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FÁBIO UMEHARA
MARCOS PAULO A. VILLAS-BÔAS
FÁBIO UMEHARA
MARCOS PAULO A. VILLAS-BÔAS
Banca Avaliadora
Membro A
Membro B
______________________________________
Alessandro Corrêa Mendes
Orientador Acadêmico
______________________________________
José Ricardo Abalde Guedes
Coordenador da Disciplina de TCC
Data:
Agradecimentos
Agradecemos primeiramente
a Deus, Criador de todas as coisas.
Agradecimento especial às nossas
famílias que diretamente contribuíram
para a realização deste trabalho, aos
colegas, aos professores e os
colaboradores que sempre estiveram
prontos a nos ajudar.
A todos, nosso “muito obrigado”.
Resumo
Foi desenvolvido um projeto de uma estação de teste para uma placa específica
da empresa Ericsson Telecomunicações S.A. de São José dos Campos, tendo o nome
técnico RIB (Placa de Interface de Rádio, do inglês “Radio Interface Board”). A RIB é
uma placa interna de uma RRU (Unidade de Rádio Remoto, do inglês “Remote Radio
Unit”) e tem como função realizar a interface de sinais analógicos e digitais entre a RRU
e a BTS (Estação Base de Transmissão, do inglês “Base Transceiver Station”). A placa
possui como principais conexões a Ethernet, transceptores ópticos, sinais de alarmes
externo e conectores usados somente em instalações e manutenções da RRU, assim,
através do microcontrolador da família MSP430 (Texas Instruments) desenvolveu-se uma
estação em que são testados funcionalmente os sinais de comunicações e alarmes
externos, e tendo como principais objetivos, abranger todos os tipos de simulações
possíveis semelhantes ao seu funcionamento em campo e ao mesmo tempo minimizar o
custo do projeto com soluções simples, porém eficaz. Neste projeto serão abordados os
testes nos circuitos DCDC e RS485 da RIB.
RESUMO ....................................................................................................................... IV
ABSTRACT .................................................................................................................... V
LISTA DE ABREVIAÇÕES........................................................................................ XI
INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 12
1.4 RESTRIÇÕES......................................................................................................... 15
3.3 PROGRAMAÇÃO.................................................................................................. 40
RESULTADOS ............................................................................................................. 43
CONCLUSÕES ............................................................................................................. 48
Figura 19 – Circuito Estação RIB parcialmente completo utilizado para testes ............ 47
Índice de Tabelas
13
Figura 1 – Exemplo de Instalação de RRUS nas configurações estrela e cascata
14
1.3 Objetivo
Estudar o funcionamento da RIB para projetar uma estação de teste (Giga de
Teste) de baixo custo que simule e teste as funções dos circuitos DCDC e RS485 da RIB.
Melhorar a metodologia de inspeção no processo de fabricação da RIB,
apresentando ao usuário o resultado do teste ao usuário de maneira mais simples.
Obter resultados mais rápidos no processo de inspeção da RIB para liberar os lotes
em menos tempo, reduzindo o tempo de linha parada e consequentemente o custo da
produção da RIB.
1.4 Restrições
Este trabalho irá se dedicar somente ao estudo dos circuitos DCDC e RS485 da
RIB, não se aprofundando nos testes de outros blocos da RIB tais como o Óptico e o de
padrão Ethernet.
Como já foi esclarecido, este projeto tem como finalidade a redução de custo no
processo de fabricação da RIB, portanto a principal restrição para este trabalho é que o
custo da Giga de Teste não seja demasiado elevado, prejudicando assim sua viabilidade
para a empresa.
A placa RIB, suas especificações (“datasheets”), normas de processo, os
documentos e equipamentos envolvidos em seu processo de fabricação e nem mesmo o
protótipo da Giga de Teste não puderam ser retirados da empresa Ericsson por motivo de
sigilo empresarial. No entanto, com autorização das gerências da empresa, os estudos
puderam ser realizados nas dependências da Ericsson e com isto os autores conseguiram
reunir neste trabalho todo o conhecimento adquirido com esta experiência.
