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PSICOPEDAGOGIA: A PRÁTICA DO PSICOPEDAGOGO


NO AMBIENTE ESCOLAR
MOTA, Roberta Vasco e Silva1
FREIRE FA, Lindomar Guedes 2
3
POLETTO, Lizandro

RESUMO
É no início da vida escolar que são encontradas, algumas vezes, barreiras que fazem com que a criança apresente
dificuldades no desenvolvimento intelectual e impedem de aprender o que o Professor transmite. Essas
dificuldades resultam em insucesso nos objetivos que o Professor busca diariamente em sua prática, gerando
assim, certo desgaste do profissional que muitas vezes trabalha com uma quantidade excessiva de alunos, o que
leva ao abandono sobre a causa a ser investigada. Nesse contexto, o presente artigo ressaltará a prática do
Psicopedagogo no ambiente institucional, que serve como um suporte tanto para Professor, que terá a orientação
cabível em sua prática diária, quanto para o aluno, que terá acompanhamento após uma investigação das causas a
qual ele sofre e o impede de avançar em sua aprendizagem. Destacará como o Educador deve agir, diante dessa
situação, ao informar o comportamento do aluno para familiares, adiantando supostos problemas. Salientará qual
a sua forma de trabalho, como abordar a causa e como este profissional pode influenciar no desenvolvimento do
educando, ajudando-o em sua aprendizagem e conquista de um futuro promissor, pois inicialmente abordará o
aluno e, através do diagnóstico, tratará a causa, a qual interfere nesse estágio escolar. O artigo relatará meios
preventivos na escola, de se evitar o fracasso do aluno, norteando professores e familiares a uma ação própria
para lidar com o problema.
Palavras-chave: Psicopedagogia; Professor; Aluno; Aprendizagem; Dificuldades.

ABSTRACT
It is the beginning of school life that we find in some cases, barriers which causes the child has difficulties in
intellectual development and prevents them from learning what the teacher conveys. These difficulties result in
failure in the goals that the teacher seeks daily in their practice, thus generating a certain wear professional who
often works with an excessive amount of students, which leads to the abandonment of the cause to be
investigated. In this context, this article will emphasize the practice of Professional Psychology in the
institutional environment, which serves as a support for both teacher who will have the appropriate guidance in
their daily practice, and for the student who will follow after an investigation of the causes which he suffers and
keeps you from moving forward in their learning. Highlight how the educator should act in this situation to
inform the student's behavior to family, adding supposed problems. Will point out, what is your way to work,
how to address the cause and how this can influence the professional development of the student, thus helping
them in their learning and achievement of a promising future because initially address the student through the
diagnosis and treat the question, which interferes with this school stage. The paper will report on the school
preventive means, to avoid failure of the student, guiding teachers and family to an appropriate action to deal
with the problem.
Keywords: Educational Psychology; Teacher; Student; Learning; Difficulties.

1 INTRODUÇÃO
A Psicopedagogia é a área de conhecimento que investiga os distúrbios de
aprendizagem que surgem em momentos da vida escolar do indivíduo. Analisa supostas
dificuldades e comportamento do aluno e busca causas e fatores que bloqueiam a
aprendizagem, com a finalidade de alcançar o diagnóstico, tratá-lo e, até mesmo, prevenir as

1
Graduanda do curso Licenciatura em Pedagogia, Faculdade Alfredo Nasser. roberta25121@hotmail.com
2
Professora Dra. FacUnicamps. lindomarfreire@gmail.com
3
Professor M.Sc, orientador, Faculdade Alfredo Nasser. lizandropoletto@hotmail.com.

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possibilidades do agravamento dessas dificuldades, já que sua intervenção é curativa. Desse


modo, após diagnósticos o profissional da área poderá propor meios e estratégias ideais para
ajudar o aluno em sua aprendizagem.
Foi através das dificuldades na aprendizagem e comportamentos no ambiente escolar
que surgiu na Europa, no séc. XIX, o interesse pela investigação, juntamente com médicos e
pedagogos, para investigar motivos pelos quais bloqueavam a criança no seu desenvolvimento
intelectual. A Psicopedagogia é uma junção entre a Pedagogia e a Psicologia. Portanto, essas
duas áreas não são o suficiente para que se entenda o processo de aprendizagem e suas
variáveis. Assim, recorre-se a outras áreas como a Sociologia, a Filosofia, a Psicanálise, a
Neurológica e a Linguística, que contribuem para um diagnóstico mais preciso.
Esta pesquisa colocará em pauta à importância da permanência de um Psicopedagogo
no âmbito escolar, as dificuldades do reconhecimento da profissão e suas competências. Além
disso, relatar sobre o processo histórico e as fortes influências argentinas, bem como a
cooperação do Psicopedagogo no desenvolvimento intelectual do aluno, já que o seu papel é
promover o diagnóstico juntamente com a colaboração e participação do grupo escolar e
familiar.
Com base nas pesquisas realizadas neste artigo, pode-se citar grandes teóricos para
esclarecimentos do ponto histórico e as práticas psicopedagógicas no Brasil, com a
colaboração de: Nádia Bossa, Maria Cecilia Minayo, Olivia Porto, Maria Angela Oliveira,
entre outros importantes autores que contribuíram para a complementação dessa profissão que
cumpre um papel importante para a sociedade.

