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aaINTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
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empreendedorismo
Dolabela (1999), assim como Dornelas alternativas e diferenciais que lhe ajudaram a
(2012), afirma que a importância do empre- se destacar, assumindo os riscos calculados.
endedorismo dá-se devido à participação das
No final do século XIX e início do século
pequenas e médias empresas no Produto In-
XX, os empreendedores foram frequentemente
terno Bruto (PIB) do País, que chega a atingir
confundidos com os gerentes ou administrado-
em alguns casos 50% deste.
res ao serem analisados como aqueles que or-
Dados publicados pelo SEBRAE em 2010 ganizam, dirigem e controlam a empresa (Dor-
mostram que no período de 2000 a 2008 o nú- nelas, 2012).
mero de micro e pequenas empresas mais do
Porém segundo o mesmo autor, o empre-
que dobrou, passando de 4,1 milhões para 5,7
endedor de sucesso possui características ex-
milhões. (Agenda Estratégica das Micro e Pe-
tras, além dos atributos do administrador, e
quenas Empresas 2011-2010).
alguns atributos pessoas que somados as ca-
Este mesmo estudo publicado pelo SEBRAE racterísticas sociológicas e ambientais, permi-
aponta que as Micro e Pequenas empresas tem tem o nascimento de uma nova empresa. Estas
importância fundamental para economia, uma características são descritas como:
vez que representam:
ff Ser visionário;
ff 98% das empresas existentes no País;
ff Saber tomar decisões corretas na hora cer-
ff 21% do PIB; ta;
ff 52% do total de empregos com carteira as- ff Fazer a diferença, transformando uma ideia
sinada; abstrata em algo concreto;
Por sua vez, Degen (1989) afirma que a ri- ff Sabem explorar ao máximo as oportunida-
queza de uma nação é medida por sua capaci- des;
dade de produção dos bens e serviços necessá- ff São determinados e dinâmicos, ultrapassan-
rios para o bem-estar da população, plantando do os obstáculos e atropelando as adversi-
a ideia de que os problemas socioeconômicos dades;
podem ser solucionados através da criativida-
ff São dedicados, chegando muitas vezes a
de e da livre iniciativa dos empreendedores.
comprometer até seu relacionamento com a
Sendo empreendedores as pessoas que família e amigos;
perseguem o beneficio trabalhando individual
ff São otimistas e apaixonados pelo que fazem;
ou/e coletivamente, inovando, identificando e
criando oportunidades de negócios através de ff São independentes e constroem o próprio
uma combinação de recursos a fim de extrair destino;
os melhores benefícios de suas inovações em ff Acreditam que o dinheiro é consequência do
um meio incerto (De Mori, 1998, em Dolabe- sucesso;
la,1999).
ff São líderes e formadores de equipe;
Para Dornelas (2012) empreendedor é
ff Possuem grande rede de relacionamento
aquele que faz as coisas acontecerem se an-
(networking);
tecipa aos fatos e tem uma visão futura da or-
ganização. ff Planejam cada passo de seu negócio;
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de forma minuciosa através de estudos cons- nas empresas que passou de 49,4% para 22%
tantes do mercado e de seu tempo de experi- de 2002 para 2005, segundo os estudos apon-
ência. tados pelo SEBRAE em 2006.
Esta necessidade do conceito de gestão de O gráfico abaixo mostra a mortalidade de
negócio torna-se claramente visível ao anali- empresas de 2 anos, para aquelas constituídas
sarmos o índice de mortalidade dessas peque- em 2006, no Brasil e por regiões:
Para todo novo empreendedor, por mais lhe dar outro norte ao negócio: orientações de
experiente que possa ser, é interessante a mercado poderão indicar o melhor negócio a se
busca por especialistas no assunto, tanto como iniciar, pois nem sempre o que sabemos fazer
empreendedorismo, como com foco no negócio por experiências em outras empresas pode ser
específico que está a se abrir. A busca por pro- o melhor, podendo estar saturado o mercado,
fissionais, ou empresas especializadas, poderá estarmos nos instalando no segmento errado.
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A ética é o estudo do juízo de apreciação que se pautado em Missão, Visão e Valores, onde a
refere à conduta humana suscetível de qualificação ética é a sustentação do quesito valores.
do ponto de vista do bem e do mal, seja relati-
Não podemos afirmar que quando pensa-
vamente à determinada sociedade, seja de modo
absoluto (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira). mos em ética concordamos em não falar mal
de alguém ou de alguma empresa, visto que
Ética - É a teoria ou ciência do comportamento hoje a ética dentro do mundo corporativo vai
moral dos homens em sociedade (Adolfo Sánchez muito além. Não é como no início do capita-
Vázquez). lismo, quando somente se visava lucros para
companhias, onde a classe trabalhadora era
A moral é o conjunto de regras de conduta con-
fruto da desigualdade social pelo poder rentis-
sideradas como válidas, quer de modo absoluto
ta das companhias. Não se tinha ética, muito
para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou
menos moral, em relação a avassalar a classe
pessoa determinada (Aurélio Buarque de Holanda
trabalhadora em função de lucros. Entretanto,
Ferreira).
esta visão vem mudando, acreditamos que não
A ética nos negócios não está somente no na velocidade que todos almejam, mas o im-
papel, e, sim, nas posturas dos executivos, as- portante é que vem mudando também o foco
sim como das empresas. Hoje a maioria das em busca de novos significados sobre ética e
empresas tem seu próprio “código de ética”, moral.
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empreendedorismo
Algumas entidades oferecem, além de en- O novo empreendedor deve buscar orien-
contros sobre ética, prêmios para empresas de tações em entidades de classe ou que visam
destaque por promoverem à ética dentro de direcionar pequenas empresas a situações
suas organizações o que vem a refletir den- normais de mercado, pautando o aprendizado
tro do mercado como um todo. O empreende- voltado ao atendimento da ética, atendimento
dor deve ter como objetivo iniciar seu negócio a legislações vigentes e aos anseios da socie-
cumprindo, além de suas obrigações fiscais, dade.
suas obrigações morais, como por exemplo,
A adoção de programas de treinamento,
preços justos em seus produtos; focar sempre
encontros, palestras e exemplos dentro das or-
um padrão de qualidade que o cliente almeja
ganizações se tornam positivos para aderência
e focar em produções com visão ambientalista,
de programas de ética nos meios corporativos,
qualificando seus colaboradores operacionais
programas estes que nem sempre são aplica-
a trabalharem de forma segura e sustentável,
dos fora do ambiente de trabalho.
sempre com foco no meio ambiente além do
quesito produtividade.
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Não basta apenas gerar emprego, o em- so em seus posicionamentos.” (Matos, 2008,
prego deve ser gerado com sustentabilidade. p.13).
Deve-se pregar ética, pensar ética e praticar
O empreendedor deve ter o lucro como
ética.
objetivo e a ética como dever. Sem a ética
“A visão sobre a ética do lucro significa nos negócios, o empreendedor estará ferindo,
limpar a consciência empresarial da confusão além de princípios, o próprio cliente. Pense em
e prática distorcida, responsável pelo fracas- sustentabilidade.
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Outras 16%
Por sua vez, Chiavenato (2007) aponta ff Experiência pessoal: obtida em casa, no tra-
quatro categorias usualmente identificadas balho ou em qualquer outro lugar, onde em-
como fontes de ideias, são elas: pregados veem a possibilidade de modificar
produtos existentes, aprimorando-os ou re-
produzindo em um local diferenciado;
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Assim, estará possibilitando o processo de 11. Os nichos de mercado para o negócio estão
desenvolvimento de “ideias iniciais” e aprimo- definidos?
rá-las a uma forma que possa ser comercia- 12. Existe possibilidade de integração com ou-
lizada. É um processo longo de tentativas e tros negócios?
erros da postura do empreendedor perante a
criação de oportunidades no mercado. 13. Todos os colaboradores necessários foram
identificados?
Em seguida, é necessário analisar essa
oportunidade sob alguns fatores, sendo o prin- 14. Foram previstos serviços de pós-vendas aos
cipal deles a compatibilidade e adequação às clientes?
características pessoais do empreendedor. A
Em Dornelas (2012) afirma que os 3M´s
seguir especificamos dois modelos atuais que
auxiliam o empreendedor a analisar o potencial
ajudam no processo de avaliar a oportunidade
da oportunidade.
no mercado. São eles:
O método 3M´s é realizado respondendo
Para o SEBRAE, deve-se avaliar a oportu-
diversas questões sobre o tema:
nidade de negócio fazendo as seguintes ques-
tões: ff “Demanda de Mercado”,
2. Os produtos e serviços do negócio estão ali- Essas questões envolvem tanto o público
nhados com as tendências globais? alvo quanto as forças do negócio e seu retor-
3. O negócio interessa a algum investidor? no. Ou seja, são uma maneira abrangente de
envolver questões críticas que auxiliaram da
4. São conhecidos os detalhes, as necessida-
escolha das melhores oportunidades a serem
des e expectativas dos clientes?
desenvolvidas pelo empreendedor.
5. Os processos foram projetados de forma a Em síntese, a análise da oportunidade
criar valor para os clientes? identificada, com o roteiro prático sugerido
6. Estão previstas alianças ou parcerias com pelo SEBRAE e o critério do autor, ajuda a ava-
os fornecedores? liar quanto à ideia é atrativa e pode agregar ao
negócio.
7. As parcerias previstas visam o atendimento
de 100% das expectativas dos clientes?
aaPLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
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Figura 4 Os níveis do planejamento. Fonte: Adaptado de Oliver e Pinho (1999) apud Follman (2007)
Como pode ser visto o nível mais alto esta Segundo Chiavenato (2004) o planejamen-
relacionada às decisões estratégicas, enquanto to estratégico deve conter:
o nível logo abaixo é o que realiza o que foi de-
ff Definição da missão e visão da empresa;
cidido estrategicamente, por último é no nível
operacional que são realizadas as ações que ff Definição do negócio;
farão as metas serem atingidas. ff Estabelecimento dos objetivos específicos da
O planejamento estratégico deve ser rea- empresa;
lizado de forma a se tornar um referencial a ff Definição da estratégia da empresa;
empresa, contendo objetivos, estratégias e
ff Declaração de premissas do planejamento;
ações que a empresa deve tomar para se man-
ter sustentável ao longo do tempo. ff Estabelecimento dos objetivos estratégicos
de longo prazo.