15
Capítulo 2
Embasamento Teórico
2.1 Conhecimentos básicos sobre a RIB
A RIB (Placa de Interface de Rádio) tem como principal função realizar a
interface de sinais analógicos e digitais na instalação e manutenção da RRU, por isso
trabalha com diferentes tipos de sinais e níveis de tensão simultaneamente e possui vários
conectores, que estão listados a seguir e podem ser vista na Figura 2:
RJ-45 (8 pinos)
RET (6 pinos)
XALM (4 pinos)
Conector de teste (24 pinos)
SFP A (20 pinos)
SFP B (20 pinos)
Conector RIB (80 pinos)
16
Para facilitar o seu estudo podemos dividir a RIB em quatro circuitos, de acordo
com os sinais e conectores envolvidos: circuito de sinal digital RS485, circuito de
comunicação no padrão Ethernet, circuito de comunicação óptica e circuito de sinal
analógico RET VCC.
O procedimento de inspeção da RIB na linha de produção deve testar cada um
destes quatro circuitos e o requisito para que a amostra e, assim também, o lote sejam
classificados como não defeituosos é que todos os quatro circuitos não apresentem falha,
ou seja, se um ou mais destes circuitos apresentar mau funcionamento, o lote deve ser
classificado como defeituoso e não pode ser liberado para a próxima fase.
Como já foi mencionado na introdução, este trabalho irá se dedicar somente ao
estudo de como serão testados na Giga de Teste os circuitos DCDC e RS485 da RIB. Este
processo envolve como componentes principais dois microcontroladores da família
MSP430 (Texas Instruments), um CI que faz a medição indireta da corrente do circuito
mensurando o efeito “hall” e um módulo conversor de sinal digital RS232 / RS485.
17
Figura 3 - MSP-EXP430F5529LP LaunchPad
18
2.2.2 Efeito Hall
Em 1879, foi publicado um artigo escrito por Hall, que tinha como objetivo
explicar um fenômeno muito interessante que acontecia com circuitos elétricos quando
estes eram submetidos a um campo magnético: a presença de uma diferença de potencial.
Na época, não se conhecia muito sobre a corrente elétrica; sabia-se da existência da
mesma, mas suas características e propriedades, bem como sua constituição, eram apenas
especulações.
O fenômeno descrito, segundo Hall, era mais perceptível se fosse inserido no
circuito elétrico uma chapa metálica, ou um material semicondutor. No experimento
realizado por Hall em 1879, ele utilizou uma placa fina de germânio, ou seja, um material
semicondutor. Conectando-se um voltímetro (instrumento para medir diferença de
potencial) na placa, Hall constatou a existência de uma tensão, denominada tensão “hall”.
Este efeito, a existência de uma tensão no material quando o mesmo é submetido a um
campo magnético, é conhecido como efeito “hall”.
Ao longo de cinquenta anos desde que este padrão foi desenvolvido, a EIA
publicou três modificações, sendo o mais recente o padrão EIA232F introduzido em 1997.
Apesar dessas revisões, as normas desse padrão sofreram apenas pequenas alterações e a
designação mais utilizada ainda é RS232. Hoje este padrão é muito utilizado pela sua
simplicidade e possibilidade de ser aplicado tanto em equipamentos novos quanto nos
mais antigos.
As maiores dificuldades encontradas pelos usuários na utilização deste padrão de
interface são relativamente pequenas, pois apresentam pequeno risco aos “drivers” e CIs
e incluem pelo menos um dos seguintes fatores:
A ausência ou conexão errada de sinais de controle resultam em estouro do buffer
(“overflow”) ou travamento da comunicação.
21
Função incorreta de comunicação para o cabo em uso resulta em inversão das
linhas de transmissão e recepção, bem como a inversão de uma ou mais linhas de
controle (“handshaking”).
O cabo de comunicação deve limitar-se a aproximadamente dez metros de
comprimento e deve ser isolado de outros cabos de potência, para evitar o
aparecimento de interferências.
Se o dispositivo DCE for mesmo um modem diversos sinais são necessários para
a conexão. Normalmente isso não acontece e o DCE não é um modem, ou dois
dispositivos DTE são conectados diretamente e poucos sinais são necessários.
