espiritualistas, mas
também por judeus e católicos, segundo ela.
...
27
distúrbios do espírito, ou seja, quase todos, são
provenientes de tropeços ocorridos em vidas passadas. Na
visão dos regressionistas as teorizações clássicas sobre a
personalidade estariam fundamentalmente equivocadas
ou incompletas, visto que não levariam em conta a
"verdadeira" origem dos problemas psíquicos.
28
CAPÍTULO 2
29
reencarnação. É no mínimo curioso a
existência de uma concepção espiritista que
não adote o reencarnacionismo, considerando
ser a reencarnação um dos pilares do
espiritismo, mas é o que sucede: os espíritos
que visitam os médiuns ingleses quando se
pronunciam sobre a reencarnação declaram-na
uma fraude.
30
notadamente ao kardecismo, pois é esta modalidade de
espiritismo que defende a multiplicidade de vidas.
31
PROVAS CIENTÍFICAS DA REENCARNAÇÃO
32
passado, recordação anterior da alma."
(Reencarnação, Evidências e
Fundamentos – Centro Espírita Celeiro de
Luz).
33
É fácil encontrar formas de “esclarecer” a existência de
gênios precoces...O que não se pode dizer é que tais
postulações sejam de cunho científico.
34
um emaranhado de interações, ocasionalmente
concentram-se nalgumas pessoas de forma vantajosa,
dando-lhes capacidade intelectual ou artística acima dos
padrões usuais.
35
Reencarnações numerosas, que dariam a algumas almas
dianteira intelectual sobre outras, é uma suposição muito
incerta para ser acatada como viável. A questão dos
gênios precoces quando vista de forma ampla, se torna
um argumento contrário à reencarnação em vez de
favorável. Vejamos:
36
instrumento musical com mestria sem nunca
terem estudado música. Existem relatos sobre
crianças que ao primeiro contato com um piano
interpretaram composições de elevada
complexidade. Jovens em tenra idade tão logo
tiveram acesso a pincel e tinta pintaram como
artistas veteranos. Adolescentes que mal sabem
ler efetuam cálculos matemáticos complicados
com a velocidade de um computador. O
espantoso é que boa parte dessas criaturas
prodigiosas possuem graves distúrbios mentais.
Algumas são tão retardadas que não podem fazer
muita coisa sozinhas. Fora do circuito onde
manifestam talentos não têm a menor capacidade
intelectual, são completamente incompetentes
para levar uma vida normal. Fica difícil justificar a
tese das variadas encarnações quando se leva
em conta os gênios idiotas.
37
DIFICULDADES...
1. o balanço populacional;
O Balanço Populacional
38
fazem é adentrar num novo corpo logo que lhes chegue a
vez de reencarnar. E assim, encarnando vida após vida, e
progredindo, chegam ao ponto ideal, à perfeição, quando
estarão livres dos retornos periódicos à carne.
39
destinada ao recolhimento de exilados de outros
planetas, entre eles ‘Capela’. Várias fontes
espiritualistas confirmam a existência de Capela e
registram a imigração depois de ter ocorrido um
processo seletivo na população daquele planeta
seguido de explosão. Os seres menos evoluídos
ou que resistiram em evoluir foram enviados para
cá. Antes, durante e depois dessa decisão a
engenharia cósmica teve que elaborar estudos no
sentido de melhor acomodar os exilados e devido
à densidade vibratória do Planeta teve que
desenvolver uma criatura que acomodasse os
espíritos exilados. Essa ‘limpeza’ já está
acontecendo na Terra, gradativamente. Talvez
seja isso que muitas seitas profetizam como ‘juízo
final’.” (José Joacir dos Santos - jornalista e
terapeuta holístico)
___________________
40
atrofiados. Enfim, todos seguiram por caminhos
diferentes, mas tiveram oportunidades para
aprender as mesmas lições.” (“Exilados na
Terra – Nathalia Leite)
41
seres corpóreos, mas simplesmente um lugar de
reunião dos Espíritos superiores, os quais de lá
irradiam seus pensamentos para os outros
mundos, que eles dirigem por intermédio de
Espíritos menos elevados, transmitindo-os a
estes por meio do fluido universal. Considerado
do ponto de vista da sua constituição física, o Sol
seria um foco na alma primitiva, a inteligência e a
vida se acham no estado de gérmen."
(Livro dos Espíritos – questão 188 - Allan
Kardec).
42
almas. Allan Kardec declarou que o sol era
utilizado como “ponto de reunião” de espíritos.
Estas idéias não são apoiadas pelas pesquisas
astronômicas.
43
Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não
fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos
lugar.
E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez,
e vos tomarei para mim mesmo, para que onde
eu estiver estejais vós também.
E para onde eu vou vós conheceis o caminho.
Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para
onde vais; e como podemos saber o caminho?
Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a
verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão
por mim. ...”
44
Maria o brindara com notícias minuciosas sobre o planeta
Saturno. O que deu origem à obra intitulada “A Vida em
Saturno”, em cuja introdução lemos:
45
Diamantino Coelho é respeitado no meio espírita e seus
livros ainda vendem bastante. No texto acima vimos que
ele intitula um livro de sua autoria de “a obra mediúnica
mais importante do século”.
46
devastadores furacões e tufões terrestres parecerem brisas
amenas. Diamantino não explica como os saturninos
enfrentam as furiosas ventanias. Caso houvesse vida em
Saturno - possibilidade que a ciência descarta - os que lá
vivessem seriam tão diferentes de nós que talvez nem os
reconhecêssemos como seres vivos. Jamais poderiam ser
como afiançou o médium: “corpos físicos muito
semelhantes aos da Terra, apenas um pouco mais leves,
porque constituídos de matéria mais rarefeita”.
47
Em conseqüência, os seres que se acreditava vivessem
nos astros do sistema solar, misteriosamente “sumiram”.
Somente alguns renitentes acreditam haver vida nos
planetas próximos à Terra e, por conta dessa insustentável
crença, continuam a receber “informações”. Outros
médiuns passaram a fazer contatos com moradores de
estrelas distantes...
48
EVOLUÇÃO DAS ALMAS
49
→ A teoria da evolução das almas não é muito
firme. Ela postula que as almas foram criadas
“simples” e dotadas de livre-arbítrio para
procurarem o que lhes conviesse, ou o bem ou
o mal. A levar em conta a tese, a maioria dos
seres opta pelo mal e atrasa enormemente sua
caminhada evolucionista. A confusão é tal que
convivem no mesmo plano espíritos de alto
nível moral juntamente com outros no mais
baixo nível da barbárie. Isso fere a lógica da
teoria, pois seria esperável que as almas
buscassem ardentemente o bem.
50
CAPÍTULO 3
51
reencarnação, que é a doutrina mais lógica que
existe. Porém, a maioria dos dirigentes religiosos
cristãos prefere defender seus interesses
particulares a aceitarem o óbvio. Sabe-se,
todavia, que muitos pastores, padres e bispos
submetem-se sigilosamente à TVP. E o certo é
que a reencarnação está em várias partes da
Bíblia, como lemos em Jó 8,9: “Somos de ontem,
e nada sabemos”. Mas esses dirigentes religiosos
vão chegar lá! Depois de mais de 300 anos do
Heliocentrismo, a Igreja acabou reconhecendo
oficialmente que Galileu estava certo, tirando
dele, recentemente, a excomunhão!
A TVP é uma realidade científica, e não religiosa.
E conta hoje com o aval internacional de grandes
representantes da ciência, como os americanos:
psiquiatras Dr. Morris Netherton, Dr. Brian Weiss,
Dra. Helen Wambach e Dr. Roger Woolger, e
psicólogos Dr. Bruce Goldberg e Dr. Ken Wilber,
um junguiano que revoluciona a Psicologia
Moderna, e autor de “O Espectro da
Consciência”; o psiquiatra inglês Alexandre
Cannon, que relutou durante 50 anos em aceitar
a reencarnação, e que comanda uma equipe de
70 terapeutas que já fizeram, em conjunto, mais
de um milhão de regressões; o canadense Dr.
Joel Whitton, Catedrático de Psicologia da
Universidade de Toronto, Canadá; e o alemão Dr.
T. Dethlefsen, Catedrático de Psicologia da
Universidade de Munique, Alemanha. Obras de
TVP desses eminentes cientistas e de outros
estão editadas em várias línguas em todo o
mundo.
No Brasil temos as psiquiatras Dra. Maria
Teodora, da UNICAMP, com vários cursos de
TVP nos Estados Unidos, autora de “Os
Viajantes”, e Presidente da SBTVP (Sociedade
Brasileira de TVP), Campinas, SP, e a Dra. Maria
52
Aparecida Siqueira Fontana, Presidente da
ANTVP (Associação Nacional de TVP),
Campinas, SP, e muitos outros grandes médicos
e psicólogos de todos os Estados brasileiros que
o espaço não nos permite citar aqui.
Podem fazer o curso de TVP médicos e
psicólogos. Locais: na SBTVP, em Campinas, no
INTVP (Instituto Nacional de TVP), no Rio de
Janeiro, e na ANTVP, em Campinas e Belo
Horizonte, onde tem início uma turma, de
fevereiro de 2003 a julho de 2004. Informações
com os terapeutas Dr. Luís Carlos Fróis: (031)
3213-8499 e Dr. Luís Carlos Braga: (031) 3222
6596.
A TVP está curando as pessoas de seus males
provenientes não só de um passado propínquo,
mas também de um passado longínquo. É a nova
era da medicina. A era da TVP! (Autor do livro
“A Reencarnação Segundo a Bíblia e a
Ciência”)
53
afirma que a TVP é superior a qualquer outra técnica
médica.
54
Traumas e bloqueios que limitam ou impedem o
desenvolvimento pessoal, profissional ou
emocional.
Compulsões, vícios, manias, comportamento
autodestrutivo.
Ansiedade, angústia, depressão, apatia, tristeza
crônica.
Ciúmes, possessividade, desconfiança.
Problemas de relacionamento familiar, conjugal,
social ou profissional. Relacionamentos difíceis,
dolorosos, entre marido e mulher, pais e filhos,
entre irmãos, etc.
Carência afetiva, medo da solidão, da rejeição e
do abandono.
Sentimentos bloqueados.
Aversões diversas, contrariedades, revolta,
impulsividade, agressividade, perda de controle.
Dificuldades financeiras, dificuldade para
concretizar e atingir objetivos.