Segundo Kotler, Armstrong (2003, apud
Follman 2007) um planejamento estratégico A missão da empresa esta relacionada ao
realizado de forma criteriosa rende muitos be- papel que a organização deve cumprir na so-
nefícios para os diversos setores da empresa ciedade representando sua identidade (Dorne-
contribuindo para antecipação de mudanças las, 2012). Enquanto isso a visão da empresa
inesperadas do mercado. demonstra o que ela quer no futuro, aonde ela
quer chegar.
O Planejamento começa quando a adminis-
tração se utiliza de informações do ambiente A definição do negócio contém um detalha-
externo e seus pontos fortes e fracos já de- mento das unidades estratégicas que a empre-
finidos para desenvolver sua visão em longo sa deseja seguir, mantendo, acrescentando ou
prazo. (Churchill e Peter, 2007 apud Follman eliminando-as de acordo com os objetivos do
2007). empreendedor. Além disso, os pontos fortes e
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fracos (forças e fraquezas) do negócio devem tratégias para manter os pontos fortes, redu-
estar bem explorados neste tópico. zir os pontos fracos, ao mesmo tempo em que
se aproveitam as oportunidades e se protege
Os objetivos devem descrever os resulta-
das ameaças, ou seja, adotar estratégias que
dos pretendidos com a realização da missão,
buscam a sobrevivência, crescimento ou ma-
ou seja, onde a empresa estará ao atingir a
nutenção da empresa.
sua missão.
Para analisar da matriz SWOT deve levar
A definição da estratégia da empresa mos-
em conta as questões macroambientais e as
trará o caminho que o empreendedor deverá
microambientais, as primeiras correspondem
seguir para atingir seus objetivos, metas e a
aos fatores econômicos, demográficos, tec-
missão da empresa.
nológicos e legais, enquanto isso a segunda é
Outro ponto importante que deve ser re- composta pelos clientes, concorrentes, distri-
alizado no Planejamento Estratégico é análise buidores e fornecedores da empresa, ou seja,
SWOT, que levanta os pontos fortes e fracos, são questões que afetam diretamente a em-
oportunidades e ameaças, consolidando os as- presa.
pectos mais importantes ao negócio.
A figura 5 representa a análise SWOT.
Oliveira (1991, apud Follman 2007) afirma
que o objetivo desta análise é definir as es-
S W O T
A análise SWOT demonstra uma visão geral dedor ferramentas para tomar algumas deci-
dos dois ambientes, fornecendo ao empreen- sões antecipadamente.
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ff Conhecer melhor de seus pontos fortes (va- 2. O que você realmente vende?
riável que lhe proporciona uma vantagem
3. Qual o seu mercado alvo?
sobre as demais);
ff Conhecer e minimizar os seus pontos fracos O plano de negócios não deve ter caráter
(variável que lhe proporciona desvantagem estático, mas sim dinâmico para acompanhar a
em relação às demais empresas); evolução do ambiente em que a empresa esta
inserida. Outra característica importante do
ff Conhecer e usufruir das oportunidades ex-
plano de negócio é seu procedimento lógico e
ternas (variáveis que não podem ser contro-
racional, substituindo o comportamento intuiti-
ladas pela empresa, mas que podem favorá-
vo que seria utilizado nas tomadas de decisões.
vel sua estratégia);
Enfim, pode-se dizer que o plano de negó-
ff Conhecer e evitar as ameaças externas
cio é, portanto, um instrumento que permite
(variáveis incontroláveis pela empresa que
ao empreendedor condensar as informações
criam obstáculos na sua estratégia);
que são obtidas no mercado, buscando sensi-
Dolabela (2007) afirma que o plano de bilizar os parceiros e os investidores. Possibili-
negócio deve ser realizado por vários motivos tando também, verificar as diversas influências
sendo três fundamentais: ambientais incidentes sobre o novo negócio,
minimizando os riscos. (Dolabela, 1999).
ff É um instrumento de minimização de riscos;
Degen (1989) afirma que para obter suces-
ff É também uma linguagem de comunicação
so com a elaboração de um negócio o desenvol-
do empreendedor com outros e com ele
vimento deve seguir três etapas: identificar a
mesmo;
oportunidade e coletar informações sobre ela,
ff Da subsidio ao exercício da liderança, atra- desenvolver o conceito e identificar as amea-
vés da fundamentação do sonho e da visão. ças, o potencial de crescimento que auxiliaram
na estratégia competitiva e a implementação
Chiavenato (2004) nos mostra que “para
do negócio, que deve ser iniciado através da
ser bem sucedido, o empreendedor precisa
elaboração do plano de negócio.
planejar o seu negócio, improvisar jamais”.
Para isso o autor enfoca que o planejamento é Não existe um plano de negócio de estru-
o estudo antecipado das ações que serão colo- tura rígida e correta, cada empresa deverá ter
cadas em prática com o intuito de atingir o seu suas particularidades que considera impor-
objetivo através da previsão dos acontecimen- tante para seu negócio, da mesma forma que
tos que irá auxiliar na decisão do caminho mais existiram semelhanças, tornando difícil ou até
adequado a ser seguido. quase impossível definir um modelo padrão
para o plano de negócio.
Assim, os aspectos chaves que devem ser
focados em qualquer plano de negócios são Chiavenato (2007) afirma que o plano de
descritos com respostas às seguintes questões negócio deve responder algumas perguntas
(Bangs, 1998): fundamentais onde o empreendedor deve le-
var em conta as seguintes etapas demonstra-
1. Em que negócio você está?
das na figura 6.
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Muitos empreendedores deixam de lado o o mesmo que um avião com ou sem plano de
plano de negócios, alegando experiência, ou voo, numa tempestade.
seja, não precisam de plano para fazer gestão
Segundo Dornelas (2008), o plano de ne-
da empresa; outros alegam que sempre tra-
gócios, tem como público alvo:
balharam assim e deu certo, e que não seria
um plano de negócios que mudaria o rumo da ff Mantenedores de incubadora (SEBRAE, Uni-
empresa, pois está sempre ganhando. Real- versidades, etc.);
mente enxergamos empresas que operam sem ff Parceiros, para utilização de esclarecimentos
o mínimo de planejamento e estão ganhando, e definições de estratégias;
porém poderiam ganhar muito mais e aprovei-
ff Bancos, para liberação de linhas de crédito;
tar melhor as oportunidades oferecidas. Outro
cuidado que deveriam ter é a mudança rápida ff Investidores, como por exemplo, BNDES, ou
e radical que o mercado vem tendo, principal- outras empresas que se interessem pelo ne-
mente nos momentos de crise ou pós-crise, gócio, como investimento;
quando, em se tendo suporte de um planeja- ff Fornecedores, para liberação de limite de
mento seria mais fácil de encarar as dificulda- crédito, e prazos de pagamento;
des e haveria orientação de rumos a tomar. É
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ff Clientes, para compra com credibilidade, e ff Plano de negócios resumido: este ficando em
publicidade da empresa. até 15 páginas, com informações resumidas,
ou seja, informações macro sobre o negócio,
Existem vários modelos para plano de ne-
destinadas a investidores, por exemplo;
gócios, modelos por atividades da empresa,
por tamanho da empresa. Não existe um ta- ff Plano de negócios operacional: este utili-
manho ideal para um plano de negócios, e sim zado no ambiente interno da empresa para
o objetivo do plano de negócios, ou seja, qual diretores para tomada de decisões, com ta-
o público alvo que a empresa queira atingir, manho variado, dependendo do tamanho da
como, por exemplo, uma instituição financeira empresa ou sua complexidade.
para captação de linha de crédito para inves-
Lembramos então que o plano de negócios,
timentos.
não somente serve para iniciar um negócio,
Dentre os modelos existentes classifica- serve para empresas já fixadas no mercado,
mos, como: para o lançamento de um novo produto, ou um
ff Plano de negócios completo: para se pleitear novo negócio, para captação de recursos finan-
grande quantidade de dinheiro, para inves- ceiros, enfim, o plano de negócios é uma fer-
timento, podendo chegar perto de 40 pági- ramenta de extrema importância para tomada
nas, mais anexos contendo planilhas e ou- de decisões estratégicas como, por exemplo, a
tros documentos que se julgar necessário; viabilidade do negócio.
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aaANÁLISE DE MERCADO
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aaPLANO DE MARKETING
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Degen (1989) coloca levanta ainda alguns O produto deve ser posicionado no merca-
pontos importantes relacionados ao consumi- do a fim de atender as expectativas e necessi-
dor a serem analisados nesta seção, como: dades do cliente, assim a empresa deve bus-
car estabelecer uma imagem do produto para
ff O que influencia no processo de decisão do
os clientes, tornando-os melhores e mais bem
consumo;
aceitáveis do que os produtos da concorrência
ff Aspectos econômicos que podem influenciar (Dornelas,2012).
na compra do produto/serviço;
Ainda segundo o mesmo autor, em um pla-
ff Aspectos demográficos, como o crescimento no de negócio devem-se destacar na descrição
populacional, mudanças da faixa etária dos do produto as características e benefícios, rela-
consumidores, grau de escolaridade. cionando os aspectos físicos e a sua funciona-
lidade a satisfação que o produto pode propor-
Por sua vez, quando se trata dos concor-
cionar aos clientes.
rentes, Costa (2007, apud Follman, 2007) afir-
ma que o empreendedor nunca deve agir como São consideradas ainda neste tópico as
se não tivesse concorrentes, pois seu empre- características tangíveis tais como: qualidade,
endimento pode ser um facilitador e servir de desenho do produto, marca, embalagem, lo-
exemplo para novos concorrentes que poderão gomarca, tamanhos, garantia e atendimento.