Deve-se notar que nas figuras 6 e 7 existe um segundo canal que inclui um
conjunto de sinais de controle duplicados (“Secundary”). Este canal secundário fornece
sinais de gerenciamento do modem remoto, habilitando a mudança de taxa de transmissão
22
durante a comunicação, efetuando um pedido de retransmissão se erros de paridade forem
detectados, e outras funções de controle.
23
Figura 6. Se a norma EIA232 for seguida a risca, estes sinais terão o mesmo nome e o
mesmo número de pino do lado do DCE, conforme a Figura 7. Entretanto, normalmente
isto não é feito na prática pela maioria dos engenheiros, provavelmente porque em alguns
casos torna-se difícil definir quem é o DTE e quem é o DCE.
24
Todos os sinais são referenciados a um terra comum que é definido pela tensão no
pino 7 e este pode ou não ser conectado ao terra do dispositivo DCE [8]. Essa é uma das
principais características que fazem o RS232 ser diferente de muitos outros padrões e é
também a razão deste padrão apresentar maior ruído em relação aos outros.
Sinais com tensão entre -3 volts e -25 volts com relação ao terra (pino 7) são
considerados nível lógico “1” , e tensões entre +3 volts e +25 volts são considerados nível
lógico “0”. A faixa de tensões entre -3 volts e +3 volts é considerada uma região de
transição para o qual o estado do sinal é indefinido [8].
Os demais pinos não citados no texto seguem a convenção utilizada conforme a
Figura 8.
25
Existe uma variedade grande de equipamentos digitais que utilizam o “driver”
1488 (TTL => RS232) e o “receiver” 1489 (RS232 => TTL). Estes CIs contém quatro
inversores de um mesmo tipo, sejam “drivers” ou “receivers”. O “driver” necessita de
duas fontes de alimentação +7,5 volts a +15 volts e –7,5 volts a –15 volts, o que é um
problema para sistemas que utilizam somente uma fonte de +5 volts.
Em vista disso, outro CI que está sendo amplamente utilizado é o MAX232 (da
Maxim) que inclui um circuito de “charge pump” capaz de gerar tensões de –10 volts e
+10 volts a partir de uma fonte de alimentação simples de +5 volts, bastando para isso
alguns capacitores externos. Este CI também tem 2 “receivers” e 2 “drivers” no mesmo
encapsulamento. Nos casos onde serão implementados somente as linhas de transmissão
e de recepção de dados, não seria necessário 2 chips e fontes de alimentação extras.
26
Para que o receptor identifique um sinal válido, a diferença entre os terminais A e
B deve ser maior que 200 mV. Entre 200mV e –200mV o sinal é indefinido.
2.3 Metodologia
Antes de iniciar o procedimento de inspeção da RIB com a Giga de Teste, o
operador liga a fonte alimentação (5V) para energizar os microcontroladores da estação
e encaixa a RIB que será testada.
27
Figura 10 – Diagrama esquemático da Giga de Teste da placa RIB
28
Se os dados forem recebidos corretamente, conclui-se que o circuito RS485 não possui
defeitos e passa-se para a próxima etapa de teste.
Ao final do teste, depois de todas as etapas, se em momento algum a amostra não
apresentar defeito, o LED “PASS” é aceso e o usuário pode remover a RIB da Giga de
Teste.
O botão RESET permite que o usuário reinicie um teste a qualquer instante.
29
Capítulo 3
Desenvolvimento
3.1 Materiais
O custo total desse projeto foi de R$230,00; os principais módulos e os kits dos
microcontroladores foram adquiridos no exterior e a compra foi feita via internet. O
custo do fret foi incluído no custo total.