Preocupação excessiva com o futuro.”
(www.eradourada.com.br/)
55
unicamente pela paixão. Não acontece a prática de uma
boa medicina, a empolgação dos adeptos os leva a
valorizar excessivamente um método eivado de
incertezas.
56
“Meus braços estavam arrepiados, Catherine não
podia conhecer aqueles dados. Não havia nem
onde buscá-los...Era muita coisa, muitas
informações específicas...E se ela podia revelar
essas verdades, o que mais havia? Eu precisava
saber mais...
Quem, gaguejei, quem está aí? Quem lhe diz
estas coisas?
‘Os mestres’, sussurrou ela, ‘os Espíritos Mestres
me dizem. Eles me dizem que vivi oitenta e seis
vezes em estado físico.’
Minha vida jamais voltaria a ser a mesma. Uma
mão descera e alterara irreversivelmente seu
curso. Todas as minhas leituras, feitas com um
cuidadoso espírito escrutinador e neutralidade
cética, se encaixavam. As lembranças e
mensagens de Catherine eram verdadeiras.
Minhas intuições sobre a exatidão de suas
experiências estavam corretas. Eu tinha fatos.
Tinha a prova.” (Muitas Vidas, Muitos
Mestres – Brian Weiss)
__________________________________
57
completar o trabalho, muitas vezes de
imobilização do obsessor, numa forte rede
magnética.” (TERAPIA DE VIDAS
PASSADAS – Célia Resende)
58
CAPÍTULO 4
Lembranças...
59
"TERAPIA DE VIDA PASSADA: DOENÇAS E
CURA
__________________________________
60
“A tvp atua fora dos limites do espaço e do
tempo fazendo um trabalho de arqueologia da
alma, buscando a origem das dificuldades que
afligem a nossa vida. Esse procedimento visa à
retirada das camadas de defesa cristalizadas
sobre a memória, uma após a outra, ao longo de
várias encarnações. ...Com a regressão e terapia
de vidas passadas, podemos dissolver os
nódulos kármicos, liberando o fluxo de energia
retido no passado e, assim, aumentar potencial
que conduz a uma qualidade de vida melhor."
(CÉLIA RESENDE – Terapia de Vidas
Passadas).
__________________________________
61
As lembrança de outras vidas são consideradas altamente
saudáveis pelos praticantes da regressão.
__________________________________
62
dado ter uma intuição dos acontecimentos
passados, essa intuição é como a lembrança de
um sonho fugitivo." (A GÊNESE, Os Milagres e
as Predições Segundo o Espiritismo).
__________________________________
63
Os espíritas que aderiram ao regressionismo parecem não
perceber que essa tese agride uma das premissas do
kardecismo: o esquecimento das existências pregressas.
Não sabemos como conseguirão harmonizar o conflito. É
difícil conciliar teses antagônicas: uma idéia anula a
outra...
64
CAPÍTULO 5
65
A cada comando que eu dava, ela seguia em
silêncio e com contrações musculares, tentando
desta vez não abrir a boca, como fizera no
passado. Durante quase uma hora, qualquer
comando era recusado com silêncio, até que
percebi o que estava acontecendo e decidi
comunicar-lhe que ela não precisava responder a
mais nada. Poderia permanecer calada por
quantas sessões quisesse. Assim consegui
vencer o bloqueio causado pela fusão das
vivências do trauma do interrogatório, que no
presente ela tentava compensar com o silêncio,
mudando a realidade para não se sentir traidor.
66
Célia Resende investiga o caso e descobre que a moça
fora um revolucionário (um homem) durante a Revolução
Francesa. A versão masculina de Adélia, havia sido
preso e torturado, terminando por delatar os
companheiros e por isso recebera a pecha de traidor.
67
assemelhadas a sonhos que a informações
reais. Somente poucas narrativas trazem
informes substanciais que permitam uma
averiguação da suposta revivência. Na
maioria das lembranças não são
apresentados dados importantes para a
identificação da personalidade pretérita. Se
alguém está a recordar uma vida passada,
deveria recordar em detalhes quem foi.
Sonhar com um roteiro vago, pouco
detalhado, põe sob suspeição a realidade das
lembranças.
68
A terapeuta identificou na vida passada de Adélia uma
personalidade masculina, que vivera durante a
Revolução Francesa e participara de um grupo
revolucionário. Entretanto, a moça (na ocasião encarnada
num homem) não tivera sorte como agitador: foi preso e
torturado, o que o levou a denunciar seus amigos.
69
Mais uma questão: da Revolução Francesa até hoje
decorreram mais de duzentos anos. Imaginando-se que a
reencarnação fosse real, seria de supor que Adélia
houvesse voltado à vida algumas vezes. Mesmo assim,
ainda não conseguira solucionar a pendência psíquica! A
moça carregava o fardo traumático de uma falsa acusação
e passados dois séculos o problema permanecia nela
enraizado!
70
resultados, sem necessidade de recorrer a sonhos de
vidas passadas.
71
O "nó cármico" de Adélia jamais poderia acontecer, visto
que ela, no Além, haveria de realizar um retrospecto de
sua vida e resolvido a seqüela da falsa acusação.
72
CAPÍTULO 6
Brian Weiss
73
famosa “Muitas Vidas, muitos mestres” teve milhões de
exemplares distribuídos em todo o mundo.
74
“Depois de formar-me com distinção pela
Universidade de Colúmbia e de terminar o meu
curso na Faculdade de Medicina da Universidade
de Yale, fui também residente nos hospitais de
ensino da Universidade de Pittsburgh e da
Universidade de Miami. Nos onze anos seguinte,
dirigi o Departamento de Psiquiatria do Hospital
Mount Sinai, de Miami. A essa altura, eu havia
escrito muitos estudos científicos, publicado
artigos e estava no auge de minha carreira
acadêmica.” (SÓ O AMOR É REAL – Brian
Weiss)
"Eu o considero um autor sério. Ele tem um
currículo excelente" (Walter Negrão -
empresário)
75
“Médico diplomado pela Universidade de Yale,
com especialização em psiquiatria na
Universidade de Columbia, Dr. Brian Weiss, 51
anos, foi professor em várias faculdades
americanas de medicina e publicou mais de
quarenta ensaios científicos nas áreas de
psicofarmacologia, química cerebral, distúrbios do
sono, depressão, estados de ansiedade,
distúrbios causados pelo abuso de drogas e mal
de Alzheimer. Diretor emérito do Departamento
de Psiquiatria do Mount Sinai Hospital, em Miami,
Sr. Weiss viaja constantemente para dar
palestras e promover workshops baseados em
seu trabalho. Escreve para várias publicações
acadêmicas, jornais e revistas como The Boston
Globe, The Miami Herald, The Chicago Tribune e
The Philadelphia Inquirer, entre outros.”
(Divulgação dos Livros de Brian Weiss, na
internet.)
76
A ADESÃO DE BRIAN WEISS AO
REGRESSIONISMO
77
Pasmado, ouviu Catherine falar de fatos acontecidos com
outra pessoa, que vivera muitos anos antes da atualidade.
A jovem discursava como se houvera sido aquela
personagem!
78
‘Árvores e uma estrada de pedras...Meus cabelos
são louros...Estou usando uma roupa marrom
longa, de tecido áspero e sandálias. Tenho vinte
e cinco anos. Tenho uma filha chamada
Cleastra...Ela é Raquel (Raquel era atualmente
sua sobrinha...)...’
79
‘Você é meu professor...Você nos ensina com
livros. É velho e tem os cabelos grisalhos...Veste
uma roupa branca (toga) com arremates
dourados...Seu nome é Diógenes. Você nos
ensina símbolos, triângulos. É muito sábio, mas
eu não compreendo. O ano é o de 1568 a.C.’
80
A reação do Dr. Brian diante do que ouviu de sua
paciente foi de confusão e espanto. Essa atitude é de
causar admiração, visto que advém de um psiquiatra,
conhecedor das nuanças da mente.
81
BRIAN WEISS CONFUSO...
82
A hipnose pode levar o paciente a responder à sugestão
com fantasias: inconscientemente simula ter vivido uma
aventura que não aconteceu. Quando o paciente aceita
sem reservas a indução que o terapeuta lhe faz, torna-se
cooperativo e pode criar fabulações com facilidade. Se
não houver uma resistência mental forte (por exemplo:
preconceitos enraizados, convicções morais), o paciente
acatará as palavras do hipnotizador e responderá
sonhativamente ao que lhe for apresentado.
83
dividida em dois segmentos: consciente e
inconsciente; outros são reservados quanto
à essa idéia. A questão maior é que o termo
"inconsciente" se presta a diversas
idealizações mais chegadas ao mundo da
fantasia que a uma concepção plausível.
Entretanto, para efeito de explicação do
que aqui se propõe, utilizaremos a
expressão.
84
Os psicólogos e psiquiatras que recorrem à hipnose
geralmente fazem-no com as cautelas adequadas, a fim de
evitar que fantasias desviem o rumo do tratamento.
Entretanto, parece os terapeutas regressionistas são
menos rigorosos.
85
um trauma específico, ou, caso exista, pode estar perdido
nas brumas do passado e ser de difícil recuperação. Todas
essas situações devem ser levadas em conta por quem
utiliza a hipnose terapeuticamente.
86
disso”. Podemos dizer que a utilização do hipnotismo
como ferramenta auxiliar na psicoterapia tem indicações
definidas: em algumas aplicações os efeitos positivos são
palpáveis, em outras os resultados são discutíveis.
Lembramos também que Freud durante algum tempo fez
uso da hipnose no processo psicanalítico e depois
abandonou o procedimento.
87
“EU NÃO ACREDITAVA EM REENCARNAÇÃO”...
(Brian Weiss)
88
havia lógica em indagar a uma criança de dois anos em
que data se encontrava. Notem que, segundo o próprio
médico, até aquele instante a idéia de reencarnação não
lhe passara pela cabeça. Portanto, ele estaria dirigindo a
indagação a uma menina com dois anos de idade. Sem
que a hipótese reencarnacionista estivesse presente na
mente do médico a pergunta fica sem sentido.
89
já estava plenamente receptiva ao
regressionismo.
90
A PRODIGIOSA MEMÓRIA DE CATHERINE
91
de elaborar um complexo exercício matemático, conhecer
os variados calendários utilizados em diversos períodos
da história e ser bastante versada em História antiga para
poder estabelecer precisamente as épocas ― observe-se
que as referências às datas são minuciosas: 1863 a.C.;
1568 a.C.
