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Sobre a centralidade de Jesus e o empoderamento de Maria, a virgem de Nazaré.

"Jesus Cristo é o centro do Natal. Ele é o Aniversariante a ser adorado e celebrado. Mas,
uma leitura acurada das narrativas que falam sobre o nascimento do Emanuel, nos mostra
muitas pessoas de grande importância no acontecimento do maior evento que já ocorreu
no universo, a encarnação do Verbo.
São pessoas como Zacarias, Isabel e João Batista, Simeão e Ana, os pastores que
recebem dos anjos a "Boa Nova" do nascimento de Jesus, os magos que vão adorar e
presentear o menino Deus e ao Deus Menino.
Dentre tantas pessoas eu sou apaixonado pela pessoa de Maria de Nazaré, dentro daquilo
que os Evangelistas nos apresentam sobre ela. Pessoalmente creio que há no meio
evangélico "Maria de menos". Talvez isso ocorra por querermos nos afastar do
Catolicismo, onde, principalmente no catolicismo popular, há excessos em relação a
Virgem de Nazaré. Penso que, no meio protestante, evangelical e pentecostal, pouco se
fala sobre Maria, mesmo neste período do advento. São poucos os sermões ou artigos
evangélicos que a exaltam como modelo de mulher, mesmo no Dia das Mães. Em se
tratando de Advento, ciclo do Natal, eu não sei como muitos pastores conseguem com
eficácia falar do Evangelho da Infância de Jesus, falar daquele que ao mundo veio como
Luz, sem biblicamente falar de forma admirável e respeitável daquela que escolhida por
Deus a seu Filho deu a luz. Antes de haver a pessoa de Jesus de Nazaré, havia na
eternidade o Cristo de Deus, e antes de haver o parto do Verbo Encarnado, houve uma
jovem escolhida para ser a parturiente.
Sei que isso pode chocar alguns protestantes, mas, Maria é para mim um exemplo de fé e
entrega, é alguém a quem se aplica a orientação de Paulo, "a quem honra, honra! (Rm
13.7). Não falo de dulia, de hiperdulia, nem tampouco de culto (latria), mas falo de honrar
aquela que as Escrituras chamam de Bem-aventurada, (Lc 1:48) de Cheia de Graça! (Lc
1:28) Maria recebeu de Deus a maior missão que alguém poderia receber neste mundo,
gerar e cuidar de Jesus, o Cristo, o Verbo Encarnado. Nela, em Maria, se cumpriu essa
declaração de Paulo: "Na plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho nascido de
mulher..." (Gálatas 4.4)
A meu ver, falar de Natal sem biblicamente falar de Maria é semelhante a montar um
presépio com a presença de Jesus na manjedoura, de José, dos animais, mas deixar de
fora aquela que cheia de fé, entrega e submissão, mesmo sabendo de todos os riscos aos
quais se expunha, foi capaz de dizer: “Eis aqui a serva do Senhor; que se realize em mim
tudo conforme a tua palavra!” (Lc 1.38). Isso não seria um presépio, mas sim uma herege
presepada!! Maria disse sim a obra de Deus, assim como o profeta Isaías, ela disse o seu
"eis me aqui"!! (Isaías 6:8) E o resultado desse sim a Deus, foi o Natal, sintetizado nesta
declaração joanina: " E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória,
como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (Jo 1:14)"
Hoje muito se fala sobre empoderamento feminino. Principalmente em meio aos
movimentos sociais e feministas. Maria é, a meu ver, a mulher mais empoderada que já
passou por este mundo. O anjo disse a ela: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do
Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; (Lc 1.35). Maria foi cheia do Espírito Santo, esse é
o verdadeiro empoderamento feminino, o que vem do Alto. Também, para além do
empoderamento do Espírito eu vejo no ato de Deus, ao enviar o anjo para primeiramente
falar a jovem de Nazaré sobre seu plano salvífico, outra forma de empoderamento
feminino, o empoderamento social, o qual quebra a rigidez patriarcal. Na minha leitura
bíblica, tal ato se contrapõe a narrativa de Gênesis onde Deus primeiramente fala ao
homem, e só após a queda se dirige a mulher. No Evangelho da Anunciação, Deus
primeiramente fala a mulher, e só depois do sim dela é que fala ao homem, a José
(Mateus 1:20–21). Isso inverte as funções do homem e da mulher? Não! Isso prioriza um
em relação ao outro? Não!! Sinceramente eu penso que abre espaço para ambos na nova
criação de Deus. Homem e mulher são chamados a serem agentes ativos na obra da
redenção. José e Maria formam o núcleo principal na linhagem de Davi, de onde sai Jesus,
o Salvador de toda humanidade. Em seu dialogo com o anjo, o emissário de Deus, a
jovem Maria demonstra amplo conhecimento de como a vida humana se reproduz. Não
era ela uma alienada, antes era uma pessoa bem consciente da ação de Deus e do
caráter libertador do nascimento do Messias, em seu canto de adoração Maria, em júbilo,
diz que Deus "Encheu de coisas boas os famintos, mas despediu de mãos vazias os
ricos." (Lucas 1:53).
Não é possível falarmos corretamente sobre o Natal sem falarmos corretamente sobre
Maria, a mãe de nosso Senhor! (Lc 1. 43), pois como alguém, certa vez se referindo as
naturezas humana e divina de Jesus Cristo, acertadamente escreveu: "Jesus enquanto
Deus não teve mãe, mas somente Pai. Jesus enquanto homem não teve pai, somente
mãe."
Adoremos a Jesus tão somente, mas amemos e nos espelhamos naquela que cheia do
Espírito magnificamente a Deus adorou e profetizou, dizendo:
A minha alma engrandece ao Senhor,
E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador;
Porque atentou na baixeza de sua serva; Pois eis que desde agora todas as gerações me
chamarão bem-aventurada,
Porque me fez grandes coisas o Poderoso; E santo é seu nome.
E a sua misericórdia é de geração em geração Sobre os que o temem.
Com o seu braço agiu valorosamente; Dissipou os soberbos no pensamento de seus
corações.
Depôs dos tronos os poderosos, E elevou os humildes.
Encheu de bens os famintos, E despediu vazios os ricos.
Auxiliou a Israel seu servo, Recordando-se da sua misericórdia;
Como falou a nossos pais, Para com Abraão e a sua posteridade, para sempre. - Lucas
1:46-55
José do Carmo da Silva

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