30
LED2 UART_CTR LEDCHIPLED_08 CHIPLED_0805 LED
L2 05
OPTCO 20 PIN -2520 PAK100/2500- 3M (TM) Pak 100
_A 20 4-Wall Header
OPTCO 20 PIN -2520 PAK100/2500- 3M (TM) Pak 100
_B 20 4-Wall Header
PAINE -2510 -2510 PAK100/2500- 3M (TM) Pak 100
L 10 4-Wall Header
R1 33 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R4 33 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R6 2k2 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R7 2k2 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R8 33 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R11 1k R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R12 33 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R13 33 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R14 33 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R15 33 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R16 33 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R17 33 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R18 33 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R19 33 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R20 33 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R21 33 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R22 33 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R37 1K R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R39 2K2 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R40 1K R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R41 2K2 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
31
R53 1K R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R54 2K2 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R55 1K R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R56 2K2 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R57 47K R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R58 470 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R59 470 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R60 470 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R61 470 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
U2 MSP430 MSP- MSP-EXP430F5529LP
EXP430F5529LP
U4 MSP430 MSP- MSP-EXP430F5529LP
EXP430F5529LP
X200 QSE-040-02 QSE-040-02 QSE-040-02 0,80mm HI-
SPEED SOCKET
QSE Serie
32
3.1.2 Circuito DCDC
Peça Valor Dispositivo Ecapsulame Descrição
nto
5V_ON LEDCHIPLED_08 CHIPLED_0 LED
05 805
C2 100nF C-USC0603K C0603K CAPACITOR,
American symbol
C3 1uF C-USC0603K C0603K CAPACITOR,
American symbol
C4 100nF C-USC0603K C0603K CAPACITOR,
American symbol
C5 100nF C-USC0603K C0603K CAPACITOR,
American symbol
DCDC 10PIN 2510 PAK100/250 3M (TM) Pak 100 4-
0-10 Wall Header
IC1 317T 317T TO220H Positive VOLTAGE
REGULATOR
IC2 317T 317T TO220H Positive VOLTAGE
REGULATOR
J4 12V DCJ0303 DCJ0303 DC POWER JACK
ON/OFF CON_P CON_PWR_2P PWR_CON
WR
R1 240 R-US_R0402 R0402 RESISTOR, American
symbol
R2 360 R-US_R0402 R0402 RESISTOR, American
symbol
R3 390 R-US_R0402 R0402 RESISTOR, American
symbol
R4 360 R-US_R0402 R0402 RESISTOR, American
symbol
R5 2K2 R-US_R0402 R0402 RESISTOR, American
symbol
R6 360 R-US_R0402 R0402 RESISTOR, American
symbol
R7 1.8k R-US_R0402 R0402 RESISTOR, American
symbol
R8 240 R-US_R0402 R0402 RESISTOR, American
symbol
R9 1k R-US_R0402 R0402 RESISTOR, American
symbol
R10 1.8k R-US_R0402 R0402 RESISTOR, American
symbol
RIB_VC LEDCHIPLED_08 CHIPLED_0 LED
C_ON 05 805
T1 BC817 BC817-16-NPN- SOT23-BEC NPN Transistror
SOT23-BEC
U1 ACS71 MODULE_ACS71 MODULE_A
2T 2 CS712
33
3.1.3 Circuito RS485
Peça Valor Dispositivo Ecapsulamento Descrição
C1 100nF C- C0402K CAPACITOR,
EUC0402K European symbol
C2 100nF C- C0402K CAPACITOR,
EUC0402K European symbol
C3 1uF C- C0603K CAPACITOR,
EUC0603K European symbol
C4 1uF C- C0603K CAPACITOR,
EUC0603K European symbol
C5 100nF C- C0402K CAPACITOR,
EUC0402K European symbol
DRIVERS 10 PIN -2510 PAK100/2500- 3M (TM) Pak
10 100 4-Wall
Header
IC5 MAX3232C MAX3232CS SO16 True RS-232
SE E Transceivers
3.0V to 5.5V,
Low-Power
MODULE DB9 F09HP F09HP SUB-D
RS485
OPT1 FODM121 SFH6186-2 SMD4 Optocoupler,
Phototransistor
Output, Low
Input Current
OPT2 FODM121 SFH6186-2 SMD4 Optocoupler,
Phototransistor
Output, Low
Input Current
R1 220 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
R2 220 R-US_R0402 R0402 RESISTOR,
American symbol
RET_CABLE DB9 F09HP F09HP SUB-D
RS232 CON1 53047-03 53047-03 CONNECTOR
RS232_RX/TX JP2Q JP2Q JUMPER
RS485 JP2Q JP2Q JUMPER
UART_RX/TX JP2Q JP2Q JUMPER
XALARM_CAB F15 F15HDH HDF15H SUB-D
LE
34
3.2 Projeto Detalhado
Para que se elabore a metodologia de um processo de inspeção deve-se conhecer
antes de qualquer coisa, os padrões de qualidade do produto a ser testado. Para isso
estudou-se os parâmetros de uma placa não defeituosa – comumente chamada na empresa
de placa “Master” – para que sirvam de referência.