92
O profissional atira-se cegamente no contexto imaginário
que a paciente lhe apresenta: logo quis saber se estivera
presente em alguma das vidas da moça. Observa-se
claramente a propensão ao esoterismo e o abandono da
prudência, que deve estar presente quando se avalia um
fato incomum. Somos levados a inferir que Brian Weiss
precisava de alguém como Catherine, para extravasar
seus devaneios místicos e a jovem, plenamente receptiva,
deu ao médico as respostas que ele almejava...
93
‘Vejo uma escadaria branca, que sobe até uma
construção, um grande prédio branco com
colunas, aberto na frente...Estou usando uma
roupa comprida...uma túnica feita de pano
grosseiro...’
94
esquadrinhado o panorama descrito por ela é que a
“resposta” apareceu.
95
Não sabemos se essa teria sido a primeira “encarnação”
da moça, mas deve estar dentre suas vidas iniciais.
Deduzimos isso com base nas declarações dos
“mestres”, que revelaram a Catherine que ela vivera 86
vezes ―(os mestres são personagens que surgem como que
do nada e passam a participar do trabalho terapêutico) :
Por que será que o Dr. Brian não se perguntou como pôde
Catherine enraizar um trauma durante tantas existências?!
96
Uma dor que se agarre à alma de alguém por tantas
“encarnações”, põe por terra a idéia de que os espíritos
progridam nas diversas vidas.
“TERAPIA DE VIDAS
97
partes do aprendizado que teve maior dificuldade,
dos objetivos que não conseguiu atingir e do que
necessita, ainda, desenvolver ou aperfeiçoar.
Com base nisto tudo e com a orientação destes
conselheiros é elaborado o projeto de uma nova
existência. Este projeto também pode ser
chamado de missão da alma ou de destino...”
(http://www.eradourada.com.br)
98
CAPÍTULO 7
Mais Dúvidas
99
“Vivemos num vale. A região é árida, quente e
arenosa. Existe um poço, nenhum rio. A água
vem das montanhas até o vale.” (Muitas Vidas,
Muitos Mestres, págs.27,28)
100
“...Estou feliz...Meu pai está lá...ele me
abraça...Há oliveiras e figueiras no pátio. As
pessoas escrevem em pedaços de papel. São
rabiscos engraçados, como letras...É 1536 a.C."
(Muitas Vidas, Muitos Mestres, pág. 36)
101
fabulava com as poucas e superficiais informações que
lera ou ouvira sobre civilizações do passado.
102
BRIAN WEISS DESLUMBRADO...
103
‘Seu pai está aqui e o seu filho, que é pequeno.
Seu pai diz que você o reconhecerá porque ele
se chama Avrom e seu filho tem o mesmo nome.
Ele morreu do coração. O coração de seu filho
também era importante, porque estava invertido,
como o de uma galinha. Ele fez um grande
sacrifício de amor a você. A alma dele é muito
1
evoluída...Sua morte pagou as dívidas dos pais .
Ele também quis lhe mostrar que a medicina tem
limites, que seu campo de ação é muito
limitado.'...
1
→ Observa-se no discurso do “mestre” um
acontecimento comum em contatos mediúnicos: os
espíritos respondem conforme a crença dos
receptores. Em ambiente onde se creia na
reencarnação, as almas falam positivamente do
assunto; num meio onde a reencarnação não seja
aceita, os espíritos a condenam. No caso presente,
Brian Weiss, ou Catherine, acredita que uma pessoa
possa pagar dívidas cármicas de outras, desse modo,
os mestres se pronunciaram favoravelmente ao
assunto.
104
‘Os mestres’, sussurrou ela, ‘os Espíritos Mestres
me dizem. Eles me dizem que vivi oitenta e seis
vezes em estado físico.’
105
A resposta veio na voz profunda do Mestre
poeta...
106
Esta conclusão é um tremendo engano!
107
“Minha vida jamais voltaria a ser a mesma. Uma
mão descera e alterara irreversivelmente seu
curso. Todas as minhas leituras, feitas com um
cuidadoso espírito escrutinador e neutralidade
cética, se encaixavam. As lembranças e
mensagens de Catherine eram verdadeiras.
Minhas intuições sobre a exatidão de suas
experiências estavam corretas. Eu tinha fatos.
Tinha a prova...” (Brian Weiss)
108
“Aparentemente a intuição me revela o ser
profundo das coisas, ao passo que a ciência
discursiva substitui a realidade sensível
conhecida intuitivamente, por equações
abstratas, por sistemas de relações entre
símbolos de caráter puramente artificial. Mas
essa aparência é enganosa. A intuição sensível é
que é falsa, pois não me revela o mundo em si
mesmo, já que é relativa aos meus órgãos
sensoriais, puramente subjetivos. O raciocínio
científico é que é verdadeiro, porque me permite
descobrir relações objetivas entre os fenômenos,
graças aos pacientes rodeios dos processos
discursivos...por outro lado, é preciso não
esquecer que as intuições mais válidas...,
freqüentemente, são a recompensa de um
paciente trabalho discursivo. E é necessário,
ainda, que a intuição seja controlada, verificada
em seguida por operações discursivas. Se o
discurso é mais lento, ele é mais seguro que a
intuição...O discurso não é um obstáculo à
intuição autêntica, mas...é a sua condição de
existência e sempre a garantia de sua validade.”
(Compêndio Moderno de Filosofia – Denis
Huisman e André Vergez)
109
A Hiperestesia
110
→ Há quem entenda a hiperestesia de outra
maneira: pelo menos parte das percepções não
resultaria de exaltação sensorial, sim de uma
capacidade aprimorada de “ler” as mensagens do
corpo. Quando comunicamos verbalmente com
alguém, além das palavras, passamos impressões
sutis por meio de gestos e expressões. Alguns
teriam o dom de traduzir essa linguagem de
segundo plano e assim perceber coisas que
normalmente os interlocutores não notam.
111
previamente armazenadas em sua mente, ou enquadra-se
no âmbito das chamadas manifestações hiperestésicas.
112
Fernandes, Uri Geller, e outros, estão faltando com a
verdade.
113
CAPÍTULO 8
Distanciado da Ciência
114
...Não tenho certeza do que aconteceu naquele
dia. Talvez Íris, inconscientemente, tenha usado a
telepatia e 'lido' a mente de Catherine, já que as
vidas passadas estavam em seu subconsciente.
Ou, quem sabe, ela realmente fosse capaz de
reconhecer este tipo de informação, através de
alguma capacidade mediúnica. Em todo caso,
aconteceu, as duas obtiveram o mesmo
conhecimento por meios diferentes. O que
Catherine alcançou através da regressão
hipnótica, Íris conseguiu através de canais
mediúnicos."
115
A avaliação do resultado da entrevista, feita pelo médico,
nos confunde: inicialmente supõe que Íris seja telepata,
depois decide que tenha utilizado "canais mediúnicos".
São opções bastante diferenciadas para serem aplicadas
em sistema de múltipla escolha. Não parece que Brian
Weiss tenha utilizado seu propalado espírito escrutinador
neste caso.
116
análise científica. Os esporádicos resultados corretos que
os mapas astrais apresentam são estatisticamente
irrelevantes. Os astrólogos intitulam o que praticam de
ciência, entretanto a declaração não corresponde à
realidade.
117
Respeita-se a dedicação de muitos astrólogos sinceros, no
entanto, é inegável que a astrologia está alicerçada no
vácuo.
118
coerentes. Talvez isso explique o sucesso dos horóscopos
de jornais e revistas.
119
influência dos corpos celestes. Ao nascer, a
pessoa já teria suas características definidas, pois
teria estado nove meses sob a ação dos astros.
2. somente alguns astros são capazes de nos
sensibilizar. A astrologia considera cinco dos
nove planetas do sistema solar, mais a lua, o sol e
algumas outras estrelas como determinadores
dos destino. Os demais objetos celestes, que
perfazem um número imenso, são menosprezados.
Entretanto, todos os astros do universo possuem
idênticas características, portanto seriam
passíveis de exercer sobre nós alguma ação .
3. é difícil entender (e explicar) como poderia um
planeta ou uma estrela situada a enorme
distância influenciar nossas vidas.
120
válidas se contassem com completas e corretas
declarações. Na realidade tal não acontece. Os perfis
astrológicos baseiam-se em considerações genéricas, que
podem se aplicar a muita gente. Por exemplo, a frase,
"você procura a verdade, mas, às vezes, recorre à mentira
para se livrar de situações embaraçosas". A quantas
pessoas, nascidas sob quaisquer signos, tal descrição não
se aplicaria?
Brian Weiss não leva em conta as fragilidades da
astrologia e, empolgado com as "revelações" da
astróloga, exclama: "...Eu estava fascinado com a
exatidão de detalhes desses fatos descritos por Íris..."
Não é informado sobre como Íris Saltzman conseguiu
sondar a mente de Catherine. No papel de astróloga lhe
caberia elaborar o mapa astral da consulente. Entretanto,
mapas astrais, ao que se saiba, não revelam vidas
passadas. Resta, então, supor que Íris tenha utilizado seu
outro talento: "os canais mediúnicos", seja lá o que isso
signifique. Na melhor das hipóteses, poderíamos admitir
que Íris fosse uma sensitiva e percebeu as emoções de
Catherine. No entanto, o mais provável é que tenha
habilmente interrogado a moça e, com base nas
informações colhidas, feito a "revelação". Muitos
videntes são admiravelmente habilidosos nesse
procedimento.
121
A PARAPSICOLOGIA
122
Há quem confunda espiritismo com parapsicologia. São
coisas bem diferentes. Provavelmente a confusão
aconteça porque muitos médiuns se auto-intitulem
"parapsicólogos" ou "paranormais". Na década de 1970 o
termo parapsicologia começou a se popularizar. A
maioria dos esotéricos que publicavam anúncios nos
jornais, oferecendo serviços de contato com o além,
passaram a se apresentar como praticantes dessa ciência,
provavelmente no intuito de dar maior legitimidade às
suas atividades. Até hoje ainda se encontra quem
considere que Parapsicologia e mediunidade sejam a
mesma coisa.