trazer novidades sobre o produto que o empre-
endedor irá comercializar. Preço
Já os fornecedores são considerados pelo
Segundo Dolabela (2007) o preço deve ser
mesmo autor, um elo importante no sistema da
estabelecido levando em conta alguns fatores
empresa, pois são eles que proveem os recur-
de elevada importância, como por exemplo, o
sos necessários para sua produção.
preço que o consumidor estaria disposto a pa-
Ainda nesta seção, pode-se incluir tam- gar (valor agregado), o preço do concorrente e
bém, caso haja um estudo, o feedback do pro- os custos da empresa, como mostra a figura 7:
duto, mostrando assim o nível de satisfação do
Figura 7 Fatores que afetam a decisão do preço. Fonte: Kotler e Armstrong (2003, apud Follman 2007)
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O mesmo autor aborda ainda três diferen- Basta, Marchesini e Oliveira (2006, apud
tes políticas de preços que podem ser adota- Follman 2007) mencionam que a organização
das: estabelece diversas formas de comunicação
que visam promover os seus produtos, servi-
ff Política de desnatamento: o preço adotado é
ços e benefícios, valores e marca, bem como
muito maior do que o esperado pelos clien-
fortalecer o relacionamento com os clientes.
tes, esta política geralmente é utilizada para
produtos exclusivos, que estão sendo lança- A promoção está intimamente ligada com o
dos agora no mercado, como por exemplo, público alvo que quer atingir podendo ser rea-
um livro ou uma camiseta comemorativa. lizada de diferentes maneiras como: amostras,
cupons, ofertas, pacotes promocionais, brin-
ff Política de penetração: o preço fixado é me-
des, prêmios promoções combinadas entre ou-
nor que o esperado com intuito de conquis-
tros, devendo ser escolhida a mais apropriada
tar o mercado, no entanto deve-se estar
ao perfil da empresa e de seus consumidores.
sempre atento a reação dos concorrentes.
Assim de acordo com o objetivo da em-
ff Política de bloqueamento: esta política ado-
presa uma ou mais estratégias de mix de ma-
ta um preço muito baixo para determinado
rketing podem ser adotadas, podendo alterar
produto, mesmo que este dê prejuízo, por
as variáveis separadamente ou em conjunto
um período determinado, com o objetivo de
de forma que a empresa consiga colocar os
conquistar o mercado acirrado do mesmo,
seus produtos no mercado atraindo os clien-
no entanto deverá haver algum material ca-
tes e consolidando sua marca. Ao atingir essa
paz de suprir estes prejuízos gerados.
diferenciação a empresa passará a ocupar um
papel de destaque perante o mercado, seus
Estratégias Promocionais (Promoção) clientes e concorrentes.
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empreendedorismo
Uma boa equipe de vendas estruturada dispensável uma boa localização, pois mesmo
pode fazer o diferencial no mercado e junto ao que possuir condições financeiras e habilidades
seu concorrente. Vendedores que conheçam o no negócio ao abrir seu empreendimento em
mercado e dominem o produto. A contratação uma localização inadequada o empreendedor
de representante comercial deve acontecer tem grandes chances de colocar tudo a perder
quando a área de cobertura geograficamente devido a sua capacidade de atrair clientes.
identificada for muito grande e desconhecida,
Segundo o SEBRAE (2013), a localização é
porém com cuidados a serem tomados na con-
fundamental para o sucesso do negócio e deve
tratação, sempre com contratos trabalhistas
levar em consideração os seguintes aspectos.
orientados por especialistas no assunto.
ff Analise o contrato de locação, as condições
Um canal bastante utilizado é o meio tele-
de pagamento e o prazo do aluguel do imó-
fônico, muito aderente ao processo de venda.
vel;
ff Verifique as condições de segurança da vi-
Localização do Negócio (Praça)
zinhança;
Envolve as atividades da empresa que co- ff Observe a facilidade de acesso, o nível de
locam o produto disponível e conveniente para ruído, as condições de higiene e limpeza e
os consumidores. a existência de locais para estacionamento;
Existem diferentes maneiras de o produto ff Fique atento para a proximidade dos clien-
chegar ao consumidor final, podendo ser uti- tes que compram seus produtos e o fluxo de
lizado os canais de venda direta ou indireta pessoas na região;
(através de distribuidores) dependendo do tipo
ff Lembre–se de certificar da proximidade de
de serviço e produto que será oferecido.
concorrentes;
Dornelas (2007) afirma que através de
ff Avalie a proximidade dos fornecedores, pois
análises logísticas, a empresa poderá esta-
isso influencia no prazo de entrega e no cus-
belecer a forma de distribuição que seja mais
to do frete;
adequada para o seu tipo de produtos/serviços
oferecidos. ff Visite o ponto pelo menos três vezes, em ho-
rários alternados, para verificar o movimen-
Kotler (2006 apud Follman 2007) susten-
to de pessoas e de veículos no local.
ta que em um empreendimento torna-se in-
aaPLANO OPERACIONAL
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empreendedorismo
Esses, entre outros fatores auxiliam a em- As influências de um layout bem definido
presa a escolher o melhor local para sua ins- são:
talação. ff Produtividade, com maior eficiência;
Não devemos esquecer que este é o mo- ff Desperdício de trabalho controlado;
mento de analisar o local de instalação da
ff Áreas de estoque com maior facilidade de
empresa com uma maior profundidade, seja
identificação dos produtos;
ela indústria ou comércio, ou ainda somente
prestadora de serviços. O local de instalação ff Facilidade de visualização entre departa-
tem tudo a ver com o tipo de negócio que será mentos ou áreas produtivas, facilitando a
montado, principalmente quando se tratar de comunicação entre elas.
indústria.
Ao planejar os requisitos iniciais da sua
Alguns aspectos devem ser analisados com planta, o empreendedor deve evitar espaços
maior profundidade. desnecessários, adequando sua edificação a
cada tipo de operação, envolvendo um arranjo
ff Contrato de locação, com o cuidado em ve-
de instalações físicas a fim de contribuir para a
rificar condições financeiras e condições de
eficiência das operações.
pagamento para o aluguel;
Rocha (2008 apud Follman 2007) cita que
ff Verificação do local onde o prédio ou galpão
o foco do arranjo físico é maximizar as funcio-
estão instalados, como vizinhança e acesso,
nalidades da operação:
por exemplo;
ff Reduzir o tempo de execução das atividades,
ff Acesso aos clientes e fornecedores.
menor tempo entre ciclos de fabricação;
Outra opção é a compra de terreno para
ff Utilizar, da melhor forma, o espaço físico;
construção do imóvel, ou imóvel já pronto.
Porém, para as duas opções, além dos itens ff Reduzir ao mínimo a movimentação de ma-
acima, devem se observar se há condições de teriais, produtos e pessoas;
crescimento do negócio, assim como legislação ff Evitar investimentos desnecessários;
do município, para verificação das leis locais,
ff Oferecer melhores condições de trabalho;
pois se deve atender a todas.
ff Permitir a manutenção e possibilitar a super-
Esta consulta deve ser feita na Prefeitura
visão de produção e pessoas;
da cidade, assim como Corpo de Bombeiros,
vigilância sanitária, para verificação de possí- Assim, o arranjo físico se preocupa com o
veis implicações. posicionamento físico dos recursos e determi-
nar a maneira como os recursos transformados
Layout ou arranjo físico fluem na operação influenciando diretamente
na produção (Slack et al., 2007).
É a forma de distribuição de móveis ou
equipamentos dentro das áreas, ou seja, den- Existem no mercado empresas especialis-
tro de um escritório como ficarão distribuídas tas em projetos de layouts, tanto para comér-
as mesas de trabalho; em uma área fabril, cio como para indústria, sempre com foco em
como ficarão distribuídas as máquinas dentro produtividade e segurança dos trabalhadores.
do setor produtivo, com visão das entradas e Exemplo ilustrativo de um layout:
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Figura 9 Fluxograma de treinamento. Figura extraída da Internet (Fonte: Fonte: USP. Codage.)
Por fim, é necessário incluir a quantidade elaborar uma planilha no Excel de forma sim-
de pessoas com vínculo na empresa. Deve-se ples, apresentando alguns aspectos essenciais,
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Funcionários da Empresa X
Salário/
1/3 13 Outros Por Por
Quantidade Função Pró FGTS INSS
Férias Salário Encargos Mês Ano
Labore
aaPLANO FINANCEIRO
Gitman (1997) afirma que todo empreen- é à saída de caixa relevante ao instante zero
dimento envolve um volume de capital neces- para o empreendimento.
sário ao seu desenvolvimento, e esse volume
depende da necessidade do negócio. Estimativa de investimentos
O mesmo autor coloca o planejamento fi-
É necessária fazer uma estimativa de in-
nanceiro como uma ferramenta fundamental
vestimentos iniciais, ou seja, determinar o
para qualquer empreendimento comparando-o
total de recursos a ser investido para que a
com um mapa que fornece direção, controle e
empresa comece a funcionar. Entretanto, para
coordenação para as empresas atingirem seus
facilitar a compreensão separe em três tipos
objetivos.
de investimentos que totaliza o investimento
Neto (2009 apud Signor, 2011) sustenta inicial.
que a administração financeira procura prover
ff Investimentos fixos/permanente;
para empresa recursos de caixa suficientes de
mofo a respeitar os vários compromissos assu- ff Investimentos financeiros (capital de giro e
midos, além de promover a maximização dos estoque inicial);
seus lucros. ff Investimentos pré-operacionais.
