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EDITORA
T
SABER
LTDA
Élio Mendes
de Oli~eira
Hélio
Fittipaldi
Slim Power . 48W para o carro
. Amplificador Estéreo -12 + 12W
. Amplificador Mono - 24W
REVISTA . Mini Equalizador Ativo . 2
SABER
ELETRONICA
Tok Music ... 17
VU com 741 . 26
Élio Mendes
de Olheira Rádio Controle . 33
Newton
C. Braga Conversor Luz Som . 40
W. Roth
Projetando Reguladores à Zener 58
& Cia. Ltda.
Seção do Leitor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
ABRIL. S.A. -
Cultural e
Industrial
Curso de Eletrônica - Lição 66 . 68
REDAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO
E PUBLICIDADE:
A~. Dr. Carlos de
Campos, n9 275/9
03028 - S. Paulo - SP.
CORRESPONDÊNCIA:
Endereçar à
REVISTA SABER
ELETRONICA
Caixa Postal, 50450
03028 - S. Paulo - SP.
Um novo e potente Circuito Integrado de Áudio recém lançado pela IBRAPE pennite a reali-
zação de amplificadores ultra-compactos, econômicos e de excelente qualidade de som. Neste
artigo damos três versões básicas de amplificadores para os leitores que as podem utilizar de muitas
maneiras diferentes. Estes projetos vêm de encontro aos leitores desejosos em reunir num único
circuito a alta qualidade de som, a economia e a simplicidade. Os projetos são:
- Um Booster ou 4mplificador-Reforçador para o carro capaz de aumentar a potência do som
do carro para 24 +24 W ou seja, 48W por unidade.
- Um sistema estereofônico econômico para o lar com potência 'de .12+12W, para um toca-
discos ou sintonizador estéreo-FM
- Um módulo expansível de 24W para diversas aplicações como o reforço modulado de som
em carro, sonorização modulada de ambientes ou a montagem de caixas amplificadas.
Veja no artigo as inúmeras vantagens que estes amplificadores podem lhe oferecer.
Newton C. Braga
'. I
dando estas possibilidades escolhemos três
que julgamos abranger a maior parcela pos-
sível de interesses de nossos leitores.
~~
• rí Os projetos escolhidos caracterizam-se
pelo máximo de aproveitamento das pos-
sibilidades deste integrado, o que significa
a obtenção de qualidades que não podem
ser conseguidas com projetos similares cOm
tanta facilidade e economia. Os leitores.
FTE FTE exigentes facilmente perceberão isso na
A B
descrição de cada um dos projetos.
a) Booster ou Amplificador de Reforço
para o carro (potência 48W)
Este é o primeiro circuito que oferece-
mos aos leitores e que consiste num ampli-
ficador para o carro, que na sua versão
PONTE
básica fornece uma potência de 24W por
canal, ou seja, 48W totais "de verdade".
figura 1 Veja que esta potência é expressa em
termos reais e não "disfarçada" como
Combinando então um ou dois integra- ocorre em muitos amplificadores comer-
dos podemos ter sistemas de sons de diver- ciais. Um amplificador que forneça uma
sos tipos. Escolhemos três para a realização potência de 48W reais terá na realidade
deste artigo. mais de 65W IHF.
Interessa-nos as características deste inte- Este amplificador usa dois integrados
grado, através das quais o leitor pode ter em cada canal os quais são ligados em
uma idéia do seu desempenho em cada ponte e operam com cargas de 4 ohms.
projeto que propomos neste artigo. Veja que a operação em 4 ohms e não em
2 ohms, como normalmente se faz com a
CARACTERfSTICAS DO TDA1510 maioria dos amplificadores de carro, evita
(cada canal) as perdas de potência devidas a resistência
do fio de ligação ao alto-falante. Trabalhan-
Faixa de tensões de ali- do com impedância maior reduzimos as
mentação. . . . . . . . . . . .. 6 à 18V perdas.
Potência de saída com A principal característica de nosso pro-
14V em carga de 2 ohms 12W jeto, entretanto são suas dimensões físicas,
Potência máxima de dis- extremamente reduzidas conforme mostra
sipação (t = 105°C)..... 15W a figura 3.
Outubro/82 3
Vp=14.4\1.R1=4n
Po=24w
o
/ '"
\
/
-1
J
Cõ I
~ I I
I
~
U) -2
O
C-
U)
w I
a:
I
I
-3 I
-4
3
10 10 1if 105
FREQUÊNCIA (Hzl (Hz)_ Freq.
Vp=14.4VR1=4Q
0.6
o
I
I-
0.4
I
0.2 I
I /
//
:,//
./'
POTÊNCIA (W)
figura 2
figura 3
Outubro/82 5
MÓDULO MÓDULO
24W 24W
FTE FTE
ESQ. DIANTEIRO DIR. DIANTEIRO
MODULO MÓDULO
24W TOTAL: 24W
96W
FTE FTE
ESQ. TRASEIRO DIR. TRASEIRO
FTE
A
TOCA-DISCOS
SINTONIZADOR
AM - FM
FTE
C
figura 5
---n-----
v
---(\-- v adicional, inclusive os circuitos integrados
podem ser conseguidos com facilidade.
As soldagens deve ser feitas com solda-
-~_~~~U_
_ D~_.__ :v
dor de pequena potência e ponta fina.
Como ferramentas adicionais o leitor deve
ter um alicate de corte lateral, um alicate
de ponta fina, chaves de fenda, etc.
DISSIPADOR
12,5 x 2cm
figura 9
Sem a inversão, a tensão no alto-falante .....
ni:I
'@\
-..........
tem um valor médio V, o que sobre uma 1i!J!-..........
Outubro/82 7
Importante é a montagem dos integrados Na figura 12 temos as placas de circuito
em dissipadores de calor que são feitos de impresso usadas. Veja que temos duas
alumínio (preferivelmente pintados de placas amplificadoras idênticas e uma placa
preto) com o formato e as dimensões mos- da chave comutadora/divisor de potência.
tradas na figura 1D. Na montagem são os seguintes os princi-
Vejamos então os projetos individual- pais cuidados que devem ser tomados:
mente: a) Solde em primeiro lugar o circuito
integ'rado, observando sua posição. O cir-
cuito integrado fica em posição vertical
BOOSTER na placa. Cuidado para que espalhamentos
de solda não curto-circuitem seus ter-
Amplificador de reforço para o carro minais.
48W b) Solde os resistores observando seus
Base: dois integrados TDA 151 D valores que são dados pelas faixas coloridas.
Placas de circuito impresso: 3 (dois am- c) Solde os capacitores eletrol íticos
plificadores, divisor e chave comutadora). observando que estes componentes são
O circuito completo desta versão do am- polarizados, ou seja, veja bem a posição dos
plificador é mostrado na figura 11. terminais (+) e (-).
Rl R2 ;'
100K 100K
(OI
4 10
C10
100nFT T'OO~F
Cl1
C,
220nF
(Alo--J ~onl
.:L
( El
(1 canal)
figura 11
o o
---
A
DESLIGADO
B c OBS: OS FIOS vÃo TODOS PARA
A PLACA DA CHAVE
(' CANALI
D E
CANAL DIREITO
o o CANAL ESOUEROO
•• ÀS SAíDAS 00
RAOIO IT FITAS
(+1 I-I
BATERIA/FONTE
figura 12
Outubro/82 9
A ligação à massa é feita no próprio
chassi do carro, preferivelmente no mesmo
ESTÉREO 12+12W
ponto em que é feita a ligação à massa do
rádio, se esta não for o chassi.
Prova do Booster: Base: um único integrado TDA 1510
Feita a ligação no rádio ou toca-fitas, e Placa de circuito impresso: 1 (amplifi-
conectada sua alimentação, ligue em pri- cador eventualmente o do mini equalizador)
meiro lugar o amplificador, colocando a Dimensões da caixa: conforme desejo do
médio volume o som normal do carro. leitor
Ligue então a rádio ou toca-fitas, reajus- Existe ainda a possibilidade do leitor
tando seu controle de volume para obter montar o amplificador na própria caixa do
reprodução alta e sem distorção. toca-discos, já que 'suas reduzidas dimen-
O volume do som será controlado no sões não oferecem problemas para isso.
rádio ou toca-fitas do carro, assim como O circuito completo desta versão do am-
a tonalidade. plificador é dado na figura 13.
R 1
100K
vp
4 3
" lO O.l~FI
C12
Cl1
0.1~F
13
6 5 9 8 7
R3 ~ C3
100~F
C7
100~F
R7
100K 100K
C9
O.l~F
Cl0
4.7~F
-
figura 13
c110i
'Cl0
~)
~~ C12
.