2 HISTÓRIA DA PSICOPEDAGOGIA NO BRASIL


Na educação brasileira, encontra-se uma especialização denominada Psicopedagogia,
que serve como um alicerce na construção do conhecimento e um grande apoio para a escola,
envolvendo pais e professores, tendo como foco o aluno.
Bossa (2007, p. 19) relata que “a Psicopedagogia enquanto produção de um
conhecimento científico nasceu da necessidade de uma melhor compreensão do processo de
aprendizagem, não basta como aplicação da psicologia à pedagogia”. A Psicopedagogia
engloba esses dois campos de conhecimentos, já que lida com as dificuldades de
aprendizagem no ambiente escolar. Uma serve de apoio à outra, porém não seria
necessariamente apenas esta aplicação para que se resolvam os problemas de aprendizagem.
Desse modo, esta área busca em outras formas de conhecimento, na medicina, para se basear

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em suas investigações e assim encontrar respostas para supostos transtornos do indivíduo.


Ainda que se tratasse de recorrer apenas a estas duas disciplinas para solucionar os problemas
de aprendizagem, não seria uma aplicação de uma à outra, mas sim como constituição de uma
nova área que, recorrendo aos conhecimentos dessas, pensa o seu objeto de estudo a partir de
um corpo teórico próprio, que busca se formar.
As preocupações com os problemas de aprendizagem se originaram na Europa, no
século XIX, época em que se consolidava o capitalismo industrial. As dificuldades de
aprendizagem despertaram interesse em alguns estudiosos e assim passaram a ser foco de
atenção. A medicina começou um profundo estudo e investigações das causas dos problemas
e suas possíveis correções, a área Oftalmológica, a Neurológica e a Psiquiatria entre outros
profissionais da saúde fizeram parte desses estudos, pois através deles era dado um
diagnóstico final. No final do século XIX, Educadores, Psiquiatras e Neuropsiquiatras
começaram a se preocupar com os aspectos que interferiam na aprendizagem e organizavam
métodos para a educação infantil.
Para Visca (1987, p. 33),
A psicopedagogia nasceu como uma ocupação empírica pela necessidade de atender
as crianças com dificuldades na aprendizagem, cujas causas eram estudadas pela
medicina e psicologia. Com o decorrer do tempo, o que inicialmente foi uma ação
subsidiária destas disciplinas, perfilou-se como um conhecimento independente e
complementar, possuidor de um objeto de estudo (o processo de aprendizagem) e de
recursos diagnósticos, corretores e preventivos próprios.

Com o passar dos tempos, a área da psicopedagogia vem se complementando cada vez
mais, englobou várias áreas de conhecimento e se apoia nessas diferentes ciências como a
psicanálise, a pedagogia, a neurologia e a psicologia. A psicopedagogia se dedica na
dificuldade humana que atrapalha a aprendizagem, busca diagnosticar e tratar as dificuldades
escolares, direcionados às crianças; é um importante suporte para o desenvolvimento das
mesmas e esta prática no Brasil tem resultados importantes, pelo fato de ser uns suportes para
crianças, jovens e até mesmo adultos, no desenvolvimento da aprendizagem.
No Brasil, por muito tempo, se explicou o problema de aprendizagem como produto de
fatores orgânicos (LEFÉVRE, 1968, 1975, 1981; GRÜNSPUN, 1990). Tinha-se ideia de que
o fracasso escolar surgia por fatores orgânicos, e durante muito tempo se acreditou nessa
causa, determinando assim a forma de tratamento para a questão de tais dificuldades. Em
1970, ficou claro que os motivos dados aos problemas de aprendizagem eram causados pela
Disfunção Cerebral Mínima (DCM).

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A Psicopedagogia chegou ao Brasil na década de 70, em uma época cujas


dificuldades de aprendizagem eram associadas a uma disfunção neurológica
denominada de Disfunção Cerebral Mínima (DCM) que virou moda neste período,
servindo para camuflar problemas sociopedagógicos (BOSSA, 2000, p. 48-49).