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empreendedorismo
Investimento Fixo/Permanente
Máquinas e equipamentos
Ordem Valor
Descrição Quant. Total
Patrimonial Unitário
M&E - 1
M&E - 2
M&E - 3
M&E - 4
M&E - 5
Subtotal R$
b) Móveis e utensílios
Investimento Fixo/Permanente
Móveis e utensílios
Ordem
Descrição Quant. Valor Unitário Total
Patrimonial
M&U - 1
M&U - 2
M&U - 3
M&U - 4
M&U - 5
Subtotal R$
c) Veículos
Investimento Fixo/Permanente
Veículos
Ordem Valor
Descrição Quant. Total
Patrimonial Unitário
V-1
V-2
V-3
V-4
V-5
Subtotal R$
TOTAL Subtotal
R$
Investimentos Fixos (A+B+C)
153
empreendedorismo
Capital de Giro
Total R$
154
empreendedorismo
Estoque Inicial
Valor
Item Descrição Quant. Total
Unitário
Subtotal R$
Investimentos Pré-Operacionais R$
Despesas de legalização
Publicidade
Cursos e treinamentos
Outras despesas
Total
155
empreendedorismo
Total
As previsões de vendas devem ser basea- na fabricação do produto, ou, no caso do co-
das na avaliação do potencial do mercado em mércio, de todas as mercadorias que serão
que você irá atuar e na sua capacidade de pro- compradas para revenda, assim como na área
dução. Faça suas estimativas de faturamento de serviços todos os materiais utilizados nes-
para um período de, pelo menos, 12 meses. tes. Embalagem é outro ponto importante de
Seja cauteloso ao projetar as receitas e verifi- análise de custos, pois, assim como matéria-
que se existem épocas em que as vendas au- -prima, é considerada custo variável, ou seja,
mentam ou diminuem como no Natal ou nas pode subir ou diminuir o preço de compra. Daí
férias escolares. a necessidade de estar sempre atento a esta
movimentação e haver muito relacionamento
Estimativa dos Custos com Materiais e/ com seus fornecedores para coleta de informa-
ou Insumos ções de posicionamento de mercado, quanto
ao custo das matérias-primas e embalagens.
É de extrema importância o conhecimen-
to de todos os materiais que serão utilizados
Produto 1
Valor
Item Descrição Quant. Unidade Total
Unitário
Total R$
156
empreendedorismo
Produto 2
Valor
Item Descrição Quant. Unidade Total
Unitário
Total R$
ff Matéria Prima: Pode ser de origem animal, Nesta fase é necessário se calcular os
vegetal ou mineral, que se destina em seu Custo com Materiais (CM – para Indústria) ou
estado bruto ou semimanufaturado para Custo dos Materiais Vendidos (CMV – para o
produção industrial de um produto acabado Comércio). Estes custos são aqueles baixados
qualquer. nos estoques e somados aos custos de fabri-
cação, ou aos custos de aquisição no caso do
ff Insumos de Produção: É a combinação entre
comércio.
matéria prima e insumos como mão de obra,
energia elétrica, ferramentas etc., ou seja, Devemos estar sempre atentos às flutua-
tudo aquilo que, combinado no processo de ções destes custos por serem variáveis que se
produção, se torna um produto acabado ou movimentam em função de alta ou baixa pro-
um subconjunto destinado à montagem de dução ou vendas.
um produto acabado.
Total R$
157
empreendedorismo
Custo de Comercialização
1 Impostos
1.1 Simples
1.2 IRPJ
1.3 PIS
1.4 COFINS
Contribuição
1.5
Social
1.6 ICMS
1.7 INSS
Subtotal Conta 1
Despesas com
2
Vendas
2.1 Comissão
2.2 Propaganda
2.3 Juros
2.4 Aluguéis
2.5 Telefonia
2.6 Combustível
Subtotal Conta 2
Total R$
Estimativa dos Custos com Mão de Obra INSS, horas extras, aviso prévio, etc.. Além
destes encargos, ainda deve ser somado o en-
Este custo se baseia na quantidade de fun-
cargo social, chegando-se então ao custo real
cionários que a empresa terá (necessidade)
do salário. O ideal, para este caso, é contratar
para andamento dos negócios. Além do custo
o serviço de um contador, pois é o profissional
nominal, que é o salário de contratação, te-
indicado para auxiliá-lo nesta composição de
mos que adicionar também FGTS, 13° salário,
custos sobre mão de obra.
158
empreendedorismo
Número de
Salário Encargos Encargos
Item Função Funcionários Total (R$)
(mensal) Sociais (%) Sociais (R$)
na Função
Total R$
Custo de Depreciação
Equipamentos
Portanto, temos que depreciar este valor A tabela de vida útil estimada é disponi-
ao mês, porém não se trata de desembolso, bilizada pela Receita Federal por se tratar de
podendo sim ser encarado como uma reserva informação que deve ser informada ao fisco.
para que, ao final dos dez anos, caso necessite
Algumas empresas detêm processos de
de troca, a empresa já teria um fundo de re-
fabricação que aceleram o desgaste do equi-
serva, proveniente dos valores da depreciação,
pamento ou máquina. Esta aceleração deve
para compra de um novo equipamento.
ser considerada no cálculo, acelerando assim o
Este valor é considerado como custo fixo processo de depreciação.
dentro da formação do preço.
159
empreendedorismo
Custo de Depreciação
Obras/Reformas 25
Imóveis 25
Maquinas 10
Equipamentos 10
Móveis 10
Utensílios 10
Veículos 5
Computadores 3
Outros
Total
* As informações da Receita Federal funcionam como referência e não devem ser seguidas como
regra.
Estimativa dos Custos Fixos Mensais período de um ano, quando sofre o reajuste
de mercado. Esta modalidade de custo deve
Os custos fixos, como o próprio nome já
ser muito bem controlada, pois quanto maior
diz, não se alteram durante o mês em função
o custo fixo, maior o risco de desequilíbrio da
do volume de fabricação ou venda. Por exem-
empresa, em função de meses com baixa pro-
plo, o custo do aluguel é considerado como fixo,
dução em função de baixa previsão de vendas.
pois todo mês o valor é o mesmo, ao menos no
Custo Mensal
Item Descrição
Total (R$)
1 Aluguel
2 Condomínio
3 IPTU
4 Água
5 Energia Elétrica
6 Telefone
7 Despesas c/ Contador
8 Pró-Labore
9 Manutenção de Equipamentos
11 Material de Limpeza
12 Material de Escritório
(continua)
160
empreendedorismo
Custo Mensal
Item Descrição
Total (R$)
13 Combustível
14 Taxas Diversas
15 Serviços de Terceiros
16 Depreciação
17 Despesas Diversas
Total R$
Valor
Referências Item Descrição %
(R$)
Faturamento Mensal da
1 Previsão de Faturamento 100
Empresa
Custo de
2.2 (-) Impostos sobre Vendas
Comercialização
Custo de
2.3 Despesas com vendas
Comercialização
Resultado Mensal
161
empreendedorismo
Figura 11 Modelo de Planilha para Balanço Patrimonial. Fonte: Wikimedia Commons.
Figura 12 Modelo de Planilha para Balanço Patrimonial. Fonte: Wikimedia Commons.
162
empreendedorismo
aconselhável que seja calculado pelo valor do Dornelas (2007) afirma que no ponto de
faturamento. equilíbrio não há lucro nem prejuízo, e pode
ser obtido da seguinte forma:
B. Margem de Contribuição
ff PV: Preço de Venda ou Receita Op. Bruta To- ff Dificultado na compreensão dos dados e re-
tal; sultados.
163
empreendedorismo
D. Taxa Interna de Retorno (TIR) Gitman (1997), explica que se a TIR for
maior que o custo do investimento então o pro-
A taxa interna de retorno é o método mais jeto deve ser aceito, permitindo assim que a
utilizado para avaliar as alternativas de inves- empresa obtenha pelo menos sua taxa reque-
timento, ela iguala o VPL ao investimento ini- rida de retorno.
cial do projeto. Ou seja, é a taxa mínima que
A TIR pode ser obtida pela equação que
proporciona um retorno igual ao investimento
torna o VPL igual a zero, conforme abaixo.
inicial. (Dolabela, 2007).
Os problemas deste método podem ocor- nheiro no tempo (depreciação), além disso, a
rer em duas situações, quando o fluxo de caixa escolha do prazo máximo de retorno dos pro-
não for convencional (ocorrem taxas múltiplas jetos não apresenta nenhuma base objetiva,
de retorno) e quando há comparação de inves- lógica, sendo esta arbitrária, gerando equívo-
timentos mutuamente excludentes, sendo nes- cos como, por exemplo, a escolha de proje-
tes casos o VPL mais conclusivo e eficaz. tos de menor rentabilidade que estão dentro
do período escolhido ao invés de projetos com
E. Payback retornos maiores, que ficariam de fora das op-
ções de escolha por terem prazos maiores de
Payback é o número de ciclos necessários retorno do investimento inicial.
para que o fluxo de investimento supere o ca-
pital que foi investido.
F. Lucratividade
Gitman (1997) menciona que o período
do payback é exatamente o tempo necessá- É o indicador que mede o lucro líquido da
rio para a empresa recuperar seu investimento empresa. Podemos considerá-lo como um dos
inicial calculado a partir do fluxo de caixa. principais indicadores para analisar a competi-
tividade da empresa.
Este método porem apresenta desvanta-
gens como a não consideração do valor do di-
Lucro Líquido
Lucratividade = X 100
Receita Total
Lucro Líquido
Rentabilidade = X 100
Investimento Total
164
empreendedorismo
Investimento Total
Prazo de Retorno do Investimento =
Lucro Líquido
Significa que a cada “X” ano(s) do inicio ff Permitir o planejamento dos desembolsos de
das atividades da empresa, o empresário re- acordo com as disponibilidades de caixa;
cupera na forma de lucro o valor investido no
ff Determinar o quanto de recurso próprio à
negócio.
empresa dispõem em dado período com o
intuito de aplicá-lo na forma mais rentável;
I. Fluxo de Caixa
ff Facilitar a análise e o calculo na seleção das
Com base em Gitman (1997) o fluxo de linhas de crédito a serem obtidas;
caixa é definido como sendo o “sangue” da em- ff Desenvolver o uso eficiente e racional do dis-
presa, sendo assim, uma questão chave para ponível;
o controle e a gestão da empresa e para a to-
mada de decisões estratégicas voltadas para a ff Financiar as necessidades sazonais;
criação de valor. ff Providenciar recursos para novos projetos;
Zdanowicz (2004 apud Signor, 2011) des- ff Fixar o nível de caixa em termo de capital
taca que o fluxo do caixa é uma ferramenta de giro;
insubstituível no gerenciamento financeiro da
ff Auxiliar na análise dos valores a receber e
empresa, pois nele que são demonstradas to-
estoques;
das as operações realizadas pela empresa, au-
xiliando na decisão e análise financeira. ff Analisar a viabilidade de serem comprometi-
dos os recursos da empresa;
O autor ainda aponta como objetivo do flu-
xo de caixa: Conclui-se assim que o fluxo de caixa mos-
tra a “saúde” financeira do empreendimento
ff Programar os ingressos e desembolsos de
estando ligado às atividades da empresa e as
caixa, de forma criteriosa, determinando
entradas e saídas de caixa dos negócios.
com antecedência as dificuldades futuras
para uma tomada de decisão antecipada; Dornelas (2007) relaciona a estrutura do
fluxo de caixa detalhado na figura a seguir.
