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Direito das Obrigações

André Roberto de Souza Machado


andreroberto@smga.com.br
Relação Jurídica Obrigacional
• Obrigação

• Credor ---------------- Prestação ------------------ Devedor

• Direito Subjetivo Dar, fazer ou não fazer Dever Jurídico


• (Crédito) (Débito)

• Pretensão Responsabilidade
• Civil
• Visão Tradicional (Pessoalista – Savigny) Obrigação
como vínculo jurídico que une credor e devedor em
torno de prestações pessoais de conteúdo patrimonial,
estático e abstrato.

• Visão Atual (Dinâmica) – obrigação como um processo


dinâmico e sequenciado de atos que objetivam o
adimplemento e que devem ser interpretados
considerando a situação concreta.
ELEMENTOS DA OBRIGAÇÃO
• SUBJETIVOS: Credor e Devedor – determinabilidade;

• OBJETIVO : Imediato = prestação (conduta positiva ou


negativa) . Patrimonialidade da prestação;

• ABSTRATOS : Débito (Schuld) e Responsabilidade


(Haftung) - Teoria Dualista.
OBJETO
• Objeto imediato: Prestação ( conduta do
devedor, positiva ou negativa) de conteúdo
patrimonial.
ELEMENTOS ABSTRATOS:
• Débito (Schuld) = dever jurídico atribuído originariamente ao
devedor, correspondente ao direito de crédito do credor.

• Responsabilidade (Haftung) = dever jurídico sucessivo,


decorrente do descumprimento pelo devedor do que dele
naturalmente se espera.
Débito e Responsabilidade
• Débito + responsabilidade = obrigação civil.

• Débito sem responsabilidade = obrigação


natural.

• Responsabilidade sem débito próprio =


responsabilidade por fato de terceiro.
Responsabilidade Civil
• Natureza patrimonial: Não haverá prisão civil por
dívidas – art. 5º, LXVII, CF.

• art. 391, CC: pelo inadimplemento das obrigações


respondem todos os bens do devedor.

• Ressalva ao patrimônio mínimo: arts. 649 e 650,


CPC; Lei 8.009/90; art. 928, Par. Único;
Ambulatoriedade
• Ativa = vinculação do sujeito ao polo ativo
pela posse do título (ex: título de crédito ao
portador);

• Passiva = vinculação do sujeito ao polo passivo


em razão da titularidade do direito real/posse
sobre a coisa (ex: obrigação propter rem).
Obrigações Reais x Ônus Reais
Obrigações Reais: Ônus Reais:

- Ambulatoriedade do débito; - ambulatoriedade do gravame;


- oponibilidade aos que - oponibilidade erga omnes;
ocupem certa posição jurídica em - garantia limitada à coisa;
relação à coisa (propriedade ou - taxatividade.
posse);
- Garantia no patrimônio do devedor;
- taxatividade.
Segunda Seção
• SÚMULA n. 478
• Na execução de crédito relativo a cotas
condominiais, este tem preferência sobre o
hipotecário.Rel. Min. Raul Araújo, em
13/6/2012.
Informativo nº 0560
Período: 17 de abril a 3 de maio de 2015.
Recursos Repetitivos
DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. LEGITIMIDADE PASSIVA
EM AÇÃO DE COBRANÇA DE DÍVIDAS CONDOMINIAIS.
RECURSO REPETITIVO (ART. 543-C DO CPC E RES. 8/2008-
STJ). TEMA 886.
A respeito da legitimidade passiva em ação de cobrança de
dívidas condominiais, firmaram-se as seguintes teses: a) o
que define a responsabilidade pelo pagamento das obrigações
condominiais não é o registro do compromisso de compra e
venda, mas a relação jurídica material com o imóvel,
representada pela imissão na posse pelo promissário
comprador e pela ciência inequívoca do condomínio acerca da
transação;
b) havendo compromisso de compra e venda não levado a
registro, a responsabilidade pelas despesas de condomínio
pode recair tanto sobre o promitente vendedor quanto sobre o
promissário comprador, dependendo das circunstâncias de
cada caso concreto; e c) se ficar comprovado (i) que o
promissário comprador se imitira na posse e (ii) o condomínio
teve ciência inequívoca da transação, afasta-se a legitimidade
passiva do promitente vendedor para responder por despesas
condominiais relativas a período em que a posse foi exercida
pelo promissário comprador.