1
~
(8)C13
o o
figura 14
d) pára a montagem dos capacitores não aparelho. Este interruptor pode ser inde-
polarizados, ou seja, cerâmicos ou de po- pendente ou conjugado ao controle de
Iiester não é preciso. observar sua polari- volume.
dade. Seja rápido na soldagem para evitar j) O cabo de entrada do amplificador
que o calor os danifique. deve ser blindado com a malha conectada
e) Faça a conexão ao controle de volume ao negativo comum. Veja que, preferivel-
e eventualmente a do mini equalizador que mente todos os pontos de blindagem devem
fica fora da placa usando fios os mais ser ligados ao mesmo local de negativo
curtos possíveis ou blindados para não comum da fonte de alimentação, evitando-
haver a captação de zumbidos. -se com isso a captação de zumbidos.
f) Faça a conexão ao alto-falante de cada Se sua versão for a de toca-discos pode
canal ou jaque de sa ída, conforme quiser ligar diretamente à entrada do circuito,
e à fonte de alimentação. passando pelo controle de volume e mini
g) Na montagem da fonte de alimentação equalizador tom a cápsula fonocaptora.
observe a polaridade dos diodos e do capa- Terminada a montagem, tendo colocado
citor eletrol ítico. o dissipador de calor no circuito integrado
(igual ao da versão anterior) o leitor pode
fazer uma prova de funcionamento.
Prova do estéreo 12+ 12:
+ Para a prova basta ligar à unidade à to-
mada e abrir seu volume até 1/2 de seu
curso, tendo na saída alto-falantes de
4 ohms ou ainda para maior potência,
caixas de 2 ohms.
Impedância de 2 ohms com alto-falantes
figura 15
de 4 pode ser conseguida com a ligação em
h) Um interruptor ligado no primário do paralelo mostrada na figura 16.
transformador serve para ligar e desligar o Ligando a fonte de sinal, ou seja, o sinto-
Outubro/82 11
nizador de FM, toca-discos ou ainda um cada, utilizando 2 pequenas caixas com
microfone de cristal, deve haver a reprodu- alto-falantes de pelo menos 15 cm que
ção do som nos alto-falantes. Veja o mini- suportem pelo menos 15W cada um.
-equalizador para esta versão. Obs: este amplificador também pode ser
usado em versão monofônica, utilizando-se
uma chave que ligue em paralelo as en-
tradas.
20HMS 40HMS 40HMS
Cl 1 canal
47nF
12Vcc
R7
3K9
01 SAíDA
6C548
ENT.
I -
-
RB
lK
(-)
SAíDA
1+1
figura 17
ENTRADA
1 MÓDULO
8
-falantes devem trabalhar com o mesmo
sinal. Os fios de alimentação também
devem ter cores diferentes, observando-se
sua polaridade na ligação.
O interruptor pode ser ligado na alimen-
tação comum a todos os módulos ou então
MÓDULO
C
no primário do transformador da fonte
conforme a versão escolhida. '
CANAL
Terminada a montagem, a prova do mó-
DIR. dulo é simples:
1
Prova:
MODULO
D
Ligue o módulo à fonte de alimentação e
a fonte de sinal. Aplique o sinal controlan-
do sua intensidade no aparelho excitador e
veja a sua reprodução.
figura 18 Se houver captação de zumbidos ela
Outubro/82 13
pode ser devida a falta de blindagem do seguir um bom contacto térmico do cir-
cabo de entrada de sinais ou então a defi- cuito integrado com o dissipador é com a
ciência de filtragem de fonte. Verifique. ajuda de pasta especial de silicone, colocada
Se notar distorção no máximo volume entre o dissipador e o integrado.
ela se deve a excesso de excitação. Reduza Na caixa, o dissipador deve ficar de tal
o volume da fonte excitadora até obter modo colocado de maneira a transferir o
som puro. calor gerado para o meio ambiente, com
faci Iidade.
Dependendo do tipo de sinal usada na
CONSIDERAÇÕES FINAIS entrada, caso do amplificador de 12+ 12W,
um pré-amplificador pode ser necessário.
O circuito integrado deve transferir todo Isso acontecerá se forem usados microfones
o calor gerado para o dissipador e este para ou cápsulas de baixa impedância, por
o meio ambiente. Uma maneira de se con- exemplo.
LISTA DE MATERIAL
BOOSTER (I CANAL) C3- C6 - C7- C13 - 100pF x 16V - capaci-
Cf - TDA1510 - fbrape (circuito integrado) tares eletrolíticos
C8 - C5 - 1 OOOpFx 16 V - capacitares eletro-
Cl - C8 - 220nF - capacitar cerâmico
C2 - 47j.1F x 16V - capacitar eletrolítico líticos
C3 - C7 - Cll - 100pF x 16 V - capacitares Rl- R3 -R5 - R7 - 100k xI /8W - resistores
eletrolíticos (marrom, preto, amarelo)
C4 - C5 - CIO - 100nF - capacitares cerâ- R2 - R8 - 1k x 1/8W - resistores (marrom,
micos preto, vermelho)
C6 - 4,7pF x 16 V - capacitar eletrolítico R4 - R6 - 4R7 x 1/8W - resistores (amarelo,
C9 - 330pF - capacitar cerâmico violeta, prata)
RI - R2 - R3 - R7 - 100k x lj8W - resis- PI> P2 .- potenciômetros de 100k (volume)
tores (marrom, preto, laranja) Diversos: dissipador de calor, caixa, placa de
R4 - R6 - 4,7R x 1/8W resistores (amarelo, circuito impresso, fios, solda, etc.
violeta, prateado)
R5 - 2k2 x 1/8W - resistor (vermelho, ver- MINI EQUALIZADOR ATNO-l CANAL
melho, vermelho)
Ql - BC548, BC238 ou equivalente - tran-
R8 - 680R x 1/8W - resistor (azul, cinza,
sistor
marrom)
RI, R2 - 6k8 x 1/8W - resistores (azul, cinza,
R9 - 22R x 1/8W - resistor (vermelho, verme- vermelho)
lho, preto) R6 - R3 - 33k x 1/8W - resistores (laranja,
Módulo com a chave: laranja, laranja)
RI - 1k x 1/8W - resistor (marrom, preto, ver- R4 - 4k7 x 1/8W - resisto r (amarelo, violeta,
melho) vermelho)
R2 - 100k x 1/8W - resistor (marrom, preto, R5 - 180k x 1/8W - resistor (marrom, cinza,
amarelo) amarelo)
R3 - lM5 - 1/8W - resistor (marrom, verde, R7 - 3k9 x 1/8W - resistor (laranja, branco,
verde) vermelho)
SI - Chave de 8 pólos x 2 posições (ver placa) R8 - lk x 1/8W - resistor (marrom, preto,
Led - led vermelho comum vermelho)
Diversos: placas de circuito impresso, dissipador Cl - 47nF - capacitar cerâmico
para o integrado, fios, solda, caixa para mon- C2 - 1pF x 16 V - capacitar eletrolítico
tagem, etc. C3 - C4 - 2n2 - capacitares cerâmicos
C5 - 47pF x 16V - capacitar eletrolítico
AMPLIFICADOR 12 + 12W Diversos: placa de circuito impresso, fios, solda,
Cf - TDA1510 - fbrape (circuito integrado) etc.
Ci - C4 - C9 - Cli - C12 -100nF - capa-
citares cerâmicos MÓDULO DE 24W
C2 - Ci O - 4, 7pF x 16 V - capacitares eletro- Mesmo do booster exceto do módulo com a
liticos chave.
Mais simples do que isso, só se não usar nenhum componente! Mais interessante do que isso,
só se for de verdade! Assim podemos introduzir este brinquedo eletrônico, um órgão que sem
dúvida alguma, servirá para despertar os talentos musicais dos pequenos e divertir os marmanjos
em festa de fim de ano, reuniões familiares, etc. O nosso "órgão eletrônico" é ultra simples e
barato, porém muito atrativo para os que desejam uma montagem acesSível de um brinquedo de
efeitos musicais atrativos.
. Outubro/82 17
300Hz (300 vibrações por segundo) é dife- Assim, quando estas correntes circulam
rente em frequência ou altura de um som por alto-falantes, elas fazem seu cone vibrar
de 400Hz. na mesma frequência produzindo os sons
O timbre é dado pela "forma da onda do musicais.
som. Instrumentos musicais diferentes po- CORRENTE SOM DE •
440Hz (LA)
DE 440Hz
dem emitir a mesma nota, ou seja, sons de.
mesmas frequências, mas de timbres dife-
rentes em vistas de suas características
físicas, ou seja, o modo como são cons-
OSCILADOR
ELETRÔNICO )) ) )
figura 3
truídos.