165
empreendedorismo
166
empreendedorismo
É normal vermos pessoas entendendo ma- Segundo Kotler (2010), além das infor-
rketing como propaganda e vendas, porém mações sobre os concorrentes e os aconteci-
vendas e propaganda formam apenas dois mentos no ambiente de mercado, profissionais
braços do marketing, sendo que a verdadeira de marketing frequentemente necessitam de
essência é o atendimento à satisfação e desejo estudos formais de situações específicas. Por
do cliente. exemplo, a Budweiser (cervejaria) que sa-
ber quais apelos serão mais eficazes em sua
Segundo Kotler, as necessidades básicas
campanha publicitária no Super Bowl. Ou a
do mercado devem ser traduzidas pelas neces-
Samsung deseja saber o número e o tipo de
sidades dos clientes através dos mercados nos
pessoas que comprarão seus novos televisores
quais atuam.
de plasma de última geração. Nesses casos, o
ff Necessidades, desejos e demandas. sistema de inteligência de marketing não ofe-
ff Oferta do mercado (produto, serviços e ex- recerá a informação necessária em detalhes, e
periências) os administradores precisarão de uma pesqui-
sa de marketing.
ff Valor e satisfação.
A pesquisa é a elaboração de coleta, análi-
ff Trocas de relacionamentos.
se e registros sistemáticos de dados relevantes
ff Mercados. sobre a situação específica de marketing com
a qual uma organização se depara.
Os seres humanos têm como necessidades
físicas básicas, alimentação, vestuário, abrigo Empresas de grande porte têm seu próprio
e segurança; necessidades sociais de perten- departamento de marketing para efetuar estas
cer a grupos, e, por fim, necessidade de expor pesquisas; outras, de menor porte, contratam
as próprias ideias. empresas especialistas em marketing e pesqui-
sas, para que sejam efetuadas suas pesquisas
O atendimento ao mercado com foco à
para direcionamento com maior assertividade
necessidade do cliente é ponto básico para
no mercado.
qualquer empresa, principalmente empresas
entrantes. Para tal é de extrema importância Nestas pesquisas, entendemos o com-
avaliar o processo de marketing junto ao mer- portamento do consumidor, a participação do
cado foco de desejo de atendimento para con- mercado, preços, produtos, distribuição e ati-
seguir plena satisfação do cliente. vidades promocionais. Enfim, uma pesquisa
de marketing bem elaborada e implementada
pode posicionar a empresa num melhor lugar
no mercado ou direcioná-la a um novo público,
por exemplo.
O processo de pesquisa de marketing é
elaborado em quatro etapas:
ff Definição dos problemas e objetivos da pes-
quisa;
ff Desenvolvimento do plano de pesquisa;
ff Implementação do plano de pesquisa;
ff Interpretação e apresentação dos resulta-
dos.
Figura 16 Processo simplificado de MKT – Adaptada pelo
autor. Fonte: Kloter 2010
167
empreendedorismo
A Orientação de marketing tem como fun- rem ao marketing, ou aos 4 P’s (quatro pês):
ção buscar focos em clientes alvos para nego- produto, preço, praça (canais de distribuição)
ciações estratégicas e relacionamentos lucrati- e propaganda. A empresa pode adotar estra-
vos. Podemos dividir nos seguintes focos: tégias específicas, atuando sobre o composto
de marketing, de forma a obter melhor resul-
ff Orientação à produção: Os clientes buscam
tados sobre seus competidores. A projeção de
se servir de produtos com pronta entrega e
vendas da empresa está diretamente ligada à
de fácil acesso. Há décadas atrás, as estra-
estratégia de marketing estabelecida, pois de-
tégias das empresas eram orientadas para
pende de como o produto será posicionado no
produção; hoje, as estratégias são orienta-
mercado, qual será sua política de preços, as
das ao mercado, na busca de relacionamen-
promoções e os canais de vendas que serão
to lucrativo e duradouro. Algumas empresas
utilizados, e, ainda, como o produto chegará
ainda correm o risco de se concentrar de-
ao cliente.
mais em suas próprias operações e perder
de vista seu objetivo principal, que é o aten- No caso do setor de serviços, a analogia é a
dimento ao cliente. mesma. Algumas alternativas a seguir:
ff Orientação ao produto: O desejo do cliente é ff Produto
basicamente ter produto com qualidade su-
»» Promover mudanças na combinação/por-
perior, preços justos e no tempo combinado.
tfólio de produtos;
Buscam também características inovadoras
nos produtos, levando a estratégia de Mkt »» Retirar, adicionar ou modificar os produ-
para a busca contínua de melhoramentos tos;
dos produtos. »» Mudar modelos, embalagem, qualidade,
ff Orientação de venda: A orientação de ven- desempenho, características técnicas, ta-
das é bastante discutível, pois, quando fa- manho, estilo, opcionais;
lamos em vender, buscamos como premissa »» Consolidar, padronizar ou diversificar os
principal as vendas de volumes através de modelos.
promoções, muitas vezes não se importando
ff Preço
com a percepção do cliente, se aprovou a
qualidade ou não, se ficou satisfeito ou não. »» Definir preços, prazos e formas de pa-
Esta estratégia fere a estratégia de relacio- gamentos para produtos ou grupos de
namento duradouro e lucrativo. produtos específicos, para determinados
segmentos de mercado;
ff Orientação de marketing: O alcance das me-
tas organizacionais é adquirido através do »» Definir políticas de atuação em mercados
atendimento ao cliente e através do conhe- seletivos;
cimento de suas necessidades e atendimen-
»» Definir políticas de penetração em deter-
to a elas.
minado mercado;
»» Definir políticas de descontos especiais.
Estratégias de Vendas
ff Praça (Canais de distribuição)
Como citado anteriormente, no plano de
»» Usar canais alternativos;
negócios, Dornelas (2008), aponta as estraté-
gias de marketing como sendo os meios que a »» Melhorar prazo de entrega;
empresa deverá utilizar para atingir seus ob- »» Otimizar logística de distribuição.
jetivos. Essas estratégias geralmente se refe-
168
empreendedorismo
169
empreendedorismo
170
empreendedorismo
Para Kotler (2009), a empresa pode esco- do segmento, vendas para pequenas e grandes
lher um único segmento. A Volkswagen con- empresas.
centra-se no mercado de carros pequenos, e
a Porsche, no mercado de carros esportivos. Marketing direto
Empregando o marketing concentrado, a em-
presa ganha um conhecimento profundo das O Marketing Direto consiste em comunica-
necessidades do segmento e consegue uma ções diretas com consumidores individuais cui-
forte presença no mercado. Por optar pela es- dadosamente definidos como alvo, com o ob-
pecialização nas etapas de produção, distribui- jetivo de obter uma resposta rápida e cultivar
ção e promoção, a empresa desfruta de econo- relacionamentos duradouros com eles Kotler
mias operacionais. No entanto, se a empresa (2010).
alcançar a liderança do segmento, o retorno Podemos citar como exemplo de marketing
do investimento pode ser alto. Essa técnica é direto a Dell computadores, que lançou em seu
arriscada, pois o marketing concentrado envol- site a venda direta de computadores em conta-
ve um risco maior que o normal, causando até to sem intermediários com o cliente, que pode
mesmo o desaparecimento de um segmento. montar o seu próprio computador. Esta é a es-
Exemplo disso é a Bobbies Brooks, que des- sência do marketing direto, ou seja, a empresa
pencou quando as jovens pararam de comprar em contato direto com cliente alvo.
roupas esportivas. Outra possibilidade é a en-
A venda por catálogo, contatos por tele-
trada de um concorrente no mesmo segmento.
marketing e malas diretas foram os primeiros
Essas são algumas razões pelas quais muitas
modelos que as empresas utilizaram como ma-
empresas atuam em mais de um segmento.
rketing direto, visando buscar o contato direto
Uma empresa não consegue atender a to- com o cliente alvo. A partir daí e como resulta-
dos os clientes. Imaginem uma empresa de re- do do avanço tecnológico que rapidamente se
frigerantes tentando atender a todos os clien- espalhou principalmente na internet, passou-
tes, em mercados amplos como temos. Seria -se a utilizar o banco de dados, o que podemos
impossível. Por este motivo, há necessidade acenar como a grande transformação pela qual
da segmentação de mercado para a busca do passou o marketing direto, por consequência
mercado alvo. É importante entender a confi- do grande avanço da internet.
guração da população do mercado escolhido e
As empresas adotam a internet para di-
segmentado, e trabalhar atendendo as neces-
vulgar grandes promoções de seus produtos,
sidades e desejos deste segmento.
assim como disponibilizar cadastro eletrônico
O mercado empresarial pode ser segmen- de produtos e aplicação dos mesmos, que se
tado utilizando várias variáveis, porém as ca- denomina catálogo on-line.
racterísticas pessoais do comprador são irre-
As empresas, em vez de utilizarem a in-
levantes, sendo consideradas como relevantes
ternet como uma opção de abordagem direta,
as variáveis demográficas e as variáveis ope-
utilizam-na, como modelo estratégico de abor-
racionais.
dagem direta. Voltamos a citar a Dell computa-
Podemos utilizar como exemplo um fabri- dores e outra empresa com grande penetração
cante de pneu que, ao definir seu produto, via internet, a Amazon.com.
pode escolher seu mercado alvo, pois ele pode
Segundo Kotler (2010), as principais for-
fabricar seu pneu direcionado ao mercado de
mas de marketing direto incluem venda pes-
automóveis, caminhões, tratores, empilhadei-
soal, marketing de mala direta, marketing de
ras, etc.
catálogo, telemarketing, marketing de televen-
Após a escolha do segmento alvo, a próxi- das, marketing de terminais (quiosques), no-
ma segmentação é pelo tamanho da empresa. vas tecnologias de marketing direto digital e
A empresa deve separar as operações dentro marketing on-line.