123
A maior dificuldade que enfrenta a Parapsicologia é a
pesquisa dos fenômenos. Estes ocorrem fora do controle
quem pretensamente os manifesta. Não se pode prever
quando haverá um evento, o que obstaculiza a
investigação técnica. Se o fenômeno não é controlável,
deixa de fazer parte dos que podem ser pesquisados
cientificamente, pelo menos assim entendem os que
descartam a validade das averiguações parapsicológicas.
124
almas dos mortos. A atividade foi batizada de
transcomunicação instrumental.
125
na mente dos empedernidamente céticos. No entanto,
conforme vimos sinteticamente, o conceito de
comunicabilidade interdimensional está eivado de pontos
não esclarecidos.
126
invejável. Por isso, ficamos pasmados ante a fragilidade
de suas considerações.
127
MAIS PODEROSA QUE A MEDICINA
MODERNA...
128
confiáveis, pelo exagero com que exaltam o potencial
curativo desse pretenso método terapêutico. São palavras
de Brian Weiss:
129
janela anos de estudos e acatasse as histórias de sua
paciente como verazes!
Observar o fato;
Questionar o problema;
Tirar as conclusões .
130
→ Grupo de controle : grupo mantido nas condições
anteriores à experiência , usado para verificar o
resultado do experimento. Há situações em que não
seria possível a utilização dessa ferramenta, por
exemplo, no estudo de fenômenos parapsicológicos, que
são produzidos independentemente da vontade de quem
os apresenta. Em casos assim o método de avaliação
será um pouco diferente.
131
→ De doze pacientes tratados com a nova metodologia,
nenhum era psicótico, alucinado ou possuidor de
múltiplas personalidades. Eram pessoas não dadas a
simular o que sentiam (o que poderia confundir o
resultado do trabalho). Porém, surge a dúvida: e se o
doente for psicótico, alucinado ou dissimulador? O Dr.
Brian insinua que nesses casos a terapia regressionista
não deve ser utilizada. Ora, isso significa uma grande
limitação à TVP. Então, por que foi dito que a terapia é
superior aos métodos psiquiátricos convencionais e
superior até mesmo à medicina moderna?
132
CAPÍTULO 9
Almas Gêmeas
133
fossem acompanhados pelo Dr. Brian. O terapeuta
casualmente descobriu a identificação entre o casal e
cuidou de dar uma ajuda aos acontecimentos. No final,
como toda boa história, os dois se encontraram e a
paixão nasceu...
134
Se formos estender o assunto, considerando que nem
todas as almas são gêmeas (ou seja, nem todas se
relacionam harmoniosamente) é possível conceber
algumas combinações dramáticas, vejamos algumas:
135
“Quando terminei de fazer a contagem regressiva
de dez para um, Elizabeth já estava em profundo
transe hipnótico...
- Sabe o ano?
...
...
136
- Olhe bem no rosto dele...Vê neles algum
conhecido em sua vida atual?
...
...
137
- Como conseguem?
...
...
...
138
...
- E o filho?...
139
compreendem...” (Só o Amor é Real, págs.
143-152)
140
segredo...prometeu-me...já me explicou muitas
coisas...Disse-me que estão tentando ressuscitar
pessoas que morreram há pouco tempo!
...
141
o governador topava uma situação dessas? São mistérios
que somente o Dr. Brian Weiss poderia esclarecer...mas
que não esclarece...
- Sabe o ano?
...
142
- Agora, o meu irmão e eu somos
conselheiros...Trabalhamos ao lado do
governador dessa região, como assessores...”
...
143
- Como conseguem?
...
144
→ A dúvida que não quer calar: é possível que Brian Weiss
prefira deixar as lembranças de seus pacientes na
superficialidade, pois se averiguar detalhes,
fatalmente a fantasia seria revelada. Elisabeth não
conseguiria sustentar a história caso lhe fossem
exigidos detalhes concretos de sua vida egípcia e do
conhecimento que dizia ter adquirido. Podemos
observar que a proeza de Elisabeth é narrada sem
profundidade, nenhum aspecto relevante é por ela
apresentado. Situação semelhante acontece nas
numerosas regressões que se fazem em toda a parte.
__________________________________
145
Lembro-me de um fragmento da vida daquele
jovem, quando tentou complementar a sua
educação clássica viajando entre as
comunidades clandestinas dos desertos e
cavernas do sul da Palestina e do norte do Egito.
Cada uma dessas comunidades era uma espécie
de centro de estudos, geralmente de
conhecimentos místicos e esotéricos. Algumas
delas eram provavelmente aldeias de essênios...
146
do médico. Porém, como de praxe, isso é coisa da qual
ele não cogita...
147
Como de praxe nas regressões, nem mesmo Brian Weiss
consegue recordar fatos objetivos. Sua lembrança de uma
vivência no Egito e na Palestina coisa alguma traz que
tenha conteúdo. Ao contrário, Brian Weiss “recorda”, e
superficialmente, o que a Arqueologia e a História sabem,
com os acréscimos fantasiosos que sua mente elabora.
__________________________________
148
encarnou nesta vida e que nos protege do outro
lado, como um anjo da guarda.
149
Não se preocupe em encontrar almas gêmeas. O
destino se encarrega desses encontros.
Certamente acontecerão. Após o encontro, o livre
arbítrio das duas prevalece. As decisões que são
ou não tomadas dependem do livre arbítrio, da
opção...” (Só o Amor é Real – Págs. 187-
188)
150
A TVP e BRIAN WEISS, uma defesa...
151
Os terapeutas que a utilizam atuam como
curandeiros, não como médicos.
Semelhantemente, a declaração de que cada
vez mais católicos abraçam a reencarnação é
exagerada. Entre o cristianismo e o
espiritismo existem diferenças inconciliáveis.
O cristianismo defende que a salvação da
humanidade depende da misericórdia divina; o
espiritismo acredita que a reencarnação
permite que o homem atinja a perfeição com
esforço próprio.
152
“No Brasil, atualmente, estão sendo criados
cursos para que psiquiatras e psicólogos passem
a exercer a profissão de terapeutas de regressão
a vidas passadas..."
153
que a conversão de Brian Weiss ao
reencarnacionismo foi por conveniência aos
seus interesses, não por avaliação científica.
José Reis Chaves também faz referência a
um "laboratório da massa encefálica", do qual
o Dr. Brian seria pesquisador. Talvez
estejamos desinformados, mas não
encontramos nos escritos de Brian Weiss ou
em comentários sobre seu trabalho, nenhum
registro sobre esse tal laboratório da massa
encefálica...
154
CONCLUSÃO SOBRE O TRABALHO DE BRIAN
WEISS
155
Há um engano nesse juízo: se não for possível traçar uma
linha evolutiva incontestável entre a psiquiatria ortodoxa
e a terapia de vida passadas, estaremos diante de um
raciocínio inadequado, uma falácia.
156
CAPÍTULO 10
Radiografando a TVP
157
psicocosmológicas emanadas de seres
ultradesenvolvidas que vivem em Antares...”
158
Célia Resende feita pela Editora Record-Nova
Era)
• luz astral;
• força eletromagnética;
• rede magnética;
• desmagnetização de condensadores de energias;
• resíduos kármicos;
• capacete de luz;
• implantes magnéticos;
• blocos de energia concentrada;
• sistema eletromagnético, etc.
159
O magnetismo exerce sobre Célia Resende singular
atração. A terapeuta vê em quase todos os supostos
fenômenos que atribui ao sobrenatural algum efeito do
magnetismo.
160
Xavier no livro “Nosso Lar”; só que Célia
Resende vai mais longe: Chico concebeu um
sistema de transporte por meio de um ônibus
voador; Célia amplia o sonho: informa que na
esfera celestial variados meios de transporte
são utilizados, inclusive a autopropulsão mental.
Que tráfego intenso não existirá nas lides
celestes! Essas teorias sobre o além possuem
grande similaridade com as histórias de ficção
do cinema e dos quadrinhos. A diferença é que
a ficção é apresentada meramente como
distração, enquanto que os esotéricos
asseveram que suas suposições constituem a
mais concreta realidade...
161
explanação real é difícil sustentar a
argumentação.
162
dos do espaço, os médiuns e os esotéricos a
utilizariam proficuamente. E onde estão as
curas miraculosas que a “avançada tecnologia
espacial” realiza? O que se vê, ante o
propalado conhecimento dos cientistas do
espaço, são pífios resultados. A TVP,
mesmo assistida pelas ditas “entidades
espaciais” não consegue melhores resoluções
que os tratamentos com as terapias terrenas.
A própria Célia Resende nos dá um bom
exemplo com a história de Alba, que
veremos a seguir.
163
trabalhou com uma pasta dourada, que foi
espalhada nas articulações e por todo o seu
corpo. Um dos médicos parecia costurar, com fios
de luz, uma parte de seu corpo energético que
estava rompida e com manchas escuras...É
importante esclarecer que Alba chegou ao
consultório quase imobilizada, com as
articulações inchadas. A terapia associada ao
trabalho realizado pela equipe de medicina
espiritual provocaram uma melhora de 80% em
seu estado." (Célia Resende)
164
articulações. Diagnosticado o mal, a terapeuta
lançou-se com sua paciente num “trabalho
intensivo de regressão a várias vidas”. A
médica ao seu capricho decidiu que a doença
de Alba provinha de situações vividas em
outras existências. Com base em quê Célia
Resende chegou a tal conclusão? A medicina
postula que a artrite reumatóide tenha origem
genética, somada a peculiaridades ambientais.
Entretanto, Célia refuta o postulado da
medicina e assevera que a causa da artrite
está localizada em vidas passadas...é mole?
165
→ Desse modo, Célia Resende, para resolver o
problema, reúne-se com uma equipe médico-
espacial destacada para assessorá-la durante
o tratamento. Ela não esclarece que
tecnologia utiliza para fazer contato com tais
seres. Talvez use algo como um
“intercomunicador dimensional”. Cá pra nós:
seria tremendamente profícuo para a
medicina tradicional dispor de um
“assessoramento astral”. No mínimo,
findariam as cirurgias fracassadas e não
existiriam seqüelas pós-operatórias...
Entretanto, o segredo de como fazer contato
com essas entidades está reservado a uns
poucos “iluminados”...
166
resumo: a fantasia levada às últimas
conseqüências...
a) planejar o trabalho
juntamente com seres de outras
dimensões;
167
as muitas dúvidas que surgem quando
ouvimos essas narrativas seriam sanadas.