O timbre do som produzido depende de
muitos recursos e é justamente a "cor" do
som, ou seja, aquele fator que nos permite
distinguir um instrumento de outro e que
dá riqueza a peça executada.
DOIS SONS DE MESMA
FREOUÊNCIA. MAS QUE
Com circuitos complicados podemos
.SOAM" DE MODO
DIFERENTE
dotar o som produzido de qualquer timbre,
ou seja, podemos modificar sua forma de
/ onda à vontade, mas isso não acontece com
0f\J( figura 1
nosso projeto. Somente os chamados "sin-
tetizadores"
isso.
possuem recursos para fazer
Sol
392.00
Hz
Lá
440.00
Hz
Si
493.88
Hz
Dó
523.25
Hz
Ré
587.33
Hz
Mi
659.26
Hz
Fá
698Aô
Hz
Sol
783.99
Hz
Lá
88000
Hz
-
r=
CAPACITOR
~s
R2
SAíDA
figura 4
1 oitava
figura 2
Temos dois transistores que formam
A eletrônica pode criar sons musicais juntamente com um capacitor C e um
através de circuitos osciladores. Estes cir- resistor R um oscilador de relaxação (Os
cuitos produzem corrente variáveis que têm outros dois resistores não interferem no
sua intensidade alterada na mesma frequên- nosso raciocínio sobre o funcionamento).
cia dos sons que queremos produzir. Estes dois transistores operam como uma
+9V
Rl +R •
PONTA
DE
PROVA
R3
R3+R2+Rl+R.
SAibA
figura 6
Temos então de fazer combinações de barato, isso não é problema para o mon-
resistores o que significa que mesmo tendo tador ...
13 notas, o número de resistores é na reali- Completa o circuito um pequeno ampli-
dade maior. Como este componente é ficador de dois transistores para que o som
Outubro/82 19
no alto-falante tenha uma intensidade com- O único capacitor usado pode ser tanto
patível com a finalidade do projeto. cerâmico como de poliéster com 47nF de
valor.
COMPONENTES Importantes são os valores dos resistores
Todos os componentes podem ser conse- de 1/8W que devem ter 10% de tolerância.
guidos com facilidade. A montagem deve O uso de capacitores diferentes (que não
ser feita em placa de circuito impresso, o tenham o quarto anel dourado) pode pre-
que significa que o leitor deve ter os judicar a obtenção de notas afinadas para
recursos para sua elaboração. seu órgão de brinquedo.
Os transistores são comuns, podendo ser Temos ainda o alto-falante que pode ser
,os NPN do tipo BC548, BC238 ou seus de 5cm, para facilitar a instalação do apa-
equivalentes, e os PNP do tipo BC558, relho numa pequena caixa de madeira ou
BC308 ou seus equivalentes. plástico conforme a figura 7.
PLACA DE
CIRCUITO
IMPRESSO~
figura 7
Finalmente a ponta de prova que serve Para realizar a montagem com perfeição
para "tocar" nos ilhóses de contacto de proceda do seguinte modo:
cada nota e o conector da bateria de 9V, a) Solde em primeiro lugar os transis-
completam o conjunto. tores observando seu número (a marcação)
e também a posição que é dada pela parte
MONTAGEM achatada, fazendo-a cóincidir com os de--
senhas. Solde os transistores rapidamente
Comece. confeccionando a placa de pois eles são sensíveis-ao calor.
circuito impresso segundo o desenho em b) Solde o capacitar C1. Não é preciso
tamanho natural mostrado na figura 8. observar sua polaridade, mas seja rápido
Para a soldagem dos componentes na pois este componente é sensível ao calor.
placa você precisará de um soldador de Especial atenção deve ser dada a marcação
pequena potência e ponta fina além de deste capacitor. As possíveis marcações
um alicate de corte lateral, um alicate são: 0,047 - 473 - 47k - 0,05.
de ponta fina e chaves de fenda. c) Solde os resistores observando seus
Na figura 9 temos o diágrama completo valores que são dados pelas faixas colo-
do nosso órgão eletrônico onde todos os ridas. Acompanhe a lista de materiais. Seja
componentes aparecem com seus valores. rápido na soldagem destes componentes.
-- -------- ]
o
G-~~~--T----l
o ,_~ __ , •• o
1+1 l-I
••
FTE 02 01
~~~
PONTA
DE
PROVA
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
~JJ
figura 8
Outubro/82 21
conect9r a uma bateria de 9V em boas com diferenças de frequências conforme a
condições. escala musical.
A seguir, toque com a ponta de prova em Se acontecer algum sinal de falha aperte
cada um dos ilhóses da placa de circuito o ilhós corespondente ou passe uma lixa
impresso, verificando a emissão de som. para remover uma eventual camada de
Em todos deve haver a emissão de som, óxido que prejudique o contacto.
+9V
R23 R24
18K lOOK
figura 9
Obs: o sistema usado neste brinquedo projeto você pode acrescentar um interrup-
não permite acordes, ou seja, não podem tor para ligá-lo e desligá-lo evitando assim
ser usadas duas pontas simultaneamente o trabalho de tirar a bateria do conector
em duas notas musicais pois o som será quando fora de uso.
somente da mais alta. Outra idéia é a ligação de um jaque tipo
Verificando o funcionamento de seu "circuito fechado" junto ao alto-falante,
órgão você poderá instalá-lo em uma caixi- para a Iigação de uma caixa acústica externa
nha, conforme a sugerida na parte inicial ou mesmo de. um amplificador.
do artigo. Como melhoramentos para o
LISTA DE MATERIAL
Q1 - BC558 - PNP de uso geral R11 - 27k (vermelho, violeta, laranja),
Q2, Q3, Q4 - BC548 - NPN de uso geral R12 - R18 - 2k2 (vermelho, vermelho, ver-
C1 - 47nF - capacitar cerâmico ou de poliester melho)
R1 - R10 - R20 - 4k7 (amarelo, violeta, ver- R13 - 12k (marrom, vermelho, laranja)
melho) R14 - 8k2 (cinza, vermelho, vermelho)
R2 - R4 - 47k (amarelo, violeta, laranja) R16 -lk8(marrom, cinza, vermelho)
R3 - 1k (marrom, preto, vermelho) R19 -10k (marrom, preto, laranja)
R5 - R17 - 22k (vermelho, vermelho, la- R21, R22 - 15k (marrom, verde, laranja)
ranja) R24 -lOOk (marrom, preto, amarelo)
R6 -lk5 (marrom, verde, vermelho) R25 - R27 - 150R (marrom, verde, marrom)
R 7 - 39k (laranja, branco, laranja) R26 - 390R (laranja, branco, mimam)
R8 - R9 - R15 -R23 -18k(marrom, cinza, Diversos: falante de 8 ohms, bateria de 9V,
laranja) placa de circuito impresso, ponta de prova, etc.
Newton C. Braga
GANHO >1
_74'
-amplificadores.
A finalidade deste amplificador opera-
SINAL
DE AÚDIO
>----J
cional é fazer o casamento da alta impe-
dância de entrada do sinal com a baixa
impedância do instrumento, daí seu ganho
RETIFICAÇÃO FILTRAGEM
ser mantido no mínimo. Este ganho mí-
nimo é conseguido com -a realimentação O circuito integrado utilizado é o ampli-
direta do sinal, interligando-se a saída à ficador operacional 741 que pode ser en-
entrada inversora (seguidor de tensão), contrado com denominações tais como
conforme mostra a figura 3. J.lA741 , MC1741, LM741, etc.
A placa de circuito impresso utilizada
ENTRADA figura 3
(ALTA
INPEDÃNCIAI
para a montagem prevê o integrado com
lMn
SAíDA invólucro D IL de 8 pinos. O leitor deve ter
6 (BAIXA
IMPEDÃNCIAI
os elementos para a elaboração desta placa.
150n. Os diodos são de sil ício para uso geral
como os 1N41480u 1N914.
GANHO:' Os capacitores eletrol íticos devem ter
uma tensão de trabalho de 25V pelo
Esta realimentação direta que propor- menos, e os demais são cerâmicos ou de
ciona um ganho unitário de tensão será poliéster.
utilizada no caso da operação com amplifi- P1 é um trim-pot comum de 10k e os
cadores de áudio de boa potência, caso em resistores são todos de 1/8W ou 1/4W com
que a alta impedância impede o "roubo" os valores indicados na lista de material.
de potência por parte do instrumento. Se, O VU pode ser simples ou duplo de
entretanto, o sinal dispon ível não for sufi- 200J.lA de qualquer tipo dispon ível no
ciente para excitar totalmente o circuito, comércio especializado.
ou seja, não houver uma boa deflexão da Na saída da ponte temos um trim-pot
agulha mesmo no máximo volume, pode-se para ajustar o funcionamento do instru-
aumentar o ganho do amplificador opera- mento conforme a potência do amplifi-
cional com a ligação de um resistor entre cador.