Essa forma de caracterizar o comportamento da criança era um caminho curto para um


diagnóstico que explicasse fatores de dificuldades na sala de aula e as repetências, o que era
de fato passado para familiares e tomado como algo verdadeiro e aceitado. Usava-se esse
termo para vários tipos de problemas como a dislexia, ou seja, esse era um termo usado para
rotular a criança, já que em vários casos os problemas apresentados pelo aluno não tinha um
diagnóstico exato. Portanto, na época em que o interesse pela investigação dos fatores que
bloqueavam o aluno em sua produção na Escola, o Sistema Educacional Brasileiro vivia um
conturbado processo de democratização em relação à qualidade do ensino. Assim, os
problemas patológicos, que o sistema educacional apresentava, eram mascarados para ocultar
o padecimento das questões educacionais resultante desse momento político.
Na década de 1970, incluíram-se no Brasil os primeiros cursos de especialização em
Psicopedagogia. Era assim uma forma de Psicólogos e Pedagogos buscarem fundamentos e
soluções para aperfeiçoamento e compreensão de alguns problemas na aprendizagem.
Para Vial (1979 apud BAETA, 1989, p. 19),
[...] fazendo um retrospecto das argumentações adotadas para explicar o fracasso
escolar, nos aponta que “... os primeiros trabalhos, dominados por teorias
organicistas, centravam suas explicações nas noções de congenitabilidade e de
hereditariedade, atribuindo todas as perturbações, que não fossem causadas por lesão
nervosa, a disfunção neurológica e os retardos de maturação imputados a um
equipamento genético defeituoso”.

Os problemas do fracasso escolar, apresentados pela criança no momento de sua


aprendizagem, eram direcionados e cuidados por médicos que os tratava. Os resultados dos
exames feitos em laboratório demonstravam os problemas causados por herança hereditária
ou relacionados ao sistema nervoso. Porém, era uma explicação tomada pelos médicos. Ainda
hoje, no cotidiano escolar, é uma ação dos professores e familiares, quando são percebidos
tais problemas.
Patto (apud COLLARES, 1997, p. 25) afirma que:
[...] ‘processo social de produção do fracasso escolar’ se realiza no cotidiano da
escola... O fracasso da escola pública elementar é o resultado de um inevitável
sistema educacional congenitamente gerador de obstáculos à realização de seus
objetivos. Reprodução ampliada das condições de produção dominantes na
sociedade que as incluem, as relações hierárquicas de poder, a segmentação e a
burocratização do trabalho pedagógico, marcas registradas do sistema público do
ensino elementar, criam condições institucionais para a adesão dos educadores à

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simularidade, a uma prática motivada acima de tudo por interesses particulares, a um


comportamento caracterizado pelo descompromisso social.

No Brasil, historicamente, uma das causas do fracasso escolar é denominado resultante


da sociedade, principalmente quando se fala das escolas públicas, as quais devem seguir
normas restritas por aqueles que dominam e acabam por atrapalhar os objetivos da escola. No
ambiente escolar, onde o foco são os alunos, é evidente encontrar variados problemas, como
lotação de alunos em sala, professores sobrecarregados de trabalho, os obstáculos encontrados
por profissionais no ambiente para alcançar seus objetivos, em relação às intenções, a não
realização e finalização do plano de aula. Todas essas barreiras pesam na escola, pois, ela é a
responsável pela construção de ideias, conceitos e ações, ou seja, caminhos que o indivíduo
toma para si, que inclui sua frequência e plena permanência dele dentro uma sociedade
multicultural.
Segundo Bossa (2000, p. 21):
O termo Psicopegagogia distingue-se em três conotações: como uma prática, como
um campo de investigação do ato de aprender e como um saber científico. Portanto,
é importante que se tente entender a Psicopedagogia como uma área que vem, ao
longo de sua história, criando um corpo teórico próprio, sistematizando instrumentos
capazes de dar conta de suas investigações, não se propondo a especializar um
profissional dando a ele parte do que lhe falta.

No Brasil, o termo Psicopedagogia ainda é desconhecido por grande parte da população.


Não se conhece exatamente o que trata a profissão e as contribuições que ela oferece, pois só
se passa a conhecer e se interessar pela profissão quando se necessita de apoio para resolver
algum tipo de dificuldades na escola, que afeta alguém da família ou conhecido. Resultado da
linha de atuação do Psicopedagogo: ele acaba a cumprir papel de Psicólogos, Fonoaudiólogos
ou até mesmo terapeutas, ao acolher o aluno na Instituição.
A primeira universidade a oferecer o curso de graduação em Psicopedagogia foi a
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS), no ano de 2005, e o
primeiro Mestrado acadêmico, com área de atuação em Psicopedagogia, foi em 2006, pelo
CAPES, que é o Centro de Atenção Psicossocial. A regulamentação brasileira teve avanço a
partir do Projeto de Lei nº 128/2000 e da Lei nº 10.891. Entretanto, a regulamentação de
qualquer nova profissão, a exemplo da psicanálise, tem encontrado uma forte barreira
constitucional, pois o Art. 5º da Constituição Brasileira prevê o “livre exercício profissional”,
o que deixa claro que o profissional de Psicopedagogia pode exercer sua profissão quando
necessário e solicitado pela comunidade.