Do jeito superficial com que o assunto é
apresentado somos obrigados a concluir
que tudo não passa de pesada fantasia. O
que fica patente nesse quadro é a
inserção na terapia de procedimentos
nebulosos e pouco confiáveis.
168
→ A idéia de um “magnetismo” humano ou
animal, com fantásticas aplicabilidades
terapêuticas, é herança do espetaculoso
Mesmer. Na época em que fazia suas
apresentações de cura magnética, Mesmer já
não era levado a sério pela ciência. Hoje em
dia apenas o esoterismo deslumbrado dá
respaldo ao mesmerismo. Existem alguns
estudos em andamento sobre a viabilidade de
aplicações do magnetismo em várias situações,
inclusive na área de saúde, porém nada têm a
ver com Mesmer ou com as idéias fantásticas
sobre o poder do magnetismo. Não se deve
confundir pesquisa com especulação
irresponsável.
169
assim, ainda hoje, há quem acredite numa
“circulação magnética”, como parece ser o
caso da doutora Célia Resende.
170
Lúcia teria sido contagiada pela obsessão
kármica?
171
moça daquela “obsessão kármica”, porém a
jovem seguiu seu caminho propensa a formular
outros sonhos da espécie, visto que a origem
de seus temores não foi devidamente tratada.
172
grupo de admiradores nos Estados Unidos que
procura manter vivas suas profecias. No
entanto, muito pouco de positivo se pode falar
a seu respeito. Examinemos um exemplo das
suas leituras mediúnicas:
173
Jefferson, do qual fora encarnação. A
profecia não deu certo. Porém, conforme
entende Marcelo Borges, não foi Cayce quem
errou. O problema foi que os pais do garoto
não souberam educá-lo corretamente...(é a
velha história de se remendar os fatos para
adequá-los às previsões).
174
“segredos” de Atlântida desprezam as idéias
de Cayce sobre os grupos políticos que
lutavam pelo poder em Atlântida. Edgar
Cayce não conseguiu convencer a maioria dos
esotéricos, pois cada qual apresenta uma
versão particular do assunto.
175
O fato de Cayce mencionar pulmão seria a prova
do diagnóstico correto. Mas e os diagnósticos
incorretos: dorsal, lombar, lesões flutuantes,
plexo solar e estômago? Porque não contam
como falhas? E porque recomendou Cayce
osteopatia [tratamento de doenças ósseas] para
pessoas com tuberculose, epilepsia e [câncer]?
...
Gardner comenta que o Dr. J.B. Rhine, famoso
pelas suas experiências em PSE ―[percepção
extrasensorial]―, na Duke University, não estava
impressionado com Cayce. Rhine sentiu que a
leitura psíquica feita à sua filha não encaixava
nos fatos...
...Cayce também afirmou estar em contacto com
Atlantes enquanto ausente nas suas viagens
mentais. Cayce é um dos maiores responsáveis
por algumas das mais tontas noções sobre a
Atlântida, incluindo a de que possuíam uma
espécie de Grande Cristal. Cayce chamou-lhe a
Pedra Tuaoi e disse ser um gigantesco prisma
cilíndrico que era usado para juntar e
focar"energia", permitindo aos Atlantes fazerem
coisas fantásticas. Mas tornaram-se gananciosos
e sintonizaram o Cristal para freqüências
demasiado altas provocando perturbações
vulcânicas que levaram à destruição do seu
mundo. (Dicionário Cético)
176
foi capaz de cativar a tantos! Deixemos
Edgard Cayce e voltemos a Célia Resende.
177
dois descem por cada braço. Quando acaba o
trabalho, ele se inclina e se despede com as
mãos fechadas sobre o peito." (Célia Resende)
178
dificuldades psicológicas que a acometiam e
terminou a dialogar com fantasmas...
179
noção de magia presume que algumas pessoas
dominem uma “ciência oculta” que lhes
possibilita realizar coisas fantásticas. A
idéia não faz sentido: não se conhece ninguém
que verdadeiramente tenha tais poderes.
Ainda assim, milhões de pessoas em todo o
mundo acreditam. Mas não é difícil
demonstrar a implausibilidade dessa “ciência”:
basta observar que a força dos feitiços nunca
ultrapassa os limites da crença dos envolvidos.
Quando alguém verdadeiramente não crê em
feitiçarias, podem mil bruxas lhe lançar
maldições e nada acontecerá. No entanto, se
a vítima aceitar que um “feiticeiro” tenha
condição de prejudicá-la, toda a sorte de
infortúnios pode suceder. O efeito psicológico
de um “feitiço” é indiscutível. Há pessoas que
se deixam convencer tão profundamente
serem vítimas de sortilégios que fica difícil
tirar-lhes da mente essa torturante idéia. Só
sossegam quando encontram quem alegue
capacidade de realizar um “trabalho” mais
poderoso. É comum encontrar-se feiticeiros
oferecendo “desfazer” trabalhos de outros
feiticeiros.
180
“Um caso de obsessão entre desencarnados
ocorreu com Adélia, estudante de psicologia, que
fora um homem condenado à morte durante a
Revolução Francesa. Ele morre com a sensação
de que a irmã o traiu, 'tirando o corpo fora e
deixando-o sozinho numa fria'. Desencarnado,
continua como ficou na prisão, encolhido num
canto escuro, sem querer falar com ninguém...
181
estabelecer contatos se ocorrer ressonância
vibratória entre eles e suas vítimas.
...
182
→ Adélia é uma figura singular! No capítulo 5
comentamos uma aventura por ela
protagonizada. Naquele episódio Adélia era um
homem que vivera durante a Revolução
Francesa ― (A Revolução Francesa abrangeu o
período de 1789 a 1795). A doutora Célia
"descobriu" que Adélia (na época encarnada
num homem) fora acusado de traidor, o que
lhe originou um trauma profundo. Tão
profundo que a acompanhou pelas vidas
seguintes. Agora, Adélia retorna em nova
confusão, desta feita com a irmã. Antes,
Adélia fora apresentada como "assessora de
imprensa", aqui é "estudante de psicologia".
Pode ser que, após a "elucidação" do trauma
revolucionário, tenha decidido trilhar outro
rumo profissional. Desejamos-lhe boa sorte,
mas auguramos que não se torne mais uma
terapeuta regressionista, visto que, em nossa
opinião, já as temos além da conta...
183
→ Conforme explica Célia Resende, o espírito de
Adélia-homem pôde obsedar sua irmã porque
esta estava na “mesma vibração de culpa”.
Segundo a teoria da Dra. Célia, a obsessão
só ocorre se houver “ressonância vibratória”
entre os obsessores e suas vítimas, seja lá o
que isso signifique.
184
“Vários estudos científicos de ponta sobre
fenômenos paranormais indicam o uso de novas
técnicas que abrem horizontes no campo da
pesquisa psíquica. Aos que desejarem tratar as
enfermidades da alma, de encarnados ou
desencarnados, o Dr. José Lacerda de Azevedo e
seu grupo apresentam o resultado de trinta anos
de estudos...
185
Ele e a equipe acharam que ela estivesse falando
de ‘espinho’, linguajar mais comum a uma preta-
velha. Sem entender a relação do espinho com o
que estava acontecendo, pergunta aflito: ‘Por
quê’.
• A apometria é um procedimento
médico revolucionário, pois trata
tanto de males dos viventes,
186
quanto dos que passaram para o
outro plano, ou seja, serve para
curar doenças dos vivos e dos
mortos!
• Aplicando-se adequadamente
fundamentos científicos, podemos
vencer a magia, não só neste
mundo quanto no outro. (Vimos
que o resistente mago sucumbiu à
manipulação quântica dos seus
spins.). Falta explicar como a
ciência material pode atuar no
mundo dos espíritos...
187
→ O que significa “spin”? Informa o Dicionário
Aurélio: “Spin: Número quântico associado a
uma partícula, e que lhe mede o momento
angular intrínseco. De acordo com as regras
da mecânica quântica, o spin pode tomar
apenas certos valores especiais, iguais a um
número inteiro, ou a um número semi-inteiro,
multiplicado pela constante de Planck reduzida
― (constante de Planck: proporcionalidade
entre a energia de uma partícula e a
freqüência de onda a ela associada)”.
188
momento, pode fazer crer que estaríamos diante de um
método terapêutico altamente eficaz. Entretanto, quando
conhecemos melhor as teses dessa insólita terapia,
ficamos com a impressão de que foram elaboradas pelos
internos de um manicômio.
189
“O Espiritismo e o Espiritualismo propõe
esclarecer o homem sobre sua realidade
transcendental, orientar seu destino glorioso e
prepará-lo para o grande momento da retomada
harmônica e responsável de todo seu conteúdo
de memórias que armazenou no transcorrer do
processo evolutivo, que o transformará em
verdadeiro super-homem. E nesse grande
momento terapêutico, em que surgem Apometria
e TVP, eles nos fornecem os parâmetros para
uma melhor utilização desses conhecimentos.
190
Carlos Palermo relaciona nada menos que 14 “problemas
espirituais” que afirma serem solucionados pela
apometria:
• cirurgias astrais;
• obsessão espiritual;
• auto-obsessão;
• pseudo-Obsessão;
• parasitismo;
• vampirismo;
• estigmas espirituais;
• remoção de implantes no corpo astral;
• arquepadias (magia originada em passado
remoto);
• goécia (magia negra);
• tratamentos especiais para magos negros;
• tratamento de espíritos em templos do
passado;
• condução dos espíritos encarnados, em
desdobramento, para Hospitais do Astral
Superior...”
191
não existem "corpos espirituais", a Doutrina faz
referência apenas ao perispírito. Logo se
observa, ao estudarmos o assunto, que se trata
de uma técnica que absorve conceitos da
Teosofia e do hinduísmo... repudiamos com
veemência a catalogação dessa técnica de
desdobramento como espírita, até porque em
Espiritismo não há técnicas.
...
O método, em resumo, consistiria em se aplicar
"pulsos magnéticos concentrados e progressivos"
no "corpo astral" do paciente e, "por sugestão"
comandar-se-ia seu afastamento. Desdobrar-se-
iam o médium e o doente para contato com
"entidades médicas do astral" !!! Está visto que
não há a menor cientificidade no método: é um
amontoado de termos, sem a menor possibilidade
de controle científico e com o falso pressuposto
de que os Espíritos estariam à disposição dos
médiuns em dias e horas marcados. Enfim,
parece-nos um verdadeiro Ôba, Ôba espiritual...