Outubro/82 27
OS COMPONENTES MONTAGEM
figura 8
C2
47nF
ENTRADA
l-I
1+1
VU
figura 9
Outubro/82 29
As montagens práticas de sistemas de radio-controle são as que mais atraem os nossos leitores
por motivos óbvios. Já publicamos projetos de sistemas simples de um ou mais canais em grande
número de configurações e, já demos indicações para a construção de filtros, acionadores de relês
e servos, e muitas outras sugestões importantes para quem pratica ou gosta de radio controle.
Neste número abordaremos um projeto diferente e de grande utilidade. Trata-se de um "módulo-
-receptor", um circuito que pode servir de base para sistemas de recepção de 1 a 10 canais os quais
podem ser utilizados desde em sistemas de aberturas de portas de garagem, até aero-modelos,
barcos e carros tele-dirigidos.
Outubro/82 33
missores pouco mais potentes com 1 ou 2 por uma tensão de 9V e seu. consumo é
transistores (2N22181, e alimentação de 9V bastante baixo.
ou 12V podem ter alcances de 200 a 500m Como antena pode ser usada uma vareta
em terreno aberto. de 30 a 60 em ou ainda uma antena teles-
O nosso módulo receptor é alimentado cópica comum.
ATÉ SOmW
lOCA
200mw
figura 1
Os ajustes para colocá-lo em funciona- O circuito básico da etapa super-regene-
mento são apenas 2 não se necessitando rativa é mostrado na figura 3.
de nenhum equipamento especial. Somente
o transmissor correspondente é necessário +
para a realização de seus ajustes de funcio-
namento.
O CIRCUITO
"" \
obtido é a mesma que modula o trans-
missor. B}lem ()
;!IIDnUIiIUIITIi!ll!!17
I",,,
O trim-pot de 47k não oferece proble-
'I
II111
BC 238,
BC 54B,
BC239
BC549
mas de obtenção. Escolha um tipo que se
ajuste na placa, ou seja o menor possível.
Os resistores são de 1/8W para permitir
CEB CBE uma montagem bem compacta, e a tole-
figura 4 rância é a normal: 10% ou 20%.
Os capacitores são basicamente de dois
A alimentação do módulo é feita com tipos, havendo um terceiro que eventual-
uma bateria de 9V, mas suas durabilidade mente pode ser usado.
será grande, em vista do baixo consumo de Para os grandes capacitores, ou seja, C1
corrente. e C8 são usados eletrol íticos de 16V. Para
os d~mais o tipo básico é o cerâmico, mas
COMPONENTES em alguns casos, citados na lista de ma-
terial, podem ser usados os de poliester. i
Outubro/82 35
o 1+1
C2 R6
1n2 22K
• +
C7 81 -
lOOnF C8 9V-
47~F
J-0A
8
E l-I
figura 6
Na figura 7 temos a placa de circuito panhe a figura, Seja rápido na soldagem
impresso. Se o leitor usar componentes pois os transistores são delicados.
equivalentes, deve tomar cuidado para b) Solde a bobina L1. Raspe bem os
eventuais alterações que sejam necessárias pontos de soldagem do fio esmaltado para
na placa. que a solda possa aderir.
c) Solde o chqque XRF. Raspe bem as
pontas dos fios esmaltados no ponto de
soldagem para que a solda possa aderir.
d) Solde todos os resistores. Veja que
seus valores são dados pelas faixas coloridas
de acordo com a relação de material. Seja
rápido na sua soldagem.
e) Para soldar o capacitor Cv você deve
observar a posição da armadura externa
que deve ficar do lado positivo da alimen-
tação. Se este capacitor for invertido o
c
aparelho ainda funcionará mas poderão
ocorrer instabi Iidades.
o f) Solde os capacitores eletrol íticos C1
e C8 atentando para seu valor e para sua
polaridade. Veja bem a posição do pólo (+)
e do pólo (-).
g) Na soldagem dos demais capacitores
o leitor deve ter cuidado com o calor exces-
sivo já que estes são componentes dei i-
cados. Os valores dos capacitores cerâmicos
eventualmente podem ser expressos de
modo que exije atenção.
figura 7 Assim, o capacitor de 100nF pode vir
como 0,1/lF ou 103, e o de 1n2 pode vir
Os cuidados q'úe dp.vem ser tomados na como 1 200p ou ainda 1k2.
montagem, assim como sua sequência são h) Complete a montagem com a ligação
dados a seguir: do conector da bateria, observando sua
a) Solde em primeiro lugar os dois tran- polaridade dada pela cor dos fios (verme-
sistores, atentando para sua posição que é lho-positivo e preto-negativo), a ligação dos
dada' em função de sua parte chata. Acom- fios da antena e de saída.
D + D +
c 9V C 9V
-
1['0'
MÓDÚLO
RECEPTOR
A
B
JAOUE
11:-11-
Ç£;c?R~~T~t
MÓDULO
RECEPTOR
A
figura 8
Agora, ligando nas proximidades o trans- ter espiras retiradas ou re-enrolada com
missor, deve-se ajustar o trimer Cv até que mais voltas de fio (L 1).
o seu sinal seja ouvido no fone ou alto- Para melhor recepção a antena deverá
-falante do amplificador. ficar em posição vertical e seu compri-
Se o leitor não tiver ainda o transmissor, mento ajustado experimentalmente até se
ao girar o trimer Cv poderá ouvir estações obter o melhor ganho.
de telecomunicações ou mesmo radio-ama- Se o leitor notar instabilidade de funcio-
dores, conforme a faixa escolhida. namento deve procurar alterar a bobina e
Uma vez sintonizado o sinal retoca-se o também verificar a posição do trimer.
ajuste de P1 para se obter o máximo de No próximo número continuaremos com
sensibilidade. o sistema de rádio controle descrevendo
Se o aparelho não der alcance, ou seja, -alguns filtros que podem ser usados com
afastando-se o transmissor o sinal desapa- este receptor ~um sistema multi-canal.
rece, é sinal que está sendo sintonizado um Obs: os leitores interessados em colocar
sinal espúrio. - já em funcionamento este receptor, cons-
O procedimento para- corrigir o problema truindo o transmissor devem consultar a
consiste na alteração da bobina que poderá revista 94.
LISTA DE MATERIAL
Q1 - BF494 - transistor NPN de RF (ou equi- C1 - 22pF x 16 V - capacitar eletrolítico
valente) C2, C3 - 1n2 ou 1 200nF - capacitares cerâ-
Q2 - BC548 ou BC238 - transistor NPN de mico
uso geral C4 - 4p 7 - capacitar cerâmico
XRF - choque de RF (ver texto) C5 - 33nF ou 0,033 - capacitar cerâmico ou
L1 - Bobina de antena (ver texto) de poliéster
P1 - 47k - trim-pot C6, C7 - 100nF ou O,lpF - capacitares cerâ-
R1 - 47k x 1/8W - resistor (amarelo, violeta, mico
laranja) C8 - 4 7pF x 16 V - capacitar eletrolítico
R2 - 10kx 1/8W - resistor (ma"om, preto, Cv - trimer comum
laranja) B1 - bateria de 9V
R3, R4 - 3k3 x 1/8W - resistores (laranja, la- A - antena telescópica de 40 à 60cm
ranja, vermelho)
R5 - 2M7 x 1/8W - resistor (vermelho, violeta, Diversos: placa de circuito impresso, fios, fio
verde) esmaltado 24 ou 26 para L1 e fio esmaltado
R6 - 22k x 1/8W - resistor (vermelho, ver- 30 ou 32 para XRF, conectar para bateria de
melho, laranja) 9V, etc.
37
Outubro/82
\ CON\lERSOR
lUZ SOM
-J
Newton C. Braga
Um circuito eletrônico experimental que converte luz em som é o que levamos aos leitores neste
artigo. As variações da intensidade da luz incidente num elemento sensível são transformadas em
sons de [requências correspondentes. Experimentalmente este aparelho pode ser usado para
demonstrar o funcionamento dos sensores de luz ou então na detecção de variações de intensidade
luminosa ou na localização de fontes emissoras.
o que propomos neste artigo é uma
montagem experimental dirigida a estudan-
tes, principiantes e hobistas, pois sua faixa
de aplicações práticas é relativamente limi-
tada. Trata-se de um aparelho que converte
luz em som, e este som depende em sua
)~"'~ JJ>-~ V FREOuÊNCIA
SAíDA 2
figura 3
Entretanto, esta subida não é indefinida.