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A regulamentação nos cursos de pós-graduação em Psicopedagogia, coordenada pelo


MEC, dá a este profissional competência para exercer suas atividades em empresas, clínicas,
hospitais e escolas. A lei vigente que dá a formação do psicopedagogo é a Resolução 12/83,
de 06/10/83 - que forma os especialistas, no caso, os então chamados “especialistas em
psicopedagogia” ou psicopedagogos. A instituição que oferece o curso tem que estar de
acordo com as normas educacionais para emitir certificados de pós-graduação.
De acordo com Visca (1987), a Psicopedagogia foi inicialmente uma ação subsidiada da
Medicina e da Psicologia, perfilando-se posteriormente como um conhecimento independente
e complementar, possuída de um objeto de estudo, denominado de processo de aprendizagem,
e de recursos diagnósticos, corretores e preventivos próprios.
A partir da ação psicopedagógica e sua atuação em relação às dificuldades presentes no
processo de aprendizagem observaram-se que ela era um auxílio para outras áreas da
medicina, já que se tratava de busca de fatores prejudiciais ao ser humano e de um diagnóstico
e tratamento dos problemas apresentados.
O professor e médico argentino Júlio Bernaldo de Quiros, que participava dos grupos
que atuavam com a problemática de aprendizado no sentido de organizar os núcleos, dedicou-
se a pesquisas de leitura-escrita durante muito tempo e o resultado dessa experiência foi sua
publicação nas décadas de 1950 e 1960, o qual ele destaca suas experiências. Seus trabalhos
foram muitos, tanto na Argentina como também no Brasil.
Conta-se também com profissionais de Porto Alegre, que inaugurou Centro de Estudos
destinados à Formação em Psicopedagogia. O professor Nilo Fichtner fundou o Centro de
Estudos Médicos e Psicopedagógicos, no Rio Grande do Sul. A essa formação dá-se um
quadro de referências baseado em um modelo médico de atuação.
Segundo Kiguel (apud BOSSA, 2007, p. 55), “embora a psicopedagogia seja uma área
interdisciplinar, teve uma ampliação considerável nos últimos anos, ela está ligada
historicamente à Educação, mais do que a Medicina e a psicologia”. A Psicopedagogia conta
com outras áreas de conhecimento, como a Neurologia, a Filosofia e a Psicologia para
fundamentar seus trabalhos, compreender melhor as barreiras que impedem a aprendizado e
os processos relacionados ao aprender humano.
Na década de 1990, várias instituições passaram a oferecer cursos com enfoques em
Psicopedagogia, antecedendo a criação dos cursos formais de especialização e
aperfeiçoamento. A preocupação em resolver as questões de aprendizagem era cada vez maior
e, a partir daí, o oferecimento por uma distinção na área surgia com mais força e a procura

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acompanhava esse mesmo ritmo, pois havia um interesse em aperfeiçoamento e fundamento


na obtenção dos conhecimentos específicos, para atuar com a criança em sala de aula.
Hoje, pode-se perceber a importância do curso e as contribuições que a Psicopedagogia
traz para a educação. São claras as diferenças do papel do psicopedagogo nas Instituições e
nas Clínicas, pois auxilia as partes que lidam diretamente com os problemas presentes no ser
humano.
O Psicopedagogo é o profissional que auxilia na identificação e resolução dos
problemas no processo de aprender. O Psicopedagogo está capacitado a lidar com as
dificuldades de aprendizagem, um dos fatores que leva à multirrepetência e à evasão
escolar, conduzindo à marginalização social. Esse profissional detém um corpo de
conhecimentos científicos oriundos da articulação de várias áreas aliado a uma
prática clínica e/ou institucional que considera a multiplicidade de fatores que
interferem na aprendizagem. Poderão exercer a profissão do Psicopedagogo no
Brasil os portadores de certificado de conclusão de curso de especialização em
Psicopedagogia em nível de Pós-graduação, expedido por escolas ou instituições
devidamente autorizadas ou credenciadas nos termos de legislação pertinente.
(SCOZ; COLL, 1998 apud BOSSA, 2000).