...
Finalizando este tópico, diremos que o
conhecimento da técnica da Apometria
demonstra que a imaginação humana não tem
limites, principalmente quando se quer auferir
dividendos com a credulidade das pessoas, pois
dentro deste barco encontram-se alguns médicos,
psicólogos, etc., inescrupulosos; a julgar-se pela
propaganda já referida. Não citamos nomes das
pessoas porque não queremos personalizar...”
(ISO JORGE TEIXEIRA - Psiquiatra)
192
CAPÍTULO 11
Avaliações Complementares
193
pacientes trazem desse período de sua
existência. Acontece que é falaciosa a
crença de que seja possível a recordação do
período de gestação. Tal idéia constitui uma
impossibilidade científica e fere o bom
senso. A mente das pessoas, mesmo as
dotadas de genialidade, precisa de um
tempo para desenvolver-se e poder
elaborar coerentemente os pensamentos. O
mundo para uma criança soa como uma
algaravia de sons, cores, odores, etc., dos
quais ela não tem a menor compreensão.
Somente depois de vários meses mergulhada
nesse confuso universo é que o infante
começa a ter percepção objetiva do que se
passa à sua volta. Lembrem como os
adultos se divertem com as ingênuas
ponderações infantis sobre os
acontecimento que vivenciam...A criança se
esforça e, aos poucos, vai desenvolvendo
uma compreensão adequada do ambiente. A
inteligência infantil conhece formidável
progresso à medida que desenvolve a fala.
A partir de então ela passa a lidar com
conceitos abstratos e pode-se dizer que é
nesse período que se começa a pensar de
verdade. A estrutura física e mental do
feto ainda não está formada, portanto ele
nada pode elaborar. As propaladas
recordações fetais são sonhos de pessoas
sensíveis a sugestões. José Reis acata sem
remorsos a idéia de que fetos tenham
lembranças... (adiante apresentaremos um
relato exemplificativo de uma regressão à
vida uterina.)
194
→ José reis chaves começa o texto com um
equívoco: diz que regressão de memória é o
mesmo que Terapia de Vida Passada. Não
é. Regressão de memória é um
procedimento adotado por alguns
hipnoterapeutas, a qual busca recuperar
lembranças desta vida, notadamente
acontecimentos da infância, com fins de
tratamento de distúrbios psíquicos. A
terapia de vidas passadas, advoga que seja
possível a recuperação de lembranças de
outras existências. Reis Chaves misturou as
coisas.
195
vão chegar lá! Depois de mais de 300 anos do
Heliocentrismo, a Igreja acabou reconhecendo
oficialmente que Galileu estava certo, tirando
dele, recentemente, a excomunhão!
196
vê aí uma referência à reencarnação. Nada
mais incorreto. O trecho é parte da
preleção de Bildade, um dos amigos que
visitava Jó durante sua amargura, na qual o
expositor defende a lisura dos
procedimentos divinos. “Somos de ontem”
significa que o conhecimento do homem é
mínimo, insuficiente para avaliar
amplamente os propósitos do Todo-
Poderoso. Bildade recomenda a Jó que leve
em conta a tradição, o conhecimento das
gerações passadas, com o fito de ampliar
sua visão sobre a justiça de Deus. A
declaração completa diz: “Indaga, pois, eu
te peço, da geração passada, e considera o
que seus pais descobriram. Porque nós
somos de ontem e nada sabemos, porquanto
os nossos dias sobre a Terra são como a
sombra”. Dito de outra forma, seria
aproximadamente desse modo: “nosso
conhecimento é irrisório, pois somos de
ontem, mas se juntarmos nossa experiência
com a de nossos antepassados então será
possível entender melhor os propósitos do
Criador”. Como se vê, não há qualquer
alusão ao reencarnacionismo.
197
Consciência"; o psiquiatra inglês Alexandre
Cannon, que relutou durante 50 anos em aceitar
a reencarnação, e que comanda uma equipe de
70 terapeutas que já fizeram, em conjunto, mais
de um milhão de regressões; o canadense Dr.
Joel Whitton, Catedrático de Psicologia da
Universidade de Toronto, Canadá; e o alemão Dr.
1
T. Dethlefsen , Catedrático de Psicologia da
Universidade de Munique, Alemanha. Obras de
TVP desses eminentes cientistas e de outros
estão editadas em várias línguas em todo o
mundo."
→ O autor escorrega ao afirmar que a TVP é
uma realidade científica. Se fosse, os
Conselhos de Psicologia e outras entidades
teriam de aceitá-la. Nada disso ocorre: a
TVP não é recomendada por nenhum dos
organismos oficiais da psicologia e da
psiquiatria. Vimos que as postulações da
TVP são voltadas para o esoterismo e não
para a ciência.
198
obtida. Se as regressões fossem úteis a
tradução das línguas desconhecidas já teria
sido conseguida. A equipe do inglês citada
por Reis Chaves, realizou mais de um
milhão de regressões, um milhão de
lembranças e nada de positivo se obteve
para nos ajudar a conhecer o passado...
1
→ No capítulo seguinte apresentamos um
comentário sobre o trabalho do Dr. T.
Dethlefsen.
199
→ Afirmar que a TVP é a “nova era da
medicina” é um tremendo exagero. A TVP
deve ter seus resultados animadores, caso
contrário já estaria descartada - (apesar
de que, muitas práticas médicas fajutas são
perpetuadas, graças ao poder da
propaganda. Os resultados que apresentam
são medíocres, mesmo assim, sobrevivem).
Até os mais apaixonados sabem que a
utilidade terapêutica da TVP é restrita. Ela
não é, como faz parecer a exaltada
manifestação de Reis Chaves, uma
panacéia.
“Vida intra-uterina
Certa ocasião, uma paciente me relatou que
quando estava grávida, sempre que o seu marido
se aproximava para tocar em sua barriga, o bebê
ficava mais agitado do que o comum. Neste
período, ela sentia muita raiva e hostilidade do
marido, apesar de amá-lo e se darem muito bem.
Ela não conseguia entender esses sentimentos,
já que o mesmo não fazia nada que justificasse o
aparecimento desses sentimentos. Ao nascer, a
criança costumava chorar muito quando o pai a
pegava no colo. E mesmo na infância, os atritos e
os desentendimentos entre pai e filho eram muito
freqüentes. Era comum também seu filho lhe
200
perguntar: “Mamãe, você gosta de mim”? Ela
achava que essas perguntas eram próprias da
idade.
Ao passar pela regressão, a paciente recordou
que na vida anterior, seu namorado na ocasião
(atual marido desta vida) a obrigara a abortar a
criança (seu filho da vida atual). Essa recordação
de vida passada a fez entender, portanto, o
porquê de seu filho insistir em lhe perguntar se
ela gostava dele, bem como sua hostilidade pelo
pai, cultivada já no útero de sua mãe. Ela veio a
entender também, que a sua raiva pelo marido,
quando grávida, não era dela, mas sim de seu
filho, que trouxe da vida passada pelo que o pai
fizera com ele. Desta forma, através da TVP
(Terapia de Vida Passada), foi descoberto que o
feto, apesar de estar no útero materno, é capaz
de perceber tudo o que acontece ao seu redor.”
201
na mesma formação anterior. Dentro da
tese espírita, seria de imaginar que o pai
criminoso, retornasse para expiar o mal que
praticara anteriormente. Excepcionalmente,
porém, pode-se admitir que a história
contada pelo Dr. Shimoda pudesse ser
acatada por teóricos do espiritismo.
202
de outras situações de discórdia e de
ressentimentos que possam surgir...
203
→ Nada foi dito sobre o que pensa o pai, este
acusado de ter cometido um crime em vida
anterior. O sujeito não deve ter ficado
satisfeito ao saber que o médico o
responsabilizava pelas dificuldades da
família. Talvez o homem seja uma pessoa
carinhosa e esforçada, mas nada do que
faz poderia consertar o ódio que o filho
trazia consigo. Parece-nos que a tese do
Dr. Shimoda complica mais que elucida.
204
→ Seria realmente interessante se o doutor
pudesse comprovar que o feto grava todos
os pensamentos e sentimentos da mãe como
se fossem seus!
205
que vão moldar os padrões de comportamento
em vida. Tudo o que acontece com a mãe neste
período, pode afetá-la em sua estrutura
emocional, pois ambas, mãe e criança, estão
intimamente ligadas e não só pelo cordão
umbilical. Por isso, em quase toda sessão
terapêutica, costumo também investigar o período
pré-natal do paciente.” (Osvaldo Shimoda -
shimoda@vidanova.com)
206
foram declarações que chegam ao patamar da
irresponsabilidade, considerando que advindas de um
médico.
207
CAPÍTULO 12
A Legitimidade Do Regressionismo
208
Vamos destacar um desses tópicos: os idiomas.
Explicaremos em detalhes:
A mente adequadamente estimulada é capaz simular
muitas coisas. Pessoas sugestionadas realizam feitos
surpreendentes, fazem revelações admiráveis, falam de
coisas que aparentemente não conhecem. Entretanto, é
impossível para alguém falar uma língua com a qual
nunca teve contato nesta vida (contato efetivo ou
psíquico).
Não nos referimos aos fenômenos de glossolalia, comuns
em alguns movimentos religiosos. Tampouco aos casos
extraordinários de crianças e adultos que falam línguas
que supostamente não teriam estudado, estes analisados
principalmente pela parapsicologia. A glossolalia é uma
manifestação puramente emocional. E as crianças
poliglotas são fenômenos singulares para os quais
existem diversas hipóteses elucidativas não-esotéricas.
No que tange ao regressionismo, o domínio do idioma
teria de estar presente em todo episódio de regressão onde
houvesse referência a alguma civilização ou nação
diferente daquela em que o consulente vive na atualidade.
Partindo da conjectura de que o inconsciente armazena o
que vivencia (tese aceita pelos regressionistas), o
conhecimento da língua não poderia faltar nas lembranças
de vidas.
Vamos ilustrar com alguns casos de regressão:
209
inca, que ainda mantinha comunicação com seres
extraterrestres..." (TERAPIA DE VIDAS
PASSADAS – Célia Resende)
_______________________________
210
chaminé. Muitas pessoas atravessam as portas
dimensionais usando algumas máquinas,
enquanto o restante é destruído por algo parecido
com um vulcão, e depois toda a região é tragada
pelo oceano.’