SAíDA'
No momento em que a tensão de disparo
do transistor unijunção é atingida, este
componente "liga" passando a apresentar
uma resistência muito baixa entre as arma-
figura 4
duras do capacitor. A consequência disso é
a descarga do capacitor, representada pela Nesta configuração o R é um resistor
queda de tensão no gráfico. mesmo (potenciômetro e resistor) que
Outubro/82 41
determinam basicamente a frequência do OS COMPONENTES
circuito. Todos os componentes podem ser encon-
Em paralelo com o capacitor é ligado o trados com facilidade nas casas especializa-
LDR que passa a formar um divisor de das. Começamos com a base de montagem
tensão com o resistor R. Este divisor altera que serve de "chassi" e que pode ser uma
o ponto de funcionamento do circuito e tábua de 20 x 30 cm, onde todos os com-
portanto sua frequência. ponentes são fixados com parafusos para
O que ocorre neste caso é o funciona- madeira ou comuns.
mento "ao contrário" que já explicamos. t= claro que o leitor pode utilizar uma
Com a diminuição da resistência do LDR caixa para instfllar todo o conjunto, mas se
cai a tensão no capacitor e consequente- o aparelho for montado com finalidade
mente diminui a frequência. didática será mais interessante deixar todas
Temos então que, quando a intensidade suas partes expostas para análises e explica-
de luz aumenta, a frequência diminui. Con- ções.
forme o ajuste do potenciômetro, podemos O transistor unijunção é do tipo 2N2646.
inibir o funcionamento do oscilador com Outros tipos podem ser experimentados,
determinadas intensidades de luz, de modo mas este sem dúvida é o mais comum.
que não seja atingido o ponto de disparo do O transistor de potência básico é o
transistor unijunção. BD135. Seus equivalentes mais próximos
Como o sinal obtido na saída do tran- são os BD137 e BD139. Podem também
sistor unijunção é fraco, é preciso utilizar ser usados NPNs de potência como os
uma etapa adicional de amplificação. TIP29, TIP31, AC187 mas estes possuem
Esta etapa utiliza um transistor de po- disposição de terminais que não coincide
tência o qual excita diretamente um com a dos originais.
alto-falante, conforme mostra a figura 5. O LD R é comum, redondo de qualquer
tipo. Pode ser aproveitado o LDR de tele-
visores abandonados que possuam controle
automático de luminosidade e que ficam no
seu painel frontal.
Os demais componentes tais .como resis-
tores, capacitores, alto-falantes são todos
figura 5
comuns.
MONTAGEM
Para a soldagem dos componentes deve
Se o leitor não estiver satisfeito com a ser usado um ferro de pequena potência e
potência sonora desta etapa experimental ponta fina (máximo 30W). Como ferramen-
pode utilizar uma outra que faz uso de dois tas adicionais sugerimos a utilização de um
transistores e é mostrada na figura 6. alicate de corte lateral, um alicate de ponta
+ 90U
fina e chaves de fenda.
12V Os circuitos completos das duas versões
(ação positiva e ação negativa) são mostra-
dos na figura 7.
As montagens das duas versões em ponte
de terminais são dadas na figura 8.
t= claro que nas versões em ponte, os
figura 6
componentes maiores devem ser fixados na
base de montagem. Estes elementos que
devem ser fixados são:
- Ponte de terminais
Esta etapa pode inclusive ser alimentada - Alto-falante
com tensões maiores, ou seja até 12V, mas - Suporte das pilhas
o transistor de potência deve ser montado - Potenciômetro P1
num bom dissipador de calor. - LDR
C2 C2
100~F
100~F
I VERSÃO 1) I VERSÃO 21
figura 7
VERSÃO 1
VERSÃO 2
figura 8
Outubro/82 43
Os principais cuidados que devem ser O alto-falante pode ser fixado em duas
tomados na montagem são os seguintes: pequenas dobradiças as quais serão parafu-
a) Solde em primeiro lugar os transis- sadas na base. O alto-falante é de 5 à 10 cm
tores observando sua posição. de diâmetro.
A posição do transistor unijunção é dada h) Completamos a montagem com a liga-
pelo pequeno ressalto em seu invólucro. ção do suporte das pilhas. Para este deve-
Veja o desenho na ponte de terminais. Para mos observar a polaridade dos fios. O fio
o outro transistor a posição é dada pela vermelho corresponde ao pólo positivo que
parte metálica do invólucro que deve ficar vai ligado ao coletor de Q2 (terminal do
voltada para baixo. meio) e o negativo que corresponde ao fio
b) Na soldagem do capacitor eletrol ítico preto vai ao resisto r R3. Veja o leitor que
deve ser observada sua posição pois este não usamos interruptor neste aparelho.
componente é polarizado. O outro capaci- Para desligar o conversor basta retirar as
tor não tem polaridade. Na verdade, este pilhas do suporte. O suporte de pilhas,
outro capacitor pode ter valores entre 33 n F conforme o tipo pode ser parafusado,
e 100 n F, dependendo deste a tonalidade colado ou preso por uma braçadeira na base
dos sons obtidos. Com capacitores menores de montagem.
os sons produzidos serão mais agudos. Terminada a montagem, o próximo
c) Os resistores não têm polaridade certa passo consiste em experimentar o con-
para ligação, mas seus valores devem ser versor.
observados. Os valores são dados pelos três
primeiros anéis coloridos. Solde-os rapida- PROVA E USO
mente pois eles são sensíveis ao calor.
d) As interligações na ponte de terminais Para provar o aparelho, em primeiro
são feitas com dois pedaços de fio enca- lugar coloque pilhas em boas condições no
pado. A primeira vai entre o extremo da suporte, observando sua polaridade.
esquerda de R2 e o terminal do meio de Já com as pilhas no suporte, dependendo
Q2. A segunda vai entre a junção de Q1 da posição de P1 e da iluminação do LDR
com R3 e o terminal da direita de Q2. o aparelho emitirá sons.
e) Para a ligação do potenciômetro P1 nas O leitor deve então ajustar o potenciô-
duas versões devem ser usados dois pedaços metro para haver emissão de sons pelo alto-
de fio de aproximadamente 10 cm cada -falante com a luz ambiente ou de uma lan-
um. O potenciômetro posteriormente pode terna incidente no LDR.
ser fixado num "L" de metal na base de O ponto de funcionamento do conversor
madeira. depende do tipo de demonstração desejada.
f) Para o LDR são usados na ligação Algumas experiências interessantes po-
dois pedaços de fio de 20 à 30 cm de com- dem ser feitas com este conversor ..
primento. Recomenda-se que os terminais 1. Operação do LDR
de ligação e o próprio LDR sejam prote- Nesta experiência demonstra-se de que
gidos contra o manuseio excessivo que modo a resistência de um LDR varia com
pode acabar por danificaclos. A montagem a quantidade de luz incidente.
num pequeno tubo, conforme mostra a O procedimento para esta experiência é
figura 9 é uma sugestão. o seguinte:
Com uma lanterna ilumine o LDR e em
FIOS OE
LIGAÇÃO seguida vá afastando-se até notar uma
/ variação da tonalidade do som. (figura 10)
Na versão da ação positiva, a tonalidade
do som tende para o grave à medida que
nos afastamos com a lanterna, indicando
que o LDR aumenta de resistência. Na
figura 9
versão de ação negativa, a tonalidade do
g) Para a ligação do alto-falante também som tende para o agudo à medida que nos
podem ser usados dois pedaços de fio fle- afastamos, indicando também um aumento
x ível de 15 a 20 cm de compri mento cada. da resistência do LD R.
LÂMPADA
400U60W
PASSAGEM
,
-- ~-- "" LDR
,, I
/!I I. \
. I \
SOM
figura 11
LISTA DE MATERIAL
Outubro/82 45
~C!MJ
MULTITESTE
i[)&7l1007J(J~
00000
Aquilino R. Leal.
Outubro/82 49
R1 e R2 em M ohms e C1 em JiF. pode observar no diagrama em fases da fi-
De acordo com a lista de material, temos: gu ra 4( B). Desta forma consegue-se obter
um defasamento de 1800 entre os sinais
f = (0,0022 + 21~4~,0022) .0,1 Hz ~ 2,2 kHz presentes nos pontos A e B assinalados no
esquemático da figura 3, ou 'trocado em
O sinal digital de saída desse astável, fi- miúdos': se o potencial de um desses pon-
gura 4(A), é diretamente aplicado a CI-2, tos é positivo, o do outro será praticamente
o qual o complementa, como bem o leitor nulo, e vice-versa.