No Brasil, cada vez mais se percebe a valorização do profissional em Psicopedagogia


nas Instituições de Ensino e o seu espaço vem sendo conquistado e reconhecido. De fato, a
escola deve ter o legado de propor ao aluno um desenvolvimento intelectual progressivo e de
qualidade; dar suportes necessários para que ele não fracasse; e, acompanhar e oferecer
suporte para o lecionando e familiares. Toda Instituição de Ensino deveria ter um profissional
desta área, para lidar com possíveis problemas, pois a presença dele conta pontos positivos de
todas as formas nesse ambiente, motivos estes que impedem professores de desgaste, pelo fato
de terem fracassado, por não conseguirem alcançar seus objetivos com determinados alunos.
Além disso, norteia familiares em como lidar com a criança, após ser orientado pelos gestores
e professores da escola; facilita a construção do Projeto Político Pedagógico (PPP),
direcionando-o assim a qual caminho tomar, já que ele busca metas a serem alcançadas dentro
da escola e é um espaço onde se forma cidadãos críticos e são inseridos em uma sociedade
heterogênea.
Para Paín (1987, p. 15),
[...] nesse lugar do processo de aprendizagem coincidem um momento histórico, um
organismo, uma etapa genética da inteligência e um sujeito associado a tantas outras
estruturas teóricas, de cuja engrenagem se ocupa e preocupa a Epistemologia;
referimo-nos principalmente ao materialismo histórico, à teoria piagetiana da
inteligência e à teoria psicanalítica de Freud, enquanto instauram a ideologia, a
operatividade e o inconsciente.

Através da abordagem que a profissão executa, pode-se perceber sua importância e


colaboração com a sociedade, que evita o fracasso escolar, toma para si uma responsabilidade

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de diminuir os problemas de aprendizagem nas escolas e assim reduz os altos índices de


falhas no ensino. Ela surge como compromisso social de contribuir para a compreensão do
processo de aprendizagem e identificação dos fatores facilitadores e comprometedores do
processo, ou seja, buscam as causas reais das dificuldades do indivíduo, através do seu
histórico familiar e suas raízes, as quais podem esclarecer as causas que impedem a criança de
alcançar resultados positivos no seu desenvolvimento. Dessa forma, fica claro que o
psicopedagogo é uma ferramenta importante para solucionar os motivos que desencadeiam
para o fracasso escolar e, assim, evitar descompasso para sociedade.

3 PSICOPEDAGOGIA NA ESCOLA
No ambiente escolar, o professor é o principal incentivador do aluno. É nesse contato
diário que irão construir uma relação de afetividade e confiança, podendo trocar experiências
vividas, formar conceitos e descobrir formas de resolver situações.
Para Saltini (2002, p. 87-88)
A criança deseja ser amada, aceita, acolhida e ouvida para que possa despertar para a
vida da curiosidade e do aprendizado. O papel do professor é específico e
diferenciado do das crianças. Ele prepara e organiza o microuniverso onde as
crianças brincam e se interessam.
A postura deste profissional se manifesta na percepção e na sensibilidade aos
interesses das crianças que em cada idade diferem em seu pensamento e modo de
sentir o mundo.

Desse modo, a prática do professor, no ambiente escolar, inclui ações nas quais ele deve
atrair e conduzir a criança, para que possa surgir anseio às novas descobertas e experiências.
Essas ações transformadoras partem do trabalho do Educador com sua turma e contribuem
para o desempenho intelectual. Assim, o professor deve trabalhar de forma motivadora, para
levar seus alunos ao prazer no estudar, a buscar mais em si a capacidade para enfrentar
desafios intelectuais e até mesmo ser apoio para os que têm dificuldades no aprender ou no
relacionar com o outro.
A criança, ao participar da escola, estará aberta a receber todo e qualquer tipo de
informação, seja dos professores ou colegas. Essa forma de receber o novo ampliará sua
linguagem, seu relacionamento, a imagem de si, do outro e sua visão de mundo.
De acordo com Muller, (1987, p. 32), “mediante el aprendizaje, cada individuo se
incorpora a esse mundo com uma participación activa, al apropiarse de conocimientos y
técnicas, construyendo em su interioridad el universo de representaciones simbólicas”. Desse
modo, o indivíduo ao ser inserido na escola e permanecendo nela, constrói e estabelece uma
forma de aprendizagem, diferenciando-se do outro, tanto na leitura e na escrita como na forma

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de participar e até mesmo em suas brincadeiras ou jogos, ou seja, é a partir dessa maneira
diferenciada de aprendizagem que o professor se organiza e o psicopedagogo se encaixa, pois,
o professor ao perceber alguma dificuldade em seu aluno irá fazer um relatório e repassar para
os coordenadores ou diretores e, assim, para o psicopedagogo, que irá abordar a criança e
trabalhará da melhor forma para buscar um bom desenvolvimento e resultados em sala de
aula. Diante disso, é importante que a família participe desse processo para a complementação
do trabalho a ser realizado, pois a família é também a base para construção do indivíduo.
Segundo Coll (1995, p. 251),
[…] a família, principalmente durante os anos escolares, deveria educar as crianças
em um ambiente democrático: “[...] são os estilos educativos democráticos, por sua
judiciosa combinação de controle, afeto, comunicação e exigências de maturidade,
os que propiciam um melhor desenvolvimento da criança”. Se a criança não tiver
uma base sólida na família, com uma educação democrática, afetuosa, crítica e
valores positivos, as características pessoais podem sofrer alterações radicais,
direcionando a mesma às boas ou más atitudes.