Outro ponto importante quando se projeta uma estação de teste é conhecer os
principais defeitos que podem resultar em um produto não conforme. Isto é importante
principalmente para que se tenham critérios de funcionamento da estação, ou seja, a Giga
de Teste deve ser capaz de “perceber” cada um dos defeitos, ainda que não seja capaz de
isolá-los, mas precisa garantir que a amostra, quando aprovada no teste, de fato não possui
nenhum defeito.
Tabela 1 Estudo dos principais defeitos possíveis na RIB
Causa Efeito Sintoma Teste
O componente com orien- O bloco do circuito Medição dos sinais de
Componentes tação / polaridade invertida onde o componente entrada e saída do
com orientação / irá se danificar e há pequena estiver não funcio- componente, em seguida
polaridade possibilidade de danificar nará corretamente. O verificação visual da
invertida outros componentes ligados sinal “morre” nele. serigrafia do componente.
diretamente a ele.
Perda de sinal. Sinais ligados aos Apenas realizar inspeção
terminais do compo- visual.
Componentes nente faltando apre-
Faltando sentarão variação nos
níveis de tensão ou
serão nulos.
Em terminais de sinais O bloco do circuito Identificar o circuito com
digitais, poderá danificar o onde o componente falha com um ohmímetro e
próprio componente com a estiver não funcio- realizar a inspeção visual
Ponte de Solda ponte de solda e em caso de nará corretamente e com um microscópio.
(“Solde bridge”) ponte de solda entre VCC e pode haver curto-
GND a placa entrará em circuito.
curto-circuito, danificando
o circuito da fonte.
O circuito pode apresentar Aparecimento de Identificar a região do
“mau-contato” e intermi- ruídos no circuito circuito que apresenta
Outros tência. envolvido. falha através do multíme-
problemas tro e em seguida com
relacionados à auxilio de um
solda (Solda fria, microscópico realizar uma
insuficiência, etc) inspeção visual até
identificar o problema na
solda.
O circuito relacionado ao Sinais de entrada no Comparar os sinais de
componente defeituoso componente estarão entrada e saída do
Falha funcional apresentará mau funcio- funcionando perfei- componente e comparar os
do componente namento ou não funcionará. tamente, porém não valores com valores de
haverá sinal de saída. uma placa de referência
(placa Master).
35
Nesse sentido, estudaram-se as causas e efeitos dos diversos defeitos em lotes não
liberados na empresa Ericsson pôde-se listar em síntese todos os defeitos possíveis na
RIB. Para que seja possível detectar certo defeito deve-se conhecer não somente as causas
e efeitos, mas também seus sintomas, ou seja, os principais indícios de que este defeito
está presente. Analisando vários casos de lotes defeituosos, pôde-se elencar os principais
sintomas de defeitos e então ficou mais fácil de estabelecer quais os tipos de testes que a
Giga de Teste deveria ser capaz de realizar para garantir a qualidade da RIB. Todas essas
informações foram sintetizadas na Tabela 1.
Excetuando-se a verificação de componentes com o microscópio e a inspeção
visual, os testes que a Giga de Teste deve realizar são simples: medição de corrente, teste
de continuidade e queda de tensão.
Os dois microcontroladores estarão conectados aos quatro circuitos de teste da
Giga, como mostra a Figura 11. O circuito RS 485 é representado junto ao de padrão
Ethernet por utilizar o mesmo multiplexador. No entanto, como já foi mencionado, os
objetos de estudo deste trabalho serão somente os testes do circuitos DCDC e RS485.