AMPLITUDE DO ?0_~c:~ _
SINAL DE ENTRADA
IV)
TEMPO
,,, ,,
,, ,, ,, ,, ,
,,
I
' I
V cc
--- -- -- -- - -.- - - -- ..-- - - - - T--- - - - - - - -- - - "I,
--- -- - -~~---~~-- '
- - - - --...,---- - ---
AMPLITUDE DO
SINAL DIGITAL
DE SAiDA I V)
-
TEMPO
figura 2
!
Vee - .. - -- - ---- --- - -- - - - -- - - --- - - - - - - - - - - - - - -- - - -- -- - --- -- - - - - -r=-=-=-=
TENSÃO I VI
1 2 3 4 5 6
,, ,, , , ,, ,
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Vee
=: ----- - -- -- - -- I I
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- -,- - - -- -- - - - - "Tr-=-=-;.=-=I- -- - -- - - - - -
'
- -- -- - - - ----
I
~- - - ----
TENSÃO IV I
1 2 3 4 5 6
I BI
-
figura 4
LED LED
1 2
LEDl LED 2
figura 5
Outubro/82
51
a vermelha, que nos informa que a ponta circuito é tão simples que dispensa qual-
de prova A não está conectada ao terminal quer comentário adicional.
anodo do semicondutor ou grosseiramente: Quanto à parte mecânica, o leitor deve
o diodo se encontra 'inversamente' polari- ter em mente o seguinte:
zado. De qualquer forma, ficam perfeita- a) Os pontos A e B, assinalados no desenho
mente identificados o anodo e o catodo. da figura 3, devem ir ter a um par de bor-
Adiante tratarei disso com mais detalhes. nes, para plugue do tipo banana, de cor
Como tensão de alimentação, o circuito vermelha e preta, respectivamente: à cor
admite qualquer valor compreendido entre vermelha (ponto A) estará associado o
5 a 15 volts cc, ainda que ele tenha sido potencial "+" (anodo) e à preta o poten-
projetado para funcionar com 6 volts cc. cial "-" (catodo).
Em meu protótipo experimental resolvi b) Esse par de bornes deve ser fixado a uma
medir o consumo do circuito em diversas das faces da caixa utilizada para alojar
condições de funcionamento, quando o circuito e de forma a ter-se livre acesso
alimentado a partir de uma fonte de 6 volts aos mesmos.
cc. Os valores medidos foram os seguintes: c) Também o par de diodos eletrolumines-
Curto circuito entre os pontos A e B: centes deve ser fixado à caixa, ficando
I ~ 20 mA. em lugar bem visível.
Circuito aberto entre A e B (circuito em re- d) Se for montada a fonte de alimentação
pouso): I ~ 7 mA. sugerida na figura 7, é recomendável que
Com a inclusão de um diodo 1N914 entre ela seja montada na própria plaqueta do
as pontas de prova A e B: circuito de teste propriamente dito (figu-
- led vermelho emitindo luz: I ~ 14 mA; ra 3) - tanto o fusível F1 como o inter-
- led verde emitindo luz (diodo em teste ruptor CH 1 são componentes externos à
invertido em relação à condição ante- plaqueta, devendo ser fixados à caixa do
rior): I ~ 9,6 mA. circuito.
OBS: Ainda que o led verde (Ied1) emita e) Quanto à caixa, recomendo as do tipo
luz por períodos maiores que o vermelho padronizado de plástico, as quais pos-
(led2), conforme disse antes, ele provoca suem uma tampa em alumínio que tam-
menor consumo devido à maior queda de bém permite a realização de furos sem
potencial entre seus terminais (da ordem muito sacrifício; além disso dispõem de
de 2,2 volts contra 1,6 do vermelho). várias torres no fundo para fixar a pla-
queta do circuito através de parafusos
r
FI
CHl Dl auto-atarrachantes.
+ OBS.: Se você montar a fonte de alimenta-
ção, cujo circuito se encontra na figura 7,
T" 1
tenha o máximo cuidado para que os ter-
02
minais "+" e terra não entrem em curto-
LtJ -circuito.
Uma vez pronta essa parte mecânica, o
leitor deve providenciar as duas pontas de
figura 7 prova, constituídas de um pedaço de fio
flexível (um de cor vermelha e outro de
Se o leitor quiser alimentar o aparelho cor preta), tendo em um dos extremos uma
através da rede elétrica poderá montar a garra-jacaré e no outro, um plugue-banana,
fonte cujo circuito se encontra na figura 7 vide figura 8.
à guisa de orientação - neste caso o inter- O 'Multiteste' estará em perfeito funcio-
ruptor CH1, figura 3, deverá ser omitido; namento se ele comportar-se corretamente
para que dois interruptores? ao executarem-se os testes mencionados na
descrição do circuito, ou seja:
MONTAGEM a) curto-circuitando-se as duas garras-jacaré
ambos os leds emitirão luz e em aberto
Tentar expor as diretrizes que segui para (alta impedância) nenhum desses fote-
montar o protótipo é perder tempo! O missores irá 'acender';
UTILIZAÇÃO 3. ALTO-FALANTES
O teste em alto-falantes é realizado li-
Para facilitar a memorização da utiliza- gando-se à bobina móvel as duas garras do
ção do 'Multiteste', convém que o leitor aparelho. Se o alto-falante estiver em bom
disponha dos componentes a serem verifi- estado, ambos os leds do instrumento acen-
cados, realizando todas as operações des- derão, podendo-se escutar no alto-falante.
critas para cada ensaio com componentes um ruído de baixa intensidade sonora. Caso
conhecidos e que se apresentem em bom os fotemissores não emitam luz, é sinal que
estado de funcionamento. Isto, certamen- a bobina do alto-falante está aberta, neste
te, não é impossível, pois raro é o caso da- caso não se escutará o som que caracteriza
quele que em sua sucata não possui alguns a frequência das oscilações do aparelho -
desses diodos, transistores, diodos emisso- aproximadamente 2 kHz.
res de luz, capacitores, foto-resistores, etc. Ainda, se ambos os leds acenderem e não
Convém ter sempre em mente o seguin- for possível escutar o mencionado som, a
te: a garra vermelha será considerada como bobina estará em curto.
a de potencial positivo em relação à preta.
4. FOTO-RESISTORES
1. ENSAIO DE CONTINUIDADE OU DE Você sabe que a resistência de um foto-
NÃO-CONTINUIDADE -resistor (LDR) é inversamente proporcio-
A continuidade pode ser verificada com nai à intensidade de luz a que ele está ex-
as garras 'A' e 'B' colocadas no elemento posto. Portanto, ligando-se este compo-
sob teste. Se ambos fotemissores emitirem nente entre as garras do aparelho e aproxi-
luz é sinal que existe continuidade entre mando-se da face sensível do LD R uma
os pontos ligados às garras; se nenhum dos fonte de luz, os fotemissores verde e ver-
dois diodos eletroluminescentes emitir luz, melho acenderão; ao afastar-se a fonte de
isto indicará que não há continuidade entre luz, a luminosidade dos diodos fotemisso-
tais pontos. Se, porém, apenas um dos leds res irá diminuindo até que eles apaguem.
emitir luz, conclui-se que o elemento sob Caso o foto-resistor esteja em curto, ou
prova é unidirecional, ou seja, só deixa pas- 'aberto', os leds acenderão, ou ficarão apa-
sar corrente em um sentido. gados, respectivamente, independentemen-
te da fonte de luz.
2. DIODOS Alguns componentes sensíveis à luz são
Acendendo ambos fotemissores, o diodo unidirecionais; neste caso, apenas um dos
sob teste estará em curto; se nenhum acen- fotemissores do aparelho irá 'acender', a
der, o diodo estará 'aberto'. Se apenas um identificação do anodo e catodo será feita
dos fotemissores, emitir luz, o diodo em de forma semelhante à anterior descrita
teste se encontra em perfeito estado: acen- para os diodos comuns e fotemissores.
dendo o verde isto significará que o anodo
do diodo está ligado à garra de cor verme- 5. CAPACITORES
lha (ponto A) e o catodo à garra de cor pre- O teste dos capacitores baseia-se em sua
Outubro/82 53
carga e descarga, consequentemente o 'Mul- Obs.: O teste não se aplica para microfo-
titeste' só é aplicável para capacitâncias nes do tipo eletreto.
superiores a 0,06811 F.