Pode-se ver essa fase da vida da criança como um ritual, em que ela não frequentará
somente o ambiente familiar, mas passará a frequentar também a escola, onde ela
amadurecerá nesse momento. É verdade que se deve respeitar tudo que foi construído em seu
lar, porém nessa nova fase deve haver uma intermediação entre escola e família, em que eles
irão acompanhá-lo dando continuação aos ensinamentos institucionais, ao agregar e reforçar o
que é aplicado na escola. Desse modo, a criança construirá uma relação de sintonia com esses
ambientes e, a partir daí, será observado que ela aprende em qualquer lugar, sendo assim
moldada.
O indivíduo aprenderá e descobrirá cada uma de suas dificuldades e facilidades nesse
momento, exigindo assim de educadores um apoio, caso necessário, procurando meios
facilitadores para ajudar esse aluno. Dessa maneira, com uma intervenção psicopedagógica,
poderá melhorar a capacidade do ser humano em desenvolver-se no processo de construção de
conhecimento, visto que visa identificar a complexidade inerente ao que produz o saber e o
não saber. Essa investigação é um processo de tempo indeterminado, que pode ser a longo ou
curto prazo, pois as crianças podem ou não apresentar sintomas evidentes, o que exige do
profissional expor o educando a exames, testes, orientação e investigação do histórico
familiar, entre outros fatores que ajudarão nesse trabalho.
Ao analisar a importância do papel desse profissional, implica-se à configuração de uma
identidade própria que seja capaz de reunir, habilidades, qualidades e competências de
atuação em determinada instituição escolar.

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Evidências sugerem que um grande número de alunos possui características que


requerem a atenção educacional diferenciada. Neste sentido um trabalho
psicopedagógico pode contribuir muito, auxiliando educadores a aprofundarem seus
conhecimentos sobre as teorias do ensino-aprendizagem e as recentes contribuições
de diversas áreas do conhecimento, redefinindo-as e sintetizando-as numa ação
educativa. (DEMBO apud FERMINO et al., 1994, p. 57).

Na sala de aula é necessário que o educador esteja alerta para possíveis dificuldades dos
alunos, repassar certas observações para o psicopedagogo, juntamente com toda equipe
escolar, e investigar se realmente há alguma anomalia com a criança, ou seja, a partir do
momento em que a instituição faz um trabalho, o psicopedagogo trabalha com mais
autonomia, para identificar e até encaminhar o aluno para uma patologia específica. E nesse
caminho que fica visível a grande contribuição do trabalho psicopedagógico nas escolas,
principalmente nas fases iniciais, pois quanto mais cedo se identificam as dificuldades, mais
cedo pode-se abordar a criança e alertar a família para que se encontre a melhor forma de
tratamento. Algo que se pode citar é o fato de que o professor, por não saber conduzir uma
criança que esteja com dificuldades em seu desenvolvimento intelectual, pode correr o risco
de rotulá-lo ao abordar familiares, relatando a ação do indivíduo no cotidiano escolar.
De acordo com Saltini (2002, p. 70),
O professor (educador) obviamente precisa conhecer a criança. Mas deve conhecê-la
não apenas na sua estrutura biofisiológica e psicossocial, mas também na sua
interioridade afetiva, na sua necessidade de criatura que chora, ri, dorme, sobre e
busca compreender o mundo que a cerca, bem como o que ela faz ali na escola.

O professor é uma imagem importante na vida do aluno e será uma presença constante
por um longo caminho. Nesse período, conceitos serão formados, histórias serão construídas,
desafios surgirão e tudo será feito em conjunto; o aluno e o professor irão construir uma ponte
de ligação, onde farão trocas de experiências vividas. De fato, nesse tempo, dentro desse
ambiente do qual a criança passará uma grande parte da vida, o educador conhecerá o
educando de muitas formas, compreendendo assim seu estado.
No entanto, esse profissional da educação tem limites e em certas situações surgem
dificuldades para lidar com problemas em sala, já que sua atenção não é direcionada para um
único indivíduo, necessitando de um suporte para realizar sua função de ensinar.
Contudo, o professor tem um papel importante e fundamental na escola, que não é
somente o de ensinar, a transmissão de conhecimento, mas deve ir além disso, conhecer o
aluno; oferecer momentos, atividades de interação e trocas de experiências; promover o
desenvolvimento do estudante; induzi-lo a autonomia; e, preparar e organizar o universo onde
a criança permanece, despertando um sentimento de afetividade em seu interior, dado que o

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aluno, ao perceber essa afeição, se sentirá mais seguro e encaminhará para um mundo de
possibilidades, direcionando-o para o sucesso escolar.
Cunha (2008, p. 51) diz que:
Em qualquer circunstância, o primeiro caminho para a conquista da atenção do
aprendiz é o afeto. Ele é um meio facilitador para a educação. Irrompe em lugares
que, muitas vezes, estão fechados às possibilidades acadêmicas. Considerando o
nível de dispersão, conflitos familiares e pessoais e até comportamentos agressivos
na escola hoje em dia, seria difícil encontrar algum outro mecanismo de auxilio ao
professor mais eficaz.