171
empreendedorismo
172
empreendedorismo
de relacionamento, toda empresa deve estar te quaisquer sugestões que possa ter para
consciente que o cliente tem que ser lembrado melhoria do produto ou do serviço; além
a cada etapa do processo de transformação ou disso, pergunta por quaisquer possíveis de-
comercialização do produto ou serviço. cepções. As informações ajudam a melhorar
continuamente seu desempenho;
O desafio dos administradores de marketing con-
siste em entender o consumidor, no sentido de co- ff Marketing proativo: o vendedor da empresa
nhecer as suas expectativas antes, durante e após entra em contato com o cliente de tempos
a compra e identificar tanto suas necessidades e em tempos para falar sobre a melhoria de
desejos como também as satisfações ou insatisfa- utilização do produto ou novos produtos. (Os
ções contraídas pelo consumo dos produtos ou dos representantes de vendas da Kraft U.S.A.
serviços vendidos. O marketing deve ser ajustado costumavam limitar seus esforços junto a
às alterações ambientais. Como o meio ambiente
clientes para elaborar promoções em su-
brasileiro é muito turbulento, exigem-se constan-
permercados; hoje eles são mais proativos,
temente adaptações de atividades mercadológicas.
oferecendo pesquisa e dicas para melhorar
(LAS CASAS, 2006, p.15)
os lucros da loja.);
Ainda é comum verificarmos empresas que ff Marketing de parceria: a empresa trabalha
tratam o cliente bem somente na primeira ven- continuamente em conjunto com o cliente
da. Porém não basta, temos que acompanhar para descobrir meios de alcançar melhor
a venda até o ponto da satisfação ou insatis- desempenho. (A General Eletric designou
fação pela contratação do produto, ou seja, alguns de seus engenheiros para permane-
após as vendas temos que nos alimentar de cerem na Praxir.Inc. em tempo integral, a
dados sobre a venda, sobre o comportamento fim de auxiliarem a empresa a melhorar sua
do cliente sobre o resultado da compra, temos produtividade.).
que saber o grau de satisfação do cliente na
compra do produto ou serviço. Concessionárias O customers relationship management
de automóveis, após a entrega de seus ser- (CRM) é utilizado como ferramenta de rela-
viços, utilizam o Marketing de relacionamento cionamento com o cliente. O CRM nada mais
para entender a satisfação e necessidade de é que um software, onde a equipe de vendas
seu cliente após a venda. armazena tudo que sabe sobre o cliente indi-
vidual, o que acaba gerando uma visão de 360
O Marketing de relacionamento busca a
graus sobre o cliente.
continuidade de atendimento e a fidelização
do cliente no sistema interno da empresa, po- O CRM tem como finalidade acumular dados
rém inevitavelmente alguns clientes se torna- sobre o cliente, como preferências de produtos,
rão inativos, ou clientes de uma única compra. quantidades que compra em cada período, pre-
Para tanto devemos ter uma equipe pronta ços, necessidade do cliente em atendimento,
para a busca desta continuidade, e assim po- preferências, estatísticas de compras, informa-
demos relacionar as formas do Marketing den- ções sobre o comprador, como data de aniver-
tro do relacionamento com o cliente. sário, por exemplo. Enfim, o CRM traz cada vez
mais o cliente para perto da empresa. Quando
Segundo Kotler (2009), temos:
o CRM funciona, seus benefícios podem com-
ff Marketing básico: o vendedor simplesmente pensar muito os custos e riscos, porém não há
vende o produto; tecnologia sozinha que atraia cliente. É preci-
ff Marketing reativo: o vendedor vende o pro- so haver comprometimento em acumular uma
duto e encoraja o cliente a telefonar se tiver montanha de dados sobre os clientes e fazer a
dúvidas, comentários ou queixas; gestão destas informações, trazendo maiores
beneficio ao sistema, o aumento de vendas e o
ff Marketing responsável: o vendedor telefona
melhor atendimento.
para o cliente logo após a venda para verifi-
car se o produto esta à altura de suas expec- Nada adianta a empresa ter um software
tativas. O vendedor também pede ao clien- suportado por uma ferramenta preciosa como
173
empreendedorismo
174
empreendedorismo
175
empreendedorismo
»» Preço. »» Conveniência:
»» Ponto (canal de distribuição). yy Formas de receber e ir até o cliente.
aaQUALIDADE NO ATENDIMENTO
Quando somos clientes, buscamos ser cliente, podendo estabelecer um contato mais
sempre bem atendidos, somos exigentes e assertivo, tanto sobre o cliente, quanto a sa-
gostamos de nos tornar no momento do aten- tisfação que teve na utilização do produto ou
dimento peça estratégica do negócio. E é isto serviço, no ato da compra.
mesmo que o cliente é, uma peça estratégica
Há mais de 35 anos, Peter Drucker obser-
no negócio. Vimos até agora, em outras aulas,
vou que a primeira tarefa de uma empresa é
formas de estruturas, estratégias para capta-
criar clientes. Mas os clientes de hoje se depa-
ção e atendimento ao cliente, porém não basta
ram com um vasto universo de produtos, mar-
somente isto. Temos que ter pessoas na linha
cas e preços e fornecedores pelos quais optar.
de frente representando a empresa, seja na
Como os clientes fazem suas escolhas?
área de vendas ou pós-vendas, que respondam
pela empresa, sempre com o mesmo foco, um Acreditamos que os clientes avaliam qual oferta
atendimento com padrão de excelência do co- proporciona o maior valor. Eles procuram sempre
meço ao fim, lembrando que a venda não ter- maximizar o valor, dentro dos limites impostos pe-
los custos envolvidos na procura e pelas limitações
mina na emissão do pedido ou da nota fiscal.
de conhecimento, mobilidade e receita. Eles for-
Ela vai além: a venda busca o atendimento à
mam uma expectativa de valor e agem com base
expectativa do cliente também no pós-venda,
nela. A probabilidade de satisfação e repetição da
por este motivo citamos na aula 25 o CRM –
compra depende de a oferta atender ou não esta
(customers relationship management), a fer- expectativa de valor. (Kotler, 2009, p. 56)
ramenta de gestão que armazena dados do
176
empreendedorismo
Na qualidade de atendimento, citar valor e tivas são formadas pelas experiências anteriores
não somente citar cifras é também valorizar o dos clientes, pelo boca a boca e pela propaganda.
atendimento, a rapidez e a prestação de servi- Depois de receber o serviço, os clientes confrontam
o serviço percebido com o serviço esperado. Se o
ço, seja no próprio serviço, ou no produto. Por
serviço percebido não atender as expectativas do
exemplo: serviços de entrega de um produto,
serviço esperado, os clientes perderão o interesse
em grandes magazines, lojas de departamen-
pelo fornecedor. (Kotler, 2009, p.459).
to, grandes centros comerciais oferecerem es-
tacionamentos, ambientes refrigerados, praças A qualidade dos serviços começa a ser
de alimentação, áreas de lazer, enfim, todos formada pelo cliente na expectativa de aten-
estes itens agregam valor ao produto ou ser- dimento de um serviço, ou compra de um pro-
viço. duto, e é finalizada na percepção entre o dese-
jado e o percebido.
Uma empresa prestadora de serviços pode sair
ganhando ao executar um serviço com qualidade A reconquista deste cliente pode custar
consistentemente superior ao da concorrência e muito para empresa, caso o percebido seja in-
superar as expectativas dos clientes. As expecta- ferior ao desejado.
Para falarmos de liderança, é quase im- pessoas do DRH para o entendimento do mau
possível não abordarmos a Gestão de Pesso- desempenho. Em muitos dos casos, o mau de-
as, pois, para liderar, conforme vimos na aula sempenho é atribuído à falta de motivação,
anterior, não basta somente conhecer o traba- falta de qualificação ou falta de interesse do
lho, conhecer a equipe. É necessário, também, trabalhador. Soluções devem ser implementa-
fazer gestão desta equipe em prol da organi- das para retomada dos resultados.
zação, organizando departamentos, metas,
No seu trabalho, cada administrador - seja ele um
objetivos e situações criadas por egos, por si-
diretor, gerente, chefe ou supervisor – desempenha
tuações de conflitos. Enfim, a necessidade de
as quatro funções administrativas que constituem
gestão é intrínseca ao papel do líder. o processo administrativo, a saber: planejar, orga-
nizar, dirigir e controlar. A ARH (administração de
A Gestão de Pessoas é uma área muito sensível à
recursos humanos) procura ajudar o administrador
mentalidade que predomina nas organizações. Ela
a desempenhar todas essas funções porque ele não
é contingencial e situacional, pois depende de vá-
realiza esse trabalho sozinho, mas através das pes-
rios aspectos, como a cultura que existe em cada
soas que formam sua equipe. É com sua equipe
organização, da estrutura organizacional adotada,
de subordinados que o administrador executa as
das características do contexto ambiental, do ne-
tarefas e alcança metas e objetivos. (Chiavenato,
gócio da organização, da tecnologia utilizada, dos
2005).
processos internos e de uma infinidade de outras
variáveis importantes. (Chiavenato, 2005).