REsp 1.345.331-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, Segunda Seção,


julgado em 8/4/2015, DJe 20/4/2015.
CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES:

1) QUANTO AO OBJETO:

• POSITIVAS: DAR e FAZER

• NEGATIVAS: NÃO FAZER

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OBRIGAÇÕES POSITIVAS:
• DAR COISA CERTA – arts. 233 a 242, CC
• Objeto determinado = infungibilidade da
prestação (art. 313, CC)

• Tradição = entrega da coisa com intenção de


transmitir domínio ou posse.
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TRADIÇÃO
• Tradição real e tradição fícta:
• Tradição simbólica;
• Traditio brevi manu;
• Traditio longa manu;
• Constituto possessório.

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Regras importantes:
• Até a tradição os riscos e os benefícios são do DONO (a coisa perece
para o dono);
• A responsabilidade depende da conduta culposa do devedor (
subjetiva );
• O gênero não perece;
• No silêncio da obrigação interpreta-se em favor do devedor;
• Infungibilidade da prestação (art. 313);
• Indivisibilidade da prestação (art. 314).

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Obrigações Positivas:
OBRIGAÇÃO DE FAZER:
• Prestação de um fato ou serviço.

Referência legal:
• arts. 247 a 249, do CC;
• arts. 497, 499, 500, 501 e 536 do CPC/15;
• art. 84, CDC.
Espécies:
Qto. à fungibilidade do objeto:

1) Fungíveis;
2) Infungíves e personalíssimas.

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Infungíveis:
• CAPÍTULO II
Das Obrigações de Fazer

• Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar


perdas e danos o devedor que recusar a
prestação a ele só imposta, ou só por ele
exequível. 22
Fungíveis:
Art. 249. Se o fato puder ser executado por
terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar
à custa do devedor, havendo recusa ou mora
deste, sem prejuízo da indenização cabível.

Ver arts. 817 e ss. do CPC/15.


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Autotutela de urgência:
Art. 249 – (...)

Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o


credor, independentemente de autorização
judicial, executar ou mandar executar o fato,
sendo depois ressarcido.
Informativo nº 0580
Período: 2 a 13 de abril de 2016.
Terceira Turma
DIREITO CIVIL. REEMBOLSO DE DESPESAS MÉDICAS
REALIZADAS EM HOSPITAL NÃO CONVENIADO
AO PLANO.
O plano de saúde deve reembolsar o segurado pelas
despesas que pagou com tratamento médico realizado
em situação de urgência ou emergência por hospital não
credenciado, ainda que o referido hospital integre
expressamente tabela contratual que exclui da cobertura
os hospitais de alto custo, limitando-se o reembolso, no
mínimo, ao valor da
tabela de referência de preços de serviços médicos e
hospitalares praticados pelo plano de saúde.
Obrigação de Fazer – espécies.
Qto. à vinculação com o resultado:

1) Obrigação de meio;
2) Obrigação de resultado.
Informativo nº 0491
Período: 13 a 24 de fevereiro de 2012.
Quarta Turma
CIRURGIA ESTÉTICA. DANOS MORAIS.
Nos procedimentos cirúrgicos estéticos, a responsabilidade do médico é subjetiva com
presunção de culpa. Esse é o entendimento da Turma que, ao não conhecer do apelo
especial, manteve a condenação do recorrente – médico – pelos danos morais causados
ao paciente. Inicialmente, destacou-se a vasta jurisprudência desta Corte no sentido de
que é de resultado a obrigação nas cirurgias estéticas, comprometendo-se o profissional
com o efeito embelezador prometido. Em seguida, sustentou-se que, conquanto a
obrigação seja de resultado, a responsabilidade do médico permanece subjetiva, com
inversão do ônus da prova, cabendo-lhe comprovar que os danos suportados pelo paciente
advieram de fatores externos e alheios a sua atuação profissional. Vale dizer, a presunção
de culpa do cirurgião por insucesso na cirurgia plástica pode ser afastada mediante prova
contundente de ocorrência de fator imponderável, apto a eximi-lo do dever de indenizar.
Considerou-se, ainda, que, apesar de não estarem expressamente previstos no CDC o
caso fortuito e a força maior, eles podem ser invocados como causas excludentes de
responsabilidade dos fornecedores de serviços. REsp 985.888-SP, Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 16/2/2012.
Informativo nº 0443
Período: 16 a 20 de agosto de 2010.
Terceira Turma
CIRURGIA ESTÉTICA. INDENIZAÇÃO. QUELOIDES.
Trata-se, na origem, de ação de indenização por danos morais e
estéticos, ajuizada pela ora recorrente contra o recorrido, na qual alega
que foi submetida a uma cirurgia estética (mamoplastia de aumento e
lipoaspiração), que resultou em grandes lesões proliferativas – formadas
por tecidos de cicatrização – nos locais em que ocorreram os cortes da
operação. Ora, o fato de a obrigação ser de resultado, como o caso
de cirurgia plástica de cunho exclusivamente embelezador, não torna
objetiva a responsabilidade do médico, ao contrário do que alega a
recorrente. Permanece subjetiva a responsabilidade do profissional de
Medicina, mas se transfere para o médico o ônus de demonstrar que os
eventos danosos decorreram de fatores alheios à sua atuação durante
a cirurgia. REsp 1.180.815-MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado
em 19/8/2010.
Informativo STJ - 513
DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. APLICABILIDADE DA
TEORIA DA PERDA DE UMA CHANCE PARA A APURAÇÃO DE
RESPONSABILIDADE CIVIL OCASIONADA POR ERRO MÉDICO.
A teoria da perda de uma chance pode ser utilizada como
critério para a apuração de responsabilidade civil ocasionada
por erro médico na hipótese em que o erro tenha reduzido
possibilidades concretas e reais de cura de paciente que venha
a falecer em razão da doença tratada de maneira inadequada
pelo médico. (...)
REsp 1.254.141-PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em
4/12/2012.

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Obrigação Negativa
• Obrigação de não fazer – arts. 250 e 251, do
CC/2002.

• Espécies: Instantâneas e Permanentes.


CAPÍTULO III
Das Obrigações de Não Fazer
Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde
que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível
abster-se do ato, que se obrigou a não praticar.
Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja
abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o
desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa,
ressarcindo o culpado perdas e danos.
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor
desfazer ou mandar desfazer, independentemente de
autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento
devido.
Espécies:
• Obrigações de não fazer continuadas,
permanentes ou duradouras;

• Obrigações de não fazer instantânea.


Obrigações quanto à pluralidade de prestações:

• ÚNICAS;
• CUMULATIVAS;
• ALTERNATIVAS;
• FACULTATIVAS.
Obrigações Cumulativas ou
Conjuntivas:
• O devedor somente se desobriga satisfazendo
todas as prestações.

• Inadimplemento parcial – ver art. 413, CC.

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Obrigações Alternativas ou
Disjuntivas:
• O Devedor se desobriga cumprindo apenas
uma das prestações.

• Até a escolha há várias prestações principais


aptas a satisfazer o Credor.

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Relação Jurídica Obrigacional
Obrigação

Credor ---------------- Prestação ------------------ Devedor

Direito Subjetivo prestação A Dever Jurídico

(Crédito) ou (Débito)
prestação B
CONCENTRAÇÃO DO DÉBITO
• A CONCENTRAÇÃO DO DÉBITO SE DÁ COM A
CIENTIFICAÇÃO DA ESCOLHA.
• COM A CONCENTRAÇÃO A OBRIGAÇÃO SE TORNA
ÚNICA.
• A NULIDADE DE UMA PRESTAÇÃO NÃO TORNA NULA
A OBRIGAÇÃO, SE VÁLIDA FOR A OUTRA PRESTAÇÃO.
Obrigação Facultativa
Obrigação Principal

Credor ---------------- Prestação ------------------ Devedor

Direito Subjetivo Dar, fazer ou não fazer Débito


(Crédito) (objeto imediato) (Schuld)

Pretensão Responsabilidade
(Haftung)
Obrigação Facultativa
Credor ------------------ Prestação -------------------- Devedor
(objeto facultativo)
OBRIGAÇÃO FACULTATIVA
• PRESTAÇÃO PRINCIPAL – DÉBITO PREVIAMENTE CONCENTRADO.

• FACULDADE DE SUBSTITUIÇÃO DA PRESTAÇÃO PRINCIPAL POR OUTRA, CONFERIDO


AO DEVEDOR E QUE IMPORTA MODIFICAÇÃO DO OBJETO.

• A NULIDADE DA PRESTAÇÃO PRINCIPAL IMPORTA NA NULIDADE DA OBRIGAÇÃO.