O professor deve ter uma imagem segura de si mesmo para ganhar confiança de seus
alunos, deixá-los perceber que esses momentos são agradáveis e que estar com eles é
prazeroso. Porém, o educador deve estar constantemente avaliando cada indivíduo nesse
processo de aprendizagem e interação com todos do ambiente escolar. É através dessa
interação com o outro, dessa afetividade e desse ambiente estimulador, que se percebe a
forma e estágios de desenvolvimento da criança, tanto intelectual como corporal. É o
momento em que se manifestam ações inesperadas e comportamentos inadequados, que são
rotineiros dentro da instituição, a qual exigirá investigações.
O professor e o psicopedagogo devem caminhar juntos nesse processo de
desenvolvimento intelectual, propondo esse espaço à criança, onde irão compartilhar ideias,
ações e caminhos a seguir; e, ao agirem em conjunto, facilitarão o trabalho um do outro
dentro da Instituição. É importante ressaltar que cada um tem seu papel neste ambiente, mas
ambas as profissões devem ser flexíveis ao tratar do ser humano, agindo assim de forma
intermediária.
Scoz (2002, p. 34) cita:
[...] A Psicopedagogia além de dominar a patologia e a etiologia dos problemas de
aprendizagem, aprofundou conhecimentos que lhe possibilitam uma contribuição
efetiva não só relacionada aos problemas de aprendizagem, mas, também, na
melhoria da qualidade do ensino oferecido nas escolas. [...] Dessa forma contribui
para a percepção global do fato educativo e para a compreensão satisfatória dos
objetivos da educação e da finalidade da escola, possibilitando, assim, uma ação
transformadora.

O professor, ao observar fatos que merecem mais atenção, tanto no comportamento,


como no intelecto do educando, discorrerá para o psicopedagogo que agirá da forma correta e,
a partir daí, investigará o fato e desenvolverá técnicas seguras para com o paciente,
encaminhando-o para outros profissionais, caso seja necessário. Abordará os familiares para a
realidade do caso, dando a eles a possibilidade de trazer bem-estar e colaboração no
tratamento do aluno, pois é nesse espaço familiar que a criança constrói alguns conceitos,
recebe referências culturais e influências ao seu comportamento. A presença dos familiares na

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escola e o acompanhamento em casa facilitarão a investigação de todo corpo escolar,


principalmente a do psicopedagogo, ou seja, o suporte não será apenas na escola, mas também
no ambiente de convívio familiar. Essa aproximação é importante principalmente para a
criança, que terá uma melhor convivência no espaço escolar e familiar.
De acordo como o artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de 1990:
É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público
assegurar, com absoluta prioridade a efetivação dos direitos referente à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, e à convivência familiar e comunitária.
(BRASIL, 2010, p. 15).

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, todos que fazem parte do ambiente


que a criança vive (família, escola, comunidade, poder público) têm o dever de zelar pelo seu
bem-estar, contribuindo para um bom desenvolvimento. A família deve introduzir a criança
no meio social e acompanhá-la de perto, principalmente em se tratando de sua frequência na
escola. Além disso, seus responsáveis devem participar dos projetos, reuniões e datas
importantes que escola costuma celebrar. É papel da escola manter essa relação de parceria
com os familiares, informando-os sobre sua produção e se a criança está tendo resultados
positivos. Dessa forma, ambas as partes podem trabalhar em conjunto as dificuldades e o
melhoramento da criança, não somente no ambiente escolar, mas também em seu convívio em
sociedade.
Freinet (1977, p. 35)
Considera os erros inevitáveis, uma fase da aprendizagem, não impedindo a vida de
se expandir em outras direções. “Os erros são apenas um acidente de percurso, uma
pedra na qual se tropeça, um muro que se pode evitar, uma árvore caída que se
desloca ou que se contorna; no entanto, a caminhada continua, estimulada até pelas
dificuldades que superamos ou ultrapassamos”.