MSP430_A MSP430_B
UART UART
UART
ON/OFF
LM 317 LM 317 MSP
5V 5V
Medição de
corrente
CI – Hall
Estação RIB
ACS 712 T
RIB
O MSP realiza uma medição da corrente que sai do LM317 e vai para a RIB a fim
de comparar com o valor da placa Master e detectar já nesse processo inicial se há algum
mau funcionamento na amostra e se esse for o caso, encerra o teste e acende o LED
“FAIL”.
A medição de corrente é feita por um circuito contendo o CI Hall ACS 712
mostrado na Figura 13, que oferece soluções para sensores de corrente AC e DC nas mais
diversas aplicações, como controle de motores, fontes de alimentação e proteção contra
sobrecorrente. O dispositivo consiste de um circuito Hall preciso e linear que possui
internamente uma trilha de cobre (dos pinos 1 e 2, para os pinos 3 e 4) com baixa
resistência interna (1.2 mΩ nominal, para que a haja baixa perda de potência). Quando é
aplicado fluxo de corrente através dessa trilha de cobre cria-se um campo magnético que
o transdutor do CI Hall converte numa tensão de nível proporcional.
Os terminais da trilha condutiva são isolados das outras entradas/saídas de sinal
(pinos 5 a 8), o que permite que o ACS712 seja utilizado em aplicações que requerem
37
isolação elétrica sem elevar muito o custo do projeto. A tensão gerada na saída do CI Hall
(VIOUT) é enviada ao pino de entrada analógica do MSP_A P6.5 para ser processado.
MSP430_A
UART
Multiplex
UART_A 4052 UART_B
Módulo
Placa RIB
Ethernet / RS232
Módulo RS
Placa RIB
232/485
MSP430_B
UART
38
pelo circuito RS485 da RIB até chegar ao segundo microcontrolador. O MSP_B então
envia uma resposta ao MSP_A pelo mesmo canal RS485.
Para que o código ficasse mais leve e simples, adotou-se um módulo conversor
de forma que a RIB trabalhe com RS485 e os microcontroladores, RS232. Depois de os
receberem, os microcontroladores analisarão os dados e, se verificarem sua integridade,
o teste passa para as próximas etapas.
39
3.3 Programação
O programa inicia em um “loop” de Decisão, no qual aguarda o BOTAO_START
ficar em nível alto, que acontece quando o operador deseja iniciar o teste da RIB e aciona
o BOTAO_START;
Após acionado o BOTAO_START, é feito a leitura da corrente consumida pela
RIB através de uma porta analógica (I_SUPERV) do MSP_A, e se a corrente for menor
que 90d ou maior que 120d o teste é finalizado cortando a alimentação da RIB e
acionando o LED_FAIL(vermelho), e caso a corrente estiver entre 90d a 120d o teste
continua para próxima etapa;
Na etapa seguinte é testada a comunicação serial RS-485, na qual o MSP_A
configura o multiplexador para direcionar a saída serial do MSP_A para o módulo
conversor RS-232/RS485, através do “set” em A e B para zero; em seguida o MSP_A
envia o caracter “a” e aguarda uma resposta de um caracter “b” do MSP_B, nessa etapa
o MSP_B fica aguardando um caracter “a” via serial e em seguida envia um caracter “b”.
Ao receber o caracter “b”, o MSP_A finaliza o teste da RIB cortando a alimentação da
RIB e acionando o LED_PASS (verde), caso não recebe o caracter “b”, o teste é finalizado
indicando falha.