Obrigações quanto à pluralidade de credores ou
devedores.
1) OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS:

Regra: havendo 1 só credor e 1 só devedor, a obrigação


presume-se INDIVISÍVEL, nos termos do art. 314, do CC.

Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto


prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a
receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não
se ajustou.
Exceção: CPC/15

Art. 916. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do


exequente e comprovando o depósito de trinta por cento do valor
em execução, acrescido de custas e de honorários de advogado, o
executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o
restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção
monetária e de juros de um por cento ao mês.
Obrigação divisível com pluralidade de
Credores ou de Devedores:

Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor


em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas
obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores.
Obrigações Indivisíveis:
Art. 258. A obrigação é indivisível quando a
prestação tem por objeto uma coisa ou um fato
não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por
motivo de ordem econômica, ou dada a razão
determinante do negócio jurídico.
Efeitos da Indivisibilidade quando há
pluralidade de DEVEDORES:
• Torna todos os devedores obrigados pelo cumprimento integral
do DÉBITO, enquanto este permancer INDIVISÍVEL (art. 259,
caput);

• Gera em favor do devedor que pagar a prestação integral a sub-


rogação legal no direito do credor, conferindo-lhe direito de
regresso em face dos demais co-devedores (art.259, Par.
Único);

• Obriga ao herdeiro do co-devedor falecido o pagamento


integral da prestação (art. 276);
Conversão da prestação indivisível em
perdas e danos:

Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em


perdas e danos.
§ 1o Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os
devedores, responderão todos por partes iguais.
§ 2o Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo
só esse pelas perdas e danos.
CONTROVÉRSIA:
No caso de culpa de um só devedor, os outros
também ficam exonerados de pagar o
equivalente na proporção de seu débito?
Efeitos da Indivisibilidade quando há pluralidade de
CREDORES:

Cada CREDOR poderá exigir o DÉBITO integral, ressalvado o disposto no art.


260:

Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a
dívida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando:
I - a todos conjuntamente;
II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores.

O Credor que receber a prestação por inteiro, tornar-se-á devedor dos demais
na proporção de seus créditos (art. 261).
• Se um dos credores remitir, transigir, compensar ou novar com o
devedor comum, a dívida somente se extinguirá na proporção do seu
crédito. Para exigir a prestação integral indivisível os demais credores
deverão compensar proporcionalmente o devedor. (art. 262)

• Se um dos credores falecer, qualquer dos seus herdeiros poderá exigir a


prestação por inteiro, observado o disposto nos arts. 270 c/c 260.
Obrigações Solidárias:
• Conceito:

• Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma


obrigação concorre mais de um credor, ou
mais de um devedor, cada um com direito, ou
obrigado, à dívida toda.
• Espécies:

A) SOLIDARIEDADE ATIVA OU DE CREDORES;

B) SOLIDARIEDADE PASSIVA OU DE DEVEDORES;

C) SOLIDARIEDADE MISTA OU RECÍPROCA.


• Disposições Gerais:

Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da


vontade das partes.

Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um


dos cocredores ou codevedores, e condicional, ou a prazo, ou
pagável em lugar diferente, para o outro.
• Efeitos da Solidariedade Ativa – arts. 267 a 274.

• Efeitos da Solidaridade Passiva – arts. 275 a 285.


Informativo nº 0428
Período: 22 de março a 2 de abril de 2010.
Terceira Turma
DANO MORAL. CONTA CONJUNTA. CHEQUE.
É ativa a solidariedade decorrente da abertura de conta-corrente
conjunta, pois cada correntista movimenta livremente a conta.
Ademais, o chequesujeita-se aos princípios gerais do direito cambial,
especialmente, ao princípio da literalidade, e o art. 1º, VI, da Lei n.
7.357/1985 estabelece, como requisito do cheque, a assinatura do
emitente sacador. Assim, a responsabilidade pela emissão
de cheque sem provisão de fundos é exclusiva daquele que opôs sua
assinatura na cártula. Dessa forma, o cotitular da conta-corrente que
não emitiu o cheque sem provisão de fundos é estranho ao título, por
isso não pode ser penalizado com a negativação, como inadimplente,
de seu nome nos cadastros de proteção ao crédito.
Consequentemente, para a jurisprudência deste Superior Tribunal, a
inscrição indevida nos cadastros de proteção ao crédito ocasiona dano
moral. Com esse entendimento, a Turma julgou procedente o pedido
de compensação por danos morais, bem como da retirada do nome da
recorrente dos cadastros de proteção ao crédito. REsp 981.081-RS,
Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 23/3/2010.
ENUNCIADOS CJF:
349 — Art. 282. Com a renúncia da solidariedade
quanto a apenas um dos devedores solidários, o credor
só poderá cobrar do beneficiado a sua quota na dívida;
permanecendo a solidariedade quanto aos demais
devedores, abatida do débito a parte correspondente
aos beneficiados pela renúncia.