A criança ao ser inserida em um diferente grupo que não seja o da sua vivência familiar,
precisa de tempo e compreensão quando permanece em outro ambiente, pois tende a ter um
comportamento irregular e, assim, agir de várias formas, abrindo um caminho de dúvidas, em
professores que não estão preparados para a profissão, julgando-o assim de forma incorreta. É
evidente que todo ser humano, independente de sua faixa etária, necessita de tempo para se
adaptar, ou seja, esse processo de aquisição será cheio de acertos e erros, que acontecerão
durante um tempo e somente caso ocorra sua persistência em algum tipo de comportamento,
todos os profissionais que o acompanham, poderão, através de um relatório convincente,
investigar a situação com o profissional psicopedagogo. Porém, deve-se ter cautela e
prudência em relação ao comportamento da criança, principalmente, pois muitas delas agem

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em respostas a um acontecimento, sendo assim ações passageiras que devem ser interferidas
através de diálogo e não abordadas como fatores prejudiciais ao próprio aluno.
A intervenção psicopedagógica focaliza o sujeito na sua relação com a
aprendizagem. A meta do psicopedagogo é ajudar aquele que, por diferentes razões,
não consegue aprender formal ou informalmente, para que consiga não apenas
interessar-se por aprender, mas adquirir ou desenvolver habilidades necessárias para
tanto [...]. (RUBINSTEIN, 2001, p. 25).

O objetivo da Psicopedagogia é atender à sociedade, em suas necessidades, de forma


individual, acompanhando e auxiliando cada um de acordo com o tipo de dificuldade. A
ligação que se faz com o aluno, a escola e a família é a forma de trabalho em conjunto, o que
abre um melhor caminho para o sucesso da criança. Assim, a criança, ao perceber que tem um
apoio da família e educadores, se sentirá mais segura e confiante e então lutará para vencer as
barreiras que a impedem de aprender. A partir daí, ela desenvolverá habilidades que antes
ficavam presas em seu interior e, com o tratamento correto, ele irá explorar todo seu
conhecimento, o que resulta em um ser que fará descobertas por sua própria autonomia,
conquistas e independência, o que o acompanhará por toda sua vida.
Isso será o resultado de uma intervenção e tratamento precoce que os professores e
psicopedagogos poderão fazer, levando-o a um caminho mais fácil, o qual o aluno irá seguir.
Caminho esse que não está somente nas mãos de quem decide por elas, mas dos que
participam da vida dessa criança.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste artigo, foram feitos relatos sobre a necessidade e a importância de um profissional


de Psicopedagogia no ambiente escolar. Ele ocupa uma área de conhecimento que estuda as
questões ligadas à afetividade, cognição e trabalha com o corpo docente, abordando os fatos
ocorridos na sala de aula junto a professores, coordenadores e familiares; propõe o
atendimento de crianças com dificuldades em classe, o qual trará benefícios e progresso no
desenvolvimento estudantil. Na realidade, a maioria das escolas não possui esse profissional
para dar suporte e segurança para os educandos e educadores, que muitas vezes se encontram
desnorteados diante das dificuldades.
Toda escola sonha em alcançar resultados positivos com seus alunos. De fato, é
importante que haja uma união para que isso ocorra, mas percebe-se que mesmo a Instituição
fazendo sua parte, não se encontram órgãos responsáveis para manter esses profissionais na
escola e não se manifestam em relação à contratação.

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Toda criança deve ser preparada para um futuro promissor e que ela seja amparada por
todos que vivem em sua volta, oferecendo a ela bem-estar e proteção, ou seja, todos aqueles
que fazem parte da sua vida e seu cotidiano, sendo familiares, escola e sociedade como um
todo.
Os primeiros anos da vida de uma criança são marcados por grandes descobertas,
período em que entende, aos poucos, o mundo do qual faz parte, se socializa, aprende a lidar
consigo e com o outro, assimila situações problemas, tem contato com o concreto, faz
experimentações e dá início à formação de opiniões. É bem visível que é na instituição escolar
que toda essa manifestação é desenvolvida e melhor trabalhada, possibilitando assim a
conduta dos professores.
No início da fase escolar, familiares e profissionais da educação devem acompanhar, de
perto, todo desenvolvimento do aluno na escola, pois é nesse ambiente que é oferecido a ela
um processo intelectual ao qual ela desenvolverá suas habilidades.
A Psicopedagogia propõe um caminho de possibilidades para a criança que se encontra
em fase de aprendizagem, busca as características individuais, entra como investigadora e
pesquisadora das dificuldades humanas e procura entender a complexidade dos fatos que
comprometem o desenvolvimento intelectual da criança e seu comportamento. Essa área, na
realidade, é desafiadora, pois procura encontrar meios de recuperação do ser humano,
tornando-se assim um facilitador em sua aprendizagem, de forma afetiva, solidária e
respeitosa diante das dificuldades, de acordo com cada ritmo. Assim, atende a necessidade de
cada um e contribui para uma formação desejada.

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