40
3.4 Fluxograma
MSP430_A
INÍCIO
MSP430_B
BOTÃO_START =
1
DELAY_MS = 1000
LER I_SUPERV
90 <
I_SUPERV
< 120
CALL FAIL A = 0; B = 0
UART_A_TX = “a”
41
C=1; C<500; C++
INTERRUPÇÃO UART_B
UART_A_RX
CALL FAIL == “b”
UART_B_RX
== “a”
CALL FAIL RIB_ON/OFF = 0
RIB_ON/OFF = 0 LED_PASS = 1
UART_B_TX = “b”
LED_FAIL = 1 FIM
FIM
FIM
42
Capítulo 4
Resultados
4.1 Circuito Teste DCDC
4.1.1 Teste funcional
No planejamento das medições, consideramos uma faixa de corrente aceitável
(110 ±10 mA) para o funcionamento de uma RIB e foi implantado juntamente ao circuito
de teste DCDC, um limitador de corrente, para que não ocorresse nenhum dano a placa
ou a estação de testes. Foram disponibilizadas para a realização deste teste 10 RIBs e
apenas duas falharam. Os testes foram realizados em 5 minutos (em média 30 segundos
para cada placa), tempo melhor do que havíamos previsto.
43
4.2 Teste RS-485
4.2.1 Teste Funcional
Conforme planejado, o teste RS-485 foi realizado enviando um dado via RS-232
convertido à RS485 e injetado a RIB e lido de forma inversa através de outro conector da
própria RIB. Foram utilizadas as mesmas 10 RIBs disponibilizadas para o teste e
nenhuma falhou.
Para confirmar o teste, levamos as 10 RIBs para serem testadas no nível de rádio
(RRU) e apenas uma RRU foi reprovada. Os técnicos analisaram e RRU reprovada e
constataram um defeito de processo produtivo em outro componente da RRU que não a
RIB, como demonstra a Tabela 3.
44
4.3 Placas Confeccionadas
As Figuras 15 e 16 mostram a placa de circuito impresso da parte DCDC da Giga
de Teste, onde possui um sistema de proteção de curto circuito, regulador de tensão
configurado para 5V e um módulo medidor de corrente por efeito “hall”.
45
Figura 17 - PCB Circuito RS485/Ethernet (TOP)
Conforme a Figura 19, todas placas de circuito impresso foram conectadas à placa
de controle onde estão localizados os dois kits MSP430F5520LP.
46
Figura 19 – Circuito Estação RIB parcialmente completo utilizado para testes
47
Capítulo 5
Conclusões
Com este projeto os autores puderam estudar o funcionamento da RIB e trabalhar
no projeto da estação de teste (Giga de Teste), que chegou a ser testada na linha de
produção da empresa Ericsson. O dispositivo fabricado mostrou-se como uma inovação
de baixo custo capaz de simular e testar as funções dos circuitos DCDC e RS485 da RIB.
Com a Giga de Teste melhorou-se a metodologia de inspeção no processo de
fabricação da RIB, e possibilitou-se que o usuário obtivesse o resultado do teste de
maneira simples, rápida e de baixo custo.
Este projeto conseguiu também ampliar a visão dos envolvidos sobre o processo
de inspeção da RIB, deixando oportunidades de melhoria para implementação futura das
quais se destacam:
Estudar o circuito Óptico da RIB e criar uma metodologia para testá-lo na
Giga de Teste;
Estudar o circuito com padrão Ethernet e aprimorar este dispositivo para
testá-lo também;
Criar uma interface no computador ou tela de LCD para melhorar a
apresentação dos resultados.
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Referências Bibliográficas
[1] - C. E. STRANGIO. The RS232 STANDARD, A Tutorial with Signal Names and
Definitions. CAMI Research Inc., Acton, Massachusetts (1993-2012) Disponível em:
http://www.camiresearch.com/Data_Com_Basics/RS232_standard.html Acesso em: 27
jul. 2014.
[2] - CISCO. Cisco Visual Networking Index: Global Mobile Data Traffic Forecast
Update, 2013–2018 Disponível em:
http://www.cisco.com/c/en/us/solutions/collateral/service-provider/visual-networking-
index-vni/white_paper_c11-520862.html Acesso em: 27 set. 2014.
[3] - CNET. Ericsson predicts tenfold increase in mobile data traffic in five years.
Disponível em: http://www.cnet.com/news/ericsson-predicts-tenfold-increase-in-
mobile-data-traffic-in-five-years/ Acesso em: 28 set. 2014.