Os Objetivos são variados dentro da gestão
A gestão de pessoas deve ser um misto en- de pessoas - (DRH)
tre a gestão do líder da equipe, em conjunto ff Ajudar a organização alcançar seus objeti-
com o DRH (Departamento de Recursos Hu- vos;
manos). Estes devem ter pleno entendimento
ff Proporcionar competitividade à organização;
das necessidades da equipe, das necessidades
de treinamento e benefícios para os trabalha- ff Proporcionar à organização pessoas bem
dores. Se a equipe não vai bem, uma análise treinadas e bem motivadas;
deve ser feita em torno dela, em torno dos re- ff Aumentar o conhecimento e a satisfação das
sultados, para busca de soluções. Esta análise pessoas no trabalho;
deve ser feita pelo líder da equipe (gestor) e
177
empreendedorismo
ff Desenvolver e manter qualidade de vida no ff Mostre ao DRH quem são seus apoios den-
trabalho; tro da equipe, quem são os funcionários que
merecem reconhecimento.
ff Administrar e impulsionar a mudança;
ff Manter políticas éticas e comportamento so- Empresa com equipes dispersas, que não
cialmente responsável. trabalham com sinergia entre departamentos,
em que os gestores não operam com foco na
Administrar talento é uma arte para o ges- gestão de competências e desempenho dos
tor e para o DRH, pois ambos necessitam de funcionários, e não ouvem aos seus funcioná-
talentos na empresa para cumprimento dos rios da base operacional, colhem resultados
objetivos com qualidade. Porém, para se ter ta- obtidos através de informações, como da figu-
lentos, é necessário saber reconhecê-los. Para ra 37.2.
tanto, benefícios devem ser implementados e,
nem sempre, benefícios são salários. Benefí-
Liderança
cios também podem ser traduzidos em assis-
tência médica extensiva à família, transporte, Segundo Maximiano (2008), liderança é o
refeição, bom ambiente de trabalho, viagens, processo de conduzir as ações ou influenciar
enfim uma cesta de benefícios que ajudem a o comportamento e a mentalidade de outras
manter o talento dentro da organização. pessoas. Liderança é a realização de metas por
Quanto a formação da equipe é intrínse- meio da direção de colaboradores. A pessoa
ca à gestão, seja ela do Gestor direto ou do que comanda com sucesso seus colaboradores
DRH, não devendo importar de quem é o mé- para alcançar uma finalidade específica é um
rito, mas sim a responsabilidade pelo alcance líder.
ao sucesso. Liderar é uma arte, você treina todos os
Na carreira empresarial, quando um fun- dias a liderar. Não existe uma fórmula para li-
cionário começa a sua escalada, a partir de derança, porém para ser líder é preciso saber o
certo ponto, quando começa a fazer parte do que faz para poder passar para os subordina-
quadro de gestão da empresa, a competência dos, saber motivar e ser motivado, saber bus-
técnica não é mais suficiente. É preciso agre- car o prazer na arte de liderar.
gar outras competências, além do saber. Por Os estilos de Liderança são:
exemplo, a do ser, a do saber ser, buscando
ff Autocrática: neste estilo de liderança en-
o entendimento das competências da equipe,
contramos pessoas que pouco conhecimen-
de suas necessidade e limitações, para, junta-
to detém, mas possuem uma grande fome
mente com DRH, identificar ausências de co-
de poder. Estes geralmente utilizam de seu
nhecimento e direcioná-las para treinamentos.
cargo para “mandar”, sem saberem o que
Siga algumas regras básicas:
realmente é necessário para atingir metas
ff Dê exemplo à equipe, não cobre aquilo que e objetivos de trabalho. Somente atribuem
não demonstre ou não exerça; aos seus subordinados o fracasso e a si mes-
ff Tenha uma grande ideia todos os dias; mos o sucesso, se houver.
ff Tenha uma linha de frente formada por gran- ff Liberal: neste estilo encontramos jeitos de
des talentos, motivados e dispostos a cres- administrar das mais variadas formas, pois
cer; o líder que adota este estilo de liberdade
adota também o jargão “vai que dá”. Estes
ff Motive sua equipe;
adotam rotinas confusas de trabalho, metas
ff Crie uma equipe flexível, pronta para mudar confusas e, em alguns casos, intangíveis,
a qualquer momento, na necessidade ou na sem direção, para os comandados. O prin-
estratégia; cipio deste modelo de liderança é ter todos
como amigos, porém sem definição clara de
seu cargo de comando.
178
empreendedorismo
179
empreendedorismo
São muito comuns reportagens de apoio e orientações profissionais sobre mercado e ad-
orientações às pequenas e médias empresas, ministração dos negócios, pois há necessidade
divulgando ações dos governos federal e esta- de separar os conhecimentos entre técnicos e
duais, na busca de fortalecer o empreendedor administrativos. Aproveitar oportunidades que
no Brasil. o mercado acena, ter visão de mercado, visão
futurista, estar linkado ao mundo corporativo,
Além dos benefícios trazidos pela lei geral, a fim
completam as características para um negócio
de incentivar projetos empreendedores, em Agosto
sustentável.
o governo paulista lançou o programa Inova São
Paulo, no qual pretende investir cerca de R$ 200 Mostrar a necessidade de estrutura admi-
Milhões em Startups, em empresas focadas em nistrativa para transformar empresas.
inovação. (http://www.sebraesp.com.br/arqui-
Apresentamos abaixo um exemplo de com-
vos_site/noticias/revista_conexao/conexao_33/
conexao33)”
petências necessárias para se aliar aos apoios
encontrados no mercado para sucesso do ne-
Porém, nada do que foi apresentado acima gócio.
dará resultado se o empreendedor não buscar
180
empreendedorismo
Figura 19 Rosácea da Administração – A reunião das Competências necessárias. Fonte: Administração, teoria processo e
prática.(Chiavenato, 2010. p.5)
181
empreendedorismo
ária e a quebra do sistema financeiro, atingin- Para finalizar devem-se ressaltar algumas
do com muita força a União Europeia e todo empresas que, ao longo do tempo, aproveita-
o resto do mundo. O que levou novamente à ram de crises para fazer seu negócio sair do
quebradeira de empresas, inclusive no Brasil, anonimato e buscaram crescimento através de
somente se sustentando no mercado aquelas mudanças tecnológicas, suportadas por planos
que tinham perfeito domínio de seus negócios. de crescimento oferecidos pelos governos e
entidades de apoio. Toda movimentação mun-
A visão de futuro, visão de oportunidades
dial por crises gera ameaças, mas também
neste período, acabou transformando peque-
gera oportunidades. Basta estar atento aos
nas em grandes empresas que estão situadas
movimentos.
até hoje no mercado.
Desde o início do século XX, a defesa do ff O direito de não comprar um produto que
consumidor vem sendo debatida e exploradas esteja à venda;
por governos, advogados e entidades que se
ff O direito de esperar que o produto seja se-
criaram ao longo dos anos. Esta revolução se
guro;
iniciou nos Estados Unidos, proliferou rapida-
mente para a Europa e acabou tomando corpo ff O direito de esperar que o produto funcione
no mundo inteiro. como anunciado.
182
empreendedorismo
ff Fornecedor: é toda pessoa física ou jurídica, rer à Justiça, exigindo seu valor de volta, ou,
pública ou privada, nacional ou estrangei- até mesmo, em alguns casos, indenizações por
ra, bem como entes despersonalizados, que prejuízos causados ou por danos morais.
desenvolvem atividades de produção, mon- É comum vermos na imprensa casos de
tagem, criação, construção, transformação, consumidores que reclamam de mercadorias
importação ou exportação, distribuição ou que compraram e não receberam, ou ainda não
comercialização de produtos ou prestação receberam por prazos descumpridos, ou com
de serviços. qualidade comprometida. O fornecedor tem
»» Produto: Qualquer bem, móvel ou imóvel, por obrigação sanar os danos causados, sejam
material ou imaterial. materiais ou morais.
aaEXERCÍCIOS
( ) N
os Estados Unidos o empreendedorismo ( ) B
uscarmos empresas especializadas para
é uma prática desconhecida no mercado. orientação é perda de tempo e dinheiro.
( ) A
globalização contribuiu e vem contri- ( ) A
taxa de sobrevivência das empresas
buindo para escalada do empreendedoris- está relacionada ao tamanho do empreen-
mo no Brasil. dimento.
( ) O
empreendedorismo no país vem se ( ) C
onhecer o mercado é primordial ao su-
aquecendo desde a década de 1960. cesso do negócio.
( ) Os negócios pontocom surgem com jovens
empreendedores via internet. O Empreendedorismo: Conceito
183
empreendedorismo
184
empreendedorismo
1. Com base no case acima, “Kodak”, assinale plano financeiro, construção de cenários,
V (Verdadeiro) ou F (Falso): avaliação estratégica e avaliação do plano
de negócios.
a) ( ) A diretoria da Kodak desprezou a
evolução do mercado. b) sumário executivo, plano de marketing,
análise de mercado, plano operacional,
b) ( ) Quando lançou a câmera Brownie,
plano financeiro, construção de cenários,
em 1900, teve uma estratégia empreen-
avaliação estratégica e avaliação do plano
dedora.
de negócios.
c) ( ) Na atualidade a Kodak não fabrica
c) sumário executivo, plano de marketing,
mais câmeras fotográficas.
plano operacional, análise de mercado,
d) ( ) A Kodak deveria ter acreditado na plano financeiro, construção de cenários,
tecnologia em 1976, pois iria ao encontro avaliação estratégica e avaliação do plano
ao desejo do consumidor. de negócios.
d) sumário executivo, análise de mercado,
Planejamento Estratégico plano operacional, plano de marketing,
plano financeiro, construção de cenários,
1. O Planejamento começa quando a adminis-
avaliação estratégica e avaliação do plano
tração se utiliza de informações do ambien-
de negócios.
te externo, com seus pontos fortes e fracos
já definidos, para desenvolver sua visão em 2. Assinale as alternativas Verdadeiras (V) e
longo prazo. Explique três itens básicos ne- as Falsas (F):
cessários ao planejamento estratégico nas
( ) N
o principio da estruturação de uma
organizações?
empresa, ao verificarmos a necessida-
de de um sócio, podemos ir ao merca-
Plano de Negócios: Fundamentos do e buscar qualquer tipo de pessoa
como sócio; o importante é ter dinhei-
1. Podemos afirmar ser verdadeiro que:
ro para entrar na sociedade.