O trabalho com Samuel perdurou por vários
meses. Essas vivências serviram de base para
tratar o orgulho que muito atrapalhava sua vida.
Sua trajetória kármica, iniciada com o povo de
Atlântida, trazia resíduos do uso exorbitante de
poder..." (TERAPIA DE VIDAS PASSADAS –
Célia Resende)
211
complicada fantasia devido ao treinamento do
inconsciente, performance encontrada em alguns médiuns
após longo período de prática.
Talvez em alguma regressão o paciente diga uma ou outra
palavra na língua da civilização onde supostamente
vivera. Isso se explica por ter lido ou ouvido termos
daquele idioma que ficaram arquivados em sua mente.
Mas, para comprovar que está regredindo a uma vida
passada, não bastaria proferir palavras esparsas, seria
necessário discorrer fluentemente na língua nativa, ou ao
menos lembrar de discursos coerentes.
Usemos nossos amigos como exemplos: Lúcia, Marília e
Samuel.
Lucia teria vivido entre os incas. Dessa cultura existem
alguns registros escritos. Caso Lucia estudasse esses
registros, mesmo que conscientemente não conseguisse se
reportar nessa língua, quando hipnotizada diria algumas
frases. A situação de Marília seria mais simples. Apesar
de o árabe ser uma língua difícil para nós brasileiros,
qualquer estudante aplicado é capaz de aprendê-la. Parece
que Marília não quis ter esse trabalho, pois não falou
coisa alguma no idioma sob o qual teria vivido...
Com Samuel é mais complicado. A Atlântida é uma
lendária civilização a respeito da qual já se disse tudo o
que a imaginação possa conceber. A possibilidade de que
o continente tenha existido não é descartada. Muitas
civilizações grandiosas floresceram e morreram deixando
parcos vestígios de sua existência. O que surpreende no
caso de Atlântida é quantidade de histórias que os
esotéricos contam sobre ela, umas contradizendo outras, e
todos garantem que estão revelando os "segredos" aos
212
quais tiveram acesso ninguém sabe como. Há mesmo
quem afirme que ainda existem atlantes escondidos por
aí, que se comunicam com alguns iniciados...
Ainda que se admita que Atlântida tenha tido existência
real, uma coisa é certa: o idioma que falavam é
desconhecido. Samuel prestaria uma grande ajuda a
milhões de pessoas que almejam conhecer detalhes desse
portentoso império se nos revelasse como era a língua dos
atlantes...pena que não foi capaz...
Se formos aprofundar mais o assunto, chegaremos a
questões interessantes (e pouco confortáveis para os
regressionistas). Vejamos este caso: existem evidências
suficientes para amparar a teoria de que há cerca de 7.000
a.C. tenha existido uma civilização, cujo falar serviu de
base para dezenas de línguas surgidas posteriormente,
inclusive o grego e o latim.
Estudiosos de todo o mundo, respaldados em registros
documentais e em análises evolutivas das línguas,
puderam chegar ao que se supõem seja a expressão mais
primitiva de certa quantidade de palavras com raízes
comuns em diversos idiomas. Contudo, este é um
trabalho penoso para os pesquisadores e com resultados
pequenos em vista das dificuldades para se recompor uma
linguagem da qual existe apenas vagos indícios. Agora
vejam esse excerto de um escrito de Reis Chaves:
213
um milhão de regressões..." (José Reis
Chaves)
214
conseguiu descobrir o significado dos sinais. Cientistas
queimam os cérebros em busca de respostas, mas o
mistério permanece. O que nos espanta é que nenhum
regredido tenha “vivido” dentre esses povos. Os adeptos
da TVP contabilizam milhões e milhões de eventos
regressionistas, nos quais lembranças de todos os tipos
surgem. Por que não aparece ninguém que ajude na
decifração dessas línguas?
Alguns regredidos que eventualmente proferem termos
esparsos de idiomas fora de uso, são alardeados como
uma "grande" comprovação da veracidade das
lembranças. Tolice. No mais das vezes, as palavras não
passam de meia dúzia de expressões já conhecidas, que
de nada serviriam para quem quisesse pesquisar o tal
linguajar. E, mesmo assim, esses eventos são tão raros
dentro do universo das regressões que não servem sequer
para estatística.
Almejaríamos também que as regressões nos trouxessem
outras coisas concretas, por exemplo: muitas lembranças
falam da "ciência" oculta de povos antigos,
destacadamente da Atlântida e do Egito. Há quem afirme
ter aprendido segredos da "complexa ciência" desses
povos. Entretanto coisa alguma de consistente revelam.
São numerosas declarações do tipo: "vivi no Egito, eu
era um sacerdote que dominava técnicas de
ressuscitação dos mortos". A tal declaração
responderíamos: Ótimo! Então nos ensine essa tão
magnífica técnica! Imaginem quantos benefícios a
humanidade terá! Desgraçadamente, quando chega a hora
de ser objetivo, o propalado conhecimento se esvai na
fumaça da fantasia...
215
→ Pode ser que regressionistas tentem explicar
a questão, alegando que a Terapia de Vidas
Passadas não se presta a revelar línguas ou
segredos das ciências ocultas; que a terapia
tem a finalidade de curar traumas
acontecidos no passado cujos efeitos se
fazem sentir na vida atual, e só! O
argumento seria válido se as situações
fossem perfeitamente delineadas e um
aspecto não se confundisse com o outro: a
verdade é que se há recordação de vida
passada, as peculiaridades dessa existência
devem vir à tona: os costumes, as
experiências, as técnicas, a língua e tudo o
mais teriam de estar presentes e com
clareza suficiente para não ensejar dúvidas.
216
THORWALD DETHLEFSEN
217
idiomas. Leiamos um trecho da obra. (Lembramos: os
destaques são nossos).
218
facilidade os idiomas das nacionalidades que dizem ter
vivido, só não o fazem por que há um "acordo" entre o
regredido e o terapeuta, para evitar dificuldades na
comunicação.
Entretanto, os fatos negam essa assertiva. Seria
relativamente simples resolver a dificuldade de
comunicação: ele poderia gravar os discursos dos
pacientes quando se expressassem em línguas antigas.
Depois submeteria as gravações a especialistas, para que
avaliassem adequadamente o material.
Por curiosidade, destacamos no texto acima a admirada
declaração do escritor: "Outro relato impressionante foi
escrito por uma secretária de 20 anos sobre sua
encarnação no Egito...". O psicólogo assombrou-se da
secretária recordar uma vivência no Egito! Se soubesse
das numerosas "recordações" egípcias obtidas por Célia
Resende, Brian Weiss e vários outros, não ficaria tão
deslumbrado....Se soubesse que pacientes de Brian Weiss
sabiam como ressuscitar os mortos...(o excepcional
nessas "lembranças" é que esses regredidos recordam que
sabiam praticar a ressuscitação, mas não passam daí. Se
foram instados a que nos digam como era o processo,
"percebem" que já não sabem mais o que diziam ter
sabido...)
Realizamos um exame no livro de Dethlefsen em busca
de exemplos da alegada versatilidade de seus pacientes
em falar línguas antigas. Nada! O psicólogo
esporadicamente lhes solicita que repitam uma ou duas
palavras no idioma remoto. O paciente atende, mas
demonstra grande dificuldade em articular termos
simples. A demonstração é pobre, muito pouco em vista
219
da importância desse aspecto crucial para o
reconhecimento do regressionismo! Veremos a seguir
exemplo de uma sessão regressionista conduzida por
Dethlefsen:
220
V: Nós vivemos em barracas...Meu pai é um
homem muito poderoso.
H: Qual o nome dele?
V: Hohas.
H: Como?
V: Hohas, eu acho.
H: Você está diante de seu pai. Diga alguma
coisa a ele na sua língua. Fale com ele como
costuma fazer sempre.
V: Honaihn...eu não devo falar com ele.
H: E porque não?
V: Devemos esperar que ele fale primeiro.
H: O que ele acabou de dizer a você?
V: hot maihn, senhor.
H: E o que você responde?
V: Eu sempre vou buscar água...É preciso andar
muito para encontrar água... [a paciente foge à
pergunta que a obrigaria falar no idioma natal]
H: Onde você costuma ir buscar água?
V: Eu não sei...ando...ando e não encontro
nada...então vou à montanha.
H: Você sabe o nome da montanha?
V: Ela não tem nome...lá existe água.
H: Onde?
V: Ela vem da montanha...meus lábios estão
secos e eu estou muito cansada...mas esse tipo
de coisa a gente não pode dizer.
H: Mas você pode beber água agora.
221
V: Não.
H: Por que não?
V: ...é para meu pai.
H: Como se diz água na sua língua?
V: Eu não sei...brut...flepp." [demonstra grande
dificuldade em falar uma palavra simples!] ..."
222
macabeu foi morto em 135 a.C., antes do ano 100 a.C.,
portanto.
Se a moça estava a lembrar um período específico do
passado, deveria referir-se à data conforme se fazia na
época. Era praxe situar a época de um acontecimento
referindo-se ao governante que estava no poder, ou a
algum outro que estivesse em destaque. Vejam alguns
exemplos, baseados em textos bíblicos:
223
Ruth afirmou que a montanha onde pegava água não
tinha nome...Pouco provável, pois os israelitas, como de
praxe a maioria dos povos, costumavam nomear tudo e
não deixariam de identificar uma montanha. A não ser
que Ruth estivesse chamando um "morrinho" de
montanha...
O pai de Ruth vivia em tendas, era um nômade e estava
em constante movimentação. Quando iam de um lugar
para outro, os nômades procuravam acampar próximo de
poços, que é onde Ruth deveria ter ido buscar água e não
na "montanha"...Ela diz que "anda, anda e não encontra
nada...", errado! A moça teria de conhecer a localização
do poço. Saber onde havia água era procedimento
rotineiro para os nômades.
O mais gritante dessa "recordação" de Ruth ocorre
quando o psicólogo regressionista a pressiona para que
fale no idioma da época. A moça ora desconversa, ora faz
um grande e malsucedido esforço. Ao final não mostra de
forma alguma que tenha capacidade de reproduzir o falar
da personagem que dizia ter sido.
Percebe-se que a paciente de Dethlefsen estava a
trabalhar com informações superficiais sobre o período da
história que imaginava ter vivido. Como não possuía
conhecimentos mais profundos a respeito da época, sua
história estava repleta de incorreções.