350 — Art. 284. A renúncia à solidariedade diferencia-


se da remissão, em que o devedor fica inteiramente
liberado do vínculo obrigacional, inclusive no que
tange ao rateio da quota do eventual co-devedor
insolvente, nos termos do art. 284.
Obrigações Indivisíveis:
• Art. 258. A obrigação é indivisível quando a
prestação tem por objeto uma coisa ou um
fato não suscetíveis de divisão, por sua
natureza, por motivo de ordem econômica, ou
dada a razão determinante do negócio
jurídico.
Efeitos da Indivisibilidade quando há
pluralidade de DEVEDORES:
• Torna todos os devedores obrigados pelo cumprimento integral do
DÉBITO, enquanto este permancer INDIVISÍVEL (art. 259, caput);

• Gera em favor do devedor que pagar a prestação integral a sub-


rogação legal no direito do credor, conferindo-lhe direito de
regresso em face dos demais co-devedores (art.259, Par. Único);

• Obriga ao herdeiro do co-devedor falecido o pagamento integral da


prestação (art. 276);
Conversão da prestação indivisível
em perdas e danos:
• Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver
em perdas e danos.
• § 1o Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os
devedores, responderão todos por partes iguais.
• § 2o Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros,
respondendo só esse pelas perdas e danos.
Efeitos da Indivisibilidade quando há pluralidade de
CREDORES:
• Cada CREDOR poderá exigir o DÉBITO integral, ressalvado o disposto no
art. 260:

• Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a
dívida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando:
• I - a todos conjuntamente;
• II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores.

• O Credor que receber a prestação por inteiro, tornar-se-á devedor dos


demais na proporção de seus créditos (art. 261).
• Se um dos credores remitir, transigir, compensar ou novar com o
devedor comum, a dívida somente se extinguirá na proporção do
seu crédito. Para exigir a prestação integral indivisível os demais
credores deverão compensar proporcionalmente o devedor. (art.
262)

• Se um dos credores falecer, qualquer dos seus herdeiros poderá


exigir a prestação por inteiro, observado o disposto nos arts. 270
c/c 260.
Obrigações Solidárias:
• Conceito:

• Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma


obrigação concorre mais de um credor, ou
mais de um devedor, cada um com direito, ou
obrigado, à dívida toda.
• Espécies:

• A) SOLIDARIEDADE ATIVA OU DE CREDORES;

• B) SOLIDARIEDADE PASSIVA OU DE DEVEDORES;

• C) SOLIDARIEDADE MISTA OU RECÍPROCA.


• Disposições Gerais:

• Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da


vontade das partes.

• Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um


dos co-credores ou co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou
pagável em lugar diferente, para o outro.
• Efeitos da Solidariedade Ativa – arts. 267 a
274.

• Efeitos da Solidaridade Passiva – arts. 275 a


285.
DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. ACORDO ENTRE AS PARTES.
QUITAÇÃO PARCIAL. EXCLUSÃO DE UM DOS DEVEDORES 1. O art. 844, § 3º, do
Código Civil estabelece que a transação não aproveita nem prejudica senão aos
que nela intervierem. Contudo, se realizada entre um dos devedores solidários e
seu credor, extingue-se a dívida em relação aos co-devedores.
2. A quitação parcial da dívida dada pelo credor a um dos devedores solidários
por meio de transação, tal como ocorre na remissão não aproveita aos outros
devedores, senão até a concorrência da quantia paga.
3. Se, na transação, libera-se o devedor que dela participou com relação à quota-
parte pela qual era responsável, ficam os devedores remanescentes responsáveis
somente pelo saldo que, pro rata, lhes cabe.
4. Agravo provido.
(AgRg no REsp 1002491/RN, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, QUARTA
TURMA, julgado em 28/06/2011, DJe 01/07/2011)

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