[4] - E-THESIS. Small cells: você ainda vai ter a sua... Disponível em:
http://www.e-thesis.inf.br/index.php?option=com_content&task=view&id=7912&Itemi
d=52 Acesso em: 4 out. 2014.
[9] - WEG. Manual da Comunicação Serial RS232 / RS485, Série: CFW-11, Número
do Documento: 0899.5740 / 03 (2010). Disponível em:
http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-cfw-11-manual-da-comunicacao-serial-
rs232-rs485-0899.5740-manual-portugues-br.pdf Acesso em: 19 jul. 2014.
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Anexo 1 – Esquema Elétrico
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Anexo 2 – Código “Main”
MSP_A
#include <msp430f5529.h>
void Pass(void)
{
unsigned int a;
void Fail(void)
{
unsigned int b;
int main(void)
{
WDTCTL = WDTPW+WDTHOLD; // Stop watchdog timer
//Configuração portas
P2DIR |= BIT7; // RIB_ON/OFF
P2OUT |= BIT7; // DESLIGA
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//Configuração UART
P3SEL = BIT3+BIT4; // P3.4,5 = USCI_A0 TXD/RXD
UCA0CTL1 |= UCSWRST; // **Put state machine in reset**
UCA0CTL1 |= UCSSEL_2; // SMCLK
UCA0BR0 = 6; // 1MHz 9600 (see User's Guide)
UCA0BR1 = 0; // 1MHz 9600
UCA0MCTL = UCBRS_0 + UCBRF_13 + UCOS16; // Modln UCBRSx=0, UCBRFx=0,
UCA0CTL1 &= ~UCSWRST; // **Initialize USCI state machine**
UCA0IE |= UCRXIE; // Enable USCI_A0 RX interrupt
//Configuração ADC
P6SEL = 0x0F; // Enable A/D channel inputs
ADC12CTL0 = ADC12ON+ADC12MSC+ADC12SHT0_2; // Turn on ADC12, set sampling
time
ADC12CTL1 = ADC12SHP+ADC12CONSEQ_1; // Use sampling timer, single sequence
ADC12MCTL0 = ADC12INCH_0; // ref+=AVcc, channel = A0
ADC12MCTL1 = ADC12INCH_1; // ref+=AVcc, channel = A1
ADC12MCTL2 = ADC12INCH_2; // ref+=AVcc, channel = A2
ADC12MCTL3 = ADC12INCH_3+ADC12EOS; // ref+=AVcc, channel = A3, end seq.
ADC12MCTL5 = ADC12INCH_5; // ref+=AVcc, channel = A5
while(1)
{
nok:
while((P3IN & BIT1)==0);// Aguarda o operador acionar o botão START
for(c=0; c<15000; c++); // Delay
P2OUT &= ~BIT7; // Acionada a alimentação da RIB
for (c=1; c<4000; c++); // Delay para a RIB estabilizar
// Leitura da corrente
ADC12CTL0 |= ADC12SC; // Start convn - software trigger
ok1:
Pass();
}
}
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MSP_B
#include <msp430f5529.h>
int main(void)
{
WDTCTL = WDTPW+WDTHOLD; // Stop watchdog timer
//Configuração portas
P1DIR |= BIT4; // LED_PASS
P1OUT &= ~BIT4; // APAGA
//Configuração UART
P3SEL = BIT3+BIT4; // P3.4,5 = USCI_A0 TXD/RXD
UCA0CTL1 |= UCSWRST; // **Put state machine in reset**
UCA0CTL1 |= UCSSEL_2; // SMCLK
UCA0BR0 = 6; // 1MHz 9600 (see User's Guide)
UCA0BR1 = 0; // 1MHz 9600
UCA0MCTL = UCBRS_0 + UCBRF_13 + UCOS16; // Modln UCBRSx=0, UCBRFx=0,
UCA0CTL1 &= ~UCSWRST; // **Initialize USCI state machine**
UCA0IE |= UCRXIE; // Enable USCI_A0 RX interrupt
while(1);
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break;
case 4:break; // Vector 4 - TXIFG
default: break;
}
}
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