( ) O
plano de negócios serve somente
( ) N
o sumário executivo, é necessário
para se iniciar uma empresa.
colocar a expectativa de lucro do ne-
( ) O
objetivo do plano de negócios é dar gócio.
norte para implantação de um negócio
( ) N
o enquadramento tributário é neces-
no mercado, e verificar sua viabilida-
sário descrever a fonte de recursos
de.
para implantação e inicio das ativida-
( ) B
uscar recursos financeiros no merca- des da empresa.
do, para investimentos, por exemplo.
( ) O
valor inicial do capital social neces-
( ) N
os ajuda a enxergar oportunidade de sariamente deve ser em moeda cor-
mercado, norteando a viabilidade de rente.
implantar ou não o novo negócio, ou
novo produto.
Plano de Negócios: Análise de mercado
185
empreendedorismo
186
empreendedorismo
ca: “Essa abordagem combina perfeitamente cante de carros do mundo, lançaram uma cam-
com a natureza global da Coca-Cola e oferece panha em mais de 10 países que consistia em
às pessoas uma visão especial de uma cultura um encarte de revista de 12 páginas, 9 páginas
diferente da sua”. centrais de jornais e uma brochura de 24 pági-
nas que foi enviada para líderes empresariais,
Muitos fabricantes de brinquedos nos Es-
sindicais e governamentais e para a mídia. A
tados Unidos ficaram surpresos de saber que
campanha tinha como tema “Expect the extra-
em muitos países, como a Noruega e a Suécia,
ordinary” (“Espere o extraordinário”) e mos-
por exemplo, não é permitida propaganda di-
trava pessoas das duas empresas trabalhando
rigida a crianças menores de 12 anos na tele-
juntas. No entanto, mesmo que uma empresa
visão. Além disso, a Suécia está fazendo lobby
prefira uma forte padronização corporativa, as
para estender essa proibição a todos os países
restrições legais podem forçar adaptações. A
membros da União Europeia. Para se precaver,
subsidiária indiana da Coca-Cola foi forçada a
o McDonald’s anuncia na Suécia como apro-
encerrar uma promoção que oferecia prêmios
priado para a família toda.
como uma viagem a Hollywood porque enco-
Estilo: o estilo de propaganda também é rajava os clientes a comprar para concorrer a
importante, porque a propaganda comparati- sorteios, violando as práticas comerciais esta-
va, embora seja aceita e mesmo comum nos belecidas.
Estados Unidos e no Canadá, é menos comum
no Reino Unido, inaceitável no Japão e ilegal 1. Coloque V para verdadeiro e F para falso
na Índia e no Brasil. A PepsiCo teve seu teste para as afirmações a seguir, sobre o desafio
comparativo de sabor no Japão recusado por da propaganda e promoções globais:
muitas emissoras de televisão e rádio e está ( ) C
erveja, vinho entre outras bebidas
até mesmo sendo processada por causa dele. alcoólicas não podem ser anunciadas
A China tem regras severas de censura para a em países muçulmanos.
propaganda em televisão e rádio - por exem-
( ) C
oca-Cola não tem um conjunto de
plo, as expressões “o melhor” ou “a melhor”
comerciais diferentes para diferentes
são proibidas, assim como anúncios que “vio-
segmentos de mercado.
lam costumes sociais” ou apresentam mulheres
de “maneira imprópria”. O fabricante do choco- ( ) H
oje em dia, cada vez mais multinacio-
late Snickers teve problemas na Rússia quando nais querem estabelecer uma imagem
lançou uma série de comerciais da televisão de marca global utilizando diferentes
americana, dublados muito precariamente, propagandas em todos os mercados.
para um povo que não estava acostumado a 2. Por que o marketing de segmento é uma
anúncios de televisão. Os comediantes russos abordagem que fica entre o marketing de
começaram a fazer piadas com o Snickers e a massa e o marketing individual?
marca virou motivo de riso.
3. Quais são as principais orientações em re-
Local ou global: hoje em dia, cada vez lação a segmentação na abordagens das
mais multinacionais querem estabelecer uma compras?
imagem de marca global utilizando a mesma
propaganda em todos os mercados. A primeira 4. No que consiste o marketing direto?
campanha global da FedEx foi a de slogan “É
assim que o mundo funciona”. A sueca Erics- Qualidade no Atendimento
son, gigante da área de telecomunicações,
gastou cem milhões de dólares em uma cam- 1. Quando somos clientes, buscamos ser
panha global de televisão com o slogan “Make sempre bem atendidos, somos exigentes
yourself heard” (“Faça com que você seja ouvi- e gostamos de nos tornar no momento do
do”), com a participação do agente 007, James atendimento peça estratégica do negócio.
Bond. Quando a Daimler AG e a Chrysler se Por que o cliente é uma peça estratégica
associaram, tornando-se a quinta maior fabri- do negócio?
187
empreendedorismo
2. Peter Drucker observou que a primeira ta- 2. Quais são os objetivos da gestão de pes-
refa de uma empresa é criar clientes. Mas soas?
os clientes de hoje se deparam com um
3. Na carreira empresarial, quando um funcio-
vasto universo de produtos, marcas e pre-
nário começa a sua escalada, a partir de
ços e fornecedores pelos quais pode optar.
certo ponto, quando começa a fazer parte
Explique a expectativa de valores dos nos-
do quadro de gestão da empresa, a com-
sos clientes.
petência técnica não é mais suficiente. Por
que é necessário agregar outras competên-
Gestão de Pessoas: Liderança cias, além do saber?
1. Por que para liderar não basta somente co- 4. Cite e comente os estilos de liderança.
nhecer o trabalho, mas é necessário conhe-
cer a equipe?
As Grandes Pequenas Empresas
Coluna A Coluna B
Finame ( ) F
inanciar a aquisição de peças, partes ou componentes nacionais
Finame componentes ( ) F
inanciar projetos de modernização, implantação ou expansão.
BNDES automático ( ) F
inanciamento direto, através de crédito rotativo pré aprovado
2. Por que o empreendedor deve buscar orien- lhorar a relação de direitos e poderes en-
tações profissionais sobre mercado e a ad- tre compradores e vendedores. Explique os
ministração dos negócios de forma susten- direitos dos vendedores e compradores na
tável? visão de Kotler.
3. Existe uma preocupação quanto a sucessão 2. É necessário entender que a empresa, seja
dentro das empresas, sendo pequena ou ela indústria, comércio ou ainda serviço, a
grande. Explique. partir do momento que expõe um produto
para o público, tem como obrigação entre-
gá-lo dentro da qualidade oferecida, dentro
Código de Defesa do Consumidor
do prazo combinado, e com o preço pré-
1. A defesa do consumidor é um movimento -acordado ou pré-estabelecido na propa-
organizado que congrega cidadãos e órgãos ganda, ou tabela de preços. Por que é de
governamentais com a finalidade de me- extrema importância o empreendedor cum-
prir o que foi prometido?
aaREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMBROSIO, Vicente. Plano de marketing passo DEGEN, Ronald Jean. O empreendedor: Funda-
a passo. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso, mentos da Iniciativa Empresarial. São Paulo:
1999. McGraw – Hill, 1989.
CHIAVENATO, I. Empreendedorismo: dando DEGEN, Ronald Jean. O empreendedor: Funda-
asas ao espírito empreendedor. 2. Ed. SP: SA- mentos da Iniciativa Empresarial. São Paulo:
RAIVA 2007. McGraw – Hill, 1989.
188
empreendedorismo
189
empreendedorismo
aaGABARITO - EXERCÍCIOS
1. B e D. 1. B, C, D
1. F,V,V 1. A
2. F, V, V e F
O Empreendedorismo: Conceito
190
empreendedorismo
191
empreendedorismo
contratam empresas especialistas em ma- to sem intermediários com o cliente, que pode
rketing e pesquisas, para que sejam efetu- montar o seu próprio computador. Esta é a es-
adas suas pesquisas para direcionamento sência do marketing direto, ou seja, a empresa
com maior assertividade no mercado. em contato direto com cliente alvo.
Podemos citar como exemplo de marketing di- 2. Ajudar a organização alcançar seus objeti-
reto a Dell computadores, que lançou em seu vos;
site a venda direta de computadores em conta-
192
empreendedorismo
Coluna A Coluna B
193
empreendedorismo
ff O direito de lançar qualquer produto de qual- ff O direito de esperar que o produto funcione
quer tamanho e estilo desde que não seja como anunciado.
prejudicial à saúde e à segurança pessoais;
2. É comum vermos na imprensa casos de
caso seja, deverá incluir advertências e con-
consumidores que reclamam de mercado-
troles necessários;
rias que compraram e não receberam, ou
ff O direito de cobrar qualquer preço pelo pro- ainda não receberam por prazos descum-
duto, desde que não haja discriminação en- pridos, ou com qualidade comprometida. O
tre tipos semelhantes de compradores; fornecedor tem por obrigação sanar os da-
ff O direito de gastar qualquer quantia para nos causados, sejam materiais ou morais.
promover o produto, desde que isso não
Portanto, é de extrema importância que um
seja definido como concorrência desleal;
empreendedor, quando inicia seu negócio, não
ff O direito de usar qualquer mensagem para prometa o que não pode cumprir tanto em
o produto, desde que não seja enganosa ou qualidade como em prazos de entrega, pois o
desonesta em seu conteúdo ou execução; consumidor está muito orientado a reclamar
pelos seus direitos, ao contrário de anos atrás,
ff O direito de usar quaisquer artifícios de in-
quando empresas descumpriam seus acordos
centivo as compras, desde que não sejam
e nada acontecia, sempre ficando o prejuízo
desleais ou enganosos.
com o consumidor.
ff Os Direitos dos compradores incluem:
O Instituto de Defesa do Consumidor - IDEC
ff O direito de não comprar um produto que apresenta, em seu site, inúmeros casos de
esteja à venda; consumidores que se sentem lesados por for-
ff O direito de esperar que o produto seja se- necedores, em todas as áreas, desde a telefo-
guro; nia até planos de saúde. Este órgão interfere
em função do CDC, para que os consumidores
sejam ressarcidos ou indenizados.
aaSUAS ANOTAÇÕES
194
empreendedorismo
rrSUAS ANOTAÇÕES
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