Para se testar capacitores há necessidade 7. PONTES RETIFICADORAS
de conectar um diodo a uma das garras do Para estes componentes, que geralmente
aparelho, ficando em série com o capaci- apresentam quatro terminais (figura 10),
tor em teste e de tal forma que o catodo o Multiteste, além de verificar o estado da
do semicondutor aponte para o "+" do ponte, também identifica seus terminais.
capacitor, caso este seja do tipo eletrol í- Caso a ponte se encontre em bom esta-
tico - vide figura 9. Com isso o capacitor do, deve-se constatar que existirão apenas
se carrega através de um dos dois fotemis- dois terminais da ponte, tais que, prenden-
sores, que permanecerá aceso até que o do a um deles uma garra do aparelho e 'var-
capacitor complete sua carga, apagando-se rendo' com a outra os três terminais res-
em seguida - o tempo durante o qual o tantes, farão com que um único led do ins-
fotemissor fica acesso depende da capaci- trumento acenda a cada nova posição, das
tância do capacitor, sendo diretamente três possíveis, ocupadas por esta última.
proporcional. Estes dois terminais corresponderão ao
DIODO AUXILIAR
positivo (+) e negativo (-) da ponte retifi-
I cadorô - figura 10. Se apenas o led verde
emitir luz, o terminal ligado à garra verme-
~~ lha será o negativo da ponte, à outra corres-
GARRAS JACARE C APACITOR
DO APARELHO EM TESTE ponderá o positivo; se for o fotemissor ver-
melho que emitir luz, as 'bolas' se inverte-
figura 9 rão: o terminal positivo da ponte retifica-
dora estará associado à garra preta (garra
o ensaio pode ser refeito tantas vezes B) e o negativo à outra.
quantas se fizerem necessárias, havendo
necessidade, em cada ensaio, curto-circui-
tar entre si os terminais do capacitor para
descarregá-lo.
Caso nenhum dos diodos acender, o ca-
pacitor está 'aberto', ou sua capacitância
é muito pequena. Se o led permanecer
emitindo luz com forte intensidade, então
o capacito r se encontra em curto. Pode
ainda ocorrer que o capacitor em teste
apresente elevada corrente de fuga; essa figura 10
'fuga' será caracterizada pelo não 'apaga-
mento' total do diodo fotemissor em Os outros dois terminais da ponte reti-
pauta. 'Quanto maior for a luminosidade ficadora corresponderão aos pontos de en-
do led, maior será a corrente de fuga do trada da tensão alternada - com as garras
capacito r; no entanto, observe que, quanto conectadas a esses terminais nenhum dos
maior é a capacitância de um capacitor fotemissores do aparelho deverá emitir luz.
(principalmente os eletrolíticos), tão maior Caso ocorra alguma coisa diferente da
será a corrente de fuga. citada, a ponte retificadora se encontra da-
nificada.
6. MICROFONES CONVENCIONAIS
Estes componentes podem ser examina- 8. RETIFICADOR CONTROLÁVEL DE
dos ligando-se as garras do instrumento a SILrCIO (RCS ou SCR)
cada terminal do microfone; se ele estiver Nestes componentes de três terminais,
em bom estado, pode-se perceber o som figura 11, o instrumento tanto identifica
dos 2,2 kHz do astável - os leds do instru- os lides, como avalia o estado do semicon-
mento certamente não emitirão luz devido dutor. Se o retificador controlável de sil í-
à elevada impedância dos microfones. cio se apresentar em bom estado, verifica-
Outubro/82 55
PRO~ETANDO
REGULADORES
À ZENER
Aquilino R. Leal
Muito tem-se escrito a respeito de fontes de alimentação em diversas publicações técnicas, por
isso não se pretende com este trabalho reescrever aquilo que é demasiadamente conhecido pelo
leitor, nem tampouco dar a última palavra sobre o assunto. Apenas nos limitaremos a fornecer
alguns informes e aplicações do diodo zener nas fontes de alimentação.
Um diodo zener é um retificador de estado costuma ser polarizado inversamente de modo que
sólido, cuja característica inversa de ruptura é util: funcione na referida região de controle (figura 1).
na condução direta, o diodo zener comporta-se de
forma semelhante a um diodo convencional. Com 1...------,
uma tensão inversa aplicada, inferior à tensão de
I
ruptura da união, o mesmo se comporta como I
praticamente um circuito aberto, como acontece vi rII vo
ICONSTANTEI
com os diodos convencionais; porém, ao aproxi-
I
}
mar-se a tensão inversa ao valor da tensão da ~---- /
25
NI-
>
(I)
U
"'I
>
,..
U
COI
> N
l,Q
U
> tD
U
50
75
lz
ImAI
100
figura 2 b
Já que o diodo zener tem por finalidade manter a corrente de entrada. O valor desta resistência em
uma tensão constante, inclusive para elevadas cor- série, como se verá adiante, deverá ser várias vezes
rentes de entrada, o mesmo deve ser protegido maior que a resistência interna Rz do diodo zener.
contra as flutuações da tensão de entrada. Tal A figura 4 apresenta a curva característica, em
proteção consiste numa resistência conectada em escala ampliada, do diodo C4V7 em estudo, note-
série com o diodo, como se indica na figura 3, -se como a tensão zener aumenta ao crescer a
isto é, com uma resistência Rs' em série, que limita corrente de entrada, principalmente no trecho BC.
Outubro/82 59
A inclinação da curva no trecho AB é praticamente Vm, respectivamente, os valores máximo e mínimo
. (54-51)V de saída entregue pela fonte quando não estabiliza-
constante e vale aproximadamente (80 _ 20')mA
da; fixemo-los, digamos, entre 14,5V e 11,1 V -
ou 5 ohms, isto é, neste trecho a resistência interna estes dois valores são fixados no bom senso e na
do diodo é praticamente constante, valendo 5 pior das hipóteses após uma série de medições rea-
ohms. lizadas em condições temporais diversas.
Ainda para o diodo da figura 4, no trecho B a
C, a sua resistência interna varia exponencialmente 0.5 o
com a corrente. Para o ponto E (4,5 e 5mA) o o
valor desta resistência é dado pela inclinação da
reta 't' tangente à curva característica no ponto em 10
ximadamente 2k ohms.
figura 3 40
50
":'viz ro!
Voz
60
70
Visto como se determina a resistência interna
do diodo zener, voltemos à figura 3; observemos
que o diodo está polarizado inversamente, o que A 80
82Q
figura 6 32.9mAj ~
65.9mA
.:. ".lV
j8.4V
-=- +
1= (14,5-7,5)V ""'854 A
820hms ' m .
Nesta condição irá circular pelo diodo, quan-
- para a mlnlma tensão de entrada (Vm) -
do a carga estiver conectada, uma corrente de
figura 7 - a corrente de entrada seria:
85,4mA - 43,7mA = 41,7mA e em vazio (sem
1= (11,1-9,1)V ""'244 A carga) esta corrente será de 85,4mA, onde se con-
820hms ' m .
clui que o diodo utilizado é perfeitamente aplicá-
Observemos que para manter os 9,1 volts sobre os vel neste caso, pois 85,4mA x 7,5V "'" 641 mW.
bornes da carga, deverá circular, no mínimo, uma A máxima potência dissipada pelo resistor será:
corrente de 36mA pela resistência de 82 ohms, Ps = 12 • Rs = (85,4 • 10-3)2 • 82 "'" 598 mW -
corrente esta que iria alimentar adequadamente a optar-se-á por um resistor de 82 ohms e 1 W de dis-
carga, acontece que a corrente circulante é menor sipação.
que os 36mA exigidos pela carga, daí podemos - para V m (11,1 V)
concluir que a d.d.p. nos seus terminais é menor
que 9,1 volts, fazendo o diodo não conduzir; nes- 1= (11,1-7,5)V ""'439 A
820hms ' m .
tas condições, a corrente total do circuito será
Deduzindo os 43,1 mA demandados pela carga,
(figura 8):
restam 0,2mA para ser a corrente mínima a cir-
1= 11,1 V ""'33,2 mA. cular pelo diodo zener, mantendo em torno de
(82 + 252,8) ohms
7,5 volts a tensão de saída.
Esta corrente acarreta em uma queda de potencial O exemplo precedente, mostrou-nos duas carac-
sobre a carga, de: 33,2 mA x 252,8 ""'8,4 V, forne- terísticas importantes de um circuito simples regu-
cendo uma potência de saída aproximadamente lado a diodo zener:
igual a 278,9mW contra os 327,6mW entregues à 1) quando a tensão de entrada é variável, deve-
carga no primeiro caso e os 9,1 volts estabilizados remos empregar uma tensão zener consideravel-
que queríamos ... 'já eram'! mente mais reduzida que a tensão mínima de ali-
Para contornar o problema, basta reduzir o va- mentação (ou enúada) e,
lor do resistor Rs de 82 ohms para 47 ohms; nestas 2) a corrente zener para a tensão máxima de
condições teremos: entrada pode ser maior que a corrente de carga.