Se for com exemplos desse tipo que Thorwald Dethlefsen
pretende demonstrar que seus pacientes são capazes de
falar línguas antigas, fica muito difícil acatar seu
argumento!
224
A nosso ver a maior contradição sobre a tese
regressionista de Dethlefsen encontramos nessa
declaração:
225
CAPÍTULO 13
226
reencarnação ― (é interessante destacar que Brian
Weiss apresenta discurso semelhante (cap.6):
afirmou ser inicialmente um descrente e depois deixou-
se convencer pelo que entendeu serem “evidências”).
Mesmo o hipnotismo era por Berstein classificado como
ilusionismo, ou como brincadeira para lograr os ingênuos.
Aos poucos foi mudando de idéia. Após presenciar
demonstrações da eficácia da hipnose, tornou-se um
ardoroso praticante do método e conseguiu resolver
distúrbios comportamentais de várias pessoas.
227
revolucionário e exige – realmente necessita – a
revisão de muitos conceitos científicos básicos.
Suas deduções ferem em cheio a psicologia, a
medicina, a filosofia e a religião; oferecem, pela
primeira vez, ao homem, elementos para
compreender a si mesmo e aos seus
semelhantes...
...
...
228
experiências – a descoberta de Bridey Murphy –
acabaria fornecendo-me uma prova interessante
sobre a sobrevivência. (O Caso de Bridey
Murphy – págs. 71/74)
229
“A experiência da reencarnação por regressão
em hipnose é um triste exemplo de como as
pessoas podem ser iludidas com facilidade. ...
230
“...não foi fácil convencer Cayce. Em primeiro
lugar, ele nada sabia de medicina; nunca havia
lido um livro sobre qualquer assunto médico! Não
compreendia como aquelas receitas saíam dele.
(É preciso lembrar que Cayce passava por uma
amnésia total após a hipnose; tinha-se que lhe
contar, depois que despertava, o que havia
dito)..." (O Caso de Bridey Murphy – pág. 83)
231
A partir do encontro com a fama de Cayce, Berstein
abandonou a meticulosidade que Rhine lhe aconselhara
no trato com assuntos novos e deixou que a crendice
prevalecesse.
232
advogados, escritores e trabalhadores era
sempre a mesma coisa: Cayce fizera maravilhas."
(O Caso de Bridey Murphy – págs. 93-94)
233
mim: “Somente num pensamento precipitado é
que se poderá negá-la (a reencarnação) sob o
fundamento de ser um absurdo.
234
→ A idéia de que o Novo Testamento apóie a
reencarnação é fruto de interpretações
equivocadas, facilmente esclarecidas
mediante análise dos textos. Noutro
trabalho de nossa autoria, específico sobre
a reencarnação, esta questão será aclarada.
235
A fama que Morey Berstein conquistou na década de
1950, com a história de Bridey Murphy, é semelhante à
obtida por Brian Weiss alguns anos mais tarde, com a
aventura de Catherine. Entretanto, podemos destacar
algumas diferenças entre as duas personagens:
236
A regressão obtida por Morey Bernstein não foi a
primeira na história do regressionismo, antes dela outros
pesquisadores empreenderam diversas experiências que
foram divulgadas mais discretamente. Esses trabalhos não
se tornaram conhecidos com tanta amplitude quanto a
aventura narrada pelo empresário.
237
Virgínia retirou informes que permitiram a montagem do
enredo em seu inconsciente.
238
É provável que quando menina, Virginia ouvia
embevecida as narrações de sua vizinha irlandesa. E a
gentil senhora sentia-se satisfeita com a atenção da
menina. Muitas pessoas de idade estão constantemente
sozinha e quando encontram alguém que lhes queira
ouvir as lembranças da juventude, sentem-se jubilosas.
Os encontros eram gratificantes para as duas: a senhora
revivia as saudosas aventuras da infância e a garotinha
deixava a imaginação vagar deslumbrada. Provavelmente
passassem horas seguidas nesses colóquios.
239
vai contar-me quais as cenas que vêm ao
espírito...Que viu? Que viu?
― Uhmm...Friday.
― Friday.
― Ahn...Friday Murphy.
― ...Moro em Cork.
240
― Uhm-uhm.
― Kathleen.
― Duncan...Duncan Murphy.
241
Todos os elementos necessários para a criação da
personagem estavam presentes nas reminiscências de
Virginia Thige. Quando Morey Berstein instou para que
ela recordasse uma existência pregressa, não titubeou,
recolheu nas doces lembranças da infância os
ingredientes para elaborar o roteiro.
242
CAPÍTULO 14
Conclusão
243
psicologia e de psiquiatria. Esta é uma questão
importante, pois significa que o processo não apresenta
formulações teóricas adequadas.
244
É do espiritismo que temos de extrair os conceitos
teóricos sobre a reencarnação, visto que a TVP não
apresenta uma teoria própria. Pois bem, no meio espírita
existem duas posições distintas: alguns apóiam
ostensivamente o regressionismo, outros o condenam
com firmeza.
245
certa polêmica em torno do assunto. De um lado,
alguns defendendo a prática e de outro, pessoas
considerando a inadequação dela. E nós,
dirigentes espíritas, como devemos nos
posicionar em face da nova onda? O que vamos
escrever aqui, visa convidar você a uma reflexão
sobre o assunto. Queiram ou não, os espíritas
estão ligados indiretamente à TRVP, por razões
que veremos adiante. ...
...
Até aí, tudo bem! Compreende-se esta atitude,
quando possivelmente estejam querendo evitar
que estas práticas venham instalar-se nos
centros espíritas. Já temos neles problemas
demais. Porém, o que esses profissionais
parecem não entender, é que nós que militamos
no Movimento Espírita, precisamos saber de
algumas particularidades dessa técnica pela
simples razão de que grande parte dos "clientes"
são os espíritas ou simpatizantes do Espiritismo.
Como a teoria reencarnacionista está
intimamente ligada ao processo, as pessoas
acabam ligando uma coisa a outra. Além disso,
existe uma velada propaganda da nova moda nos
centros espíritas. ...
...
A Dra.Maria Júlia Prieto Perez, considerada uma
autoridade nesta prática, tem afirmado repetidas
vezes que esta técnica de terapia alternativa,
quando mal utilizada, oferece perigo aos seus
praticantes. Não explica quais. Deveria fazer um
trabalho de cunho científico, ao alcance da
sociedade, informando-a a respeito. Um fato que
a médica parece não levar em consideração, e
que nos parece fundamental, é a condição
profissional do terapeuta. Afirma que qualquer
deles, da área médica ou psicológica, pode
utilizar a técnica, desde que seja preparado pelo
Instituto criado por ela, não importando, inclusive,
246
se tenha ou não conhecimentos no campo das
ciências da mente. Diz ainda não ser necessário
que o terapeuta creia na reencarnação para se
utilizar dos métodos regressivos. ...
...
Alegam os terapeutas que defendem a TRVP,
que por ela o paciente libera cargas emotivas
reprimidas no inconsciente, instaladas ali por
experiências infelizes, oriundas de outras vidas
ou vivências. Quem vive o trabalho espírita sabe
que, quando isso é necessário, os instrutores
desencarnados provocam os tais "sonhos", em
quem esteja precisando, durante o período de
sono, que todos nós, naturalmente, vivenciamos.
Estes sonhos fazem o indivíduo se conscientizar
do porquê sofre. ...
...
A médica Maria Júlia, maior propagadora da idéia
no Brasil, tem procurado justificar a utilização
desta terapia alternativa, fazendo-se valer de uma
colocação existente em O Livro dos Espíritos,
questão 339, que diz que o passado de uma
criatura pode lhe ser revelado em "certas
circunstâncias". Para isso utiliza e divulga a
técnica. Entretanto, existem ao menos uma
dezena de textos nas obras de Allan Kardec, em
que os Espíritos Superiores afirmam que a
lembrança do passado não traria benefício algum,
podendo inclusive perturbar o ser encarnado.
Além do mais, a técnica hoje é usada de forma
larga e se difundiu de maneira perigosa, fora dos
domínios do seu Instituto. ...
...
Diremos que, enquanto permanecer como está,
como uma ciência de homens, sem fundamentos
morais e sem aprovação da comunidade
científica, a TRVP - Terapia Regressiva a
Vivências Passadas, deve ser considerada pelo
247
bom senso espírita uma terapia não
recomendada a quem quer que seja."
(Site Nova voz - Grupo Espírita Bezerra de
Menezes)
248
AS INCONSISTÊNCIAS DO REGRESSIONISMO
249
A História e a Arqueologia seriam altamente favorecidas
se as lembranças tivessem real profundidade. Até hoje
essas ciências não foram beneficiadas: os que regridem
não revelam qualquer informação importante.
250
indivíduo frente à vida. A TVP despreza esta realidade e
leva o assunto para o brumoso campo das vidas
pregressas.
251
FINALMENTE...
252
assim admire as realizações daquele povo, apresentará
uma narrativa medíocre.
253
É claro que o resultante de uma sugestão direcionada não
seria uma “autêntica” recordação, visto que advém de
uma sugestão inculcada ao paciente. Apesar disso, tais
lembranças são ricas em detalhes e quase sempre melhor
elaboradas que as supostas lembranças reais. Portanto,
tanto faz uma recordação induzida (falsa) quanto uma
lembrança livre (“real”) que o resultado é o mesmo.
Nenhuma garantia existe de que quaisquer recordações
sejam verazes.
254
UMA INDAGAÇÃO...
255
____________________
256
apresentadas deverão ser revistas. Por enquanto, tudo o
que se tem sobre vidas passadas é um grande vazio
teórico preenchido com mil fantasias.
M Moonnttaallvvããoo
M..M
257
PRINCIPAIS OBRAS CONSULTADAS
20 Casos Stevenson, Ian; Editora Difusora Cultural –
Sugestivos de tradução de Agenor 1966
Reencarnação Pegado e Sylvia Melle
Pereira da Silva
258
PRINCIPAIS OBRAS CONSULTADAS
Bíblia Sagrada Tradução da Vulgata Paulinas – 1979
pelo pe. Soares,
Matos
Compêndio Huisman, Denis; Freitas Bastos – 1964
Moderno de André Vergez
Filosofia
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PRINCIPAIS OBRAS CONSULTADAS
O Caso de Bridey Bernstein, Morey; Empresa Editora O
Murphy tradução de Leônidas Pensamento – 2ª Edição
Gontijo de Carvalho
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