- para VM (14,5V) Ambas características nos mostram, por outro
1= (14,5-9,1)V ""'114,9mA lado, que um regulador zener pode ser bastante
470hms ineficaz; posto que os reguladores zener operam
circulando pelo diodo uma corrente de 114,9mA- com baixos níveis de rendimentos, não é costume
- 36mA = 6,6mA e garantindo neste pior caso empregar níveis de potência que excedem alguns
uma tensão de saída praticamente igual a 9,1 volts. watts.
Outubro/82 61
o diodo zener de 7,5 V/1 W do exemplo, apre- duziremos à metade o valor da resistência em série
senta uma resistência interna de 2 ohms aproxima- e comprovaremos novamente o seu rendimento.
damente. O regulador apresenta uma resistência Vamos reportamos ao seguinte exemplo: dis-
em série de 82 ohms em conseqüência, as trocas de pomos de uma fonte de alimentação, cuja tensão
tensão e ondulações da fonte (ripple) de alimenta- compreende-se entre 13V e 15V e queremos ali-
ção são reduzidos em um fator de 41. A caracterí s- mentar uma carga, digamos de 200 ohms, sob uma
tica mais importante de um regulador zener é que, tensão constante, compreendida entre 5,2V e 6,OV
ao contrário dos condensadores eletrolíticos, ele e sob uma corrente de 28m A aproximadamente;
é eficiente à baixas freqüências e inclusive com c.c. o problema é determinar o tipo de zener, bem co-
Como os reguladores zener são empregados mo o valor da resistência Rs que deve ser conecta-
constantemente, é conveniente dispor de um mé- da em série com o mesmo.
t~do para o projeto de tais reguladores. O método
figura 9
deve atender a um compromisso entre várias con-
dições contraditórias, a fim de torná-lo simples.
Um projeto pode resultar difícil e inclusive pode
2smAl
ser irrealizável se a tensão de entrada variar em
mais de uns 30%. Se a tensão de entrada é nitida-
..=.15V C5V6 5.6V 200n.
Cuide bem de seu soldador! Para ter operação deve ser feita é algo que deve ser
êxito nas montagens é importante que o levado em conta, pois torna-se desagradável
leitor realize bem as conexões soldadas. depois de certo tempo.
Para isso, o estado do ferro de soldar é Com o controle sugerido pelo autor
muito importante. Suas pontas, em pouco deste projeto, a mudança de luz alta para
tempo, tendem a adquirir uma camada de baixa é feita automaticamente com a ação
óxido e não raro sofrem uma corrosão que da luz do carro que vem em sentido con-
provoca o aparecimento de cavidades e trário.
outras irregularidades. O circuito cd'lÍ1pleto é mostrado na
A camada de óxido escuro tende a irra- figura 1 e tem por elemento básico um
diar o calor, diminuindo deste modo a LOR.
temperatura da ponta e prejudicando as
soldagens. As irregularidades, por outro
lado, tendem a impedir o contacto da
ponta com os componentes que devem ser
soldados.
Para manter seu soldador em boas condi-
ções é simples. Periodicamente, notando
uma camada de óxido na sua ponta, lime-a
com uma esponja de aço ou palha de aço.
A ponta deve ser periodicamente limada
de modo a ter a superfície de contacto
onde adere a solda, plana.
Mas, vamos às montagens de hoje, que figura 1
são as escolhidas dentre as muitas que rece-
bemos de nossos leitores. Este LO R é colocado num tubo opaco
apontado para a frente do carro de modo a
I LUZ ALTA-SAI XA AUTOMATICA I receber a luz do farol do veículo que vem
em sentido oposto, conforme mostra a
Temos aqui um projeto muito interes- figura 2.
sante enviado pelo leitor Paulo de Almeida Um controle de sensibilidade permite
de Carpina - PE. Pelo funcionamento do obter o ponto ideal do disparo do circuito.
circuito os leitores poderão perceber Com a ação da luz sobre o LO R uma
facilmente sua utilidade. corrente de base maior aparece no transis-
Vem um carro em sentido contrário ao tor, tendo por conseq.uência a ação sobre
seu, e você está com a luz alta. O carro em o relê que fecha seus contactos. Nesta ação
sentido contrário lhe sinaliza, pedindo para temos a comutação da luz.
abaixar a luz. Você é obrigado a acionar o O relê se mantém fechado pelo tempo
controle de mudança de luz. Numa viagem em que a luz do farol do carro em sentido
prolongada, o número de vezes em que esta oposto atuar sobre o LOR mais um pouco,
Outubro/82 65
determinado pelo capacitor de 2200 /1F em ele fora de ação, permanece o funciona-
paralelo com o transistor. mento normal do sistema do carro de luz
Importante neste circuito é que, estando alta e baixa.
figura 2
orelê usado é de 12V ou 6V, conforme As ligações para os faróis devem ser
a alimentação disponível no seu carro, feitas com fio grosso, de acordo com a
podendo ser um RU101012 ou RU101006 corrente exigida pelas lâmpadas.
da Schrack.
O transistor pode ser de qualquer tipo
NPN para uso geral de média potência I PEGA LADRÃO-ESPERTO I
como o BC548, BC547 ou TIP29.
Um zener de 9V colocado em paralelo
com a alimentação mantém constante a Afirma o leitor EDIMAR PAULO DE
tensão no circuito, melhorando sua estabi- SOUSA de Soledade - PA que nós da ele-
lidade. trônica somos mais ou menos espertos, mas
O eletrol ítico é de 2200/1 F ou 1 500/1F os ladrões de hoje, são muito mais espertos
com tensão de trabalho de 16 ou 25V. do que podemos pensar.
O ajuste de sensibilidade é feito num E foi pensando nisso que o leitor
potenciômetro de 47k o qual deve ficar em "bolou" uma grande surpresa para os
local acessível, preferivelmente no painel. ladrões que tentam eventualmente desar-
Veja que, colocando este potenciômetro mar o sistema de segurança de uma resi-
no mínimo, ou seja, com o cursor todo dência, desligando sua chave geral.
para o lado da terra, o aparelho fica auto- Na figura 3 temos o circuito do sistema
maticamente fora de ação. em questão.
ENTRADA
DA
REDE
Tl
CH2
C2
1000~F 03
lN4002
o AO
r
ALARME
CHAVE
GERAL
o
I RELOGIO
DE LUZI
Cl
lOOO~F
02
T2 lN4007
SAlDA
DA REDE figura 3
São t:Jsados._doistransformadores com o dor, e eletrol íticos de filtragem, além de
primário de 11OV ou 220V, conforme seja um relê, um diodo de proteção para este
sua rede, e secundários de 12V com cor- relê e algumas chaves.
rente de pelo menos 100mA, ou de acordo O funcionamento do circuito é o se-
com o relê usado, ou ainda alarme. guinte: terminada a instalação do sistema
Como elementos adicionais temos dois no quadro geral de alimentação da casa
diodos retificadores em cada transforma- (normalmente fora da residência) liga-se
C61
I I
I '1/
A
1 >-
(~::;>::.' C3
't'
I
;~=) r:~=,
+
---, '-r-'::' 12pF
I
lO~F
Cl C4
8,2K
I I'
I
+
_ B)
O transistor usado é o BC548, mas seus
16V ...J-{ I _3A equivalentes como o BC237, BC238, po-
I , len 9V
'1:\ I dem ser usados, o LD R é de qualquer tipo e
I '"
I
I
o resisto r R 1 eventual mente deve ter seu
I
valor alteradO'" em função do ganho do tran-
sistor e da intensidade da luz com que se
deseja o disparo do sistema. A alimentação
figura 4 de 9V é feita com uma bateria.
Outubro/82 67
ClUrRfO D[E A @
[El[E TROrn1IICrR1
LIÇAO 66
o assunto ainda é o amplificador operacional. Por sua importância devemos
abordá-lo em mais algumas aplicações práticas. O leitor, sem dúvida, aproveitará
o material desta lição para dar os primeiros passos no projeto de aparelhos tendo
por base o amplificador operacional. A base será ainda o 741, mas os princlpios
abordados servem para outros amplificadores operacionais já que o leitor já está
apto a analisar suas caracterfsticas e saber o que é preciso mudar em cada caso.
ENTRADAY3
NÃO C.I.
SAíDA ,
REGULADA
Integrados regu ladores
REGULADA
de tensão
2 1
2 3
figura 821
6
SAlDA
lOK
1""""
figura 822
o funcionamento deste circuito é o seguinte:
Na entrada não inversora, ou seja (+), aplicamos a tensão
de referência, ou seja, a tensão que queremos na sa ída. Esta
tensão pode vir de um diodo zener como mostra a figura 823,
ou então de uma fonte externa conforme mostra a figura 824.
SAlDA
-
figura 823
-=-
lOK
1
-=-
Referências externas
6
SAíDA'
:r:
-
figura 824
--
10K
f"'"
--